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1 Plano Municipal de Assistência Social 2022-2025 BELFORD ROXO, Novembro de 2021 2 2. FICHA TÉCNICA SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, CIDADANIA E MULHER Brenda Carneiro Secretária Municipal de Assistência Social, Cidadania e Mulher Secretaria Executiva de Assistência Social, Cidadania e Mulher Secretária Executiva: Carla Fernandes Assessor Técnico: Tatiane Rodrigues Diretoria de Proteção Social Básica: Rosane Silva Gonçalves Divisão de Proteção a Família: Michele Marinho Divisão de Programas e Projetos Sociais: Wellington Nascimento Coordenadora do ACESUAS: Ariane Gonzaga Coordenador do BPC: Edmilson Cesário Coordenadora do SCFV: Roseli Alvarenga Administrativo: Juliana Richa Diretoria de Proteção Social Especial: Tamiris Almeida Divisão de Alta Complexidade: Luana Natal Assessor Técnico: Monique Batalha Assistente Social: AnikSetubal Secretaria Executiva de Gestão do SUAS Secretária Executiva: Daniela Farias da Silva Coordenador do Cadastro Único: Vilson Carlos Xavier Junior Assessor Técnico: Bruna Barros Coordenador da Vigilância Socioassistencial: Francisco Gonçalves Assessor Técnico: Adriana Santos Coordenação da Gestão do Trabalho: Priscilla Nery Administrador: Cleber Portugal Responsável pela elaboração do plano: Daniela Farias da Silva Secretária Executiva de Gestão do SUAS 3 3. IDENTIFICAÇÃO Município: BELFORD ROXO Estado: Rio de Janeiro Porte populacional: Grande Período de execução: 2022-2025 PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO Prefeito: Wagner dos Santos Carneiro Mandato:Início 01/01/2021 Término 31/12/2024 CNPJ: 39.485.438/0001-42 Endereço:Rua Florípes Rocha, 378 – Centro, Belford Roxo/RJ - CEP: 26.113-340 Telefone: 21-2103-6932 - E-mail: gabineteprefeito@prefeituradebelfordroxo.rj.gov.br SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, CIDADANIA E MULHER Responsável Gestora: Brenda Carneiro Ato de Nomeação da Gestora:Portaria Nº 005/GP/2021 de 04 de Janeiro de2021. Data da nomeação: 01/01/2021 Endereço: Avenida Retiro da Imprensa, 1423 – Piam, Belford Roxo/RJ - CEP: 26112-180 Telefone: 21- 2662-0120 - E-mail:semascbelfordroxo@gmail.com FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Número da Lei de Criação: Lei Municipal nº 6007, de 23 de dezembro de 1994. Alterada pela Lei 9.185, de 02/10/2003, e 10.211, de 27/04/2007. Número do Decreto que regulamenta o Fundo: Decreto Municipal nº 609, de 17 de outubro de 1996. Nome da Ordenadora de despesas do FMAS: Brenda Carneiro CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Lei de Criação nº. 537 de 20 de dezembro de 1996 e atualizada pela lei Municipal nº. 1068 de 27 de outubro de 2005 Endereço:Avenida Retiro da Imprensa, 1423 – Piam, Belford Roxo/RJ - CEP: 26112-180 E-mail:cmasbelfordroxo@gmail.com 4 4.INTRODUÇÃO 4.1. O PLANO MUNICIPAL O processo de elaboração do PMAS deve ser norteado pelo entendimento de que o mesmo constitui um mecanismo estratégico para a gestão social do município: “O Plano de Assistência Social é um instrumento de planejamento estratégico que organiza, regula e norteia a execução da PNAS/2004 na perspectiva do SUAS. Sua elaboração é de responsabilidade do órgão gestor da Política que o submete à aprovação do Conselho de Assistência Social reafirmando o princípio democrático e participativo” (PNAS/04:119); O Plano não é apenas uma ferramenta técnica, mas, também, um instrumento essencialmente político que não deve ficar restrito ao âmbito do órgão gestor, mas sim, deve ser incluído na agenda pública local, de maneira que seja compreendido como instrumento de afirmação do compromisso público da gestão municipal com o atendimento às necessidades e prioridades da população usuária da Assistência Social; O Plano não é um fim em si mesmo, pois o planejamento não se esgota no momento da elaboração e aprovação do documento. É um processo contínuo, dinâmico, flexível, que exige postura estratégica tendo em vista a consecução dos objetivos e metas definidos, bem como a avaliação do Plano ao longo de sua implementação, viabilizando a adoção de reajustes que possibilitem o alcance de resultados esperados. A formulação e implementação do Plano Municipal de Assistência Social exige: o diagnóstico da realidade socioassistencial com a identificação dos territórios de vulnerabilidade social como unidade de análise; o mapeamento e cobertura da rede prestadora de serviços; a definição de diretrizes, prioridades, objetivos, e metas; a previsão do monitoramento e avaliação; o exercício do controle social e a previsão de recursos para sua realização. 5 4.2. PANORAMA DOMUNICÍPIO DE BELFORD ROXO. Localizado no estado do Rio de Janeiro, Belford Roxo é um dos 13 municípios que compõem a chamada Baixada Fluminense. Emancipado no dia 3 de abril de 1990, é caracterizado como cidade dormitório e com baixos índices de desenvolvimento socioeconômico. Prefeito [2021] Wagner dos Santos Carneiro Gentílico belford-roxense Área Territorial 78,985 km² [2020] Densidade demográfica 6.031,38 hab/km² [2010] 6 IDHM Índice de desenvolvimento humano municipal 0,684 [2010] Mortalidade infantil 13,18 óbitos por mil nascidos vivos [2019] Receitas realizadas 612.861,74 R$ (×1000) [2017] Despesas empenhadas 612.697,53 R$ (×1000) [2017] PIB per capita 15.598,12 R$ [2018] Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2019) 2,1 saláriosmínimos Código IBGE 3300456 Acessado em 13/09/2021. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/rj/belford-roxo.html TERRITÓRIO E AMBIENTE Apresenta 81.4% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 35.1% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 38.1% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 34 de 92, 79 de 92 e 48 de 92, respectivamente. Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 889 de 5570, 4701 de 5570 e 834 de 5570, respectivamente. Área da unidade territorial [2020] 78,985 km2 Esgotamento sanitário adequado [2020] 81,4% Arborização de vias públicas [2020] 35,1% Bioma [2019] Mata Atlântica Sistema Costeiro-Marinho [2019] Pertence Hierarquia urbana [2018} Metrópole Nacional (1B) – Município integrante do Arranjo Populacional do Rio de Janeiro Região de Influência [2018] Arranjo Populacional do Rio de Janeiro/RJ – Metrópole Nacional (1B) Região Intermediário [2020] Rio de Janeiro Região imediata [2020] Rio de Janeiro Mesorregião [2020] Rio de Janeiro 7 Microrregião [2020] Rio de Janeiro Fonte: Acessado em 13/09/2021. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/belford-roxo/panorama TRABALHO E RENDIMENTO Em 2019, o salário médio mensal era de 2.1 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 7.1%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 34 de 92 e 92 de 92, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 1530 de 5570 e 4470 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 39.3% da população nessas condições, o que o colocava na posição 6 de 92 dentre as cidades do estado e na posição 2833 de 5570 dentre as cidades do Brasil. Pessoalocupado [2019] 36.152 pessoas Populaçãoocupada [2019] 7,1 % Percentual da população com rendimento nominal mensal per capita de até 1/2 salário mínimo [2010] 39,3 % Fonte: Acessado em 13/092021. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/belford-roxo/panorama EDUCAÇÃO Taxa de Escolarização de 6 a 14 anos 96,2 % [2010] IDEB– Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública) [2019] 4,7 IDEB – Anos finais do ensino fundamental (Rede pública) [2019] 3,8 Matrícula no ensino fundamental 58.629 matrículas Matrícula no ensino médio [2020] 12.952 matrículas Docentes no ensino fundamental [2020] 2.952 docentes Docentes no ensino médio [2020] 1.015 docentes Número de estabelecimento de ensino fundamental [2020] 206 escolas Número de estabelecimentos de médio [2020] 54 escolas Fonte: Acessado em 13/0/20212. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/belford-roxo/panorama 8 ECONOMIA PIB per capita [2018] 15.598,12 R$ Percentual das receitas oriundas de fontes externas [2012] 77,3% Total de receitas realizadas [2017] 612.861,74 R$ (x1000) Total de despesas empenhadas [2017] 612.697,53 R$ (x1000) Fonte: Acessado em 13/0/2021. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/belford-roxo/panorama SAÚDE A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 13.18 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 0.6 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 48 de 92 e 27 de 92, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 2297 de 5570 e 3103 de 5570, respectivamente. Mortalidade Infantil [2019] 13,18 óbitos por mil nascidos vivos Internações por diarreia [2016] 0,6 internações por mil habitantes Estabelecimentos de Saúde SUS [2009] 58 estabelecimentoss Fonte: Acessado em 13/0/2021. