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CHOQUE Ucirlana Martins Ingraca Camelo Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT Departamento de Medicina Internato: Saúde adulto l Prof. Dra Cláudia M. Landim Objetivos Fisiopatologia do choque Avaliação inicial do doente Choque hemorrágico Abordagem inicial do choque hemorrágico Avaliação da resposta volêmica e perfusão Decisões terapêuticas Reposição de sangue Considerações especiais Reavaliação do doente FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE 3 Choque No traumatizado, a causa mais comum de choque é: hemorragia 4 Insuficiência circulatória ↓ perfusão orgânica ↓oxigenação tecidual 5 Tipos de Choque Hipovolêmico Obstrutivo Séptico Neurogênico Cardiogênico Distributivo Fisiologia cardíaca básica 6 Fisiopatologia da perda sanguínea Hipovolemia ↓ pré-carga ↓ DC ↓ PA + barorreceptores ↓ tônus vagal e ↑ tônus simpático Taquicardia Contração arteriolar: vasoconstrição periférica (↑RVP) Contração venosa: ↑ retorno venoso Inotropismo positivo ↓ pressão arteriolar = + quimiorreceptores = taquipneia: ↑ retorno venoso ↓ PA = ↓ TFG = + SRAA = vasoconstrição + secreção de aldosterona + ADH Resposta inflamatória, ativação plaquetária, coagulopatia e estase microvascular 7 DC = FC x VS PA = DC x RVP Fisiopatologia da perda sanguínea Possíveis mecanismos adicionais no choque hemorrágico: Lesão tecidual do próprio trauma Trauma torácico com lesão pulmonar Contusão miocárdica Obstrução ao fluxo sanguíneo (pneumotórax e tamponamento) 8 9 Fisiopatologia da perda sanguínea Mecanismos compensatórios iniciais Restabelecimento do retorno venoso ao normal: Localização e interrupção do foco hemorrágico Reposição volêmica adequada. 10 Avaliação inicial do doente 11 Reconhecimento do choque Identificação precoce Taquicardia e vasoconstrição cutânea PAS – reconhecimento tardio – mecanismos compensatórios (30% da volemia) Hb e Ht – não apropriados Todo doente traumatizado que está frio e taquicárdico está em choque, até prova em contrário! ATENÇÃO! FC FR Perfusão cutânea Pressão de pulso (PAD – PAS) Taquicardia >160 – lactente >140 – pré-escolar >120 – até a puberdade > 100 no adulto IDOSOS Limitação da resposta cardíaca Beta-bloqueadores Marca passo 12 Ht muito baixo logo após o trauma perda sanguínea maciça ou anemia preexistente Hematócrito normal não descarta perdas sanguíneas significativas 12 Diferenciação clínica das causas do choque História Exame físico Testes adicionais PVC Radiografia de tórax e/ou pelve US 13 Choque não hemorrágico CHOQUE CARDIOGÊNICO Traumatismo fechado do coração Tamponamento cardíaco Embolia gasosa IAM associado ao trauma TODO trauma fechado de tórax ECG CK – raramente tem valor diagnóstico ECO – tamponamento ou ruptura valvular FAST – líquido no pericardio; tamponamento cardíaco 14 Todo doente com trauma fechado do tórax necessita de monitoração eletrocardiográfica (ECG) contínua para determinar a presença de arritmias ou de traçados sugestivos de lesão 14 Choque não hemorrágico TAMPONAMENTO CARDÍACO Ferimento penetrante do tórax Contusões torácicas DDX - Pneumotórax hipertensivo Ausência de MV Timpanismo a percussão TTO: Toracotomia Pericardiocentese (paliativo) Taquicardia, Bulhas abafadas, Veias do pescoço dilatadas e engurgitadas Hipotensão que não responde à reposição volêmica 15 Choque não hemorrágico PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO EMERGÊNCIA CIRÚRGICA Entrada de ar no espaço pleural – mas não sua saída pressão intrapleural