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INTERPRETAÇÃO E AVALIAÇÃO DE 
EXAMES HOSPITALARES
UNIDADE III
EXAMES POR IMAGEM
Atualização
Neisiana Barbieri Zapellini
Elaboração
Andrea Sayuri Silveira Dias Terada
Cláudio Rodrigues Rezende Costa
Lázara Joyce Oliveira Martins
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE III
EXAMES POR IMAGEM ........................................................................................................................................................................5
CAPÍTULO 1
RADIOGRAFIAS .............................................................................................................................................................................. 5
CAPÍTULO 2
ULTRASSONOGRAFIA .............................................................................................................................................................. 13
CAPÍTULO 3
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ................................................................................................................................. 14
CAPÍTULO 4
RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA ............................................................................................................................. 17
CAPÍTULO 5
OUTROS EXAMES ....................................................................................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................21
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UNIDADE IIIEXAMES POR IMAGEM
CAPÍTULO 1
RADIOGRAFIAS
Os exames radiográficos fazem parte da rotina do tratamento odontológico, uma 
vez que é fundamental que o profissional possa ter acesso a estruturas que ele não 
consegue visualizar clinicamente. As radiografias apresentam informações de objetos 
tridimensionais em um plano bidimensional, sendo a utilização de radiografia simples 
ou em diferentes contrastes fundamental para observar as estruturas e a presença de 
corpos estranhos ou lesões, como sialólitos e cistos intraósseos.
A detecção, o controle e o diagnóstico por imagem tornam-se cada vez mais precisos à 
medida que os recursos de imaginologia evoluem. O exame radiográfico é imprescindível 
para o diagnóstico de fraturas, sendo estas uma das poucas lesões cuja imagem final obtida 
permite o diagnóstico final da lesão. Tumores e doenças metabólicas são diagnosticados, 
muitas vezes, em exames radiográficos de rotina, devido à ausência de sintomatologia 
dolorosa e à deformação local visível, permitindo, então, o diagnóstico precoce. 
Tipos de radiografia
Os exames radiográficos realizados em odontologia são divididos em exames extrabucais 
e intrabucais.
Radiografias intrabucais
As radiografias intrabucais são obtidas ao posicionar o filme radiográfico dentro da 
cavidade oral, que será exposto a uma baixa quantidade de radiação focalizada com 
auxílio de um cilindro localizador. São três as principais técnicas intrabucais: periapical, 
interproximal e oclusal.
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UNIDADE III | EXAMES POR IMAGEM
Figura 12. Posicionamento para tomada de radiografia intrabucal periapical do paralelismo para 
dentes superiores posteriores e oclusal de maxila.
 
 Fonte: http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/documentos/Exames_radiograficos_extrabucais_e_intrabucais.pdf.
As radiografias periapicais registram as imagens que possibilitam a visualização 
completa dos dentes (coroa e raízes), lâmina dura, crista óssea e osso alveolar (no mínimo 
dois milímetros além do ápice radicular). 
As principais indicações são: avaliação periodontal; observação de lesão ou cisto 
periapical; avaliação pós-traumática dos dentes e do osso alveolar; avaliação da presença 
e posicionamento de dentes não erupcionados; avaliação da morfologia radicular antes das 
extrações; procedimentos endodônticos, para o conhecimento da forma anatômica, número 
de raízes e condutos radiculares; avaliação pós-operatória de implantes.
O posicionamento adequado dos filmes varia de acordo com a região a ser radiografada. 
Para adultos, as dimensões do filme compreendem 3 cm x 4 cm. Em região de dentes 
anteriores, o filme ficará posicionado sempre verticalmente, picote voltado para feixe de 
radiação e para incisal/cúspide dos dentes (incisivos e caninos). Para dentes posteriores 
(pré-molares e molares), o filme fica na posição horizontal, picote voltado para feixe de 
radiação e para oclusal.
