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Traumatismo em dentes Decíduos

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Traumatismo em dentes Decíduos 
 
Bases biológicas 
• Diferentes tecidos com funções 
específicas e características próprias. 
 
Classificação 
Lesão dos dentes 
▪ esmalte 
▪ esmalte e dentina 
▪ esmalte e dentina c/ exposição 
▪ coroa e raiz s/ exposição 
▪ coroa e raiz c/ exposição 
▪ raiz 
Lesão dos tec. de suporte 
▪ concussão 
▪ subluxação 
▪ luxação extrusiva 
▪ luxação intrusiva 
▪ luxação lateral 
▪ avulsão 
 
Lesões na Gengiva ou Mucosa 
▪ laceração 
▪ contusão 
▪ abrasão 
 
Epidemiologia 
Idade 
• Decídua – entre 1/2 e 3 anos de idade; 10 
a 24 meses 
• Permanente - 7 e 10 anos 
 
TIPOS MAIS COMUNS DE TRAUMATISMOS 
• Dentição permanente - fratura coronária 
não complicada 
• Dentição decídua – luxações 
 
Trauma na dentição decídua 
• Luxação é a lesão mais prevalente devido 
ao osso mais resiliente risco à dentição 
permanente. 
 
EXAME E DIAGNÓSTICO 
• anamnese – histórico 
• exame clínico 
• exame radiográfico 
• testes complementares 
 
ANAMNESE 
• Inconsciência? Cefaléia? Vômitos? 
• Lesão anterior? 
• Vacinação? 
 
EXAME CLÍNICO 
• Testes de sensibilidade pulpar não 
são indicados em dentes decíduos. 
• A mobilidade dentária e a 
coloração da coroa devem ser 
registradas. 
• Fotografias extra-orais e intra-orais 
 
 Traumatismo em dentes Decíduos 
Exame radiográfico 
• Os profissionais devem avaliar se 
radiografias afetarão positivamente o 
diagnóstico ou o tratamento fornecido à 
criança. 
• Os clínicos devem trabalhar dentro dos 
princípios ALARA para minimizar a dose de 
radiação. 
• O uso da tomografia no atendimento de 
crianças pequenas com traumatismo 
dentário é raramente indicado. 
• registro inicial - documentação 
• rizogênese e rizólise, fraturas radiculares ou 
ósseas, relação com a polpa, 
deslocamentos de decíduos x germe do 
sucessor, outras alterações patológicas. 
• controle periódico 
 
Teste de sensibilidade 
→ Contraindicado para crianças 
Vários testes disponíveis: ▪ estímulo 
mecânico, teste térmico e teste 
eletrométrico. 
▪ teste térmico: guta-percha aquecida, 
cloreto de etila, gelo, neve de dióxido de 
carbono (-78o C) e dicloro-diflúor-metano(- 
28o C) 
• TESTE ELETROMÉTRICO: Dispositivo de 
diagnóstico dentário usado como um 
instrumento para auxiliar na determinação 
da vitalidade da polpa dentária, 
estimulando a com uma corrente elétrica 
fraca. 
• Oximetria de Pulso: ainda não são 
comercializáveis sensores que sejam 
específicos à anatomia de todos os dentes, 
sendo necessário recorrer a oxímetros que 
são para uso no dedo. 
• Fluxometria Laser Doppler: mede o fluxo 
sanguíneo no interior dos vasos, se baseia na 
detecção dos movimentos de células 
sanguíneas através da emissão nos tecidos 
de uma luz emitida a partir de uma fibra 
óptica. O valor médio da variação de fluxo 
para os dentes vitais, de 92,01% e para os 
dentes desvitalizados 35,52% 
 
DIAGNÓSTICO 
Decisão de tratamento 
• Baseada no grau de deslocamento, 
mobilidade, interferência oclusal, formação 
radicular, e na habilidade de cooperação 
da criança com a situação da emergência 
 Atenção aos tecidos moles 
 
Fraturas de Esmalte 
• Não é necessário o Rx inicial. 
• Nenhum acompanhamento é indicado, a 
menos que haja alterações clínicas como: 
alteração de cor, sinais de necrose ou 
infecção 
• Alterações em tecidos moles – higiene 
pelos pais com Clorexidina 0,1% a 0,2%. 
• Regularização dos bordos cortantes. 
 
 
 
 Traumatismo em dentes Decíduos 
Fratura de esmalte e dentina 
•Rx inicial é opcional. 
• Localização de fragmentos em lesões de 
tecidos moles pode ser necessária. 
• Tratamento restaurador e orientação aos 
pais quanto higiene 
• Acompanhamento 6 a 8 semanas e Rx 
somente quando os achados clínicos 
justifiquem 
 
RX INICIAL É OPCIONAL. 
• Localização de fragmentos em lesões de 
tecidos moles pode ser necessária. 
• Tratamento restaurador e orientação aos 
pais quanto higiene 
• Acompanhamento 6 a 8 semanas e Rx 
somente quando os achados clínicos 
justifiquem 
 
Fratura de esmalte e dentina 
com exposição pulpar 
• Rx inicial e acompanhamento 
• clínico e radiográfico: 1sem, 6-8 sem e 1 
ano. 
• Pequena exposição: capeamento direto 
Grande 
• Exposição: pulpotomia ou pulpectomia. 
 
