Buscar

interpretacao_e_avaliacao_de_exames_hospitalares_unidade_i

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTERPRETAÇÃO E AVALIAÇÃO DE 
EXAMES HOSPITALARES
UNIDADE I
IMPORTÂNCIA E ASPECTOS ÉTICOS
Atualização
Neisiana Barbieri Zapellini
Elaboração
Andrea Sayuri Silveira Dias Terada
Cláudio Rodrigues Rezende Costa
Lázara Joyce Oliveira Martins
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE I
IMPORTÂNCIA E ASPECTOS ÉTICOS .............................................................................................................................................5
CAPÍTULO 1
EXAMES COMPLEMENTARES ................................................................................................................................................... 5
CAPÍTULO 2 
BIOSSEGURANÇA ......................................................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 3
IMPORTÂNCIA PARA A ODONTOLOGIA ........................................................................................................................... 12
CAPÍTULO 4
ASPECTOS ÉTICOS ..................................................................................................................................................................... 14
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................16
4
5
UNIDADE IIMPORTÂNCIA E 
ASPECTOS ÉTICOS
CAPÍTULO 1
EXAMES COMPLEMENTARES
No contexto de saúde, os exames podem ser citados como um dos recursos principais 
e de grande apoio para a tomada de decisões e constatação de diagnóstico, além de ser 
um dos melhores pilares da prática clínica de inúmeras, se não todas, áreas da saúde. 
Os exames são uma demonstração de cuidado ao paciente. 
Em contradição ao que foi dito, sabe-se que os exames geram uma grande lucratividade 
aos setores laboratoriais, mas acarretam um custo enorme ao sistema de saúde público 
e às empresas de planos e seguradoras de saúde. Dessa forma, alguns pacientes ficam 
preteridos desse apoio.
Nos últimos anos, houve um aumento considerável no valor dos custos, o que também 
acarretou um aumento do custo de todo os setores que prestam assistência à saúde. 
A oneração com repasses a patologias e medicina laboratorial faz com que esse setor 
represente um dos maiores valores de gastos dos recursos federais destinados à saúde.
Podemos imaginar que, então, devido ao que foi citado acima, os exames muitas vezes 
não são pedidos na quantidade necessária e nem com a frequência em que deveriam. 
Entretanto, sabe-se que, em alguns casos de erros médicos, a maioria são relacionados 
à falta de investigação complementar, que incluem exames de imagem e laboratoriais.
Atualmente, existem iniciativas e campanhas para que sejam elaboradas estratégias 
a fim de incentivar o uso correto de exames complementares, especialmente para que 
sejam realizados de forma assertiva, para não gerarem custos desnecessários, seja para 
os órgãos públicos ou para os próprios pacientes e instituições prestadoras de saúde 
(convênios).
Um fator importante é o treinamento dos profissionais para a interpretação dos exames 
complementares, pois de nada adianta pedir uma bateria de exames ao paciente se o 
responsável por avaliá-los não esteja calibrado para isso. Esse fator não é diferente em 
6
UNIDADE I | IMPORTÂNCIA E ASPECTOS ÉTICOS
odontologia, pois muito se vê colegas pedindo exames, principalmente de imagens, 
sem capacidade de interpretá-los, gerando apenas mais custo aos pacientes e sobre o 
tratamento.
O fluxo de exames da assistência à saúde é dividido da seguinte forma didática nos livros 
e conteúdos sobre esse tema:
Imagem 1. Fluxo de exames. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicação e 
solicitação 
do exame 
Preparo do 
paciente 
Coleta, 
armazenamento e 
transporte 
Fase pré-analítica 
Procedimento 
de 
análise 
Fase analítica 
Resultado 
Liberação 
do 
laudo 
Fase pós-analítica 
Fonte: elaborado pelo autor.
Portanto, quando se pensa em exames laboratoriais e como serão tomadas as decisões e 
as comprovações ou não de diagnóstico, as fases envolvidas no processo são as descritas 
acima: pré-analítica (pedido do exame, preparação do paciente, cadastro, coleta e 
transporte); analítica (procedimento de análise); e pós-analítica (resultado e liberação 
de laudo para o responsável pelo pedido).
