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Cardiopatias Congênitas

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Cardiopatias congênitas: as doenças do coração que
nascem conosco
6 minutos para ler
Há vários tipos de cardiopatias associadas a anormalidades originadas ainda na fase embrionária. Em
alguns casos, o tratamento é feito mesmo durante a gestação, por meio de intervenção minimamente
invasiva.
O que são cardiopatias congênitas?
As cardiopatias congênitas são problemas decorrentes de malformações na estrutura do coração
durante a fase de desenvolvimento do embrião. 
Em geral, são alterações que interferem no correto fluxo de sangue dentro do coração, entre suas quatro
cavidades ou nas válvulas cardíacas, por exemplo. Há também problemas que comprometem o fluxo
nos vasos sanguíneos que entram ou que saem do coração. Do lado direito, o coração recebe o sangue
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venoso que seguirá para o pulmão para receber oxigênio; do lado esquerdo, bombeia o sangue
oxigenado para circular no organismo. 
As cardiopatias congênitas perturbam esse processo: em alguns casos, as cavidades se comunicam
quando não deveriam; em outros, a comunicação que deveria haver não existe; em outros, há
estreitamentos ou obstruções que interferem na chegada ou na saída do sangue. Há, ainda, casos em
que ocorre a combinação de duas ou mais alterações.
Assim, há vários tipos de cardiopatias congênitas, um problema que, segundo o Centers for Disease
Control and Prevention norte-americano, afeta aproximadamente 1% das pessoas nascidas por ano. A
forma mais comum de cardiopatia congênita é a comunicação interventricular. 
Sintomas e diagnóstico
As cardiopatias congênitas podem ser identificadas na fase intrauterina, no nascimento ou mais tarde –
na infância, adolescência e até na vida adulta, dependendo do tipo da alteração no coração e dos seus
reflexos. Na fase intrauterina, o problema é geralmente detectado por meio de ecocardiograma fetal. 
No nascimento, dificuldade ou cansaço ao mamar e cianose (o bebê fica com os lábios e/ou pontas dos
dedos arroxeados) podem ser indicativos de cardiopatia congênita. Aproximadamente um quarto dos
recém-nascidos com cardiopatias congênitas apresentam sintomas já no primeiro ano de vida,
necessitando intervenções cardíacas. 
Em crianças maiores, o sinal mais frequente é o cansaço para realizar atividades físicas. Algumas
cardiopatias congênitas são mais brandas e acabam sendo descobertas apenas na adolescência ou na
vida adulta, quando começam a surgir sintomas como cansaço e falta de ar. No exame clínico, o médico
especialista – cardiologista ou cardiologista pediátrico – poderá observar fatores como o sopro cardíaco
(associado ao defeito no coração) e solicitará exames como eletrocardiograma e ecocardiograma para
confirmar o diagnóstico.
Fatores de risco e prevenção
Em torno de 15% a 30% dos casos uma condição genética é detectável, mas na maior parte das vezes
as cardiopatias congênitas não têm uma causa definida. Algumas condições do bebê ou da mãe podem
aumentar o risco, entre elas: 
 Condições do bebê, como Síndrome de Down;
Doenças da mãe, como rubéola nos três primeiros meses de gestação, e alguns tipos de
infecções.
É importante ressaltar que essas condições apenas levam a uma maior predisposição para o
desenvolvimento de cardiopatias congênitas. Ou seja, um bebê com Down ou cuja mãe teve rubéola
pode nascer com o coração absolutamente saudável.
A detecção precoce da cardiopatia congênita faz toda a diferença. Quando mais cedo o problema é
identificado, maior a chance de sucesso no tratamento e prevenção de sequelas. Em alguns tipos de
cardiopatias congênitas, o tratamento adequado e precoce permite a completa reversão do quadro,
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assegurando ao paciente vida normal, inclusive para a prática esportiva. A demora no diagnóstico e
tratamento, ao contrário, pode gerar sequelas irreversíveis.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com o tipo de cardiopatia congênita. Os medicamentos sempre fazem
parte do cuidado, mas uma parte dos casos exige cirurgia ou as cada vez mais adotadas intervenções
minimamente invasivas por meio de cateter, guiadas por imagem. Esses procedimentos, aliás, tornaram
viável algo anteriormente impossível: o tratamento dessas doenças intraútero, ou seja, quando o bebê
ainda está na barriga da mãe. O recurso é particularmente importante em alguns tipos de cardiopatias
congênitas, como a estenose aórtica ou a atresia pulmonar (estreitamentos que dificultam a abertura das
válvulas cardíacas para a saída de sangue do coração). São problemas graves, para os quais o
tratamento ainda na fase intrauterina pode ajudar a melhorar a evolução clínica.
Após o nascimento, a cardiopatia congênita pode levar a uma situação crítica, com risco de morte da
criança. Nesses casos, a intervenção por cateterismo é frequentemente adotada, por vezes até de
maneira paliativa, com o intuito de reverter a emergência. O objetivo é assegurar a estabilização do
quadro e o período de tempo necessário para que o bebê ganhe peso e possa ser submetido ao
tratamento definitivo, que pode ser feito por meio de procedimento minimamente invasivo, cirurgia aberta
ou, ainda, pela modalidade híbrida, que combina cateterismo e cirurgia. 
Essas abordagens também são alternativas para o tratamento das cardiopatias congênitas que se
manifestam na adolescência ou na fase adulta, mas, sempre que possível, o cateterismo costuma ser a
opção preferencial em razão dos benefícios da intervenção minimamente invasiva, entre eles menos
tempo de internação e maior rapidez na recuperação do paciente e retomada das atividades de rotina.
Nossos diferenciais
Os pacientes com cardiopatias congênitas encontram no Einstein uma estrutura completa e integrada,
com Maternidade e assistência cardiológica. 
Além da alta qualificação e multidisciplinariedade da equipe – obstetras, cardiologistas intervencionistas,
cardiologistas (inclusive cardiologistas pediátricos), cirurgiões, anestesistas e especialistas de imagem,
entre outros –, contamos com as mais avançadas tecnologias e recursos importantes, como
maternidade preparada para gestações de alto risco, UTIs pediátrica e para as mães, exames como
ecocardiograma fetal e até uma Sala Híbrida, equipada para a realização simultânea de cirurgia e
procedimento minimamente invasivo.
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Pouquíssimos hospitais do país oferecem essa estrutura combinada de Maternidade e Cardiologia que
permite atender com excelência casos de alta complexidade como os relacionados a vários tipos de
cardiopatias congênitas. Para o paciente, esses diferenciais têm um significado claro: a certeza de que,
no Einstein, contará com os melhores cuidados.
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