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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS (EAD) INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE 2023 CONCEITO • Contabilidade é a ciência que estuda, registra e controla o Patrimônio das Entidades com fins lucrativos ou não. • Contabilidade: é um instrumento da função administrativa que tem por finalidade controlar o patrimônio, apurar o resultado e prestar informações sobre o patrimônio das empresas. 2 Cliente Sublinhar Cliente Sublinhar Cliente Sublinhar Cliente Sublinhar Cliente Sublinhar Cliente Sublinhar Cliente Destacar Cliente Destacar Cliente Sublinhar Cliente Sublinhar OBJETIVO 3 O objetivo da Contabilidade é a de controlar o Patrimônio com o objetivo de fornecer informações sobre a sua composição e suas variações. Cliente Sublinhar Cliente Sublinhar OBJETO 4 O objeto da Contabilidade é o Patrimônio Cliente Sublinhar ORIGEM DA CONTABILIDADE EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE 6 Tábuas ou placas de argila Registros das sacas LINHA DO TEMPO DA CONTABILIDADE 7 CONTABILIDADE NO MUNDO CIENTÍFICO • Busca-se, de fato, “entender” a contabilidade; • Livros foram sendo lançados; • Em 1924: Aconteceu o I – Congresso Brasileiro de Contabilidade; • Em 1946: a promulgação, do Decreto-Lei 9.295 (Cria o CFC e define atribuições do Contador), regulamentando as atribuições profissionais; • Foram se formando os Conselhos – CFC/CRCs; • Lei que exige Exame de Suficiência; • Necessidade de máquinas para realização do trabalho. 8 EVOLUÇÃO TECNLÓGICA 9 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE 11 USUÁRIOS DA CONTABILIDADE 13 USUÁRIOS DA CONTABILIDADE • A Contabilidade pode ser feita para Pessoa Física ou Pessoa Jurídica. Considera-se pessoa, juridicamente falando, todo ser capaz de direitos e obrigações. 14 EXERCÍCIO SOCIAL CONTÁBIL • Exercício Social: é o espaço de tempo (em geral 12 meses), findo o qual as pessoas jurídicas apuram seus resultados; ele pode coincidir, ou não, com o ano-calendário, de acordo com o que dispuser o estatuto ou o contrato social. 15 PATRIMÔNIO CONCEITO • BENS: Conjunto de bens pertencentes a uma pessoa ou a uma empresa. • DIREITOS: Valores a receber, direitos a receber. • OBRIGAÇÕES: Contas a pagar e dívidas. 17 BENS • São as coisas úteis, capazes de satisfazer às necessidades das pessoas e das empresas. • Bens Tangíveis: Veículos, imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro, móveis e utensílios, ferramentas. • Bens Intangíveis: Marcas, patentes de invenção (direito exclusivo de explorar uma invenção). 18 DIREITOS • Poder de exigir alguma coisa. Ex.: valores a receber, títulos receber, contas a receber, salários a receber. 19 OBRIGAÇÕES • Dívidas com terceiros: ▪ Empréstimos a pagar; ▪ Contas a pagar; ▪ Impostos a pagar; ▪ Salários a pagar; ▪ Duplicatas a pagar (compras a prazo); ▪ ou fornecedores. 20 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO 21 EQUAÇÃO PATRIMONIAL ATIVO = PASSIVO + P. LÍQUIDO OU ATIVO – PASSIVO = P. LÍQUIDO 22 SITUAÇÕES PATRIMONIAIS ATIVO > PASSIVO = Patrimônio Líquido é POSITIVO / SUPERAVITÁRIO Situação Favorável = PL + ou SL + Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) excedem o valor das obrigações com terceiros (Passivo Exigível) ATIVO < PASSIVO = Patrimônio Líquido é NEGATIVO / DEFICITÁRIO Situação Desfavorável = PL (-) ou SL (-) Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem menores que as obrigações com terceiros (Passivo Exigível) ATIVO = PASSIVO = Patrimônio Líquido é NULO / EQUILIBRADO Situação NULA, Equilíbrio Aparente = A = PE, logo PL = 0 Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais às obrigações com terceiros (Passivo Exigível); nessa hipótese o patrimônio líquido será nulo. 23 BALANÇO PATRIMONIAL BALANÇO PATRIMONIAL 25 ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO - PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO GRUPOS DO BALANÇO PATRIMONIAL • ATIVO: São todos os bens e direitos de propriedade da empresa avaliáveis em dinheiro, que representam benefícios presentes ou futuros para a empresa. EXEMPLOS: • Bens: Máquina, terrenos, estoques, veículos, patentes etc. Podem ser tangíveis (palpáveis) ou intangíveis (incorpóreos. Ex: patentes). • Direitos: Contas a Receber, Duplicatas a Receber. 