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AULA 1 INOVAÇÃO ABERTA E REDES COLABORATIVAS PARA INOVAÇÃO INTRODUÇÃO Você já observou que o mercado é muito dinâmico, que a inovação é uma demanda constante para a sobrevivência das empresas. Nesta nossa caminhada, vamos observar que a inovação pode ser aberta por meio de uma rede que compartilha conhecimentos. Nesta etapa, vamos conversar sobre os tópicos a seguir: • 1) É necessário inovar para crescer? • 2) O conceito de inovação • 3) A inovação interna e externa • 4) Gestão da Inovação • 5) Processo da Inovação Vamos juntos nessa! Bons estudos! TEMA 1– É NECESSÁRIO INOVAR PARA CRESCER? Se olharmos a forma como a sociedade vivia há 50 anos e vive atualmente, observamos uma realidade muito diferente. O telefone que surgiu com Alexander Graham Bell não é mais o mesmo utilizado. Inicialmente, havia poucos locais comerciais que comportavam um telefone fixo, depois foi possibilitado o telefone fixo residencial onde você tinha que ficar sentado ao lado do telefone para conseguir conversar; na sequência surgiu o telefone sem fio (você podia andar pela casa inteira conversando) e atualmente pouco se usa o telefone residencial, a comunicação é basicamente por celular, em sua maior parte por troca de mensagens. E você já observou que, quando precisa falar com alguém, você primeiro manda mensagem perguntando se pode ligar. Pois é! Os tempos mudaram, né? Um outro exemplo de mudança ocorre na forma de moradia. Se um dia os homens viveram em cavernas e atualmente moram em apartamentos, significa que alguém pensou em encontrar uma solução vertical para a moradia. Parece um exemplo simples para nós, que estamos acostumados com essa realidade, é quase como uma situação natural, pois crescemos vendo os condomínios verticais surgirem. O que desejo mostrar com esses dois exemplos é que a inovação é pertinente e necessária para a sobrevivência. No caso dos telefones celulares, 2 lembre-se dos primeiros, eram grandes, conhecidos como “tijolão”, faziam somente ligação. Hoje, os telefones são finos, pequenos, permitem vídeo, foto, agenda, leitura de texto, ironicamente o que você menos faz é ligação. Créditos: Alexey_astrophoto/Shutterstock; guteksk7/Shutterstock. No caso das moradias, as primeiras residências verticais (apartamentos) eram conhecidas como caixa, visto que normalmente os prédios eram quadrados ou retangulares, somente com janelas, sem sacadas, dando a impressão de que o morador estava fechado em uma caixa. Essa realidade mudou. Os prédios estão orgânicos, com sacadas grandes, com churrasqueiras, permitindo uma vida mais integrada com o meio ambiente. Os chamados condomínios clubes possuem área coletiva como piscinas, salas de ginásticas, salão de festas entre outros. Esses dois exemplos mostram que o mercado evoluiu e se transformou. A inovação fortalece a competitividade organizacional, permite que a empresa se destaque frente aos concorrentes. O aumento significativo da concorrência mostra que as empresas que não inovam ficam à margem da competitividade, que já está bem exacerbada. A competitividade é uma expressão muito utilizada no meio organizacional, demostra que a empresa consegue produzir mais com menos recurso, ser mais ágil, lucrativa, mais eficiente, com melhor desempenho e sobretudo inovadora. 