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22/11/2023 1 Vírus Betânia betaniadrumond@gmail.com bactérias fungos vírus VÍRUS Agentes infecciosos IRAS Câncer – 15-20% Doenças crônicas Ciência Biotec- nologia Ambiental Evolução O QUE SÃO VÍRUS? COMO É UM VÍRUS? - PARASITAS INTRACELULARES OBRIGATÓRIOS -Genoma - DNA ou RNA (elementos genéticos móveis) - Cobertura protéica envolvendo o ácido nucléico - Multiplicam-se dentro de células vivas Maquinaria celular Induzem a síntese de estruturas especializadas (proteínas) que irão formar novas partículas VÍRUS Vírion: Partícula viral completa e INFECCIOSA - Vírus defectivo = deficiente em algum aspecto da multiplicação Interferência na multiplicação dos vírions -Pseudovírions = DNA da célula hospedeira incorporado no capsídio Transferência de genes entre organismos Termos e Definições em Virologia 22/11/2023 2 750 nm Microscopia ótica Tamanho dos vírus •Tamanhos variáveis: 20 a 750 nM e mais… •Tamanho do vírus – tamanho do material genético Mimivírus MORFOLOGIA VÍRUS www.allthevirology.com COMPONENTES VIRAIS Capsídeo – proteínas VIRAIS – proteção material genético viral Genoma (RNA ou DNA) – informação genética do vírus Envelope (não obrigatórios – espécie de vírus) – bicamada lipídica CELULAR + proteínas VIRAIS inseridas Espículas - (não obrigatórias – espécie de vírus) (proteínas VIRAIS/carboidratos) – ancoragem viral à célula hospedeira ESTRUTURA VIRAL VÍRUS NÃO ENVELOPADO (capsídeo desnudo) VÍRUS ENVELOPADO Derivados de membranas celulares - plasmática, RE, Golgi (Constituição: Carboidratos, proteínas e lipídeos) Glicoproteínas virais – incorporadas na membrana VÍRUS ENVELOPADO QUE PERDE SEU ENVELOPE – PARTÍCULA DEFECTIVA Proteínas de superfície - ligação e penetração viral 1- ESTRUTURA DA PARTÍCULA VIRAL - ENVELOPE VÍRUS NÃO ENVELOPADO VÍRUS ENVELOPADO Forma de transmissão – geralmente mais fácil - poeira, contato, fômites, gotículas Forma de transmissão – geralmente necessita de umidade – secreções corpóreas, transplantes de orgãos, sangue contato mais íntimo MENORMAIOR MENORMAIOR Estabilidade a temperaturas, ácidos, proteases, detergentes, ressecamento Estabilidade ao ambiente, condições adversas intestino e estômago. 22/11/2023 3 Presentes ou não carboidratos-proteínas ancoragem no hospedeiro 2- ESTRUTURA DA PARTÍCULA VIRAL ESPÍCULAS www.allthevirology.com Capsídeo - Proteção e rigidez partícula proteção material genético Diferentes formas: simetria – arranjo das proteínas determinadas pelo arranjo do DNA -Proteínas capsídeo: codificadas pelo genoma viral - Tamanho capsídeo tamanho genoma 3- ESTRUTURA DA PARTÍCULA VIRAL (a) the two-fold axis, (b) the threefold axis and (c) the five-fold symmetry. https://www.researchgate.net/publication/330524466 Poliédricos (Icosaédrica) Helicoidal Complexa Simetria www.allthevirology.com Virus Icosaédricos Adenovírus Picornavírus Capsídeo simetria icosaédrica www.allthevirology.com 20 faces triangulares - 12 vértices Não envelopados Envelopados Herpesvírus Retrovírus www.allthevirology.com Virus Icosaédricos Capsídeo simetria helicoidal www.allthevirology.com Não envelopados Envelopados www.allthevirology.com - Capsídeos : rígidos ou flexíveis - Ácido nucléico: estrutura helicoidal RhabdovírusEbola virus Sarampo Influenza Virus Icosaédricos Capsídeo simetria complexa www.allthevirology.com Não envelopados Envelopados www.allthevirology.com Poxvírus Bacteriófagos 22/11/2023 4 VÍRUS- genoma RNA DNA Transcriptase reversa Fita simples Fita dupla Fita dupla Fita simples positiva negativa Segmentados ou não VÍRUS- genoma RNA DNA Transcriptase reversa Fita simples Fita dupla Fita dupla Fita simples positiva negativa Segmentados ou não Genes - alterar a estrutura e/ou função celular – mulplicação viral Genes - promover a formação da partícula viral Genes - promover replicação do genoma viral Alguns vírus – genes – proteínas fatores virulência e evasão sistema imune Enzimas para a síntese protéica, rRNA, tRNA e energia são fornecidos pela célula hospedeira Vírus – amplo espectro de hospedeiros células eucariotas – animais e vegetais fungos e protistas células procariotas TROPISMO VIRAL – especificidade viral Célula, tecido, organismo -Susceptibilidade - ligação específica à célula hospedeira proteínas virais – receptores e co-receptores celulares - Permissividade - ambiente celular – fatores celulares que suportam a replicação viral -Interação fatores celulares e virais –maneira dependente célula, tecido ou doença - Porta de entrada no organismo do hospedeiro - Multiplicação viral inicial Classificação 22/11/2023 5 Critérios usados pelo ICTV Distinção ordem, família e gênero -Morfologia – tamanho, forma, simetria capsídio, envelope, espículas -Estratégia de multiplicação - Tipo de organização do genoma viral Distinção de espécies -Propriedades físico-químicas dos vírions -Propriedades antigênicas das proteínas virais - Similaridades dos genomas - Propriedades biológicas (espectro de hospedeiros, patogenicidade e citopatologia, modo de transmissão natural) Toda a infecção viral tem como objetivo produzir novos descendentes e assim propagar o vírus MULTIPLICAÇÃO VIRAL Multiplicação viral Caracterização Classificação Patogênese – doençaVacinas Antivirais Por que estudar a multiplicação dos vírus? processo de “desmontagem” de um vírus que penetrou na célula e “montagem” de novos vírus iguais a aquele Parasita intracelular obrigatório Mudanças morfológicas, inibição da síntese celular de proteínas, ácidos nucléicos, alterações funcionais, transformação celular e morte celular PATOGÊNESE – doenças ALVOS PARA ANTIVIRAIS Características virais – biologia viral Estrutura, genoma, sítios de multiplicação, formas de eliminação e transmissão de partículas virais MULTIPLICAÇÃO VIRAL Multiplicação viral 1 - adsorção 2- penetração 3- desnudamento 4a-Síntese genoma 4b - Síntese RNA m 4c- Síntese proteínas 6- liberação 5- Montagem 1) Adsorção - tropismo e especificidade de hospedeiros INTERAÇÃO receptores/co-receptores celulares com proteínas virais 22/11/2023 6 2- PENETRAÇÃO E DESNUDAMENTO- Entrada de parte ou de todo o vírion na célula 2.1- Direta - injeção do genoma 2.2- Fusão envelope - membrana 2.3- Endocitose – vírus envelopados e não envelopados: invaginação da