7
IMPORTÂNCIA E ASPECTOS ÉTICOS | UNIDADE I
Fase pré-analítica
A fase pré-analítica é indicada como uma das fases mais importantes do fluxo, pois 
inúmeros estudos demonstram que 80% dos erros laboratoriais podem estar relacionados 
com essa fase, uma vez que essa etapa envolve desde a decisão de escolha sobre quais 
exames serão realizados até a fase de preparo do paciente para o exame, a coleta da 
amostra e o transporte dessas amostras para análise. 
Por isso, são necessárias medidas relacionadas aos exames que devem ser tomadas, 
principalmente pelo responsável por realizar as coletas. A seguir, temos demostradas 
essas informações. 
Pedido médico
 » Nome do exame legível e com todas as informações necessárias.
 » Nome do profissional solicitante, com carimbo legível, número de inscrição no 
conselho e assinatura, quando realizados pedidos manuais.
 » Data da solicitação do exame;.
 » Se o responsável pelo pedido achar necessário, pode-se colocar a hipótese diagnóstica.
 » Nome do paciente.
Dados importantes para o laboratório
 » Informação sobre os dados pessoais do paciente: 
 › nome completo;
 › idade;
 › data de nascimento;
 › telefone para contato;
 › os pacientes menores de idade devem estar acompanhados.
 » Todos os exames devem ter o nome do profissional solicitante e a data de solicitação.
 » Informar ao paciente qual o preparo necessário para o exame.
 » No momento em que a amostra é coletada, ela deve passar por inspeção para 
análise de critérios de aceite ou rejeição da amostra. O mesmo vale para amostras 
não coletadas no laboratório (ex.: fezes e urina coletados em casa).
 » Cadastro correto dos exames a serem realizados e identificação dos frascos.
8
UNIDADE I | IMPORTÂNCIA E ASPECTOS ÉTICOS
Coleta de amostras
 » Recepção do paciente na unidade coletora.
 » Higienização das mãos.
 » Recepção e acondicionamento de amostras de urina e fezes.
 » Coleta de sangue a vácuo ou em seringa.
 » Homogeneização das coletas de sangue no tubo.
 » Descarte de agulha e adaptador no lixo destinado a esse fim.
 » Identificação de todos os frascos.
 » Curativo no local da punção.
 » Grade de tubos na posição correta para transporte das amostras.
 » Acondicionamento de amostras biológicas em caixas térmicas e com monitoramento 
de temperatura.
Fase analítica
Análise das amostras coletadas, sendo que cada amostra pode ter sua característica de 
método e com valores de referência diferentes. A seguir, veremos um exemplo.
 » Exame de Creatinina, dosagem – Urina 24h
 › Método: Cinético.
 › Valores de referência: 
 ◦ Masculino: 14 a 26mg/kg/24h;
 ◦ Feminino: 11 a 20 mg/kg/24h.
 › Condição da amostra: urina 24h; frasco padronizado.
 › Armazenagem: até 4 dias, com temperatura entre 2º a 8º graus.
 › Informações do paciente.
Fase pós-analítica
A fase pós-analítica compreende o processamento dos resultados, o envio ao responsável 
e a impressão dos resultados quando solicitado pelo paciente.
9
CAPÍTULO 2 
BIOSSEGURANÇA
Norma ABNT 14785/2001
A seguir, você pode conferir a parte da Norma ABNT 14785/2001 que trata sobre os 
requisitos gerais para a segurança em laboratórios clínicos. 
Precauções universais: É proibido colocar quaisquer materiais na boca, 
tais como: etiquetas, envelopes ou selos. 
9.1.1 Alimentação: É proibido comer e beber na área técnica
9.1.2 Tabagismo: É proibido fumar na área técnica do laboratório clínico. 
9.1.3 Cosméticos: Não deve ser permitido maquiar-se na área técnica 
do laboratório clínico. 
9.1.4 Cabelos, barba eadornos: Os cabelos e barbas devem estar presos de 
forma que se previna o contato com materiais ou superfícies contaminados. 