3 TEMA 2 – O CONCEITO DE INOVAÇÃO A inovação é papel central na atualidade! Permite a sobrevivência das organizações em um ambiente cada vez mais competitivo e globalizado. A organização que não inova está destinada ao fracasso. A inovação geralmente é a resposta para a sobrevivência da empresa, para enfrentar a crise ou mesmo vencer a concorrência. Ao mesmo tempo que todos sabem da importância da inovação, poucos sabem como fazê-lo. A inovação tem que ser um instrumento utilizado para aumentar a competitividade e trazer resultados efetivos (Silva, 2018). Apesar da inovação ser muito falada, poucos sabem como colocá- la em prática, ou mesmo possuem habilidade para fazer da inovação um instrumento para a competitividade e lucratividade. A pesquisa realizada pelas empresas Arthur D. Little, McKinsey e Boston Consulting Group (Scherer; Carlomagno, 2016, p. 3) demonstrou o que se segue. • 70% dos executivos afirmam que a inovação é prioridade máxima em suas empresas. Mas a maioria reconhece que a abordagem é geralmente informal, faltando aos executivos confiança em suas decisões sobre inovação (MCKINSEY). • Mais de três quartos dos executivos afirma que a atenção dada à inovação pela mídia serviu pelo menos para alertar a empresa sobre a importância da inovação. Mas apenas 19% disseram que essa atenção fez com que a empresa considerasse a inovação seu foco principal (MK). • Menos de um quarto dos executivos acredita que eles dominam completamente a arte de obter valor a partir da inovação (ADL, TUCKER). • Metade dos executivos se mostra insatisfeita com os retornos advindos dos investimentos em inovação (BCG). • 63% das empresas usam menos de cinco medidas da inovação, sendo a principal o acompanhamento dos gastos em projetos de inovação (BCG). Podemos observar nas informações acima que falar em inovação é fácil, o desafio é praticá-lo, pois nem sempre inovar traz resultado financeiros e efetivos para a empresa, além disso demanda comprometimento da equipe e confiança do alto escalão. 4 Contrapondo as informações apresentadas na pesquisa acima da BCG, Scherer e Carlomagno (2016) mostram que são poucas empresas que investem e são consideradas inovadoras, conforme os motivos a seguir: • 1) Asempresasestãopreocupadascomaçõescontroláveisesemerr o.Inovar significa tentar, refazer, persistir, em suma, significa tolerar erros; • 2) Pesquisa e desenvolvimento para a inovação demandam recursos que nem sempre oferecem os resultados desejados; • 3) Inovar em algum processo ou produto pode levar meses ou anos, significa que inovar leva tempo; • 4) As pessoas são o maior ativo de uma organização, por isso valorizar as pessoas e incentivar o compartilhamento de conhecimento é estimular a inovação; • 5) Empresas de estrutura orgânica e flexível são empresas inovadoras e adequadas as mudanças; • 6) A inovação tem que apresentar resultados efetivos. Inovar não significa inventar. De nada resolver gerar conhecimento se não o incorporar. Considerando essa reflexão, fica pergunta: qual é o caminho para a inovação? A resposta é o conhecimento. A relação entre conhecimento e inovação é diretamente proporcional. Quanto mais conhecimento, mais inovação. Neste caso, não adianta somente ter dados ou mesmo registros isolados, é necessário saber utilizar essas informações, ter um objetivo específico e considerar que as pessoas são fundamentais neste processo (Silva et al., 2018). TEMA 3 – INOVAÇÃO INTERNA E EXTERNA Você já observou o quanto o ambiente externo influencia na sua vida pessoal e profissional? Então, pense que com as empresas não é diferente. Vale sempre lembrar que a organização é um sistema, que interage com o ambiente externo (os concorrentes, os fornecedores, o poder público entre outros fatores externos que interagem com a empresa). A inovação surge na percepção de novas oportunidades no ambiente externo que junto com as capacidades internas permite combinar e identifica novas oportunidades de negócios e ampliar as inovações da organização. 