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/belford-roxo/panorama POPULAÇÃO População estimada [2021] 515.239 pessoas População no último censo [2010] 469,332 pessoas Densidade demográfica [2010] 6.031,38 hb/km2 Fonte: Acessado em 13/0/2021. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/belford-roxo/panorama No dia 11 de dezembro de 2018 foi aprovada no Município a Lei 1.588 que dispõe sobre a Política de Assistência Social em Belford Roxo. 9 LEI DO SUAS MUNICIPAL PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO CONSTRUINDO UM NOVO TEMPO 11 DE DEZEMBRO DE 2018. PUBLICADO EM 12/12/2018 – CÓD -PMBR 199. LEI Nº 1.588, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2018. “Dispõe sobre a Política Pública de Assistência Social do Município de Belford Roxo e dá outras providências.” O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE BELFORD ROXO, Estado do Riode Janeiro, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte lei: CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES E DOS OBJETIVOS Art.1ºAAssistênciaSocial,direitodocidadãoedeverdoEstado,é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os míni- mos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidadesbásicas. Art.2ºAPolíticadeAssistênciaSocialdoMunicípiodeBelfordRoxo tem porobjetivos: I – a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e àvelhice; b) o amparo às crianças e aosadolescentes; c) a promoção da integração ao mercado detrabalho; d) a habilitação e a reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vidacomunitária. II - avigilânciasocioassistencial,quevisaaanalisarterritorialmente a capacidade protetiva das 10 famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações edanos; III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisõessocioassistenciais; IV - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle de ações em todos osníveis; V - primazia da responsabilidade do ente político na condução da Política de Assistência Social em cada esfera degoverno; VI - centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos, tendo como base o território. Parágrafo único. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais visando universalizar a proteção social e atender às contingências sociais. CAPÍTULO II DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES Seção I Dos Princípios Art. 3º A política pública de assistência social rege-se pelos seguintes princípios: I – universalidade: todos têm direito à proteção socioassistencial, prestada a quem dela necessitar, com respeito à dignidade e à autonomia do cidadão, sem discriminação de qualquer espécie ou comprovação vexatória da suacondição; II – gratuidade: a assistência social deve ser prestada sem exigência de contribuição ou contrapartida, observado o que dispõe o art. 35, da Lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 - Estatuto doIdoso; 11 III – integralidade da proteção social: oferta das provisões em sua completude, por meio de conjunto articulado de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais; IV – intersetorialidade: integração e articulação da rede socioassistencial com as demais políticas e órgãos setoriais de defesa de direitos e Sistema de Justiça; V – equidade: respeito às diversidades regionais, culturais, socio-econômicas, políticas e territoriais, priorizando aqueles que estiverem em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social; VI – supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; VII – universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; VIII – respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; IX – igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; X – divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos socioassistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão; XI – valorização das competências intelectuais, da capacidade de reflexão, de crítica e de transformação da realidade de cada sujeito e de seu contexto social. Seção II Das Diretrizes Art. 4º A organização da assistência social no Município observará as seguintes diretrizes: 12 I – primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo; II – descentralização político-administrativa e comando único em cada esfera de gestão; III – cofinanciamento partilhado dos entes federados; IV – matricialidade sociofamiliar; V – territorialização; VI – fortalecimento da relação democrática entre Estado e sociedade civil; VII – participação popular e controle social, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; VIII – integração e sistematicidade nas ações, orientadas para um modelo de proteção social integral. CAPÍTULO III DA GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Seção I Da Gestão Art. 5º A gestão das ações na área de assistência social é organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, de- nominado Sistema Único de Assistência Social – SUAS, conforme estabelece a Lei Federal nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, cujas normas gerais e coordenação são de competência da União. Parágrafo único. O SUAS é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social abrangida pela LeiFederal nº 8.742, de 1993. 13 Art.6º O Município de Belford Roxo atuará de forma articulada com as esferas federal e estadual, observadas as normas gerais do SUAS, cabendo-lhe coordenar e executar os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais em seu âmbito. Art. 7º A Política Municipal de Assistência Social e o Sistema Único de Assistência Social – SUAS no Município de Belford Roxo serão coordenados pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania – SEMASC como órgão gestor desta política no Município de Belford Roxo. Parágrafo único. O órgão gestor da Política Municipal de Assistência Social desempenhará a gestão da Política de Assistência Social no Município, em respeito às responsabilidades, competências e normas previstas na Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social – NOB/SUAS e regulações posteriores. Seção II DA ORGANIZAÇÃO Art. 8º O Sistema Único de Assistência Social no âmbito do Município de Belford Roxo organiza-se pelos seguintes tipos de proteção: I – proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social, por meio de aquisições e do desenvolvimento de potencialidades e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários; II – proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos. Art. 9º A proteção social básica compõem-se precipuamente dos seguintes serviços socioassistenciais, nos termos da Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, sem prejuízo de outros que vierem a ser instituídos: 14 I – Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF; II – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFV; III – Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas; §1º O PAIF deve ser ofertado exclusivamente no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. §2º Os serviços socioassistenciais de Proteção Social Básica poderão ser executados pelas Equipes Volantes. Art. 10. A proteção social especial ofertará precipuamente os seguintes serviços socioassistenciais, nos termos da Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, sem prejuízo de outros que vierem a ser instituídos: I – proteção social especial de média complexidade: a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI; b) Serviço Especializado de Abordagem Social; c) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade; d) Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias; e) Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua; II – proteção social especial de alta complexidade: 15 a) Serviço de Acolhimento Institucional; b) Serviço de Acolhimento em República; c) Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora; d) Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências. Parágrafo único. O PAEFI deve ser ofertado exclusivamente no CentrodeReferênciaEspecializadodeAssistênciaSocial-CREAS. Art. 11. As proteções sociais básica e especial serão ofertadas pela redesocioassistencial,deformaintegrada,diretamentepelosentes públicos ou pelas entidades ou organizações de assistência social vinculadas ao SUAS, respeitadas as especificidades de cada serviço, programa ou projetosocioassistencial. §1º Considera-se rede socioassistencial o conjunto integrado daofertadeserviços,programas,projetosebenefíciosdeassistên- ciasocialmedianteaarticulaçãoentretodasasunidadesdoSUAS. §2º A vinculação ao SUAS é o reconhecimento pelo órgão ges- tor, de que a entidade ou organização de assistência social integra a rede socioassistencial. Municípios sobre Regulamentação da Política Municipal de AssistênciaSocial Art.12.AsunidadespúblicasestataisinstituídasnoâmbitodoSUAS integram a estrutura administrativa do Município de Belford Roxo, quaissejam: I –CRAS; II –CREAS; III – Centro Pop; IV – Casa de Passagem; V – Outras que vierem a ser implantadas e estejam vinculadas à Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania –SEMASC- e sob sua coordenação. Parágrafo único. As instalações das unidades públicas estatais devem ser compatíveis com os serviços neles ofertados, observadas as normas gerais. 