26 GRUPOS DO BALANÇO PATRIMONIAL • PASSIVO: Evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros. Ex: Contas a Pagar, Fornecedores, Impostos a Pagar, Empréstimos a Pagar, etc. • PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Evidencia recursos dos proprietários aplicados na empresa. É composto de Lucro, Reservas e Capital e Capital Social. 27 CARACTERÍSTICAS DO ATIVO • Bens ou direitos; • De propriedade da empresa; • Mensurável monetariamente; • Benefícios presentes ou futuros. 28 CARACTERÍSTICAS DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO • Passivo: Obrigações exigíveis perante a terceiros. • Patrimônio Líquido: Obrigações com o proprietário da empresa. (Não exigível). 29 ORIGENS X APLICAÇÕES DE RECURSOS ORIGEM DE RECURSOS: Passivo (Capital de Terceiro) e P. Líquido (Capital Próprio) APLICAÇÃO DE RECURSOS: Ativo 30 GRUPOS DE CONTAS • REGRAS BÁSICAS: • Prazo: ▪ Curto Prazo: Contas recebíveis e pagáveis até o final do exercício social subsequente. ▪ Longo Prazo: Contas recebíveis e pagáveis após o final do exercício social subsequente. ▪ Liquidez Decrescente: Os itens de maior liquidez (transformam mais rapidamente em dinheiro) são classificados em primeiro plano no Balanço Patrimonial. 31 SUBDIVISÃO DO ATIVO • Ativo Circulante: Bens e direitos recebíveis até o final do exercício social subsequente. Ex: Caixa, Bancos, Estoques, Contas a Receber (Curto Prazo). • Ativo não circulante: ▪ Realizável a longo Prazo - Direitos recebíveis após o final do exercício social subsequente. Ex: Contas a Receber a L. Prazo. ▪ Investimento - Investimentos em outras PJ. ▪ Imobilizado - Bens que não estão a venda. São bens utilizados para gerar operacionalidade na empresa. Ex: Veículos, Móveis, Máquinas, Equipamentos, etc. ▪ Intangível - é um ativo não palpável, sem substância física ou o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill). 32 SUBDIVISÃO DO PASSIVO • Passivo Circulante: Obrigações a pagar até o final do exercício social subsequente. Ex: Empréstimos a Pagar a Curto Prazo, Contas a Pagar a Curto Prazo, etc. • Passivo não Circulante: Obrigações a pagar após do final do exercício social subsequente. Ex: Contas a Pagar a Longo Prazo. • Patrimônio Líquido: Representa os investimentos do proprietário (Capital) mais Lucro e Reservas. 33 CAPITAL EMPRESARIAL • CAPITAL SOCIAL – é a obrigação da empresa para com os sócios originária da entrega de recursos para a formação do capital da entidade. • CAPITAL PRÓPRIO (PL) – são os recursos originários dos sócios ou acionistas da entidade ou decorrentes de suas operações sociais, lucros ou reservas. • CAPITAL DE TERCEIROS – representam recursos originários de terceiros utilizados para a aquisição de ativos de propriedade da entidade. Corresponde ao passivo exigível (PE). • CAPITAL REALIZADO – corresponde ao valor dos recursos entregues pelos sócios e à disposição da entidade (em caixa, nos bancos, em imóveis, etc). • CAPITAL A REALIZAR – é o capital com que a entidade foi registrada mas que por algum motivo ainda não foi colocado totalmente à disposição da entidade. Com o desenrolar dos negócios, este capital será posto à disposição da entidade, seja através de dinheiro ou outros bens. 34 RECEITAS X DESPESAS 35 Receita: Entrada de elementos para o ativo, sob forma de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente à venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços. Uma receita também