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Arte e Cultura Africana



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Eletiva – 2ª Série – Ensino Médio
Mãe África – Máscaras Brancas
Qual é o objetivo desta aula?
Dialogar sobre arte e cultura africana, criando uma obra baseada em seus elementos.
Imagem: PowerPoint.
Imagens: Power Point. Ilustração: Anderson Félix dos Santos.
Empatia
Autoconfiança
Iniciativa social
Quais as habilidades e 
competências a serem trabalhadas?
Retomada
Na aula anterior, vimos que:
As resistências contra a escravidão começaram na própria África, como o exemplo da rainha Njinga, e continuaram mesmo nos próprios navios, como no caso de La Amistad, seguindo nos países para os quais os escravizados foram trazidos.
Diversas pessoas contribuíram tanto para que a abolição fosse promulgada quanto para as lutas posteriores contra o racismo. A abolição não foi um simples ato de bondade vindo de cima. Entre essas pessoas, podemos destacar Luiz Gama, Luíza Mahin, Dandara dos Palmares, João Cândido, entre muitos outros.
Elaborado especialmente para o CMSP. Ilustração: Anderson Félix dos Santos.
Hora da conversa
Elaborado especialmente para o CMSP.
Mapa ortográfico da África com fronteiras coloniais, exceto Somália, 2009. Autor: Martin23230. CC BY-SA 3.0. Wikimedia Commons.
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Africa_(orthographic_projection).svg>. Acesso em: 01 junho 2021.
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O que você sabe sobre a arte ou artistas africanos, afro-brasileiros e afro-americanos?
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Introdução: bate na palma da mão
Texto: Fonte: Jornal da USP. A “Onda Negra”: arte visual afro-brasileira, legitimação e circulação. Alecsandra M. de Oliveira. 05/10//2018. Disponível em: <https://jornal.usp.br/artigos/a-onda-negra-arte-visual-afro-brasileira-legitimacao-e-circulacao/>. Acesso em: 01 junho 2021. Imagem: The Michael C. Rockefeller Memorial Collection, Gift of Nelson A. Rockefeller, 1972. Metropolitan Museum of Art, New York. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Queen_Mother_Pendant_Mask-_Iyoba_MET_DP231460.jpg>.
Acesso em: 20 maio 2021.
Você já viu uma arte africana? Na maior parte das vezes, quando uma peça africana é vista ou uma dança é apresentada, só para ficar com alguns exemplos, muitas pessoas enxergam seu valor, digamos, histórico, pois é uma produção artística de um povo com raízes muito antigas, certo? Aonde estamos querendo chegar é: as produções ocidentais, como uma apresentação de O Lago dos Cisnes ou uma pintura de Van Gogh, são vistas pelo seu apelo estético.
Vamos simplificar? Por suas qualidades artísticas, por sua beleza e expressividade, porém a arte africana e afro-brasileira acabam tendo um valor muito mais... histórico. Será mesmo que elas não têm valor artístico?
Fonte da imagem: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Queen_Mother_Pendant_Mask-_Iyoba_MET_DP231460.jpg Fonte da informação: https://jornal.usp.br/artigos/a-onda-negra-arte-visual-afro-brasileira-legitimacao-e-circulacao/
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Texto: Fonte: Jornal da USP. A “Onda Negra”: arte visual afro-brasileira, legitimação e circulação. Alecsandra M. de Oliveira. 05/10//2018. Disponível em: <https://jornal.usp.br/artigos/a-onda-negra-arte-visual-afro-brasileira-legitimacao-e-circulacao/>. Acesso em: 20 maio 2021.
Foto: Sailko. British Museum. CC BY-SA 3.0 Wikimedia Commons.; Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arte_yoruba,_nigeria,_testa_da_ife,_12-15mo_secolo.JPG>. Acesso em: 20 maio 2021.