5 3.1 Ambiente Externo Vamos primeiramente falar do ambiente externo. A empresa está inserida em um contexto social externo, em uma sociedade, que aqui será denominado de PASTE (Político, Ambiental, Social, Tecnológico e Econômico). Esse ambiente possui um “modus operandis” de agir. A questão cultural, o desenvolvimento econômico, a capacidade de interação social, a troca de conhecimento, as legislações ambientais e trabalhistas, a formação acadêmica dos cidadãos, esses são alguns de tantos outros fatores que influenciam diretamente sobre a capacidadede inovação da empresa. Se analisarmos uma empresa inserida na Coreia do Sul, observaremos que ela terá mais estímulo do ambiente externo para a inovação na área tecnológica do que uma empresa inserida, por exemplo, no continente Africano. Isso é preconceito, não! Isso é constatação de dados, segundo a Exame (Bloomberg, 2021), a Coreia do Sul lidera a inovação global passando inclusive a frente dos EUA e da Alemanha, que frequentemente estavam na lista dos 10 países mais inovadores. Essa mesma pesquisa apresenta que o Brasil está em 46a lugar do ranking, que tem 60 países. Preocupante, né? A Coreia do Sul teve seu destaque no primeiro lugar por ter um aumento nos registros de patentes e um forte investimento em pesquisa, desenvolvimento e manufatura. Vale destacar que um dos motivos da queda da Alemanha é pela falta de trabalhadores qualificados. Observamos aqui a importância da educação! Concluímos que não há inovação sem conhecimento. As novas ideias são geradas a partir do saber, que alinhadas com a capacidade da organização promove inovações que permitem o destaque do país. Além das variáveis externas (PASTE), outras situações devem ser consideradas: a capacidade de sobrevivência e crescimento da empresa no ambiente que está inserido. 6 Silva et al. (2018) também destacam outros processos externos que podem dinamizar a capacidade de inovação. • As políticas públicas de incentivo à inovação, através dos benefícios ofertados pelas agências governamentais, permitem alavancar a capacidade inovadora das empresas. No Brasil, um exemplo é a Lei n. 11.196/05, conhecida como Lei do Bem, que oferece incentivos fiscais às pessoas jurídicas que realizarem pesquisa e desenvolvimento e inovação tecnológica1. Assim, podemos observar que quanto maior o estímulo para a iniciativa privada inovar, maior a vantagem competitiva da nação. • As alianças estratégicas permitem que os players (as empresas concorrentes no mercado) inovem e se ajudem através do compartilhamento e colaboração na atividade inovadora. Exemplos de alianças são as redes de inovação, as parcerias, as relações de fornecimentos, os joint venture, as terceirizações entre outras. • A inovação aberta que ganhou força nos últimos anos, quebrando o pré- conceito que a empresa deveria desenvolver inovação somente através do 1 Disponível em: <https://www.leidobem.com/lei-bem-incentivos-fiscais- inovacao-tecnologica/>. Acesso em: 3 set. 2022. 7 seu quadro de colaboradores e em seu laboratório de P&D (pesquisa e desenvolvimento). Alguns exemplos de inovação aberta são as parcerias com as universidades, as incubadoras, as interações e troca de informações com os clientes, comunidades e fornecedores. 3.2 Ambiente Interno Observamos que, no que concerne ao ambiente externo, a educação permite um bom desenvolvimento e índices elevados de inovação, permitindo também a inovação interna da organização. Além da educação, outros fatores influenciam na motivação e na capacidade inovadora da organização. Devemos lembrar que o conhecimento faz parte do ativo organizacional, Trott (2012, citado por Silva et al., 2018) apresenta um quadro com cinco dimensões do conhecimento: Quadro 1 – Conhecimento como ativo organizacional CONHECIMENTO COMO ATIVO ORGANIZACIONAL TIPOS DE RECURSOS INDIVIDUAL TECNOLÓGICO DESCRIÇÃO Habilidades e conhecimentos acerca dos indivíduos que formam a organização Conjuntos de capacidades que podem ser reproduzidas Fonte: Elaborada por Aline Mara Gumz Eberspacher com base em Silva et al., 2018, p. 22. A capacidade de inovação de uma organização está diretamente relacionada à capacidade de sobrevivência e adaptação ao ambiente externo. 