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1) IVAS RINOFARINGITE VIRAL AGUDA = RESFRIADO COMUM ETIOLOGIA: 30 – 40% Rinovírus (100 tipos e 1 subtipo) ≥ 10% Coronavírus (3 ou + tipos) 10 – 15% Parainfluenza (4 tipos) Vírus sincicial respiratório (2 tipos) Influenza (3 tipos) 5% Adenovírus (47 tipos) 5% Enterovírus Sarampo Rubéola Varicela Dengue 35 – 30% Vírus presumidos não descobertos EPIDEMIOLOGIA: · PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 2 – 5 dias · PERÍODO DE CONTÁGIO: 12 – 24h antes dos sintomas até 48h após o início dos sintomas · TRANSMISSÃO: gotículas e fômites (contato de mãos contaminadas c/ via aérea de indivíduos sadios) · Tempo médio de duração dos sintomas: 10 dias DIAGNÓSTICO: CLÍNICO TRATAMENTO: 1. Antitérmico/analgésico 2. Hidratação abundante 3. Higiene nasal com SF 0,9%: SITUAÇÕES ESPECIAIS: 1. Se: vômitos ou diarreia: tratar de acordo com os protocolos 2. Antibióticos: nas complicações bacterianas CONTRA INDICADO: 1. Descongestionantes nasais 2. Xaropes e mucolíticos 3. Anti-histamínicos e antitussígenos 4. Corticoide oral 5. Sprays anestésicos DESCONGESTIONANTES: são α-adrenérgicos, promove vasoconstricção da musculatura das artérias e diminui o edema. O uso em crianças menores de 4 anos, pode ocorrer um EFEITO PARADOXAL, e ao invés de induzir uma resposta alfa-agonista, faz um bloqueio da ação alfa-adrenérgica e um aumento da resposta vagal reflexa por indução adrenérgica, com isso, fazem bradicardia com HIPOTENSÃO e evoluir com APNÉIA e PARADA. SPRAY ANESTÉSICO: absorção é erradica e tem efeitos adversos da intoxicação por codeína COMPLICAÇÕES: *usar antibiótico 1. Otite média aguda * 2. Sinusites bacterianas* 3. Bronquiolite aguda 4. Pneumonia* 5. Laringite PREVENÇÃO: 1. VACINA PARA VÍRUS DA INFLUENZA: a. Indicação formal em pacientes: 1) Asma 2) Doenças cardiopulmonares crônicas 3) Hemoglobinopatias (anemia falciforme) 4) Doenças renais ou metabólicas crônicas 5) Doenças que necessitam de uso contínuo de aspirina durante a infância (Doença de Kawasaki) 6) Imunodeficiências b. Indicação MS: crianças dos 6 meses aos 5 anos c. Indicação SPB: para todas as crianças d. Primovacinação < 9 anos: 2 doses, com um intervalo de um mês entre as doses e. Se houve vacinação anterior: dose anual f. Obrigatória: 6 meses aos 5 anos 2. Lavagem de mãos e cuidados com secreções e fômites 3. Prevenção primária: evitar contato de pacientes mais vulneráveis (menores de 3 meses, imunodeprimidos) com pessoas infectantes, especialmente em escolas e creches 4. Sem eficácia na prevenção e tratamento: uso de vitamina C FARINGOAMIGDALITE ETIOLOGIA / EPIDEMIOLOGIA: VIRAL BACTERIANA 70 – 75% dos casos, sobretudo em < 6 anos INCIDÊNCIA: mais frequente em lactentes, podendo atingir qualquer idade. TRANSMISSÃO: contato direto com secreções respiratórias 25 – 30% dos casos INCIDÊNCIA: crianças > 4-5 anos INCUBAÇÃO: 2 – 5 dias TRANSMISSÃO: contato direto com secreções respiratórias 1. Rinovírus (20%) 2. Coronavírus (5%) 3. Adenovírus (5%) 4. Herpes simples 1 e 2 (4%) 5. Influenza A e B (2%) 6. Parainfluenza (2%) 7. Cocksackie A e B 8. VSR 9. CMV 10. Epstein-Barr: diagnóstico diferencial se houver placas na orofaringe 11. HIV 12. Corynebacterium diphtheriae: placa acinzentada e descamativa na orofaringe 1. Streptococcus pyogenes 2. Haemophilus influenzae 3. Staphylococcus aureus 4. Moraxella catarrhalis 5. Mycoplasma pneumoniae: raro como causa de faringoamigdalite 6. Streptococcus do grupo C 7. Atípicos: Mycoplasma e Chlamydia FISIOPATOLOGIA: CRIANÇAS < 3 – 4 ANOS: o tecido amigdaliano não é bem organizado, de modo que a bactéria não consegue formar colônia. Entretanto, o vírus não precisa da amígdala bem organizada porque ele infecta a mucosa, ou seja precisa apenas que tenha um tecido mucoso revestindo o tecido. DIAGNÓSTICO: 1) RAPID ANTIGEN DETECTION TEST (RADT) INDICAÇÃO: maiores de 3 anos, sem evidência de sintomas virais NÃO FAZER RADT: crianças abaixo de 3 anos, evidentes sintomas virais (esse paciente tem uma rinofaringite aguda viral). EXCEÇÂO: menores de 3 anos com contactantes com diagnóstico de SGA confirmado RADT +: tratar para SGA RADT –: Entre 5 e 15 anos = CULTURA (risco para Febre Reumática) – trata como viral até sair o resultado, se + = ATB > 15 anos / adultos = sem necessidade de cultura, Não tratar para SGA. Adultos com RADT negativo não necessitam de cultura para confirmar, são tratados como doença viral aguda, independente de como estiver a amígdala. 2) CULTURA DE OROFARINGE INDICAÇÃO: crianças entre 5 e 15 anos com quadro sugestivo porém com RADT NEGATIVO SE NÃO TEM RADT: Criança, tem uma faringoamigdalite, não tem sintomas virais (coriza, tosse, obstrução nasal), apresenta febre, dor de garganta, hiperemia e placas de pus na garganta. DEVE-SE: Aguardar a evolução, retornar em 48 – 72h para reavaliação. Verificar se a febre continua persistente (sim), realmente não surgiu nenhum sintoma gripal depois (não), continua com edema e hiperemia de orofaringe com placa (sim). Neste caso deve-se tratar TRATAMENTO: 1. Penicilina G Benzatina (1ª ESCOLHA): profunda, IM, no glúteo (sempre), dose única, melhora em 24h os sintomas. · < 27kg = 600.000UI via intramuscular · ≥ 27kg = 1.200.000UI via intramuscular 2. Penicilina oral: 150mg, 2-3x/dia por 10 dias 3. Amoxicilina oral: 50mg/kg/dia por 7 dias (no quadro tá 10) 4. Alergia às penicilinas: Macrolídeos (Azitromicina ou Claritromicina). Se indivíduo não for alérgico, não tem motivos para prescrever macrolídeos, porque 30% das cepas de SGA são resistentes. · Azitromicina, VO: 12 mg/kg, 1x/dia, por 5 dias · Claritromicina, VO: 7,5 mg/kg/dose, 2x/dia, por 10 dias SINTOMAS QUE NÃO MELHORAM C/ ANTIBIÓTICO EM 48 HORAS PODEM: 1. Ser portadores crônicos do SGA, (tem um SGA resistente) 2. Terem um quadro viral ou (e não melhorou porque a doença é viral e não bacteriana) 3. Podem ter complicações supurativas (especialmente os abscessos periamigdalianos e retrofaríngeos) CARREGADORES CRÔNICOS: se assintomáticos não tratar para erradicação ERRADICAÇÃO INDICAÇÕES DE ERRADICAÇÃO: 1. Surtos de Febre Reumática, GNDA ou complicações supurativas (tto previne a disseminação do patógeno para outras pessoas) 2. Surto de faringite numa comunidade fechada 3. História prévia pessoal ou familiar de Febre Reumática 4. Ansiedade excessiva da família em relação às infecções de repetição (reagudizações dos casos) 5. Quando houver consideração de tonsilectomia para o tratamento 1. Amoxicilina + Clindamicinaou 2. Amoxicilina + Rifampicina ou 3. Benzilpenicilina + Rifampicina COMPLICAÇÕES: 1. Complicações supurativas: (encaminhar para drenagem No otorrino) a. Abscesso retrofaríngeo b. Abscesso periamigdaliano 2. Complicações não supurativas: a. Escarlatina b. Febre Reumática 3. Glomerulonefrite Difusa Aguda (GNDA) PREVENÇÃO: 1. Tratamento dos portadores assintomáticos com contatos recorrentes (infecções de repetição) 2. Evitar contatos com pessoas com faringite estreptocócica até as primeiras 24h de uso de antibiótico 3. Suspender creches e escolas OTITE MÉDIA AGUDA OMA Rápida instalação de sinais e sintomas relacionados ao processo inflamatório da orelha média OMA NÃO COMPLICADA OMA sem otorreia. Divide-se em grave e não-grave OMA GRAVE OMA + otalgia intensa e/ou febre > 39°C OMA NÃO GRAVE OMA + otalgia leve e febre <39°C OTITE MÉDIA EXUDATIVA Inflamação da orelha média, com presença de líquido, SEM sinais de infecção aguda Otorreia: secreção purulenta drenando do conduto auditivo Otite Externa: contaminação do conduto auditivo externo, não acomete a membrana timpânica nem o ouvido médio. Pode ter otorreia. ETIOLOGIA: VIRAL 1. VSR (15%), 2. Adenovírus (5%), 3. Influenza A ou B (5%) BACT 1. Streptococcus pneumoniae/Pneumococo (35 a 40%): não produz beta-lactamase – resistência dose dependente 2. Haemophilus influenzae não tipável (30%): 35 a 70% produzem beta-lactamase 3. Moraxella catarrhalis (10%): 90 a 100% produzem beta-lactamase, EXAME FÍSICO: 1. Melhor preditor/sinal diagnóstico: Combinação de opacidade, turgência ou abaulamento e diminuiçãoda mobilidade 2. + Sensível isoladamente: Diminuição da mobilidade CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO 1. Abaulamento moderado a intenso da MT ou otorreia de início recente; ou 2. Abaulamento leve da MT e intensa otalgia ou hiperemia intensa da M TRATAMENTO: RECOMENDAÇÕES DE ANTIBIOTICOTERAPIA: 1. Menor de 6m = sempre tratar (com OMA grave ou não grave) 2. OMA grave = sempre tratar 3. OMA não grave bilateral = tratar se menor de 2 anos CONSIDERAR ACOMPANHAMENTO: 1. OMA não grave unilateral: qualquer idade 2. OMA não grave bilateral: maior de 2 anos ANTIBIÓTICO: · 1ª ESCOLHA: Amoxicilina 80-90mg/kg/dia: para vencer a resistência intermediária do S. pneumoniae. Duração do tratamento: · OMA GRAVE ou menores de 2 anos: 10 dias · OMA NÃO-GRAVE ou maiores de 2 anos: 7 dias · ALTERNATIVA: Cefdinir ou Cefuroxima · CONTRA INDICADO: Macrolídeos INDICAÇÕES DE USO DE INIBIDOR DE BETA-LACTAMASE: Clavulin ou Amoxicilina + Clavulanato 1. Uso de Amoxicilina nos últimos 30 dias, para qualquer outra coisa 2. Conjuntivite purulenta bilateral associada ao quadro: mais provável que seja H. influenza ou M; catarrahalis 3. Histórico de OMA não responsivo a Amoxicilina FALHA TERAPÊUTICA: 1. Sintomas persistem intensos ou pioram após 48-72h de tratamento 2. Se amoxicilina: trocar para Amoxicilina + Clavulanato 3. Se Amoxicilina + Clavulanato: trocar para CEFTRIAXONE por 3 dias (injetável) COMPLICAÇÕES: 1. Mastoidite: pode levar a meningite e abscesso cerebral, tem que internar 2. Meningite 3. Abscesso cerebral 4. Hipoacusia: por lesão grave da membrana timpânica 5. Bacteremia 6. Sepse PREVENÇÃO: 1. Vacina Anti-pneumocócica conjugada: Redução do número de episódios de OMA 2. Vacina contra Influenza: Redução do número de episódios de OMA (pequeno efeito na taxa anual) 3. Vacina contra Haemophilus influenzae: Não tem efeito na redução de episódios de OMA SINUSITE AGUDA ETIOLOGIA: · VIRAL 80%, é a mais comum · BACTERIANA 20% EPIDEMIOLOGIA: · Infecção bacteriana secundária a processo viral é rara: 0,5 a 2% em adultos e 5% em crianças · Prevalência de quadro bacteriano é baixa: 2-10% · Prevalência viral alta: 90-98% DISGNÓSTICO: Padrão ouro para o diagnóstico é obtenção de cultura de aspirado direto dos seios paranasais: punção direta via cutânea. SINUSITE BACTERIANA FORMAÇÃO DOS SEIOS DA FACE: 1. Maxilar e Etmoidal: em torno de 6m – 1 ano. Significa que sinusite em < 6 meses virtualmente não existe (Etmoidite costuma aparecer após os 6 meses de idade, ainfecção maxilar produz manifestações clínicasainda ao longo do primeiro ano de vida) 2. Esfenoidal: em torno de 4 anos 3. Frontal: em torno de 7 – 8 anos ETIOLOGIA: Agente microbiano Crianças Adultos 1. Streptococcus pneumoniae 21 – 33% 38% 2. Haemophilus influenzae 31 – 32% 36% 3. Moraxela catarralis 8 – 11% 16% 4. Streptococcus pyogenes - 4% 5. Staphylococcus aureus - 13% DIAGNÓSTICO: CRITÉRIOS P/ SINUSITE BACTERIANA 1) Sintomas que duram > 10 dias sem sinais de melhora ou que estão piorando (Obstrução nasal, tosse, secreção purulenta, febre.) 