Buscar

Doenca-de-Chagas

Prévia do material em texto

29/06/2015
1
Doença de Chagas: diagnóstico, 
epidemiologia e CQ
42º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas 
21 - 24 de Junho de 2015 – Rio de Janeiro 
Amadeo Sáez-Alquezar
Doença de ChagasDoença de ChagasDoença de ChagasDoença de Chagas
American American American American TrypanosomiasisTrypanosomiasisTrypanosomiasisTrypanosomiasis
� Carlos Chagas Carlos Chagas Carlos Chagas Carlos Chagas 
(1909)(1909)(1909)(1909)
� TrypanosomaTrypanosomaTrypanosomaTrypanosoma cruzicruzicruzicruzi
29/06/2015
2
Mecanismos de transmissão do T.cruzi
Evolução da Doença de Chagas na Evolução da Doença de Chagas na Evolução da Doença de Chagas na Evolução da Doença de Chagas na 
América LatinaAmérica LatinaAmérica LatinaAmérica Latina
Dados epidemiológicos 1990 2000 2006 / 2007
Mortes p/ ano > 45.000 21.000 12.500
Pessoas infectadas 30 millões 18 millões 15 millões
Incidência anual 700.000 200.000 41.200
População em risco 100 millões 40 millões 28 millões
Transmissão congênita 14.385 / ano
•Dias JCP, 2008 Salvatella R, PAHO, 2007 TDR - PAHO - WHO
29/06/2015
3
Doença de Chagas na América Latina - atualização epidemiológica 
com estimativas de 2010
População 543.877.115
No estimado de pessoas infectadas pelo T.cruzi 5.742.167
No anual de novos casos por transmissão vetorial 29.925
Mulheres (15 – 44 anos) infectadas pelo T.cruzi 1.124.930
No anual de casos de infecção congênita 8.668
Incidência vetorial/congênita 0,0050 / 0,089
Prevalência em doadores de sangue 0,931 
População em risco para infecção pelo T.cruzi 70.199.360
Weekly epidemiological record. No.6, 2015, 90, 33-40
População infectada pelo T. cruzi
Países Endêmicos
N=21 
Migração
RISCO DE TRANSMISSÃO POR TRANSFUSÃO SANGUINEA
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TRANSMISSÃO CONGÊNITA
EM PAÍSES NÃO ENDÊMICOS.
29/06/2015
4
Fases Clínicas e Formas da Doença de ChagasFases Clínicas e Formas da Doença de ChagasFases Clínicas e Formas da Doença de ChagasFases Clínicas e Formas da Doença de Chagas
Fase Aguda
• Forma Assintomática
• Forma Moderada
• Forma Severa 
Fase Crônica 
• Forma Indeterminada
• Forma Cardíaca 
• Forma Digestiva
• Forma Cardíaca e digestiva
• Forma Neuroautonômica
Forma Congênita
• Aborto
• Prematuros
• Lesões Orgânicas
Formas em imunosuprimidos
Parasitemia evidente
Lesões do sistema Nervoso central
Miocardite difusa e meningoencefalite
Períodos de incubação
Transmissão vetorial: 4 – 15 dias
Transmissão transfusional: 30 – 40 dias...
Transmissão oral: 3 – 22 dias
Testes para o diagnóstico da infecção por T. cruzi
1. Testes parasitológicos
� Diretos
Gota espessa, esfregaço sanguíneo, técnicas 
do Micro hematócrito e de Strout.
� Indiretos
Xenodiagnóstico, Hemocultura, PCR
2. Testes sorológicos
Dependem da presença
de parasitas no sangue
29/06/2015
5
Testes parasitológicos
Dependem da presença de parasitas circulantes
• Diretos
– Quando se suspeita de fase aguda, independentemente do 
mecanismo de transmissão.
– Requerem profissionais bem treinados.
• Indiretos (Xenodiagnóstico, Hemocultura e PCR)
– Valor real quando o resultado é positivo
– Limitações técnicas
– PCR: alta sensibilidade – Detecção de infecção no Chagas Congênito
Técnicas
Resultados Positivos na forma crônica da infecção 
por T.cruzi (%)
Xenodiagnóstico 9,0 – 87,5
Hemocultura 0 – 94
PCR 3,8 - 100
Testes Parasitológicos Indiretos
Portela-Lindoso AABP and Shikanay-Yasuda MA, Rev Saúde Pública 37(1): 107-115, 2003.
