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AULA 1 INOVACAO ABERTA E REDES COLABORATIVAS PARA INOVACAO

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AULA 1 
INOVAÇÃO ABERTA E 
REDES 
COLABORATIVAS 
PARA INOVAÇÃO 
INTRODUÇÃO 
Você já observou que o mercado é muito dinâmico, que a inovação 
é uma demanda constante para a sobrevivência das empresas. 
Nesta nossa caminhada, vamos observar que a inovação pode ser 
aberta por meio de uma rede que compartilha conhecimentos. 
Nesta etapa, vamos conversar sobre os tópicos a seguir: 
• 1) É necessário inovar para crescer? 
• 2) O conceito de inovação 
• 3) A inovação interna e externa 
• 4) Gestão da Inovação 
• 5) Processo da Inovação 
Vamos juntos nessa! Bons estudos! 
TEMA 1– É NECESSÁRIO INOVAR PARA CRESCER? 
Se olharmos a forma como a sociedade vivia há 50 anos e vive 
atualmente, observamos uma realidade muito diferente. O telefone 
que surgiu com Alexander Graham Bell não é mais o mesmo 
utilizado. Inicialmente, havia poucos locais comerciais que 
comportavam um telefone fixo, depois foi possibilitado o telefone 
fixo residencial onde você tinha que ficar sentado ao lado do 
telefone para conseguir conversar; na sequência surgiu o telefone 
sem fio (você podia andar pela casa inteira conversando) e 
atualmente pouco se usa o telefone residencial, a comunicação é 
basicamente por celular, em sua maior parte por troca de 
mensagens. E você já observou que, quando precisa falar com 
alguém, você primeiro manda mensagem perguntando se pode 
ligar. Pois é! Os tempos mudaram, né? 
Um outro exemplo de mudança ocorre na forma de moradia. Se um 
dia os homens viveram em cavernas e atualmente moram em 
apartamentos, significa que alguém pensou em encontrar uma 
solução vertical para a moradia. Parece um exemplo simples para 
nós, que estamos acostumados com essa realidade, é quase como 
uma situação natural, pois crescemos vendo os condomínios 
verticais surgirem. 
O que desejo mostrar com esses dois exemplos é que a inovação é 
pertinente e necessária para a sobrevivência. No caso dos 
telefones celulares, 
2 
lembre-se dos primeiros, eram grandes, conhecidos como “tijolão”, 
faziam somente ligação. Hoje, os telefones são finos, pequenos, 
permitem vídeo, foto, agenda, leitura de texto, ironicamente o que 
você menos faz é ligação. 
Créditos: Alexey_astrophoto/Shutterstock; guteksk7/Shutterstock. 
No caso das moradias, as primeiras residências verticais 
(apartamentos) eram conhecidas como caixa, visto que 
normalmente os prédios eram quadrados ou retangulares, somente 
com janelas, sem sacadas, dando a impressão de que o morador 
estava fechado em uma caixa. Essa realidade mudou. Os prédios 
estão orgânicos, com sacadas grandes, com churrasqueiras, 
permitindo uma vida mais integrada com o meio ambiente. Os 
chamados condomínios clubes possuem área coletiva como 
piscinas, salas de ginásticas, salão de festas entre outros. Esses 
dois exemplos mostram que o mercado evoluiu e se transformou. 
A inovação fortalece a competitividade organizacional, permite que 
a empresa se destaque frente aos concorrentes. O aumento 
significativo da concorrência mostra que as empresas que não 
inovam ficam à margem da competitividade, que já está bem 
exacerbada. A competitividade é uma expressão muito utilizada no 
meio organizacional, demostra que a empresa consegue produzir 
mais com menos recurso, ser mais ágil, lucrativa, mais eficiente, 
com melhor desempenho e sobretudo inovadora. 
 
3 
TEMA 2 – O CONCEITO DE INOVAÇÃO 
A inovação é papel central na atualidade! Permite a sobrevivência 
das organizações em um ambiente cada vez mais competitivo e 
globalizado. A organização que não inova está destinada ao 
fracasso. A inovação geralmente é a resposta para a sobrevivência 
da empresa, para enfrentar a crise ou mesmo vencer a 
concorrência. Ao mesmo tempo que todos sabem da importância 
da inovação, poucos sabem como fazê-lo. A inovação tem que ser 
um instrumento utilizado para aumentar a competitividade e trazer 
resultados efetivos (Silva, 2018). 