16 Art.13.Asproteçõessociais,básicaeespecial,serãoofertadasprecipuamente no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS e no Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, respectivamente, e pelas entidades e organizações de assistência social, de formacomplementar. § 1º O CRAS é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação e execução de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias no seu território de abrangência. § 2º O CREAS é a unidade pública de abrangência municipal ou regional, destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas da Assistência Social. § 3º Os CRAS e os CREAS são unidades públicas estataisinstituídasnoâmbitodoSUAS,quepossueminterface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e ofer- tam os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social. Art. 14. A implantação das unidades de CRAS e CREAS deve ob- servar as diretrizes da: I. territorialização – oferta capilarizada de serviços com áreas de abrangência definidas baseada na logica da proximidade do cotidianono de vida dos cidadãos; respeitando as identidades dos territórios locais, e considerando as questões relativas às dinâmicas sociais, distâncias percorridas e fluxos de transportes, com o intuito de po- tencializar o caráter preventivo, educativo e protetivo das ações em todo o município, mantendo simultaneamente a ênfase e prioridade nos territórios de maior vulnerabilidade e risco social. II. universalização – a fim de que a proteção social básica e a proteção social especial sejam asseguradas na totalidade dos territórios dos municípios e com capacidade de atendimento compatível com o volume de necessidades da população; 17 III. regionalização – participação, quando for o caso, em arranjos institucionais que envolvam municípios circunvizinhos e o governo estadual, visando assegurar a prestação de serviços socioassisten- ciais de proteção social especial cujos custos ou baixa demanda municipal justifiquem rede regional e desconcentrada de serviços no âmbito do Estado. Art.15.Asofertassocioassistenciaisnasunidadespúblicaspressupõem a constituição de equipe de referência na forma das Resoluções nº 269, de 13 de dezembro de 2006; nº 17, de 20 de junho de2011; e nº 9, de 25 de abril de 2014, do CNAS. Parágrafo único. O diagnóstico socioterritorial e os dados da Vigilância Socioassistencial são fundamentais para a definição da forma de oferta da proteção social básica e especial. Art. 16. O SUAS afiança as seguintes seguranças, observado as normas gerais: I – acolhida; II – renda; III – convívio ou vivência familiar, comunitária e social; IV – desenvolvimento de autonomia; V – apoio e auxílio. Seção III DAS RESPONSABILIDADES Art. 17. Compete ao Município de Belford Roxo, por meio daSecretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania: I – destinar recursos financeiros para custeio dos benefícios eventuais de que trata o art. 22, da Lei Federal nº 8742 de 1993, mediante critérios estabelecidos pelos conselhos municipais de assistência Social e lei municipal 1.511 de 08 de abril de 2014; II – efetuar o pagamento do auxílio-natalidade e o auxílio-funeral; III – executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizações da sociedade civil; 18 IV – atender às ações socioassistenciais de caráter de emergência; V – prestar os serviços socioassistenciais de que trata o art. 23, da Lei Federal nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais; VI – implantar a vigilância socioassistencialno âmbito municipal, visando ao planejamento e à oferta qualificada de serviços, benefícios, programas e projetos socioassistenciais; VII – implantar sistema de informação, acompanhamento, monitoramento e avaliação para promover o aprimoramento, qualificação e integração contínuos dos serviços da rede socioassistencial, conforme Pacto de Aprimoramento do SUAS e Plano de Assistência Social; VIII – regulamentar e coordenar a formulação e a implementação da Política Municipal de Assistência Social, em consonância com a Política Nacional de Assistência Social e com a Política Estadual de Assistência Social e as deliberações de competência do Conselho Municipal de Assistência Social, observando as deliberações das conferências nacional, estadual e municipal; IX – regulamentar os benefícios eventuais, se necessário, a cada ano, em consonância com as deliberações do Conselho Municipal de Assistência Social; X – cofinanciar o aprimoramento da gestão e dos serviços, programas, projetos e benefícios eventuais de assistência social, em âmbito local; XI – cofinanciar em conjunto com a esfera federal e estadual, a Política Nacional de Educação Permanente, com base nos princípios da Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS - NOB-RH/SUAS, coordenando-a e executando-a em seu âmbito. XII – realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito; XIII – realizar a gestão local do Benefício de Prestação Continuada - BPC, garantindo aos seus beneficiários e famílias o acesso aos serviços, programas e projetos da rede socioassistencial; 19 XIV – realizar em conjunto com o Conselho de Assistência Social, as conferências de assistência social; XV – gerir de forma integrada, os serviços, benefícios e programas de transferência de renda de sua competência; XVI – gerir o Fundo Municipal de Assistência Social; XVII – gerir no âmbito municipal, o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e o Programa Bolsa Família, nos termos do §1º do art. 8° da Lei nº 10.836, de 2004; XVIII – organizar a oferta de serviços de forma territorializada, em áreas de maior vulnerabilidade e risco, de acordo com o diagnóstico socioterritorial; XIX – organizar e monitorar a rede de serviços da proteção social básica e especial, articulando as ofertas; XX – organizar e coordenar o SUAS em seu âmbito, observando as deliberações e pactuações de suas respectivas instâncias, normatizando e regulando a política de assistência social em seu âmbito em consonância com as normas gerais da União. XXI – elaborar a proposta orçamentária da assistência social no Município assegurando recursos do tesouro municipal; XXII – elaborar e submeter ao Conselho Municipal de Assistência Social, anualmente, a proposta orçamentária dos recursos do Fundo Municipal de Assistência Social -FMAS; XXIII – elaborar e cumprir o plano de providências, no caso de pendências e irregularidades do Município junto ao SUAS, aprovado pelo CMAS e pactuado na CIB; XXIV – elaborar e executar o Pacto de Aprimoramento do SUAS, implementando-o em âmbito municipal; e 20 XXV – elaborar e executar a política de recursos humanos, de acordo com a NOB/RH - SUAS; XXVI – elaborar o Plano Municipal de Assistência Social, a partir das responsabilidades e de seu respectivo e estágio no aprimoramento da gestão do SUAS e na qualificação dos serviços, conforme patamares e diretrizes pactuadas nas instâncias de pactuação e negociação do SUAS; XXVII – elaborar e expedir os atos normativos necessários à gestão do FMAS, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo conselho municipal de assistência social; XXVIII – elaborar e aprimorar os equipamentos e serviços socioassistenciais, observando os indicadores de monitoramento e avaliação pactuados; XXIX – implantar, elaborar, alimentar e manter atualizado o Censo SUAS; XXX – implantar o Sistema de Cadastro Nacional de Entidade de Assistência Social – SCNEAS de que trata o inciso XI do art. 19 da Lei Federal nº 8.742, de 1993; XXXI – implantar o conjunto de aplicativos do Sistema de Informação do Sistema Único de Assistência Social – Rede SUAS; XXXII – garantir a infraestrutura necessária ao funcionamento do respectivo conselho municipal de assistência social, garantindo recursos materiais, humanos e financeiros, inclusive com despesas referentes a passagens, traslados e diárias de conselheiros representantes do governo e da sociedade civil, quando estiverem no exercício de suas atribuições; XXXIII – garantir a elaboração da peça orçamentária esteja de acordo com o Plano Plurianual, o Plano de Assistência Social e dos compromissos assumidos no Pacto de Aprimoramento do SUAS; XXXIV – garantir a integralidade da proteção socioassistencial à população, primando pela qualificação dos serviços do SUAS, exercendo essa responsabilidade de forma compartilhada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios; 21 XXXV– garantir a capacitação para gestores, trabalhadores, dirigentes de entidades e organizações, usuários e conselheiros de assistência social, além de desenvolver, participar e apoiar a realização de estudos, pesquisas e diagnósticos relacionados à política de assistência social, em especial para fundamentar a análise de situações de