29/06/2015
6
Técnica do Micro hematócrito (MHT)
Freilij H, et al. J.Clin. Microbiol. 18(2):327-30 (1983)
Crianças menores que 7 meses
Critério:
Identificar o parasita
Teste parasitológico
direto Positivo
PCR x MH
>90% das mães infectadas: 10 parasitas / ml
76% dos recém nascidos: 1.000 parasitas / ml 
PCR: até 2 parasitas / ml
MHT: ≥ 40 parasitas / ml
Capacidade de detecção
•Virreira H et al. (2007) Am. J. Trop. Med. Hyg 77(1):102-106
29/06/2015
7
Aplicação do teste de PCR
Mesmo que o teste de PCR seja a mais sensível
para a detecção precoce em recém nascidos infectados 
pelo T.cruzi, não se recomenda para uso nos sistemas 
públicos de saúde de Países Endêmicos por não estar 
disponível no cenário do atendimento primário .
O teste de PCR ficaria reservado para uso em 
Centros Especializados
Russomando et al, (2010) Expert. Rev. Mol. Diagn. 10(6)
Sorologia para identificar a infecção por T.cruzi
Testes convencionais
o ELISA, HAI, IFI
Testes convencionais modificados
o ELISA 
Antígenos recombinantes / PS
o CLIA
Antígenos recombinantes
Testes não-convencionais
o Testes rápidos
Testes complementares
o RIPA, WB, IB (TESA Blot)
29/06/2015
8
Testes Sorológicos: Importância para o Diagnóstico 
da Infecção por T.cruzi
• Para Triagem
– Doadores de sangue, órgãos e tecidos
– Prevenção do Chagas Congênito
• Identificar as mães infectadas
• Para diagnóstico
• Para seguimento pós-tratamento (?)
• Para confirmação de resultados
Diagnóstico sorológico – anti-T.cruzi
– Realizar dois testes
• ELISA 
• HAI
• IFI
• Não convencionais 
• Realizar um teste
– ELISA* de alta sensibilidade
Seguir rigorosamente os procedimentos de Controle de Qualidade Externo e Interno
Recomendações da OMS Recomendações da OMS Recomendações da OMS Recomendações da OMS ---- 2002200220022002
Laboratório clínico Banco de sangue
29/06/2015
9
WHO: 2 testes, 
1991
WHO: 1 teste, 
2002
Argentina: 2 
testes, 2004
Brasil: Até 
2002, 2 testes
Brasil: Desde 
2003, 1 teste 
ELISA/CLIA
Costa Rica: 
2005-2010, 2 
testes (rec + lis)
Costa Rica:
Desde 2011, 
1 teste
Espanha: 2008, 
2 testes. Agora
1 teste
USA: 2007, 
1 teste (lis)
França: 2007, 2 
testes (rec + lis)
Agora 1 teste
UK: 2006, 1 
teste rec
Estratégias para a Triagem Sorológica em 
Doadores de Sangue para anti-T.cruzi
Testes ou associação de testes usados na triagem sorológica 
p/ anti-T.cruzi em doadores de sangue: Brasil (2002-2008)
29/06/2015
10
� Testes convencionais
Hemaglutinação indireta (HAI)
Imunofluorescência indireta (IFI)
ELISA (Lisado parasitário)
� Testes modificados
ELISA, CLIA
Proteínas recombinantes / PS
Testes serológicos mais utilizados na triagem sorológica 
para T.cruzi em doadores de sangue (1990-2010)
Doadores: 411.017 Unidades descartadas: 6.936 (1,7 %)
Salles NA et al, Transfusion, 36: 969-973, 1996
HAIHAIHAIHAI IFIIFIIFIIFI ELISA / CLIAELISA / CLIAELISA / CLIAELISA / CLIA
DesdeDesdeDesdeDesde 1962196219621962 1966196619661966 1975197519751975
AcAcAcAc detectadosdetectadosdetectadosdetectados IgGIgGIgGIgG IgGIgGIgGIgG e e e e IgMIgMIgMIgM IgGIgGIgGIgG
LeituraLeituraLeituraLeitura VisualVisualVisualVisual VisualVisualVisualVisual InstrumentosInstrumentosInstrumentosInstrumentos
Valor de corteValor de corteValor de corteValor de corte 1/16 1/16 1/16 1/16 –––– 1/201/201/201/20 1/40 (1/20)1/40 (1/20)1/40 (1/20)1/40 (1/20) Cut offCut offCut offCut off
SensibilidadeSensibilidadeSensibilidadeSensibilidade Variável*Variável*Variável*Variável* AltaAltaAltaAlta 97,7% 97,7% 97,7% 97,7% ---- 100%100%100%100%
EspecificidadeEspecificidadeEspecificidadeEspecificidade Baixa**Baixa**Baixa**Baixa** Baixa**Baixa**Baixa**Baixa** 93,3% 93,3% 93,3% 93,3% ---- 100%100%100%100%
Triagem (BS)Triagem (BS)Triagem (BS)Triagem (BS)
Não Não Não Não 
recomendadorecomendadorecomendadorecomendado
Não Não Não Não 
recomendadorecomendadorecomendadorecomendado
RecomendadosRecomendadosRecomendadosRecomendados
Testes Convencionais para Detectar a Infecção pelo T. cruzi
(*): Resultados Falsos-negativos (**): Resultados Falsos-positivos
29/06/2015
11
Testes Sorológicos de uso mais frequente.