Os filmes podem ser posicionados pela técnica do paralelismo (com utilização dos 
posicionadores intrabucais) ou seguindo os princípios da bissetriz (o feixe de radiação 
incide perpendicularmente na bissetriz formada entre filme radiográfico e dente), em que 
o paciente segura o filme com os dedos (indicador para mandíbula e polegar para maxila).
São necessárias 14 radiografias periapicais (7 superiores e 7 inferiores) para avaliar 
completamente arcadas superior e inferior. As películas são distribuídas conforme tipo, 
angulação e localização dos dentes nos quadrantes. As radiografias são divididas da seguinte 
forma: 
 » incisivos superiores;
 » canino superior direito;
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EXAMES POR IMAGEM | UNIDADE III
 » canino superior esquerdo;
 » 1º e 2o pré-molar superior direito;
 » 1o e 2o pré-molar superior esquerdo;
 » 1o, 2o e 3o molar superior direito;
 » 1o, 2o e 3o molar superior esquerdo;
 » incisivos inferiores;
 » canino inferior direito;
 » canino inferior esquerdo;
 » 1o e 2o pré-molar inferior direito;
 » 1o e 2o pré-molar inferior esquerdo;
 » 1o, 2o e 3o molar inferior direito;
 » 1o, 2o e 3o molar inferior esquerdo.
Dentes não irrompidos ou impactados muitas vezes necessitam de modificação de técnicas 
radiográficas intrabucais para então se obter uma imagem satisfatória, como técnica 
de Clark, Johnson e Miller-Winter. Os terceiros molares, quando alojados em região 
muito posterior (tuber da maxila ou ramo da mandíbula), podem não ser visualizados 
adequadamente em radiografias intrabucais, havendo necessidade, então, de uma 
radiografia panorâmica.
Figura 13. Exame radiográfico periapical de maxila e mandíbula completo.
Fonte: http://www.cero.com.br/servicos/exames-intrabucais/.
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UNIDADE III | EXAMES POR IMAGEM
As radiografias interproximais são também chamadas de “bitewing” e registram, 
em um único filme, a avaliação simultânea das cristas ósseas alveolares e coroas de 
dentes superiores e inferiores na região posterior. O filme utilizado é o mesmo para a 
técnica periapical.
O posicionamento adequado do filme é horizontal, picote voltado para radiação e para 
baixo. O total de radiografias periapicais são quatro: 
 » pr32olares superiores e inferiores lado esquerdo.
As principais indicações são: diagnóstico ou detecção de cáries; acompanhamento 
da progressão das cáries; avaliação das restaurações e próteses instaladas (contornos 
marginais); avaliação do periodonto e crista óssea; fratura de restaurações e coroas 
fixas em dentes posteriores.
Figura 14. Radiografias interproximais completas.
Fonte: http://www.cero.com.br/servicos/exames-intrabucais/.
Figura 15. Execução de radiografia interproximal com utilização de posicionador intrabucal.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=_fy2XbPTRiM.
As radiografias oclusais registram, em corte transversal, as imagens das bordas 
incisais e das faces oclusais dos dentes nas arcadas dentárias. A superior evidencia as 
imagens do palato duro, lábio superior e base do nariz; a inferior registra as imagens 
da língua, do assoalho da boca e do lábio inferior.
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EXAMES POR IMAGEM | UNIDADE III
As principais indicações são: avaliação da presença e localização de dentes supranumerários 
e inclusos, corpos estranhos; avaliação de lesões e condições anormais em maxila ou 
mandíbula; fratura em mandíbula. Pode ser tomada de forma total ou parcial, na segunda 
só expondo a região de interesse.
Figura 16. Radiografia oclusal de maxila.
Fonte:http://www.cero.com.br/servicos/exames-intrabucais/.
Figura 17. Radiografia oclusal de mandíbula: presença de sialólito em assoalho bucal.
Fonte: https://www.slideshare.net/JosHernndez71/tecnica-oclusal.
Radiografias extrabucais
As radiografias extrabucais usam filmes da radiologia convencional para sua execução. 
