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PLANO_DE_ASSISTENCIA_SOCIAL modelo

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Plano Municipal de Assistência Social 2022-2025 
 
 
 
 
 
 
 BELFORD ROXO, Novembro de 2021 
 
 
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2. FICHA TÉCNICA 
 
SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, CIDADANIA E MULHER 
Brenda Carneiro 
Secretária Municipal de Assistência Social, Cidadania e Mulher 
 
Secretaria Executiva de Assistência Social, Cidadania e Mulher 
Secretária Executiva: Carla Fernandes 
Assessor Técnico: Tatiane Rodrigues 
Diretoria de Proteção Social Básica: Rosane Silva Gonçalves 
Divisão de Proteção a Família: Michele Marinho 
Divisão de Programas e Projetos Sociais: Wellington Nascimento 
Coordenadora do ACESUAS: Ariane Gonzaga 
Coordenador do BPC: Edmilson Cesário 
Coordenadora do SCFV: Roseli Alvarenga 
Administrativo: Juliana Richa 
Diretoria de Proteção Social Especial: Tamiris Almeida 
Divisão de Alta Complexidade: Luana Natal 
Assessor Técnico: Monique Batalha 
Assistente Social: AnikSetubal 
 
Secretaria Executiva de Gestão do SUAS 
Secretária Executiva: Daniela Farias da Silva 
Coordenador do Cadastro Único: Vilson Carlos Xavier Junior 
Assessor Técnico: Bruna Barros 
Coordenador da Vigilância Socioassistencial: Francisco Gonçalves 
Assessor Técnico: Adriana Santos 
Coordenação da Gestão do Trabalho: Priscilla Nery 
Administrador: Cleber Portugal 
 
Responsável pela elaboração do plano: 
Daniela Farias da Silva 
Secretária Executiva de Gestão do SUAS 
 
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3. IDENTIFICAÇÃO 
Município: BELFORD ROXO 
Estado: Rio de Janeiro 
Porte populacional: Grande 
Período de execução: 2022-2025 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO 
Prefeito: Wagner dos Santos Carneiro 
Mandato:Início 01/01/2021 Término 31/12/2024 
CNPJ: 39.485.438/0001-42 
Endereço:Rua Florípes Rocha, 378 – Centro, Belford Roxo/RJ - CEP: 26.113-340 
Telefone: 21-2103-6932 - E-mail: gabineteprefeito@prefeituradebelfordroxo.rj.gov.br 
 
SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, CIDADANIA E MULHER 
Responsável Gestora: Brenda Carneiro 
Ato de Nomeação da Gestora:Portaria Nº 005/GP/2021 de 04 de Janeiro de2021. 
Data da nomeação: 01/01/2021 
Endereço: Avenida Retiro da Imprensa, 1423 – Piam, Belford Roxo/RJ - CEP: 26112-180 
Telefone: 21- 2662-0120 - E-mail:semascbelfordroxo@gmail.com 
 
FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
Número da Lei de Criação: Lei Municipal nº 6007, de 23 de dezembro de 1994. Alterada pela 
Lei 9.185, de 02/10/2003, e 10.211, de 27/04/2007. 
Número do Decreto que regulamenta o Fundo: Decreto Municipal nº 609, de 17 de outubro de 
1996. 
Nome da Ordenadora de despesas do FMAS: Brenda Carneiro 
 
CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
Lei de Criação nº. 537 de 20 de dezembro de 1996 e atualizada pela lei Municipal nº. 1068 de 
27 de outubro de 2005 
Endereço:Avenida Retiro da Imprensa, 1423 – Piam, Belford Roxo/RJ - CEP: 26112-180 
E-mail:cmasbelfordroxo@gmail.com 
 
 
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4.INTRODUÇÃO 
 
4.1. O PLANO MUNICIPAL 
 
 O processo de elaboração do PMAS deve ser norteado pelo entendimento de que o mesmo 
constitui um mecanismo estratégico para a gestão social do município: 
 
“O Plano de Assistência Social é um instrumento de 
planejamento estratégico que organiza, regula e norteia 
a execução da PNAS/2004 na perspectiva do SUAS. Sua 
elaboração é de responsabilidade do órgão gestor da 
Política que o submete à aprovação do Conselho de 
Assistência Social reafirmando o princípio democrático e 
participativo” (PNAS/04:119); 
 
 O Plano não é apenas uma ferramenta técnica, mas, também, um instrumento 
essencialmente político que não deve ficar restrito ao âmbito do órgão gestor, mas sim, deve 
ser incluído na agenda pública local, de maneira que seja compreendido como instrumento de 
afirmação do compromisso público da gestão municipal com o atendimento às necessidades e 
prioridades da população usuária da Assistência Social; 
 O Plano não é um fim em si mesmo, pois o planejamento não se esgota no momento da 
elaboração e aprovação do documento. É um processo contínuo, dinâmico, flexível, que exige 
postura estratégica tendo em vista a consecução dos objetivos e metas definidos, bem como a 
avaliação do Plano ao longo de sua implementação, viabilizando a adoção de reajustes que 
possibilitem o alcance de resultados esperados. 
 A formulação e implementação do Plano Municipal de Assistência Social exige: o 
diagnóstico da realidade socioassistencial com a identificação dos territórios de vulnerabilidade 
social como unidade de análise; o mapeamento e cobertura da rede prestadora de serviços; a 
definição de diretrizes, prioridades, objetivos, e metas; a previsão do monitoramento e 
avaliação; o exercício do controle social e a previsão de recursos para sua realização. 
 
 
 
 
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4.2. PANORAMA DOMUNICÍPIO DE BELFORD ROXO. 
 
 
Localizado no estado do Rio de Janeiro, Belford Roxo é um dos 13 municípios que 
compõem a chamada Baixada Fluminense. Emancipado no dia 3 de abril de 1990, é 
caracterizado como cidade dormitório e com baixos índices de desenvolvimento 
socioeconômico. 
Prefeito [2021] Wagner dos Santos Carneiro 
Gentílico belford-roxense 
Área Territorial 78,985 km² [2020] 
Densidade demográfica 6.031,38 hab/km² [2010] 
 
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IDHM Índice de desenvolvimento humano 
municipal 
0,684 [2010] 
Mortalidade infantil 13,18 óbitos por mil nascidos vivos 
[2019] 
Receitas realizadas 612.861,74 R$ (×1000) [2017] 
Despesas empenhadas 612.697,53 R$ (×1000) [2017] 
PIB per capita 15.598,12 R$ [2018] 
Salário médio mensal dos trabalhadores 
formais [2019) 
2,1 saláriosmínimos 
Código IBGE 3300456 
Acessado em 13/09/2021. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/rj/belford-roxo.html 
 
TERRITÓRIO E AMBIENTE 
 
Apresenta 81.4% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 35.1% de 
domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 38.1% de domicílios urbanos em vias 
públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). 
Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 34 de 92, 79 de 92 e 
48 de 92, respectivamente. Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 889 
de 5570, 4701 de 5570 e 834 de 5570, respectivamente. 
 
Área da unidade territorial [2020] 78,985 km2 
Esgotamento sanitário adequado [2020] 81,4% 
Arborização de vias públicas [2020] 35,1% 
Bioma [2019] Mata Atlântica 
Sistema Costeiro-Marinho [2019] Pertence 
Hierarquia urbana [2018} Metrópole Nacional (1B) – Município integrante 
do Arranjo Populacional do Rio de Janeiro 
Região de Influência [2018] Arranjo Populacional do Rio de Janeiro/RJ – 
Metrópole Nacional (1B) 
Região Intermediário [2020] Rio de Janeiro 
Região imediata [2020] Rio de Janeiro 
Mesorregião [2020] Rio de Janeiro 
 
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Microrregião [2020] Rio de Janeiro 
Fonte: Acessado em 13/09/2021. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/belford-roxo/panorama 
 
TRABALHO E RENDIMENTO 
 
Em 2019, o salário médio mensal era de 2.1 salários mínimos. A proporção de pessoas 
ocupadas em relação à população total era de 7.1%. Na comparação com os outros municípios 
do estado, ocupava as posições 34 de 92 e 92 de 92, respectivamente. Já na comparação com 
cidades do país todo, ficava na posição 1530 de 5570 e 4470 de 5570, respectivamente. 
Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, 
tinha 39.3% da população nessas condições, o que o colocava na posição 6 de 92 dentre as 
cidades do estado e na posição 2833 de 5570 dentre as cidades do Brasil. 
 