9.1.5 Pipetagem: É proibido pipetar com a boca. 
9.1.6 Lavagem das mãos: As mãos devem ser lavadas com freqüência 
durante o dia de trabalho, antes e depois do contato com clientes ou 
pacientes, antes de comer ou fumar, imediatamente após o contato 
acidental com materiais potencialmente infectantes e após a retirada das 
luvas. O pessoal deve ser obrigado a lavar as mãos após cada manuseio de 
qualquer material biológico, bem como antes de saírem do laboratório. 
As mãos devem ser lavadas com água e sabão líquido, e deve-se secá-las 
e realizar a antissepsia com álcool glicerinado a 70% (v/v) ou qualquer 
outro detergente antisséptico recomendado. 
9.1.7 Procedimentos de limpeza, desinfecção, esterilização e antissepsia: 
A escolha dos procedimentos e produtos para estas finalidades deve estar 
condicionada ao potencial de contaminação das áreas, dos materiais e 
dos possíveis riscos de contaminação. Estas áreas e materiais são assim 
definidos: a) áreas críticas: aquelas onde existe o risco aumentado de 
transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de risco. 
Exemplo: áreas técnicas do laboratório clínico ou setor de lavagem e 
esterilização; b) áreas semicríticas: aquelas ocupadas por pacientes ou 
clientes com doenças infectocontagiosas de baixa transmissibilidade e 
doenças não infecciosas. Exemplo: sala de coleta de material; c) áreas 
não críticas: aquelas não ocupadas por pacientes ou clientes. Exemplo: 
área administrativa; d) materiais críticos: aqueles que penetram através 
10
UNIDADE I | IMPORTÂNCIA E ASPECTOS ÉTICOS
da pele e mucosas, atingindo os tecidos subepiteliais, até o sistema 
vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com 
este sistema; e) materiais semicríticos: aqueles que entram em contato 
com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras.
9.1.8 Descarte de resíduos: O laboratório clínico deve garantir o 
gerenciamento de seus resíduos, desde a geração até a disposição final, 
de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública, assim 
como as exigências legais. 
9.1.9 Prevenção de exposição acidental ao material biológico: Embora 
existindo os requisitos gerais de segurança, a exposição acidental a 
sangue e outros fluidos corporais pode ocorrer entre os profissionais 
do laboratório clínico. As ocorrências mais comuns são: a) perfurações 
com objetos perfurocortantes contaminados, durante o contato com o 
paciente, na manipulação de material biológico coletado, ou no descarte e 
reprocessamento, mesmo com o uso de luvas; b) permanência de sangue 
sobre a pele hígida ou mesmo sobre a luva utilizada, tendo em vista o 
elevado percentual de microfuros presentes. 
9.1.10: Procedimentos após a exposição ao material biológico: A pessoa 
exposta deve: a) aplicar uma solução antisséptica sobre a lesão (PVP-I, 
álcool iodado, álcool glicerinado a 70%, clorexidina a 4%), friccionando por 
um tempo mínimo de 2 min; b) procurar imediatamente o coordenador 
de segurança ou seu substituto, a Comissão de Controle de Infecção 
Hospitalar - (CCIH) ou o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar - 
(SCIH), o setor de medicina do trabalho ou setor de pronto atendimento. 
O setor de pessoal deve ser comunicado da ocorrência nos termos da 
legislação em vigor. 
9.1.11 Acesso às áreas técnicas: Nas áreas técnicas do laboratório clínico 
somente deve ser permitido o acesso de pessoas devidamente avisadas 
sobre os eventuais riscos.
9.1.12 Símbolos de segurança: O símbolo de risco biológico, conforme 
NBR 7500, deve ser afixado nas portas dos recintos do laboratório 
clínico onde se manuseiam microorganismos pertencentes ao grupo 2 
de risco ou superior. 