membrana celular em volta da partícula viral Liberação do ácido nucléico viral. Pode ocorrer simultaneamente com a penetração Depende da forma em que o vírus penetra Depende do local em que haverá a replicação Remoção total ou parcial do capsídeo viral (enzimas celulares ou virais) - proteção genoma (RNA fita dupla no citoplasma) 2- PENETRAÇÃO E DESNUDAMENTO Multiplicação viral 1 - adsorção 2- penetração 3- desnudamento 4a-Síntese genoma 4b - Síntese RNA m 4c- Síntese proteínas 6- liberação 5- Montagem ONDE OS VÍRUS MULTIPLICAM DENTRO DA CÉLULA? RNA RNApol dependente RNA - VIRAL DNA DNA polimerase celular ou viral DNA DNA polimerase VIRAL Poxviridae, Iridoviridae, Asfarviridae RNA RNApol dependente RNA - VIRAL Ortomixo-, borna- e retrovírus - OS VÍRUS PRECISAM DE ENZIMAS E FATORES CELULARES Como os vírus podem sintetizar mRNAs e proteínas? RNAs monocistrônicos RNA policistrônico + DNA ou RNA mRNAmRNA Proteínas Proteínas poliproteína Proteases celulares e virais 22/11/2023 7 Multiplicação viral 1 - adsorção 2- penetração 3- desnudamento 4a-Síntese genoma 4b - Síntese RNA m 4c- Síntese proteínas 6- liberação 5- Montagem 6- MONTAGEM E MATURAÇÃO União de proteínas e ácido nucléico viral, Fábricas virais : áreas de montagem MATURAÇÃO: podem ocorrer após a montagem – proteólise www2.hu-berlin.de/.../new/virus/virus601.jpg vírus do mosaico do tabaco HIV www2.hu-berlin.de/.../new/virus/virus601.jpg • Vírus envelopados:Vírus não são capazes de sintetizar lipídeos. • envelopes - adquiridos de compartimentos membranosos da célula (previamente modificados por proteínas virais) 7.1 - Liberação por lise celular - envelopados e não envelopados Hepatócito infectado com HAV 7- Liberação da progênie viral 7.2 - Liberação por exocitose Herpesvírus Rhabdovírus 7.3- Brotamento- envelopados e não envelopados HIV Toda a infecção viral tem como objetivo produzir novos descendentes e assim propagar o vírus Efeitos na célula infectada: - Alterações morfológicas aparentes – ECP . Escurecimento e arredondamento da célula . Corpúsculos de inclusão . Corpúsculos de Negri - raiva - Mudanças morfológicas funcionais não aparentes - Fusão células: células gigantes multinucleadas - Transformação maligna - crescimento incontrolável, sobrevivência prolongada e alterações morfológicas - Morte celular: inibição de síntese de constituintes macromoleculares celulares 22/11/2023 8 Patogênese viral e resposta do hospedeiro às infecções virais Universidade Federal de Minas Gerais Depto Microbiologia Betânia Toda a infecção viral - produzir novos descendentes e assim propagar o vírus infecções sintomáticas ou assintomáticas O processo fundamental consiste no ciclo de replicação do vírus (parcial ou completo) em uma célula hospedeira. Não existe relação da doença com a morfologia viral. A evolução de qualquer caso depende da constituição genética do vírus e do hospedeiro. Muitas infecções virais são sub-clínicas. A mesma doença pode ser causada por diferentes vírus. O mesmo vírus pode causar uma variedade de doenças. PATOGENIA DAS INFECÇÕES VIRAIS Morte organismo Doença severa de forma clássica Doença moderada Infecção assintomática Exposição sem infecção Doença subclínica Infecção viral: conceito do iceberg (Evans e Brachman) FIELDS, 2001 - - ou PATOGENIA DAS INFECÇÕES VIRAIS Romper barreiras do hospedeiro Evadir controle sistema imune Destruir células de um tecido alvo diretamente ou disparar resposta imune e inflamatória destrutiva Vírus – doenças danos teciduais alteração/perda de funções Características virais : estrutura, genoma, estratégias de multiplicação, sítios de multiplicação, eliminação e transmissão de partículas virais EXIGÊNCIAS PARA INÍCIO DE INFECÇÃO VIRAL 22/11/2023 9 Curso da Infecção: portas de entrada ROTAS DE ENTRADA DOS VÍRUS NOS ORGANISMOS Os vírus multiplicam dentro de um hospedeiro... INFECÇÃO VIRAL: PROCESSO DINÂMICO + Os vírus multiplicam dentro de células: alterações nas células/resposta imune = danos teciduais – órgãos = doenças Fluxograma da Infecção Infecção Portas de entrada Multiplicação viral (estratégias, locais) X resposta imune = presença ou não de doença (tipos/gravidade) Liberação Transmissão Transmissão vírus HORIZONTAL V E R T I C A L Placenta . Parto (HIV) . Amamentação (HIV) Insetos – larvas (dengue) 22/11/2023 10 INFECÇÕES SISTÊMICAS X LOCALIZADAS TROPISMO VIRAL resposta imune do hospedeiro x disseminação Dengue x Herpes Infecção Sistêmica: o vírus é capaz de se disseminar para outros órgãos DISSEMINAÇÃO DOS VÍRUS PELO ORGANISMO CÉLULA A CÉLULA – Trato respiratório - auxilio do movimento mucociliar local. Exemplos: Rinovírus Epitélio do Trato Resp. Sup. Rotavírus Vilosidades Intestinais HHV1-2 Epiderme (pele e/ou mucosa genital) Papilomavirus Epiderme CORRENTE LINFÁTICA: capilares linfonodos eliminam vírus e iniciam a resposta imune ou, em alguns casos replicação do vírus e disseminação pelo organismo (aumenta a patogenia da doença – Dengue, Sarampo) DISSEMINAÇÃO DOS VÍRUS PELO ORGANISMO NERVOS PERIFÉRICOS: transportados dentro do axônio até o SNC. Ex.: herpesvírus, poliovírus, vírus da raiva. DISSEMINAÇÃO DOS VÍRUS PELO ORGANISMO SANGUE (viremia): veículo rápido e efetivo. DISSEMINAÇÃO DOS VÍRUS PELO ORGANISMO Replicação no sítio de entrada Viremia primária Sítios de replicação primária Viremia secundária Sítios de replicação secundária Transmissão para outros hospedeiros Infecções virais: a maioria é autolimitada vírus eliminado do organismo e evolução para a cura. TIPOS DE INFECÇÃO Aguda - autolimitada, com fases marcadas – evolução para cura ou não. Cronica- produção e excreção contínua do vírus ou não, doença presente ou não. Ex.: hepatites B, C e D Latente; Vírus não pe eliminado - período de latência - ausência de doença. Reativação Lentas - aumento gradual do número de vírus após infecção - doença progressiva 22/11/2023 11 Excreção viral • Liberação para outros hospedeiros ou para o meio ambiente • Forma de liberação (transmissão) – local de multiplicação e portas de entrada do vírus no novo hospedeiro Artrópodes – corrente sanguínea – dengue (febre) Sexual – secreções genitais HIV Contato – lesões – Herpes, HPV Fecal-oral – fezes – hepatite A, Rotavírus (diarréia) Resposta do hospedeiro às infecções virais Infecções Virais x