Imunoensaios para anti-T.cruzi [Lys]
MarcaMarcaMarcaMarca comercialcomercialcomercialcomercial MétMétMétMét SensibilidadeSensibilidadeSensibilidadeSensibilidade EspecificidadeEspecificidadeEspecificidadeEspecificidade
BioMérieuxBioMérieuxBioMérieuxBioMérieux Ag Ag Ag Ag LysLysLysLys ((((epimastigotasepimastigotasepimastigotasepimastigotas) [1] ) [1] ) [1] ) [1] ELISA 100%100%100%100%99,6%99,6%99,6%99,6%
BioschileBioschileBioschileBioschile Ag Ag Ag Ag LysLysLysLys (Y, (Y, (Y, (Y, TalahuenTalahuenTalahuenTalahuen,,,, MNV2) [2]MNV2) [2]MNV2) [2]MNV2) [2] ELISA 100%100%100%100%
99,4%99,4%99,4%99,4%
100%100%100%100%
99,6299,6299,6299,62
ChagatekChagatekChagatekChagatek Ag Ag Ag Ag LysLysLysLys PurifPurifPurifPurif. [3] . [3] . [3] . [3] ELISA
100%100%100%100%
99,4%99,4%99,4%99,4%
90%90%90%90%
99,2499,2499,2499,24
OrthoOrthoOrthoOrtho Ag Ag Ag Ag LysLysLysLys ((((epimastigotasepimastigotasepimastigotasepimastigotas) [4]) [4]) [4]) [4] ELISA
99,7%99,7%99,7%99,7%
98,9%98,9%98,9%98,9%
100%100%100%100%
100%100%100%100%
99,4%99,4%99,4%99,4%
100%100%100%100%
WienerWienerWienerWiener Ag Ag Ag Ag LysLysLysLys [5][5][5][5] ELISA 100%100%100%100% 99,6%99,6%99,6%99,6%
[1]: Instruções técnicas [2-3]: Instruções técnicas / Otani M, et al,Transfusion, 2009
[4] Instruções técnicas / Transfusion 2007; 47:90-96 / Transfusion 2008; 48(3) [5]: Instruções técnicas
Testes Sorológicos de uso mais frequente
Imunoensaios para anti-T.cruzi [Rec]
Marca comercialMarca comercialMarca comercialMarca comercial MétMétMétMét SensibilidadeSensibilidadeSensibilidadeSensibilidade EspecificidadeEspecificidadeEspecificidadeEspecificidade
AbbottAbbottAbbottAbbott ((((TcFTcFTcFTcF, FP3, FP6 y FP10) [1] , FP3, FP6 y FP10) [1] , FP3, FP6 y FP10) [1] , FP3, FP6 y FP10) [1] 
ARCHITECTARCHITECTARCHITECTARCHITECT CLIA
100%100%100%100%
99,36%99,36%99,36%99,36%
99,74%99,74%99,74%99,74%
99,94%99,94%99,94%99,94%
99,96%99,96%99,96%99,96%
>99,73>99,73>99,73>99,73
BioKitBioKitBioKitBioKit (TcDTcDTcDTcD, , , , TcETcETcETcE, PEP, PEP, PEP, PEP----2 y TcLo1) [2]2 y TcLo1) [2]2 y TcLo1) [2]2 y TcLo1) [2] ELISA
100%100%100%100%
100%100%100%100%
99,5%99,5%99,5%99,5%
99,24%99,24%99,24%99,24%
BioKitBioKitBioKitBioKit BIOBIOBIOBIO----FLUSH [3]FLUSH [3]FLUSH [3]FLUSH [3] CLIA 100%100%100%100% 99,86%99,86%99,86%99,86%
WienerWienerWienerWiener 3.0 3.0 3.0 3.0 (Ag1, Ag2, Ag30, SAPA, Ag13 & Ag1, Ag2, Ag30, SAPA, Ag13 & Ag1, Ag2, Ag30, SAPA, Ag13 & Ag1, Ag2, Ag30, SAPA, Ag13 & 
Ag36) Ag36) Ag36) Ag36) 
[4][4][4][4]
ELISA 100%100%100%100% 99,6%99,6%99,6%99,6%
WienerWienerWienerWiener 4.0 4.0 4.0 4.0 (Ag1, Ag2, Ag30, SAPA, Ag13 & Ag1, Ag2, Ag30, SAPA, Ag13 & Ag1, Ag2, Ag30, SAPA, Ag13 & Ag1, Ag2, Ag30, SAPA, Ag13 & 
Ag36) [5]Ag36) [5]Ag36) [5]Ag36) [5] ELISA 100%100%100%100% 99,7%99,7%99,7%99,7%
[1]: Transfusion 2006; 46(10):1737-44 / Diag. Microb. Infect. Dis. 2011, 69: 74-81 