9.1.13 Riscos microbiológicos: Os riscos microbiológicos no laboratório 
clínico são os que podem surgir, com a manipulação de: a) amostras 
ou procedimentos com material biológico expondo o pessoal ao risco 
de adquirir doenças virais (hepatite B, C e AIDS); b) patógenos mais 
comumente examinados no laboratório clínico ou microbiológico. Tais 
riscos incluem a exposição a bactérias em geral, micobactérias e fungos; 
11
IMPORTÂNCIA E ASPECTOS ÉTICOS | UNIDADE I
c) amostras e procedimentos envolvendo agentes altamente virulentos, 
tais como vírus da febre hemorrágica e riquétsias. 
9.1.14 Acidentes ou derramamentos: Em caso de acidentes ou 
derramamentos de material biológico, devem ser tomadas as seguintes 
providências: a) esvaziar o local se houver a possibilidade de formação de 
aerossóis; b) absorver o derramamento com material com boa capacidade 
de absorção; c) desinfetar o local onde houve o derramamento, logo que 
possível, com hipoclorito de sódio, álcool a 70% ou soluções fenólicas, 
de acordo com as normas estabelecidas no laboratório clínico; d) avisar 
o coordenador da segurança. 
9.1.15 Transporte de amostras: O diretor do laboratório, ou uma pessoa 
por ele indicada, deve ser responsável para elaborar os procedimentos 
adequados para o manuseio seguro das amostras existentes no laboratório, 
para prevenir a contaminação do seu pessoal, dos pacientes ou clientes e 
do meio ambiente. As amostras, as culturas ou outros materiais biológicos 
devem ser transportados entre laboratórios clínicos, de modo confiável 
e atendendo aos requisitos de segurança em embalagem rígida, em 
temperatura adequada, envolta em material absorvente que evite, em 
caso de acidente, o derramamento do material no meio ambiente. A 
embalagem deve estar identificada com o símbolo de risco biológico. 
Barreiras de proteção individual
O jaleco é de uso obrigatório na área de coleta. Recomenda-se também colocar um avental 
de tecido lavável ou descartável, longo de mangas compridas, que deve ser retirado ao 
sair da área de coleta. Além disso, é importante não utilizar os equipamentos de proteção 
individual fora do local indicado.
Ainda sobre a proteção, é fundamental sempre utilizar luvas durante o ato da coleta, 
realizando troca a cada paciente ou sempre que houver qualquer contato com material 
biológico, bem como é se recomendado não manusear objetos de uso comum no ambiente 
da coleta, como, por exemplo, telefone, bolsa etc.
Cabe lembrar que é importante realizar a coleta utilizando máscaras quando o material 
biológico possuir risco de contaminação, além de utilizar sapatos confortáveis com solado 
antiderrapante, evitando-se o uso de sandálias ou calçados abertos.
12
CAPÍTULO 3
IMPORTÂNCIA PARA A ODONTOLOGIA
A odontologia moderna tem valorizado a importância das patologias da cavidade oral 
e seus anexos. É preciso avaliar com atenção os sinais patognomômicos das doenças a 
serem tratadas e, sem dúvidas, com cuidados adequados à saúde bucal, as condições 
sistêmicas dos pacientes também serão beneficiadas.
O cirurgião-dentista que atua em ambiente hospitalar deve ter conhecimento da saúde 
geral do indivíduo, e não somente da sua condição bucal, considerando o seu estado 
sistêmico, pois podem estar relacionados. A avaliação do paciente internado pelo cirurgião-
dentista deve ser realizada de forma que o profissional consiga identificar os fatores de 
risco previamente ao atendimento propriamente dito. Com a avaliação pré-intervenção, 
é possível identificar as possíveis doenças que possam estar comprometendo a cavidade 
oral e, pensando em um ambiente hospitalar, determinar as possíveis interações entre 
doença bucal e fatores sistêmicos.
Na odontologia hospitalar, assim como em qualquer tratamento odontológico em que 
há o rompimento da barreira biológica, é necessária, além da formação e a capacitação 
dos cirurgiões-dentistas, a instrução da equipe de apoio técnico e auxiliar. Os pacientes 
que recebem acompanhamento odontológico no ambiente hospitalar, na maioria dos 
casos, necessitam de maior atenção e cuidados especiais.