Resposta imune hospedeiro Hospedeiro: mecanismos inespecíficos (resposta inata) e específicos (resposta adquirida) vírus tenta subverter estes mecanismos para perpetuar Resultado: SI do hospedeiro e do esquema ofensivo viral (genética do hospedeiro) (genética do vírus) Idade Recém-nascidos Jovens/adultos Idosos Estado nutricional Estado imunológico Constituição genética do hospedeiro Resposta imune X Vírus Ação Antiviral do Hospedeiro Humano Apoptose - Morte celular programada (induzida) como resposta a uma condição fisiológica anormal na célula Vírus Inibição da apoptose – manutenção da célula para multiplicação (HCV, HBV, VACV) Indução apoptose – liberação vírus da célula , limitar processo inflamatório e resposta imune local (HTLV-1, HIV-1) Infecções Virais x Resposta imune hospedeiro INATA: independente do tipo ou espécie de microorganismo; não “melhora” a partir de múltiplas exposições; não há retenção de memória imunológica. ADQUIRIDA: dependente do tipo ou espécie de microorganismo; “melhora” a partir de múltiplas exposições; há retenção de memória imunológica. 22/11/2023 12 IMUNIDADE INATA Objetivo da ativação componentes da imunidade inata: a-Controle inicial vírus .Células : macrófagos (fagocitose vírus), cél. dendríticas e NK .IFN- e IFN- - ligados aos seus receptores, estes induzem as vias de transdução de sinal na síntese de variados genes – resposta antiviral b- integração com componentes da imunidade adquirida – amplificação da resposta imunológica – maturação e ativação de células apresentadoras de antígenos anticorpos - produção citocinas pró-inflamatórias – recrutamento células 2- RECEPTORES IMUNIDADE INATA 1- Padrões moleculares associados a patógenos – PAMPs: PAMPs virais: genoma (RNA fd e DNA), superfície viral reconhecidos pelas células dos hospedeiros Receptores de PAMPs nas células hospedeiras (PPRs): células dendríticas, macrófagos, epiteliais, endoteliais, linfócitos e células NK. Localizaçao dos PPRs na célula Membrana celular – receptores que reconhecem padrões superfície viral Vesículas intracelulares - genoma extra intra TM Exemplos: TLR, RIG, MDA-5, receptores tipo lectina Interferon α Interferon β Citocinas pró-inflamatórias Receptores imunidade inata: Interação PAMP – PPRs: - produção interferon tipo I e (citocinas) -produção citocinas pró-inflamatórias - maturação células dendríticas Resposta Imune Inata: 2-CITOCINAS Proteínas secretadas que medeiam as reações imunes e inflamatórias e também a comunicação entre leucócitos e outras células Principais produtores de citocinas: células TH e macrófagos Citocinas pró-inflamatórias Fases da reação Inflamatória 1- aumento de fluxo sanguíneo à área afetada 2- aumento da permeabilidade capilar local 3- migração de células sanguíneas para a área afetada aumento da eliminação vírus Citocinas pró-inflamatórias Interferons do Tipo I: liberados em resposta à infecção viral,RNA de dupla hélice e endotoxinas. EFEITOS: Inibição direta da replicação viral – em células vizinhas Aumento da expressão de MHC classe I (mol reconhec. Viral) Ativam células NK e células T CD8+ (eliminação viral) 22/11/2023 13 3-CÉLULAS EFETORAS DA RESPOSTA INATA 3.1- CÉLULAS EPITELIAIS E ENDOTELIAIS produção óxido nítrico – intracelular: inibe multplicação de alguns vírus produção de quimiocinas – recrutamento células 3.2- MONÓCITOS e MACRÓFAGOS: - alvo de infecção – multiplicação e disseminação do vírus - Fagocitose - Células apresentadoras de antígenos - Produção de citocinas pró-inflamatórias -Produção citocinas regulatórias de linfócitos T - cooperam na resposta adquirida (memória) 3-CÉLULAS EFETORAS DA RESPOSTA INATA 3.3- CÉLULAS DENDRÍTICAS Ampla distribuição mucosa e tecidos epiteliais - Principais APCs para resposta adquirida primária -Ativação linfócitos T -Secreção de citocinas pró- inflamatórias e quimiocinas 3.4- CÉLULAS “NATURAL KILLER” – NK - Atividade citotóxica – NK ativada libera grânulos citolíticos (granzimas e perforinas) - indução apoptose - Secreção de citocinas – IFN gama, quimiocinas – regulação resposta imune Reconhecimento de célula infectada -ADCC – citotoxidade mediada por anticorpo reconhecimento de células recobertas por anticorpos -Reconhecimento da expressão anormal de MHC I -Vírus diminuem a expressão de MHC I • Resposta Imune Adquirida: proteção dependente do tipo ou espécie de microorganismo; se intensifica através de múltiplas exposições; há retenção de memória imunológica. Produção de Anticorpos Produção de Citocinas Orquestração da Resposta Imune Produção de Citocinas CD3 – CD4 Citotoxicidade seletiva CD3 – CD8 Imunidade Adquirida • Humoral - Linfócitos B e seus produtos - ANTICORPOS – Principal resposta contra parasitas extracelulares – Respostas específicas para o tipo de antígeno – Os antígenos externos são relevantes para resposta humoral • Celular - Linfócitos T e seus produtos (citocinas) – Principal resposta contra antígenos intracelulares – Os antígenos internos são relevantes para as respostas mediadas por células T. - Antígenos virais são em grande parte proteínas ou glicoproteínas. Imunidade mediada por células – linfócitos T 1- Linfócitos T helper – principais controladores da resposta imune 2- Linfócitos citotóxicos - eliminação de células infectadas TCD8+ TCD4+ Estimulação dos linfócitos B com desenvolvimento memória imunológica Citotóxicos: matam células infectadas Inflamação Ativação de macrófagos 1 Vírus intracelulares endossomos – antígenos exógenos MHCII Proteassomos antígenos exógenos Vírus Extracelulares MHCI 2 22/11/2023 14 Imunidade mediada por células – linfócitos T 1- Linfócitos T helper – principais controladores da resposta imune 2- Linfócitos citotóxicos - eliminação de células infectadas TCD8+ TCD4+ Estimulação dos linfócitos B com desenvolvimento memória imunológica Citotóxicos: matam células infectadas Inflamação Ativação de macrófagos 1 2 Vírus intracelulares endossomos – antígenos exógenos MHCII Proteassomos antígenos exógenos Vírus Extracelulares MHCI Vírus circulantes Humoral Tipos de Imunidade Adquirida Células B de memória -Ativação do fagocitose e complemento Como os anticorpos ajudam no controle das infecções virais? Agregação de partículas – facilitando a fagocitose -Neutralização: Y - vírus -Mudanças conformacionais em