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AVALIAÇÃO PRIMÁRIA (Pg 07) Atenção: segurança primeiro A- Airway B- Breathing C- Circulation D- Disability E- Exposition & Environment ATLS=ABCDE VS PHTLS=”X”ABCDE A – Airway 1) proteção da coluna: COLAR CERVICAL + PRANCHA/COXINS 2) Via aérea (VA) Está pérvia? -> Fonação preservada = VA pérvia! Vou pro “B”: O2 >/ 10L/min ARMADILHAS DO “A”: Indicações de VA artificial (Apneia, Proteção de VA, TCE GRAVE menor ou igual 8, incapacidade de manter oxigenação com máscara) Tipos de VA artificial -Definitivas: protegem a VA, balonete insuflado na traqueia (IOT PREFERENCIAL, intubação naso, cricotireoidostomia CIRÚRGICA, traqueostomia feita no nível do 2 e 3 nível do anel traqueal) -Temporárias: Cricotireoidostomia por PUNÇÃO, máscara laríngea/Combitubo Tubo bem colocado? Exame físico+Capnografia+Rx tórax E se eu não posso ou não consgio IOT? O “Crico” eu faço? Cirúrgica é melhor porque é definitiva, diferente da por punção -Cricotireoidostomia cirúrgica: VA definitiva E se for criança (<12 anos) ou não sei fazer crico cirúrgica? -Cricotireoidostomia POR PUNÇÃO: VA temporária -Máscara laríngea, Combitubo (VAs supraglótica) B – Breathing -O2 >/ 10L/min -Exame físico respiratório -Oximétro ARMADILHAS DO “B”: Pneumotórax (hipertensivo / Aberto) PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO FISIOPATOLOGIA: -Clássica: Lesão em “saco de papel” CLÍNICA: Desvio de traqueia, turgência jugular, Percussão timpânica, MV abolido, Hipotensão (choque OBSTRUTIVO) DIAGNÓSTICO: Clínico! CONDUTA: Temporária -> toracocentese de alívio (crianças: 2 EIC, linha hemiclavicular) (Adulto: 4/5 EIC, entre linhas axilares anterior e média) DEFINITIVA: Toracostomia c/ dreno em selo d’água (4/5 EIC, entre linhas axilares anterior e média) PNEUMOTÓRAX ABERTO FISIOPATOLOGIA: Trauma penetrante (orifício > 2/3 do diâmetro da traqueia) QUADRO RESPIRATÓRIO, SEM CHOQUE OBSTRUTIVO CONDUTA: Temporária -> curativo em 3 pontas Definitiva: Drenagem em selo d’água 2 PEGADINHAS DE PNEUMOTÓRAX -1: todo pneumotórax deve ser drenado? Se for simples e pequeno (20 e 30%) -> reabsorve espontaneamente, não precisa ser drenado. MAS -> se fizer transporte aéreo ou Ventilação mecânica TEM QUE DRENAR -2: Drenou pneumotórax e não melhorou? Hipóteses: técnica inadequada ou Lesão de grande VA: Brônquio fonte Conduta imediata: segundo dreno ou IOT seletiva DIAGNÓSTICO DE LESÃO DE BRÔNQUIO FONTE: broncoscopia CONDUTA DEFINITIVA DE LESÃO DE BRÔNQUIO FONTE: Toracotomia C – CIRCULATION -Circulação -Controle do sangramento (compressão local ou torniquete +- 6 horas). NO PRÉ-HOSPITALAR O CONTROLE DO SANGRAMENTO VEM ANTES. ARMADILHAS DO “C” -Choque +comum: HIPOVOLÊMICO -Focos de sangramento: Tórax, abdome, pelve, osso longo -Conduta: 2 acessos IV periféricos + monitor Não conseguir acesso periférico: Intraósseo (preferível em criança), central, safena -Infundir cristaloide aquecido (37-40C): ATÉ 1l (adulto) ou 20ml/kg (Criança < 40 Kg) -> hipotensão permissiva, NÃO PODE FAZER EM TCE. -Solicitar: TAP/PTT/Plaquetas/Tipagem/Cruzar bolsa beta-hcg, tromboelastograma -CLASSIFICAÇÃO DA PERDA VOLÊMICA I: PA normal / FC normal / Pequena <750ml III: PA Diminuída / FC >/ 120/ >30% > 1500ml II: PA normal / FC >/100 / 15% >750ml IV: PA Diminuída / FC > 140 / 40% >2000ml Fluido -> I e II: cristalóide. III: Cristalóide + Sangue. IV: Protocolo de transfusão maciça -Sem resposta ou Classe IV ou SI/ABC alto: protocolo de transfusão maciça PTM: 1:1:1 (hemácias: fator de coagulação: plaquetas) Shock Index (SI): FC/PAsistólica SI > 0,9 = PTM Ou ABC Score (1 ponto para cada): trauma penetrante; FAST positivo; PAs </ 90mmHg; FC >/120 bpm ABC >/ 2 = PTM E o Ácido Tranexâmico? Sangramento NÃO compressível + FC > 120 e PAs < 90 1g IV (até 3h pós trauma) + 1g ao longo de 8h Melhor parâmetro de resposta: -Diurése (alvos): 0,5ml/kg/h=ADULTOS 1ml/kg/h=CRIANÇAS -CUIDADO! -> Fazer uretrografia retrógada antes do cateterismo, se tem SINAIS DE LESÃO URETRAL: Sangue no meato, hematoma perineal ou escrotal; Retenção urinária, fratura de pelve TEM LESÃO URETRAL: CISTOSTOMIA D – Disability -Glasgow P -Pupilas -Extremidades E – Expostion & Enviroment -Exposição -Prevenção da hipotermia Trauma de tórax -Tórax instável FISIOPATOLOGIA: Fratura de >/ 2 arcos costais consecutivos CLÍNICA: DOR + Respiração paradoxal (A dor pode diminuir o drive respiratório) CONDUTA: Dor e contusão pulmonar SÃO OS PROBLEMAS Analgesia + O2 + Fisioterapia respiratória Se PaO2 < 65 ou Sat < 90%: considerar IOT + VM -Hemotórax FISIOPATOLOGIA: Trauma penetrante. Sangramento autolimitado (área de baixa pressão) CLÍNICA: Jugular colabada, Percussão maciça, MV diminuído, Hipotenso: CHOQUE HIPOVOLÊMICO CONDUTA: Toracostomia c/ dreno em selo d’água (pode ter autotransfusão junto) PEGADINHA DE HEMOTÓRAX: INDICAÇÕES DE TORACOTOMIA -Drenagem imediata de 1500ml -Drenagem de 200ml/h durante 2-4 h -Necessidade persistente de transfusão -Contusão miocárdica FISIOPATOLOGIA: Trauma contuso que pega + o VD CLÍNICA: Insuficiência cardíaca (IVD) Arritmias, bloqueio de ramo DIREITO DIAGNÓSTICO: Clínica + ECO CONDUTA: Monitorização por 24h -Tamponamento cardíaco FISIOPATOLOGIA: Trauma penetrante (volume de 100-200ml de sangue) CLÍNICA: TRÍADE DE BECK (30-40% dos casos) Bulhas hipofonéticas, Estase jugular, Hipotensão DIAGNÓSTICO: Clínico + FAST CONDUTA: Temporária ->Pericardiocentese (retirar 10-20ml) Definitiva -> Toracotomia (ESCOLHA) -Lesão de aorta FISIOPATOLOGIA: Laceração ao nível do ligamento arterioso (depois da emergência da Subclávia E) CLÍNICA: Pulsos normais em MMSS e diminuídos em MMII DIAGNÓSTICO: Clínica+Imagem (AngioTC de aorta é o exame de escolha) 1) Mediastino > 8cm 2) Perda do contorno aórtico 3) Desvio do TOT ou CNG para D CONDUTA: Tratar as outras lesões ou a aorta primeiro? Se não morre na hora, a aorta fica estável por 24 horas, então tratar demais lesões e deixar a aorta por último 1) Iniciar Betabloqueadores, se possível 2) Tratamento definitivo: A) toracotomia B) Terapia Endovascular TRAUMA ABDOMINAL -Órgãos mais lesionados: Trauma contuso/fechado: (“BAtida”) -> BAÇO Trauma penetrante/aberto: (“tiro pega tripa”) -> DELGADO (“FACada pega fígado”) -> FÍGADO Sinal do cinto de segurança: DELGADO, MESENTÉRICO -Investigação 1- Tc com contraste (melhor exame) Exige estabilidade hemodinâmica Avalia retroperitônio! 2- Lavado peritoneal (LPD) Exame + sensível para encontrar sangue no abdome! aspiração antes da lavado, se aspirar e já vier sangue o exame está positivo 3- USG – “FAST” (rápido e não invasivo) LOCAIS DE ANÁLISE: 1.subxifoide, 2.Hepatorenal, 3.Esplenorenal, 4.supra-púbica E-FAST: Pleura -> PTX (pneumotórax, pleuras não deslizam) e HTX (hemotórax, debri de sangue) 4- Videolaparoscopia Exige estabilidade hemodinâmica Lesões penetrantes na transição toracoabdominal (ver diafragma) -Indicação de laparotomia Pergunte: “o abdome é cirúrgico?” Trauma penetrante: Tem choque, peritonite ou evisceração? Trauma contuso: Tem peritonite ou (retro)pneumoperitônio? Respondeu SIM -> LAPAROTOMIA Retropneumoperitônio: rins E quando o abdome NÃO É CIRÚRGICO? Trauma penetrante: não tem choque, peritonite ou evisceração Arma de fogo -> face anterior: laparotomia (maior) -> Flanco e dorso: TC Arma branca -> face anterior: Fluxograma (Pg 30) -> Flanco e dorso: TC -Arma branca (face anterior) 1. O AB é cirúrgico? (tem choque, peritonite, evisceração?) Se sim -> Laparotomia Se não -> exploração digital -> Não violou cavidade peritonial -> sutura, tétano e alta -> positiva ou duvidosa -> observar 24h (ex físico seriado +hemograma de 8/8 horas) TRAUMA CONTUSO (indicação de laparotomia) Hemodinamica? Instabilidade -> politrauma (FAST positivo) fazer