2) Início de sintomas mais graves: febre 39°C e rinorreia purulenta por 3 a 4 dias no começo do quadro, desde o 1º dia 3) Piora dos sintomas após melhora inicial por volta de 5-6 dias, caracterizando “doença-dupla” (“double-sickening”) INDICAÇÕES DE EXAMES DE IMAGEM: Corte coronal · TC: Suspeita de complicações supurativas, ou seja, o indivíduo não melhora com antibioticoterapia (TC é superior a RNM nas avaliações dos seios paranasais). NUNCA FAZER RX DE SEIOS DA FACE TRATAMENTO: ANTIBIOTICOTERAPIA: · 1ª ESCOLHA: Amoxicilina + Clavulanato – Dose habitual 45mg/kg/dia – 2x/dia · DOSES ALTAS: amoxi+clavul 90 – 120 mg/kg/dia em crianças e 2g/dia em adultos (doesse alta porque tem que pegar o estrepto) 1. Doença grave: toxicidade sistêmica e febre acima de 39°C ou sepse 2. Idade menor que 2 anos e maior que 65 anos 3. Hospitalização recente 4. Uso de antibióticos no mês anterior 5. Imunocomprometidos · ALTERNATIVA: Doxiciclina para os indivíduos alérgicos · Apresentam bons resultados: 1. Corticoides tópicos (nasal) apresentam benefício na redução dos sintomas, em alguns estudos, tipo mometasona, naonex 2. Uso de solução salina nasal também apresenta bons resultados · CONTRA INDICADO: 1. Macrolídeos: altos índices de resistência: pneumococo (azitromicina) 2. SMT + TMP: altos índices de resistência do S. pneumoniae e H. influenzae 3. Cefalosporinas orais de 2ª e 3ª geração 4. Corticoides sistêmicos FALHA NO TRATAMENTO: 72h de tratamento sem melhora dos sintomas, ou sem melhora dos sintomas após 3 – 5 dias. 1. Piora dos sintomas após 72h da terapia 2. Sem melhora dos sintomas após 3 a 5 dias da terapia 3. Quinolonas respiratórias: quando há falha no tratamento com primeira escolha ou indivíduos com hipersensibilidade tipo I a beta-lactâmicos: Levofloxacino e Moxifloxacino COMPLICAÇÕES: 1. Celulite periorbital e orbital (etmoidite) 2. Meningite 3. Trombose do seio cavernoso 4. Empiema subdural 5. Abscesso epidural 6. Abscesso cerebral LARINGITE TRANSMISSÃO: gotículas e secreções. ETIOLOGIA: Parainfluenza I e II e VSR são os mais comuns. INCIDÊNCIA: lactentes >>> pré escolares. DIAGNÓSTICO: Clínico. 1. RADIOGRAFIA DE REGIÃO CERVICAL: diminuição da luz do segmento subglótico (sinal do lápis ou da torre da igreja) avaliação do estreitamento da glote (laringe) 2. BRONCOSCOPIA FLEXÍVEL: diagnóstico diferencial de malformações congênitas. Observar se há alguma malformação que cursa com obstrução da via aérea (infecções de repetição) TRATAMENTO: LEVE: Sem esforço respiratório ou comprometimento ventilatório associado. Ambulatorial/domiciliar. 1. INALAÇÃO COM SORO FISIOLÓGICO: hidratar a mucosa, umidificar o ar (melhorara o edema da laringe) GRAVES: Emergência = suporte ventilatório e intubação. 1. INALAÇÃO COM EPINEFRINA/ADRENALINA POR NEBULIZAÇÃO: NÃO PODE DILUIR, Usar 3-5ml (3 a 5 ampolas) de adrenalina pura e fazer inalação via nebulização, p/ adultos e crianças 1.1. Adrenalina racêmica é o tratamento de escolha (caro) 2. CORTICOIDE: em associação com a inalação de epinefrina 2.1. Dexametasona: corticoide de potência intermediária e tempo de ação um pouco mais curto, em torno de 4 horas DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 1. CORPO ESTRANHO: tosse ladrante de início súbito. 2. LARINGITE ESPASMÓDICA/ESTRIDULOSA: (espasmos e dificuldade de respirar, é um quadro súbito que não é acompanhado de quadro viral associado e melhora espontaneamente), epiglotite aguda, laringomalácia, corpo estranho, laringite diftérica, traqueíte bacteriana. É o diagnóstico diferencial mais importante, dado que a evolução é semelhante, mas o diagnóstico se dá pela história clínica. É um fechamento da glote, por espasmo da glote, ocasionado (muitas vezes) por motivos idiopáticos. Comum em lactentes. TTO = laringite, adrenalina pura por nebulização 3. EPIGLOTITE AGUDA: processo inflamatório da epiglote. Causada pelo Haemophilus influenzae B. Doença gravíssima, com mortalidade alta. Paciente frequentemente está séptico, com dispneia grave o estado geral na laringite viral é preservado, e na epiglotite aguda o bebê tem aspecto toxêmico/séptico (sonolento, com tempo de enchimento capilar prolongado, taquicárdico, com uma dispneia grave) 4. LARINGOMALÁCIA: fragilidade dos anéis da traqueia, e durante a inspiração, eles tendem a colabar sobre eles mesmos, provocando o estridor 5. LARINGITE DIFTÉRICA: doença grave com formação de placas acinzentadas que ficam aderidas à orofaringe e à laringe, que podem descamar e obstruir a via aérea 6. TRAQUEÍTE BACTERIANA: frequentemente acompanhando uma pneumonia 9 2) PNEUMONIAS PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS FATORES DE RISCO: Para pneumonia e para mau prognóstico 1. Desnutrição 2. Baixa idade: quanto mais jovem, pior o prognóstico. 3. Comorbidades (outras doenças crônicas) 4. Baixa escolaridade da mãe 5. Baixo peso ao nascer 6. Permanência em creche 7. Episódios prévios de sibilos e pneumonia (2 ou + episódios investigar imunodeficiência primária) 8. Ausência de aleitamento materno 9. Vacinação incompleta 10. Variáveissocioeconômicas e ambientais ETIOLOGIA: 1. VÍRUS: maior causa de pneumonia na faixa etária pediátrica 1.1. Vírus respiratório sincicial (mais comum) 1.2. Influenza A ou B (vacina disponível) 1.3. Parainfluenza 2. ATÍPICOS: 2.1. Mycoplasma peneumoniae 2.2. Chlamydia trachomatis: 1 a 3 meses 2.3. Chlamydia pneumoniae: crianças e adolescentes 3. BACTÉRIAS (típicas) 3.1. Streptococcus penumoniae: até 80% dos casos 3.2. Mycobacterium tuberculosis 3.3. Staphylococcus aureus: segundo em número de casos 3.4. Haemophilus influenzae ETIOLOGIA DAS PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS DE ACORDO COM A IDADE IDADE PATÓGENO (ORDEM DE FREQUENCIA) RN e < 3 dias Streptococcus do grupo B (agalactiae) Gram negativo (sobretudo E. coli) Listeria sp (pouco comum no nosso meio) – isolada na placenta > 3 dias Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Gram negativo 1 a 3 meses Vírus sincicial respiratório Chlamydia trachomatis. Ureaplasma urealyticum (também é uma bactéria atípica) 1 mês a 2 anos Virus Streptococcus pneumoniae Haemophylus influenzae (tipo b) H. influenzae não tipavel S. aureu 2 a 5 anos Virus S. pneumoniae, H. influenzae tipo b, H. influenzae não tipável, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, S. aureus 6 a 18 anos Vírus, S. pneumoniae, M. pneumoniae, C. pneumoniae, H. influenzae não tipável PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE: pela Clamydia tracomatis, bactéria atípica, de crescimento lento, pico de incidência entre 4 e 12 semanas de vida. SINAIS DE GRAVIDADE: Toxemia, palidez e cianose INTERNAR DIAGNÓSTICO: 1. História clínica: frequentemente: tosse, febre e taquipnéia 2. Exame físico 3. Radiografia de tórax 4. Exames laboratoriais: avaliação da gravidade e prognóstico. RADIOGRAFIA DE TÓRAX: Diag. radiológico = diag. clinico + EF 1. Ajuda a confirmar o diag. clínico, mas não é obrigatório fazer. 2. Avalia a extensão 3. Identifica complicações: 3.1. Abcesso pulmonar, 3.2. Derrame pleural, 3.3. Pneumatocele, 3.4. Sepse 4. Raio X de tórax: 4.1. PA em adultos 4.2. AP até o 4º ano de vida (criança não fica em PA) SINAIS DE HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR NA RADIOGRAFIA: 1. Retificação de arcos costais (até 6 meses a é um achado normal); 2. Retificação diafragmática; 3. Aumento de arcos costais visualizáveis (normal: 6-8 anteriores); 4. Inversão dos arcos cortais. PADRÃO RADIOLÓGICO NAS PNM VIRAIS: Padrão intersticial 1. Pouco comum que apresente áreas de consolidação 2. Espessamentos brônquicos e peribrônquicos 3. Infiltrados intersticiais 4. Adenopatia hilar e parahilar: linfonodos próximo do hilo pulmonar 5. Hiperinsuflação 6. Atelectasia PADRÃO RADIOLÓGICO NAS PNM BACTERIANAS: Padrão alveolar segmentar ou lobar. 1. Broncograma aéreo: imagem de um brônquio passando na frente de uma consolidaçãopatognomônico de consolidação pulmonar 2. Abscessos 3. Pneumatoceles 4. Derrame pleural MYCOPLASMA PNEUMONIAE: alterações radiológicas mistas, assumindo ora “padrão viral”, ora “padrão bacteriano”. Alteração radiológica usual: Infiltrados reticulares ou reticulo-nodulares restritos a um único lobo. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: EXAMES INESPECÍFICOS: 1. Leucograma global e diferencial: leucopenia é fator de mau prognóstico. Leucocitose com desvio a esquerda 2. Proteína C reativa (proteína de fase aguda relacionada ao processo infeccioso e inflamatório). 