Caracterizam-se por serem posicionados no equipamento de raios X, fora da boca 
do paciente. Serão abordadas as técnicas extrabucais: radiografia panorâmica, 
telerradiografia lateral de face, radiografia posteroanterior de crânio e 
radiografia das ATMs.
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UNIDADE III | EXAMES POR IMAGEM
Figuras 18. Posicionamento para tomada de radiografia extrabucal panorâmica, telerradiografia 
frontal e telerradiografia lateral.
 
 
 
Fonte: http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/documentos/Exames_radiograficos_extrabucais_e_intrabucais.pdf.
As radiografias panorâmicas ou ortopantomografias consistem em uma única 
incidência do complexo maxilomandibular. É uma das técnicas radiográficas mais 
solicitadas e difundidas em todas as especialidades da Odontologia, uma vez que esse 
exame considerado simples permite a visualização de todos os dentes e suas estruturas 
anatômicas, e a dose de radiação emitida é considerada baixa.
Esse exame também pode ser utilizado como auxiliar no diagnóstico de osteoporose, os 
índices radiomorfométricos são avaliados de forma mais simples e econômica que no 
exame de densitometria óssea clássico. 
As principais indicações são: avaliar lesões ósseas ou dentes não erupcionados; previamente 
a uma cirurgia bucomaxilofacial; avaliação de fraturas em maxila ou mandíbula; avaliação 
de lesões no seio maxilar; avaliação de lesões destrutivas das superfícies articulares da 
ATM; verificação de anomalias dentárias, patologias, anatomia, entre outros. 
Figura 19. Radiografia panorâmica.
Fonte: http://www.cero.com.br/servicos/exames-extrabucais/.
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EXAMES POR IMAGEM | UNIDADE III
As telerradiografias são exames radiográficos extrabucais de crânio e face executados 
no ortopantomógrafo. Podem ser obtidas imagens em lateral e em anteroposterior. São 
bastante utilizadas para elaboração de traçado cefalométrico lateral.
As telerradiografias laterais avaliam as relações dos dentes com os maxilares e dos 
maxilares com relação ao esqueleto facial, podendo, assim, avaliar os desvios de planos 
oclusais e alterações pertinentes às intervenções ortodôntica, ortopédica e cirúrgica. 
As principais indicações são: avaliação, acompanhamento e finalização de tratamentos 
ortodônticos; avaliação, planejamento, acompanhamento e avaliação pós-operatória 
em cirurgia ortognática; fraturas de ossos da face, tais como osso frontal, nasal, região 
de mento; velamento de seios maxilares.
Nesse exame, também é possível avaliar lesões, tumores, anomalias do desenvolvimento 
e fratura do terço médio do crânio. A técnica permite visualização dos seios frontal, 
esfenoidal e maxilar, dos tecidos moles da nasofaringe e do palato duro.
Figura 20. Telerradiografia lateral de face.
Fonte: http://www.cero.com.br/servicos/exames-extrabucais/.
Figura 21. Radiografia lateral de face indicando lesões múltiplas de mieloma múltiplo.
Fonte: https://www.spmi.pt/21congresso/resumos_aceites_consulta.php?id=IMI-02-08.
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UNIDADE III | EXAMES POR IMAGEM
A radiografia posteroanterior é a técnica que avalia as dimensões mediolaterais 
do crânio, os seios da face e as assimetrias faciais presentes. As principais indicações 
são: detecção de fraturas, traumas, lesões, anomalias de desenvolvimento e calcificações 
intracranianas; planejamento cirúrgico. Nesse exame, as condições que afetam o 
crânio, como Doença de Paget, mieloma múltiplo e hiperparatireoidismo, podem ser 
diagnosticadas.
Figura 22. Radiografia posteroanterior.
Fonte: http://www.cero.com.br/servicos/exames-extrabucais/.