colapso total do pulmão Desvio do mediastino para o lado oposto retorno venoso DC Agulha no espaço pleural alívio temporário Insuficiência respiratória aguda Enfisema subcutâneo Ausência de MV Timpanismo à percussão Desvio da traqueia Autoriza a DESCOMPRESSÃO TORÁCICA sem esperar a confirmação diagnóstica 16 Choque não hemorrágico CHOQUE NEUROGÊNICO Lesões intracranianas isoladas não causam choque Choque em trauma de crânio pesquisar outra causa de choque QUADRO CLÁSSICO Hipotensão sem taquicardia Sem vasoconstrição cutânea Pulso fino não é visto Tratados inicialmente como se estivessem hipovolêmicos Insucesso no estabelecimento da perfusão orgânica com a reposição volêmica HEMORRAGIA CONTÍNUA ou CHOQUE NEUROGÊNICO 17 Lesão medular cervical ou torácica alta Hipotensão por perda do tônus simpático Acentua o efeito da hipovolemia Hipovolemia acentua o efeito da denervação simpática Choque não hemorrágico CHOQUE SÉPTICO Imediatamente após o trauma – incomum Demora da chegada do doente ao PS Fase precoce Volume circulante normal Discreta taquicardia Pele rósea e quente PAS normal Alargamento da pressão de pulso Hipotensos e afebris Difícil DDX – choque hipovolêmico Ferimentos penetrantes de abdome com contaminação peritoneal por conteúdo intestinal Taquicardia Vasoconstrição cutânea débito urinário PAS Pulso fino 18 CHOQUE HEMORRÁGICO 19 Choque hemorrágico Sinais de choque tratar como se o doente estivesse hipovolêmico Identificar outra etiologia Tamponamento cardíaco Pneumotorax hipertensivo Lesão medular Contusão cardíaca OBJETIVO PRINCIPAL Identificar e interromper rapidamente a hemorragia 20 Focos potenciais: Tórax Abdome Pelve Retroperitônio Membros Sangramentos externos Choque hemorrágico Hemorragia: - Perda aguda de volume sanguíneo Volume sanguíneo: - ~ 7% do peso corporal - Obesos: de acordo com peso ideal - Crianças: 8% a 9% do peso corporal Classificação das hemorragias: estimativa de perda - Guia inicial - Adequar reposição à resposta do paciente Fraturas e lesões de partes moles no trauma: - Perda de sangue no local do lesado - Edema das partes moles traumatizadas 21 Iniciar tratamento tão logo se tornem suspeitos ou aparentes os sinais de hemorragia. Não esperar PA diminuir. 22 ABORDAGEM INICIAL DO CHOQUE HEMORRÁGICO Princípio básico: interromper o sangramento e repor as perdas volêmicas 23 Para a maioria dos doentes traumatizados, o tratamento é instituído como se o choque fosse hipovolêmico, a não ser que existam claras evidências de que o choque seja por outra causa. 23 EXAME FÍSICO 24 O sangramento de feridas externas usualmente pode ser controlado com pressão direta sobre o local, embora hemorragia maciça em uma extremidade possa requerer um torniquete. Pode ser necessário o controle cirúrgico ou angiográfico de hemorragias internas. Modificações na função do sistema nervoso central no doente hipotenso por choque hipovolêmico não implicam necessariamente lesões intracranianas, mas podem refletir apenas a perfusão inadequada do cérebro. 24 V.A. e ventilação -V.A. permeável -Ventilação e O2 -O2 suplementar SaO2 > 95% Circulação -Controle da hemorragia externa -Acesso venoso adequado -Avaliação da perfusão tecidual (vol. Infundido) Distúrbio neurológico -Consciência -Mov. Ocular -Pupila -Nível motor -Nível sensibilidade Avalia: perfusão cerebral EXAME FÍSICO Sangue no meato uretral ou na próstata deslocada cranialmente, móvel ou não palpável no homem CONTRA INDICAÇÃO ABSOLUTA à inserção de cateter transuretral 25 Sangue no meato uretral ou na próstata deslocada cranialmente, móvel ou não palpável no homem é contraindicação absoluta à inserção de um cateter transuretral antes da confirmação radiográfica da integridade da uretra. 