Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROCESSOS DEPROCESSOS DE ABATEABATE É o bovino abatido, sangrado, esfolado, eviscerado, desprovido de cabeça, patas, rabada, glândula mamária (na fêmea), verga, exceto suas raízes, e testículos (no macho). Após a sua divisão em meias carcaças retiram-se ainda os rins, gorduras perirrenal e inguinal, "ferida- de-sangria", medula espinhal, diafragma e seus pilares. A cabeça é separada da carcaça entre o osso occipital e a primeira vértebra cervical (atlas). As patas dianteiras são secionadas à altura da articulação carpometacarpiana e as traseiras na tarsometatarsiana. 1 Recepção dos animais Cuidados relacionados aos bem-estar animal; Assegurar que os animais serão conduzidos com tranquilidade para os currais de espera, evitando estresse e ferimentos; Seleção; Os currais devem possuir aspersores para a limpeza inicial do animal e evitar estresse térmico em dias quentes; Os bovinos devem permanecer em repouso e em jejum antes do abate, em torno de 8h a 12h, em alguns abatedouros os animais se mantém com a dieta líquida; O jejum tem como objetivo esvaziar o trato gastrointestinal do bovino, reduzindo os riscos de contaminação da carcaça. A dieta hídrica diminui o estresse do animal e facilita a esfola (retirada do couro). O período de descanso tem como função diminuir o estresse do transporte e colaborar para a recuperação das taxas de glicogênio no músculo. 2 Inspeção ante mortem Exame visual; Conferência das documentações do lote a ser abatido; Se caso for identificado animais com alterações, são encaminhados para os currais de observação, assim será realizado exame clínico mais detalhado e dependendo do resultado o animal pode ser encaminhado para o abate de emergência; 3 Banheiro de aspersão e rampa de acesso à sala de abate Os bovinos devem receber um banho de aspersão com água, com o intuito de reduzir a excitação dos animais, promover a vasoconstrição sanguínea periférica e vasodilatação interna, com o objetivo de facilitar o processo de sangria; Limpar a pele dos animais para assegurar uma esfola higiênica; A rampa de acesso deve ter um aclive de 13 a 15% e ir afunilando conforme chega à entrada da sala de abate, garantindo que passe apenas um animal por vez no box de insensibilização; 4 Insensibilização dos bovinos Atordoamento; Submete o animal a inconsciência e insensibilidade; É realizado a partir do uso da pistola pneumática de dardo cativo penetrante ou não penetrante; Local: box de metal; Objetivo: Garantir a manutenção dos batimentos cardíacos o que garante uma boa eficiência na etapa seguinte, a sangria. Perda da consciência e queda imediata do bovino após o procedimento de insensibilização; Musculatura contraída; Flexão dos membros traseiros e extensão dos dianteiros; Ausência de respiração rítmica; Pupila dilatada (midríase); Ausência de reflexo corneal (olhar fixo e vidrado); Mandíbula relaxada e língua solta (protrusa); Ausência de vocalização; Ausência do reflexo de endireitamento da cabeça e tentativa de recuperar a postura; Ausência de reflexo de sensibilidade a estímulos dolorosos (avaliados principalmente na narina e língua); Espasmos musculares, sendo comum movimentos não coordenados dos membros posteriores (coices e pedaleios); Relaxamento gradual da musculatura; 7 Desarticulação da cabeça Inicio da área limpa; Somente após a oclusão do esôfago ocorre a retirada da cabeça; Desarticulação da cabeça, a abertura do cupim e separação da cabeça do pescoço; O conjunto cabeça e língua segue para inspeção; A serragem do peito e abertura da cavidade torácica para evisceração; 5 Sangria dos animais O animal é erguido pela pata traseira; A sangria é realizada no máximo 1 min após a insensibilização; É realizado a partir de uma incisão das artérias carótidas e artérias vertebrais que emergem do coração; O tempo mínimo de duração da sangria é de 3 minutos, período no qual não pode ser realizada nenhuma manipulação no animal; Ao fim da sangria, já no fim da "corredor" é retirado as orelhas, feita a serragem dos chifres, os mocotós dianteiros podem ser retirados ainda na área de sangria ou no início da plataforma de esfola; 6 Esfola Retirada do couro; São realizadas a esfola do traseiro, dianteiro, lateral da carcaça, e da cabeça; Separação do panículo subcutâneo As oclusões do reto e esôfago são realizadas para evitar a contaminação da carcaça com conteúdo gastrointestinal. 8 Evisceração Retirada dos órgãos internos da carcaça separando as vísceras brancas (trato gastrointestinal) das vermelhas (coração, pulmão, etc); Assegurar que não ocorra rompimento de nenhum dos órgãos, para assim evitar a contaminação da carcaça; As vísceras são levadas para a inspeção post mortem; 9 Inspeção post-mortem Ocorre o exame macroscópico das vísceras torácicas, abdominais, pélvicas, dos lados externos e internos da parte cranial e caudal da carcaça e dos linfonodos; Exame dos pés (estabelecimentos exportadores) 1. Exame do conjunto cabeça-língua2. Cronologia dentária3. Exame do trato gastrintestinal, baço, pâncreas, bexiga e útero 4. Exame do fígado5. 6. Exame dos pulmões e coração 7. Exame dos rins 8. Exame dos lados internos e externos da parte caudal da meia carcaça e seus linfonodos 9. Exame dos lados internos e externos da parte cranial da meia carcaça e seus linfonodos; 10. Carimbagem 10 Serragem das meias carcaças Nas câmaras de maturação onde as carcaças são mantidas por 24 horas em temperaturas entre 2,1 a 5°C, tem o intuito de “descansar” a carne e atingir o pH ideal sendo ele um dos fatores que influência na qualidade da carne, consideram o pH ideal em média de 5,8. Também é realizada a pesagem para calcular as perdas por resfriamento, geralmente são 0,8 a 1%, valor variável por frigorifico Em uma câmara denominada “câmara pulmão” as meias carcaças são mantidas por mais 24h para com destino a desossa e expedição. 11 Refrigeração As vísceras são encaminhadas para a bucharia, triparia onde são limpas e escaldadas a temperaturas médias de 90°C. O corte para formar meias carcaças é realizado por serras elétricas seguindo o cordão espinhal da carcaça. As serras são esterilizadas a cada corte; De acordo com a Portaria n°304 de 22 de abril de 1996, os estabelecimentos de abate de bovinos somente poderão entregar carnes e miúdos para comercialização, com temperatura de até 7°C. http://www.cidasc.sc.gov.br/inspecao/files/2020/06/03.-Portaria-304.1996-MAPA-Orienta%C3%A7%C3%B5es-temperatura-carne-bovina.pdf
Compartilhar