2.1. PCR elevada: se for bacteriana, estará elevada 3x acima do normal 2.2. A especificidade é alta até os 18 meses de vida, depois disso diminui 2.3. Sensibilidade sempre alta EXAMES ESPECÍFICOS: · Hemocultura (tentativa de isolar algum germe) · Pesquisa de vírus respiratório (detecção de antígeno viral e isolamento do vírus) · Técnicas invasivas: lavado broncoalveolar, broncoscopia; · Teste de aglutinação de partículas de látex. · Exame citobacteriológico de escarro (p/ diagnóstico diferencial). AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE: OMS: “Tosse e aumento da frequência respiratória” = indicativo de pneumonia em crianças menores de 5 anos. A retração que está mais associada à gravidade da pneumonia é a retração subcostal. SINAIS DE HIPOXEMIA QUE PRECEDEM A CIANOSE: 1. Sudorese 2. Palidez 3. Alternância entre sonolência e agitação. SINAL OU SINTOMA CLASSIFICAÇÃO Cianose central Pneumonia muito grave Dificuldade respiratória grave (por exemplo, movimentos involuntários da cabeça) Incapacidade de beber Tiragem subcostal Pneumonia grave Respiração rápida > ou = 60 rpm < 2 meses > ou = 50 rpm de 2 meses a 1 ano > ou = 40 rpm de 1 a 4 anos Pneumonia Estertores crepitantes à ausculta pulmonar Nenhum dos sinais Não é pneumonia Classificação clínica da gravidade de pneumonia em crianças de 2 meses a 5 anos - OMS (2005): INTERNAÇÃO: grave ou muito grave. Se não houver recursos para pesquisar o agente etiológico, é preciso tratar como pneumonia bacteriana. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO: 1. Crianças menores de 2 meses com ou sem sinal de gravidade 2. SpO2 < 92% - em ar ambiente. 3. Cianose. 4. Taquipnéia. 5. Dificuldade respiratória. 6. Apneia intermitente, gemido. 7. Impossibilidade de se alimentar. 8. Incapacidade da família tratar em domicílio 9. Falha da terapêutica ambulatorial. 10. Doença grave concomitante (doença renal crônica, cardiopatia). 11. Sinais radiológicos de gravidade 11.1. Derrame pleural 11.2. Abscessos 11.3. Pneumatoceles TRATAMENTO: Toda criança com pneumonia com condições clinicas de ser tratada em casa deve ter uma consulta de revisão agendada após as primeiras 48 horas. 1. Cuidados gerais 2. Administração de líquidos 3. Antibioticoterapia TEMPO DE USO DO ANTIBIÓTICO: suspenso entre 3 a 5 dias após o desaparecimento dos sintomas clínicos (febre, dispneia e taquipnéia). Embora a tosse pode persistir por 30 dias – é o único sintoma tolerável. IDADE ANTIBIOTICO INICIAL TRATAMENTO AMBULATORIAL 2 meses a 5 anos Amoxicilina ou penicilina procaína 6 a 18 anos Amoxicilina ou penicilina procaína; 2ª opção: Macrolídeos (eritromicina): escolares e adolescentes. IDADE PATÓGENO ANTIBIOTICOS < 3 dias Streptococcus do grupo B Gram negativo (sobretudo E. coli) Listeria sp. (pouco comum no nosso meio) Penicilina cristalina ou Ampicilina associada a Amicacina ou Gentamicina > 3 dias Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Gram negativo Penicilina cristalina ou ampicilina associada a Amicacina ou gentamicina 1 mês a 3 meses S. pneumoniae Haemophilus Influenzae S. aureus Betalactâmicos (penicilina cristalina, amoxicilina) Cloranfenicol (ñ usa) Oxacilina Pneumonia afebril Chlamydia trachomalis Macrolídeos 3 meses a 5 anos S. pneumoniae Haemophilus influenzae S. aureus Betalactâmicos (penicilina cristalina, amoxicilina) Cloranfenicol Oxacilina 6 a 18 anos Streptococcus pneumoniae Mycoplasma pneumoniae Chlamydia pneumoniae Betalactâmicos (penicilina cristalina, amoxicilina) Macrolídeos Todas as idades Vírus Sem indicação TRATAMENTO EM PACIENTES INTERNADOS > 6 ANOS OU ADOLESCENTES = MACROLÍDEOS (eritromicina)+ AMOXICILINA, devido a incidência de Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia pneumoniae. TRATAMENTO HOSPITALAR: · < 2 meses: Penicilina cristalina ou Ampicilina associada a Amicacina ou a Gentamicina (para E. coli). agalactiae ou pneumoniae · < 5 anos com pneumonia extensa: evolução rápida e com comprometimento importante do estado geral, Oxacilina associada a Cefalosporina de terceira geração (Ceftriaxone), infecção por Staphylococcus aureus ou Haemophilus influenzae. · A mudança de via parenteral para via oral (amoxicilina – termina o tratamento em casa) pode ser realizada após o segundo dia de estabilização clínica. CONPLICAÇÕES E FALHA TERAPÊUTICA: QUANDO PENSAR: 1. Persistência de febre 2. Clinicamente instável após 48-72 horas do início do tratamento no hospital ou em casa COMPLICAÇÕES: 1. Derrame pleural: mais frequente 2. Pneumatocele 3. Abscesso pulmonar 4. Atelectasias 5. Pneumonia necrosante 6. Pneumotórax em virtude das pneumatoceles 7. Fistula broncopleural 8. Bronquiectasia 9. Septicemia frequente! DERRAME PLEURAL ETIOLOGIA: 1. Streptococcus pneumoniae (64%): mais encontrado em todasas faixas etárias 2. Staphylococcus aureus (15%): é a bactéria que mais desenvolve/provoca derrame pleural (maior capacidade de provocar derrame pleural), porém a causa mais comum de derrame pleural é pelo S. pneumoniae (maior ocorrência de pneumonias) 3. Haemophilus influenzae (7%) TRATAMENTO: Considerar S. aureus como agente frequente em crianças menores de 1 ano com quadro toxêmico e fatores de risco associados. 1. PUNÇÃO = HOSPITALIZAÇÃO. Não tratar derrame pleural em casa. Punção com toracocentese é obrigatória – 5 EIC na linha axilar média ou posterior (criança está deitada); exsudato deve ser drenado. 2. ATB orais – 1 a 4 semanas. Sempre tratar inicialmente para S. pneumoniae (ATB venoso) INDICAÇÕES DE DRENAGEM: Se for um transudato, não precisa drenar, pode realizar uma punção de alívio 1. Pus 2. pH <7,2 3. Glicose <40mg/dL 4. Identificação de bactérias no liquido pleural RADIOGRAFIA: À Laurell, Deitar o paciente do lado acometido. CARACTERÍSTICA RADIOGRÁFICA: Parábola de Damoiseau: característico de derrame pleural, mas não é específico. Raio X em decúbito lateral – Laurell para definir líquido ou condensação 10mm). CONDUTA DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA EM DERRAMES PLEURAIS PARAPNEUMÔNICOS: 1. Se tem derrame pleural punciona 2. Se é purulento drena 3. Se não purulento encaminha para análise 4. Parâmetros alterados drenagem 5. Encaminhar sempre para análise PNEUMATOCELE ETIOLOGIA: Pode ocorrer em pneumonias de qualquer etiologia. O patógeno mais comum é o S. aureus. Embora mais caracteristicamente causada pelo Staphylococcus aureus, nota-se maior frequência nas pneumonias por Streptococcus pneumoniae. DIAGNÓSTICO: Radiografia de tórax TRATAMENTO: Tratamento conservador – não realiza drenagem, porque há risco de rompimento e gerar pneumotórax espontâneo. Involução espontânea (semanas até mais de 1 ano) ABSCESSO PULMONAR ETIOLOGIA: 1º bactérias aeróbias; 2º anaeróbias. DIAGNÓSTICO: Radiografia de tórax AP e Perfil TRATAMENTO: Antibióticos resolvem de 80 a 90% dos casos. O que não resolve com antibioticoterapia, deve ser drenado guiado por ultrassom ou por tomografia. Duração do tratamento depende da evolução OBSERVAÇÕES SOBRE PNEUMONIAS Nas pneumonias bacterianas o sinal clinico mais importante para definir pneumonia na criança: taquipnéia. O agente etiológico mais comum da pneumonia adquirida na comunidade: pneumococo. Crianças abaixo de 2 meses: internar. Acima de 5 anos se não for pneumococo, pensar em atípico PNEUMONIAS ATÍPICAS PNM ATÍPICA POR MICOPLASMA PNEUMONIAE INCIDÊNCIA: +frequente em maiores de 5 anos, perde apenas para o pneumococo. Especialmente em escolares e adolescentes. CLÍNICA: Maioria dos pacientes começa com quadros de laringotraqueobronquites ou IVAS prévias. Quadro arrastado FORMA INSIDIOSA: é o mais importante a respeito da PNM atípica. TOSSE: sintoma mais comum, pode adquirir caráter coqueluchoide. Pode haver anemia hemolítica: pneumonia de forma insidiosa com anemia hemolítica e aumento de reticulóticos, pensar em atípicos! Contactantes com quadros semelhantes. Deve-se perguntar se outras pessoas da casa também apresentam sintomas. EXAME FÍSICO: Crepitação e sibilância são achados frequentes – dificulta o diagnóstico com a asma. Durante o processo de pneumonia atípica, há uma inflamação do interstício pulmonar, uma pneumonite, se manifestando como um broncoespasmo reflexo. DIAGNÓSTICO: Clínica + Radiografia 1. Exames inespecíficos (hemograma, crioaglutininas) 2. Cultura 3. Sorologias: ELISA; IgG e IgM; 4. Fixação de complemento; 5. Imunofluorescência 6. Exames complementares: Mycoplasma pneumoniae determina alterações radiológicas mistas, assumindo ora “padrão viral”, ora “padrão bacteriano”. Infiltrados reticulares ou reticulonodulares restritos a um único lobo constituem a alteração radiológica usual. TRATAMENTO: Geralmente resolução espontânea em 2 a 3 semanas. Antibioticoterapia com macrolídeos pode encurtar duração dos sintomas – azitromicina ou claritromicina. 1. Claritromicina 2x/dia: melhor concentração pulmonar + usada 2. Azitromicina 1x/dia 3. Tempo de tratamento: 7 a 10 dias 4. Para a Coqueluche, também usa a Azitromicina, porém com tempo de tratamento diferenciado: 14 dias DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: coqueluche COMPLICAÇÕES: 1. Pleurite com derrame pleural 2. Pericardite com derrame pericárdico PNM ATÍPICA POR CHAMÍDIA PNEUMONIAE Geralmente infecção leve ou assintomática. Insidiosa, pode começar como uma complicação da IVAS. O curso arrastado e frequentemente pode haver febre no início da doença; depois a febre desaparece e a tosse se mantém durante um longo período. AGENTES DE PAC ASSOCIADOS: clamídia associada a uma pneumonia por pneumococo, especialmente nos adultos. CLÍNICA: curso arrastado, autolimitada exceto quando há evolução para a forma coqueluchoide 1. Faringite 2. Rinossinusite 3. Bronquite 4. Pneumonia 5. Longo período de incubação, seguido de febre, tosse seca 6. Curso arrastado 7. Dor abdominal, diarreia e manifestações de pancardite: alguns 8. Sibilância 9. Coinfecção com outros agentes de PAC 10. Agente importante na síndrome torácica (aguda) em pacientes com doença falciforme SÍNDROME TORÁCICA: Evento vaso-oclusivo do pulmão, associado a um quadro infeccioso por Clamídia gerando uma resposta inflamatória na região pulmonar afetada. Ocorrem fenômenos vaso-oclusivos dos capilares da área, o que faz com que ocorra falcização cada vez mais das hemácias. O grande problema é que a Falcização das hemácias obstrui capilares com comprometimento perfusional podendo levar a insuficiência respiratória aguda/hipóxia. O paciente faz insuficiência respiratória aguda, é preciso dar suporte respiratório e tratar cobrindo pneumococo e clamídia (por ser autoesplenectomizados, tem risco de infecções por germes capsulados, especialmente os gram positivos). Por isso deve-se usar CEFTRIAXONE e MACROLÍDEO (azitromicina ou claritromicina). Falcêmicos utilizam penicilina crônica de forma profilática, não é uma boa ideia utilizar para tratar a pneumonia. DIAGNÓSTICO: Método sorológico (microimunofluorescência, ELISA, fixação de complemento) PNM ATÍPICA POR CHLAMYDIA TRACHOMATIS Um dos agentes de PNEUMONIA AFEBRIL DOS LACTENTES. INCIDÊNCIA: 3 a 16 semanas de vida CLÍNICA: Início insidioso, evolução arrastada. Frequentemente os sintomas aparecem na 4ª a 12ª semana de vida (1º ao 3º mês de vida). PRÓDROMOS: coriza e tosse seca, progressiva e afebril Pneumonia Afebril do Lactente. Conjuntivite associada em aproximadamente 50%. Quando há acometimento bilateral é indicativo de C. trachomatis. FORMA CLÁSSICA: paciente afebril, com tosse (pode ser coqueluchoide) e taquipnéia. Ausculta com crepitações e, menos frequentes, sibilos. DIAGNÓSTICO: 1. Hemograma leucocitose com eosinofilia 2. Cultura de secreção conjuntival 3. Sorologia: IFI, MIF, FC, ELISA 4. Radiografia de tórax + Clínica PREVENÇÃO: 1. Assistência pré-natal 2. Estímulo ao aleitamento materno imunoglobulinas 3. Vacinação 4. Controle nutricional 5. Padronização de condutas e esquemas terapêuticos para doenças respiratórias agudas DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS PNM 1. IMAGEM – TÉCNICA 2. IMAGEM – TIMO: especialmente em lactentes é achado frequente. Grande em crianças, até mais ou menos 3 a 4 anos de idade. A imagem clássica do Timo clássica é definida como “em vela de barco” (imagem bocelada). 