vulnerabilidade e risco dos territórios e o equacionamento da oferta de serviços em conformidade com a tipificação nacional; XXXVI – garantir o comando único das ações do SUAS pelo órgão gestor da política de assistência social, conforme preconiza a LOAS; XXXVII – definir os fluxos de referência e contrarreferência do atendimento nos serviços socioassistenciais, com respeito às diversidades em todas as suas formas; XXXVIII – definir os indicadores necessários ao processo de acompanhamento, monitoramento e avaliação, observado a suas competências; XXXIX – implementar os protocolos pactuados na CIT; XL – implementar a gestão do trabalho e a educação permanente; XLI – promover a integração da política municipal de assistência social com outros sistemas públicos que fazem interface com o SUAS; XLII – promover a articulação intersetorial do SUAS com as demais políticas públicas e Sistema de Garantia de Direitos e Sistema de Justiça; XLIII – promover a participação da sociedade, especialmente dos usuários, na elaboração da política de assistência social; XLIV – assumir as atribuições, no que lhe couber, no processo de municipalização dos serviços de proteção social básica; 22 XLV – participar dos mecanismos formais de cooperação intergovernamental que viabilizem técnica e financeiramente os serviços de referência regional, definindo as competências na gestão e no cofinanciamento, a serem pactuadas na CIB; XLVI – prestar informações que subsidiem o acompanhamento estadual e federal da gestão municipal; XLVII – zelar pela execução direta ou indireta dos recursos transferidos pela União e pelos estados ao Município,inclusive no que tange a prestação de contas; XLVIII – assessorar as entidades e organizações de assistência so- cial visando à adequação dos seus serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais às normas do SUAS, viabilizando estratégias e mecanismos de organização para aferir o pertencimento à rede socioassistencial, em âmbito local, de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais ofertados pelas entidades e organizações de assistência social de acordo com as normativas federais; XLIX – acompanhar a execução de parcerias firmadas entre os municípios e as entidades e organizações de assistência social e promover a avaliação das prestações de contas; L – normatizar, em âmbito local, o financiamento integral dos serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social oferta- dos pelas entidades e organizações vinculadas ao SUAS, conforme: §3º do art. 6º B da Lei Federal nº 8.742, de 1993, e sua regulamentação em âmbito federal. LI – aferir os padrões de qualidade de atendimento, a partir dos indicadores de acompanhamento definidos pelo respectivo conselho municipal de assistência social para a qualificação dos serviços e benefícios em consonância com as normas gerais; LII – encaminhar para apreciação do conselho municipal de assistência social os relatórios trimestrais e anuais de atividades e de execução físico-financeira a título de prestação de contas; LIII – compor as instâncias de pactuação e negociação do SUAS; 23 LIV – estimular a mobilização e organização dos usuários e trabalhadores do SUAS para a participação nas instâncias de controle social da política de assistência social; LV – instituir o planejamento contínuo e participativo no âmbito da política de assistência social; LVI – dar publicidade ao dispêndio dos recursos públicos destinados à assistência social; LVII – submeter trimestralmente, de forma sintética, e anualmente, de forma analítica, os relatórios de execução orçamentária e financeira do Fundo Municipal de Assistência Social à apreciação do CMAS. Seção IV DO PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Art. 18. O Plano Municipal de Assistência Social é um instrumento de planejamento estratégico que contempla propostas para execução e o monitoramento da política de assistência social no âmbito do Município de Belford Roxo. §1º A elaboração do Plano Municipal de Assistência Social dar-se-á cada 4 (quatro) anos, coincidindo com a elaboração do Plano Plurianual e contemplará: I – diagnóstico socioterritorial; II – objetivos gerais e específicos; III – diretrizes e prioridades deliberadas; IV – ações estratégicas para sua implementação; V – metas estabelecidas; 24 VI – resultados e impactos esperados; VII – recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários; VIII – mecanismos e fontes de financiamento; IX – indicadores de monitoramento e avaliação; e X – cronograma de execução. §2º O Plano Municipal de Assistência Social, além do estabelecido no parágrafo anterior, deverá observar: I – as deliberações das conferências de assistência social; II – metas nacionais e estaduais pactuadas que expressam o compromisso para o aprimoramento do SUAS; III – ações articuladas e intersetoriais; IV – ações de apoio técnico e financeiro à gestão descentralizada do SUAS. CAPÍTULO IV Das Instâncias de Articulação, Pactuação e Deliberação do SUAS Seção I DO CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Art. 19. Ao Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS do Município de Belford Roxo, órgão superior de deliberação colegiada, de caráter permanente e composição paritária entre governo sociedade civil, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, instituído pela lei municipal 1.068 de 27 de outubro de 2005, além das competências elencadas no artigo 2º do menciona- do dispositivo legal, compete: 25 I – aprovar o plano de capacitação, elaborado pelo órgão gestor; II – acompanhar o cumprimento das metas nacionais, estaduais e municipais do Pacto de Aprimoramento da Gestão do SUAS; III – acompanhar, avaliar e fiscalizar a gestão do Programa Bolsa Família-PBF; IV – apreciar e aprovar informações da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania inseridas nos sistemas nacionaise estaduais de informação referentes ao planejamento do uso dos recursos de cofinanciamento e a prestação de contas; V – apreciar os dados e informações inseridas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, unidades públicas e privadas da assistência social, nos sistemas nacionais e estaduais de coleta de dados e informações sobre o sistema municipal de assistência social; VI – alimentar os sistemas nacionais e estaduais de coleta de dados e informações sobre os Conselhos Municipais de Assistência Social; VII – zelar pela efetivação do SUAS no Município; VIII – zelar pela efetivação da participação da população na formulação da política e no controle da implementação; IX – deliberar sobre as prioridades e metas de desenvolvimento do SUAS em seu âmbito de competência; X – estabelecer critérios e prazos para concessão dos benefícios eventuais; XI – apreciar e aprovar a proposta orçamentária da assistência social a ser encaminhada pela Secretaria Municipal de Assistência Social em consonância com a Política Municipal de Assistência Social; 26 XII – fiscalizar a gestão e execução dos recursos do Índice de Gestão Descentralizada do Programa Bolsa Família-IGD-PBF, e do Índice de Gestão Descentralizada do Sistema Único de Assistência Social -IGD-SUAS; XIII – planejar e deliberar sobre a aplicação dos recursos IGD-PBF e IGD-SUAS destinados às atividades de apoio técnico e operacional ao CMAS; XIV – participar da elaboração do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual no que se refere à assistência social, bem como do planejamento e da aplicação dos recursos destinados às ações de assistência social, tanto dos recursos próprios quanto dos oriundos do Estado e da União, alocados no FMAS; XV – aprovar o aceite da expansão dos serviços, programas e projetos socioassistenciais, objetos de cofinanciamento; XVI – orientar e fiscalizar o FMAS; XVII – divulgar, no Diário Oficial Municipal, ou em outro meio de comunicação, todas as suas decisões na forma de Resoluções, bem como as deliberações acerca da execução orçamentária e financeira do FMAS e os respectivos pareceres emitidos; XVIII – receber, apurar e dar o devido prosseguimento a denúncias; XIX – estabelecer articulação permanente com os demais conselhos de políticas públicas setoriais e conselhos de direitos; XX – realizar a inscrição das entidades e organizações de assistência social; XXI – notificar fundamentadamente a entidade ou organização de assistência social no caso de indeferimento do requerimento de inscrição; XXII – fiscalizar as entidades e organizações de assistência social; XXIII – emitir resolução quanto às suas deliberações; XXIV – registrar em ata as reuniões; 27 XXV – instituir comissões e convidar especialistas sempre que se fizerem necessários; XXVI – avaliar e elaborar parecer sobre a prestação de contas dos recursos repassados ao Município. Art. 20. O CMAS deverá planejar suas ações de forma a garantir a consecução das suas atribuições e o exercício do controle social, primando pela efetividade e