Sabe-se que certas situações clínicas na prática odontológica hospitalar demandam 
procedimentos diagnósticos complementares.Na medicina, os exames laboratoriais são 
responsáveis por 70% das decisões de diagnóstico e terapêutica médica. O processo de 
diagnóstico passará por anamnese e exame clínico, que são etapas fundamentais e soberanas. 
No entanto, essas manobras semiológicas tradicionais não podem mensurar o paciente 
como um todo quando se trata do estado geral do indivíduo. Portanto, é necessário que o 
profissional da odontologia utilize os exames complementares, importantes no diagnóstico 
do estado de saúde e no planejamento do tratamento.
Vale ressaltar que a realização ou solicitação de um exame complementar devem ser 
direcionadas levando-se em consideração os dados obtidos por meio da anamnese e do exame 
físico, sabendo exatamente o que se pretende obter e conhecendo corretamente o valor e 
as limitações do exame solicitado. O profissional tem por obrigação indicar corretamente 
esses procedimentos e interpretar adequadamente os laudos. Não basta observar os valores 
obtidos pelo paciente e compará-los com os valores de referência, uma vez que esses valores 
de referência estão descritos na maioria dos exames laboratoriais, não sendo obrigatório 
decorá-los. O importante é saber o que significa cada alteração encontrada e o que esse 
achado poderá trazer de intercorrências.
13
IMPORTÂNCIA E ASPECTOS ÉTICOS | UNIDADE I
Conhecer o indivíduo internado é importante para que se possa traçar a conduta 
adequada, minimizando as morbidades acarretadas pelas doenças sistêmicas. No paciente 
hospitalizado, qualquer procedimento odontológico poderá interferir na condição geral 
de saúde. Assim, é importante uma anamnese objetiva que possa identificar doenças 
cardiovasculares, hematológicas, pulmonares, hepáticas, renais e endócrinas. Além 
disso, é possível investigar a ocorrência de alergias medicamentosas, hábitos e vícios 
(tabagismo, uso de drogas ilícitas, etilismo, entre outros), antecedentes cirúrgicos e 
históricos do uso de medicações. 
Portanto, todas as informações coletadas darão suporte para o conhecimento do indivíduo, 
fazendo com que seja possível a compreensão e a determinação de hipóteses diagnósticas, 
planejamento, prognóstico e execução de algum procedimento odontológico em âmbito 
hospitalar. Faz-se necessária a interação multidisciplinar do profissional com toda 
a equipe hospitalar envolvida: médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, 
técnicos e auxiliares de enfermagem.
O assunto de exames complementares é amplo, as características de cada indivíduo e 
as falhas técnicas laboratoriais devem ser fatores importantes para a condução de caso 
clínico. Por isso, essa leitura tem como objetivo despertar o interesse dos profissionais 
pelo entendimento sobre exames laboratoriais, de biópsias e de imagem, assim como 
atentar para a necessidade de constante atualização, uma vez que a temática está sempre 
em desenvolvimento e contínua mudança.
14
CAPÍTULO 4
ASPECTOS ÉTICOS
O paciente internado em um hospital tende a apresentar doenças sistêmicas severas e, 
consequentemente, acompanhamento médico mais intensivo. No entanto, algumas patologias 
e disfunções sistêmicas podem não estar relatadas no prontuário e é de fundamental 
importância para o cirurgião-dentista elaborar o diagnóstico e devido plano de tratamento. 
Por isso, visto que os tratamentos odontológicos podem envolver algum procedimento 
cirúrgico e invasivo, os exames laboratoriais deverão ser utilizados rotineiramente para 
suplementar o atendimento odontológico, alcançando o diagnóstico final.