pode derivar de juros sobre depósitos bancários e de outros ganhos eventuais. Despesa: Consumo de bens ou serviços, que, diretamente ou indiretamente, ajuda a produzir uma receita. TIPOS DE REGIME • Regime de Caixa: regime peloqual o rédito é apurado pelo confronto entre os recebimentos e os pagamentos no decorrer do período administrativo. É o regime utilizado pelas entidades sem fins lucrativos. • Regime de Competência: regime pelo qual o rédito é apurado pelo confronto entre as receitas e as despesas incorridas durante o exercício social. É o regime utilizado pelas entidades com fins lucrativos. 36 TÉCNICAS CONTÁBEIS TÉCNICAS CONTÁBEIS • Escrituração ▪ É a técnica por meio da qual se efetuam os registros das ocorrências que afetam o patrimônio de uma entidade. Estas ocorrências recebem a designação de fatos contábeis. • Elaboração de Demonstrações Contábeis ▪ As informações contábeis são organizadas utilizando-se demonstrativos, os quais permitem, por meio de suas análises, avaliar a situação econômica e financeira das entidades • Auditoria Contábil ▪ É a técnica contábil que consiste no conjunto de procedimentos técnicos que tem como objetivo avaliar se as demonstrações contábeis de uma entidade retratam sua real situação patrimonial, assim como o de verificar se estas demonstrações foram elaboradas conforme as normas contábeis e de acordo com determinações legais pertinentes. • Análise das demonstrações Contábeis ▪ É a técnica que de fato analisa e tentar extrair alguma informação das demonstrações contábeis por meio de análise através de ferramentas como índices e outros. 38 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL • CONCEITO DE DÉBITO E CRÉDITO ▪ alerta para não confundir termos da linguagem comum, quando usados na terminologia contábil. • CONTAS CONTÁBEIS: SUA NATUREZA E SUA MOVIMENTAÇÃO ▪ Razonete Mecanismos de débito e crédito 39 Nome da Conta Débitos ( D ) Créditos ( C ) Devedor Credor Saldo LIVROS CONTÁBEIS • Dos vários livros usados pelas empresas, vamos mencionar apenas os utilizados pela contabilização dos fatos administrativos. • Os principais livros utilizados pela Contabilidade são: ▪ Livro Diário; ▪ Livro Razão; ▪ Livro Caixa. 40 LIVROS CONTÁBEIS • LIVRO DIÁRIO • O Diário é um livro obrigatório pela legislação comercial. Por ser obrigatório, o Diário está sujeito às formalidades legais extrínsecas e intrínsecas. • Objetivo: cumprimento da função histórica da Contabilidade (ordem cronológica dos fatos ocorridos). O livro Diário é o mais importante livro contábil. Caso haja extravio dos demais livros fiscais, com o livro Diário é possível a recuperação dos mesmos. 41 LIVROS CONTÁBEIS • LIVRO DIÁRIO ▪ Elementos essenciais do lançamento no Livro Diário: 1º - local e data; 2º - conta ou contas debitadas; 3º - conta ou contas creditadas; 4º - Histórico da operação; 5º - valor da operação. 42 LIVROS CONTÁBEIS • LIVRO DIÁRIO ▪ Elementos essenciais do lançamento no Livro Diário: 43 1ª – Fórmula D. C. Histórico, R$...... 2ª – Fórmula D. C. C. ... Histórico, R$...... 3ª – Fórmula D. D. . . . C. Histórico, R$. . . . . . 4ª – Fórmula D. D. . . . C. C. . . . Histórico, R$. . . . . . LIVROS CONTÁBEIS • LIVRO RAZÃO ▪O Razão é um livro de grande utilidade para contabilidade porque registra o movimento de todas as contas. A escrituração do livro Razão passou a ser obrigatória a partir de 1991. Na Contabilidade moderna, o Razão é escriturado em fichas. • LIVRO CAIXA ▪O livro Caixa também é auxiliar. Nele são registrados todos os fatos administrativos que envolvam entradas e saídas de dinheiro. 44 RAZONETES • Forma ▪ Representação gráfica em forma de T; ▪ Instrumento didático para desenvolver raciocínio contábil; ▪ Lançamentos individuais por conta; ▪Dispensa o método por balanços sucessivos. 