25 Exposição Exame da cabeça aos pés Prevenir hipotermia Dilatação gástrica Causa de hipotensão inexplicada ou de arritmias cardíacas (bradicardia) Estímulo vagal Risco de aspiração Sondagem vesical Avalia presença de hematúria (retroperitônio foco da perda sanguínea) Monitora perfusão renal – débito urinário Acesso vascular Dois cateteres intravenosos periféricos (calibre mínimo 16G no adulto) Infusão rápida de grandes volumes: cateteres curtos e calibrosos Hemorragia maciça e hipotensão grave Líquidos aquecidos Bombas de infusão rápida Locais mais adequados Veias do antebraço ou antecubitais Circunstanciasadversas Dissecção cirúrgica da veia safena ou acesso venoso central (v. femoral, jugular ou subclávia) Crianças < 6 anos – antes do cateter central tentar acesso intraósseo com uma agulha intraóssea. *Possível em qualquer faixa etária Amostras de sangue Tipagem Prova cruzada Exames laboratoriais Toxicologia Teste de gravidez Gasometria arterial 26 Reposição volêmica 27 28 Reposição volêmica inicial Soluções eletrolíticas isotônicas aquecidas: Ringer lactato; SF 0,9% Expansão intravascular transitória Estabilização do volume vascular Dose habitual: 1 a 2L no adulto 20 a 40 mL/kg adultos 20 mL/kg em crianças OBS: 1 a 1,5L de SF 0,9% + adicionais de RL (USP) 29 29 Volumes baseados na resposta do doente Quantidade inicial – qualquer fluido pré-hospitalar Observar a resposta do doente Volume total – difícil previsão Avaliar resposta Identificar evidência de adequada perfusão e oxigenação orgânica Quantidade de liquido > estimativa reavaliação – lesão não diagnosticada e outras causas de choque Reposição volêmica inicial 30 20 a 40 mL/Kg nas primeiras horas Bolus de 300 a 500 mL em 15 a 30 minutos Ringer lactato + balanceado que o SF 154 mEq/L de Na e Cl Grandes vol. acidose metabólica hiperclorêmica ( [ Cl ] e pH) Capacidade tampão Não causa coagulopatia Não causa acidose hiperclorêmica Suspeita de hipercalemia e disfunção hepática Bolus adicionais podem ser repetidos: PAM FC Diurese Melhorar nível de consciência Normalizar o tempo de reenchimento capilar PVC Soro fisiológico 129mEq/L de Na 4mEq/L de K 109mEq/L de Cl 2,7mEq/L Ca 26,8mEq/L de lactato Reposição volêmica inicial Objetivo: restaurar a perfusão dos órgãos Administração excessiva Coagulopatia Acidose Hipotermia com ativação da cascata de inflamação Trauma fechado Repor a volemia e evitar hipotensão Trauma penetrantes com hemorragia Controle definitivo da hemorragia antes da reposição volêmica agressiva Se a pressão subir rapidamente antes do controle da hemorragia aumento do sangramento Infusão contínua de grandes quantidades de fluidos e sangue para PA normal NÃO substitui o controle definitivo da hemorragia 31 Drogas vasoativas Recomenda-se vasopressor: Hipotensão não corrigida com solução cristaloide Grave hipotensão NORADRENALINA – efeitos α e β-adrenérgicos Intensa vasoconstrição Em pacientes sépticos com volume corrigido o ritmo de filtração glomerular Primeira escolha: necessidade de rápido da PAM (choque não responsivo a cristaloide) INÍCIO: 0,1 mcg/kg/min Infusão a cada 2 a 5 min – conforme avaliação clínica e/ou laboratorial Dose > 2mcg/kg/min – não parece haver benefício 32 Drogas vasoativas DOPAMINA - precursora da NE Doses baixas (< 3g/kg/min) – efeito dopaminérgico Não