Apesar da inovação ser muito falada, poucos sabem como colocá-
la em prática, ou mesmo possuem habilidade para fazer da 
inovação um instrumento para a competitividade e lucratividade. A 
pesquisa realizada pelas empresas Arthur D. Little, McKinsey e 
Boston Consulting Group (Scherer; Carlomagno, 2016, p. 3) 
demonstrou o que se segue. 
• 70% dos executivos afirmam que a inovação é prioridade 
máxima em suas empresas. Mas a maioria reconhece que a 
abordagem é geralmente informal, faltando aos executivos 
confiança em suas decisões sobre inovação (MCKINSEY). 
• Mais de três quartos dos executivos afirma que a atenção 
dada à inovação pela mídia serviu pelo menos para alertar a 
empresa sobre a importância da inovação. Mas apenas 19% 
disseram que essa atenção fez com que a empresa 
considerasse a inovação seu foco principal (MK). 
• Menos de um quarto dos executivos acredita que eles 
dominam completamente a arte de obter valor a partir da 
inovação (ADL, TUCKER). 
• Metade dos executivos se mostra insatisfeita com os retornos 
advindos dos 
investimentos em inovação (BCG). 
• 63% das empresas usam menos de cinco medidas da 
inovação, sendo a 
principal o acompanhamento dos gastos em projetos de 
inovação (BCG). 
Podemos observar nas informações acima que falar em 
inovação é fácil, o desafio é praticá-lo, pois nem sempre 
inovar traz resultado financeiros e efetivos para a empresa, 
além disso demanda comprometimento da equipe e confiança 
do alto escalão. 
4 
Contrapondo as informações apresentadas na pesquisa acima da 
BCG, Scherer e Carlomagno (2016) mostram que são poucas 
empresas que investem e são consideradas inovadoras, conforme 
os motivos a seguir: 
• 1) 
 Asempresasestãopreocupadascomaçõescontroláveisesemerr
o.Inovar significa tentar, refazer, persistir, em suma, significa 
tolerar erros; 
• 2) Pesquisa e desenvolvimento para a inovação demandam 
recursos que nem sempre oferecem os resultados desejados; 
• 3) Inovar em algum processo ou produto pode levar meses ou 
anos, significa que inovar leva tempo; 
• 4) As pessoas são o maior ativo de uma organização, por isso 
valorizar as pessoas e incentivar o compartilhamento de 
conhecimento é estimular a inovação; 
• 5) Empresas de estrutura orgânica e flexível são empresas 
inovadoras e adequadas as mudanças; 
• 6) A inovação tem que apresentar resultados efetivos. Inovar 
não significa inventar. De nada resolver gerar conhecimento 
se não o incorporar. 
Considerando essa reflexão, fica pergunta: qual é o caminho 
para a 
inovação? A resposta é o conhecimento. A relação entre 
conhecimento e inovação é diretamente proporcional. Quanto mais 
conhecimento, mais inovação. Neste caso, não adianta somente ter 
dados ou mesmo registros isolados, é necessário saber utilizar 
essas informações, ter um objetivo específico e considerar que as 
pessoas são fundamentais neste processo (Silva et al., 2018). 
TEMA 3 – INOVAÇÃO INTERNA E EXTERNA 
Você já observou o quanto o ambiente externo influencia na sua 
vida pessoal e profissional? Então, pense que com as empresas 
não é diferente. Vale sempre lembrar que a organização é um 
sistema, que interage com o ambiente externo (os concorrentes, os 
fornecedores, o poder público entre outros fatores externos que 
interagem com a empresa). A inovação surge na percepção de 
novas oportunidades no ambiente externo que junto com as 
capacidades internas permite combinar e identifica novas 
oportunidades de negócios e ampliar as inovações da organização. 
5 
3.1 Ambiente Externo 
Vamos primeiramente falar do ambiente externo. A empresa está 
inserida em um contexto social externo, em uma sociedade, que 
aqui será denominado de PASTE (Político, Ambiental, Social, 
Tecnológico e Econômico). Esse ambiente possui um “modus 
operandis” de agir. A questão cultural, o desenvolvimento 
econômico, a capacidade de interação social, a troca de 
conhecimento, as legislações ambientais e trabalhistas, a formação 
acadêmica dos cidadãos, esses são alguns de tantos outros fatores 
que influenciam diretamente sobre a capacidadede inovação da 
empresa. 