Pessoalocupado [2019] 36.152 pessoas 
Populaçãoocupada [2019] 7,1 % 
Percentual da população com rendimento nominal mensal per 
capita de até 1/2 salário mínimo [2010] 
39,3 % 
Fonte: Acessado em 13/092021. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/belford-roxo/panorama 
 
EDUCAÇÃO 
 
Taxa de Escolarização de 6 a 14 anos 96,2 % [2010] 
IDEB– Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública) 
[2019] 
4,7 
IDEB – Anos finais do ensino fundamental (Rede pública) [2019] 3,8 
Matrícula no ensino fundamental 58.629 matrículas 
Matrícula no ensino médio [2020] 12.952 matrículas 
Docentes no ensino fundamental [2020] 2.952 docentes 
Docentes no ensino médio [2020] 1.015 docentes 
Número de estabelecimento de ensino fundamental [2020] 206 escolas 
Número de estabelecimentos de médio [2020] 54 escolas 
Fonte: Acessado em 13/0/20212. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/belford-roxo/panorama 
 
 
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ECONOMIA 
 
PIB per capita [2018] 15.598,12 R$ 
Percentual das receitas oriundas de fontes externas [2012] 77,3% 
Total de receitas realizadas [2017] 612.861,74 
R$ (x1000) 
Total de despesas empenhadas [2017] 612.697,53 
R$ (x1000) 
Fonte: Acessado em 13/0/2021. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/belford-roxo/panorama 
 
SAÚDE 
 
A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 13.18 para 1.000 nascidos vivos. 
As internações devido a diarreias são de 0.6 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos 
os municípios do estado, fica nas posições 48 de 92 e 27 de 92, respectivamente. Quando 
comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 2297 de 5570 e 3103 de 5570, 
respectivamente. 
Mortalidade Infantil [2019] 13,18 óbitos por mil nascidos vivos 
Internações por diarreia [2016] 0,6 internações por mil habitantes 
Estabelecimentos de Saúde SUS [2009] 58 estabelecimentoss 
Fonte: Acessado em 13/0/2021. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/belford-roxo/panorama 
 
POPULAÇÃO 
 
População estimada [2021] 515.239 pessoas 
População no último censo [2010] 469,332 pessoas 
Densidade demográfica [2010] 6.031,38 hb/km2 
Fonte: Acessado em 13/0/2021. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/belford-roxo/panorama 
 
No dia 11 de dezembro de 2018 foi aprovada no Município a Lei 1.588 que dispõe sobre 
a Política de Assistência Social em Belford Roxo. 
 
 
 
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LEI DO SUAS MUNICIPAL 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO CONSTRUINDO UM NOVO 
TEMPO 
11 DE DEZEMBRO DE 2018. PUBLICADO EM 12/12/2018 – CÓD -PMBR 199. 
 
LEI Nº 1.588, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2018. 
“Dispõe sobre a Política Pública de Assistência Social do Município de Belford Roxo e dá 
outras providências.” 
 
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE BELFORD ROXO, Estado do Riode Janeiro, no uso de 
suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte 
lei: 
CAPÍTULO I 
DAS DEFINIÇÕES E DOS OBJETIVOS 
 
Art.1ºAAssistênciaSocial,direitodocidadãoedeverdoEstado,é Política de Seguridade Social 
não contributiva, que provê os míni- mos sociais, realizada através de um conjunto integrado 
de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às 
necessidadesbásicas. 
 
Art.2ºAPolíticadeAssistênciaSocialdoMunicípiodeBelfordRoxo tem porobjetivos: 
 
I – a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da 
incidência de riscos, especialmente: 
 
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e àvelhice; 
b) o amparo às crianças e aosadolescentes; 
c) a promoção da integração ao mercado detrabalho; 
d) a habilitação e a reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração 
à vidacomunitária. 
 
II - avigilânciasocioassistencial,quevisaaanalisarterritorialmente a capacidade protetiva das 
 
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famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações edanos; 
 
III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das 
provisõessocioassistenciais; 
 
IV - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das 
políticas e no controle de ações em todos osníveis; 
 
V - primazia da responsabilidade do ente político na condução da Política de Assistência Social 
em cada esfera degoverno; 
 
VI - centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, 
programas e projetos, tendo como base o território. 
 
Parágrafo único. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma 
integrada às políticas setoriais visando universalizar a proteção social e atender às 
contingências sociais. 
 
CAPÍTULO II 
DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES 
 
Seção I Dos Princípios 
 
Art. 3º A política pública de assistência social rege-se pelos seguintes princípios: 
 
I – universalidade: todos têm direito à proteção socioassistencial, prestada a quem dela 
necessitar, com respeito à dignidade e à autonomia do cidadão, sem discriminação de qualquer 
espécie ou comprovação vexatória da suacondição; 
 
II – gratuidade: a assistência social deve ser prestada sem exigência de contribuição ou 
contrapartida, observado o que dispõe o art. 35, da Lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro de 
2003 - Estatuto doIdoso; 
 
 
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III – integralidade da proteção social: oferta das provisões em sua completude, por meio de 
conjunto articulado de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais; 
 
IV – intersetorialidade: integração e articulação da rede socioassistencial com as demais 
políticas e órgãos setoriais de defesa de direitos e Sistema de Justiça; 
 
V – equidade: respeito às diversidades regionais, culturais, socio-econômicas, políticas e 
territoriais, priorizando aqueles que estiverem em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e 
social; 
 
VI – supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de 
rentabilidade econômica; 
 
VII – universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial 
alcançável pelas demais políticas públicas; 
 
VIII – respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e 
serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer 
comprovação vexatória de necessidade; 
 
IX – igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer 
natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; 
 
X – divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos socioassistenciais, 
bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão; 
 
XI – valorização das competências intelectuais, da capacidade de reflexão, de crítica e de 
transformação da realidade de cada sujeito e de seu contexto social. 
 
Seção II Das Diretrizes 
 
Art. 4º A organização da assistência social no Município observará as seguintes diretrizes: 
 
 
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I – primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social 
em cada esfera de governo; 
 
II – descentralização político-administrativa e comando único em cada esfera de gestão; 
 
III – cofinanciamento partilhado dos entes federados; 
 
IV – matricialidade sociofamiliar; 
 
V – territorialização; 
 
VI – fortalecimento da relação democrática entre Estado e sociedade civil; 
 
VII – participação popular e controle social, por meio de organizações representativas, na 
formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; 
 
VIII – integração e sistematicidade nas ações, orientadas para um modelo de proteção social 
integral. 
 
CAPÍTULO III 
DA GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA 
SOCIAL. 
 
Seção I Da Gestão 
 
Art. 5º A gestão das ações na área de assistência social é organizada sob a forma de sistema 
descentralizado e participativo, de- nominado Sistema Único de Assistência Social – SUAS, 
conforme estabelece a Lei Federal nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, cujas normas gerais e 
coordenação são de competência da União. 
 
Parágrafo único. O SUAS é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de 
assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social abrangida pela LeiFederal nº 8.742, de 1993. 
 
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Art.6º O Município de Belford Roxo atuará de forma articulada com as esferas federal e 
estadual, observadas as normas gerais do SUAS, cabendo-lhe coordenar e executar os serviços, 
programas, projetos e benefícios socioassistenciais em seu âmbito. 
 
Art. 7º A Política Municipal de Assistência Social e o Sistema Único de Assistência Social – 
SUAS no Município de Belford Roxo serão coordenados pela Secretaria Municipal de 
Assistência Social e Cidadania – SEMASC como órgão gestor desta política no Município de 
Belford Roxo. 
 
Parágrafo único. O órgão gestor da Política Municipal de Assistência Social desempenhará a 
gestão da Política de Assistência Social no Município, em respeito às responsabilidades, 
competências e normas previstas na Norma Operacional Básica do Sistema Único de 
Assistência Social – NOB/SUAS e regulações posteriores. 
 
Seção II 
DA ORGANIZAÇÃO 
 
Art. 8º O Sistema Único de Assistência Social no âmbito do Município de Belford Roxo 
organiza-se pelos seguintes tipos de proteção: 
 
I – proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da 
assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social, por meio de 
aquisições e do desenvolvimento de potencialidades e do fortalecimento de vínculos familiares 
e comunitários; 
 
II – proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por 
objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de 
direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos 
para o enfrentamento das situações de violação de direitos. 
 
Art. 9º A proteção social básica compõem-se precipuamente dos seguintes serviços 
socioassistenciais, nos termos da Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, sem 
prejuízo de outros que vierem a ser instituídos: 
 
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I – Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF; 
 
II – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFV; 
 
III – Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas; 
 
§1º O PAIF deve ser ofertado exclusivamente no Centro de Referência de Assistência Social – 
CRAS. 
 
§2º Os serviços socioassistenciais de Proteção Social Básica poderão ser executados pelas 
Equipes Volantes. 
 
Art. 10. A proteção social especial ofertará precipuamente os seguintes serviços 
socioassistenciais, nos termos da Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, sem 
prejuízo de outros que vierem a ser instituídos: 
 
I – proteção social especial de média complexidade: 
 
a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI; 
 
b) Serviço Especializado de Abordagem Social; 
 
c) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa 
de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade; 
 
d) Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas 
Famílias; 
 
e) Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua; 
 
II – proteção social especial de alta complexidade: 
 
 
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a) Serviço de Acolhimento Institucional; 
b) Serviço de Acolhimento em República; 
c) Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora; 
d) Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências. 
 
Parágrafo único. O PAEFI deve ser ofertado exclusivamente no 
CentrodeReferênciaEspecializadodeAssistênciaSocial-CREAS. 
 
Art. 11. As proteções sociais básica e especial serão ofertadas pela 
redesocioassistencial,deformaintegrada,diretamentepelosentes públicos ou pelas entidades ou 
organizações de assistência social vinculadas ao SUAS, respeitadas as especificidades de cada 
serviço, programa ou projetosocioassistencial. 
 
§1º Considera-se rede socioassistencial o conjunto integrado 
daofertadeserviços,programas,projetosebenefíciosdeassistên- 
ciasocialmedianteaarticulaçãoentretodasasunidadesdoSUAS. 
 