45 RAZONETES • Para cada conta do balanço - um razonete; • No razonete - movimentações (aumentos e reduções); • Natureza da conta - determina o lado a ser utilizado para aumentos e diminuições de saldos. 46 RAZONETES • SEMELHANÇAS COM O BALANÇO PATRIMONIAL: 47 RAZONETE CONCEITOS DÉBITO X CRÉDITO NO PATRIMÔNIO 48 Fonte: Eugenio Montoto (2018). CONCEITOS DÉBITO X CRÉDITO NO PATRIMÔNIO • O Ativo (conjunto de bens e direitos) é constituído a partir do Capital dos sócios e de terceiros. Esses capitais não são da empresa, já que ela é uma pessoa jurídica, portanto, uma entidade abstrata. Os Capitais próprios e de terceiros chamamos de passivos, e as contas que representam esses Capitais são dos credores da empresa. As contas que serão abertas no Passivo representam todas as “pessoas” que confiaram na empresa e disponibilizaram recursos que serão aplicados pelos seus gestores. • As contas que irão compor o Ativo de uma entidade poderão ser classificadas como devedoras dos recursos que forem aplicados em cada uma delas. • O dinheiro que está no caixa não é do caixa nem da empresa, mas de um dos credores. Por isso, dizemos que cada vez que o caixa recebe dinheiro, ele fica mais devedor. • Já em uma conta do Passivo, dizemos que, cada vez que ela tem seu valor aumentado, significa que um terceiro se tornou mais credor da empresa. • Pensando desta forma, a empresa recebe recursos dos sócios (Capital) e de terceiros (empréstimos, fornecedores etc.). Por isso, as contas do Passivo (exigível e PL) são credoras da empresa. Fonte: Eugênio Montoto (2018).49 CAPITAL SOCIAL (SUBSCRIÇÃO E INTEGRALIZAÇÃO) • Subscrição de capital: título da conta que se destina ao registro dos compromissos assumidos pelos sócios, ou seja, do capital assumido no momento da assinatura do contrato social. • Ex.: Suponha que os sócios Maria e Joaquina, em 25.07.201X, ao constituírem a MariJoias Ltda., se comprometeram a constituírem um capital de R$ 100.000,00, sendo que a primeira participa com 70%. Dessa forma, as sócias se comprometeram a fornecer (ou a integralizar ou a realizar) R$ 100.000,00. Desta forma, o lançamento será: Juazeiro do Norte, 25.07.201X D. (-) Capital a Integralizar 100.000,00 C. Capital Subscrito 100.000,00 H... ref. A subscrição (promessa) de um capital de 100.000,00, Maria 70.000,00 e Joaquina 30.000,00. • Observa-se que esse lançamento apenas evidencia o compromisso entre sócios da integralização do capital. Patrimonialmente, nada afetou a empresa, como pode ser observado no balanço, tendo em vista que o capital ainda não foi integralizado. 50 CAPITAL SOCIAL (SUBSCRIÇÃO E INTEGRALIZAÇÃO) 51 Capital a Integralizar Capital Subscrito 100.000,00 100.000,00 CAPITAL SOCIAL (SUBSCRIÇÃO E INTEGRALIZAÇÃO) • Integralização do capital: refere-se a entrega do capital comprometido para a empresa. Tal entrega ou realização, conforme disposto no contrato social, pode ser total ou parcial. • Ex.: Suponha que os sócio decidiram integralizar em 15.08.201X 50% do capital em dinheiro e 20% do capital em móveis e utensílios, o lançamento será: • No momento da integralização do capital, debita-se a conta de destinação dos recursos e credita a conta de capital a integralizar para encerrá-la. Juazeiro do Norte, 18.08.201X D. Caixa 50.000,00 D. Móveis e utensílios 20.000,00 C. (-) Capital a integralizar 70.000,00 H... ref. A integralização de parte do capital, 50% em dinheiro e 20% em móveis e utensílios. • Observa-se que desta vez o balanço se alterou com a integralização de parte do capital. 