Se analisarmos uma empresa inserida na Coreia do Sul, 
observaremos que ela terá mais estímulo do ambiente externo para 
a inovação na área tecnológica do que uma empresa inserida, por 
exemplo, no continente Africano. Isso é preconceito, não! Isso é 
constatação de dados, segundo a Exame (Bloomberg, 2021), a 
Coreia do Sul lidera a inovação global passando inclusive a frente 
dos EUA e da Alemanha, que frequentemente estavam na lista dos 
10 países mais inovadores. Essa mesma pesquisa apresenta que o 
Brasil está em 46a lugar do ranking, que tem 60 países. 
Preocupante, né? 
A Coreia do Sul teve seu destaque no primeiro lugar por ter um 
aumento nos registros de patentes e um forte investimento em 
pesquisa, desenvolvimento e manufatura. Vale destacar que um 
dos motivos da queda da Alemanha é pela falta de trabalhadores 
qualificados. Observamos aqui a importância da educação! 
Concluímos que não há inovação sem conhecimento. As novas 
ideias são geradas a partir do saber, que alinhadas com a 
capacidade da organização promove inovações que permitem o 
destaque do país. Além das variáveis externas (PASTE), outras 
situações devem ser consideradas: a capacidade de sobrevivência 
e crescimento da empresa no ambiente que está inserido. 
6 
 
Silva et al. (2018) também destacam outros processos externos 
que podem dinamizar a capacidade de inovação. 
• As políticas públicas de incentivo à inovação, através dos 
benefícios ofertados pelas agências governamentais, 
permitem alavancar a capacidade inovadora das empresas. 
No Brasil, um exemplo é a Lei n. 11.196/05, conhecida como 
Lei do Bem, que oferece incentivos fiscais às pessoas 
jurídicas que realizarem pesquisa e desenvolvimento e 
inovação tecnológica1. Assim, podemos observar que quanto 
maior o estímulo para a iniciativa privada inovar, maior a 
vantagem competitiva da nação. 
• As alianças estratégicas permitem que os players (as 
empresas concorrentes no mercado) inovem e se ajudem 
através do compartilhamento e colaboração na atividade 
inovadora. Exemplos de alianças são as redes de inovação, 
as parcerias, as relações de fornecimentos, os joint venture, 
as terceirizações entre outras. 
• A inovação aberta que ganhou força nos últimos anos, 
quebrando o pré- conceito que a empresa deveria 
desenvolver inovação somente através do 
1 Disponível em: <https://www.leidobem.com/lei-bem-incentivos-fiscais-
inovacao-tecnologica/>. Acesso em: 3 set. 2022. 
 
7 
seu quadro de colaboradores e em seu laboratório de P&D 
(pesquisa e desenvolvimento). Alguns exemplos de inovação 
aberta são as parcerias com as universidades, as incubadoras, as 
interações e troca de informações com os clientes, comunidades e 
fornecedores. 
3.2 Ambiente Interno 
Observamos que, no que concerne ao ambiente externo, a 
educação permite um bom desenvolvimento e índices elevados de 
inovação, permitindo também a inovação interna da organização. 
Além da educação, outros fatores influenciam na motivação e na 
capacidade inovadora da organização. Devemos lembrar que o 
conhecimento faz parte do ativo organizacional, Trott (2012, citado 
por Silva et al., 2018) apresenta um quadro com cinco dimensões 
do conhecimento: 
Quadro 1 – Conhecimento como ativo organizacional 
CONHECIMENTO COMO ATIVO ORGANIZACIONAL 
TIPOS DE RECURSOS INDIVIDUAL 
TECNOLÓGICO 
DESCRIÇÃO 
Habilidades e conhecimentos acerca dos indivíduos que formam a organização 
Conjuntos de capacidades que podem ser reproduzidas 
 
 
Fonte: Elaborada por Aline Mara Gumz Eberspacher com base em Silva et al., 
2018, p. 22. 
A capacidade de inovação de uma organização está diretamente 
relacionada à capacidade de sobrevivência e adaptação ao 
ambiente externo. 
8 
Vale a frase de Charles Darwin: “não é o mais forte que sobrevive, 
nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. 
Para a empresa ter um ambiente interno inovador, deve focar suas 
energias naquilo que ela faz de melhor. 