transparência das suas atividades. Parágrafo único. O planejamento das ações do conselho deve orientar a construção do orçamento da gestão da assistência social para o apoio financeiro e técnico às funções do Conselho. Seção II DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Art. 21. A Conferência Municipalde Assistência Social é instância máxima de debate, de formulação e de avaliação da política pública de assistência social e definição de diretrizes para o aprimoramento do SUAS, com a participação de representantes do governo e da sociedade civil. Art. 22. A Conferência Municipal de Assistência Social deve observar as seguintes diretrizes: I – divulgação ampla e prévia do documento convocatório, especificando objetivos, prazos, responsáveis, fonte de recursos e comissão organizadora; II – garantia da diversidade dos sujeitos participantes, inclusive da acessibilidade às pessoas com deficiência; III – estabelecimento de critérios e procedimentos para a designação dos delegados governamentais e para a escolha dos delegados da sociedade civil; 28 IV – publicidade de seus resultados; V – determinação do modelo de acompanhamento de suas deliberações; e VI – articulação com a conferência estadual e nacional de assistência social. Art. 23. A Conferência Municipal de Assistência Social será convocada ordinariamente a cada 4 (quatro) anos pelo Conselho Municipal de Assistência Social e extraordinariamente, a cada 2 (dois) anos, conforme deliberação da maioria dos membros do Conselho. Seção III DA PARTICIPAÇÃO DOS USUÁRIOS Art. 24. É condição fundamental para viabilizar o exercício do controle social e garantir os direitos socioassistenciais o estímulo à participação e ao protagonismo dos usuários no Conselho e Conferência Municipal de assistência social. Parágrafo único. Os usuários são sujeitos de direitos e público da política de assistência social e os representantes de organizações de usuários são sujeitos coletivos expressos nas diversas formas de participação, nas quais esteja caracterizado o seu protagonismo direto enquanto usuário. Art. 25. O estímulo à participação dos usuários pode se dar a partir de articulação com movimentos sociais e populares e de apoio à organização de diversos espaços tais como: fórum de debate, audiência pública, comissão de bairro, coletivo de usuários junto aos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais. Parágrafo único. São estratégias para garantir a presença dos usuários, dentre outras, o planejamento do conselho e do órgão gestor; ampla divulgação do processo nas unidades prestadoras de serviços; descentralização do controle social por meio de comissões regionais ou locais. Seção IV 29 DA REPRESENTAÇÃO DO MUNICÍPIO NAS INSTÂNCIAS DE NEGOCIAÇÃO E PACTUAÇÃO DO SUAS. Art. 26. O Município de Belford Roxo é representado nas Comissões IntergestoresBipartite – CIB e Tripartite – CIT, instâncias de negociação e pactuação dos aspectos operacionais de gestão e organização do SUAS, respectivamente, em âmbito estadual e nacional, pelo Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social – COEGEMAS e pelo Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social – CONGEMAS. §1º O CONGEMAS E COEGEMAS constituem entidades sem fins lucrativos que representam as secretarias municipais de assistência social, declarados de utilidade pública e de relevante função social, onerando o município quanto a sua associação a fim de garantir os direitos e deveres de associado. §2º O COEGEMAS poderá assumir outras denominações a depender das especificidades regionais. CAPÍTULO V DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS, DOS SERVIÇOS, DOS PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E DOS PROJETOS DE ENFRENTAMENTO DA POBREZA. Seção I DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS Art. 27. Benefícios eventuais são provisões suplementares e provisórias prestadas aos indivíduos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e calamidade pública, na forma prevista na Lei federal nº 8.742, de 1993. Parágrafo único. Não se incluem na modalidade de benefícios eventuais da assistência social as provisões relativas a programas, projetos, serviços e benefícios vinculados ao campo da saúde, da educação, da integração nacional, da habitação, da segurança alimentar e das demais políticas públicas setoriais. 30 Art. 28. Os benefícios eventuais integram organicamente as garantias do SUAS, devendo sua prestação observar: I – não subordinação a contribuições prévias e vinculação a quais- quer contrapartidas; II – desvinculação de comprovações complexas e vexatórias, que estigmatizam os beneficiários; III – garantia de qualidade e prontidão na concessão dos benefícios; IV – garantia de igualdade de condições no acesso às informações e à fruição dos benefícios eventuais; V – ampla divulgação dos critérios para a sua concessão; VI – integração da oferta com os serviços socioassistenciais. Art.29. Os benefícios eventuais podem ser prestados na forma de pecúnia, bens de consumo ou prestação de serviços. Art. 30. O público alvo para acesso aos benefícios eventuais deverá ser identificado pelo Município a partir de estudos da realidade social e diagnóstico elaborado com uso de informações disponibilizadas pela Vigilância Socioassistencial, com vistas a orientar o planejamento da oferta. Seção II DA PRESTAÇÃO DE BENEFÍCIOS EVENTUAIS Art. 31. Os benefícios eventuais devem ser prestados em virtude de nascimento, morte, vulnerabilidade temporária e calamidade pública, observadas as contingências de riscos, perdas e danos a que estão sujeitos os indivíduos e famílias. 31 Parágrafo único. Os critérios e prazos para prestação dos benefícios eventuais devem ser estabelecidos por meio de Resolução do Conselho Municipal de Assistência Social, conforme prevê o art. 22, §1º, da Lei Federal nº 8.742, de 1993. Art. 32. O Benefício prestado em virtude de nascimento deverá ser concedido: I – à genitora que comprove residir no Município; II – à família do nascituro, caso a mãe esteja impossibilitada de requerer o benefício ou tenha falecido; III – à genitora ou família que esteja em trânsito no município e seja potencial usuária da assistência social; IV – à genitora atendida ou acolhida em unidade de referência do SUAS. Parágrafo único. O benefício eventual por situação de nascimento poderá ser concedido nas formas de pecúnia ou bens de consumo, ou em ambas as formas, conforme a necessidade do requerente e disponibilidade da administração pública. Art. 33. O benefício prestado em virtude de morte deverá ser concedido com o objetivo de reduzir vulnerabilidades provocadas por morte de membro da família e tem por objetivo atender as necessidades urgentes da família para enfrentar vulnerabilidades advindas da morte de um de seus provedores ou membros. Parágrafo único. O benefício eventual por morte poderá ser concedido conforme a necessidade do requerente e o que indicar o trabalho social com a família. Art. 34. O benefício prestado em virtude de vulnerabilidade temporária será destinado à família ou ao indivíduo visando minimizar situações de riscos, perdas e danos, decorrentes de contingências sociais, e deve integrar-se à oferta dos serviços socioassistenciais, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e a inserção comunitária. 32 Parágrafo único. O benefício será concedido na forma de pecúnia ou bens de consumo, em caráter temporário, sendo o seu valor e duração definidos de acordo com o grau de complexidade da situação de vulnerabilidade e risco pessoal das famílias e indivíduos, identificados nos processos de atendimento dos serviços. Art. 35. A situação de vulnerabilidade temporária caracteriza-se pelo advento de riscos, perdas e danos à integridade pessoal e familiar, assim entendidos: I – riscos: ameaça de sérios padecimentos; II – perdas: privação de bens e de segurança material; III – danos: agravos sociais e ofensa. Parágrafo único. Os riscos, perdas e danos podem decorrer de:I – ausência de documentação; II – necessidade de mobilidade intraurbana para garantia de acesso aos serviços e benefícios socioassistenciais; III – necessidade de passagem para outra unidade da Federação, com vistas a garantir a convivência familiar e comunitária; IV – ocorrência de violência física, psicológica ou exploração sexual no âmbito familiar ou ofensa à integridade física do indivíduo; V – perda circunstancial ocasionada pela ruptura de vínculos familiares e comunitários; VI – processo de reintegração familiar e comunitária de pessoas idosas, com deficiência ou em situação de rua; crianças, adolescentes, mulheres em situação de violência e famílias que se encontram em cumprimento de medida protetiva; 33 VII – ausência ou limitação de autonomia, de capacidade, de condições ou de meios próprios da família para prover as necessidades alimentares de seus membros; Art. 36. Os benefícios eventuais prestados em