3. INFECÇÕES CONGÊNITAS: Toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, varicela, C. trachomatis ou sífilis (“pneumonia alba” →pneumonia difusa, bilateral, gravíssima, altíssima taxa de óbitos). 4. ENTIDADES NÃO INFECCIOSAS NO PERÍODO NEONATAL: doença da membrana hialina, pneumonia de aspiração meconial, edema pulmonar (começa sempre pelo lado direito), atelectasia, hemorragia pulmonar 5. Outras: anomalias congênitas, TB, aspiração de corpo estranho, ICC, neoplasias, doença da membrana hialina. DIAGNÓSTICO PROVÁVEL DE PNEUMONIA: 1. Menor que 2 meses internação 2. Maior que 2 meses pode ser tratado ambulatorialmente ou hospitalar o que define são os critérios de gravidade (especialmente desconforto respiratórioe hipóxia) e o estado geral. 3) ASMA O lactente sibilante persistente tem que ter pelo menos 2 dos 4 itens: 1. História familiar de asma ou sibilância (pai, mãe ou irmão) 2. Possui algum outro histórico de atrofia (ex: dermatite atópica) 3. Eosinofilia 4. Prick test positivo EPIDEMIOLOGIA: Início em qualquer idade, principalmente abaixo dos 5 anos. Acomete ambos os sexos: prevalência maior no sexo masculino (expectativa); mas pode ser dita como igual em ambos os sexos. DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é clínico e funcional. História de dispneia, tosse, dor torácica e sibilância recorrente diagnóstico de asma. DIAGNÓSTICO CLÍNICO: São indicativos de asma presença de um ou mais sintomas: 1. Dispneia 2. Tosse crônica (ou recorrente) – períodos de piora e de melhora (intermitente) 3. Sibilância 4. Aperto no peito ou desconforto torácico LACTENTE SIBILANTE: Só considerar asmático se não melhorar aos 3-4 anos de idade. DIAGNÓSTICO FUNCIONAL: 1. Limitação variável ao fluxo de ar. 2. Medidas de função pulmonar: 2.1. Avaliação da gravidade da limitação ao fluxo aéreo 2.2. Reversibilidade 2.3. Variabilidade 2.4. Confirmação do diagnóstico EXAMES COMPLEMENTARES ESPIROMETRIA: Via de regra, só consegue fazer em > 6 anos. 1. Obstrução das vias aéreas: 1.1. VEF1 < 80% do previsto: obstrução da via aérea, com o indivíduo em crise ou fora da crise 1.2. VEF1/CVF <75% em adultos 1.3. VEF1/CVF <86% em crianças 2. Obstrução ao fluxo aéreo que melhora significativamente após BD: Aumento do VEF1 de 7% em relação ao valor previsto e de 200ml em valor absoluto 3. Aumento no VEF1 superiores a 20% e 250mL espontaneamente no decorrer do tempo ou após início de medicação controladora PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO: avaliação da efetividade do tratamento, auxilia no diagnostico, monitorização e controle. A variação diurna do PFE documenta a obstrução ao fluxo aéreo. Indicativos de asma: 1. Aumento de 15% no PFE após uso de BD ou curso oral de corticosteroides 2. Variação diurna no PFE >20% TESTES ADICIONAIS: Abandonados devido ao risco. 1. Teste de broncoprovocação com agentes broncoconstrictores (queda de VFE1 > ou igual a 20%) 2. Teste de broncoprovocação por exercício (queda de VFE1 > 10 a 15%) DIAGNÓSTICO DA ALERGIA: Sensibilização alérgica: (muita sensibilidade e baixa especificidade) 1. TESTE IN VIVO – TESTE CUTÂNEOS – PRICK TEST: ajuda principalmente na asma desencadeada por alimentos – raro. 1.1. Dermatophafoides pteronyssinus 1.2. Dermatophafoides farinae 1.3. Blomia tropicalis 1.4. Mofo 1.5. Pólen 1.6. Baratas 1.7. Epitélios de cão e gato. 2. Testes in vitro – IgE específica (Confirma e complementa). FATORES DESENCADEANTES / GATILHOS: INDUTORES: Aumentam a gravidade e influenciam na inflamação (ex: alérgenos, vírus). Estimulam o processo inflamatório. PROVOCADORES: não necessariamente geram inflamação (exercício, irritantes, emoção). Geram uma resposta exacerbada brônquica, por causa do frio, por exemplo. IRRITANTES: Poluentes ambientais ou ocupacionais são desencadeantes e/ou agravantes da asma: 1. O3, SO2, CO, NO, NO2 2. Fumaça de cigarro. 3. Perfumes. 4. Produtos de limpeza. AEROALÉRGENOS: 1. Ácaros. 2. Epitélio de cães e gatos. 3. Baratas. 4. Flores. 5. Pássaros. OUTROS: 1. Exercícios físicos. 2. IVAS. 3. Refluxo gastroesofágico 4. Emoções. 5. Medicamentos – Beta bloqueador: Propanolol. 6. Alimentos (muito raro!). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 1. Anel vascular 2. Fístula traqueoesofágica 3. Apneia obstrutiva do sono 4. Não coordenação da deglutição 5. Aspergilose broncopulmonar alérgica 6. Infecções virais e bacterianas 7. Bronquiectasias. 8. Insuficiência cardíaca: Broncoespasmo antes do edema - (diminui fluxo do capilar pulmonar – aumenta fluxo para câmara esquerda e aumenta pressão capilar pulmonar – lentifica o fluxo do capilar pulmonar). 9. Bronquiolites: crianças pequenas 10. Massas hipofaríngeas 11. Carcinoma brônquico 12. Massas mediastinais 13. Discinesia da laringe 14. Obstrução alta das vias aéreas 15. Disfunção de cordas vocais 16. Obstrução mecânica das vias aéreas 17. Doença respiratória crônica da prematuridade 18. Refluxo gastroesofágico 19. Doença pulmonar obstrutiva crônica 20. Síndrome de Loeffler 21. Embolia pulmonar 22. Síndrome da hiperventilação 23. Fibrose cística 24. Alveolite alérgica extrínseca ou pneumonite por hipersensibilidade AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE: Para poder fazer o TTO, + importante! 1. Frequência: com que os sintomas aparecem, quanto mais frequente, mais grave. 2. Intensidade dos sintomas: saber a gravidade 3. Função pulmonar: se conseguir fazer prova 4. Tolerância ao exercício ou às atividades 5. Medicação necessária para estabilização dos sintomas 6. Número de visitas ao PS: no período de 1 ano 7. Número anual de cursos de corticosteroides sistêmicos: tratamento da crise envolve o broncodilatador sistêmico oral e o corticoide sistêmico 8. Número de hospitalização por asma 9. Necessidade de VPM: (ventilação pulmonar mecânica) devido a asma grave! CLASSIFICAÇÃO DA ASMA: critério +grave é usado para classificar! Determinação da dose de medicamento suficiente para controle no menor prazo. 1. Leve: 60% dos pacientes. 2. Moderada: 30% dos pacientes. Leve e moderada podem ser tratadas por pediatras 3. Grave: 10% dos pacientes encaminhar ao pneumologista Intermitente Persistente Leve Moderada Grave Sintomas Raros Semanais Diários Diários ou contínuos Despertares noturnos Raros Mensais Semanais Quase diários Necessidade de β2 para alívio Rara Eventual Diária Diária Limitação de atividades Nenhuma Presente nas exacerbações Presente nas exacerbações Contínua Exacerbações Raras Afeta atividades e o sono Afeta atividades e o sono Frequentes VEF1 ou PFE ≥80% predito ≥80% predito 60–80% predito ≤60% predito Variação VEF1 ou PFE < 20% < 20 – 30% > 30% > 30% Intermitente (medicação para crises). Persistente moderada: medicação para manutenção. INTERMITENTE (EPISÓDICA OCASIONAL) 1. Exacerbações de poucas horas ou dias de duração a cada 10-12 semanas. 2. Máxima de 4 a 5 episódios/ano. 3. Assintomático entre as crises, com boa tolerância aos exercícios. 4. Espirometria normal. PERSISTENTE LEVE (EPISÓDICA FREQUENTE) 1. Exacerbações a cada 5-6 semanas (máximo 6 a 8 episódios/ano) 2. Sibilância aos exercícios intensos 3. Assintomático entre as crises 4. Espirometria normal PERSISTENTE MODERADA 1. Exacerbações a cada 4-5 semanas 2. Sintomas leves entre as crises 3. Sibilância aos exercícios moderados 4. Sintomas noturnos ≤ 2x/semana 5. Necessidade de Beta 2 agonista ≤3x/semana 6. Espirometria – PFE ou VEF1 ≥70% do predito – 20 a 30 % variabilidade do PFE PERSISTENTE GRAVE 1. Exacerbações frequentes 2. Sintomas entre as crises 3. Sibilância aos mínimos esforços 4. Sintomas noturnos ≥ 2x/semana 5. Necessidade de Beta 2 agonista > 3x/semana 6. Espirometria – PFE ou VFE1 < 70% do predito – 30% da variabilidade do PFE TRATAMENTO DA ASMA: TTO do lactente sibilante = TTO asmático. INTERMITENTE: tratar apenas a crise e não faz tratamento de manutenção. DURANTE A CRISE: sempre usar beta-2 de curta duração, independente da classificação. CONTORLE DAS CRISES: Tratamento anti-inflamatório precoce com corticosteroides inalatórios preservam a função pulmonar em longo prazo e eventualmente previnem ou atenuam o remodelamento das vias aéreas. META: controle das crises – ausência dos sintomas. Beta 2 agonista de curta duração: Berotec (Fenoterol); Aerolim (Salbutamol) broncodilatadores de curta duração. CASOS PERSISTENTES: Corticoide inalatório: bombinha · Leve: doses baixas · Moderada: doses médias · Grave: doses altas PERSISTENTE MODERADA NÃO CONTROLADA COM CORTICOIDE INALATÓRIO: utilizar beta 2 de longa duração, se tiver mais de 4 anos (duração maior que 12h) e um anti-leucotrieno (Montelucaste ou Singulair). Não utilizar o anti-leucotrieno isoladamente Problema do uso de corticoide inalatório por longo período de tempo: 1. A medicação tem absorção sistêmica mas não tem efeito sistêmico. 