[2]: Sáez-Alquezar A, 2000 / Otani M et al Transfusion, 2009
[4]:Sáez-Alquezar A, 2004 [5]:Sáez-Alquezar A, 2009[3]:Sáez-Alquezar A, 2012
29/06/2015
12
Testes ELISA Lisado
Clinical and Vaccine Immunology, (2007); 14(8):1045-1049.
Lab. Lemos Bioschile
In house bioMérieux
Clinical and Vaccine Immunology, (2007); 14(8):1045-1049.
Testes ELISA recombinantes
Wiener Omega
29/06/2015
13
TESTES CONFIRMATÓRIOS
Até o momento, nenhum teste foi aceito universalmente como “gold
standard” para o diagnóstico sorológico da infecção por T. cruzi.
Testes Complementares (“confirmatórios”)
Métodos Frações antigênicas Sens Espec
RIPA& Ab glucoproteins 72- 90 kD
Concordância
89% con IFI
Western blot* TESA (Excreted-secreted antigens) 100% 98,5%
Imunoblot** FP10, FP6, FP3, TcF 100% 100%
(*): IMTSP/bioMérieux; Umezawa ES et al.1996
(**): Abbott: Cheng KY et al. 2007
(&): Leiby DA et al. JCM - 2000
?
Desempenho do TESA-blot
� Sensibilidade: 100%
� Especificidade: 99.6%
� Como teste confirmatório para amostras reagentes ou 
indeterminadas na triagem sorológica em doadores 
de sangue:
VPP: 98 %
VPN: 100 %
+
205 kD
120 kD
97
66
Trypomastigotes
Excreted/secreted antigens
Umezawa ES et al, J Clin Microbiol 34: 2143-2147, 1996
29/06/2015
14
Sorologia para infecção por T.cruzi
Testes para detecção de Anti-T.cruzi
Teste ELISA Teste CLIA
BIO-FLASH Chagas
29/06/2015
15
ELISA x CLIA
ELISA CLIA
Suporte Microplaca Partícula magnética
Possibilidades Acesso aleatorio
Sensibilidade Semelhante
Especificidade Semelhante
Velocidade +++ ++++
Opções
Pequeno porte
Grande porte
Pequeno porte
Grande porte
Equipamentos Abertos / Fechados Fechados
Tendência nos 
próximos anos
Diminuição,
principalmente en 
grandes rotinas
Aumentar
DESEMPENHO
29/06/2015
16
Infectados
com sintomas
Infectados 
assintomáticos
Filhos não infectados
Gestantes Infectadas pelo T.cruzi
Identificar o estado de 
infecção pré-natal e durante 
a gestação
Identificar o estado de 
infecção (0 – 9 meses)
Doença de Chagas congênita - Transmissão Transplacentaria
Triagem sorológica
gestantes / parto
Triagem sorológica
gestantes / parto
NegativoNegativo
Ausência de 
infecção
Ausência de 
infecção
PositivoPositivo
Recém nascidoRecém nascidoRecém nascidoRecém nascidoRecém nascidoRecém nascidoRecém nascidoRecém nascido
Avaliação da parasitemia
Microhematócrito + PCR
Avaliação da parasitemia
Microhematócrito + PCR PositivoPositivoNegativo Negativo 
Positivo Positivo 
NegativoNegativo
Negativo Negativo TratamentoTratamentoTratamentoTratamentoTratamentoTratamentoTratamentoTratamento
Ausência de 
infecção
Ausência de 
infecção
1o mês MHT + PCR1o mês MHT + PCR
9o mês MHT + Sorologia9o mês MHT + Sorologia
Comunidad Autonoma de Madrid
29/06/2015
17
Tratamento
• Benznidazol
� 7 - 10 mg/Kg/dia em 2 doses diárias
� 30 – 60 dias
• Nifurtimox
� 10 – 15 mg/Kg/dia em 2 doses diárias
� 60 – 90 dias
Tempo apósTempo apósTempo apósTempo após a a a a 