A radiografia das ATMs (articulação temporomandibular) é a técnica executada 
em aparelho radiográfico extrabucal, em uma visão lateral da ATM com boca fechada 
e em abertura máxima. Sua indicação é permitir uma melhor avaliação dos contornos 
anatômicos (cabeça da mandíbula, eminência articular, fossa mandibular) e dinâmica 
articular (posicionamento das cabeças da mandíbula com relação à fossa mandibular 
e eminência articular). 
Figura 23. Radiografia das ATMs.
Fonte: https://novaimagemrx.com.br/radiografia-de-atm/.
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CAPÍTULO 2
ULTRASSONOGRAFIA
A ultrassonografia, ou ecografia, é um método diagnóstico que aproveita a emissão de 
ondas sonoras para ver em tempo real as reflexões produzidas por estruturas e órgãos 
do corpo humano. A formação da imagem se baseia na reflexão, refração e dispersão 
das ondas nas interfaces teciduais de diferentes impedâncias sonoras, que dependem 
da densidade e da velocidade de propagação no tecido. Pode-se também avaliar o fluxo 
sanguíneo pela técnica Doppler, que indica fluxo, sentido, profundidade dos vasos 
investigados, seu diâmetro e as velocidades dentro de si. 
Trata-se de um exame bastante utilizado na área médica, principalmente para análise de 
tecidos moles. É considerado um método diagnóstico simples, de boa sensibilidade, de 
baixo custo e importante no estado não invasivo de estruturas vasculares e patológicas.
Figura 24. Ultrassonografia das glândulas salivares.
Fonte: http://www.ultraeduc.com.br/post/conheca-os-tipos-de-ultrassonografia/252.
Na área de atuação odontológica, pode ser utilizado para exame de osso e tecido 
mole superficial, detecção de principais lesões de glândulas salivares, articulação 
temporomandibular, avaliação de fraturas e lesões vasculares, exame de gânglios linfáticos, 
medição da espessura dos músculos e visualização dos vasos do pescoço.
Figura 25. Ultrassonografia das glândulas salivares.
Fonte: https://www.saudebemestar.pt/pt/exame/imagiologia/ecografia-glandulas-salivares/.
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjDpKjrh73jAhV4FbkGHf81DWMQjRx6BAgBEAU&url=http://www.ultraeduc.com.br/post/conheca-os-tipos-de-ultrassonografia/252&psig=AOvVaw0iZ5b8XF8II9PCn5GnG1VC&ust=1563490950455205
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj_tYHxvpbjAhWJHbkGHYUzB-wQjRx6BAgBEAU&url=/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=&url=https://www.saudebemestar.pt/pt/exame/imagiologia/ecografia-glandulas-salivares/&psig=AOvVaw1yWSsAwhL6jvKMlTR6COWg&ust=1562165651981495&psig=AOvVaw1yWSsAwhL6jvKMlTR6COWg&ust=1562165651981495
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CAPÍTULO 3
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
A tomografia computadorizada é um método não invasivo, rápido, fidedigno e de 
alta precisão diagnóstica. O exame é realizado com uma fonte circular de raios X. É 
considerada um método de escolha para a análise das estruturas ósseas que permite 
obter a reprodução de uma secção do corpo humano. Em outras palavras, são obtidas 
imagens tomográficas finas de tecidos e conteúdo corporal em computadores. A imagem 
obtida é tridimensional, o sistema é considerado mais sensível na diferenciação de tipos 
de tecido, sendo mais claramente delineados e estudados, uma vez que pode detectar 
diferenças de densidade entre tecidos de 1% ou menos. Além disso, é possível manipular 
e ajustar a imagem após ter sido completada a varredura, como ocorre de fato com toda 
a tecnologia digital. 
As principais aplicações são: identificar e delinear processos patológicos; visualizar 
dentes retidos; avaliar os seios paranasais; diagnosticar trauma; mostrar os componentes 
ósseos da articulação temporomandibular e os leitos para implantes dentários. O exame 
também pode ser muito útil na avaliação de patologias na região de cabeça e pescoço. 