2. Uma vez que as moléculas passam pelo fígado, elas são inativadas,impedindo que tenham efeito sistêmico. 3. Existem corticoides inalatórios com maior ou menos efeitos sistêmicos, o ideal encontrar, dentro da capacidade de compra da família, um com menor efeito sistêmico possível. Gravidade Terapia de manutenção Medicação de alívio 1ª escolha Alternativa Β2 agonista de curta Intermitente Sem necessidade Sem necessidade Persistente leve CI baixa dose Anti-leucotrieno Persistente mederada CI dose média CI baixa dose + anti-leucotrieno ou LABA Persistente grave CI dose média/alta + LABA Considerar adição de 1 ou vários: 1) Anti-leucotrieno 2) Metilxantina 3) Corticoide oral 4) Anti-Ig-E Parâmetros Controlado Parcialmente controlado (pelo menos 1 em qualquer semana) Não controlado Sintomas diurnos Nenhum ou mínimo 2 ou + por semana 3 ou + parâmetros presentes em qualquer semana Despertares noturnos Nenhum Pelo menos 1 Necessidade de β2 para alívio Nenhum 2 ou + por semana Limitação de atividades Nenhuma Presente em qualquer momento VEF1 ou PFE Normal ou quase < 80% predito ou do melhor individual Exacerbações Nenhuma 1 ou + por ano 1 em qualquer semana NÍVEL DE CONTROLE DO PACIENTE COM ASMA Início com corticoide inalatório com dose alta (poucos efeitos colaterais e controle mais rapidamente obtido), vai fazendo o descalonamento – reduzindo as doses, até chegar a dose mínima suficiente para o paciente, o objetivo é controlar o mais rápido possível (90 dias). SE O CONTROLE ESPERADO NÃO FOR OBTIDO: ANTES DA MUDANÇA TERAPÊUTICA – AVALIAR: 1. Adesão do paciente ao tratamento. 2. Erros na técnica de uso dos dispositivos inalatórios. 2.1. Crianças devem utilizar o espaçador com a bombinha 2.2. Retirar a tampa da bombinha! 3. Presença de fatores desencadeantes ou agravantes (rinite, sinusite, DRGE, exposição à alérgenos, tabagismo, transtornos psíquicos e sociais). ESPIROMETRIA DE CONTROLE: avaliar o grau de remodelamento da via aérea. É obrigatório ser feito: 1. Semestralmente – casos graves. 2. Anualmente – todos os asmáticos 3. Melhor período do ano para diminuir a dose (descalonamento) = verão. FARMACOS USADOS NO TRATAMENTO: 1. Corticosteroides inalatórios 2. Beta-agonistas de ação prolongada (LABA) (não usados em monoterapia) 3. Antileucotrienos (não usados em monoterapia) 4. Teofilina (em desuso) 5. Omalizumabe 6. Bamnuterol (desuso, não usar isoladamente, sem associação com anti-inflamatórios) 7. Cromonas – cromoglicato de sódio (desuso) 8. Imunoterapia específica com alérgenos CORTICOSTEROIDE INALATÓRIO: 1. Principal medicamento de manutenção, profilático e anti-inflamatório. 2. Efeitos colaterais sistêmicos – doses altas por tempo prolongado: · Perda de massa óssea: 2cm da estatura final, com o uso crônico de corticoide inalatório na infância · Inibição do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e déficit de crescimento. · Candidíase oral · Disfonia · Tosse crônica BETA-AGONISTAS DE AÇÃO PROLONGADA (LABA): 1. Usados em associação aos CI (corticoesteroide inalatório): igual ao anti-leucotrieno 2. Acima de 4 anos 3. Formoterol/salmeterol 4. Casos moderados ou graves 5. A monoterapia com LABA deve sempre ser evitada 6. Efeitos adversos (não são comuns) 6.1. Efeitos causados pelo estímulo cardiovascular 6.2. Tremores de extremidades 6.3. Hipocalemia (bronquiespasmo pelo medicamento) 6.4. Efeito paradoxal 7. Poucos estudos em crianças, maioria em adulto 8. Sem indicação formal em menores de 4 anos 9. Asma na infância não é necessariamente a mesma doença que a que ocorre em adultos. 10. A maioria da asma na infância é controlada com doses baixas de corticoide inalatório. ANTILEUCOTRIENOS (NÃO SÃO USADOS EM MONOTERAPIA): Montelucaste e Zafirlucaste. 1. Substituição aos LABA 2. Adicional ao LABA/Cl 3. Sibilância recorrente após bronquiolite viral aguda. 4. Menor efeito colateral. TEOFILINA – DESUSO: 1. Broncodilatador com propriedades anti-inflamatórias 2. Adicional aos Cl em pacientes não controlados 3. Muitos efeitos colaterais OMALIZUMABE: 1. Anticorpo monoclonal recombinante humanizado especifico. 2. Inibe a ligação da IgE com seu receptor 3. Inibição da broncoconstrição induzida por alérgeno Redução da hiperresponsividade das vias aéreas. 4. Indicado para > 12 anos com asma alérgica de difícil controle. 5. Tratamento caro, imunológico, que apenas está liberado para crianças maiores BAMBUTEROL (BETA - AGONISTA AÇÃO PROLONGADA POR VO): 1. Uso na asma noturna 2. Alternativa para idosos e crianças com dificuldade de inalação 3. Não usar isoladamente, sem associação com anti-inflamatórios 4. Desuso CROMONAS (CROMOGLICATO DE SÓDIO) 1. Eficácia em pacientes com asma persistente leve e broncoespasmo induzido por exercício. 2. Desuso IMUNOTERAPIA ESPECÍFICA COM ALÉRGENOS RESGATE DOS SINTOMAS AGUDOS: B2 AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO INALATÓRIO: 1. Exacerbações agudas de asma 2. Pré tratamento do broncoespasmo induzido pelo exercício 3. Salbutamol, fenoterol (Berotec: medicação BOA), terbutalina fazer nebulização com 3 ml de soro fisiológico (para acabar mais rápido – é apenas o veículo para aerolizar a partícula) 4. Efeitos adversos: 4.1. Tremores de extremidades 4.2. Arritmias cardíacas (taquicardia sinusal) 4.3. Hipocalemia (altas doses de B2) 5. FENOTEROL – BEROTEC 5.1. Dose mínima para crianças 1 gota para cada 3kg de peso ou 3 gotas 5.2. Dose máxima para crianças 1 gota para cada 1kg de peso ou 20 gotas 5.3. Dose mínima para adultos 10 gotas 5.4. Dose máxima para adultos 20 gotas 5.5. Medicação segura CORTICOSTEROIDES ORAIS (METILPREDNISOLONA EV, PREDNISONA ORAL): Forma oral é a forma mais ativa pois a ação é mais rápida ação que a venosa. Para a forma EV ter ação, precisa primeiro passar pelo fígado para retirar o radical metil, transformando em prednisolona, que ainda é inativa. Faz a segunda passagem pelo fígado, perdendo o radical hidroxila, transformando em prednisona, que é a forma ativa. Se for Prednisolona Oral, sofre apenas uma metabolização no fígado. A prednisona Oral á é a forma ativa, não precisa ser metabolizada, por isso é a mais rápida. Uso em: 1. Exacerbações graves; 2. Após alta de serviços de emergência. Nesse caso via oral é mais rápido que EV. 3. Cursos de 5 a 10 dias 4. Dose: 1 a 2 mg/kg/dia 5. Máximo 60 mg/dia 6. Efeitos colaterais: 6.1. Alterações do metabolismo da glicose 6.2. Retenção de líquidos 6.3. Osteoporose 6.4. Ganho de peso, fácies arredondada 6.5. Hipertensão Arterial 6.6. Necrose asséptica da cabeça do fêmur ANTICOLINERGICOS INALATÓRIOS: 1. Brometo de Ipratrópio – ATROVENT. 1.1. Diminui a quantidade de muco que é produzido 1.2. Não tem efeito na broncodilatação e não tem efeito na melhora da crise, por isso tem sido abandonado 2. Associado ao B2 agonista ou substituição 3. Efeitos adversos: 3.1. Secura da mucosa oral 3.2. Glaucoma 3.3. Retenção urinária CONSIDERAÇÕES: 1. Sibilância na infância = diferentes fenótipos 2. Atopia relacionada ao sibilante persistente 3. Asma = doença inflamatória crônica = corticoide inalado nos casos persistentes 4. Tratar precocemente e geralmente a longo prazo 5. O melhor tratamento é aquele que o paciente vai receber (adesão) e com uso correto 6. Manter uma relação saudável entre o médico e o paciente e/ou seus familiares Inalador Faixas etárias < 2 anos 2 – 5 anos 5 – 8 anos > 8 anos Nebulizador Aerossol dosimetrado espaçador Inaladores de pós seco 8) CRISES CONVULSIVAS PRINCIPAIS ETIOLOGIAS RELACIONADAS A CRISES EPILÉPTICAS AGUDAS E AO EME Neonatos 1 a 2 meses > 2 meses Insulto agudo Hipóxia / isquemia Infecção Hemorragia SNC Infecção SNC Hematoma subdural Infecção SNC Hemorragia SNC Anóxia Metabólico / genético Hipoglicemia Hipernatremia Hiponatremia Hipocalcemia Hiperbilirrubinemia Acidemia orgânica Defeitos ciclo da uréia Deficiência Piridoxina Acidose lática Hipoglicemia Hipernatremia Hiponatremia Hipocalcemia Acidemia orgânica Defeitos ciclo da uréia Fenilcetonúria Esclerose tuberosa Hipoglicemia Hipernatremia Hiponatremia Hipocalcemia Distúrbios lisossomaisIdiopática Outros Abstinência de narcóticos Malformação do SNC Toxicidade a cocaína Convulsão febril Intoxicação DIAGNÓSTICO: 1. Glicemia capilar a beira do leito 2. Eletrólitos: aumento do tônus altera cálcio e potássio 3. Gasometria arterial 4. Hemograma: leucocitose com desvio a esquerda (logo pós crise) 5. Hemocultura 6. Triagem toxicológica: risco 1 – 4 anos, 7. Amônia sérica:nas alterações do ciclo da ornitina - LACTENTES 8. Pesquisa de erros inatos do metabolismo: dosagem de aminoácidos na urina e ácidos orgânicos no sangue 9. Dosagem de drogas antiepilépiticas: 10. Eletroencafalografia: obrigatório, exceto se crise convulsiva febril NEUROIMAGEM: 1. USG TRANSFONTANELA 2. TOMOGRAFIA DE CRÂNIO: INDICAÇÕES 2.1. História ou sinais externos de trauma 2.2. Doença neurocutânea 2.3. Pacientes com DVP (derivação ventrículo peritoneal) 2.4. Sinais clínicos de hipertensão intracraniana 2.5. Crises parciais 2.6. Déficits neurológicos focais 2.7. Pós-ictal (pós crise) prolongado 2.8. Estados hipercoaguláveis: anemia falciforme, s. nefrótica, trombose 2.9. Doenças hemorrágicas: plaquetopenias 2.10. Estados de imunossupressão: AIDS, neoplasias 3. RESSONÂNCIA: INDICAÇÕES 3.1. Malformações do desenvolvimento 3.2. Esclerose mesial temporal 3.3. Lesões detrutivas (poroencefalia, encefalomalácia) 3.4. Tumores 3.5. Esclerose tuberosa 3.6. Lesões vasculares 3.7. Processos inflamatórios 3.8. Infecção 3.9. Alterações metabólicas com comprometimento do SNC DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Neonatos Lactentes Pré-escolares 1) Mioclonia benigna 2) Tremores (Jitteriness) 3) Cólica 4) Apneia 5) Reflexos primitivos 1) Cólica 2) Perda de fôlego 3) Calafrio (febre) 4) Mioclonia do sono 5) Soluço 6) Intoxicação (antieméticos, descongestionantes, anti-histamínicos) 7) Broncoaspiração 1) Síncope 2) Perda de fôlego 3) Outras causas de manobra vagal (constipação, dor) 