52 CAPITAL SOCIAL (SUBSCRIÇÃO E INTEGRALIZAÇÃO) 53 Capital a Integralizar 100.000,00 100.000,00 Capital Subscrito Caixa Móveis e utensílios 20.000,0050.000,00 70.000,00 ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS • Atos Administrativos: são os atos que não provocam alterações nos elementos do Patrimônio ou do Resultado, portanto não são passíveis de escrituração contábil. • Fatos Administrativos: são os acontecimentos que de alguma forma alteram o patrimônio das entidades, quer sob o aspecto qualitativo, quer sob o aspecto quantitativo. São chamados, também, de Fatos Contábeis. Ex.: emissão de cheques, depósitos bancários, compra de veículos, compra de materiais, pagamento de obrigações, recebimentosde direitos, venda de mercadorias, etc. 55 CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS ADMINISTRATIVOS • Fatos Permutativos: são fatos que alteram o patrimônio da entidade sem alterar o seu patrimônio líquido. Refletem trocas entre os elementos patrimoniais. Ex.: compra de mercadorias à vista (bens por bens); compra de mercadorias a prazo (bens por obrigações); recebimento de valor pela quitação de uma duplicata. • Fatos Modificativos: são aqueles que alteram o patrimônio da entidade e o patrimônio líquido, aumentando (fato modificativo aumentativo) ou diminuindo (fato modificativo diminutivo) a riqueza própria do patrimônio. ▪ Fato modificativo aumentativo = qualquer tipo de receita quando lançada ao Resultado, aumento do Capital Social; ▪ Fato modificativo diminutivo = qualquer tipo de despesa quando lançada ao Resultado, Distribuição de lucros ou dividendos; • Fatos Mistos ou Compostos: aqueles que combinam fatos contábeis permutativos e modificativos. Podem ser aumentativos ou diminutivos, conforme alterem para maior ou menor o patrimônio líquido. 56 CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS ADMINISTRATIVOS 57 CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS ADMINISTRATIVOS 58 ALOCAÇÃO DAS CONTAS 59 1. Capital social 2. Móveis e utensílios 3. Duplicatas a pagar CP 4. Duplicatas a receber LP 5. Salários a pagar 6. Empréstimos a pagar CP 7. Mercadorias para revenda 8. ICMS a recolher 9. Caixa 10.Fornecedores 11.Imóveis 12.Reserva de lucros a realizar 13.Financiamentos a pagar LP 14.Estoque de Matérias-primas 15.Adiantamento de clientes 16.Adiantamento a fornecedores 1. FGTS a recolher 2. Ações em outras empresas 3. ICMS a recuperar 4. Aplicações financeiras de liquidez imediata 5. Capital realizado 6. (-) Capital a integralizar 7. Banco conta movimento 8. Adiantamento a empregados 9. Veículos 10.(-) Depreciação acumulada de veículos 11.INSS a recolher 12.Despesa com material de limpeza 13.Receita de vendas 14.(-) Custo da mercadoria vendida 15.Promissórias a receber CP 60 OPERAÇÕES • Exemplo 1: ▪Quando a empresa compra um computador de R$1.500 utilizando o dinheiro guardado no banco. A conta Bancos no Ativo Circulante é reduzida em R$1.500 e a conta Equipamentos no Ativo Não-Circulante é aumentada em R$1.500. ▪Na prática, o Ativo é ampliado e reduzido no mesmo valor, tendo saldo zero, no final. 61 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO • O balancete de verificação é um demonstrativo contábil que reúne todas as contas em movimento na empresa e seus respectivos saldos (saldos de débito/saldos devedores e saldos de crédito/saldos credores). • Através do balancete é possível chegar a vários resultados importantes para a Contabilidade de uma empresa num dado período de tempo, bem como elaborar outros demonstrativos contábeis importantes, como por exemplo: Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial (BP). 62 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO • É a relação de Contas extraídas do livro Razão (razonetes) da empresa, ou seja, é o conjunto de todas as contas (patrimonias e de resultado) dos razonetes com seus respectivos saldos finais. O saldo de cada conta é representado de acordo com sua natureza (devedora ou credora), e não apenas de acordo com o grupo a que pertence. • Ou seja, para elaborar um balancete, cada Conta será transferida do razonete para ele, com seu respectivo saldo. Assim, se a Conta no razonete apontar saldo final devedor (lado esquerdo), este saldo será transportado para a coluna do saldo devedor do balancete. Se a Conta apresentar no razonete saldo final credor (lado direito), este saldo será transportado para a coluna do saldo credor do balancete. 