§2º A vinculação ao SUAS é o reconhecimento pelo órgão ges- tor, de que a entidade ou 
organização de assistência social integra a rede socioassistencial. 
Municípios sobre Regulamentação da Política Municipal de AssistênciaSocial 
 
Art.12.AsunidadespúblicasestataisinstituídasnoâmbitodoSUAS integram a estrutura 
administrativa do Município de Belford Roxo, quaissejam: 
I –CRAS; 
II –CREAS; 
III – Centro Pop; 
IV – Casa de Passagem; 
V – Outras que vierem a ser implantadas e estejam vinculadas à Secretaria Municipal de 
Assistência Social e Cidadania –SEMASC- e sob sua coordenação. 
 
Parágrafo único. As instalações das unidades públicas estatais devem ser compatíveis com os 
serviços neles ofertados, observadas as normas gerais. 
 
 
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Art.13.Asproteçõessociais,básicaeespecial,serãoofertadasprecipuamente no Centro de 
Referência de Assistência Social – CRAS e no Centro de Referência Especializado de 
Assistência Social – CREAS, respectivamente, e pelas entidades e organizações de assistência 
social, de formacomplementar. 
 
§ 1º O CRAS é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com 
maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação e execução de 
serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias no seu 
território de abrangência. 
 
§ 2º O CREAS é a unidade pública de abrangência municipal ou regional, destinada à prestação 
de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou social, por 
violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas da Assistência 
Social. 
 
§ 3º Os CRAS e os CREAS são unidades públicas 
estataisinstituídasnoâmbitodoSUAS,quepossueminterface com as demais políticas públicas e 
articulam, coordenam e ofer- tam os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência 
social. 
 
Art. 14. A implantação das unidades de CRAS e CREAS deve ob- servar as diretrizes da: 
 
I. territorialização – oferta capilarizada de serviços com áreas de abrangência definidas 
baseada na logica da proximidade do cotidianono de vida dos cidadãos; respeitando as 
identidades dos territórios locais, e considerando as questões relativas às dinâmicas sociais, 
distâncias percorridas e fluxos de transportes, com o intuito de po- tencializar o caráter 
preventivo, educativo e protetivo das ações em todo o município, mantendo simultaneamente a 
ênfase e prioridade nos territórios de maior vulnerabilidade e risco social. 
 
II. universalização – a fim de que a proteção social básica e a proteção social especial sejam 
asseguradas na totalidade dos territórios dos municípios e com capacidade de atendimento 
compatível com o volume de necessidades da população; 
 
 
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III. regionalização – participação, quando for o caso, em arranjos institucionais que 
envolvam municípios circunvizinhos e o governo estadual, visando assegurar a prestação de 
serviços socioassisten- ciais de proteção social especial cujos custos ou baixa demanda 
municipal justifiquem rede regional e desconcentrada de serviços no âmbito do Estado. 
 
Art.15.Asofertassocioassistenciaisnasunidadespúblicaspressupõem a constituição de equipe de 
referência na forma das Resoluções nº 269, de 13 de dezembro de 2006; nº 17, de 20 de junho 
de2011; e nº 9, de 25 de abril de 2014, do CNAS. 
 
Parágrafo único. O diagnóstico socioterritorial e os dados da Vigilância Socioassistencial são 
fundamentais para a definição da forma de oferta da proteção social básica e especial. 
 
Art. 16. O SUAS afiança as seguintes seguranças, observado as normas gerais: 
I – acolhida; 
II – renda; 
III – convívio ou vivência familiar, comunitária e social; 
IV – desenvolvimento de autonomia; 
V – apoio e auxílio. 
 
Seção III 
DAS RESPONSABILIDADES 
 
Art. 17. Compete ao Município de Belford Roxo, por meio daSecretaria Municipal de 
Assistência Social e Cidadania: 
 
I – destinar recursos financeiros para custeio dos benefícios eventuais de que trata o art. 22, da 
Lei Federal nº 8742 de 1993, mediante critérios estabelecidos pelos conselhos municipais de 
assistência Social e lei municipal 1.511 de 08 de abril de 2014; 
 
II – efetuar o pagamento do auxílio-natalidade e o auxílio-funeral; 
 
III – executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com 
organizações da sociedade civil; 
 
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IV – atender às ações socioassistenciais de caráter de emergência; 
 
V – prestar os serviços socioassistenciais de que trata o art. 23, da Lei Federal nº 8.742, de 7 de 
dezembro de 1993, e a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais; 
 
VI – implantar a vigilância socioassistencialno âmbito municipal, visando ao planejamento 
e à oferta qualificada de serviços, benefícios, programas e projetos socioassistenciais; 
 
VII – implantar sistema de informação, acompanhamento, monitoramento e avaliação para 
promover o aprimoramento, qualificação e integração contínuos dos serviços da rede 
socioassistencial, conforme Pacto de Aprimoramento do SUAS e Plano de Assistência Social; 
 
VIII – regulamentar e coordenar a formulação e a implementação da Política Municipal de 
Assistência Social, em consonância com a Política Nacional de Assistência Social e com a 
Política Estadual de Assistência Social e as deliberações de competência do Conselho 
Municipal de Assistência Social, observando as deliberações das conferências nacional, 
estadual e municipal; 
 
IX – regulamentar os benefícios eventuais, se necessário, a cada ano, em consonância com 
as deliberações do Conselho Municipal de Assistência Social; 
 
X – cofinanciar o aprimoramento da gestão e dos serviços, programas, projetos e 
benefícios eventuais de assistência social, em âmbito local; 
 
XI – cofinanciar em conjunto com a esfera federal e estadual, a Política Nacional de 
Educação Permanente, com base nos princípios da Norma Operacional Básica de Recursos 
Humanos do SUAS - NOB-RH/SUAS, coordenando-a e executando-a em seu âmbito. 
 
XII – realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito; 
 
XIII – realizar a gestão local do Benefício de Prestação Continuada - BPC, garantindo aos 
seus beneficiários e famílias o acesso aos serviços, programas e projetos da rede 
socioassistencial; 
 
19 
 
 
XIV – realizar em conjunto com o Conselho de Assistência Social, as conferências de 
assistência social; 
 
XV – gerir de forma integrada, os serviços, benefícios e programas de transferência de renda 
de sua competência; 
 
XVI – gerir o Fundo Municipal de Assistência Social; 
 
XVII – gerir no âmbito municipal, o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo 
Federal e o Programa Bolsa Família, nos termos do §1º do art. 8° da Lei nº 10.836, de 2004; 
 
XVIII – organizar a oferta de serviços de forma territorializada, em áreas de maior 
vulnerabilidade e risco, de acordo com o diagnóstico socioterritorial; 
 
XIX – organizar e monitorar a rede de serviços da proteção social básica e especial, 
articulando as ofertas; 
 
XX – organizar e coordenar o SUAS em seu âmbito, observando as deliberações e 
pactuações de suas respectivas instâncias, normatizando e regulando a política de assistência 
social em seu âmbito em consonância com as normas gerais da União. 
 
XXI – elaborar a proposta orçamentária da assistência social no Município assegurando 
recursos do tesouro municipal; 
 
XXII – elaborar e submeter ao Conselho Municipal de Assistência Social, anualmente, a 
proposta orçamentária dos recursos do Fundo Municipal de Assistência Social -FMAS; 
 
XXIII – elaborar e cumprir o plano de providências, no caso de pendências e irregularidades 
do Município junto ao SUAS, aprovado pelo CMAS e pactuado na CIB; 
 
XXIV – elaborar e executar o Pacto de Aprimoramento do SUAS, implementando-o em âmbito 
municipal; e 
 
20 
 
 
XXV – elaborar e executar a política de recursos humanos, de acordo com a NOB/RH - SUAS; 
 
XXVI – elaborar o Plano Municipal de Assistência Social, a partir das responsabilidades e de 
seu respectivo e estágio no aprimoramento da gestão do SUAS e na qualificação dos serviços, 
conforme patamares e diretrizes pactuadas nas instâncias de pactuação e negociação do SUAS; 
 
XXVII – elaborar e expedir os atos normativos necessários à gestão do FMAS, de acordo com 
as diretrizes estabelecidas pelo conselho municipal de assistência social; 
 
XXVIII – elaborar e aprimorar os equipamentos e serviços socioassistenciais, observando os 
indicadores de monitoramento e avaliação pactuados; 
 
XXIX – implantar, elaborar, alimentar e manter atualizado o Censo SUAS; 
 
XXX – implantar o Sistema de Cadastro Nacional de Entidade de Assistência Social – 
SCNEAS de que trata o inciso XI do art. 19 da Lei Federal nº 8.742, de 1993; 
 
XXXI – implantar o conjunto de aplicativos do Sistema de Informação do Sistema Único de 
Assistência Social – Rede SUAS; 
 
XXXII – garantir a infraestrutura necessária ao funcionamento do respectivo conselho 
municipal de assistência social, garantindo recursos materiais, humanos e financeiros, inclusive 
com despesas referentes a passagens, traslados e diárias de conselheiros representantes do 
governo e da sociedade civil, quando estiverem no exercício de suas atribuições; 
 
XXXIII – garantir a elaboração da peça orçamentária esteja de acordo com o Plano Plurianual, 
o Plano de Assistência Social e dos compromissos assumidos no Pacto de Aprimoramento do 
SUAS; 
 
XXXIV – garantir a integralidade da proteção socioassistencial à população, primando pela 
qualificação dos serviços do SUAS, exercendo essa responsabilidade de forma compartilhada 
entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios; 
 
21 
 
 
XXXV– garantir a capacitação para gestores, trabalhadores, dirigentes de entidades e 
organizações, usuários e conselheiros de assistência social, além de desenvolver, participar e 
apoiar a realização de estudos, pesquisas e diagnósticos relacionados à política de assistência 
social, em especial para fundamentar a análise de situações de vulnerabilidade e risco dos 
territórios e o equacionamento da oferta de serviços em conformidade com a tipificação 
nacional; 
 