recomendado Doses intermediárias (5-10 g/kg/min) – predomina ação β – adrenérgica do inotropismo cardiaco e FC Doses maiores (>10 g/kg/min) - predomina ação α – adrenérgica da resistência sistêmica e PA Doses >20 g/kg/min Não são recomendadas incidência de taquiarritmias e mortalidade DP > mortalidade NE choque + bradicardia absoluta ou relativa 33 Dopamina – doses baixas em sadios aumenta TFG 33 Drogas vasoativas DOBUTAMINA – efeito predominantemente β-adrenérgico Efeitos cronotrópicos e inotrópicos positivos Discreta vasodilatação sistêmica – facilita o trabalho do VE Indicação choque cardiogênico PAM > 65 mmHg EPINEFRINA ou VASOPRESSINA – choque séptico refratário à NE EPINEFRINA – 1ª opção no choque anafilático Broncodilatador Reduz edema de V.A. Aumenta a contratilidade cardíaca Potente vasoconstritor Dose inicial: 2,5g/kg/min Aumentos de 2,5g/kg/min Dose máxima: 15 a 20 g/kg/min - se tolerada e/ou indicada VASOPRESSINA – choque séptico Hipotensão persistente com doses moderadas de NE e iniciaram a hidrocortisona Efeito: reduz a necessidade de NE Útil: Pctes taquicárdicos com NE DOSE: 0,01 a 0,04 U/min 34 AVALIAÇÃO DA RESPOSTA VOLÊMICA E PERFUSÃO 35 Sinais de hipoperfusão Avaliar sinais de hipoperfusão: - PAS < 90 mmHg - Pressão de pulso - TREC < 3s - FC < 100 bpm - Frequência de pulso - PVC: 8 a 12 mmHg (12-15 mmHg, IOT) - Circulação cutânea - Débito urinário 36 Débito urinário Uso de sonda vesical Reposição adequada – DU: 0,5 mL/kg/h, no adulto. OBS.: Pacientes pediátrios – DU: 1 mL/kg/h OBS2.: Crianças < 1 ano de idade, DU: 2 mL/kg/h Se DU não manter níveis normais: ↑reposição volêmica 37 Equilíbrio ácido-básico Fases precoces do choque: 1 – Alcalose respiratória (taquipneia) 2 – Acidose metabólica progressiva (metabolismo anaeróbio) Monitoração do paciente: - Lactato - Déficit de base OBS: Persistência da acidose metabólica: reanimação volêmica inadequada ou algum foco hemorrágico. 38 Lactato Lactato: Metabolismo anaeróbio Diminuição da captação Fenômeno de lavagem durante reposição volêmica Monitoração via acessos centrais. Não colher lactato de acesso venoso periférico 39 Decisões terapêuticas BASEADAS NA RESPOSTA DO DOENTE 40 Tendo estabelecido o diagnóstico preliminar e o planejamento terapêutico, orientados pelo exame inicial do doente, o médico pode modificar o tratamento com base na resposta do doente à reposição volêmica inicial. 40 Decisões terapêuticas Identificar Perda de sangue > que a estimada Sangramento persistente – controle cirúrgico de hemorragia interna Hemodinamicamente estável ≠ hemodinamicamente normal Não foi reanimado adequadamente CONTINUA EM CHOQUE!!! Taquicardia Taquipneia Oligúria persistentes 41 Não exibe qualquer sinal de perfusão tecidual inadequada A reanimação na sala de operação tem por objetivo obter simultaneamente o controle direto do sangramento pelo cirurgião e a restauração do volume sanguíneo. Além disso, limita a probabilidade de transfusão excessiva ou desnecessária 41 Padrões prováveis de resposta 42 Resposta rápida Permanecem hemodinamicamente normais após o término da reposição inicial (níveis de manutenção) Usualmente – tiveram pequena perda (< 20%) Não indicada a administração adicional de soros ou infusão imediata de sangue Sangue tipo e prova cruzada – disponível Indispensável avaliação cirúrgica Padrões prováveis de resposta 43 Padrões prováveis de resposta 44 Resposta transitória Respondem à reposição inicial rápida Vel. de infusão perfusão periférica Sangramento persistente ou reanimação