Muitas vezes, os profissionais da odontologia e as operadoras de saúde se baseiam na 
negativa do inciso II artigo12 da Lei n. 9.656/1988, que prevê que todos os exames 
complementares sejam solicitados por médicos. No entanto, a diretoria colegiada da 
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou, em 20 de agosto de 2007, a Súmula 
Normativa n. 11, que prevê a competências dos cirurgiões-dentistas para a solicitação 
de exames laboratoriais, de imagem e até mesmo de internações hospitalares. Portanto:
Considerando a necessidade de regular, junto às operadoras de planos 
privados de assistência à saúde, a solicitação de internações e exames 
complementares nas situações clínicas e cirúrgicas de interesse comum 
à Medicina e à Odontologia;
Considerando que os exames laboratoriais/complementares têm a 
finalidade de complementar o diagnóstico do paciente, auxiliando 
o profissional de saúde no planejamento das ações necessárias ao 
tratamento, sendo de uso comum às categorias profissionais habilitadas 
para solicitá-los, cuja habilitação é de competência legal dos conselhos 
profissionais;
RESOLVE:
1. A solicitação dos exames laboratoriais/complementares previstos no 
art. 12, inciso I, alínea b, da Lei n. 9.656, de 1998, e dos procedimentos 
abrangidos pelas internações hospitalares, de natureza buco-maxilo-
facial ou por imperativo clínico, dispostos no art. 12, inciso II, da mesma 
lei, e no art. 7o, parágrafo único da Resolução CONSU no 10, de 1998, 
devem ser cobertos pelas operadoras de planos privados de assistência 
à saúde, mesmo quando promovidos pelo cirurgião-dentista assistente, 
habilitado pelos respectivos conselhos de classe, desde que restritos à 
finalidade de natureza odontológica;
2. A solicitação das internações hospitalares e dos exames laboratoriais/
complementares, requisitados pelo cirurgião-dentista, devidamente 
registrado nos respectivos conselhos de classe, devem ser cobertos 
15
IMPORTÂNCIA E ASPECTOS ÉTICOS | UNIDADE I
pelas operadoras, sendo vedado negar autorização para realização de 
procedimento, exclusivamente, em razão do profissional solicitante não 
pertencer à rede própria, credenciada ou referenciada da operadora;
3. A solicitação de internação, com base no art. 12, inciso II da Lei no 
9.656, de 1998, decorrente de situações clínicas e cirúrgicas de interesse 
comum à medicina e à odontologia deve ser autorizada mesmo quando 
solicitada pelo cirurgião-dentista, desde que a equipe cirúrgica seja 
chefiada por médico.
16
REFERÊNCIAS
AMARAL, C. O. F. et al. Bases para interpretação de exames laboratoriais na prática odontológica. Journal 
of Health Sciences, v. 16, n. 3, 2015.
AQUINO, F. N. M. H. Ultrassonografia em odontologia: uma revisão de literatura. 2014. 30 f. 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Universidade Estadual da Paraíba, 
Campina Grande, 2014. 
ARAÚJO, F. A. C. et al. Tratamento cirúrgico de sialólito em glândula submandibular – relato de caso. 
Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., v. 11, n. 4, pp. 13-18, 2011.
BARROS, R. M. G.; CAMPOS, K. S. M.; CABRAL, L. M. Relato de caso clínico de hiperplasia fibrosa 
inflamatória. Revista Odontológica de Araçatuba, v. 35, n. 2, pp. 15-18, 2014.
BECKER, A. K. Interpretação da CBC. J. Chileno Ped., v. 72, n. 5, 2001.
BENSEÑOR, I. M. Anamnese, exame clínico e exames complementares como testes diagnósticos. Revista 
de Medicina, v. 92, n. 4, pp. 236-241, 2013.
BONTRAGER, K. L. Tratado de técnica radiológica e base anatômica. Rio de Janeiro: Guanabara-
Koogan, 2003. 
BORAKS, S. Medicina bucal: tratamento clínico cirúrgico das doenças bucomaxilofaciais. São Paulo: 
Artes Médicas, 2011.
BRASIL. Agência Nacional de Saúde. Súmula Normativa no 11, de 20 de agosto de 2007. Rio de 
Janeiro: Agência Nacional de Saúde, 2007.
BRAZAO-SILVA, M. T.; CARVALHO, B. O.; PINTO, R. A. A biópsia na prática odontológica: revisão de 
literatura. Revista da AcBO, v. 7, n. 3, 2018.
DUTRA, V. D.; FONTIURA, H. E. S.; FONTANELLA, V. R. C. A utilização da ressonância magnética 
nuclear em odontologia: revisão de literatura e relato de caso. R. Fac. Odontol., Porto Alegre, v. 36, n. 