4) Concussão 5) Parassonias (terror noturno, sonambulismo) 6)Intoxicação (antieméticos, descongestionantes, anti-histamínicos) Escolares Adolescentes Paralisia cerebral 1) Síncope 2) Arritimias cardíacas 3) Outras causas de manobra vagal (constipação, dor) 4) Concussão 5) Parassonias (sonambulismo) 6)Quadros psicogênicos 1) Síncope 2) Arritimias cardíacas 3) Concussão 4) Parassonias (sonambulismo) 5) Quadros psicogênicos (transtorno do pânico, síndrome conversiva) 6)Abuso de substâncias 1)Movimentos anormais 2)Distonia 3)Coreoatetose 4)Dor 5)Alterações do exame neurológico (hiperrreflexia, clônus e reflexos primitivos persistentes) TRATAMENTO: 1. Crise focal: carbamazepina 2. Crise generalizada: fenobarbital 3. Crise de ausência e mioclônica: ácido valpróico 4. Neonatos ou lactentes: fenobarbital SITUAÇÕES ESPECIAIS Diagnóstico diferencial de todas as crises convulsivas no período neonatal: deficiência de piridoxina (B6), altera EEG. CONVULSÃO NEONATAL BENIGNA: crises clonicas focais e autolimitadas que duram 1 a 3 min, e não alteram EEG. Sem etiologia indentificavel, nem HF, com gestação e parto sem complicações. TTO: melhora sem tto. EPILEPSIA ROLÂNDICA: manifestações motoras ou focais, frequente no sono mas pode ter em vigília, pode ter perda da consciência e generalização secundária. INCIDE EM Pré-escolares e escolares, 1ª crise aos 4 a 10 anos · TTO: fenobarbital · EEG: ondas agudas (spike waves) GENERALIZADA – AUSÊNCIA: desligamento que cessa atividades motoras e fala, com perda da consciência, de duração 5 – 25 s, benigno e recorrente. PICO: 3 e 11 anos comum em ♀. Não há aura e estado pós ictal · TTO: valproato de sódio · EEG: complexos ponta-onda síncronas e simétricas GENERALIZADA – TÔNICO-CLÔNICO: perda subida da consciência com fase tonica, clonica e relaxamento muscular seguido por período ictal (sonolência e cefaleia), comum ter relaxamento esfincteriano. INCIDE no final da infância e início da adolescência. É a mais comum, exceto no neonato. · TTO: fenobarbital EPILEPSIA MIOCLÔNICA DA INFÂNCIA/COMPLEXA: início no 1º ano de vida, HF negativa evolui para lennox gastaut SÍNDROME DE LENNOX GASTAUT:convulsão intratável, tem vários tipos de crises. Cursa com retardo mental e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. · TTO: benzodiazepínicos + valproato · EEG: ondas lentas pontiagudas ESPASMOS INFANTIS = SÍNDROME DE WEST: Encefalopatia grave da infância de causa genética, crises repetitivas de difícil controle com contração simétrica de pescoço, face e MMSS, começa unilateral e bilateraliza. Cursa com sequelas neurológicas, retardo mental e motor, espasticidade, regressão dos marcos no desenvolvimento. INÍCIO: 4 e 8 meses. · TTO: vigabatrina · EEG: padrão caótico – hipsartria < 1 ANO COM FEBRE E CONVULSÃO = PUNÇÃO LOMBAR CONVULSÃO FEBRIL: complicada = TC de crânio CONVULSÃO FEBRIL SIMPLES CONVULSÃO FEBRIL COMPLICADA SEMIOLOGIA Generalizada Focal DURAÇÃO < 15 min > 15 min RECORRÊNCIA NAS PRIMEIRAS 24H Não recorre Recorre SINAIS NEUROLÓGICOS FOCAIS PÓS ICTAIS Ausente Presentes · TTO: se durar mais de 10 – 15 min = antitérmico + DIAZEPAM EV/RETAL · PROFILAXIA: para pacientes com risco de recorrência · Clobazam: 1mg/kg/dia em dose baixa · Diazepam: 0,5-1mg/kg/dia · FATORES DE RISCO DE RECORRÊNCIA: Se dois desses quatro fatores estiverem presentes, há indicação de medicação profilática · Nível de febre: menor que 38,5°C · História familiar de crise febril · Idade precoce da primeira crise: menores de 1 ano · Duração do período febril: mais que 15 minutos MAL CONVULSIVO: RN=fenobarbitalFenitoínaMidazolamTiopental 1. Estabilizar o seu paciente, Monitorizar, 2. Obter uma via aérea adequada, 3. Suplementar oxigênio (se for o caso), 4. Obter 2 acessos venosos, 5. Iniciar ressuscitação volêmica, porque pode ser que ele precise dessa ressuscitação volêmica 6. Medicações: 6.1. Diazepam 0,3 – 0,5 mg/Kg/dose em até 3 vezes, c/ intervalo: 3-5min 6.2. Fenitoína 20 mg/Kg/dose 6.3. Fenobarbital 20 – 40 mg/Kg/dose 6.4. Midazolam 0,05 mg/kg/h 6.5. Tiopental 10 – 20 mcg/kg/h 6.6. Propofol 3 – 5 mg/kg/h 9) MENINGITES RASTREAR OBRIGATORIAMENTE PARA MENINGITE: 1. Lactente 2. Febre persistente por mais de 48 – 72h 3. Sem sinais localizatórios FATORES DE RISCO NA MENINGITE POR FUNGO 1) Prematuridade / Imunossupressão (adulto) 2) Uso de cateter venoso central 3) Uso de nutrição parenteral 4) Uso de antibióticos de largo espectro CAUSAS PRINCIPAIS NO RN 1. Streptococcus agalactiae 2. Escherichia coli 3. Listeria monocytogenes ETIOLOGIA: 1. Meningococo: pico: < 5 anos e entre 15 e 24 anos, + suscetível <6m - 1ano. Diplococos gram – 2. Pneumococo: primeiros 2 anos. Diplococos gram + a. FATORES DE RISCO PRA MENINGITE POR PENUMOCOCO i. Focos pulmonares e otorrinolaringológicos ii. Anemia falciforme/esplenectomizados/HIV iii. Otorreia/rinorreia com LCR iv. Transplante de medula óssea ou de órgãos sólidos 3. HiB: < 4anos e resposta insuficiente a vacina. Bacilos gram – FATORES DE RISCO GERAIS: 1. Disfunção esplênica – S. pneumonie e H. influenzae: 1.1. Esplenectomizado, Falcêmico, Esferocitose hereditária 2. HIV e neonatos – L. monocytogenes 3. Shunt liquórico – estafilococos coagulase negativo ou S. aureus 3.1. Derivação ventrículo peritoneal, Fratura da base de crânio 4. Contato íntimo ou domiciliar: meningococo 5. Maiores de 60 anos e menores de 01 ano: fator de risco para todas as formas 6. Defeitos anatômicos ou de imunidade – S. aureus, P. aeruginosa, S. epidermidis, Salmonella e L. monocytogenes 6.1. Especialmente os imunossuprimidos →bactérias não comuns →pseudomonas, S. epidermidis, salmonela e listeria 7. Procedimentos invasivos no SNC – craniotomia, Punção Lombar, infusão intratecal de medicamentos – estafilococos (S. aureus) SINAIS DE HIC GRAVE: 1. Fontanela abaulada 2. Paralisia do oculomotor ou abducente 3. Hipertensão arterial: tríade de Cushing 4. Bradicardia 5. Apneia ou hiperventilação: Cheyne-Stokes (disfunção bulbar) 6. Descerebração ou decorticação 7. Convulsões PRESENÇA DE 3 OU + DOS SEGUINTES SINAIS = ALTA SENSIBILIDADE (98%) E ESPECIFICIDADE (72%) PARA MENINGITE BACTERIANA: 1. Letargia2. Inconsciência 3. Hiporexia 4. Rigidez de nuca 5. Convulsões COMPLICAÇÕES SUPURATIVAS 1. Coleção subdural 2. Empiema subdural 3. Abscessos cerebrais 4. Ventriculite 5. Trombose séptica de seios venosos NEUROLÓGICAS 6. Infarto cerebral 7. Déficits auditivos: Mais frequente 8. Hidrocefalia 9. Herniações 10. Epilepsias 11. Paralisias 12. Higromas GERAIS 1. Choque 2. CIVD 3. SIADH 4. Síndrome de Waterhouse-Friederichsen 5. Artrite: não necessita de tratamento específico 6. Sequelas 6.1. Surdez ou hipoacusia e 10% dos casos 6.2. Amaurose 6.3. Labirintite ossificante com perda auditiva 6.4. Retardo neuropsicomotor (infância): DIAGNÓSTICO: 1. Análise de líquor: 1.1. Prova do látex 1.2. Cultura do líquor 1.3. PCR 2. Hemocultura 3. Tomografia de crânio 4. Bacterioscopia CONTRAINDICAÇÃO PARA PUNÇÃO LOMBAR Aumento da PIC grave Sinais focais, evidências de herniação Sinais neurológicos focais Parestesia, paresia, paralisia de pares cranianos, amaurose, surdez/hipoacusia. Sinal de aumento da pressão intracraniana com risco de herniação cerebral. Comprometimento cardiopulmonar grave Choque séptico grave: não consegue colocar esse paciente na posição da punção lombar. Infecção no local da punção Plaquetopenia Plaquetopenia < 50.000 é contraindicação relativa Plaquetopenia < 10.000 é uma contraindicação absoluta, não pode puncionar. FATORES DE CONFUSÃO – ANÁLISE DO LÍQUOR Uso prévio de antibiótico 50% das crianças Celularidade baixa 20% <1000. agentes etiológicos que produzem uma celularidade baixa: Listeria monocytogenes, mycoplasma e mycobacterium tuberculosis. Punção lombar traumática Altera a contagem de leucócitos e proteínas INDICAÇÕES DE TC DE CRÂNIO 1. Sinais de HIC grave (sinais focais) e 2. Suspeita de abscesso cerebral (convulsão há menos de uma semana, imunocomprometidos, doença prévia do SNC e sinais focais). TRATAMENTO: 1. Ceftriaxone 100mg/kg/dia 2. Tratamento de suporte para choque séptico e HIC 3. Corticoide apenas para MBA por H. influenzae e na S. W. Frieeerishchsen TRATAMENTO < 1 Mês Ampicilina + Gentamicina 1 a 3 meses Ampicilina + Ceftriaxone > 3 meses Ceftriaxone Shunt de SNC Vancomicina + Cefepime DVP, processo invasivo do SNC DURAÇÃO DO TRATAMENTO N. meningitidis 5 a 7 dias H. influenzae 7 a 10 dias S. pneumonie 10 a 14 dias E. coli ou Pseudomonas 14 a 21 dias (14 pra E. coli e 21 pra pseudomonas) Sem confirmação 10 dias MEDIDAS DE SUPORTE: internação em UTI imediata 1) Monitorização hemodinâmica 2) Sinais vitais 3) Avaliação constante do sensório 4) Considerar internação em UTIP – 40% 5) Manter PA e oxigenação estáveis – uso de volume, aminas vasoativas e VPM. PA e saturação de oxigênio 6) Controlar febre e convulsões 7) Manejo adequado da DHEAB PREVENÇÃO: Isolamento por gotícula por 24 horas após início do ATB QUIMIOPROFILAXIA: 1. N. meningitidis: todo contato direto (4h/dia por ± 5 dias) 2. H. influenzae: contato domiciliar e < 48 meses ou imunocomprometidos 3. Rifampicina VO, uma dose de 12/12h, por 48h. RED: Lágrima e urina 4. Ceftriaxone IM ou EV, dose única 5. Ciprofloxacino VO, dose única 10) ITU INCIDÊNCIA: 3 – 4 anos GRAM-NEGATIVAS GRAM-POSITIVAS OUTROS AGENTES 1-Escherichia coli 2-Proteus sp 3-Klebsiella sp 4-Enterobacter sp 5-Citrobacter sp 6-Acinetobacter 7-Providencia sp 8-Morganella sp 9-Serratia sp 10-Pseudomonas sp 1-Staphylococcus aureus 2-Enterococcus sp 3-Streptococcus faecalis 4-Staphylococcus saprophyticus 1-Candida albicans 2-Mycoplasma hominis 3-Ureaplasma urealyticum 4-Chlamydia trachomatis 5-Adenovírus 6-Mycobacterium tuberculosis PRODUTORAS DE UREASE: proteus, E. coli, Klebisiela, pseudomonas ETIOLOGIA POR FAIXA ETÁRIA/SEXO: 1. Neonatos: Klebsiella (além da E. coli) 2. Meninos > 1 ano: Proteus ~ E. coli 3. Primeiros 6 meses: E. coli 4. Puberdade: C. trachomatis, Micoplasmas genitais, Staphylococcus saprophyticus – as DST 5. Mulheres: E. coli, Klebsiella, Proteus SITUAÇÕES ESPECIAIS LEMBRAR DESSES AGENTES 1. Imunodepressão, 2. Malformações do trato