Um acontecimento que ajudou a mudar esse pensamento ocorreu lá no começo do século XX, quando Picasso, Matisse e outros artistas começaram a “descobrir” o valor estético das obras de arte africanas e se viram entusiasmados com suas qualidades. Agora, essas obras não tinham somente valor histórico, mas seriam valorizadas também como obras de arte.
Introdução: bate na palma da mão
Isso tem a ver com o colonialismo, porque, se pararmos para pensar, o colonialismo não age somente na ideia de comunidade, mas também na identidade das pessoas que fazem parte do povo colonizado. Porque a pessoa é vista como inferior em todas as suas dimensões: arte, vestimentas, língua e sua cultura em geral.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arte_yoruba,_nigeria,_testa_da_ife,_12-15mo_secolo.JPG
Fonte da informação: https://jornal.usp.br/artigos/a-onda-negra-arte-visual-afro-brasileira-legitimacao-e-circulacao/
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Elaborado especialmente para o CMSP. 
Foto: Roland Godefroy. CC BY-SA 3.0 Wikimedia Commons. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Chuck_Berry51.JPG>. Acesso em: 20 maio 2021.
Texto: Fonte: CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo.São Paulo: Veneta, 2020.
Um exemplo de arte que teve que lutar para conseguir ser reconhecida como arte é o rap. Contudo, pense que a maioria da produção cultural negra passou por uma história parecida: o jazz, o samba, o rock. Todos foram vistos como “não arte” antes que pudessem ser considerados produções artísticas. Podemos dizer que, atualmente, essa luta por reconhecimento está ligada ao funk. Tudo isso tem a ver com aquela ideia de que, se o negro é inferior, tudo o que ele produz também é. Este é o propósito dessa conversa sobre arte: entender que o “colonialismo”
envolve diversas áreas de nossa vida, não apenas em um sentido, digamos, político. Então, certas expressões culturais com raízes africanas são desvalorizadas. Exemplo? Fale-me o nome de um filósofo africano! É difícil se lembrar de algum, e isso acontece não porque “não existe filosofia africana”, mas porque existe uma seleção do que é considerado importante, e essa seleção não é isenta. Todos, em algum momento, vamos defender um pensamento ideológico, mas a questão é: essa ideologia é inclusiva ou excludente?
Introdução: bate na palma da mão
Imagem: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Chuck_Berry51.JPG
Fonte da informação: CESAIRE, Aime. Discurso sobre o colonialismo. São Paulo: Veneta, 2020.
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Elaborado especialmente para o CMSP.
Mapa ortográfico da África com fronteiras coloniais, exceto Somália, 2009. Autor: Martin23230. CC BY-SA 3.0. Wikimedia Commons. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Africa_(orthographic_projection).svg>. Acesso em: 14 abril 2021.
O que você sabe sobre as máscaras africanas?
Hora da conversa
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E nossa culminância?
Chuva de ideias:
A – “Meus heróis não viraram estátua”: e se interpretássemos personalidades afro-brasileiras contando um trechinho de suas histórias, podendo ser uma caracterização em foto ou vídeo, para mostrarmos em nossas próximas aulas?
B – “Erguei as mãos”: e se criássemos um jornal falando sobre a escravidão em nossos dias? 
C – “Museu”: ou, então, se produzíssemos arte com características afro-brasileiras para um museu virtual?
D – Qual é a sua ideia para decidirmos como acontecerá nossa culminância?
@andersonfelixsantos @sala8doani #EunoCMSP
Retomada
Nesta aula, vimos que:
Falamos sobre como a arte africana e a afro-brasileira muitas vezes não são vistas em pé de igualdade com a arte ocidental;
Construímos alguns trabalhos baseados na ideia de arte africana, afro-americana e afro-brasileira.
Elaborado especialmente para o CMSP. Ilustração: Anderson Félix dos Santos.
Bibliografia
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1974. 
CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. São Paulo: Veneta, 2020.
Ilustração: Anderson Félix dos Santos.
Ilustração elaborada pelo professor
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