XXXVI – garantir o comando único das ações do SUAS pelo órgão gestor da política de 
assistência social, conforme preconiza a LOAS; 
 
XXXVII – definir os fluxos de referência e contrarreferência do atendimento nos serviços 
socioassistenciais, com respeito às diversidades em todas as suas formas; 
 
XXXVIII – definir os indicadores necessários ao processo de acompanhamento, monitoramento 
e avaliação, observado a suas competências; 
 
XXXIX – implementar os protocolos pactuados na CIT; 
 
XL – implementar a gestão do trabalho e a educação permanente; 
 
XLI – promover a integração da política municipal de assistência social com outros sistemas 
públicos que fazem interface com o SUAS; 
 
XLII – promover a articulação intersetorial do SUAS com as demais políticas públicas e 
Sistema de Garantia de Direitos e Sistema de Justiça; 
 
XLIII – promover a participação da sociedade, especialmente dos usuários, na elaboração da 
política de assistência social; 
 
XLIV – assumir as atribuições, no que lhe couber, no processo de municipalização dos serviços 
de proteção social básica; 
 
 
22 
 
XLV – participar dos mecanismos formais de cooperação intergovernamental que viabilizem 
técnica e financeiramente os serviços de referência regional, definindo as competências na 
gestão e no cofinanciamento, a serem pactuadas na CIB; 
 
XLVI – prestar informações que subsidiem o acompanhamento estadual e federal da gestão 
municipal; 
 
XLVII – zelar pela execução direta ou indireta dos recursos transferidos pela União e pelos 
estados ao Município,inclusive no que tange a prestação de contas; 
 
XLVIII – assessorar as entidades e organizações de assistência so- cial visando à adequação 
dos seus serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais às normas do SUAS, 
viabilizando estratégias e mecanismos de organização para aferir o pertencimento à rede 
socioassistencial, em âmbito local, de serviços, programas, projetos e benefícios 
socioassistenciais ofertados pelas entidades e organizações de 
assistência social de acordo com as normativas federais; 
 
XLIX – acompanhar a execução de parcerias firmadas entre os municípios e as entidades e 
organizações de assistência social e promover a avaliação das prestações de contas; 
 
L – normatizar, em âmbito local, o financiamento integral dos serviços, programas, projetos e 
benefícios de assistência social oferta- dos pelas entidades e organizações vinculadas ao SUAS, 
conforme: §3º do art. 6º B da Lei Federal nº 8.742, de 1993, e sua regulamentação em âmbito 
federal. 
 
LI – aferir os padrões de qualidade de atendimento, a partir dos indicadores de 
acompanhamento definidos pelo respectivo conselho municipal de assistência social para a 
qualificação dos serviços e benefícios em consonância com as normas gerais; 
 
LII – encaminhar para apreciação do conselho municipal de assistência social os relatórios 
trimestrais e anuais de atividades e de execução físico-financeira a título de prestação de contas; 
 
LIII – compor as instâncias de pactuação e negociação do SUAS; 
 
23 
 
 
LIV – estimular a mobilização e organização dos usuários e trabalhadores do SUAS para a 
participação nas instâncias de controle social da política de assistência social; 
 
LV – instituir o planejamento contínuo e participativo no âmbito da política de assistência 
social; 
 
LVI – dar publicidade ao dispêndio dos recursos públicos destinados à assistência social; 
 
LVII – submeter trimestralmente, de forma sintética, e anualmente, de forma analítica, os 
relatórios de execução orçamentária e financeira do Fundo Municipal de Assistência Social à 
apreciação do CMAS. 
 
Seção IV 
DO PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 18. O Plano Municipal de Assistência Social é um instrumento de planejamento estratégico 
que contempla propostas para execução e o monitoramento da política de assistência social no 
âmbito do Município de Belford Roxo. 
 
§1º A elaboração do Plano Municipal de Assistência Social dar-se-á cada 4 (quatro) anos, 
coincidindo com a elaboração do Plano Plurianual e contemplará: 
 
I – diagnóstico socioterritorial; 
 
II – objetivos gerais e específicos; 
 
III – diretrizes e prioridades deliberadas; 
 
IV – ações estratégicas para sua implementação; 
 
V – metas estabelecidas; 
 
 
24 
 
VI – resultados e impactos esperados; 
 
VII – recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários; 
 
VIII – mecanismos e fontes de financiamento; 
 
IX – indicadores de monitoramento e avaliação; e 
 
X – cronograma de execução. 
 
§2º O Plano Municipal de Assistência Social, além do estabelecido no parágrafo anterior, 
deverá observar: 
 
I – as deliberações das conferências de assistência social; 
 
II – metas nacionais e estaduais pactuadas que expressam o compromisso para o 
aprimoramento do SUAS; 
 
III – ações articuladas e intersetoriais; 
 
IV – ações de apoio técnico e financeiro à gestão descentralizada do SUAS. 
 
CAPÍTULO IV 
Das Instâncias de Articulação, Pactuação e Deliberação do SUAS 
 
Seção I 
DO CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 19. Ao Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS do Município de Belford Roxo, 
órgão superior de deliberação colegiada, de caráter permanente e composição paritária entre 
governo sociedade civil, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, 
instituído pela lei municipal 1.068 de 27 de outubro de 2005, além das competências elencadas 
no artigo 2º do menciona- do dispositivo legal, compete: 
 
25 
 
 
I – aprovar o plano de capacitação, elaborado pelo órgão gestor; 
 
II – acompanhar o cumprimento das metas nacionais, estaduais e municipais do Pacto de 
Aprimoramento da Gestão do SUAS; 
 
III – acompanhar, avaliar e fiscalizar a gestão do Programa Bolsa 
Família-PBF; 
 
IV – apreciar e aprovar informações da Secretaria Municipal de Assistência Social e 
Cidadania inseridas nos sistemas nacionaise estaduais de informação referentes ao 
planejamento do uso dos recursos de cofinanciamento e a prestação de contas; 
 
V – apreciar os dados e informações inseridas pela Secretaria Municipal de Assistência 
Social, unidades públicas e privadas da assistência social, nos sistemas nacionais e estaduais de 
coleta de dados e informações sobre o sistema municipal de assistência social; 
 
VI – alimentar os sistemas nacionais e estaduais de coleta de dados e informações sobre os 
Conselhos Municipais de Assistência Social; 
 
VII – zelar pela efetivação do SUAS no Município; 
 
VIII – zelar pela efetivação da participação da população na formulação da política e no 
controle da implementação; 
 
IX – deliberar sobre as prioridades e metas de desenvolvimento do SUAS em seu âmbito 
de competência; 
 
X – estabelecer critérios e prazos para concessão dos benefícios eventuais; 
 
XI – apreciar e aprovar a proposta orçamentária da assistência social a ser encaminhada 
pela Secretaria Municipal de Assistência Social em consonância com a Política Municipal de 
Assistência Social; 
 
26 
 
 
XII – fiscalizar a gestão e execução dos recursos do Índice de Gestão Descentralizada do 
Programa Bolsa Família-IGD-PBF, e do Índice de Gestão Descentralizada do Sistema Único 
de Assistência Social -IGD-SUAS; 
 
XIII – planejar e deliberar sobre a aplicação dos recursos IGD-PBF e IGD-SUAS destinados 
às atividades de apoio técnico e operacional ao CMAS; 
 
XIV – participar da elaboração do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da 
Lei Orçamentária Anual no que se refere à assistência social, bem como do planejamento e da 
aplicação dos recursos destinados às ações de assistência social, tanto dos recursos próprios 
quanto dos oriundos do Estado e da União, alocados no FMAS; 
 
XV – aprovar o aceite da expansão dos serviços, programas e projetos socioassistenciais, 
objetos de cofinanciamento; XVI – orientar e fiscalizar o FMAS; 
 
XVII – divulgar, no Diário Oficial Municipal, ou em outro meio de comunicação, todas as 
suas decisões na forma de Resoluções, bem como as deliberações acerca da execução 
orçamentária e financeira do FMAS e os respectivos pareceres emitidos; 
 
XVIII – receber, apurar e dar o devido prosseguimento a denúncias; 
 
XIX – estabelecer articulação permanente com os demais conselhos de políticas públicas 
setoriais e conselhos de direitos; 
 
XX – realizar a inscrição das entidades e organizações de assistência social; 
 
XXI – notificar fundamentadamente a entidade ou organização de assistência social no caso 
de indeferimento do requerimento de inscrição; 
 
XXII – fiscalizar as entidades e organizações de assistência social; 
 
XXIII – emitir resolução quanto às suas deliberações; XXIV – registrar em ata as reuniões; 
 
27 
 
 
XXV – instituir comissões e convidar especialistas sempre que se fizerem necessários; 
 
XXVI – avaliar e elaborar parecer sobre a prestação de contas dos recursos repassados ao 
Município. 
 
Art. 20. O CMAS deverá planejar suas ações de forma a garantir a consecução das suas 
atribuições e o exercício do controle social, primando pela efetividade e transparência das suas 
atividades. 
 
Parágrafo único. O planejamento das ações do conselho deve orientar a construção do 
orçamento da gestão da assistência social para o apoio financeiro e técnico às funções do 
Conselho. 
 