Além dos fatores já citados, destaca-se que a liderança tem um 
papel fundamental no estímulo a inovação dentro da organização. 
A Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil, 2021) 
ADMINISTRATIVO
Perfis de empregados e gestores, 
rotinas, procedimentos e sistemas para 
viabilizar a execução das tarefas; 
estrutura organizacional; estratégias 
orientadoras de ação e da cultura que 
EXTERNO
Relações que a empresa estabelece 
com os aliados, concorrentes, 
fornecedores, clientes, agentes 
políticos, comunidades locais atuais e 
potenciais, tais como parcerias, canais 
PROJETUAL
Meios pelo qual os recursos 
tecnológicos, organizacionais e 
externos são mobilizados e 
transformados, configurando-se como 
base para o conhecimento, pois geram 
apresenta 5 caminhos para a liderança incentivar um ambiente 
inovador na empresa: 
• 1) Focar nas pessoas, identificar o potencial de cada 
colaborador; 
• 2) Demonstrar confiança na equipe; 
• 3) Ter uma visão voltada para o futuro; 
• 4) Montar uma equipe multidisciplinar, com idades, saberes e 
conhecimentos 
técnicos diferentes; 
• 5) Aceitar que os erros fazem parte do processo de inovação 
e aprendizado. 
Pesquisa realizada no Brasil demonstrou que 78% das 
empresas nacionais 
estão em fase inicial de inovação (GS1 Brasil, 2020). Além disso, 
um estudo realizado pela Bain & Company mostra que nos países 
desenvolvidos 80% das empresas têm uma estratégia para a 
inovação, diferentemente do Brasil que somente 40% das 
empresas tem uma estratégia para a inovação, com isso identifica-
se uma oportunidade de inovação para as empresas brasileiras. 
TEMA 4 – GESTÃO DA INOVAÇÃO 
O processo da inovação não é tão simples como a mídia 
apresenta, como se fosse uma simples inspiração. As inovações 
são frutos de intenção deliberada com estímulo, em terreno fértil 
para a criação de novas ideias. É importante estabelecer que 
situações atípicas podem ocorrer, como por exemplo no filme O 
menino que descobriu o vento, baseado em fatos, que relata a 
história do menino William Kamkwamba que cria um sistema para a 
produção da energia eólica nas terras secas do Malawi. Mas esse 
caso é uma exceção, pois ele teve que lutar contra todas as 
carências e necessidades. O filme é muito bom! Vale a pena 
assistir! 
No que concerne ao ambiente empresarial, estudos mostram que 
um ambiente inovador estimula e encoraja as pessoas a ter 
autonomia, 
9 
recompensando e valorizando as ideias. Observou-se que em 
ambientes turbulentos as empresas inovadoras crescem mais 
(Scherer; Carlomagno, 2016). A gestão da inovação demanda 
atenção em transformar o potencial inovativo em realidade 
concreta e lucrativa. A inovação não demanda a criação de algo 
inusitadamente novo, mas pode ocorrer a partir de algo 
preexistente, como o produto, o processo, a tecnologia ou o 
modelo de negócios, gerando valor a partir da criatividade. É 
necessário que a inovação traga resultado gerando novas 
oportunidades, ela é um ativo empresarial 2. 
Apesar dos diferentes tipos de inovação, a empresa precisa 
gerenciar as 
diferentes dimensões do processo eficazmente para que o 
resultado seja alcançado. 
4.1 As Oito Dimensões 
A cultura da inovação na empresa transpassa por setores tangíveis 
e intangíveis, bem como por uma cultura inovadora e de bom 
relacionamento com seus parceiros. Veja a seguir as oito 
dimensões da inovação, desenvolvidas pela consultoria 
Innoscience, apresentados por Scherer e Carlomagno (2016). 
Estratégia 
Octógono da Inovação 
Estrutura 
Fonte: Elaborado por Aline Mara Gumz Eberspacher com base Scherer e Carlo 
Magno, 2016, p. 38. 
2 Disponível em: <https://www.meupositivo.com.br/panoramapositivo/gestao-da-
inovacao/>. Acesso em: 3 set. 2022. 