63 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 64 RECEITAS E DESPESAS RECEITAS E DESPESAS • Receitas: são ingressos patrimoniais decorrentes da utilização dos recursos da empresa e que geram gastos para a mesma. As receitas aumentam a riqueza própria do patrimônio. • Despesas: são consumos executados com a finalidade de gerar receitas. As despesas podem diminuir o ativo ou aumentar o passivo, mas sempre provocam diminuições no patrimônio líquido. As despesas reduzem a riqueza própria do patrimônio. 66 RECEITAS E DESPESAS RESULTADO = RECEITAS - DESPESAS (e custos) LUCRO se Despesas (e custos) < Receitas PREJUÍZO se Despesas (e custos) > Receitas NULO se Despesas (e custos) = Receitas 67 RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS ▪Operações Financeiras são aquelas realizadas com a finalidade de CAPTAR ou APLICAR recursos financeiros. ▪ Dividem-se, portanto, em OPERAÇÕES ATIVAS (destinadas à aplicação de recursos) e OPERAÇÕES PASSIVAS (praticadas com a finalidade de captação de recursos financeiros). 68 RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS • Receitas Financeiras: Correspondem aos ingressos patrimoniais originados das aplicações de recursos financeiros, tais como: ▪ receitas de juros; ▪ descontos condicionais obtidos; ▪ variações monetárias pré-fixadas ativas (excedentes às pós-fixadas). • Despesas Financeiras: Correspondem aos gastos incorridos nas operações de captação de recursos financeiros, tais como: ▪ despesas de juros; ▪ descontos condicionais concedidos; ▪ correção monetária pré-fixada. 69 RESULTADO COM MERCADORIAS, PRODUTOS E SERVIÇOS • Mercadorias - São os bens que as empresas comerciais adquirem com a finalidade de revenda, sem industrializá-las. São revendidas da mesma forma como foram adquiridas. • Compreendem: ▪ O registro dos fatos envolvendo as mercadorias: estoque inicial, compras, vendas e estoque final; ▪ Apuração do custo das mercadorias vendidas (CMV); ▪ Apuração do resultado com mercadorias (RCM). 70 RESULTADO COM MERCADORIAS, PRODUTOS E SERVIÇOS RCM → Resultado com Mercadorias = LUCRO BRUTO RCM = V - CMV Onde: V → Vendas Líquidas CMV → Custo das Mercadorias Vendidas CMV → Custo das Mercadorias Vendidas CMV = Ei + C - Ef Onde: Ei → Estoque Inicial C → Compras Líquidas EF → Estoque Final 71 Obs.: a apuração contábil do CMV é obrigatória; a apuração do RCM é facultativa. RESULTADO COM MERCADORIAS, PRODUTOS E SERVIÇOS • Inventário → é a verificação de existências patrimoniais por meio de levantamento individualizado e completo dos bens e valores ativos e passivos de uma empresa. Pode ser Periódico ou Permanente. • Inventário Periódico → ocorre quando os estoques existentes são avaliados na data de encerramento do balanço, através de contagem física, obtendo-se o valor do estoque final (Ef). O preço utilizado para sua avaliação é o de custo ou de mercado, dos dois o menor. ▪ O Estoque Final (Ef) de um exercício é o Estoque Inicial (Ei) do exercício seguinte, e assim por diante. • Inventário Permanente → o usuário possui a ferramenta de acompanhar continuamente o nível do estoque uma vez que atualização ocorre a cada transação financeira, a partir do controle de entradas e saídas de mercadorias com dados de quantidades e valores. A análise da movimentação física e contábil é feita através da Ficha de Estoque, onde o valor dos produtos em estoque são disponibilizados através da Conta Mercadorias. 