Ele avalia presença ou extensão do tumor envolvendo a maxila ou a mandíbula, infecção 
ou outra patologia. 
Figura 26. Aparelho de tomografia computadorizada utilizado na área médica.
Fonte: http://radiologia.blog.br/diagnostico-por-imagem/como-funciona-a-tomografia-computadorizada-entenda-mais-
sobre-o-exame.
Figura 27. Aparelho de tomografiacomputadorizada utilizado na área odontológica.
Fonte: https://oralodontologia.blogspot.com/2010_06_01_archive.html.
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi2uJqMib3jAhW6FbkGHXAdCu8QjRx6BAgBEAU&url=/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=&url=http://radiologia.blog.br/diagnostico-por-imagem/como-funciona-a-tomografia-computadorizada-entenda-mais-sobre-o-exame&psig=AOvVaw1D9S83nOC4urBuCwS8JI54&ust=1563490758847511&psig=AOvVaw1D9S83nOC4urBuCwS8JI54&ust=1563490758847511
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EXAMES POR IMAGEM | UNIDADE III
Figura 28. Tomografia computadorizada: (A) corte coronal, (B e C); corte axial, (D). 
reconstrução em 3D.
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Tomografia-computadorizada-A-Corte-coronal-B-e-C-Corte-axial-D-
Reaconstrucao_fig5_277817791.
A associação de exames complementares de imagem com biópsias em diferentes alterações 
é muito comum, como na remoção de corpos estranhos na região dos maxilares. As figuras 
29, 30, 31 e 32 representam um caso clínico envolvendo tomografia computadorizada 
e biópsia excisional.
Figura 29. Tomografia computadorizada com reconstrução de mandíbula notando-se aumento de 
volume bem definido em assoalho da boca, próximo à face lingual de mandíbula.
Fonte: Araújo et al., 2011.
Figura 30. Remoção de corpo estranho em região de assoalho da boca, lado direito.
Fonte: Araújo et al., 2011.
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UNIDADE III | EXAMES POR IMAGEM
Figura 31. Tomografia computadorizada: imagem de reconstrução da região de face após excisão 
cirúrgica.
Fonte: Araújo et al., 2011.
Figura 32. Assoalho da boca com características anatômicas normais após excisão 
cirúrgica do sialólito.
Fonte: Araújo et al., 2011.
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CAPÍTULO 4
RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA
A ressonância funciona a partir da magnetização da área a ser estudada, por meio 
da interação dos átomos de hidrogênio presentes no corpo humano com um campo 
magnético de alta energia e pulsos de radiofrequência, sendo capaz de produzir 
imagens de diferentes secções do corpo humano, em qualquer plano, seja este axial, 
coronal ou sagital. 
Esse recurso pode ser utilizado para estudar vasos, nervos, músculos, tecidos moles e 
cartilaginosos em geral. Na Odontologia, esse exame é recomendado para: 
 » estudos de disfunções na articulação temporomandibular (ATM); 
 » avaliação de tumores ósseos e em partes moles; 
 » estudo das cavidades paranasais; 
 » estudo de glândulas salivares; 
 » estudo da anatomia normal e suas variações. 
A ressonância magnética evidencia distúrbios articulares que não são visualizados em 
outros exames por imagem. Por isso, é considerada método diagnóstico padrão, por meio 
da aquisição de imagens nos planos sagital e coronal nas posições de intercuspidação 
e abertura máxima. 
Destaca-se também como uma importante aliada no diagnóstico de neoplasias do tecido 
glandular, por seu alto contraste dos tecidos moles em cortes seccionais multiplanares, 
sem mudar o paciente de posição, caráter não invasivo biologicamente e fornecimento 
de informações anatômicas e fisiológicas minuciosas, caracterizando melhor os aspectos 
mistos da neoplasia e sua relação com espaços e estruturas anatômicas. 
Figura 33. Aparelho de ressonância nuclear magnética.