 
 
 
10 
Funding 
Cultura 
1. Estratégia da Inovação: a estratégia da organização é um 
processo contínuo de decisões, uma linha condutora para o 
caminho que a empresa quer trilhar. É necessário que a 
inovação esteja inserida e alinhada no planejamentoestratégico, permitindo a fluidez da criatividade, sem rótulos 
ou preconceitos. Estabelecer a geração de ideias com 
objetivos e metas estimula e potencializa a capacidade dos 
colaboradores. 
2. CulturadaInovação:aculturadaorganizaçãoéúnica,comocadaf
amília e cada organização tem seu modo de agir. A cultura é 
um valor organizacional intangível, influenciado pelo 
comportamento, pela vestimenta, pela comunicação, são as 
crenças e valores compartilhados pela equipe de 
colaboradores. A organização inovadora possui uma 
comunicação mais aberta, favorecendo o trabalho em equipe 
e estimulando as redes de trabalho. 
3. Liderança para a Inovação: a alta administração deve ter 
compromisso com a inovação, se não o discurso será uma 
falácia. Os líderes devem ter boa comunicação, facilitando o 
fluxo de ideias, de conhecimento e fazendo o networking entre 
as pessoas. A liderança inovadora busca novos desafios e 
está preparada para assumir riscos. 
4. PessoasparaaInovação:aformaçãodeumaequipeinovadorade
manda pessoas comprometidas, competentes, motivadas e 
que gostem de desafios. O grupo de trabalho será mais 
produtivo na inovação se houver diversidade de ideias, com 
pessoas de sexo diferentes, idade variadas, com amplos 
conhecimentos e diversificadas áreas de atuação. Observe 
que, se a equipe for formada somente por pessoas que 
pensem iguais, não haverá espaço para o diferente, para a 
inovação. 
5. EstruturadaInovação:umaempresainovadorapossuiumaestrut
uraque possibilita e estimula a criatividade, a interação entre a 
equipe e o aprendizado constante. Empresas com menos 
níveis hierárquicos tendem a ser mais flexíveis, com uma 
comunicação ágil e mais trocas de informação. Algumas 
empresas canalizam a estrutura da inovação ao setor de 
Projeto e Desenvolvimento (os famosos P&D). Cada 
organização deve identificar a melhor estrutura para fomentar 
a inovação. 
6. Processo da Inovação: as ideias, as ações, a liderança e 
uma equipe inovadora precisam ser gerenciadas através de 
um processo de inovação, que é o responsável por 
sistematizar, selecionar e analisar a viabilidade 
11 
econômica. Ferramentas tecnológicas são utilizadas para o 
gerenciamento na parte financeira, humana, técnica, são 
informações que fomentam a inovação. 
7. 
FundingparaaInovação:asempresasinovadoras,quandorealizamse
us planejamentos orçamentários, destinam mais recurso 
financeiros ao desenvolvimento de novos produtos, processos e 
serviços. Vale destacar que o financiamento para a inovação pode 
vir de outras fontes, ou parcerias, como financiamentos de juros 
baixos, alianças estratégicas, parcerias entre empresas e 
universidades. 
8. Relacionamentos para a Inovação: se no passado a inovação 
ficava restrita a uma sala de P&D com “os gênios da lâmpada”, 
atualmente a inovação é aberta e colaborativa, através de uma 
rede fortalecendo uma cadeia de inovação. As boas ideias, muita 
criatividade, uma equipe coesa, com uma comunicação fluida e 
conduzida por uma boa liderança permitem um ambiente propício 
para fomentar a inovação. Essas relações permitem a empresa se 
concentrar no que domina, na sua atividade principal, e terceirize 
atividades secundárias. 
TEMA 5 – PROCESSO DA INOVAÇÃO 
A inovação tem origem nas ideias, que devem ser bem gerenciadas 
para não se perderem no tempo e atropeladas pela rotina. Insights, 
inspirações e muito trabalho da equipe possibilitam o 
desenvolvimento de uma ideia iluminada. Entretanto, para alcançar 
um resultado efetivo e oferecer resultados para a empresa, é 
necessário identificar as etapas do processo de inovação. 
Créditos: Yuliia Konakhovska/Shutterstock. 
12 
Embora, cada empresa encontre a melhor maneira de fazer a 
gestão do seu processo de inovação, Scherer e Carlomagno (2016) 
apresentam um processo esquematizado para auxiliar na 
visualização e identificar nas etapas do processo. 
Fonte: Aline Mara Gumz Eberspacher. 