urinário, 3. Manipulações cirúrgicas 4. Cateteres, 5. Cálculos: 1. Providencia, 2. Citrobacter, 3. Enterococcus, 4. Enterobacter, 5. Pseudomonas, 6. Staphylococcus aureus ou epidermidis, 7. Fungos (antibióticos largo espectro) FATORES DE RISCO PARA PNA E CICATRIZ RENAL: 1. Baixa faixa etária 2. Atraso na instituição da terapia 3. Alterações urodinâmicas, funcionais ou orgânicas (RVU) 4. Corpo estranho (sonda vesical) 5. Obstipação intestinal crônica 6. DM, oxiuríase, desnutrição proteico-calórica Lactentes < 1 ano e recém-nascido com ITU febril têm alto risco de envolvimento do trato urinário superior (renal) – sepse é frequente Em todo lactente com febre de origem indeterminada por um período ≥ 48h deve-se proceder a coleta da urina para esclarecimento diagnóstico. E se for < 1 ano, além da urina deve-se pesquisar líquor. Infecção urinária COMPLICADA Infecção urinária NÃO COMPLICADA 1. Estado geral grave 2. Toxemia 3. Desidratação 4. Febre > 39°C 5. Calafrios 6. Vômitos 7. Hematúria macroscópica 8. Presença de más formações do trato geniturinário (já documentadas) 9. Recusa da dieta e má aceitação das medicações orais, 10. Período neonatal (ou < 3 meses) 1. Febre < 39°C 2. Estado geral regular 3. Desidratação leve ou não há desidratação 4. Boa ingestão de líquidos e boa aceitação das medicações orais ITU atípica ITU recorrente 1. Alterações no padrão miccional 2. Presença de massa abdominal ou vesical 3. Piora na função renal 4. Sepse 5. Má resposta terapêutica após 48h de tratamento adequado 6. Infecção por microrganismos não E. coli Pode ser complicada ou não complicada 2 ou mais episódios de pielonefrite; ou 7. 8. 1 episódio de pielonefrite + 1 episódio de cistite; ou 9. 10. 3 ou mais episódios de cistite DIAGNÓSTICO: 1. EAS + urocultura: + importante 1.1. Leucocitúria estéril 1.2. PNF: Cilindros leucocitários ou granulosos 1.3. CISTITE: Hematúria microscópica 1.4. +TESTE NO NITRITO: Alta especificidade e alto valor preditivo + 1.5. + TESTE DE ESTERASE LEUCOCITÁRIA 2. Hemograma, PCR: obrigatório em caso de ITU febril ou complicada 3. Hemocultura: obrigatório em caso de ITU febril ou complicada 4. Ureia, creatinina: obrigatórios em caso de ITU complicada 5. TSA: teste de sensibilidade aos antibióticos PUNÇÃO SUPRAPÚBICA 1. INDICAÇÕES: 1.1. Pacientes que ainda não possuem controle esfincteriano RN e lactentes 1.2. Na existência de infecção em genitália 1.3. Resultados repetidamente duvidosos de URC (outros métodos) 1.4. Contraindicações para cateterismo vesical lesão de uretra, balanopostite 2. CONTRAINDICAÇÕES 2.1. Abdome agudo 2.2. Íleo paralítico 2.3. Distúrbios de coagulação CONTRA INDICAÇÕES DE CATETERISMO TRANSURETRAL: 1. Infecção de genitália: corrimento purulento genital 2. Fimose grave: INDICAÇÕES DE USG 1. Todos meninos e meninas, abaixo de 5 anos, após 1ª ITU febril 2. Todos com pielonefrite aguda 3. Todos com alterações físicas sugestivas de anomalias do trato urinário 4. Meninas acima de 5 anos com bacteriúria recorrente EXAMES DE IMAGEM 1. USG de rins e vias urinárias 2. Uretrocistografia miccional: após término do TTO, diagnostica RVU, 2.1. INDICAÇÃO: 2.1.1. USG c/ cicatriz, hidronefrose, RVU, uropatia obstrutiva ou circunstancias clínicas atípicas ou complexas 2.1.2. ITU febril recorrente 3. Urografia excretora: pré-cirurgico 4. Cintilografia com DMSA (ácido dimercaptossuccínico): após 6 meses (PNA) TRATAMENTO: 1. Hidratação e sintomáticos 2. Tratar comorbidades: distúrbios de micção e evacuação, oxiuríase, fimose e sinéquias 3. Antibioticoterapia ITU complicada ITU não complicada # Via EV/IM: até melhora clínica = melhora do estado geral e dos vômitos e ausência de febre por 48 a 72 horas # Via EV para recém-nascidos e lactentes até 3 meses. # Tempo de tratamento: 10 a 14 dias # Agente antimicrobiano: 1. RN: Ampicilina + Aminoglicosídeo/Gentamicina (doses preconizadas para sepse neonatal). 2. Entre 1 e 3 meses: Ampicilina + Aminoglicosídeo/Gentamicinaou Ceftriaxone. 3. > 3 meses: Ceftriaxone (3ª) ou Aminoglicosídeo # Tratamento por VO # Tempo de tratamento: 7 a 10 dias. # Antibióticos: 1. Cefalexina, 2. Cefadroxila, 3. Sulfametoxazol-trimetoprim, 4. Amoxicilina com Clavulanato 48-72h sem febre deve-se troca a medicação para via oral e dar alta pra casa ANTIBIÓTICO DOSE HABITUAL DOSE MÁXIMA CEFTRIAXONA 100mg/kg/dia de 12/12h Máximo 4g/dia GENTAMICINA 7,5mg/kg/dia de 8/8h Máximo adultos: 300mg/dia AMPICILINA 100mg/kg/dia de 6/6h Máximo crianças: 2-3g/dia COMPLICAÇÕES: 1. Infecções recorrentes: pielonefrite crônica 2. Pielonefrite crônica + RVU ou uropatia obstrutiva: insuficiência renal crônica (com anemia, HAS, retardo de crescimento, anormalidades metabólicas) 3. Nefrolitíase e estenoses 4. Abscesso renal INDICAÇÕES DE CIRURGIA: Postectomia e dilatações ureterais, obstruções ou cálculos, podem evoluir com pionefrose no curso da infecção urinária = tratamento parenteral e avaliação com urologista ou cirurgião pediátrico, com eventual indicação de drenagem e derivação urinária. 11) SÍNDROMES GLOMERULARES SÍNDROME NEFRÍTICA (GNDA) HEMATÚRIA + HAS + EDEMA INCIDÊNCIA: ápice aos 7 anos, raro antes de 2 anos, predomínio no sexo ♂. DIAGNÓSTICO 1) EAS = hematúria microscópica ou macroscópica 2) Urocultura = - descartar processo infeccioso como causa da hematúria 3) Pesquisa de dismorfirmo eritrocitário = dismórficas, hemolisadas 4) Ureia e Creatinina = 90% é normal 5) Complemento = C3, C4Ø, CH50/Ø 6) ASLO = + 7) RX tórax = edema agudo de pulmão, congestão pulmonar 8) USG de rins e vias urinárias = dilatação, calculose, hidronefrose 9) Estudos de coagulação = para diagnóstico diferencial TRATAMENTO 1. Repouso relativo = por 7-14 dias se tiver edema e HAS 2. Restrição hídrica = 20mg/kg/dia + diurese do dia anterior 3. Restrição de sódio 4. Restrição proteica = evita evoluir com creatinina/ureia/SHU 5. Restrição de potássio = se diurese < 1ml/kg/dia 6. Antibiótico 6.1. Penicilina G benzatina dose única IM 6.2. Opção: eritromicina VO 10 dias 7. Diuréticos = placebo? Se ICC/congestão pulmonar = furosemida 8. Tratar HAS 8.1. IECA = captopril. CONTRAINDICADO: hipercalcemia e baixa perfusão glomerular 8.2. Bloqueador do canal de calcio = ninfedipina COMPLICAÇÕES 1. Edema agudo de pulmão = + frequente, + lobo direito e bilateraliza 2. Encefalopatia hipertensiva 3. IRA CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO 1. HAS = PA ≥percentil 95 p/ sexo/idade e estatura 2. Hematúria macroscópica 3. Alteração da função renal = ureia/creatinina 4. Oligoanúria 5. Hemácias dismórficas 6. Sinais de congestão pulmonar INDICAÇÃO DE BIÓPSIA RENAL 1. Apresentação atípica 1.1. Ausência de infecção prévia 1.2. Sintomas renais e infecção concomitante 2. Associação com Síndrome Nefrótica =hematúria+proteinúria nefrótica 3. > 48 – 72h de oligoanúria 4. > 4 semanas de: 4.1. Hematúria macroscópica 4.2. Ureia elevada 4.3. HAS 5. > 8 semanas de: complemento baixo 6. Idade < 2 anos ou > 12 anos 7. Doença renal prévia = HF de nefrite SÍNDROME NEFRÓTICA (IDIOPÁTICA) CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 1. EDEMA de intensidade variável 2. HIPOALBUMINEMIA < 2,5 g/dl 3. DISLIPIDEMIA >200mg/dl 4. PROTEINÚRIA NEFRÓTICA > 50mg/kg/dia INCIDÊNCIA: 1. Lesão mínima = 2 – 7 anos, pico aos 3 anos 2. GESF/GNM/GNMP = 10 – 20 anos MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA GESF: 1. Síndrome nefrótica 2. Proteinúria assintomática 3. Hematúria 4. Hipertensão 5. Progressão para insuficiência renal DIAGNÓSTICO 1. EAS = proteinúria, hematúria microscópica, cilindrúria 2. Teste com ácido sulfossalicílico 10% = detecta proteína 3. Proteinúria de 24h = 4. Ureia e creatinina 5. Relação proteína/creatina em amostra de urina isolada 6. Proteína total e frações = 7. Perfil lipídico = colesterol + triglicerídeos 8. Fibrinogênio = 9. Complemento = Ø na LHM 10. Sorologias = HIV, hepatites B e C, toxo, CMV, VDRL 11. PPD 12. Eletrólitos 13. EPF 14. USG renal 15. RX tórax 16. Hemograma, PCR e cultura TRATAMENTO 1. Corticoide = predinisona 2mg/kg/dia ou 60mg/m2/dia 2. Dieta = hipossódia/assódica, normoproteica, água livre 3. Repouso autorregulado 4. Diurético = hidroclorotiazida ou espirinolactona ou albumina 20% + furosemida EV 5. INDICAÇÕES DE ALBUMINA 5.1. Sinais de hipovolemia (hipotensão, oligúria, insuficiência renal) 5.2. Edema importante (derrame pleura, ascite, edema escrotal) 5.3. Albumina < 1mg/dl 6. Tratar verminoses = estrongiloidíase com albendazol 400mg por 3 dias 7. Tratar infecções = pneumococo, gram negativos e S. aureus celulites, peritonites, sinusites, peneumonias 8. VACINAÇÃO PROFILÁTICA = em remissões, s/ corticoide por 3 meses 8.1. Pneumocócica 8.2. Varicela 8.3. Haemophilus CONCEITOS REMISSÃO Proteinúria < 10mg/kg/dia ou < 4 mg/m2/h, OU Negativo ou traços em teste de fita por 3 dias consecutivos RECIDIVA Proteinúria > 40mg/m2/h, OU ++ ou mais em teste de fita por 3 dias consecutivos c RECIDIVAS FREQUENTES 2 ou + recidivas em 6 meses de resposta inicial, OU 4 ou + recidivas em 1 ano CORTICO RRESISTÊNCIA Ausência de resposta após 4 semanas de predinisona Opção: tratar + 4 semanas OU trocar imunossupressor CORTICO DEPENDÊNCIA 2 recidivas consecutivas no desmame, OU Recidiva 2 semanas pós desmame CURA: 5 anos sem crises e medicações TRATAMENTO ESPECÍFICO = imunossupressores 1. Recidivantes frequentes = ciclofosfamida ou levamidasol 2. Recidivantes frequentes com toxicidade ao corticoide = ciclosporina 3. Corticodependente e corticoresistentes = ciclosporina COMPLICAÇÕES 1. Infecções = manter corticoide e tratar infecção 2. Complicações tromboembólicas = hemoconcentração, hiperlipidemia, trombocitose antitrombina III, proteína C, S, viscosidade plasmática e hiperlipidemia 3. IRA 4. Doença óssea = hiperparatireoidismo secundário pela perda de vit. D 5. Alterações oculares = pressão intraocular, glaucoma ANTICOAGULAÇÃO: Indicado em pacientes nefróticos que tiveram complicação tromboembólica. Não há anticoagulação profilática 1. AAS 2 – 5 mg/kg/dia 2. Warfarim ajustada para PTTa entre 2-2,5 a ser iniciada no 2º dia de heparinização 3. Avaliação imediata do cirurgião vascular