8 Vale a frase de Charles Darwin: “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. Para a empresa ter um ambiente interno inovador, deve focar suas energias naquilo que ela faz de melhor. Além dos fatores já citados, destaca-se que a liderança tem um papel fundamental no estímulo a inovação dentro da organização. A Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil, 2021) ADMINISTRATIVO Perfis de empregados e gestores, rotinas, procedimentos e sistemas para viabilizar a execução das tarefas; estrutura organizacional; estratégias orientadoras de ação e da cultura que EXTERNO Relações que a empresa estabelece com os aliados, concorrentes, fornecedores, clientes, agentes políticos, comunidades locais atuais e potenciais, tais como parcerias, canais PROJETUAL Meios pelo qual os recursos tecnológicos, organizacionais e externos são mobilizados e transformados, configurando-se como base para o conhecimento, pois geram apresenta 5 caminhos para a liderança incentivar um ambiente inovador na empresa: • 1) Focar nas pessoas, identificar o potencial de cada colaborador; • 2) Demonstrar confiança na equipe; • 3) Ter uma visão voltada para o futuro; • 4) Montar uma equipe multidisciplinar, com idades, saberes e conhecimentos técnicos diferentes; • 5) Aceitar que os erros fazem parte do processo de inovação e aprendizado. Pesquisa realizada no Brasil demonstrou que 78% das empresas nacionais estão em fase inicial de inovação (GS1 Brasil, 2020). Além disso, um estudo realizado pela Bain & Company mostra que nos países desenvolvidos 80% das empresas têm uma estratégia para a inovação, diferentemente do Brasil que somente 40% das empresas tem uma estratégia para a inovação, com isso identifica- se uma oportunidade de inovação para as empresas brasileiras. TEMA 4 – GESTÃO DA INOVAÇÃO O processo da inovação não é tão simples como a mídia apresenta, como se fosse uma simples inspiração. As inovações são frutos de intenção deliberada com estímulo, em terreno fértil para a criação de novas ideias. É importante estabelecer que situações atípicas podem ocorrer, como por exemplo no filme O menino que descobriu o vento, baseado em fatos, que relata a história do menino William Kamkwamba que cria um sistema para a produção da energia eólica nas terras secas do Malawi. Mas esse caso é uma exceção, pois ele teve que lutar contra todas as carências e necessidades. O filme é muito bom! Vale a pena assistir! No que concerne ao ambiente empresarial, estudos mostram que um ambiente inovador estimula e encoraja as pessoas a ter autonomia, 9 recompensando e valorizando as ideias. Observou-se que em ambientes turbulentos as empresas inovadoras crescem mais (Scherer; Carlomagno, 2016). A gestão da inovação demanda atenção em transformar o potencial inovativo em realidade concreta e lucrativa. A inovação não demanda a criação de algo inusitadamente novo, mas pode ocorrer a partir de algo preexistente, como o produto, o processo, a tecnologia ou o modelo de negócios, gerando valor a partir da criatividade. É necessário que a inovação traga resultado gerando novas oportunidades, ela é um ativo empresarial 2. Apesar dos diferentes tipos de inovação, a empresa precisa gerenciar as diferentes dimensões do processo eficazmente para que o resultado seja alcançado. 4.1 As Oito Dimensões A cultura da inovação na empresa transpassa por setores tangíveis e intangíveis, bem como por uma cultura inovadora e de bom relacionamento com seus parceiros. Veja a seguir as oito dimensões da inovação, desenvolvidas pela consultoria Innoscience, apresentados por Scherer e Carlomagno (2016). Estratégia Octógono da Inovação Estrutura Fonte: Elaborado por Aline Mara Gumz Eberspacher com base Scherer e Carlo Magno, 2016, p. 38. 2 Disponível em: <https://www.meupositivo.com.br/panoramapositivo/gestao-da- inovacao/>. Acesso em: 3 set. 2022. 