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1 UnB/IQ Curso de graduação Química Inorgânica Básica Professores: José A. Dias e Sílvia C. L. Dias 2 Introdução a Química do Estado Sólido ◼ 3. Tipos de sólidos e suas ligações 3.1 Introdução 3.2 Tipos de Sólidos: iônicos, covalentes, moleculares e metálicos 3.3 Sólidos metálicos e teoria das bandas 3 3.1 Introdução Sólido: ◼ a) substância que mantém um volume e uma forma fixa. ◼ b) substância que apresenta suas partículas constituintes dispostas num arranjo interno ordenado. Amorfo: arranjo irregular das partículas Cristalino: arranjo regular das partículas Estudo das formas cristalinas: CRISTALOGRAFIA 4 As propriedades de um sólido dependem: i) geometria e estrutura do retículo cristalino ii) natureza das partículas constituintes (e.g., átomo, íon, molécula) iii) forças atuantes na unidade do sólido. 5 3.2 Tipos de sólidos Iônicos Rede tridimensional de íons de cargas opostas. A energia é proveniente da soma das seguintes contribuições: i) Energia eletrostática de atração ou de repulsão entre os íons; ii) Energia extra de repulsão proveniente da superposição das densidades eletrônicas dos íons vizinhos; iii) Energia de van der Waals. Exemplos: NaCl, Na2CO3, Na3PO4. 6 Propriedades: [1] duros [2] sob a ação de forças de grande intensidade são quebradiços [3] altos pontos de fusão (e.g., NaCl p.f. = 808 °C) [4] maus condutores de eletricidade, exceto quando fundidos [5] baixa solubilidade em solventes orgânicos e alta solubilidade em água 7 Moleculares Retículos cristalinos são formados por moléculas. Existem dois tipos de ligações: dentro da molécula (intramolecular) = covalentes entre as moléculas (intermolecular) = forças de van der Waals Exemplos: Força de dipolo-dipolo permanente (moléculas polares, por exemplo, H2O) Forças de dipolo-dipolo induzidas = forças de dispersão = forças de London (moléculas apolares, e.g., CO2, CH4) forças fracas de curto alcance Polarizabilidade 8 9 Propriedades: [1] ponto de fusão relativamente baixos [2] moles [3] não conduzem eletricidade [4] podem ser solúveis em solventes orgânicos ou água 10 Covalentes Sólidos atômicos, onde os átomos estão ligados covalentemente formando uma rede tridimensional. Exemplos: SiC, Diamante (C); SiO2 Propriedades: [1] pontos de fusão muito altos [2] durezas elevadas [3] não condutores de eletricidade [4] insolúveis em solventes orgânicos e água 11 Metálicos: “Íons positivos formando um retículo estabilizado por elétrons deslocalizados sobre o cristal”. ? Átomos ligados covalentemente em um sistema deficiente em elétrons, os quais estão deslocalizados sobre toda a estrutura. 12 Principais estruturas cristalinas de metais 13 Hexagonal Compacta (HCC) Cúbica de Face Centrada (CFC) 14 Cúbica de Corpo Centrado (CCC) Cúbica Primitiva (P) 15 Propriedades: [1] Pontos de fusão variáveis: (e.g., Na = 98 °C; W = 3410 °C) [2] Dureza variável [3] Altas condutividades elétrica e térmica [4] Alto brilho [5] Insolúveis em solventes orgânicos e muitos reagem com a água 16 3.3 Sólidos metálicos e teoria das bandas ◼ As propriedades físicas dos metais, bem como seus altos números de coordenação (8 ou 12) sugerem que as ligações nos metais devem ser diferentes das outras substâncias ◼ Não existem contribuições iônicas e ligações covalentes convencionais (par de elétrons localizado) são impossíveis pois não há nem número e nem orbitais suficientes ◼ A explicação das ligações em um sólido metálico pode ser dado pela teoria das bandas 17 Surgimento de bandas a partir de orbitais moleculares em metais 18 ◼ O fato de existirem no nível de valência mais orbitais atômicos do que elétrons, significa que mesmo se todos os elétrons fossem empregados para formar ligações covalentes normais, o átomo não atingiria a configuração de um gás nobre (elétron deficiente) ◼ Número de OA = número de OM No Li só existe um elétron de valência por átomo cada orbital tem no máximo 2 elétrons somente metade dos orbitais moleculares do nível 2s estão preenchidos (orbitais ligantes) 19 ◼ Basta um mínimo de energia para perturbar o elétron e leva-lo a um orbital molecular vazio ◼ Como os OM se estendem nas três dimensões do cristal elétrons vão possuir um elevado grau de mobilidade, o que explica a grande condutividade térmica e elétrica dos metais ◼ A condução existe porque não há um salto ou intervalo elevado de energia entre os OM cheios e os OM vazios 20 21 Teoria das bandas: condutores, isolantes e semicondutores ◼ Condutores → a banda de valência está parcialmente preenchida ou ocorre sobreposição desta com a banda de condução. Não há um salto energético significativo entre os OM cheios e os vazios ◼ Isolantes → a banda de valência está preenchida, sendo impossível uma perturbação dentro desta banda. Além disso, há uma diferença significativa de energia em relação a próxima banda vazia 22 ◼ Semicondutores → são basicamente isolantes, nos quais a diferença de energia entre as bandas de valência e a de condução é suficientemente pequena para permitir a promoção de elétrons 23 Estrutura de bandas em sólidos com banda de valência preenchida e banda de condução vazia, destacando a diferença relativa no tamanho do gap entre condutores, isolantes e semicondutores
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