2, pp. 20-23, dez. 1995.
FERREIRA, L. A. et al. Diagnosis of temporomandibular joint disorders: indication of imaging exams. 
Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 82, n. 3, pp. 341-352, 2016.
FREIRE, A. R. D. S. et al. Medicina nuclear na odontologia. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent., pp. 447-451. 
2002.
GENOVESE,W. J. Exames complementares na clínica odontológica. São Paulo: Editora Peirópolis, 
1996.
GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998.
GONÇALVES, P. E.; DOTTA, E. A. V.; SERRA, M. C. Imageologia na odontologia e aspectos legais. Revista 
Gaúcha de Odontologia, v. 59, suppl., pp. 89-95, 2011.
HUPP, J. R.; ELLIS, E.; TUCKER, M. R. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 6. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
17
REFERÊNCIAS
LANGLAND, O. E.; LANGLAIS, R. P. Princípios do diagnóstico por imagem em odontologia. 
São Paulo: Santos, 2002.
LIMA, C. F. Avaliação quantitativa de micronúcleos na citologia esfoliativa da mucosa bucal 
de pacientes dependentes químicos. 82 f. Dissertação (Mestrado em Biopatologia Bucal) – Faculdade 
de Odontologia de São José dos Campos, Universidade Estadual Paulista, São José dos Campos, 2007.
MAGINI, R. S.; SOUSA, J. C. M.; BENFATTI, C. A. M. Noções de implantodontia cirúrgica. Porto 
Alegre: Artes Médicas, 2016. (Série Abeno)
MARQUES, D. O. et al. Lipoma em mucosa jugal: relato de caso. Revista Uningá Review, v. 20, n. 3, 
pp. 40-42, 2014.
QUASSO, L. et al. Complicaciones periodontales en las leucemias en edad pediátrica. Avances em 
Periodoncia, v. 17, n. 2, ago. 2005.
RAMOS, A. C. A. et al. Articulação temporomandibular – aspectos normais e deslocamentos de disco: imagem 
por ressonância magnética. Radiol. Bras., São Paulo, v. 37, n. 6, pp. 449-454, 2004.
RAO, P. K. et al. Co-occurrence of intraoral hemangioma and port wine stain: a rare case. Indian 
Dermatology Online Journal, v. 3, jan./abr. 2012.
RIBEIRO-ROTTA, R. F. et al. O papel da ressonância magnética no diagnóstico do adenoma pleomórfico: 
revisão da literatura e relato de casos. Rev. Bras. Otorrinolaringologia, v. 69, n. 5, pp. 699-707, 
set./out. 2003.
RODRIGUES, A. F.; VITRAL, R. W. F. Aplicações da tomografia computadorizada na odontologia. Pesq. 
Bras. Odontoped. Clin. Integr., João Pessoa, v. 7, n. 3, pp. 317-324, set./dez. 2007.
ROMANO, G. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHMIDT, J. (Org.). História dos 
jovens 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. pp. 7-16.
SANTOS, F. R. A colonização da terra dos Tucujús. In: SANTOS, F. R. História do Amapá, 1o grau. 
2. ed. Macapá: Valcan, 1994. pp. 15-24.
SANTOS, P. S. S.; SOARES JÚNIOR, L. A. V. Medicina bucal: a prática na odontologia hospitalar. São 
Paulo: Santos, 2013.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e organizações ambientais em matéria de 
meio ambiente. In: Entendendo o meio ambiente. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente, 1999. v. 1.
TAVANO, O. et al. Sialografia das glândulas parótidas e submandibulares. Prática Odontológica, São 
Paulo, v. 1, pp. 61-76, 1977.
TONANI, P. C. F.; CARRILHO NETO, A. Exames complementares laboratoriais de interesse 
para o cirurgião-dentista: hematológicos, sorológicos, urina, outros – manual prático. Curitiba: 
Editora Maio, 2001.
