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CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA - BACHARELADO - (VET) 4º Semestre – Turno Matutino ALICE OSTAPECHEN PEREIRA ANTONIO MAZIEIRO NETO IASMYN DIAS DA SILVA NICOLE KIRA TAMURA Rickettsia rickttsii ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA DO 1º BIMESTRE MARINGÁ 2021 Rickettsia rickttsii Alice Ostapechen Pereira; Antônio Mazieiro Neto; Iasmyn Dias da Silva ; Nicole Kira Tamura RESUMO A febre maculosa é uma doença transmitida, principalmente, pelo carrapato estrela, muito encontrado principalmente em animais silvestres. Sua origem vem da bactéria Rickettsia rickettsii, a bactéria é um cocobacilo pequeno com parede celular constituída por lipopolissacarídeo e gram negativa. Para que o carrapato transmite a doença ele tem que ficar aderido a pele do animal para se alimentar e pelas glândulas salivares ocorre a transmissão do microrganismo, que tem seu período de incubação entre 2 a 14 dias. O sistema imune tem a resposta inflamatória na fase aguda produzindo citocina, aumentando a permeabilidade vascular e a hipovolemia, além disso a evolução da Febre Maculosa afeta o corpo todo causando dores na cabeça, dor nos músculos, náuseas, vômito, febre alta entre outros. O diagnóstico usado é realizado no tecido do animal como o PCR, IHQ, hemograma, o isolamento do animal entre outros. As formas utilizadas para a prevenção da Febre Maculosa são usar roupas grandes e claras para identificar a presença e quantidade de carrapatos no local, usar repelentes reforçando a cada 2 horas, manter a grama do jardim sempre baixa, avaliar a presença de carrapatos nos animais e se for encontrado retirar e em animais de corte a prevenção do carrapato é feita com a rotação de pastagem e com ectoparasiticida. PALAVRAS-CHAVE: Amblyomma cajennense; Febre maculosa; Zoonose. INTRODUÇÃO A febre maculosa é uma doença infecciosa transmitida pelo carrapato do gênero Amblyomma. A.cajennense, sendo ele o vetor e reservatório da doença que afeta humanos e animais, os animais silvestres como hospedeiros. O principal agente etiológico é a bactéria Rickettsia rickettsii é a principal manifestação da doença é o quadro febril agudo, apresentando outros quadros de grande importância clínica, como dores de cabeça, intensa dor muscular, mal-estar e vômito, e em casos mais graves, cefaléia, mialgia, edema, déficit neurológico, insuficiência renal e respiratória, choque e óbito (Guia de Vigilância em Saúde, 2016). A partir da década de 1980, no Brasil, a febre maculosa reemergiu no país e se tornou um problema na saúde pública, os casos passaram a aumentar, as áreas de transmissão expandiram e as taxas de letalidade subiram, sendo essa doença de grande importância na área médica de humanos e veterinária e na saúde pública, principalmente por se tratar de uma zoonose (PINTER et al., 2011). O objetivo deste trabalho é realizar um resumo expandido a fim de levantar dados na literatura a respeito de uma doença de grande interesse na medicina e na saúde pública, a febre maculosa. Além disso, fazer com que a pesquisa sirva como fonte de informações para a sociedade sobre a doença oferecendo a etiologia, profilaxia e tratamento da febre maculosa. METODOLOGIA O estudo a ser realizado é de natureza explicativa e a pesquisa adotada foi um resumo expandido. A pesquisa estará concentrada em febre maculosa, realizou-se um levantamento na literatura sobre febre maculosa, etiologia, profilaxia e tratamento nos últimos dez anos (Google acadêmico, Scielo, Biblioteca digital USP e Livro acadêmicos) RESULTADOS ESPERADOS A Febre Maculosa tem origem das bactérias a Rickettsia rickettsii, transmitida a riquétsi que são bactérias intracelulares obrigatórias que se multiplicam no citoplasma de células eucarióticas de seus hospedeiros. São cocobacilos pequenos, com aproximadamente 0,3 x 1 μm e Gram negativos a parede celular é constituída por lipopolissacarídeos. A febre maculosa é uma doença transmitida por vetores artrópodes relatados em humanos e animais, sendo os principais vetores os carrapatos do gênero Amblyomma e seus hospedeiros são os animais silvestres. Não sendo somente vetores, eles atuam também como reservatórios permanecendo infectados por toda a vida e por muitas gerações