72 APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (ARE) • ARE é a sigla para Apuração do Resultado de Exercício realizado pela Contabilidade, ou setor financeiro do negócio. • A ARE tem por objetivo avaliar se a empresa obteve lucro ou prejuízo no exercício social, sendo realizada por meio do confronto entre receitas, despesas e custos do período. É importante destacar que deve ser considerado o regime de competência contábil na apuração do resultado do exercício. • A apuração está atrelada à realização do DRE – Demonstração do Resultado de Exercício, uma vez por ano de acordo com a legislação vigente. • A DRE é um obrigação legislativa anual, de acordo com a Lei 6.404 de 15 de Dezembro de 1976. 73 APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (ARE) • A ARE utiliza-se de razonete para apuração do resultado: 1. Apurar os saldos de todos os razonetes; 2. Levantar balancete deverificação; 3. Transferir os saldos das contas de receitas, despesas e custos para o razonete ARE; 4. Apurar lucro ou prejuízo do exercício. • APÓS 5. Elaborar DRE; 6. Elaborar Balanço Patrimonial. 74 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS • As demonstrações contábeis são as extraídas dos registros e documentos que compõem o sistema contábil de qualquer tipo de entidade. • O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica. • Demonstrações contábeis preparadas de acordo com os preceitos contábeis atendem às necessidades comuns da maioria dos usuários. 76 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS • Existem diversos tipos de demonstrações, sendo as principais: ▪ Balanço Patrimonial (BP); ▪ Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); ▪ Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA); ▪ Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL); ▪ Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); ▪ Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA); ▪ Demonstração do Valor Adicionado (DVA). • Porém, algumas podem ser exigidas ou não dependendo do tipo da empresa: Sociedade Anônima, Sociedade de Grande Porte ou Pequenas e Médias Empresas. 77 BALANÇO PATRIMONIAL • O Balanço Patrimonial é a demonstração financeira (contábil) destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, em uma determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade. • Ele é formado por duas partes: ativo e passivo, sendo que no ativo encontram-se os bens e os direitos, enquanto no passivo encontram-se as obrigações e o patrimônio líquido. 78 BALANÇO PATRIMONIAL • Tradicionalmente o balanço patrimonial é apresentado em uma forma gráfica “T” (forma horizontal), onde do lado esquerdo encontram-se os elementos do ativo e do lado direito o passivo: 79 MODELO SIMPLICADO DO BALANÇO PATRIMONIAL 80 ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL 81 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) • A DRE é um relatório contábil destinado a evidenciar a composição do resultado formado em determinado período de operações da entidade. • A DRE deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas: ▪ receitas; ▪ custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; ▪ lucro bruto; ▪ despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais; ▪ resultado antes das receitas e despesas financeiras; ▪ despesas e receitas financeiras; ▪ resultado antes dos tributos sobre o lucro; ▪ despesa com tributos sobre o lucro; ▪ resultado líquido do período. 82 MODELO SIMPLICADO DA DRE 83 ESTRUTURA DA DRE Receita Operacional Bruta Vendas e serviços (-) Deduções da receita bruta Vendas Canceladas Abatimentos e Descontos Impostos sobre venda (=) Receita Operacional Líquida (-) Custo das Mercadorias Vendidas (=) Resultado Operacional Bruto (-) Despesas Operacionais Despesas com Vendas Despesas Administrativas e Despesas Gerais (+/-) Outras Despesas e Receitas Operacionais (=) Resultado antes das receitas e despesas financeiras (+/-) Resultado Financeiro Despesas Financeiras Receitas Financeiras Receitas Não Operacionais (-) Despesas Não Operacionais (=) Lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social (-) Provisão para Contribuição Social (-) Provisão para o Imposto de Renda (-) Participações (=) Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício 84 EXERCÍCIO 86 RESOLUÇÃO 88 89 90 91 REFERÊNCIAS MARION, José Carlos. Contabilidade básica. São Paulo: Editora Saraiva, 2022. MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral e avançada esquematizado. São Paulo: Saraiva Educação SA, 2018. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica fácil. São Paulo: Editora Saraiva, 2017. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. São Paulo: Editora Saraiva, 2017. 101 Slide 1: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS (EAD) Slide 2: CONCEITO Slide 3: OBJETIVO Slide 4: OBJETO Slide 5 Slide 6: EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE Slide 7: LINHA DO TEMPO DA CONTABILIDADE Slide 8: CONTABILIDADE NO MUNDO CIENTÍFICO Slide 9: EVOLUÇÃO TECNLÓGICA Slide 10 Slide 11: ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE Slide 12 Slide 13 Slide 14: USUÁRIOS DA CONTABILIDADE Slide 15: EXERCÍCIO SOCIAL CONTÁBIL Slide 16 Slide 17: CONCEITO Slide 18: BENS Slide 19: DIREITOS Slide 20: OBRIGAÇÕES Slide 21: REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO Slide 22: EQUAÇÃO PATRIMONIAL Slide 23: SITUAÇÕES PATRIMONIAIS Slide 24 Slide 25: BALANÇO PATRIMONIAL Slide 26: GRUPOS DO BALANÇO PATRIMONIAL Slide 27: GRUPOS DO BALANÇO PATRIMONIAL Slide 28: CARACTERÍSTICAS DO ATIVO Slide 29: CARACTERÍSTICAS DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Slide 30: ORIGENS X APLICAÇÕES DE RECURSOS Slide 31: GRUPOS DE CONTAS Slide 32: SUBDIVISÃO DO ATIVO Slide 33: SUBDIVISÃO DO PASSIVO Slide 34: CAPITAL EMPRESARIAL Slide 35: RECEITAS X DESPESAS Slide 36: TIPOS DE REGIME Slide 37 Slide 38: TÉCNICAS CONTÁBEIS Slide 39: ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL Slide 40: LIVROS CONTÁBEIS Slide 41: LIVROS CONTÁBEIS Slide 42: LIVROS CONTÁBEIS Slide 43: LIVROS CONTÁBEIS Slide 44: LIVROS CONTÁBEIS Slide 45: RAZONETES Slide 46: RAZONETES Slide 47: RAZONETES Slide 48: CONCEITOS DÉBITO X CRÉDITO NO PATRIMÔNIO Slide 49: CONCEITOS DÉBITO X CRÉDITO NO PATRIMÔNIO Slide 50: CAPITAL SOCIAL (SUBSCRIÇÃO E INTEGRALIZAÇÃO) Slide 51: CAPITAL SOCIAL (SUBSCRIÇÃO E INTEGRALIZAÇÃO) Slide 52: CAPITAL SOCIAL (SUBSCRIÇÃO E INTEGRALIZAÇÃO) Slide 53: CAPITAL SOCIAL (SUBSCRIÇÃO E INTEGRALIZAÇÃO) Slide 54 Slide 55: ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS Slide 56: CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS ADMINISTRATIVOS Slide 57: CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS ADMINISTRATIVOS Slide 58: CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS ADMINISTRATIVOS Slide 59: ALOCAÇÃO DAS CONTAS Slide 60 Slide 61: OPERAÇÕES Slide 62: BALANCETE DE VERIFICAÇÃO Slide 63: BALANCETE DE VERIFICAÇÃO Slide 64: BALANCETE DE VERIFICAÇÃO Slide 65 Slide 66: RECEITAS E DESPESAS Slide 67: RECEITAS E DESPESAS Slide 68: RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS Slide 69: RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS Slide 70: RESULTADO COM MERCADORIAS, PRODUTOS E SERVIÇOS Slide 71: RESULTADO COM MERCADORIAS, PRODUTOS E SERVIÇOS Slide 72: RESULTADO COM MERCADORIAS, PRODUTOS E SERVIÇOS Slide 73: APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (ARE) Slide 74: APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (ARE) Slide 75 Slide 76: DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Slide 77: DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Slide 78: BALANÇO PATRIMONIAL Slide 79: BALANÇO PATRIMONIAL Slide 80: MODELO SIMPLICADO DO BALANÇO PATRIMONIAL Slide 81: ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL Slide 82: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) Slide 83: MODELO SIMPLICADO DA DRE Slide 84: ESTRUTURA DA DRE Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101: REFERÊNCIAS
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