18
REFERÊNCIAS
Sites
histopat.blogspot.com/2012/08/biopsia-con-sacabocadospunchtrocar.html.
https://www.researchgate.net/figure/Figura-3-Puncao-aspirativa-realizada-no-periodo-trans-cirurgico_
fig3_282394527.
http://imi.pt/pt/content/17-servios/92-o-que-a-ressonncia-magntica?main=18&current=71.
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/leucocitos.htm.
http://radiologia.blog.br/diagnostico-por-imagem/como-funciona-a-tomografia-computadorizada-
entenda-mais-sobre-o-exame.
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/documentos/Exames_radiograficos_extrabucais_e_
intrabucais.pdf.
http://www.centrocorrioclaro.com.br/wp-content/uploads/2013/04/cintilografia.jpg.
http://www.cero.com.br/servicos/exames-extrabucais/.
http://www.cero.com.br/servicos/exames-intrabucais/.
http://www.inalmedicinanuclear.com.br/textos/textos_detalhes.asp?id=82.
https://www.infoescola.com/exames-medicos/eritrograma/.
http://www.myhealth.gov.my/en/oral-manifestation-hiv-aids/.
https://www.quantocusta.org/quanto-custa-um-hemograma-completo/.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180886942016000300341&lng=en&nrm=
iso&tlng=pt.
http://www.ultraeduc.com.br/post/conheca-os-tipos-de-ultrassonografia/252.
https://bbm-instruments.de/es/pinzas-saca-bocados-para-biopsia/7852-tischler-uterus-biopsiezange-
220-cm.html.
https://diagnosticobucal.com.br/hemograma-serie-branca/.
https://diagrad.com.br/noticias/como-funciona-ressonancia-nuclear-magnetica/.
https://grupoenfermeriaunpa.blogspot.com/2012/05/candida-candida-albicas-caracteristicas.html.
https://it.wikipedia.org/wiki/Scialografia.
https://medodedentista.com.br/2015/01/como-limpar-o-local-da-extracao-de-um-dente.html.
http://mol.icb.usp.br/index.php/13-1-7-mucosa-oral/.
https://novaimagemrx.com.br/radiografia-de-atm/.
https://oralodontologia.blogspot.com/2010_06_01_archive.html.
https://pathologika.com/histoquimica/hematoxilina-eosina/.
https://pt.slideshare.net/anacborges16/06-lesoes-fundamentais-parte-1.
https://pt.slideshare.net/rodriguessarah/alunos-med-bipsias-2007-2.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacteriúria#/media/Ficheiro:Bacteriuria_pyuria_4.jpg.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Síndrome_de_Cushing.
19
REFERÊNCIAS
http://www.medicalexpo.fr/prod/cdx-diagnostics/product-84835-545677.html.
https://www.foodlog.nl/artikel/kort/dalend-antibioticagebruik-europese-landbouw-nog-altijd-schokkend.
http://www.forumsaude24.com/queilite-actinica-tratamento-e-causas/.
https://www.researchgate.net/figure/Tomografia-computadorizada-A-Corte-coronal-B-e-C-Corte-axial-
D-Reaconstrucao_fig5_277817791.
https://www.saudebemestar.pt/pt/exame/imagiologia/ecografia-glandulas-salivares/.
http://www.scielo.br/pdf/bjorl/v82n3/pt_1808-8686-bjorl-82-03-00341.pdf.
https://www.slideshare.net/JosHernndez71/tecnica-oclusal.
https://www.spmi.pt/21congresso/resumos_aceites_consulta.php?id=IMI-02-08.
https://www.studiodentaire.com/en/conditions/mucocele.php.
https://www.tuasaude.com/prova-do-laco/.
https://www.youtube.com/watch?v=_fy2XbPTRiM.
www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/odontologia/citologia-esfoliativa/33276.
http://histopat.blogspot.com/2012/08/biopsia-incisional.html.
http://picdeer.com/odontologiadiaria.
	UNIDADE I
	Importância e 
Aspectos Éticos
	Capítulo 1
	Exames complementares
	Capítulo 2 
	Biossegurança
	Capítulo 3
	Importância para a odontologia
	Capítulo 4
	Aspectos éticos
	Referências

Continue navegando