virtude de desastre ou calamidade pública constituem-se provisão suplementar e provisória de assistência social para garantir meios necessários à sobrevivência da família e do indivíduo, com o objetivo de assegurar a dignidade e a reconstrução da autonomia familiar e pessoal. Art. 37. As situações de calamidade pública e desastre caracterizam-se por eventos anormais, decorrentes de baixas ou altas temperaturas, tempestades, enchentes, secas, inversão térmica, desabamentos, incêndios, epidemias, os quais causem sérios danos à comunidade afetada, inclusive à segurança ou à vida de seus integrantes, e outras situações imprevistas ou decorrentes de caso fortuito. Parágrafo único. O benefício será concedido na forma de pecúnia ou bens de consumo, em caráter provisório e suplementar, sendo seu valor fixado de acordo com o grau de complexidade do atendimento de vulnerabilidade e risco pessoal das famílias e indivíduos afetados. Art. 38. Os critérios e prazos para fins de concessão dos benefícios eventuais no âmbito da Política Pública de Assistência Social do Município de Belford Roxo serão estabelecidos por lei própria, após regulamentação, por meio de Resolução, emitida pelo Conselho Municipal de Assistência Social. Seção III DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS PARA OFERTA DE BENE- FÍCIOS EVENTUAIS Art. 39. As despesas decorrentes da execução dos benefícios eventuais serão providas por meio de dotações orçamentárias do Fundo Municipal de Assistência Social. Parágrafo único. As despesas com Benefícios Eventuais devem ser previstas anualmente na Lei Orçamentária Anual do Município - LOA. Seção IV DOS SERVIÇOS 34 Art. 40. Serviços socioassistenciais são atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidas na Lei Federal nº 8.742, de 1993, no Decreto nº 6.214 de 2007 e na Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais. Seção V DOS PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Art. 41. Os programas de assistência social compreendem ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. § 1º Os programas serão definidos pelo Conselho Municipal de Assistência Social, obedecidas a Lei Federal nº 8.742, de 1993, e as demais normas gerais do SUAS, com prioridade para a inserção profissional e social. § 2º Os programas voltados para o idoso e a integração da pessoa com deficiência serão devidamente articulados com o benefício de prestação continuada estabelecido no art. 20 da Lei Federal nº 8.742 de 1993. Seção VI DA RELAÇÃO COM AS ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Art. 42. São entidades ou organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos pela Lei Federal nº 8.742, de 1993, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. Art. 43. As entidades e organizações de assistência social e os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais deverão ser inscritos no Conselho Municipal de Assistência Social para que obtenha a autorização de funcionamento no âmbito da Política Nacional de Assistência Social, observado os parâmetros nacionais de inscrição definidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social. 35 Art. 44. Constituem critérios para a inscrição das entidades ou organizações de Assistência Social, bem como dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais: I – executar ações de caráter continuado, permanente e planejado; II – assegurar que os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais sejam ofertados na perspectiva da autonomia e garantia de direitos dos usuários; III – garantir a gratuidade e a universalidade em todos os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais; IV – garantir a existência de processos participativos dos usuários na busca do cumprimento da efetividade na execução de seus serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais. Art. 45. As entidades e organizações de assistência social no ato da inscrição demonstrarão: I – ser pessoa jurídica de direito privado, devidamente constituída; II – aplicar suas rendas, seus recursos e eventual resultado integralmente no território nacional e na manutenção e no desenvolvimento de seus objetivos institucionais; III – elaborar plano de ação anual; IV – ter expresso em seu relatório de atividades: a) finalidades estatutárias; b) objetivos; c) origem dos recursos; d) infraestrutura; e) identificação de cada serviço, programa, projeto e benefício socioassistencial executado. 36 Parágrafo único. Os pedidos de inscrição observarão as seguintes etapas de analise: I – análise documental; II – visita técnica, quando necessária, para subsidiar a análise do processo; III – elaboração do parecer da Comissão; IV – pauta, discussão e deliberação sobre os processos em reunião plenária; V – publicação da decisão plenária; VI – emissão do comprovante; VII – notificação à entidade ou organização de Assistência Social por ofício. CAPÍTULO VI DO FINANCIAMENTO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE ASSISTÊN- CIA SOCIAL Art. 46. O financiamento da Política Municipal de Assistência Social é previsto e executado através dos instrumentos de planejamento orçamentário municipal, que se desdobram no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual. Parágrafo único. O orçamento da assistência social deverá ser inserido na Lei Orçamentária Anual, devendo os recursos alocados no Fundo Municipal de Assistência Social serem voltados à operacionalização, prestação, aprimoramento e viabilização dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais. Art. 47. Caberá ao órgão gestor da assistência social responsável pela utilização dos recursos do respectivo Fundo Municipal de Assistência Social o controle e o acompanhamento dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais, por meio dos respectivos órgãos de controle, independentemente de ações do órgão repassador dos recursos. 37 Parágrafo único. Os entes transferidores poderão requisitar informações referentes à aplicação dos recursos oriundos do seu fundo de assistência social, para fins de análise e acompanhamento de sua boa e regular utilização. Seção I DO FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Art. 48. O Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS, fundo público de gestão orçamentária, financeira e contábil, criado pela lei municipal nº 641 de 27 de junho de 1997, com objetivo de proporcionar recursos para cofinanciar a gestão, serviços, programas,projetos e benefícios socioassistenciais. Art. 49. Constituirão receitas do Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS: I – recursos provenientes da transferência dos fundos Nacional e Estadual de Assistência Social; II – dotações orçamentárias do Município e recursos adicionais que a Lei estabelecer no transcorrer de cada exercício; III – doações, auxílios, contribuições, subvenções de organizações internacionais e nacionais, Governamentais e não Governamentais; IV – receitas de aplicações financeiras de recursos do fundo, realizadas na forma da lei; V – as parcelas do produto de arrecadação de outras receitas próprias oriundas de financiamentos das atividades econômicas, de prestação de serviços e de outras transferências que o Fundo Municipal de Assistência Social terá direito a receber por força da lei e de convênios no setor. VI – produtos de convênios firmados com outras entidades financiadoras; VII – doações em espécie feitas diretamente ao Fundo; 38 VIII – outras receitas que venham a ser legalmente instituídas. §1º A dotação orçamentária prevista para o Fundo Municipal de Assistência Social será automaticamente transferida a sua conta, tão logo sejam realizadas as receitas correspondentes. §2º Os recursos que compõem o Fundo serão depositados em instituições financeiras oficiais, em conta especial sobre a denominação – Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS. §3º As contas recebedoras dos recursos do cofinanciamento federal das ações socioassistenciais serão abertas pelo Fundo Nacional de Assistência Social. Art. 50. O FMAS será gerido pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania - SEMASC, sob orientação e fiscalização do Conselho Municipal de Assistência Social. Parágrafo único. O Orçamento do Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS integrará o orçamento da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania - SEMASC. Art. 51. Os recursos do Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS, serão aplicados em: I – financiamento total ou parcial de programas, projetos e serviços de assistência social desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social ou por Órgão conveniado; II – em parcerias entre poder público e entidades ou organizações de assistência social para a execução de serviços, programas e projetos socioassistencial específicos; III – aquisição de material permanente e de consumo e de outros insumos necessários ao desenvolvimento das ações socioassistenciais; IV – construção reforma ampliação, aquisição ou locação de imóveis para prestação de serviços de Assistência Social; V – desenvolvimento e aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, planejamento, administração e controle das ações de Assistência Social; 39 VI – pagamento dos benefícios eventuais, conforme o disposto no inciso I do art. 15 da Lei Federal nº 8.742, de 1993; VII – pagamento de profissionais que integrarem as equipes de referência, responsáveis pela organização e oferta daquelas ações, conforme percentual apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e aprovado pelo Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS. Art. 52. O repasse de recursos para as entidades e organizações de Assistência Social, devidamente inscritas no CMAS, será efetivado por intermédio do FMAS, de acordo com critérios estabelecidos pelo Conselho Municipal de Assistência Social, observando o disposto nesta Lei. Art. 53. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação. Art. 54. Revogam-se as disposições em contrário. Belford Roxo, 11 de dezembro de 2018. WAGNER DOS SANTOS CARNEIRO PREFEITO MUNICIPAL 40 A SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, CIDADANIA E MULHER MISSÃO E VISÃO A Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Mulher é o órgão gestor da política de Assistência Social no Município de Belford Roxo e tem como missão a gestão e consolidação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS no âmbito municipal para isso seus serviços são oferecidos de caráter continuado à todos os cidadãos que dele necessitam nos termos da Constituição Federal de 1988, art. 203. Para a execução, coordenação e oferta dos serviços preconizados pela Política Nacional de Assistência Social – PNAS a gestão do SUAS é dividida em Proteção Social Básica (PSB) e Proteção Social Especial (PSE). A Proteção Social Básica (PSB) tem como objetivo prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades no fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Esta proteção tem como objetivo desenvolver serviços, programas e projetos locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e indivíduos de acordo com sua vulnerabilidade. A Proteção Social Especial (PSE) é a modalidade de atendimento assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras. São situações que requerem acompanhamento individual e maior flexibilidade nas soluções protetivas, comportam encaminhamentos monitorados, apoios e processos que assegurem qualidade na atenção protetiva e efetividade na reinserção almejada. Os serviços de proteção especial têm estreita interface com o sistema de garantia de direitos, exigindo muitas vezes uma gestão mais complexa e compartilhada com o Poder Judiciário, Ministério Público e outros órgãos e ações do Executivo. Diante deste cenário, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Mulher de Belford Roxo vem implementando meios para melhor atender a população nos diversos bairros do município, ampliando assim nossa área de abrangência buscando garantir de forma eficaz e ininterrupta os serviços previstos na Lei 8.742 de 07 de dezembro de 1993 alterada pela 41 Lei 12.435 de 06 de julho de 2011 – Lei Orgânica da Assistência Social, tipificados pela Resolução CNAS nº 109 de 11 de novembro de 2009 – Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais e consolidados pela Resolução CNAS 145 de 15 de outubro de 2004 que aprova a Política Nacional de Assistência Social – PNAS. PRINCÍPIOS DA PNAS Em consonância com o disposto na LOAS, capítulo II, seção I, artigo 4º, a Política Nacional de Assistência Social rege-se pelos seguintes princípios democráticos: I – Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; II – Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; III – Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando- se qualquer comprovação vexatória de necessidade; IV – Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; V – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. DIRETRIZES A organização da Assistência Social tem as seguintes diretrizes, baseadas na Constituição Federal de 1988 e na Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS: I - Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social, garantindo o comando único das ações em cada esfera de governo, respeitando-se as diferençase as características socioterritoriais locais; 42 II – Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; III – Primazia da responsabilidade do Estado na condução da Política de Assistência Social em cada esfera de governo; IV – Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos. OBJETIVOS A Política Pública de Assistência Social realiza-se de forma integrada as políticas setoriais, considerando as desigualdades socioterritoriais, visando seu enfrentamento, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais. Sob essa perspectiva, objetiva: I - Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem; II - Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural; III - Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária. Diante do exposto e por estar em consonância com a Política Nacional de Assistência Social e a legislação pertinente, a Prefeitura Municipal de Belford Roxo vem buscando na forma da lei e primando pela concretude e transparência priorizar a garantia de direitos e o respeito à dignidade humana de todos os munícipes à sua autonomia, o bem-estar social e a cidadania. 43 MAPEAMENTO E COBERTURA DA REDE SOCIOASSISTENCIAL LOCAL, POR NÍVEL DE PROTEÇÃO. A PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA (PSB) A Proteção Social Básica tem como objetivo prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades, aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destinada à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos entre outros) e/ou fragilização de vínculos afetivo-relacionais e de pertencimento social (discriminação etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências). Os serviços da Proteção Social Básica devem ser executados de forma direta nos Centro de Referência de Assistência Social – CRAS que é “um equipamento estatal de base territorial, localizado em áreas de vulnerabilidade social (...) com a finalidade de organizar, coordenar e executar os serviços de Proteção Social Básica da política assistencial” (PNAS, 2004, p.35), ou de forma indireta pelas entidades de assistência social, no território de abrangência dos CRAS. A proteção social consiste no conjunto de ações, cuidados, atenções, benefícios e auxílios ofertados pelo SUAS para redução e prevenção de riscos pessoais e sociais, bem como vulnerabilidades de diversas naturezas. Ofertas materiais e de construção coletiva de saberes e práticas devem assegurar proteção à população frente às vulnerabilidades decorrentes de fatores econômicos, etários, raciais, de origem, de gênero, de orientação sexual e do acesso precário ou nulo aos serviços e políticas públicas. Tais vulnerabilidades podem ter um caráter material, concernente às necessidades objetivas do indivíduo, associadas à fragilização de vínculos afetivos e de pertencimento social. Nesse sentido, o foco da proteção social é estendido do indivíduo àqueles que o cercam na família, na comunidade e na sociedade, motivo pelo qual a convivência é uma de suas estratégias primordiais. PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO CONTEXTO DA PANDEMIA /COVID – 19 A Proteção Social Básica nunca passou por uma situação tão atípica como a que passamos nos últimos dois anos de 2020 e 2021 com a Pandemia da COVID-19. Os impactos das situações de calamidade e emergência, e particularmente da pandemia, trazem inúmeros desafios sem precedentes que sirvam de parâmetro. A crise e mudanças no cotidiano têm 44 23.000 24.000 25.000 26.000 27.000 28.000 29.000 Extrema Pobreza/ 2018 Extrema Pobreza/ 2019 Extrema Pobreza/ 2020 Extrema Pobreza/ 2021 25.271 25.612 28.763 28.889 agravado as vulnerabilidades presentes no convívio das famílias mais pobres, expondo diferentes ciclos de vida ao risco social e pessoal e às violações de direitos. Torna-se urgente a união de esforços para mitigar os riscos e impactos da crise pandêmica na vida da população, especialmente em grupos mais vulneráveis. O campo da Proteção Social tem impulsionado o desenvolvimento de ações imediatas e articuladas entre as políticas públicas para que as famílias acessem seus direitos. A Política de Assistência Social, organizada pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), desempenha essencial papel ao promover o atendimento integral das famílias e proteção aos grupos mais vulneráveis, como crianças e adolescentes, evitando sua invisibilidade nestes contextos. Apesar dos esforços, são inúmeros os desafios enfrentados, especialmente no campo da governança e gestão de ofertas. O gráfico abaixo traduz o diagnóstico