10 Funding Cultura 1. Estratégia da Inovação: a estratégia da organização é um processo contínuo de decisões, uma linha condutora para o caminho que a empresa quer trilhar. É necessário que a inovação esteja inserida e alinhada no planejamentoestratégico, permitindo a fluidez da criatividade, sem rótulos ou preconceitos. Estabelecer a geração de ideias com objetivos e metas estimula e potencializa a capacidade dos colaboradores. 2. CulturadaInovação:aculturadaorganizaçãoéúnica,comocadaf amília e cada organização tem seu modo de agir. A cultura é um valor organizacional intangível, influenciado pelo comportamento, pela vestimenta, pela comunicação, são as crenças e valores compartilhados pela equipe de colaboradores. A organização inovadora possui uma comunicação mais aberta, favorecendo o trabalho em equipe e estimulando as redes de trabalho. 3. Liderança para a Inovação: a alta administração deve ter compromisso com a inovação, se não o discurso será uma falácia. Os líderes devem ter boa comunicação, facilitando o fluxo de ideias, de conhecimento e fazendo o networking entre as pessoas. A liderança inovadora busca novos desafios e está preparada para assumir riscos. 4. PessoasparaaInovação:aformaçãodeumaequipeinovadorade manda pessoas comprometidas, competentes, motivadas e que gostem de desafios. O grupo de trabalho será mais produtivo na inovação se houver diversidade de ideias, com pessoas de sexo diferentes, idade variadas, com amplos conhecimentos e diversificadas áreas de atuação. Observe que, se a equipe for formada somente por pessoas que pensem iguais, não haverá espaço para o diferente, para a inovação. 5. EstruturadaInovação:umaempresainovadorapossuiumaestrut uraque possibilita e estimula a criatividade, a interação entre a equipe e o aprendizado constante. Empresas com menos níveis hierárquicos tendem a ser mais flexíveis, com uma comunicação ágil e mais trocas de informação. Algumas empresas canalizam a estrutura da inovação ao setor de Projeto e Desenvolvimento (os famosos P&D). Cada organização deve identificar a melhor estrutura para fomentar a inovação. 6. Processo da Inovação: as ideias, as ações, a liderança e uma equipe inovadora precisam ser gerenciadas através de um processo de inovação, que é o responsável por sistematizar, selecionar e analisar a viabilidade 11 econômica. Ferramentas tecnológicas são utilizadas para o gerenciamento na parte financeira, humana, técnica, são informações que fomentam a inovação. 7. FundingparaaInovação:asempresasinovadoras,quandorealizamse us planejamentos orçamentários, destinam mais recurso financeiros ao desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços. Vale destacar que o financiamento para a inovação pode vir de outras fontes, ou parcerias, como financiamentos de juros baixos, alianças estratégicas, parcerias entre empresas e universidades. 8. Relacionamentos para a Inovação: se no passado a inovação ficava restrita a uma sala de P&D com “os gênios da lâmpada”, atualmente a inovação é aberta e colaborativa, através de uma rede fortalecendo uma cadeia de inovação. As boas ideias, muita criatividade, uma equipe coesa, com uma comunicação fluida e conduzida por uma boa liderança permitem um ambiente propício para fomentar a inovação. Essas relações permitem a empresa se concentrar no que domina, na sua atividade principal, e terceirize atividades secundárias. TEMA 5 – PROCESSO DA INOVAÇÃO A inovação tem origem nas ideias, que devem ser bem gerenciadas para não se perderem no tempo e atropeladas pela rotina. Insights, inspirações e muito trabalho da equipe possibilitam o desenvolvimento de uma ideia iluminada. Entretanto, para alcançar um resultado efetivo e oferecer resultados para a empresa, é necessário identificar as etapas do processo de inovação. Créditos: Yuliia Konakhovska/Shutterstock. 