Fratura de coroa e raiz sem 
exposição pulpar 
• Rx inicial para verificar extensão da fratura. 
Fratura a nível restaurável: restauração 
• Se possível, deixar o tratamento invasivo 
para uma segunda consulta. 
• Acompanhamento: 1semana, 6-8 
semanas e 1 ano. 
 
Fratura de coroa e raiz sem 
exposição pulpar 
• Rx inicial para verificar extensão da fratura. 
Fratura a nível restaurável: restauração 
• Se possível, deixar o tratamento invasivo 
para uma segunda consulta. 
• Acompanhamento: 1semana, 6-8 semanas 
e 1 ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Traumatismo em dentes Decíduos 
FRATURAS RADICULARES 
▪ 0,5% a 7% dos traumas na dentição 
permanente e 2 a 4 % na decídua. 
▪ localização: 1/3 cervical, 1/3 médio ou 1/3 
apical 
▪ radiografia para localizar a fratura, 
observar o deslocamento e o estágio de 
desenvolvimento. 
1/3 médio: Sem deslocamento do 
fragmento – acompanhamento por 1 sem, 
6-8 sem e 1 ano 
1/3 cervical: Exodontia 
1/3 apical: Fragmento deslocado, evidente 
mobilidade ou interferência na oclusão: 
• extração do fragmento coronário 
• Reposicionamento do fragmento e 
fixação flexível por 4 semanas 
 
CICATRIZAÇÃO DAS FRATURAS RADICULARES 
▪tecido calcificado 
▪interposição de tecido conjuntivo 
▪interposição de osso e tecido conjuntivo 
▪interposição de tecido de granulação 
dentes decíduos - tecido conjuntivo 
 
Concussão ou comoção 
• Trauma mínimo ao periodonto sem 
aumento da mobilidade. 
• Sensibilidade à percussão. 
• Rx inicial não é necessário, a não ser que 
haja sinal clínico. 
• Orientação aos pais. 
• Acompanhamento: 1sem, 6-8 sem 
 
Subluxação 
▪ Fibras do ligamento se rompem, resultando 
em afrouxamento do dente danificado. 
▪ Sangramento no sulco gengival. 
▪Rx inicial. 
▪Acompanhamento 1sem, 6-8 sem. 
▪Orientação aos pais. 
 
Luxação lateral 
• lesão mais comum em dentes decíduos 
• deslocamento do ápice para vestibular ou 
para palatina. 
• tratamento depende do grau de 
deslocamento. 
• não interferindo na oclusão – deixar 
reposicionar espontaneamente 
• Se houver um grande deslocamento 
temos duas opções: Exodontia e 
Reposicionamento e fixação flexível por 4 
semanas. 
• Em caso de fixação acompanhar por 1 
sem, 4 sem, 8 sem, 6 meses e 1 ano. 
•Anualmente até a erupção do permanente. 
 
Luxação intrusiva 
• rx inicial periapical ou oclusal para 
definir direção de deslocamento 
•acompanhamento: 1sem, 6-8 sem, 6 
meses e 1 ano. 
•aguardar o reposicionamento espontâneo 
que ocorre em 6 meses a 1 ano. 
 Traumatismo em dentes Decíduos 
RADIOGRAFIA 
Avaliar relação do dente decíduo 
traumatizado com o sucessor permanente, 
Rx periapica e Rx lateral 
 
EXAME RADIOGRÁFICO LATERAL 
• Sobreposição de imagens dificulta 
diagnóstico. 
• Não é confiável isoladamente, deve ser 
associada ao exame clínico e radiografias 
periapicais. 
 
Luxação extrusiva 
• Rx inicial e avaliação do grau de 
deslocamento. 
• Se o dente não estiver interferindo na 
oclusão: aguarde a erupção espontânea. 
• Se o dente estiver com mobilidade 
excessiva ou extrusão de mais de 3mm: 
extração sob anestesia 
• Acompanhamento: 1sem, 6-8 sem, 1 ano 
e anualmente até erupção do sucessor. 
 
Avulsão 
• Rx periapical ou uma oclusal modificada 
quando o dente está perdido para garantir 
que não esteja intruído. 
• A radiografia também vai servir como 
base para avaliação do dente permanente 
em desenvolvimento, e para determinar 
se ele foi deslocado. 
• Reavaliação: 6-8 semanas 
• Acompanhar erupção do sucessor 
 
Consequências para os dentes 
em desenvolvimento 
▪ defeitosde esmalte (35%) 
▪dilaceração coronária (3%) 
▪ angulação radicular – dilaceração (1%) 
▪ suspensão parcial ou completa da 
formação radicular (2%) 
 
Orientações aos pais 
 Higiene bucal adequada - escova macia e 
a aplicação tópica de gluconato de 
clorexidina 0,1% na área afetada com 
compressas de algodão, duas vezes ao dia, 
por 1 semana. 
 Dieta leve e a restrição da utilização de 
chupeta. 
 Atenção a complicações: edema, aumento 
da mobilidade ou fístulas. 
 Documentação informando a respeito de 
possíveis complicações no desenvolvimento 
dos dentes permanentes, especialmente 
após intrusão, avulsão e fraturas alveolar

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