Seção II 
DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 21. A Conferência Municipalde Assistência Social é instância máxima de debate, de 
formulação e de avaliação da política pública de assistência social e definição de diretrizes para 
o aprimoramento do SUAS, com a participação de representantes do governo e da sociedade 
civil. 
 
Art. 22. A Conferência Municipal de Assistência Social deve observar as seguintes diretrizes: 
 
I – divulgação ampla e prévia do documento convocatório, especificando objetivos, 
prazos, responsáveis, fonte de recursos e comissão organizadora; 
 
II – garantia da diversidade dos sujeitos participantes, inclusive da acessibilidade às 
pessoas com deficiência; 
 
III – estabelecimento de critérios e procedimentos para a designação dos delegados 
governamentais e para a escolha dos delegados da sociedade civil; 
 
 
28 
 
IV – publicidade de seus resultados; 
 
V – determinação do modelo de acompanhamento de suas deliberações; e 
 
VI – articulação com a conferência estadual e nacional de assistência social. 
 
Art. 23. A Conferência Municipal de Assistência Social será convocada ordinariamente a cada 
4 (quatro) anos pelo Conselho Municipal de Assistência Social e extraordinariamente, a cada 2 
(dois) anos, conforme deliberação da maioria dos membros do Conselho. 
 
Seção III 
DA PARTICIPAÇÃO DOS USUÁRIOS 
 
Art. 24. É condição fundamental para viabilizar o exercício do controle social e garantir os 
direitos socioassistenciais o estímulo à participação e ao protagonismo dos usuários no 
Conselho e Conferência Municipal de assistência social. 
 
Parágrafo único. Os usuários são sujeitos de direitos e público da política de assistência social 
e os representantes de organizações de usuários são sujeitos coletivos expressos nas diversas 
formas de participação, nas quais esteja caracterizado o seu protagonismo direto enquanto 
usuário. 
 
Art. 25. O estímulo à participação dos usuários pode se dar a partir de articulação com 
movimentos sociais e populares e de apoio à organização de diversos espaços tais como: fórum 
de debate, audiência pública, comissão de bairro, coletivo de usuários junto aos serviços, 
programas, projetos e benefícios socioassistenciais. 
 
Parágrafo único. São estratégias para garantir a presença dos usuários, dentre outras, o 
planejamento do conselho e do órgão gestor; ampla divulgação do processo nas unidades 
prestadoras de serviços; descentralização do controle social por meio de comissões regionais 
ou locais. 
 
Seção IV 
 
29 
 
DA REPRESENTAÇÃO DO MUNICÍPIO NAS INSTÂNCIAS DE NEGOCIAÇÃO E 
PACTUAÇÃO DO SUAS. 
 
Art. 26. O Município de Belford Roxo é representado nas Comissões IntergestoresBipartite – 
CIB e Tripartite – CIT, instâncias de negociação e pactuação dos aspectos operacionais de 
gestão e organização do SUAS, respectivamente, em âmbito estadual e nacional, pelo 
Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social – COEGEMAS e pelo 
Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social – CONGEMAS. 
 
§1º O CONGEMAS E COEGEMAS constituem entidades sem fins lucrativos que representam 
as secretarias municipais de assistência social, declarados de utilidade pública e de relevante 
função social, onerando o município quanto a sua associação a fim de garantir os direitos e 
deveres de associado. 
 
§2º O COEGEMAS poderá assumir outras denominações a depender das especificidades 
regionais. 
 
CAPÍTULO V 
DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS, DOS SERVIÇOS, DOS PROGRAMAS DE 
ASSISTÊNCIA SOCIAL E DOS PROJETOS DE ENFRENTAMENTO DA POBREZA. 
 
Seção I 
DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS 
 
Art. 27. Benefícios eventuais são provisões suplementares e provisórias prestadas aos 
indivíduos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade 
temporária e calamidade pública, na forma prevista na Lei federal nº 8.742, de 1993. 
 
Parágrafo único. Não se incluem na modalidade de benefícios eventuais da assistência social as 
provisões relativas a programas, projetos, serviços e benefícios vinculados ao campo da saúde, 
da educação, da integração nacional, da habitação, da segurança alimentar e das demais 
políticas públicas setoriais. 
 
 
30 
 
Art. 28. Os benefícios eventuais integram organicamente as garantias do SUAS, devendo sua 
prestação observar: 
 
I – não subordinação a contribuições prévias e vinculação a quais- quer contrapartidas; 
 
II – desvinculação de comprovações complexas e vexatórias, que estigmatizam os 
beneficiários; 
 
III – garantia de qualidade e prontidão na concessão dos benefícios; 
 
IV – garantia de igualdade de condições no acesso às informações e à fruição dos benefícios 
eventuais; 
 
V – ampla divulgação dos critérios para a sua concessão; 
 
VI – integração da oferta com os serviços socioassistenciais. 
 
Art.29. Os benefícios eventuais podem ser prestados na forma de pecúnia, bens de consumo ou 
prestação de serviços. 
 
Art. 30. O público alvo para acesso aos benefícios eventuais deverá ser identificado pelo 
Município a partir de estudos da realidade social e diagnóstico elaborado com uso de 
informações disponibilizadas pela Vigilância Socioassistencial, com vistas a orientar o 
planejamento da oferta. 
 
Seção II 
DA PRESTAÇÃO DE BENEFÍCIOS EVENTUAIS 
 
Art. 31. Os benefícios eventuais devem ser prestados em virtude de nascimento, morte, 
vulnerabilidade temporária e calamidade pública, observadas as contingências de riscos, perdas 
e danos a que estão sujeitos os indivíduos e famílias. 
 
 
31 
 
Parágrafo único. Os critérios e prazos para prestação dos benefícios eventuais devem ser 
estabelecidos por meio de Resolução do Conselho Municipal de Assistência Social, conforme 
prevê o art. 22, §1º, da Lei Federal nº 8.742, de 1993. 
 
Art. 32. O Benefício prestado em virtude de nascimento deverá ser concedido: 
 
I – à genitora que comprove residir no Município; 
 
II – à família do nascituro, caso a mãe esteja impossibilitada de requerer o benefício ou 
tenha falecido; 
 
III – à genitora ou família que esteja em trânsito no município e seja potencial usuária da 
assistência social; 
 
IV – à genitora atendida ou acolhida em unidade de referência do SUAS. 
 
Parágrafo único. O benefício eventual por situação de nascimento poderá ser concedido nas 
formas de pecúnia ou bens de consumo, ou em ambas as formas, conforme a necessidade do 
requerente e disponibilidade da administração pública. 
 
Art. 33. O benefício prestado em virtude de morte deverá ser concedido com o objetivo de 
reduzir vulnerabilidades provocadas por morte de membro da família e tem por objetivo atender 
as necessidades urgentes da família para enfrentar vulnerabilidades advindas da morte de um 
de seus provedores ou membros. 
 
Parágrafo único. O benefício eventual por morte poderá ser concedido conforme a necessidade 
do requerente e o que indicar o trabalho social com a família. 
 
Art. 34. O benefício prestado em virtude de vulnerabilidade temporária será destinado à família 
ou ao indivíduo visando minimizar situações de riscos, perdas e danos, decorrentes de 
contingências sociais, e deve integrar-se à oferta dos serviços socioassistenciais, buscando o 
fortalecimento dos vínculos familiares e a inserção comunitária. 
 
 
32 
 
Parágrafo único. O benefício será concedido na forma de pecúnia ou bens de consumo, em 
caráter temporário, sendo o seu valor e duração definidos de acordo com o grau de 
complexidade da situação de vulnerabilidade e risco pessoal das famílias e indivíduos, 
identificados nos processos de atendimento dos serviços. 
 
Art. 35. A situação de vulnerabilidade temporária caracteriza-se pelo advento de riscos, perdas 
e danos à integridade pessoal e familiar, assim entendidos: 
 
I – riscos: ameaça de sérios padecimentos; 
 
II – perdas: privação de bens e de segurança material; 
 
III – danos: agravos sociais e ofensa. 
 
Parágrafo único. Os riscos, perdas e danos podem decorrer de:I – ausência de documentação; 
 
II – necessidade de mobilidade intraurbana para garantia de acesso aos serviços e 
benefícios socioassistenciais; 
 
III – necessidade de passagem para outra unidade da Federação, com vistas a garantir a 
convivência familiar e comunitária; 
 
IV – ocorrência de violência física, psicológica ou exploração sexual no âmbito familiar ou 
ofensa à integridade física do indivíduo; 
 
V – perda circunstancial ocasionada pela ruptura de vínculos familiares e comunitários; 
 
VI – processo de reintegração familiar e comunitária de pessoas idosas, com deficiência ou 
em situação de rua; crianças, adolescentes, mulheres em situação de violência e famílias que se 
encontram em cumprimento de medida protetiva; 
 
 
33 
 
VII – ausência ou limitação de autonomia, de capacidade, de condições ou de meios próprios 
da família para prover as necessidades alimentares de seus membros; 
 
Art. 36. Os benefícios eventuais prestados em virtude de desastre ou calamidade pública 
constituem-se provisão suplementar e provisória de assistência social para garantir meios 
necessários à sobrevivência da família e do indivíduo, com o objetivo de assegurar a dignidade 
e a reconstrução da autonomia familiar e pessoal. 
 
Art. 37. As situações de calamidade pública e desastre caracterizam-se por eventos anormais, 
decorrentes de baixas ou altas temperaturas, tempestades, enchentes, secas, inversão térmica, 
desabamentos, incêndios, epidemias, os quais causem sérios danos à comunidade afetada, 
inclusive à segurança ou à vida de seus integrantes, e outras situações imprevistas ou 
decorrentes de caso fortuito. 
 