proteínas de superfície - anticorpo liga ao vírus e inibe - adsorção do vírus à célula - penetração e - desnudamento -Bloqueio de brotamento ou liberação viral 1- Sequestro de antígenos 1.1-Latência – baixa transcrição e tradução – Herpesvírus – EBV, VZV, HSV Vírus mantidos em sítios imunoprivilegiados – cérebro - Raiva barreira hematoencefálica Células SNC – Baixa capacidade apresentação antígenos EVASÃO VIRAL – SISTEMA IMUNOLÓGICO 1.2- Mutação epítopos (proteínas virais reconhecidas pelo SI): relacionada resistência infecções ou cronicidade Existência sorotipos diferentes ou subtipos – mesma espécie compartilham ag, epítopos neutralizantes ≠ GENOMAS SEGMENTADOS - Rearranjo gênico gdes alterações antigênicas Exemplo Vírus Influenza que causam pandemias 2- Inibição apoptose Vírus produzem proteínas que impedem a morte celular programada Prot viral liga à proteína que induz a apoptose, impedindo sua função EVASÃO VIRAL – SISTEMA IMUNOLÓGICO 3-Infecção e modulação da ativação células sistema imunológico Vírus – tropismo – células Sistema imune proteínas virais mimetizam proteínas celulares Célula S.I. – funções alteradas – favorecendo multiplicação do vírus Mecanismos de agressão tecidual mediados pela resposta imunológica celular Ativação linfócitos T e Células imunidade inata produção citocinas pró-inflamatórias – IFN-γ, IL6, IL10, TNF-α inflamação danos teciduais ou sistêmicos aumento gravidade doença TCD8+ citotóxicos - HBV crônicas – Cirrose e carcinoma hepatocelular - Inluenza patologia pulmonar gripe espanhola, H5N1, H1N1 Dengue – indícios ativação TCD4+ e TCD8+ > em quadros + graves infecção 2a – ativação células memória para sorotipo diferente fenótipo ativado – entram em apoptose liberação IFN-γ, TNF-α– células endoteliais – extravasamento plasma – dengue hemorrágica 22/11/2023 15 Resposta inata RÁPIDA Resposta adaptativa LENTA CONTROLE DAS INFECÇÕES VIRAIS Diagnóstico de infecções virais Betânia Drumond Microbiologia -UFMG Diagnóstico vírus – laboratórios clínicos – recente baseado em cultura de células e tecidos caros e demorados Aumento da rotina diagnóstico laboratorial - Surgimento de técnicas mais rápidas e baratas (anticorpos monoclonais e técnicas moleculares - PCR) -HIV/AIDS + aumento número transplante órgãos -Aumento número pacientes risco de doenças oportunistas -Aumento número antivirais disponíveis Importância diagnóstico virológico – áreas -Pacientes imunocomprometidos -Transplantados, HIV/AIDS - DSTs -Infecções respiratórias agudas -Infecções sistema nervoso -Infecções TGI agudas (crianças e adolescentes) - Hepatites virais agudas e crônicas -Infecções oculares -Recém nascidos (fetos) – suspeitos – infecções congênitas -Monitoramento de pacientes sob quimioterapia antiviral. -HIV – exames quantitativos Importância diagnóstico virológico – áreas - Efeito da multiplicação viral no tecido - Definição do papel da infecção viral na determinação da doença observada Microscopia ótica - biópsia - Detecção e avaliação da resposta imune específica contra vírus - técnicas sorológicas -Epidemiologia de doenças de importância para saúde pública -Novas amostras de influenza -Encefalites causada por arbovírus – controle mosquito -Dengue Amostras para diagnóstico viral – sangue, tecidos, fluidos, fezes, swabs Material biológico - Qualidade -Momento coleta – curso da infecção QUAL TESTE FAZER AGORA? -Tipo de amostra -Tempo e condições de transporte 22/11/2023 16 Tipos materiais para exame virológico Tecidos, fluidos, fezes, swabs - 4°C. + de 24 h: –70°C Sangue – T.A. Molecular: -20o a -70oC (RNA) Diagnóstico Bioquímicos (partícula) Alterações Fisiológicas SorológicosMoleculares Microbio- lógicas Combinação de técnicas – nem todas técnicas estão disponíveis/aplicá veis para todos vírus Diagnóstico Bioquímicos (partícula) Alterações Fisiológicas SorológicosMoleculares Microbio- lógicas Isolamento M.Eletrônica Antígenos virais Anticorpos antivirais Detecção Tipagem Quantificação Enzimas Contagem de células ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE VÍRUS Padrão ouro diferentes materiais biológicos Multiplicação dos vírus: 1-Animais 2- Ovos embrionados 3- Células 1- Características microbiológicas Vírus do Sarampo -1- Animais - camundongos, coelhos, outros modelos animais -Diferentes vias de infecção: intranasal, cerebral, sanguínea, intraperitoneal, escarificação... Paralisia Lesões degenerativas Morte Detecção deantígenos virais através de reações sorológicas Vírus raiva, arbovírus, desconhecidos - Ovos embrionários – hospedeiro conveniente e não dispendioso VACINAS Herpes simplex, Poxvirus Vírus Sarcoma Rous Vírus Influenza, Vírus sarampo Vírus Influenza, Vírus sarampo Vírus doença de Newcastle Adenovírus aviário Herpes simplex Formação de “pocks” em membrana corioalantóica – B: Vaccínia vírus A: cowpox vírus Efeitos: feridas na membrana cório alantóica (pocks), morte do mbrião, reação de hemaglutinação (HA do líquido alantóico) 22/11/2023 17 - Multiplicação de vírus em cultura celular Culturas celulares – multiplicação vírus, efeitos célula, interação célula-vírus, Cultura primária Células retiradas diretamente de um tecido. Multiplicam-se poucas vezes Linhagem celular contínua (permanente) Células que passaram por alguma mutação que podem multiplicar várias vezes Linhagem de células transformadas Linhagem celular transformada naturalmente, ou por um vírus indutor de tumor ou agente químico. Células são depositadas em garrafas ou placas, aderindo à superfíce e crescendo até formar uma monocamada, na presença de um meio de cultura para as células Isolamento e Cultivo Viral Herpesvírus simplex em cultivo primário de rins de coelho Citomegalovírus em fibroblastos de pulmão de embrião humano Vírus respiratório sincicial em células HEp-2 CONTROLES NEGATIVOS - Células não infectadas Isolamento, multiplicação e quantificação viral Observação de ECPs PLACAS DE LISE - Disseminação viral destruindo células adjacentes Poxvírus, Herpesvírus In vitro - Cultivo células - Vantagens: -Culturas celulares: amplificam qtde de vírus -produção partículas virais – estudos subsequentes -isolamento diferentes vírus (desconhecidos) -Desvantagens: -sistema caro e especializado -demanda de tempo grande -falta de sistemas de cultura celular -para