infecçãoinfecçãoinfecçãoinfecção
< 1 ano< 1 ano< 1 ano< 1 ano < 12 anos< 12 anos< 12 anos< 12 anos > 12 anos> 12 anos> 12 anos> 12 anos
% de cura% de cura% de cura% de cura ~100 %~100 %~100 %~100 % 60 %60 %60 %60 % 8 8 8 8 –––– 25 %25 %25 %25 %
Tempo para Tempo para Tempo para Tempo para 
negativarnegativarnegativarnegativar a a a a 
sorologiasorologiasorologiasorologia
< 1 ano< 1 ano< 1 ano< 1 ano 5 5 5 5 –––– 7 anos7 anos7 anos7 anos 10 10 10 10 –––– 15 anos15 anos15 anos15 anos
Cura parasitológica em indivíduos infectados 
pelo T.cruzi
Clin. Infect. Dis, 2009; 48:1736-40
29/06/2015
18
Controle de Qualidade Externo e Interno 
• Participar de pelo menos um programa de avaliação 
externa
• Usar um SCI* diariamente em cada corrida analítica
– Estabelecer um critério mínimo para aceitação e usá-lo
• Realizar avaliações lote a lote
(*): Soro Controle Interno de baixa reatividade
LABORATÓRIOS DE DIAGNÓSTICO OU DE TRIAGEM 
PréPréPréPré----AnalíticaAnalíticaAnalíticaAnalítica AnalíticaAnalíticaAnalíticaAnalítica PósPósPósPós----AnalíticaAnalíticaAnalíticaAnalíticaPacientePaciente esultadoResultado
SISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADESISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADESISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADESISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADE
Controle Controle Controle Controle dededede
QualidadeQualidadeQualidadeQualidade
InternoInternoInternoInterno
Controle Controle Controle Controle de de de de QualidadeQualidadeQualidadeQualidade ExternoExternoExternoExterno
ERROS
29/06/2015
19
Painéis de Soros para Procedimentos de 
Controle de Qualidade
Soros Controle Interno (SCI)Soros Controle Interno (SCI)Soros Controle Interno (SCI)Soros Controle Interno (SCI)
Painéis de Performance Painéis de PerformancePainéis de Performance Painéis de Performance 
Painéis ou Painéis ou Painéis ou Painéis ou MultipainéisMultipainéisMultipainéisMultipainéis
Padrões de ReferênciaPadrões de ReferênciaPadrões de ReferênciaPadrões de Referência
Baixa Reatividade (DO/CO: 2,0 – 4,5)
Para uso na Avaliação Externa
WHO, outros
AmostrasAmostrasAmostrasAmostras
Positivas e Positivas e Positivas e Positivas e 
Negativas Negativas Negativas Negativas 
mmmmuito bem uito bem uito bem uito bem 
ccccaracterizadasaracterizadasaracterizadasaracterizadas
Avaliação inicial e lote a lote
Caracterização
Chagas
29/06/2015
20
AVALIAÇÃO EXTERNA (PAEQS)
Os testes de Triagem Sorológica são QUALITATIVOS
Programas de Avaliação Externa da Qualidade 
em Sorologia (PAEQS)
• Possíveis falhas nos procedimentos internos dos 
Laboratórios Participantes poderão dar origem a:
– Resultados Falsos Reagentes
– Resultados Falsos Não-Reagentes
29/06/2015
21
Amostras para o Controle de Qualidade 
Externo Liofilizadas
PNCQ
2011
2012
2013
2014
2015
RFR e RFNR em 29 PCQES (PNCQ) com avaliação mensal em 