Parágrafo único. O benefício será concedido na forma de pecúnia ou bens de consumo, em 
caráter provisório e suplementar, sendo seu valor fixado de acordo com o grau de complexidade 
do atendimento de vulnerabilidade e risco pessoal das famílias e indivíduos afetados. 
 
Art. 38. Os critérios e prazos para fins de concessão dos benefícios eventuais no âmbito da 
Política Pública de Assistência Social do Município de Belford Roxo serão estabelecidos por 
lei própria, após regulamentação, por meio de Resolução, emitida pelo Conselho Municipal de 
Assistência Social. 
 
Seção III 
DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS PARA OFERTA DE BENE- FÍCIOS EVENTUAIS 
 
Art. 39. As despesas decorrentes da execução dos benefícios eventuais serão providas por meio 
de dotações orçamentárias do Fundo Municipal de Assistência Social. 
 
Parágrafo único. As despesas com Benefícios Eventuais devem ser previstas anualmente na Lei 
Orçamentária Anual do Município - LOA. 
 
Seção IV DOS SERVIÇOS 
 
34 
 
 
Art. 40. Serviços socioassistenciais são atividades continuadas que visem à melhoria de vida da 
população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, 
princípios e diretrizes estabelecidas na Lei Federal nº 8.742, de 1993, no Decreto nº 6.214 de 
2007 e na Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais. 
 
Seção V 
DOS PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 41. Os programas de assistência social compreendem ações integradas e complementares 
com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os 
benefícios e os serviços assistenciais. 
 
§ 1º Os programas serão definidos pelo Conselho Municipal de Assistência Social, obedecidas 
a Lei Federal nº 8.742, de 1993, e as demais normas gerais do SUAS, com prioridade para a 
inserção profissional e social. 
 
§ 2º Os programas voltados para o idoso e a integração da pessoa com deficiência serão 
devidamente articulados com o benefício de prestação continuada estabelecido no art. 20 da Lei 
Federal nº 8.742 de 1993. 
 
Seção VI 
DA RELAÇÃO COM AS ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
Art. 42. São entidades ou organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, 
isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários 
abrangidos pela Lei Federal nº 8.742, de 1993, bem como as que atuam na defesa e garantia de 
direitos. 
 
Art. 43. As entidades e organizações de assistência social e os serviços, programas, projetos e 
benefícios socioassistenciais deverão ser inscritos no Conselho Municipal de Assistência Social 
para que obtenha a autorização de funcionamento no âmbito da Política Nacional de Assistência 
Social, observado os parâmetros nacionais de inscrição definidos pelo Conselho Nacional de 
Assistência Social. 
 
35 
 
 
Art. 44. Constituem critérios para a inscrição das entidades ou organizações de Assistência 
Social, bem como dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais: 
 
I – executar ações de caráter continuado, permanente e planejado; 
 
II – assegurar que os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais sejam 
ofertados na perspectiva da autonomia e garantia de direitos dos usuários; 
 
III – garantir a gratuidade e a universalidade em todos os serviços, programas, projetos e 
benefícios socioassistenciais; 
 
IV – garantir a existência de processos participativos dos usuários na busca do 
cumprimento da efetividade na execução de seus serviços, programas, projetos e benefícios 
socioassistenciais. 
 
Art. 45. As entidades e organizações de assistência social no ato da inscrição demonstrarão: 
 
I – ser pessoa jurídica de direito privado, devidamente constituída; 
 
II – aplicar suas rendas, seus recursos e eventual resultado integralmente no território 
nacional e na manutenção e no desenvolvimento de seus objetivos institucionais; 
 
III – elaborar plano de ação anual; 
 
IV – ter expresso em seu relatório de atividades: 
 
a) finalidades estatutárias; 
b) objetivos; 
c) origem dos recursos; 
d) infraestrutura; 
e) identificação de cada serviço, programa, projeto e benefício socioassistencial executado. 
 
 
36 
 
Parágrafo único. Os pedidos de inscrição observarão as seguintes etapas de analise: 
 
I – análise documental; 
 
II – visita técnica, quando necessária, para subsidiar a análise do processo; 
 
III – elaboração do parecer da Comissão; 
 
IV – pauta, discussão e deliberação sobre os processos em reunião plenária; 
 
V – publicação da decisão plenária; 
 
VI – emissão do comprovante; 
 
VII – notificação à entidade ou organização de Assistência Social por ofício. 
 
CAPÍTULO VI 
DO FINANCIAMENTO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE ASSISTÊN- CIA SOCIAL 
 
Art. 46. O financiamento da Política Municipal de Assistência Social é previsto e executado 
através dos instrumentos de planejamento orçamentário municipal, que se desdobram no Plano 
Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual. 
 
Parágrafo único. O orçamento da assistência social deverá ser inserido na Lei Orçamentária 
Anual, devendo os recursos alocados no Fundo Municipal de Assistência Social serem voltados 
à operacionalização, prestação, aprimoramento e viabilização dos serviços, programas, projetos 
e benefícios socioassistenciais. 
 
Art. 47. Caberá ao órgão gestor da assistência social responsável pela utilização dos recursos 
do respectivo Fundo Municipal de Assistência Social o controle e o acompanhamento dos 
serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais, por meio dos respectivos órgãos 
de controle, independentemente de ações do órgão repassador dos recursos. 
 
 
37 
 
Parágrafo único. Os entes transferidores poderão requisitar informações referentes à aplicação 
dos recursos oriundos do seu fundo de assistência social, para fins de análise e acompanhamento 
de sua boa e regular utilização. 
 
Seção I 
DO FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 48. O Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS, fundo público de gestão 
orçamentária, financeira e contábil, criado pela lei municipal nº 641 de 27 de junho de 1997, 
com objetivo de proporcionar recursos para cofinanciar a gestão, serviços, programas,projetos 
e benefícios socioassistenciais. 
 
Art. 49. Constituirão receitas do Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS: 
 
I – recursos provenientes da transferência dos fundos Nacional e Estadual de Assistência 
Social; 
 
II – dotações orçamentárias do Município e recursos adicionais que a Lei estabelecer no 
transcorrer de cada exercício; 
 
III – doações, auxílios, contribuições, subvenções de organizações internacionais e 
nacionais, Governamentais e não Governamentais; 
 
IV – receitas de aplicações financeiras de recursos do fundo, realizadas na forma da lei; 
 
V – as parcelas do produto de arrecadação de outras receitas próprias oriundas de 
financiamentos das atividades econômicas, de prestação de serviços e de outras transferências 
que o Fundo Municipal de Assistência Social terá direito a receber por força da lei e de 
convênios no setor. 
 
VI – produtos de convênios firmados com outras entidades financiadoras; 
 
VII – doações em espécie feitas diretamente ao Fundo; 
 
38 
 
 
VIII – outras receitas que venham a ser legalmente instituídas. 
 
§1º A dotação orçamentária prevista para o Fundo Municipal de Assistência Social será 
automaticamente transferida a sua conta, tão logo sejam realizadas as receitas correspondentes. 
 
§2º Os recursos que compõem o Fundo serão depositados em instituições financeiras oficiais, 
em conta especial sobre a denominação – Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS. 
 
§3º As contas recebedoras dos recursos do cofinanciamento federal das ações socioassistenciais 
serão abertas pelo Fundo Nacional de Assistência Social. 
 
Art. 50. O FMAS será gerido pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania - 
SEMASC, sob orientação e fiscalização do Conselho Municipal de Assistência Social. 
Parágrafo único. O Orçamento do Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS integrará o 
orçamento da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania - SEMASC. 
 
Art. 51. Os recursos do Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS, serão aplicados em: 
 
I – financiamento total ou parcial de programas, projetos e serviços de assistência social 
desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social ou por Órgão conveniado; 
 
II – em parcerias entre poder público e entidades ou organizações de assistência social 
para a execução de serviços, programas e projetos socioassistencial específicos; 
 
III – aquisição de material permanente e de consumo e de outros insumos necessários ao 
desenvolvimento das ações socioassistenciais; 
 
IV – construção reforma ampliação, aquisição ou locação de imóveis para prestação de 
serviços de Assistência Social; 
 
V – desenvolvimento e aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, planejamento, 
administração e controle das ações de Assistência Social; 
 
39 
 
 
VI – pagamento dos benefícios eventuais, conforme o disposto no inciso I do art. 15 da Lei 
Federal nº 8.742, de 1993; 
 
VII – pagamento de profissionais que integrarem as equipes de referência, responsáveis pela 
organização e oferta daquelas ações, conforme percentual apresentado pelo Ministério do 
Desenvolvimento Social e Combate à Fome e aprovado pelo Conselho Nacional de Assistência 
Social - CNAS. 
 
Art. 52. O repasse de recursos para as entidades e organizações de Assistência Social, 
devidamente inscritas no CMAS, será efetivado por intermédio do FMAS, de acordo com 
critérios estabelecidos pelo Conselho Municipal de Assistência Social, observando o disposto 
nesta Lei. 
 
Art. 53. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação. 
 
Art. 54. Revogam-se as disposições em contrário. 
 