determinados vírus -nem todo vírus causa ECP Isolamento de vírus em culturas de células Vírus facilmente isolados em culturas celulares Vírus isolados menos frequentemente Nem todos vírus são multiplicados em culturas de células 22/11/2023 18 Identificação de vírus - Microscopia eletrônica Problemas com M.E. Equipamento caro, Manutenção cara, Necessidade de pessoal altamente especializado, Sensibilidade frequentemente baixa (Mínimo de 106 virus/mL para visualização), Tempo grande de processamento Fezes Rotavirus, Adenovirus Norwalk like viruses Astrovirus, Calicivirus Fluidos de vesículas Herpes Simples Varicela-Zoster Raspados de pele papillomavirus, molluscum contagiosum AdenovirusRotavirus (courtesy of Linda Stannard, University of Cape Town, S.A.) Visualização de partículas virais Ebola 2- Características bioquímicas da partícula viral Alguns vírus tem uma proteína, a hemaglutinina (HA), que tem a capacidade de ligação a moléculas de ácido siálico presente em algumas células e induzir algutinação Hemaglutinação - NÃO É UMA REAÇÃO SOROLÓGICA Hemadsorção - adsorção de hemácias à superfície de células infectadas – 3- Características sorológicas/imunológicas Reação antigeno-anticorpo – presença vírus A- Detecção de anticorpos contra o vírus amostra clínica + partículas (ou parte) do vírus suspeito B- Detecção de antígenos virais (proteínas virais) amostra clínica + anticorpos contra o vírus suspeito Diferentes técnicas: Inibição da hemaglutinação Neutralização vírus Fixação do complemento Imunofluorescência Imunoeletromicrografia Imunoprecipitação Imunoblot Ensaios imunoenzimáticos – ELISA Ensaios eletroquimioluminescences (ECLIA) Ensaio imunofluorescente - ELFA (Enzyme Linked Fluorescent Assay)- ag e anticorpo Immuno eletromicrografia - Aumento da sensibilidade e especificidade da ME Dengue Poxvírus Imunofluorescência Microscopia confocal HeLa: VACV - The viral p14 protein was stained green, actin was stained red, and the nucleus was stained purple. (J.Virology 2003: vol. 77, no. 11, p. 6493.) IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA Identificação de Ags virais Ac específico Imunocomplexo FLUORESCÊNCIA Céls infectadas fixadas em lâmina ELISA – Ag ou Anticorpos Detecção de Proteínas Virais - Western Blot - Ags virais imobilizados - - Altamente sensível e específico -Técnica suplementar – – HIV-1, HCV, HTLV Testes imunocromatográficos 22/11/2023 19 DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Isolamento viral difícil Útil na determinação do estado imunológico Único modo de identificar infecção aguda prévia OBJETIVOS Confirmar a suspeita clínica Identificar o vírus isolado em cultura epidemiologia COMO?? Detecção de Acs IgM – infecção recente IgG – infecção prévia ou recente (conversão sorológica) CURSO DE CADA INFECÇÃO VIRAL ANTICORPOS NEUTRALIZANTES X ANTICORPOS TOTAIS Neutralizantes – impedem multiplicação viral (adsorção, penetração, desnudamento, liberação da célula), opsonizam vírus: fagocitose e sistema complemento NÃO Neutralizantes – Facilitar infecção de células – macrófagos DIAGNÓSTICO Vírus neutralização (soro neutralização) Vírus + soro (diferentes diluições) Mistura adicionada a células VÍRUS +soro incubação Inoculação em CC CPE SEM CPE – neutralização ok Soro tem anticorpos COM CPE – vírus infectantes Soro não tem anticorpos NEUTRALIZANTES Presença e quantidade de anticorpos neutralizantes Problemas com exames sorológicos: diagnóstico • Longo período de tempo necessário para diagnóstico pareado – fase aguda e de convalescência da doença • Infecções locais brandas – Herpes genital – podem causar resposta humoral não detectável • Extensa reatividade cruzada antigênica entre vírus próximos, ex. HSV e VZV, vírus da encefalite Japonesa e Dengue – falsos positivos • Pacientes imunocomprometidos – resposta humoral reduzida ou mesmo nula • Pacientes que receberam trasnfusão de sangue ou hemoderivados – falsos positivos- transferência de anticorpos • HIV – Janela imunológica – demora na soroconversão Métodos de diagnóstico e caracterização viral • Virologia Clássica – isolamento, visualização, multiplicação viral e detecção antígenos/anticorpos • Virologia Moderna – moleculares – detecção proteínas e/ou ácidos nucléicos – DNA e RNA + 22/11/2023 20 Moleculares – DNA / RNA - Ácidos nucléicos podem ser detectados e quantificados de forma rápida e sensível estabilidade de ácidos nucléicos – manipulação - Seqüência de ácidos nucléicos é específica para cada organismo Diagnóstico rápido, sensível e específico Caracterização - ácidos nucléicos Patógenos (vírus) de cultivo difícil Poucas partículas na amostra 4- Características moleculares – ácidos nucléicos Diagnóstico e caracterização molecular -Identificação – qual é o virus? -Quantificação – qtde de vírus no hospedeiro? Carga viral - monitoramento de tratamento - Genotipagem – determinar e/ou diferenciar genes ou genoma – características biológicas . diferenciação de amostras - virulência - resistência a drogas escolha do tratamento – vírus Amostra biológica – lise células e vírus Extração de ácidos nucléicos DNA RNA cDNA ANÁLISE Transcrição reversa Vírus de RNA RNA cDNA “Fazendo um cDNA” Transcriptase reversa retrovírus cDNA – DNA feito a partir de um RNA RNA só pode ser diretamente usado em reações de hibridização. Hibridização de ácidos nucléicos - complementariedade e afinidade de ligação das bases Pedaços de DNA sintéticos, artificiais – SONDAS Ligam a sequências específicas de determinados organismos www.ipog.com.br/hibrida2.jpg Digene – HPV HPV – alto ou baixo risco câncer Especificidade de sondas – seqs DNA ≠ Aplicações – testes diagnóstico – hibridização 22/11/2023 21 Amplificação DNA – reação em cadeia pela polimerase Iniciadores – sequências específicas DNA alvo (molde) Delimitam a região do DNA a ser amplificada, determinam a especificidade Amplificação exponencial de uma parte do genoma de um organismo= users.ugent.be/~avierstr/principles/pcr.html PCR – QUALITATIVO PCR QUANTITATIVO - determinação cargaviral prognóstico acompanhamento eficiência tratamento PCR TEMPO REAL Automatizar PCR – + eficiente, rápida e segura Aplicações – testes diagnóstico – PCR (amplificação ) Reação em cadeia da polimerase – “básica“ Desnaturação de DNA - 94-95oC Pareamento de