Centros de Hemoterapia do Brasil (05/2011 - 09/2013) 
29/06/2015
22
PCQES para a Triagem Sorológica Meses COM avaliação
Meses SEM avaliação
1995 - 2011 
PAHO/WHO
América Latina
1995 - 2009 
QPanel - Brasil
2010 
PNCQ - Brasil
2011 – 2015
PNCQ - Brasil
Amostras
Nº 1 a 6
Primeiro mês
Processar:
Amostras
Nº 7 a 12
Segundo mês
Processar:
Amostras
Nº 13 a 18
Terceiro mês
Processar:
Avaliação mensal
18 Amostras Envio a cada três meses
PCQES usando Amostras de soro liofilizadas para HIV, HTLV, HCV, 
HBsAg, Anti-HBc, Sífilis y Chagas
PNCQ - Brasil 
O
n
 lin
e
Novo envio
29/06/2015
23
Amostras
Nº 1 a 3
Primeiro mês
Processar:
Amostras
Nº 4 a 6
Segundo mês
Processar:
Amostras
Nº 7 a 9
Terceiro mês
Processar:
Avaliação mensal
36 Amostras Envio uma vez por ano
PCQES usando amostras de soro para Chagas liofilizadas, oferecido a 
Países Não-endêmicos em colaboração com a OMS (2013 - 2015)
PNCQ - Brasil 
O
n
 lin
e
ESPANHA (1)
ITÁLIA (2)
PORTUGAL (1)
Até 12 meses
Amostras
Nº 1 a 6
Primeiro semestre
Processar:
Amostras
Nº 7 a 12
Segundo semestre
Processar:
Avaliação semestral
12 Amostras Envio uma vez por ano
PCQES usando amostras de soro para Chagas liofilizadas, 
desenvolvidos na Costa Rica (2005 - 2015)
PNCQ - Brasil 
O
n
 lin
e
29/06/2015
24
Controle de Qualidade Interno
• Corrida analíticaCorrida analíticaCorrida analíticaCorrida analítica
– De acordo com o Clinical & Laboratory Standards Institute
(CLSI) a Corrida Analítica é o intervalo de tempo em que se 
realizam uma serie de medições de maneira estável em 
termos de precisão e exatidão
– Podem ocorrer efeitos adversos que deverão ser detectados 
de forma adequada
– O número, a frequência e os níveis dos controles dependerá 
do número e da magnitude da Corrida Analítica 
• Fluxo continuo ou lotes
• Testes manuais ou automatizados
Soros Controle Interno (SCI)
Soros controle de baixa reatividade
Validação diária das corridas
Diferentes dos controles internos
Dos kits
Sofrem variações na mudança 
de lotes de kits
29/06/2015
25
Aplicação dos SCI na Rotina DiáriaAplicação dos SCI na Rotina DiáriaAplicação dos SCI na Rotina DiáriaAplicação dos SCI na Rotina Diária
Gráfico de Gráfico de Gráfico de Gráfico de LeveyLeveyLeveyLevey ---- JenningsJenningsJenningsJennings
29/06/2015
26
ANÁLISE CRITERIOS VALIDAÇÃO ANÁLISE
SCI - Análise dos resultados
Regras – Tendências – Dispersão - Mudanças
� Alerta 12DE
� Alerta 22DE
� Alerta 41DE
� Mandatória 13DE
� Mandatória R4DE
� Mandatória 10x
� Tendências
� 41DE, 10x
� Dispersão
� 12DE, 13DE, R4DE
� Mudanças
� Repentinas
� Lotes diferentes
29/06/2015
27
Ações Decorrentes da Violação das Regras de 
Westgard
ACEITAR A 
CORRIDA 
Quando 
Somente uma 
regra de Alerta 
é violada
REJEITAR A 
CORRIDA
Quando uma 
Regra 
Mandatória é 
violada
Os Critérios para aceitar, ou não, uma corrida analítica devem
ser definidos por cada laboratório, e...... Obedecidos. 