laparotomia ou não politrauma (Só tem lesão no AB ~distensão/escoriação) fazer laparotomia Estabilidade: TC de AB com contraste (FAST antes da TC pode ser feito) -> Avaliar achados e grau da lesão -Conduta conservadora SÓ POSSOFAZER SE: Não é ab cirúrgico Estabilidade hemodinâmica, consciente, SEM intoxicação Condições de observação/intervenção: HOSPITAL, MÉDICO, TC, ANGIOGRAFIA C/ EMBOLIZAÇÃO -Conduta cirúrgica TENHO QUE FAZER SE: Não dá ou falhou a CONSERVADORA -Lesões orgânicas específicas BAÇO -Quadro clínico: SINAL DE KEHR -> Dor referida em ombro -Conduta conservadora: Se Extravasamento (BLUSH) de contraste; Pseudoaneurisma Considerar: arteriografia + angioembolização -Conduta cirúrgica: Instabilidade hemodinâmica ou falha do conservador -Cirurgias: Rafia ou esplenectomia parcial/total -Atenção! -> VACINAR ATÉ DUAS SEMANAS APÓS ESPLENECTOMIA (Pneumo, Haemophilus, meningococo) FÍGADO -Conduta conservadora: Extravasamento de contraste; Pseudoaneurisma Considerar: arteriografia + angioembolização -Conduta cirúrgica: Instabilidade hemodinâmica ou Falha no conservador (2/3 grau IV e V) -Cirurgia: Compressão, hemostáticos tópicos, rafia -Se o sangramento for difuso (naipe): MANOBRA DE PRINGLE: clampeamento do ligamento hepatoduodenal (colédoco, A. hepática, V. porta) -> não parou de sangrar? -> lesões de cava inferior (retro hepática) ou veias hepáticas, conduta de tamponamento/lobectomia/reparo do vaso PELVE -Vasos: Plexo venoso posterior (85%) e/ou ramos da A. ilíaca interna -Conduta: “amarração da pelve” ao nível de TROCÂNTER MAIOR DO FÊMUR -Não melhorou? Continua instável? Imagem de sangue intraperitoneal (FAST+) -> sim -> Laparotomia -> não -> tamponamento pré peritoneal (TPP) -> Angioembolização (sem melhora com TPP ou sangramento arterial na TC) -Tratamento ortopédico definitivo CIRURGIA PARA CONTROLE DE DANOS -Evita a tríade mortal: hipotermia, coagulopatia e acidose -Cirurgia incial BREVE -Reanimação em UTI -Reoparação planejada em 48-72h SÍNDROME COMPARTIMENTAL ABDOMINAL (SCA) -PIA normal: < 8mmHg -Definição de SCA: SAI >/ 12 (ou 21 para pesquisa) mmHg + LESÃO DE ÓRGÃOS: hipotensão, Insuficiência respiratória, oligúria - Conduta: Reposição volêmica cuidadosa (Evitar edema da alça) Analgesia, sedação, bloqueio, acerto da VM Drenagem de coleções intra-abdominais, paracentese -Não melhorou/PIC elevada/PIA > 25mmHg: DESCOMPRESSÃO (Bolsa de Bogotá) TCE -Fraturas de base de crânio Sinais: Battle, Guaxinim (tem que ser bilateral), Hemotímpano, rinorreia, otorreia NÃO FAÇA INTUBAÇÃO NASO! NÃO FAÇA CATETER NASO GÁSTRICO! -Neurotrauma Choque Neurogênico ou medular? Ambos ocorrem por lesões medulares! Choque neurogênico (perde aferência simpática dos vasos e eles dilatam: “hemodinâmico” -> PA baixa, FC baixa (perde aferência simpática em lesões altas), vasodilatação (extremidades quentes) Choque medular: “neurológico” -> flacidez e arreflexia (primeiro reflexo a retornar é o bulbo-cavernoso com o esfíncter anal) Lesões cerebrias Difusas: Concussão (desaceleração súbita, Perda temporária de função neurológica, perda de consciência menor que 6 horas) e LAD (Desaceleração+cisalhamento, Perda imediata e duradoura da consciência, coma > 6h -> dica: Glasgow baixo + TC “inocente”) Focais: extra(epi)dural e Subdural Espaço epidural passa artéria meníngea Espaço subdural passa veias ponte Subdural: mais comum, veias ponte, Atrofia cortical (idosos, alcoólatra), clínica progressiva por ser venoso, TC com imagem hiperdensa em crescente (côncavo-convexa) Extraepidural: mais raro, artéria meníngea, Trauma grave do osso temporal, intervalo lúcido em 40-60% dos casos, TC com imagem hiperdensa bi-convexa Cirurgia em ambos hematomas: sintomáticos; linha média com desvio maior que 5 mm; coágulo: espessura >15 mm; hematoma: volume > 30cm3
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