iniciadores (primers) 50 – 60oC (2 a 3 graus abaixo do menor Tm dos iniciadores) Extensão – polimerização 60 ou 72oC CICLO DE PCR – passar animação Aplicações da PCR em Tempo Real Real time Quantitativa End Point Qualitativa Carga Viral Expressão Gênica Transgênicos MicroRNA siRNA Knockdown Genotipagem (SNPs) Inserções/Deleções Translocações Detecção de Patógenos Farmacogenômica A B I R ea l T im e P C R S ys te m s Sistemas de Detecção de Dna por fluorescência • Agentes ligantes de DNA (Sybr green) • Sondas de hidrólise (Taqman) Detecção de sinal fluorescente pelo sistema de detecção do termociclador 22/11/2023 22 PCR DIGITAL – quantificação absoluta Sequenciamento de ácidos nucléicos – genotipagem HIV – falha tratamento, resistência, grávidas HCV – subtipo – tempo tratamento TruGene EXAMES REALIZADOS EM LABORATÓRIOS DE DIAGNÓSTICO - Virologia/ - Adenovírus ▪ Pesquisa de anticorpos em soro ▪ Pesquisa em fezes ▪ Cultura ▪ Imunoistoquímico em material de biópsia ou ressecção cirúrgica - - Caxumba ▪ Pesquisa de anticorpos IgG e IgM em soro - Citomegalovírus ▪ Antigenemia em sangue total ▪ Pesquisa de avidez de IgG em soro ▪ Isolamento por Shell Vial em vários materiais ▪ Detecção do DNA por PCR em vários materiais ▪ Detecção do RNA por Nasba em sangue total ▪ Quantificação no plasma por PCR em tempo real ▪ Imunoistoquímico em material de biópsia ou ressecção cirúrgica - Coxsackie B ▪ Pesquisa de anticorpos em vários materiais - Dengue ▪ Pesquisa de anticorpos IgG em soro ▪ Pesquisa de anticorpos IgM em soro ▪ Detecção por PCR em tempo real no plasma -Epstein-Barr vírus ▪ Pesquisa de anticorpos IgG e IgM em soro ▪ PCR qualitativo ▪ Quantificação por PCR em tempo real no sangue ▪ Hibridação in situ em materiais de biópsia ou de ressecção cirúrgica ▪ Imunoistoquímico em material de biópsia ou ressecção cirúrgica -- Eritrovírus B19 ▪ Pesquisa de anticorpos IgG e IgM em soro ▪ Detecção por PCR em vários materiais -- Hepatite B ▪ Detecção do DNA em plasma por PCR em tempo real ▪ PCR quantitativo em tempo real em sangue ▪ Seqüenciamento para pesquisa de mutação na região pré-core ▪ Seqüenciamento para pesquisa de resistência à lamivudina ▪ Imunoistoquímico para antígenos C e S da hepatite B - Hepatite C ▪ Pesquisa de anticorpos em soro ▪ Detecção do RNA por PCR em plasma ▪ PCR quantitativo para determinação da carga viral ▪ Genotipagem - Hepatite D ▪ Pesquisa de anticorpos totais em soro - Herpes simplex 1 e 2 ▪ Pesquisa de anticorpos IgG e IgM em soro ▪ Pesquisa de anticorpos IgG e IgM em liquor ▪ Isolamento em vários materiais ▪ Detecção de DNA por PCR em tempo real em vários materiais ▪ Imunoistoquímico em material de biópsia ou ressecção cirúrgica - HIV ▪ Detecção do DNA em sangue total por PCR integrado ao genoma leucocitário - HIV-1 ▪ Pesquisa de anticorpos em soro ▪ Quantificação por PCR ultra-sensível em sangue total ▪ PCR quantitativo em sangue total ▪ Resistência a medicamentos anti-retrovirais em plasma - HIV-2 ▪ Pesquisa de anticorpos por Western Blot - HTLV-1 e 2 ▪ Pesquisa de anticorpos IgG em soro - Influenza A e B ▪ Teste rápido em vários materiais - Papilomavírus humano ▪ Detecção de subtipos de alto risco em vários materiais ▪ Captura híbrida em vários materiais ▪ Hibridização in situ em vários materiais - Parainfluenza vírus ▪ Pesquisa em secreção de nasofaringe - Poliomielite ▪ Pesquisa de anticorpos em vários materiais - Rubéola ▪ Pesquisa de avidez de IgG em soro ▪ Detecção por PCR em vários materiais - Sarampo ▪ Pesquisa de anticorpos IgG e IgM em soro - Varicella-zoster vírus ▪ Pesquisa de anticorpos IgG e IgM em soro ▪ Isolamento em vários materiais - Vírus sincicial respiratório ▪ Pesquisa rápida em vários materiais ▪ Pesquisa de anticorpos IgG em soro ▪ Pesquisa de antígeno em vários materiais - Vírus respiratórios ▪ Isolamento em lavado brônquico 22/11/2023 23 - ANTIVIRAIS Infecções virais sintomáticas ou assintomáticas Resultado - - RESPOSTA IMUNE DO HOSPEDEIRO X VÍRUS Ação (toxicidade) seletiva Agentes antivirais parasitas intracelulares obrigatórios Agentes antibacterianos ALVOS SELETIVOS - DROGA X Os agentes quimioterápicos anti-virais podem ser divididos em 3 categorias: 1. Agentes que inativam diretamente o vírus (não apresentam valor terapeutico). virucidas - danos às células 2. Agentes antivirais: inibem a multiplicação do vírus - interrompendo um ou mais passos do ciclo de vida do vírus 3. Imunomoduladores: podem alterar (melhorar) a resposta imune do hospedeiro Interferon Quimioprofilaxia: prevenir complicações limitar disseminação do vírus ALVOS SELETIVOS – ANTIVIRAIS passos essenciais para MULTIPLICAÇÃO do vírus e que não são comuns aos processos celulares -Adsorção, penetração e desnudamento bloqueio de receptores, co-receptores, proteínas virais -Transcrição e replicação do genoma viral -Enzimas virais – integrase, transcriptase reversa, DNA e RNA polimerases virais -Tradução e processamento de proteínas virais reguladoras multiplicação -enzimas modificadoras (clivam proteínas) - Montagem, maturação e brotamento da partícula Interferência dos antivirais nas etapas do ciclo de multiplicação viral Introdução à Virologia Humana Santos et al. 2008 1- Inibição adsorção Mecanismo de ação: bloqueio interação proteínas virais com receptor ou co-receptor. Maraviroc (Celsentri): HIV-1 Antagonista do CCR5. Interferência dos antivirais nas etapas do ciclo de multiplicação viral 2- Inibidores de fusão Emfuvirtida (Fuzeon, T-20) Mecanismo de ação: emfurvirtida liga-se a duas terminações da gp41 - bloqueio etapa final da fusão envelope/membrana linfócitos TCD4+ 22/11/2023 24 Modificado de Introdução à Virologia Humana Santos et al. 2008 3- Inibidores de desnudamento Amantadina (Symmetrel ) e Rimantadina (Flumadine): influenza A Mecanismo de ação: drogas ligam-se ao canal de prótons formado por proteína viral M2. Sem [] ideal íons H+ no interior da partícula viral, a proteína M1 não dissocia do nucleocapsídeo e este não migra para o núcleo. Não ocorre liberação RNA. Interferência dos antivirais nas etapas do ciclo de multiplicação viral Interferons do Tipo I •Inibição direta da replicação viral – células – interrupção da síntese de proteínas 4- Inibição transcrição e tradução 5- Inibição da replicação do ácido nucléico