Uso de “Uso de “Uso de “Uso de “BiologicalBiologicalBiologicalBiological ReferenceReferenceReferenceReference Standards” Standards” Standards” Standards” 
desenvolvidos pela OMSdesenvolvidos pela OMSdesenvolvidos pela OMSdesenvolvidos pela OMS
Ferramenta para comparação de resultados 
entre diferente ensaios e para facilitar o 
desenvolvimento de produtos diagnósticos
Dr Ana Padilla, 
Quality Assurance & Safety: Blood Products & related Biologicals
Medicines Policy and Standards Department
Health Technology and Pharmaceuticals Cluster 
WHO, Geneva, Switzerland
29/06/2015
28
Distribuição de TCI e TCII na América Latina
Guhl, 2007
Evaluation of two International Reference Standards for antibodies to 
Trypanosoma cruzi in a WHO collaborative study - WHO/BS/ 2011.2181
Marcia Otani, Jason Hockley, Carmen Guzmán Bracho, Sjoerd Rijpkema, Alejandro O.
Luquetti, Robert Duncan, Peter Rigsby, Pedro Albajar-Viñas, Ana Padilla
Two freeze dried preparations of defibrinated human plasma containing 
anti-Trypanosoma cruzi (T. cruzi) antibodies, coded 09/186 and 09/188, 
were assessed for their suitability as International Reference Standards 
for the serodiagnosis of Chagas disease.
Dois Padrões:
09/186, representativo da área com maior prevalência de Tc2 
09/188, representativo da área com maior prevalência de Tc1
Devem ser usados com diluições, até 1/64
29/06/2015
29
Comportamento dos testes ELISA e CLIA frente aos 
“Biological Standards” da OMS
Testes Não Convencionais: Testes Rápidos
� Aglutinação de Partículas
� Imuno dot (dipstick)
� Imuno filtração (flow-through device)
� Imuno cromatografia (lateral flow)
Surgiram a partir da década de 90
Sem reagentes adicionais, instrumentos nem refrigeração
De uso fácil para trabalhos em campo e que possam ser manipulados por 
pessoas sem muita capacitação
Que apresentem Sensibilidade y especificidade aceitáveis
29/06/2015
30
Procedimentos de CQ – Avaliação de testes
Comparative Evaluation of 11 Commercialized Rapid Diagnostic Tests for Detecting Trypanosoma cruzi Antibodies 
in Serum Banks in Areas of Endemicity and Nonendemicity; 
Sánchez-Camargo CL, Albajar-Viñas P, Wilkins PP, Nieto J, Leiby DA, Paris l,Scollo k, Flóre z C, Guzmán-Bracho A,
Luquetti AO, Calvo N, Tadokoro K, Saez-Alquezar A, Palma PP, Martin M, Flevaud L. 
J.C.M; p. 2506–2512 July 2014 Vol 52 Number 7
Foram avaliados 11 Testes Rápidos para anti-T.cruzi em 10 
Laboratórios de Referência Nacional de 9 países, endêmicos 
(Japão, França, Espanha, USA) e não-endêmicos (Argentina,
Brasil, Colômbia, Costa Rica, México)
Te
st
es
 R
áp
id
o
s 
A
va
lia
d
o
s
29/06/2015
31
Cada Laboratório De Referência Nacional (LRN) testou 50 
amostras de soro (25 Positivas e 25 Negativas para anti-T.cruzi) 
previamente caracterizadas.
CONTROLE DE QUALIDADE:
Painel cego de 4 amostras de soro liofilizadas enviado a cada
um dos LRN para serem processados juntamente com as 
amostras da avaliação
Procedimentos de CQ – Avaliação de testes
Procedimentos de CQ – Avaliação de testes
29/06/2015
32
Procedimentos de CQ – Avaliação de testes
Procedimentos de CQ – Avaliação de testes
29/06/2015
33
Considerações finais
• Escolha dos testes sorológicos 
– Frações antigênicas (Lys ou rec)
– Desempenho em avaliações
• Tipos de plataformas ou metodologias não são critérios definitivos
• Aplicação de procedimentos de Controle de 
Qualidade
– CQE, CQI, Avaliação inicial e lote a lote
Muito Obrigado
amadeo62@gmail.com

Continue navegando