Fonte: https://diagrad.com.br/noticias/como-funciona-ressonancia-nuclear-magnetica/.
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwish-yhir3jAhW0LLkGHaWoANcQjRx6BAgBEAU&url=https://diagrad.com.br/noticias/como-funciona-ressonancia-nuclear-magnetica/&psig=AOvVaw3StnrJEaWZsJ-3IpEau5Pu&ust=1563491591167605
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UNIDADE III | EXAMES POR IMAGEM
Figura 34. Imagem de ressonância nuclear magnética de região da cabeça e face.
Fonte: http://imi.pt/pt/content/17-servios/92-o-que-a-ressonncia-magntica?main=18&current=71.
A ressonância magnética tem sido o exame de imagem de primeira escolha para o 
diagnóstico das anormalidades de tecido mole da articulação temporomandibular, pois 
permite a avaliação da posição do disco articular, por ser um exame de diagnóstico por 
imagem no qual, após adquirir conhecimento técnico e científico, o examinador pode 
identificar os tecidos com facilidade.
Figura 35. Diferentes IRMs registrando deslocamento anterior do disco articular sem redução em 
cortes parassagitais.
Fonte: Ferreira et al., 2016.
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CAPÍTULO 5
OUTROS EXAMES
Cintilografia
A cintilografia utiliza aplicação de isótopo radioativo para a observação de tecidos e 
órgãos vivos. A imagem é obtida pela emissão de raios gama pelo isótopo radioativo. 
Trata-se de um exame dinâmico, ou seja, as imagens são obtidas devido a alterações 
metabólicas, e atua complementando o exame radiográfico.
Esse exame foi desenvolvido para o estudo de atividades metabólicas normais, inflamações 
maxilares e análise de tumores e lesões. A imagem permite observar as áreas que 
apresentam fluxo sanguíneo elevado, sendo indicada para detecção de metástases e 
osteomielites. Em lesões ósseas, a cintilografia permite o diagnóstico com antecedência 
de 6 a 8 meses em relação à radiografia comum, que só detectará a imagem de perda de 
mineralização quando atingir 50% de perda óssea. 
Figura 36. Equipamento e exame de cintilografia.
Fonte: http://www.centrocorrioclaro.com.br/wp-content/uploads/2013/04/cintilografia.jpg.
Figura 37. Cintilografia de glândulas salivares.
Fonte: http://www.inalmedicinanuclear.com.br/textos/textos_detalhes.asp?id=82.
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UNIDADE III | EXAMES POR IMAGEM
Sialografia
A sialografia, ou radiografia com contraste, é um tipo de exame que utiliza contraste 
radiográfico radiopaco (geralmente iodo e bário). Inicialmente, é realizada uma radiografia 
a fim de descartar calcificações. Em seguida, é administrado o contraste, e posteriormente 
novas tomadas radiográficas são realizadas com filmes radiográficos convencionais ou 
digitais.
Essa técnica é aceita para detectar as modificações obstrutivas: cálculos, inflamatórias, 
traumáticas e neoplásicas. Serve para avaliar o sistema de ductos das glândulas salivares 
(parótida e submandibular), sendo útil também para a terapêutica de determinados 
processos patológicos.
No exame, são identificados os espaços preenchidos por líquidos corpóreos, patológicos 
ou não, ductos, artérias, veias e, eventualmente, espaços virtuais, certas estruturas e 
órgãos. 
Figura 38. Sialografia – paciente com suspeita de Síndrome de Sjögren.
Fonte: https://it.wikipedia.org/wiki/Scialografia.
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REFERÊNCIAS
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Campina Grande, 2014. 
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REFERÊNCIAS
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	UNIDADE III
	Exames Por Imagem
	Capítulo 1
	Radiografias
	Capítulo 2
	Ultrassonografia
	Capítulo 3
	Tomografia computadorizada
	Capítulo 4
	Ressonância nuclear magnética
	Capítulo 5
	Outros exames
	Referências

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