12 Embora, cada empresa encontre a melhor maneira de fazer a gestão do seu processo de inovação, Scherer e Carlomagno (2016) apresentam um processo esquematizado para auxiliar na visualização e identificar nas etapas do processo. Fonte: Aline Mara Gumz Eberspacher. 1. Idealização: é a primeira etapa do processo de inovação; as diferentes ideias podem vir das mais variadas fontes como os consumidores, especialistas, relatórios, institutos de pesquisas, sites, feiras entre outros. Neste idem o indicado é coletar o máximo de ideias, pois “Para ter uma boa ideia, você precisa ter muitas ideias” (Linus Pauling, citado por Fascioni, 2021, p. 161). 2. Conceituação: após a aprovação da ideia, é necessário fazer uma avaliação do real consumo e aceitação do produto/serviço pelo mercado consumidor; também vale analisar se já existe algo similar oferecido pela concorrência, quais vantagens e benefícios serão oferecidos para os clientes e sociedade. Neste item, é necessário considerar a qualidade do capital humano da organização, se possui condições de desenvolver a ideia. 3. Experimentação:todaideia,antesdeserofertadanomercado,passapo r um projeto piloto, uma fase de experimentação junto aos clientes e à sociedade, para a empresa identificar a aceitação ou não do produto. Nesta fase, é importante delimitar qual ideia será experimentada, definir as incertezas que podem ocorrer no provável mercado consumidor, colocar em prática a proposta e analisar o resultado. IDEALIZAÇÃO EXPERIMENTAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO Prototipagem Redução de incertezas Refinamento final Geração de novas ideias Oportunidades e negócios Insight de clientes Análise de tendências Reutilização de velhas ideias CONCEITUAÇÃO Avaliação de potencial Aprimoramento de conceitos Acompanhamento e definição Polinização cruzada Alocação de recursos Planejamento mais profundo Aceleração das iniciativas Escala aos projetos Avaliação pós- implementação 13 4. Implementação: após a aprovação das etapas anteriores, o objetivo da organização é levar o novo produto para o mercado consumidor. A implementação demanda uma alocação de recursos financeiros e capital humano. Essa etapa deve estar prevista no planejamento estratégico da organização. É importante lembrar que a sociedade e o mercado vivem em conectados em redes sociais e diversos canais digitais, que devem ser considerados no momento de experimentação e implementação de uma nova ideia. Saiba mais Para saber mais, busque o livro a seguir: SCHERER, F. O.; CARLOMAGNO, M. S. Gestão da Inovação na Prática. São Paulo: Grupo GEN, 2016. 14 REFERÊNCIAS BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e Empreendedorismo. Porto Alegre: Grupo A, 2019. BLOOMBERG. Coreia do Sul lidera inovação global e EUA cai para 11 lugar. Exame, 3 fev. 2021. Disponível em: <https://exame.com/ mundo/coreia-do-sul- lidera-inovacao-global-e-eua-caem-para-11o- lugar/>. Acesso em: 3 set. 2022. BRILLO, J.; BOONSTRA, J.Liderança e Cultura Organizacional para Inovação. São Paulo: Editora Saraiva, 2019. CINCO Caminhos para incentivar um ambiente inovador na empresa. GS1 Brasil, 6 maio 2021. Disponível em: <https:// noticias.gs1br.org/5-caminhos-para- incentivar-um-ambiente- inovador-na-empresa/>. Acesso em: 3 set. 2021. CHESBROUGH, H.; VANHAVERBEKE, W.; WEST, J. Novas fronteiras em inovação aberta. São Paulo: Editora Blucher, 2017. FASCIONI, L. Atitude Pró-Inovação: prepare seu cérebro para a Revolução 4.0. Rio de Janeiro: Alta Books, 2021. SCHERER, F. O.; CARLOMAGNO, M. S. Gestão da Inovação na Prática. São Paulo: Grupo GEN, 2016. SILVA, F. P. D.; LIMA, A. P. L. D.; ALVES, A.; AL., E. Gestão da inovação. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 78% ̈das empresas nacionais estão em fase inicial de inovação. GS1 Brasil, 6 abr. 2020. Disponível em: <https://noticias.gs1br.org/ 78-das-empresas-nacionais- estao-em-fase-inicial-de-inovacao/>. Acesso em: 3 set. 2022. 15
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