inadequada Perda inicial: 20-40% Sangue e derivados são indicados Controle da hemorragia por cirurgia ou angiografia Ainda sangram! Resposta à reposição volêmica inicial 45 Padrões prováveis de resposta 46 Resposta mínima ou ausente Necessidade de intervenção definitiva imediata Casos muito raros devido à: Insuficiência da bomba – -Traumatismo cardíaco contuso -Tamponamento cardíaco -Pneumotórax hipertensivo Lembrar possíveis diagnósticos de choque não hemorrágico Monitorar pressão venosa central ou ecocardiografia de emergência Resposta à reposição volêmica inicial 47 REPOSIÇÃO DE SANGUE 48 Reposição de sangue De acordo com resposta do doente: - Hemorragias classe III ou IV Restabelecer o transporte intravascular de O2. Provas cruzadas, tipo específico e tipo O – Sangue com provas cruzadas (ideal). - Tempo: em média, 1 hora. Sangue tipo específico: 10 minutos. - Primeira escolha em pacientes com resposta transitória. - Provas cruzadas completadas no banco de sangue. Ausência de sangue tipo específico: - CH O negativo, em caso de hemorragias. - Idade fértil: glóbulos Rh- - Assim que disponível, sangue tipo específico é preferível ao tipo O. 49 Reposição de sangue Aquecimento de líquidos: - Evitar hipotermia - Aquecimento a 39ºC antes de usá-lo - Cristaloides em estufa ou micro-ondas. - Hemoderivados não podem ser aquecidos em micro-ondas. Autotransfusão: - Coleta estéril, anticoagulaçãoe retransfusão do sangue drenado, via dispositivo. - Casos de hemotórax volumoso. Transfusão maciça: - > 10 unidades/24h - Administração de sangue, plasma e plaquetas com administração de cristaloides minimizada: pode melhorar sobrevida 50 Reposição de sangue Coagulopatias: - Consumo de fatores de coagulação - Transfusão maciça com diluição de plaquetas e fatores - TP, TTPA, contagem de plaquetas: 1ª hora - Usar variáveis para uso de plaquetas, crioprecipitado e plasma fresco congelado. Administração de cálcio: - Quando necessária: cálcio ionizado. 51 Considerações especiais 52 Equiparação da PA ao DC 53 Choque hipovolêmico Correção da perfusão inadequada dos órgãos Aumento Fluxo Sanguíneo Aumento do débito cardíaco Aumento do fluxo sanguíneo Oxigenação tecidual PA pode não equivaler a um concomitante do DC Resistencia periférica (vasopressores) sem alterações no DC resulta em PA mas não melhora a perfusão e a oxigenação tecidual Idoso Envelhecimento Relativa da atividade simpática Complacência cardíaca Não consegue aumentar a FC ou a eficiência das contrações miocárdicas quando perde vol. sanguíneo Doença aterosclerótica órgãos vitais sensíveis a reduções no fluxo sanguíneo Depleção de volume preexistente, devido a uso crônico de diuréticos ou subnutrição mal tolerância a hipotensão Bloqueadores beta-adrenérgicos pode mascarar a taquicardia (indicador choque) Monitoração invasiva – evitar reposição excessiva ou insuficiente 54 Outros medicamentos podem comprometer a resposta sistêmica ao trauma, ou bloqueá-la totalmente. Tendo em vista a estreita fa ixa terapêutica para a reposição volêmica no idoso, é prudente considerar precocemente a conveniência da monitoração invasiva com o intuito de evitar uma reposição de volume excessiva ou insuficiente. 