viral 5.1 -Maioria antivirais uso clínico - análogos de nucleosídeos/nucleotídeos polimerases virais – DNA ou RNA Algumas prodrogas – nucleosídeo nucleotídeo enzimas virais ou celulares Mecanismo de ação: - inibição competitiva - ligação preferencial à polimerase e/ou - ligação irreversível da droga à enzima Interferência dos antivirais nas etapas do ciclo de multiplicação viral PPP Aciclovir (valaciclovir e famciclovir) Aciclovir – HSV 1 e 2, VZV Análogo guanosina Forma trifosfato ativa – 40 a 100 vezes mais ativa em células infectadas - timidina quinase viral – ativação prodroga Praticamente sem efeitos tóxicos Melhor índice terapêutico antiviral – dose tóxica/dose efetiva Efeitos colaterais leves – náusea e diarréia. Desidratação ou função renal comprometida – administração sistêmica formação e deposição de cristais: alteração função renal Aciclovir – mecanismo de ação FORMA ATIVA ENZIMA VIRAL 1- inibição competitiva por ligação à DNA polimerase 2- incorporação do pppACV (-3´OH) e interrupção da síntese da cadeia de DNA 3- ligação irreversível com a DNA polimerase Mutantes resistentes – timidina quinase e DNA polimerase www.nature.com/.../n6s/fig_tab/embor857_f2.html Inibidores da replicação do ácido nucléico - multiplicação HIV 22/11/2023 25 5.2- Inibidores de transcriptase reversa(NRTIs) 5.2.1 - análogos de nucleosídeos e nucleotídeos “Terminadores de cadeia” – interrompem a síntese de DNA 5.2.2- Inibidores não-nucleosídicos da transcriptase reversa (NNRTI) do HIV-1 - não são incorporados ao DNA Mecanismos de ação: Ligação não competitiva à TR inibição alostérica 5.3 Inibidores de integrase do HIV-1 Mecanismo de ação: Inibe atividade catalítica da integrase: impede integração DNA proviral - Raltegravir (Isentress) 6- Inibidores de Maturação HIV 6.1- Inibidores peptídicos de protease do HIV-1 Peptídeos com estruturas semelhantes à região clivagem da poliproteína HIV Mecanismo de ação: ligam-se ao sítio ativo da protease , inibem a clivagem das proteínas virais (competição com proteínas virais) 6.2- Inibidores não peptídicos da protease do HIV-1 Mecanismos de ação: Ligam à protease inibindo sua ação 7- Inibição da liberação das partículas virais Oseltamivir (Tamiflu) e Zanamivir (Relenza ) – influenza A Análogos ácido siálico Inibem neuraminidase viral Resíduos de ácido siálico não clivados na membrana celular e envelope viral Hemaglutinina viral (envelope) liga-se ao ácido siálico da membrana celular Partículas não são liberadas Agregação partículas Modificado : Introdução à Virologia Humana Santos et al. 2008 Interferência dos antivirais nas etapas do ciclo de multiplicação viral Limitações no uso de drogas antivirais Efeitos colaterais (x toxicidade seletiva x multiplicação dentro das células do hospedeiro) Pequeno espectro de atividade Fase latente da infecção viral Tratamento é efetivo somente no começo da infecção Cepas de vírus resistentes às drogas Resistência aos antivirais: mutantes resistentes a drogas mutação genoma proteína alvo modificada resistência in vitro e in vivo terapias por longos períodos pacientes imunocomprometidos Lições: resistência aos antibióticos usar antivirais somente quando necessário e em doses adequadas X DESENVOLVIMENTO DE NOVAS DROGAS VÍRUS RESISTENTES A DROGAS ANTIVIRAIS TERAPIA ANTIVIRAL ACOMPANHAMENTO MÉDICO – AVALIAÇÃO TERAPIAS COMBINADAS minimizam: aparecimento de resistentes efeitos colaterais 100.000 substâncias – 1 medicamento comercializado 10 – 12 anos de pesquisa. X DESENVOLVIMENTO DE NOVAS DROGAS VÍRUS RESISTENTES A DROGAS ANTIVIRAIS 22/11/2023 26 Nature Reviews Microbiology 06/2011 Resistência aos antivirais Alterações (mutações) genoma dos vírus X pressão seletiva Monoterapia X Terapia combinada VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA O que é o HIV? O que é AIDS? Como o HIV é transmitido? Como o HIV multiplica no organismo? Como o HIV causa doença? Como é a prevenção e o tratamento? Quais as consequências da pandemia de HIV/AIDS? Qual a situação atual e quais são as perspectivas desta pandemia? Vírus da imunodeficiência humana AIDS – síndrome da imunodeficiência adquirida Qual a origem do HIV? SIV HIV Mirela D’arc et al. PNAS 2015;112:E1343-E1352 Mais de uma origem Cruzamento de barreiras de espécies - Várias vezes 22/11/2023 27 HIV-1 e HIV-2 HIV-1 -mundo todo mais “agressivo” - evolução da doença é mais rápida - período assintomático = 10 anos - transmite-se mais facilmente, - mais pessoas infectadas pelo HIV-1. HIV-2 África - período assintomático = 30 anos - Menos pessoas infectadas A história do HIV HIV- Robert Gallo, nos EUA e Luc Montagnier, na França The Publication of the First Report of AIDS, June 5, 1981 GRID (Gay-Related Immune deficiency) - AIDS Vírus da imunodeficiência humana Retroviridae Lentivirinae Vírus RNA HIV – RNA Mutação Co-infecções/superinfecções Recombinação Variabilidade Genética Elevada (95%) HIV-1: 6% variação dentro de um indivíduo, 50% entre populações diferentes regiões geográficas HIV – RNA Mutação Co-infecções/superinfecções Recombinação Variabilidade Genética Elevada CONSEQUÊNCIAS???? (95%) HIV – RNA Mutação Co-infecções/superinfecções Recombinação Variabilidade Genética Elevada Controle Vacinas Drogas S.Imune Subtipos diferentes: patogenicidade, transmissão e virulência Subtipos – modo de transmissão específicos- B: homossexuais/ seringas C: epidemias transmissão heterosexual (95%) 22/11/2023 28 Como o HIV é transmitido? Saliva, urina, lágrimas, suor: Concentração e a infectividade dos vírus: extremamente baixa - não relacionados com transmissão Insetos – não transmitem (1 em 1 milhão SANGUE INFECTADO 95:100 M-H H-M H-H 1:4 TRAT. 1:10 1:200 1:150 PATOGÊNESE • Fatores de risco: características biológicas e comportamentais • Biológicos: concentração do HIV no fluido corporal integridade e vulnerabilidade da mucosa envolvida duração da exposição amostra viral transmitida • Comportamentais: múltiplos parceiros sexuais uso de preservativos uso de drogas compartilhamento de seringas contaminadas •Vias de transmissão: sexual sanguínea vertical (gestação, parto ou aleitamento) Como o HIV multiplica no organismo? Tropismo viral por células T e macrófagos que expressam CD4 e células dendríticas Virgens ou de memória (Meia vida – 5 a 6 meses) Produção