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• Doença infectocontagiosa causada pelo Micobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch). Transmissão: via aérea de paciente com TB pulmonar ou laríngea -> aerossóis; tosse; fala; espirro. Fisiopatologia: infecção -> macrófagos fagocitam bacilo -> BK prolifera e destrói macrófago -> alcançam circ. linfática -> macrófagos circundam áreas pulmonares infectadas -> granulomas com necrose caseosas central -> necrose atrai água (hiperosmolaridade) -> proliferação intensa do bacilo (crescimento geométrico) -> rompe caverna -> disseminação endobrônquica. ➢ Lesão proliferativa: granuloma caseoso. ➢ Lesão exsudativa: rompimento do granuloma e disseminação endobrônquica. ➢ Lesão mista: proliferativa + exsudativa. TUBERCULOSE PRIMÁRIA: • Desencadeada no 1º contato com o bacilo; mais comum em crianças. • Assintomáticos ou oligossintomáticos: febre baixa, sudorese noturna e inapetência; linfonodomegalia com compressão brônquica. • Pode ter formação de granuloma e ruptura => pneumonia tuberculosa. TUBERCULOSE LATENTE: • Assintomática; IL-TB: infecção por M. tuberculosis sem TB ativa. • Maior risco de reativação: imunossupressão; idade < 2 e > 60 anos; DM2; desnutrição, • Rastrear em: profissionais de saúde, sistema prisional, instituição de longa permanência, neoplasias, DM, desnutrição, tabagismo ≥ 1 maço/dia, HIV+, contatos de diagnosticados, etc. • Diagnóstico: PPD ≥ 5mm e/ou IGRA positivo → sem PPD e IGRA: RN coabitante de TB confirmado; HIV tendo contato com infectados com TB. TUBERCULOSE MILIAR: • Primária ou secundária; crianças < 2 anos e não vacinados com BCG ou imunodeficientes. • Diversos granulomas de pequeno tamanho e proliferação do bacilo pelo pulmão. • Disseminação linfática para fígado, baço, meninges, medula óssea, etc. • Sinais e sintomas: febre, tosse, astenia, emagrecimento, hepatomegalia, alterações do SNC. TUBERCULOSE PÓS-PRIMÁRIA: • Mais comum em adolescentes e adultos. • Pode ocorrer por: reativação de foco latente; reinfecção; resposta imunológica rápida e intensa. • Pulmonar: tosse, febre vespertina baixa, sudorese noturna, anorexia, perda de peso, redução MVF. • Extrapulmonar: pleural (comum); ganglionar periférica (HIV+); meningoencef.; pericárdica; óssea. DIAGNÓSTICO: • Anamnese + exame físico. • Exames laboratoriais gerais (Hemograma, VHS, PCR, função renal, função hepática). • Exames de imagem (RX e TC de tórax; broncoscopia). • Baciloscopia: pesquisa bacilo pelo exame microscópico; amostra: escarro (2 amostras: na consulta e manhã seguinte), tecido de biópsia ou outros fluídos → clínica + baciloscopia positiva = inicia tto. • Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB): TB pulmonar e laríngea; amostra: escarro, líquor, lavado gástrico e broncoalveolar → indica resistência à rifampicina; baixo custo. • Prova tuberculínica (reação de Mantoux ou PPD) reação protéica purificada do bacilo; injeta tuberculina na derme e avalia após 48h → crescimento de lesão nodular e endurada = tuberculose. TRATAMENTO: • Realizado em UBS (maioria) → tratamento assistido. • Hospitalização: TB meningoencefálica; maior chance de abandono. ESQUEMA BÁSICO DE TRATAMENTO: 2RHZE / 4RH. ➢ Fase intensiva: RHZE → 2 meses. ➢ Fase de manutenção: RH → 4 meses. ➢ Indicações: > 10 anos; casos novos de tuberculose; retratamento (recidiva, reingresso após abandono) → NÃO indicado para forma extrapulmonar (meningoencefálica; osteoarticular). ➢ Dose é peso-dependente; dose diária única; uso de máscara nas 2 primeiras semanas. ➢ Rifampicina: coloração alaranjada saliva, urina, lágrima, suor, fezes; diminui efeito: ACO e hipoglicemiantes orais. ➢ Final do 2º mês: baciloscopia positiva → solicita cultura e teste de sensibilidade (TS) = se for sensível: mantém por mais 1 mês, se for resistente: encaminha para referência → se após o tempo adicional de 1 mês ainda positivar a baciloscopia, repete + 3 meses de RH. MENINGOENCEFÁLICA E OSTEOARTICULAR: 2RHZE / 10RH (tratamento de 12 meses). ➢ Indicação de TDO; ≥ 10 anos de idade. ➢ Associar: prednisona (1-2 mg/kg/dia) por 4 semanas. ➢ Casos graves: dexametasona EV (0,3-0,4 mg/kg/dia) 4 – 8 semanas (redução gradual da dose). R: rifampicina. H: isoniazida. Z: pirazinamida. E: etambutol. Associar piridoxina (vit B6) para casos: HIV, desnutrição, alcoolista, doença renal crônica, DM, puérperas amamentando; (isoniazida pode causar neuropatia periférica, para evitar usa piridoxina). Pacientes diabéticos: isoniazida pode reduzir ação da metformina -> insulinoterapia se necessário → piridoxina 50mg/dia durante o uso de isoniazida. Nefropatas: clearence de creatinina < 30mL/min. Hepatopatas: TGO/TGP > 5xLSN = esquema especial; se TGO /TGP < 5xLSN = esquema básico. ➢ Interromper tratamento: elevação 5x > LSN, sem sintomas digestivos; elevação 3x > LSN, com sintomas digestivos, icterícia. HIV: se estiver em TARV e for diagnosticado com TB → mantém TARV e inicia tto de TB. ➢ Se diagnóstico duplo (HIV + TB): inicia tto da TB e após 4-8 semanas começa TARV (os 2 ao mesmo tempo dá muito EA). ➢ Monitoramento: consulta e baciloscopia mensalmente; glicemia + função hepática e renal no início do tratamento; RX de tórax no 2º e 6º mês. TB LATENTE: 3 HP (3 meses de Rifapentina + Isoniazida) -> doses semanais = 12 doses. ➢ Se < 2 anos: usa apenas rifampicina. ➢ Anti TNF: tem que fazer teste para ILB. ➢ Gestante: deixar tratamento da ILTB p/ depois do parto; gestante com HIV: > 3º mês de gestação.
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