após a infecção primária garantido o foco endêmico. O parasita transmissor é da família Ixodidae e gênero Amblyomma, A. cajennense que pode ser conhecido como carrapato estrela do cavalo por ser frequentemente encontrada em equinos, além disso sendo o maior transmissor de febre maculosa no Brasil que se dá pela picada do carrapato em qualquer uma de suas fases do ciclo apesar disso, qualquer espécie pode ser potencialmente um reservatório da R. rickettsii. A. cajennense são trioxeno, os adultos parasitam equinos, larvas e ninfas parasitam todos, inclusive o homem. Todos os membros têm escudo dorsal bem quitinizado (que ocupa todo o corpo nos machos e apenas um terço do corpo das fêmeas, larvas e ninfas). Apresentam abertura respiratória (peritrema) após o quarto par de patas. A. cajennense é uma espécie de carrapato eurixeno e apresenta gnatossoma longo, escudo ornamentado, dois espinhos no primeiro par de coxas e festões. Machos não possuem placas adanais. Após a cópula no hospedeiro, a fêmea cai no solo no dia modal e deposita grandes massas de ovos as larvas eclodem, passando por um período de adaptação de 5 a 6 dias, e ficam à espera do hospedeiro. Depois de se alimentarem no hospedeiro, os parasitos passam pela fase de ninfa e tornam-se adultos (no hospedeiro ou no solo). A fêmea, após ter encontrado um lugar protegido para fazer a oviposição, morre. Os machos podem permanecer por 4 meses ou mais no hospedeiro. O tempo do ciclo varia. Cada fase no hospedeiro dura aproximadamente 7 dias. Para a transmissão da doença, é necessário que fique aderido à pele, se alimentando, transmitindo o microrganismo por meio de suas glândulas salivares. A infecção ocorre pelas partes bucais do parasito, por meio do sistema respiratório ou da conjuntiva e via aerossóis do organismo. Se liga a receptores, fixando as células do endotélio, por meio de penetração nas células do hospedeiro por fagocitose induzida. Sucessivamente com o rompimento do fagossomo o microrganismo chega no citoplasma, se multiplicando por fissão binária. O sistema imune responde com resposta inflamatória de fase aguda, produzindo citocinas, aumentando a permeabilidade vascular, hipovolemia apresentando febre alta, cefaléia, mialgia intensa, diarréia, e dor abdominal O período de incubação da febre maculosa pode variar de 2 a 14 dias, até 7 dias. Com a evolução da Febre Maculosa afeta todo o corpo, causando dores de cabeça, intensa dor muscular, náuseas, mal-estar e vômitos, edema de membros inferiores, cefaléia, déficit neurológico, oligúria, insuficiência renal, choque, e o óbito. Febre maculosa tem tratamento? De acordo com a SESA- Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo, quanto mais cedo é feito o diagnóstico, mais chances de sucesso para a cura. O medicamento mais comum e eficiente no tratamento da doença é o antimicrobiano chamado de Doxiciclina. A substância pode ser utilizada em todas as faixas etárias, tanto em pets, quanto em humanos. Desde que respeitadas as dosagens prescritas pelo médico. Não é aconselhável o uso do remédio em casos de pacientes ainda assintomáticos, pois pode prolongar ainda mais o período de incubação. (PERONE, 2018) Diagnóstico é elaborado nos tecidos (isolamento, PCR e IHQ), soro (reação de imunofluorescência indireta), sangue (isolamento em BHI e PCR), carrapato (RIFI, taxonomia e isolamento) e ainda hemograma de anemia e trombocitopenia. As formas de prevenção a febre maculosa; utilizar roupas compridas e claras especialmente quando é necessário estar em locais com grama alta; manter o jardim sem grama alta; verificar todos os dias a presença de carrapatos no corpo e nos animais domésticos; manter os animais, desinfectados contra pulgas e carrapatos e não esmagar os carrapatos com as unhaspois com isso pode liberar as bactérias, que têm capacidade de penetrar através de microlesões na pele; retirá los com calma, torcendo-os levemente. CONSIDERAÇÕES FINAIS Em virtude dos fatos mencionados observamos a importância da prevenção a febre maculosa, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii infectada através do carrapato Amblyomma cajennense parasitando os animais domésticos, silvestres e o homem. Ocorre a infecção pelas partes bucais do hematofago, agravando caso clínico de edema, necrose, convulsão, coma e podendo levar à morte. Com as medidas de prevenção a limpeza de pastos, rotação de pastagem, controle da presença do carrapato. Todo o caso suspeito deve ser notificado para evitar a epidemiologia da doença, realizar a coleta de dados clínicos e a área de transmissão. Implementando com exames de sangue, soro, tecidos, hemogramas e análise do parasita. Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento e aprofundamento desse tema, pois permitiu-nos aperfeiçoar competências de investigação zoonose, seleção, organização e comunicação da informação. REFERÊNCIAS ARAðJO, Rachel Paes de; NAVARRO, Marli Brito Moreira de Albuquerque; CARDOSO, Telma Abdalla de Oliveira. Febre maculosa no Brasil: estudo da mortalidade para a vigilância epidemiológica. Cadernos Saúde Coletiva, [S.L.], v. 23, n. 4, p. 354-361, dez. 2015. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1414-462x201500040094. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cadsc/a/6VwNXXV6pjJwGd984LZqpBk/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 08 set. 2021. CAMPOS, Sabrina D.e. et al. Circulação de Rickettsias do Grupo da Febre Maculosa em cães no entorno de Unidades de Conservação Federais do estado do Rio de Janeiro: evidência sorológica e fatores associados. Pesquisa Veterinária Brasileira, [S.L.], v. 37, n. 11, p. 1307-1312, nov. 2017. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0100-736x2017001100018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pvb/a/nKMwJfGVpFmspXLbMtbtdGw/abstract/?lang=pt. Acesso em: 08 set. 2021. CORREA, Gabriel Nunes de Sales. INFECÇÃO POR Rickettsia rickettsii EM CÃES, EQUÍDEOS E CARRAPATOS DE ÁREAS DE OCORRÊNCIA DE FEBRE MACULOSA BRASILEIRA NA REGIÃO CENTRAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. 2015. 80 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Doenças Infecciosas Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2015. Cap. 8. Disponível em: https://repositorio.ufes.br/handle/10/7160. Acesso em: 08 set. 2021. GUIMARÃES, Dr. Paulo Cesar. Febre Maculosa. Disponível em: https://www.unimed.coop.br/web/petropolis/servicos/fala-doutor-/febre-maculosa. Acesso em: 13 set. 2021. MORAES-FILHO, J. Febre maculosa brasileira / Brazilian spotted fever / Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP / Journal of Continuing Education in Animal Science of CRMV-SP. São Paulo: Conselho Regional de Medicina Veterinária, v. 15, n. 1, p. 38-45, 2017. Acesso em: 30 ago. 2021. PERONE, Nathalia. Atenção: a febre maculosa pode matar seu pet. 2018. Disponível em: https://mytxai.pet/blog/saude/atencao-a-febre-maculosa-pode-matar-seu-pet/. Acesso em: 15 set. 2021. TAYLOR, M. A.; COOP, R. L.; WALL, R. L.. Parasitologia Veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Gen, 2017. 1052 p. UENO, Tatiana Evelyn Hayama. Infecção experimental de equinos por Rickettsia rickettsii e avaliação da transmissão para carrapatos Amblyomma cajennense. 2014. 84 f. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Cap. 7. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-16102014-084906/en.php. Acesso em: 08 set. 2021. CONTRIBUIÇÕES DOS AUTORES NOME AUTORES CONTRIBUIÇÕES NO TRABALHO 1. Alice Ostapechen Pereira Participou da busca de artigos Formatou o trabalho final; Participou de todas as reuniões do grupo; Contribuiu com ideias e sugestões para elaboração do trabalho; Contribuiu nos resultados esperados; Contribuiu nas considerações finais; Contribuiu no resumo; 2. Antonio Mazieiro Neto Participou da busca de artigos ; Participou de todas as reuniões do grupo; Contribuiu com ideias e sugestões para elaboração do trabalho; Contribuiu nos resultados esperados; Contribuiu no resumo; 3. Iasmyn Dias Da Silva Participou da busca de artigos; Formatou o trabalho final; Participou de todas as reuniões do grupo; Contribuiu com ideias e sugestões para elaboração do trabalho; Contribuiu nos resultados esperados; Contribuiu nas considerações finais; Realizou a metodologia; Contribuiu no resumo; 4. Nicole Kira Tamura Participou da busca de artigos; Participou de todas as reuniões do grupo; Contribuiu com ideias e sugestões para elaboração do trabalho; Contribuiu nos resultados esperados; Realizou a introdução;
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