viral após estimulação imune (ativação/multiplicação) – produção viral imediata ½ vida cel ativ infectada: 1 a 2 dias. Vírus no plasma: ½ vida – 2-6h. MULTIPLICAÇÃO HIV Células em repouso Células ativadas Como o HIV causa doença? Principal determinante da patogenia: LENTA E IMUNOSSUPRESSORA Tropismo viral por células T e macrófagos que expressam CD4 e células dendríticas PATOGÊNESE HIV Células em repouso RESERVATÓRIO VIRAL Células ativadas PRODUÇÃO VIRAL Viremia tecidos linfóides 22/11/2023 29 Multidimensional nature of the HIV reservoir. PATOGÊNESE HIV Células em repouso RESERVATÓRIO VIRAL Células ativadas PRODUÇÃO VIRAL Inativação do elemento-chave da defesa imune – infecção e morte dos linfócitos (LT CD4) e macrófagos Perda do ativador do sistema imune - (diminui ativação TCD8) EVASÃO SI Desvio antigênico da gp120 Glicosilação intensa da gp120 EVASÃO ANTICORPOS PATOGÊNESE Curso infecção: aumento níveis virais e surgimento de amostras mais virulentas: colapso SI Vírus “escapa” anticorpos neutralizantes – replicação persistente ativação imunológica crônica liberação de citocinas: aumento da expressão de moléculas de CD4 em células aumento da infecção SI – colapso infecções oportunistas HIV AIDS AIDS/ 100 vezes queda – aguda x persistente Fatores determinantes de susceptibilidade e progressão doença - fatores virais – capacidade de multiplicação viral e evasão S.I. - fatores celulares – modulam imunidade inata ou adaptativa -Fatores celulares que colaboram com a infecção viral. 22/11/2023 30 HIV negativo Soroconversão HIV positivo Assintomática Sem sinais clínicos Replicação viral Debilitação progressiva Transmissão viral Inicial Febre, sudorese notur- na, cefaléia, mal-estar, fadiga, diarréia, perda de peso, linfadenopatia persistente. Herpes zooster e simples recorrente, dermatite seborréica, tuberculose Intermediária Mesmos sintomas da anterior + candidíase oral ou genital, sinusite, bronquite e pneumonia Tardia AIDS Risco de contrair pneumonia – Pneumocystis carinii, criptosporidíse, encefalite por T. gondii, candidíase esofágica Avançada Citomegalovirose disseminada, sarcoma de Kaposi, linfoma, micobactérias atípicas Acentuada perda de peso e desordens neurológicas Sintomática Morte ANOS • HIV – AIDS Candidíase oral (sapinho) Herpesvírus simples Herpes zoster Neoplasias HIV care cascade Diagnóstico Tratamento DIAGNÓSTICO Identificar portadores: doadores de sangue, gestantes, parceiros sexuais Determinar carga viral Iniciar e acompanhar tratamento Escolha tratamento – antivirais Confirmar diagnóstico de AIDS Identificar pessoas infectadas DIAGNÓSTICO Sorologia Detecção de antígenos virais WB, immunoblot Imunofluorescência MOLECULARES Sorologia Detecção anticorpos ELISA (60 dpi)Janela imunológica Contagem de linfócitos CD4 Sint. inicial > 500 céls/mm3 Sint. Interm. >200 <500 Sint. Tardia >50 < 200 Avançada < 50 Prognóstico e acompanhamento tratamento Fluxograma Diagnóstico sorológico 22/11/2023 31 TESTES RÁPIDOS IMUNOCROMATOGRÁFICOS Fluxograma - Diagnóstico sorológico Crianças nascidas de mães infectadas DIAGNÓSTICO MOLECULAR GENOTIPAGEM Pacientes – aguda Grávidas Falha tratamento Sequenciamento genes virais TESTES QUANTITATIVOS PCR quatitiativo, Nasba, PCR tempo real TESTES QUALITATIVOS positivo ou negativo Prognóstico e acompanhamento tratamento (3-4 meses) Determinação do tratamento antiviral x vírus sensível Resistência – 1a DiagnósticoAntivirais 1ª terapia combinada Antivirais e diagnóstico 1985 – 1os sinais 1987 – diagnóstico 1990 – falecimento 22/11/2023 32 ANTIVIRAIS – HIV Células ativadas – multiplicação viral INFECÇÃO HIV X TERAPIA Células ativadas PRODUÇÃO VIRAL MUTAÇÕES VÍRUS RESISTENTES TERAPIA COMBINADA Células em repouso RESERVATÓRIO VIRAL http://www.aids.gov.br/pcdt/ protocolo-clinico Início TARV (terapia antiretroviral): dois inibidores de inibidores da transcriptase reversa e inibidor da protease http://www.aids.gov.br/sites/default/files/ane xos/publicacao/2013/52934/_p_vers_atilde_ o_preliminar_do_protocolo_cl_iacute_26118 .pdf Antivirais – HIV: 24 drogas. Brasil: 18 drogas -anti-HIV Distribuição gratuita HIV – terapia combinada Combinações mais eficientes // Combinações proibidas AZT/3TC (zidovudina/lamivudina) - SUS: coformulação: 1 comprimido 2 x/dia. TDF/3TC (tenofovir com lamivudina) decisão características do paciente ddI/3TC (didanosina + lamivudina) intolerância: AZT, TDF e ABC. Brasil: efavirenz (EFV) Gestantes: nevirapina (NVP) lopinavir/ ritonavir (LPV/r) atazanavir/ ritonavir (ATV/r) fosamprenavir/ ritonavir (FPV/r) 2 inibidores deTR e 2 inibidores de 2PR 22/11/2023 33 Tratamento das pessoas infectadas ainda não tem acesso ao tratamento uso de preservativos uso de agulhas e seringas descartáveis cuidados à exposição ocupacional Campanhas educativas controle de sangue e hemoderivados PREVENÇÃO DIAGNÓSTICO/TRATAMENTO PACIENTES INFECTADOS PREP http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/prevencao-combinada/profilaxia-pre- exposicao-prep 22/11/2023 34 Vacina de vetor viral – sequências HIV e proteína pg140 PORQUE? O QUE PODE SER FEITO? medo do HIV medo de ser julgado medo do teste Informar as pessoas mudar idéias negativas sobre o HIV Tornar os testes inclusivos e acessíveis Preconceito atrapalha o diagnóstico e tratamento das pessoas Diagnóstico de pessoas infectadas - Brazil Uma em cada oito pessoas vivendo com HIV reportaram ter prestação de serviços de saúde negada devido à estigmatização e discriminação por serem HIV positivas 70% HIV no mundo 22/11/2023 35 https://aidstargets2025.unaids.org/ Populações chave: tratamento, prevenção e controle Desigualdade de gêneros e HIV Mulheres – jovens mulheres e adolescentes – mais infectadas - Trabalhadoras do sexo, transgênero, migrantes, mulheres com deficiência – discriminação e violência – risco maior - Fatores culturais, sociais, econômicos - - violência doméstica – parceiros - - padrões sociais e culturais - - fatores educacionais - - legais ( mulheres impedidas de terem - acesso a serviços de saúde – HIV) - - pobreza e desigualdade de gênero Prevention of mother-to-child transmission (PMTCT) PREVENÇÃO: Transmissão horizontal – teste e tratamento mães, Cesárea e mãe não pode amamentar
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