1. Idealização: é a primeira etapa do processo de inovação; as 
diferentes ideias podem vir das mais variadas fontes como os 
consumidores, especialistas, relatórios, institutos de pesquisas, 
sites, feiras entre outros. Neste idem o indicado é coletar o máximo 
de ideias, pois “Para ter uma boa ideia, você precisa ter muitas 
ideias” (Linus Pauling, citado por Fascioni, 2021, p. 161). 
2. Conceituação: após a aprovação da ideia, é necessário fazer 
uma avaliação do real consumo e aceitação do produto/serviço 
pelo mercado consumidor; também vale analisar se já existe algo 
similar oferecido pela concorrência, quais vantagens e benefícios 
serão oferecidos para os clientes e sociedade. Neste item, é 
necessário considerar a qualidade do capital humano da 
organização, se possui condições de desenvolver a ideia. 
3. 
Experimentação:todaideia,antesdeserofertadanomercado,passapo
r um projeto piloto, uma fase de experimentação junto aos clientes 
e à sociedade, para a empresa identificar a aceitação ou não do 
produto. Nesta fase, é importante delimitar qual ideia será 
experimentada, definir as incertezas que podem ocorrer no 
provável mercado consumidor, colocar em prática a proposta e 
analisar o resultado. 
IDEALIZAÇÃO
EXPERIMENTAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO 
Prototipagem 
Redução de incertezas 
Refinamento final 
Geração de novas ideias 
Oportunidades e negócios 
Insight de clientes 
Análise de tendências 
Reutilização de velhas 
ideias
CONCEITUAÇÃO
Avaliação de potencial 
Aprimoramento de conceitos 
Acompanhamento e 
definição 
Polinização cruzada
 
Alocação de recursos 
Planejamento mais profundo 
Aceleração das iniciativas 
Escala aos projetos 
Avaliação pós- implementação 
13 
4. Implementação: após a aprovação das etapas anteriores, o 
objetivo da organização é levar o novo produto para o mercado 
consumidor. A implementação demanda uma alocação de recursos 
financeiros e capital humano. Essa etapa deve estar prevista no 
planejamento estratégico da organização. 
É importante lembrar que a sociedade e o mercado vivem em 
conectados em redes sociais e diversos canais digitais, que devem 
ser considerados no momento de experimentação e 
implementação de uma nova ideia. 
Saiba mais 
Para saber mais, busque o livro a seguir: 
SCHERER, F. O.; CARLOMAGNO, M. S. Gestão da Inovação na 
Prática. São Paulo: Grupo GEN, 2016. 
14 
REFERÊNCIAS 
BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e Empreendedorismo. Porto 
Alegre: Grupo A, 2019. 
BLOOMBERG. Coreia do Sul lidera inovação global e EUA cai para 
11 lugar. Exame, 3 fev. 2021. Disponível em: <https://exame.com/
mundo/coreia-do-sul- lidera-inovacao-global-e-eua-caem-para-11o-
lugar/>. Acesso em: 3 set. 2022. 
BRILLO, J.; BOONSTRA, J.Liderança e Cultura Organizacional 
para Inovação. São Paulo: Editora Saraiva, 2019. 
CINCO Caminhos para incentivar um ambiente inovador na 
empresa. GS1 Brasil, 6 maio 2021. Disponível em: <https://
noticias.gs1br.org/5-caminhos-para- incentivar-um-ambiente-
inovador-na-empresa/>. Acesso em: 3 set. 2021. 
CHESBROUGH, H.; VANHAVERBEKE, W.; WEST, J. Novas 
fronteiras em inovação aberta. São Paulo: Editora Blucher, 2017. 
FASCIONI, L. Atitude Pró-Inovação: prepare seu cérebro para a 
Revolução 4.0. Rio de Janeiro: Alta Books, 2021. 
SCHERER, F. O.; CARLOMAGNO, M. S. Gestão da Inovação na 
Prática. São Paulo: Grupo GEN, 2016. 
SILVA, F. P. D.; LIMA, A. P. L. D.; ALVES, A.; AL., E. Gestão da 
inovação. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 
78% ̈das empresas nacionais estão em fase inicial de inovação. 
GS1 Brasil, 6 abr. 2020. Disponível em: <https://noticias.gs1br.org/
78-das-empresas-nacionais- estao-em-fase-inicial-de-inovacao/>. 
Acesso em: 3 set. 2022. 
15

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