INDICAÇÕES DE BIÓPSIA Pré-tratamento: 1. Hematúria macroscópica ou microscópica persistente 2. Hipertensão arterial persistente 3. Consumo de complemento 4. Início em crianças menores de 1 ou maiores de 8 anos 5. Insuficiência renal persistente não atribuível a hipovolemia Pós-tratamento: 1. Corticorresistência 2. Corticodependência 3. Recidivas frequentes 4. Pré-ciclosporina A Indicações relativas: 1. Sinais de doença crônica 2. Sintomas extrarrenais (artrite, anemia, rash) 12) DOENÇAS EXANTEMÁTICAS SÍNDROME DE KAWASAKI INCIDÊNCIA: < 5 anos, +comum ♂, pico de mortalidade aos 15 a 45dias CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: 5 dos 6, sendo que 1 deve ser febre 1. Febre de duração ≥ 6 dias 2. Congestão conjuntival: hiperemia da conjuntiva, principalmente da conjuntiva inferior e esclera 1. Alteração na boca (mucosite): 1.1. Eritema, fissuras e crostas nos lábios 1.2. Eritema orofaríngeo difuso 1.3. Língua em framboesa (enantema da língua) 3. Alterações nas partes distais dos membros 3.1. Endurecimento das mãos e dos pés (edema duro das mãos e dos pés) – artrite de pequenas articulações 3.2. Eritema das palmas e das plantas 3.3. Descamação das pontas dos dedos das mãos e dos pés cerca de 2 semanas após o início 4. Exantema eritematoso: principalmente nas areas de atrito e dobras 5. Massa de linfonodos aumentados medindo mais de 1,5 cm de diâmetro – linfadenopatia (cervical principalmente) Se no exame de imagem (ecocardiograma ou cateterismo) encontrar um aneurismo de coronária → sera preciso de febre + 3 critérios para fechar o diagnostico de kawasaki MANIFESTAÇÕES ASSOCIADAS: 1. Piúria (estéril) e uretrite 2. Artralgia e artrite: de grandes articulações (punho, joelho, cotovelos, tornozelos), mas pode também acometer pequenas articulações ( com frequencia acometem as interfalangianas) 3. Meningite asséptica 4. Diarreia 5. Dor abdominal 6. Miocardiopatia 7. Derrame pericárdico 8. Icterícia obstrutiva 9. Hidropsia (edema)da vesícula biliar: DDif de doença exantematica febril: febre, artralgia, exantema, hidropsia de vesicula → dengue ou kawasaki 10. Insuficiência mitral aguda 11. Infarto do miocárdio: o fato dela ser uma arterite aguda necrosante de pequenos e medios vasos há uma grande chance dela evoluir com coronariopatia a letalidade da doença está, na maioria das vezes associada a doença coronariana. FASE DE EVOLUÇÃO 1. Fase aguda: 7 a 14 dias 2. Fase subaguda: 10 a 24 dias (regressão gradual dos sintomas, porém a febre muitas fezes se mantém febre baixa e intermitente) 3. Fase de convalescença: 6 a 8 semanas (é nesta fase em que pode se encontrar os aneurismas de coronária) EXAMES LABORATORIAIS: 1. Leucocitose com desvio a esquerda, anemia, plaquetose 2. Aumento VHS, PCR, mucoproteínas → proteínas de fase aguda. Entre elas, o VHS é o 1º que aparece e apesar de não ser muito especifico, o VHS ajuda, pois ele aumenta muito) 3. ASLO normal (diferencia de Escarlatina e febre reumatica) OBS: ela pode ser confundida com febre reumática pois nas 2 há acometimento valvar e artrite. 4. Eletroforese de proteínas: hipoalbuminemia e aumento de alfa2 globulina 5. Aumento de imunocomplexos; redução sódio (hiponatremia) FATORES DE RISCO PARA ANEURISMA CORONARIANO: 1. Idade < 1 ano (é rara entre 6 meses e 1 ano, porem quando ocorre, ela é mais grave) 2. Sexo masculino 3. Cor branca 4. Febre > ou = 2 semanas (febre que ultrapassa o período de fase aguda) 5. Anemia 6. Leucocitose intensa 7. Aumento VHS ou PCR 8. Se o paciente tiver 1 desses critérios → Fazer ecocardiograma! Ou seja, aproximadamente 100% dos pacientes terão 1 desses. Logo, na pratica, Doença de Kawasaki = eco. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 1. Sarampo (pelo acometimento conjuntival e pelo exantema morbiliforme), adenovírus, enterovírus, VEB, escarlatina 2. Estafilocóccias e estreptocóccias (causam exantema e leucocitose) 3. Reação de hipersensibilidade a droga (Farmacodermias) 4. Síndrome de Stevens Johnson (pode ser desencadeado por algumas drogas, ATB (sulfas), anticonvulsivantes (fenobarbital → principal medicação de uso para o tto ambulatorial de crises convulsivas). 5. Artrite reumatoide juvenil 6. Febre maculosa das montanhas (doença febril exantemática grave provocada pela bacteria Rickettsia rickettsii) TRATAMENTO: 1. Imunoglobulina humana EV - tratamento de escolha 1.1. 2g/kg infundidos em 12 horas (preferido) ou 1.2. 400 mg/kg/dia, em 2 horas, por 4 dias 2. Aspirina 2.1. Para aquelas indivíduos com muitos FR para doença coronariana até que se consiga fazer o ECO. Se o ECO é normal, suspende aspirina. 2.2. 80 a 100mg/kg/dia, VO, de 6/6h, até que o paciente fique afebril FALHA TERAPÊUTICA: repetir IG 1 vez ou pulsoterapia metilprednisolona (a pulsoterapia é uma dose alta de corticoide mantida por 3-5 dias, nas criaças: 1g/kg por 3-5 dias) EXANTEMAS VESICULARES VARICELA INCUBAÇÃO: 10 a 21 dias TRANSMISSÃO: aerossol, contato direto e transmissão vertical. Contágio 2 dias antes do exantema e até que todas as lesões virem crosta. EXANTEMA: distribuição centrípeta, polimorfismo regional das lesões, pruriginosas COMPLICAÇÕES: 1. Infecção bacteriana secudaria 2. Pneumonia 3. SNC: cerebrite, encefalite (ataxia de tronco) 4. Síndrome de Reye = síndrome hepática renal = insuficiência hepática fulminante, icterícia, sangramentos, edema, encefalopatia hepática, coma, óbito 5. Raros: neutropenia, linfopenia, trombocitopenia, púrpura, vasculite, trombose, GNDA, artrite, miocardite, pericardite, orquite DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 1. Estrofulo 2. Impetigo 3. Eczema herpético 4. Síndrome DE Stevens Johnson 5. Riquetsiose variceliforme 6. Herpes simples 7. Dermatite de contato TRATAMENTO: 1. Higitene 2. Sintomáticos =analgésico, antitérmico, anti-histamínicos – NUNCA AAS 3. INDICAÇÕES DE ACICLOVIR: 92h da instalação e manter por 5dias VO ou 5-10 dias (EV) 3.1. ≥ 13 anos 3.2. < 1 ano 3.3. > 1 ano com doença cutânea ou pulmonar crônica ou SNC 3.4. Terapia com salicilatos (Kawasaki) 3.5. Terapia continua ou intermitente com corticoide sistêmico 3.6. Manifestações sistêmicas: encefalite, cerebrite, pneumonite 4. Isolamento aerossol e contato, se no hospital +- 7º dia de exantema PROFILAXIA: vacina VZIG para susceptíveis VACINA PÓS EXPOSIÇÃO: ate 3 dias pós contato · 12 meses a 12 anos: 1 dose com 12 meses e reforço com 15 · > 12 anos: 2 doses IMUNIZAÇÃO PASSIVA: imunossuprimidos, < 1 ano, RN de mãe com varicela adquirida 5 dias antes e 2 dias depois do parto; prematuros (≥28 semanas com mãe sem historia de varicela/soro- e ≤28 semanas, todos), gestante suscetível (< 3 meses) HERPES ZOOSTER TRANSMISSÃO: contato direto, contagio: primo-infecção (varias semanas), recidiva (3 a 4 dias). PRECAUÇÃO DE CONTATO INCUBAÇÃO: 2 dias a 2 semanas TRATAMENTO Opioide (codeina ou tramadol) + carbamazepina + TTO para o vírus: aciclovir VO EXANTEMAS MACULOPAPULARES OBRIGATÓRIOS SARAMPO RUBÉOLA EXANTEMA SÚBITO ERITEMA INFECCIOSO ESCARLATINA AGENTE Mixovírus (DNA) Togavírus (RNA) HV 6 e 7, ecov, enterov, parainf. Parvovírus B19 (DNA) S. pyogenes (exotoxina) INCUBAÇÃO 7 – 14 dias 14 – 21 dias 7 – 14 dias 7 – 14 dias 2 – 5 dias (faringoamigdalite) 7 – 10 dias (impetigo) IDADE 2 – 10 anos 4 a 14 anos 6 meses e 3 anos 5 a 12 anos 3 a 12 anos TRANSM. Secreções nasofaríngeas (gotícula) 4-6 dias pré-exantema e 4-5 pós-exantema Secreções nasofaríngeas 7 dias antes e depois do exantema Secreções orais Via respiratória Contato direto com secreções respiratórias PRÓDROMOS -Febre alta por 4-5 dias que cede no 2º/3º dia de exantema -Rinorreia e congestão nasal -Conjuntivite -Tosse seca -Rash transitório morbiliforme ou urticariforme que desaparece no inicio do exantema -MANCHAS DE KOPLIC Geralmente ausente. 1 – 5 dias pré-exantema: -febre baixa -cefaleia -coriza -mal-estar e anorexia -tosse -irritação conjuntival leve -odinofagia, náuseas -linfadenopatia Desaparecem no 1º dia de exantema -SINAL DE THEODOR: linfadenopatia suboccipital e retroauricular -MANCHAS DE FORSCHEIMER: petéquias no palato -febre alta e persistente por 3 – 5 dias -irritabilidade, BEG -gânglio occipitais aumentados -enantema, tosse, coriza -fezes amolecidas -dor abdominal -adema palpebral na véspera da erupção Ausentes – adoeço no dia do exantema Quando tem: -febre baixa 2 dias pré-exantema -mialgia, cefaleia, náuseas e mal-estar 12 – 48 h depois do início da doença: -febre alta, odinofagia, tosse, vômito, cefaleia, mal-estar -amigdalite -enantema puntiforme em palato -adenopatia cervical anterior de mandibular EXANTEMA -dura 4 – 7 dias, morbiliforme -maculopapular róseo-avermelhado -inicio após 3 dias de febre em região retorauricular e fronte, evolui no sentido crânio caudal para o corpo em 24h -no 3º dia de exantema evolui p/ castanho acinzentado e após 1 semana há descamação furfurácea -poupa mãos e pés -dura 2 a 3 dias, rubeoliforme -maculopapular róseo-discreto -inicia na face e evolui no sentido crânio-caudal p/ corpo, que fica coberto em 24h, pode coalecer -2º dia começa a desaparecer -3º dia desaparece o rash -não descama, não muda de cor -dura horas a 1 – 3 dias -maculopapular, fugz -inicio no tronco -surge quando a febre cai, em crise -pode ser recorrente -Não coalesce, não descama ATÍPICO: infecção inaparente, exantema afebril, quadro febril isolado -dura 7 a 21 dias -predomina na face -quente nas bochechas, 1 – 4 dias em forma de borboleta ou vespertilio -edema das bochechas (face esbofeteada) -maculopapular em tronco, nádegas e membros -palidez perioral é comum -recorrente (sol, estresse, temperatura) -não descama ATÍPICO: urticariforme, vesícula ou purpúrico -surge 12 – 48h depois do início da doença -exantema fino e áspero, micropapular (lixa) -início nas zonas de flexão e tronco, genarilanzo rapidamente, poupa palma e planta -eritema difuso, vermelho intenso que desaparece a digitopressão -descama após 4-7 dias que (+3–8 semanas) de inicio em face, pescoço e tórax, dedo de luva -SINAL DE FILATOV: palidez perioral -SINAL DE PASTIA: linhas transversais de hiperemia
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