54 Idoso A na complacência pulmonar, A da capacidade de difusão Fraqueza geral da musculatura respiratória Envelhecimento glomerular e tubular dos rins capacidade em preservar o volume Rins mais suscetíveis aos efeitos do hipofluxo e ação de agentes nefrotóxicos mortalidade e morbidade de lesões leves ou moderadamente graves Reanimação precoce e agressiva + monitoração cuidadosa Limitam a resposta ao da demanda de permutas gasosas 55 A despeito dos efeitos adversos do processo de envelhecimento, do agravamento decorrente de doenças preexistentes e da redução da "reserva fisiológica ", os doentes geriátricos, em sua maioria, podem ser salvos e retornar às suas condições usuais de vida. O tratamento deve começar com a reanimação precoce e agr essiva, bem como com a monitoração cuidadosa. 55 56 ATLETAS Dinâmica vascular alterada GRÁVIDAS Hipervolemia fisiológica necessária perda sanguínea maior para manifestações de anormalidades MEDICAMENTOS Beta –Bloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio alteram a resposta hemodinâmica Insulina: superdosagem hipoglicemia Vol. Sanguíneo 15 a 20% e DC 6x Vol. Ejeção sistólica 50% Pulso de repouso 50 A resposta habitual à hipovolemia pode não se manifestar em atletas mesmo me perdas significativas Diuréticos: uso crônico hipocalmemia AINEs: prejudicam a função plaquetária Hipotermia Não respondem bem à reposição volêmica e à administração de sangue Podem desenvolver ou piorar a coagulopatia Temperatura corporal sinal vital importante – fase de avaliação inicial Temperatura esofágica ou vesical é uma medida clínica acurada da temperatura central Reaquecimento rápido: Lâmpadas de aquecimento Cobertores térmicos Aquecimento de gases respiratórios Líquidos intravenosos e de sangue Ocasionalmente reaquecimento central Irrigação da cavidade peritoneal ou torácica com solução cristaloide a 39°C Circulação extracorporal 57 Marca-passo São incapazes de responder à perda sanguínea de modo habitual DC é diretamente proporcional à FC Monitoração da pressão venosa central 58 Reavaliação da resposta do doente E prevenção de complicações 59 Reavaliação da resposta do doente Observar DU, função do SNC, cor da pele, retorno da pressão de pulso e PA normal. Complicação mais comum: reposição volêmica inadequada. Hemorragia contínua: - Resposta inadequada à reposição volêmica - Intervenção cirúrgica Hiperidratação: - Monitoração via pressão venosa central (PVC) 60 Monitoração da Pressão Venosa Central (PVC) Pressão do átrio direito Avalia as câmaras direitas Nível inicial da PVC pode não correlacionar com volume sanguíneo real. Diminuição da PVC: sugere perda volêmica Valores normais: 8 a 12 mmHg: ventilação espontânea 12 a 15 mmHg: ventilação mecânica Jugular, subclávia, femoral e cubitais. Inserção de cateter venoso central: risco de infecção, lesão vascular, lesão nervosa, trombose, embolia e pneumotórax. 61 PVC 62 Referências American College of Surgeons, Advanced Trauma Life Support Student Course Manual 9ed. Chicago, IL. 2012. Emergências clínicas: abordagem prática / Herlon Saraiva Martins [et al.] – 10. ed. rev. e atual. ··Barueri, SP: Manole, 2015. Mourao-Junior, CA; Souza, LS. Fisiopatologia do choque. HU Revista, Juiz de Fora, v. 40, n. 1 e 2, p. 75-80, jan./jun. 2014. Felice CD, et. al. Choque: diagnóstico e tratamento na emergência. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 55 (2): 179-196, abr.-jun. 201. Vicente, WVA; Rodrigues AJ; Silva Júnior, JR. Choque circulatório. Medicina (Ribeirão Preto) Simpósio: FUNDAMENTOS EM CLÍNICA CIRÚRGICA - 2ª Parte 2008; 41 (4): 437-48. Almeida, IM. Cristaloide e coloides na prática clínica. Hospital Sírio-Libanês 63 image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.jpeg image11.png image12.jpeg image13.jpeg
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