Belford Roxo, 11 de dezembro de 2018. 
WAGNER DOS SANTOS CARNEIRO 
PREFEITO MUNICIPAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
A SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, CIDADANIA E 
MULHER 
 
MISSÃO E VISÃO 
 
A Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Mulher é o órgão gestor da 
política de Assistência Social no Município de Belford Roxo e tem como missão a gestão e 
consolidação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS no âmbito municipal para isso 
seus serviços são oferecidos de caráter continuado à todos os cidadãos que dele necessitam nos 
termos da Constituição Federal de 1988, art. 203. 
Para a execução, coordenação e oferta dos serviços preconizados pela Política Nacional 
de Assistência Social – PNAS a gestão do SUAS é dividida em Proteção Social Básica (PSB) 
e Proteção Social Especial (PSE). 
A Proteção Social Básica (PSB) tem como objetivo prevenir situações de risco por meio 
do desenvolvimento de potencialidades no fortalecimento de vínculos familiares e 
comunitários. Esta proteção tem como objetivo desenvolver serviços, programas e projetos 
locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e indivíduos de acordo com sua 
vulnerabilidade. 
A Proteção Social Especial (PSE) é a modalidade de atendimento assistencial destinada 
a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social por ocorrência 
de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, 
cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre 
outras. 
São situações que requerem acompanhamento individual e maior flexibilidade nas 
soluções protetivas, comportam encaminhamentos monitorados, apoios e processos que 
assegurem qualidade na atenção protetiva e efetividade na reinserção almejada. 
Os serviços de proteção especial têm estreita interface com o sistema de garantia de 
direitos, exigindo muitas vezes uma gestão mais complexa e compartilhada com o Poder 
Judiciário, Ministério Público e outros órgãos e ações do Executivo. 
Diante deste cenário, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Mulher 
de Belford Roxo vem implementando meios para melhor atender a população nos diversos 
bairros do município, ampliando assim nossa área de abrangência buscando garantir de forma 
eficaz e ininterrupta os serviços previstos na Lei 8.742 de 07 de dezembro de 1993 alterada pela 
 
41 
 
Lei 12.435 de 06 de julho de 2011 – Lei Orgânica da Assistência Social, tipificados pela 
Resolução CNAS nº 109 de 11 de novembro de 2009 – Tipificação Nacional dos Serviços 
Socioassistenciais e consolidados pela Resolução CNAS 145 de 15 de outubro de 2004 que 
aprova a Política Nacional de Assistência Social – PNAS. 
 
PRINCÍPIOS DA PNAS 
 
Em consonância com o disposto na LOAS, capítulo II, seção I, artigo 4º, a Política 
Nacional de Assistência Social rege-se pelos seguintes princípios democráticos: 
 
I – Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de 
rentabilidade econômica; 
II – Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação 
assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; 
III – Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios 
e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-
se qualquer comprovação vexatória de necessidade; 
IV – Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de 
qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; 
V – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, 
bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua 
concessão. 
 
DIRETRIZES 
 
A organização da Assistência Social tem as seguintes diretrizes, baseadas na Constituição 
Federal de 1988 e na Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS: 
 
I - Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas 
gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos respectivos programas às 
esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência 
social, garantindo o comando único das ações em cada esfera de governo, 
respeitando-se as diferençase as características socioterritoriais locais; 
 
42 
 
II – Participação da população, por meio de organizações representativas, na 
formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; 
III – Primazia da responsabilidade do Estado na condução da Política de 
Assistência Social em cada esfera de governo; 
IV – Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, 
serviços, programas e projetos. 
 
OBJETIVOS 
 
A Política Pública de Assistência Social realiza-se de forma integrada as políticas 
setoriais, considerando as desigualdades socioterritoriais, visando seu enfrentamento, à garantia 
dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à 
universalização dos direitos sociais. Sob essa perspectiva, objetiva: 
 
I - Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, 
especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem; 
II - Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, 
ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em 
áreas urbana e rural; 
III - Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na 
família, e que garantam a convivência familiar e comunitária. 
 
Diante do exposto e por estar em consonância com a Política Nacional de Assistência 
Social e a legislação pertinente, a Prefeitura Municipal de Belford Roxo vem buscando na forma 
da lei e primando pela concretude e transparência priorizar a garantia de direitos e o respeito à 
dignidade humana de todos os munícipes à sua autonomia, o bem-estar social e a cidadania. 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
MAPEAMENTO E COBERTURA DA REDE SOCIOASSISTENCIAL LOCAL, POR 
NÍVEL DE PROTEÇÃO. 
 
A PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA (PSB) 
 
A Proteção Social Básica tem como objetivo prevenir situações de risco por meio do 
desenvolvimento de potencialidades, aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e 
comunitários. Destinada à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente 
da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos entre 
outros) e/ou fragilização de vínculos afetivo-relacionais e de pertencimento social 
(discriminação etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências). 
Os serviços da Proteção Social Básica devem ser executados de forma direta nos Centro 
de Referência de Assistência Social – CRAS que é “um equipamento estatal de base territorial, 
localizado em áreas de vulnerabilidade social (...) com a finalidade de organizar, coordenar e 
executar os serviços de Proteção Social Básica da política assistencial” (PNAS, 2004, p.35), ou 
de forma indireta pelas entidades de assistência social, no território de abrangência dos CRAS. 
 A proteção social consiste no conjunto de ações, cuidados, atenções, benefícios e 
auxílios ofertados pelo SUAS para redução e prevenção de riscos pessoais e sociais, bem como 
vulnerabilidades de diversas naturezas. Ofertas materiais e de construção coletiva de saberes e 
práticas devem assegurar proteção à população frente às vulnerabilidades decorrentes de fatores 
econômicos, etários, raciais, de origem, de gênero, de orientação sexual e do acesso precário 
ou nulo aos serviços e políticas públicas. Tais vulnerabilidades podem ter um caráter material, 
concernente às necessidades objetivas do indivíduo, associadas à fragilização de vínculos 
afetivos e de pertencimento social. Nesse sentido, o foco da proteção social é estendido do 
indivíduo àqueles que o cercam na família, na comunidade e na sociedade, motivo pelo qual a 
convivência é uma de suas estratégias primordiais. 
 
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO CONTEXTO DA PANDEMIA /COVID – 19 
 
A Proteção Social Básica nunca passou por uma situação tão atípica como a que 
passamos nos últimos dois anos de 2020 e 2021 com a Pandemia da COVID-19. Os impactos 
das situações de calamidade e emergência, e particularmente da pandemia, trazem inúmeros 
desafios sem precedentes que sirvam de parâmetro. A crise e mudanças no cotidiano têm 
 
44 
 
23.000
24.000
25.000
26.000
27.000
28.000
29.000
Extrema Pobreza/
2018
Extrema Pobreza/
2019
Extrema Pobreza/
2020
Extrema Pobreza/
2021
25.271
25.612
28.763 28.889
agravado as vulnerabilidades presentes no convívio das famílias mais pobres, expondo 
diferentes ciclos de vida ao risco social e pessoal e às violações de direitos. Torna-se urgente a 
união de esforços para mitigar os riscos e impactos da crise pandêmica na vida da população, 
especialmente em grupos mais vulneráveis. 
O campo da Proteção Social tem impulsionado o desenvolvimento de ações imediatas e 
articuladas entre as políticas públicas para que as famílias acessem seus direitos. A Política de 
Assistência Social, organizada pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), desempenha 
essencial papel ao promover o atendimento integral das famílias e proteção aos grupos mais 
vulneráveis, como crianças e adolescentes, evitando sua invisibilidade nestes contextos. Apesar 
dos esforços, são inúmeros os desafios enfrentados, especialmente no campo da governança e 
gestão de ofertas. O gráfico abaixo traduz o diagnóstico dos últimos quatro anos iniciando com 
a diminuição da extrema pobreza seguido do aumento devido a pandemia da COVID-19. 
 
 
Benefício de Superação da Extrema Pobreza - BSP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Secretaria Nacional de Renda e Cidadania – SEMARC /Aplicações MDS 
 
 
45 
 
De dezembro de 2019 a setembro de 2021 tivemos um aumento de 3.277 usuários que 
entraram em situação de extrema pobreza. Com as especificidades dos territórios locais, o 
acirramento das vulnerabilidades com a perda de trabalho e renda, em alguns casos o não acesso 
à moradia, a alimentação, as inseguranças, instabilidades e uma nova dinâmica de sofrimento, 
milhares de usuários que tiveram suas vidas devastadas pela crise econômica seguida da perda 
de entes queridos. Frente a esta cenário, a Assistência Social da Cidade de Belford Roxo 
protagoniza os processos de gestão da garantia de direitos aos usuários do SUAS. 
 Especialmente neste contexto, a Assistência Social é reconhecida como política pública 
essencial e deve desempenhar suas atribuições na garantia da proteção social pública a quem 
dela necessitar como direito. Trata-se de um campo protetivo demarcado pela garantia de renda, 
de convivência familiar e comunitária, acolhimento, autonomia, apoio e auxílio. Essas 
seguranças socioassistenciais são reconhecidas como fundamentais na estrutura de proteção e 
seguridade social nacional. 
A situação de extrema pobreza potencializou a necessidade de benefícios eventuais. 
Estes são provisões suplementares e provisórias prestadas aos indivíduos e as famílias em 
virtude de: nascimento, morte, situação de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. 
Os Benefícios Eventuais estão normatizados pela Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 
1993(LOAS); Resolução CNAS nº 33 de 12 de dezembro de 2012 (NOB SUAS); Decreto nº 
6.307, de 14 de dezembro de 2007. No DF estão regulamentados pela Lei N.º 5.165, de 04 de 
setembro de 2013, Decreto N.º 35.191, de 21 de fevereiro de 2014 e Portaria N.º 39, de 07 de 
julho de 2014 e classificam-se nas seguintes modalidades: 
• Auxílio natalidade; 
• Auxílio por morte; 
• Auxílio em situações de vulnerabilidade temporária; 
• Auxílio em situações de desastre e calamidade pública. 
 
Benefício Eventual - Modalidade alimentação 
 
A oferta de benefícios eventuais nas situações de vulnerabilidade temporária por falta 
ou dificuldade de acesso a alimentos é realizada na forma de bens de consumo, com a concessão 
de cestas básicas ou kits nutricionais. A pandemia da COVI-19 potencializou a necessidade 
deste benefício eventual específico. O gráfico abaixo ilustra os esforços da PSB para mitigar 
esta demanda:46 
 
Ano 2020
322 cestas
Até julho/2021
591 cestas
 
Benefícios Eventuais – Cestas Básicas 2020/2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Dados Quantitativo de Acompanhamento da Proteção Básica – BR 
 
CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
O CRAS é o Centro de Referência de Assistência Social e funciona como uma Unidade 
Básica do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, sendo responsável por executar os 
serviços, programas e projetos sociais desenvolvidos pelos Governos Federal, Estadual e 
Municipal. 
O CRAS é especialmente destinado ao atendimento de famílias que vivenciam situações 
de vulnerabilidade social, pobreza, ausência de renda, acesso precário aos serviços públicos, 
fragilização dos vínculos familiares e comunitários. 
A organização e adaptação das ofertas são procedimentos importantes nesse processo 
para que o CRAS cumpra seu papel. Dentre as ofertas, os serviços da PSB demandam atenção 
especial, pois de forma integrada com os benefícios socioassistenciais, programas e projetos 
locais, promovem a perspectiva da integralidade no atendimento prestado às famílias. A cidade 
de Belford Roxo é uma cidade de grande porte, possui 13 (treze) Centros de Referência de 
Assistência Social – CRAS com previsão de ampliação para os próximos anos. 
A configuração dos equipamentos da Proteção Social Básica na geografia da cidade está 
da seguinte forma: 
 
 
 
47 
 
 
CRAS I – IOLANDA COSTA 
Endereço: Rua Felipe Antônio Pinto, n° 12 – Xavantes 
Número de famílias cadastradas no equipamento - outubro 2021:4.084 
N° de Atendimentos Mensais de janeiro 2018 à outubro 2021, de acordo com o RMA: 
Bloco I - Famílias em acompanhamentos pelo PAIF 
Volume de famílias em acompanhamento pelo PAIF Total Média 
Total de famílias em acompanhamento pelo PAIF 2.823 62,73 
 
Bloco II - Atendimentos individualizados realizados no CRAS 
Volume de atendimentos particularizados realizados Quantidade Média 
 Total de atendimentos particularizados realizados 19.741 438,69 
Famílias encaminhadas para inclusão no Cadastro Único 2.377 52,82 
Famílias encaminhadas para atualização cadastral no Cadastro Único 5.210 115,78 
Indivíduos encaminhados para acesso ao BPC 153 3,40 
Famílias encaminhadas para o CREAS 36 0,80 
Visitas domiciliares realizadas 273 6,07 
Total de auxílios-natalidade concedidos/entregues 0 0,00 
Total de auxílios-funeral concedidos/entregues 0 0,00 
Outros benefícios eventuais concedidos/entregues 304 6,76 
 
Bloco III - Atendimentos coletivos realizados no CRAS 
Volume de atendimentos coletivos realizados no CRAS Total Média 
Famílias participando regularmente de grupos no âmbito do PAIF 88 1,96 
Crianças de 0 a 6 anosem Serviços de Convivência e Fortalecimento de 
Vínculos 
138 3,07 
Crianças/adolescentes de 7 a 14 anos em Serviços de Convivência e 
Fortalecimento de Vínculos 
714 15,87 
Adolescentes de 15 a 17 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimentos 
de Vínculos 
402 8,93 
Adultos entre 18 e 59 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimento de 
Vínculos 
353 7,84 
Idosos em Serviços de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos para 
idosos 
443 9,84 
Pessoas que participaram de palestras, oficinas e outras atividades coletivas de 
caráter não continuado 
665 14,78 
Pessoas com deficiência, participando dos Serviços de Convivência ou dos 
grupos do PAIF 
39 0,87 
 
48 
 
CRAS II – JOSÉ DE MACEDO CAZAROTTI 
Endereço: Rua Dr. Armando Resende, n° 88 – Santa Marta 
Número de famílias cadastradas no equipamento - outubro 2021:9.910 
N° de Atendimentos Mensais de janeiro 2018 à outubro 2021, de acordo com o RMA: 
Bloco I - Famílias em acompanhamentos pelo PAIF 
Volume de famílias em acompanhamento pelo PAIF Total Média 
Total de famílias em acompanhamento pelo PAIF 3.650 79,35 
 
Bloco II - Atendimentos individualizados realizados no CRAS 
Volume de atendimentos particularizados realizados Quantidade Média 
 Total de atendimentos particularizados realizados 30.785 669,24 
Famílias encaminhadas para inclusão no Cadastro Único 1.546 33.61 
Famílias encaminhadas para atualização cadastral no Cadastro Único 6.049 131,50 
Indivíduos encaminhados para acesso ao BPC 285 6,20 
Famílias encaminhadas para o CREAS 8 0,17 
Visitas domiciliares realizadas 84 1,83 
Total de auxílios-natalidade concedidos/entregues 1 0,02 
Total de auxílios-funeral concedidos/entregues 0 0,00 
Outros benefícios eventuais concedidos/entregues 135 2,93 
 
Bloco III - Atendimentos coletivos realizados no CRAS 
Volume de atendimentos coletivos realizados no CRAS Total Média 
Famílias participando regularmente de grupos no âmbito do PAIF 1.364 29,65 
Crianças de 0 a 6 anosem Serviços de Convivência e Fortalecimento de 
Vínculos 
110 2,39 
Crianças/adolescentes de 7 a 14 anos em Serviços de Convivência e 
Fortalecimento de Vínculos 
649 14,11 
Adolescentes de 15 a 17 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimentos 
de Vínculos 
40 0,87 
Adultos entre 18 e 59 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimento de 
Vínculos 
671 14,11 
Idosos em Serviços de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos para 
idosos 
491 10,67 
Pessoas que participaram de palestras, oficinas e outras atividades coletivas de 
caráter não continuado 
807 17,54 
Pessoas com deficiência, participando dos Serviços de Convivência ou dos 
grupos do PAIF 
55 1,20 
 
 
49 
 
CRAS III – NOVA AURORA 
Endereço: Avenida Nova Aurora, n° 35 – Nova Aurora 
Número de famílias cadastradas no equipamento - outubro 2021:8.804 
N° de Atendimentos Mensais de janeiro 2018 à outubro 2021, de acordo com o RMA: 
Bloco I - Famílias em acompanhamentos pelo PAIF 
Volume de famílias em acompanhamento pelo PAIF Total Média 
Total de famílias em acompanhamento pelo PAIF 5.839 126,93 
 
Bloco II - Atendimentos individualizados realizados no CRAS 
Volume de atendimentos particularizados realizados Quantidade Média 
 Total de atendimentos particularizados realizados 14.133 307,24 
Famílias encaminhadas para inclusão no Cadastro Único 1.341 29,15 
Famílias encaminhadas para atualização cadastral no Cadastro Único 2.138 46,48 
Indivíduos encaminhados para acesso ao BPC 87 1,89 
Famílias encaminhadas para o CREAS 11 0,24 
Visitas domiciliares realizadas 313 6,80 
Total de auxílios-natalidade concedidos/entregues 0 0,00 
Total de auxílios-funeral concedidos/entregues 0 0,00 
Outros benefícios eventuais concedidos/entregues 145 3,15 
 
Bloco III - Atendimentos coletivos realizados no CRAS 
Volume de atendimentos coletivos realizados no CRAS Total Média 
Famílias participando regularmente de grupos no âmbito do PAIF 60 1,30 
Crianças de 0 a 6 anosem Serviços de Convivência e Fortalecimento de 
Vínculos 
0 0,00 
Crianças/adolescentes de 7 a 14 anos em Serviços de Convivência e 
Fortalecimento de Vínculos 
320 6,96 
Adolescentes de 15 a 17 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimentos 
de Vínculos 
667 14,50 
Adultos entre 18 e 59 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimento de 
Vínculos 
672 14,61 
Idosos em Serviços de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos para 
idosos 
719 15,63 
Pessoas que participaram de palestras, oficinas e outras atividades coletivas de 
caráter não continuado 
982 21,35 
Pessoas com deficiência, participando dos Serviços de Convivência ou dos 
grupos do PAIF 
0 0,00 
 
 
50 
 
CRAS IV – PADRE EGÍDIO CARMELINCK 
Endereço: Rua Padre Egídio Carmelink, n° 70 – Lote XV 
Número de famílias cadastradas no equipamento - outubro 2021:6.648 
N° de Atendimentos Mensais de janeiro 2018 à outubro 2021, de acordo com o RMA: 
Bloco I - Famílias em acompanhamentos pelo PAIF 
Volume de famílias em acompanhamento pelo PAIF Total Média 
Total de famílias em acompanhamento pelo PAIF 3.990 86,74 
 
Bloco II - Atendimentos individualizados realizados no CRAS 
Volume de atendimentos particularizados realizados Quantidade Média 
 Total de atendimentos particularizados

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