dos últimos quatro anos iniciando com a diminuição da extrema pobreza seguido do aumento devido a pandemia da COVID-19. Benefício de Superação da Extrema Pobreza - BSP Fonte: Secretaria Nacional de Renda e Cidadania – SEMARC /Aplicações MDS 45 De dezembro de 2019 a setembro de 2021 tivemos um aumento de 3.277 usuários que entraram em situação de extrema pobreza. Com as especificidades dos territórios locais, o acirramento das vulnerabilidades com a perda de trabalho e renda, em alguns casos o não acesso à moradia, a alimentação, as inseguranças, instabilidades e uma nova dinâmica de sofrimento, milhares de usuários que tiveram suas vidas devastadas pela crise econômica seguida da perda de entes queridos. Frente a esta cenário, a Assistência Social da Cidade de Belford Roxo protagoniza os processos de gestão da garantia de direitos aos usuários do SUAS. Especialmente neste contexto, a Assistência Social é reconhecida como política pública essencial e deve desempenhar suas atribuições na garantia da proteção social pública a quem dela necessitar como direito. Trata-se de um campo protetivo demarcado pela garantia de renda, de convivência familiar e comunitária, acolhimento, autonomia, apoio e auxílio. Essas seguranças socioassistenciais são reconhecidas como fundamentais na estrutura de proteção e seguridade social nacional. A situação de extrema pobreza potencializou a necessidade de benefícios eventuais. Estes são provisões suplementares e provisórias prestadas aos indivíduos e as famílias em virtude de: nascimento, morte, situação de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. Os Benefícios Eventuais estão normatizados pela Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993(LOAS); Resolução CNAS nº 33 de 12 de dezembro de 2012 (NOB SUAS); Decreto nº 6.307, de 14 de dezembro de 2007. No DF estão regulamentados pela Lei N.º 5.165, de 04 de setembro de 2013, Decreto N.º 35.191, de 21 de fevereiro de 2014 e Portaria N.º 39, de 07 de julho de 2014 e classificam-se nas seguintes modalidades: • Auxílio natalidade; • Auxílio por morte; • Auxílio em situações de vulnerabilidade temporária; • Auxílio em situações de desastre e calamidade pública. Benefício Eventual - Modalidade alimentação A oferta de benefícios eventuais nas situações de vulnerabilidade temporária por falta ou dificuldade de acesso a alimentos é realizada na forma de bens de consumo, com a concessão de cestas básicas ou kits nutricionais. A pandemia da COVI-19 potencializou a necessidade deste benefício eventual específico. O gráfico abaixo ilustra os esforços da PSB para mitigar esta demanda:46 Ano 2020 322 cestas Até julho/2021 591 cestas Benefícios Eventuais – Cestas Básicas 2020/2021 Fonte: Dados Quantitativo de Acompanhamento da Proteção Básica – BR CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL O CRAS é o Centro de Referência de Assistência Social e funciona como uma Unidade Básica do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, sendo responsável por executar os serviços, programas e projetos sociais desenvolvidos pelos Governos Federal, Estadual e Municipal. O CRAS é especialmente destinado ao atendimento de famílias que vivenciam situações de vulnerabilidade social, pobreza, ausência de renda, acesso precário aos serviços públicos, fragilização dos vínculos familiares e comunitários. A organização e adaptação das ofertas são procedimentos importantes nesse processo para que o CRAS cumpra seu papel. Dentre as ofertas, os serviços da PSB demandam atenção especial, pois de forma integrada com os benefícios socioassistenciais, programas e projetos locais, promovem a perspectiva da integralidade no atendimento prestado às famílias. A cidade de Belford Roxo é uma cidade de grande porte, possui 13 (treze) Centros de Referência de Assistência Social – CRAS com previsão de ampliação para os próximos anos. A configuração dos equipamentos da Proteção Social Básica na geografia da cidade está da seguinte forma: 47 CRAS I – IOLANDA COSTA Endereço: Rua Felipe Antônio Pinto, n° 12 – Xavantes Número de famílias cadastradas no equipamento - outubro 2021:4.084 N° de Atendimentos Mensais de janeiro 2018 à outubro 2021, de acordo com o RMA: Bloco I - Famílias em acompanhamentos pelo PAIF Volume de famílias em acompanhamento pelo PAIF Total Média Total de famílias em acompanhamento pelo PAIF 2.823 62,73 Bloco II - Atendimentos individualizados realizados no CRAS Volume de atendimentos particularizados realizados Quantidade Média Total de atendimentos particularizados realizados 19.741 438,69 Famílias encaminhadas para inclusão no Cadastro Único 2.377 52,82 Famílias encaminhadas para atualização cadastral no Cadastro Único 5.210 115,78 Indivíduos encaminhados para acesso ao BPC 153 3,40 Famílias encaminhadas para o CREAS 36 0,80 Visitas domiciliares realizadas 273 6,07 Total de auxílios-natalidade concedidos/entregues 0 0,00 Total de auxílios-funeral concedidos/entregues 0 0,00 Outros benefícios eventuais concedidos/entregues 304 6,76 Bloco III - Atendimentos coletivos realizados no CRAS Volume de atendimentos coletivos realizados no CRAS Total Média Famílias participando regularmente de grupos no âmbito do PAIF 88 1,96 Crianças de 0 a 6 anosem Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 138 3,07 Crianças/adolescentes de 7 a 14 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 714 15,87 Adolescentes de 15 a 17 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos 402 8,93 Adultos entre 18 e 59 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 353 7,84 Idosos em Serviços de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos para idosos 443 9,84 Pessoas que participaram de palestras, oficinas e outras atividades coletivas de caráter não continuado 665 14,78 Pessoas com deficiência, participando dos Serviços de Convivência ou dos grupos do PAIF 39 0,87 48 CRAS II – JOSÉ DE MACEDO CAZAROTTI Endereço: Rua Dr. Armando Resende, n° 88 – Santa Marta Número de famílias cadastradas no equipamento - outubro 2021:9.910 N° de Atendimentos Mensais de janeiro 2018 à outubro 2021, de acordo com o RMA: Bloco I - Famílias em acompanhamentos pelo PAIF Volume de famílias em acompanhamento pelo PAIF Total Média Total de famílias em acompanhamento pelo PAIF 3.650 79,35 Bloco II - Atendimentos individualizados realizados no CRAS Volume de atendimentos particularizados realizados Quantidade Média Total de atendimentos particularizados realizados 30.785 669,24 Famílias encaminhadas para inclusão no Cadastro Único 1.546 33.61 Famílias encaminhadas para atualização cadastral no Cadastro Único 6.049 131,50 Indivíduos encaminhados para acesso ao BPC 285 6,20 Famílias encaminhadas para o CREAS 8 0,17 Visitas domiciliares realizadas 84 1,83 Total de auxílios-natalidade concedidos/entregues 1 0,02 Total de auxílios-funeral concedidos/entregues 0 0,00 Outros benefícios eventuais concedidos/entregues 135 2,93 Bloco III - Atendimentos coletivos realizados no CRAS Volume de atendimentos coletivos realizados no CRAS Total Média Famílias participando regularmente de grupos no âmbito do PAIF 1.364 29,65 Crianças de 0 a 6 anosem Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 110 2,39 Crianças/adolescentes de 7 a 14 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 649 14,11 Adolescentes de 15 a 17 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos 40 0,87 Adultos entre 18 e 59 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 671 14,11 Idosos em Serviços de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos para idosos 491 10,67 Pessoas que participaram de palestras, oficinas e outras atividades coletivas de caráter não continuado 807 17,54 Pessoas com deficiência, participando dos Serviços de Convivência ou dos grupos do PAIF 55 1,20 49 CRAS III – NOVA AURORA Endereço: Avenida Nova Aurora, n° 35 – Nova Aurora Número de famílias cadastradas no equipamento - outubro 2021:8.804 N° de Atendimentos Mensais de janeiro 2018 à outubro 2021, de acordo com o RMA: Bloco I - Famílias em acompanhamentos pelo PAIF Volume de famílias em acompanhamento pelo PAIF Total Média Total de famílias em acompanhamento pelo PAIF 5.839 126,93 Bloco II - Atendimentos individualizados realizados no CRAS Volume de atendimentos particularizados realizados Quantidade Média Total de atendimentos particularizados realizados 14.133 307,24 Famílias encaminhadas para inclusão no Cadastro Único 1.341 29,15 Famílias encaminhadas para atualização cadastral no Cadastro Único 2.138 46,48 Indivíduos encaminhados para acesso ao BPC 87 1,89 Famílias encaminhadas para o CREAS 11 0,24 Visitas domiciliares realizadas 313 6,80 Total de auxílios-natalidade concedidos/entregues 0 0,00 Total de auxílios-funeral concedidos/entregues 0 0,00 Outros benefícios eventuais concedidos/entregues 145 3,15 Bloco III - Atendimentos coletivos realizados no CRAS Volume de atendimentos coletivos realizados no CRAS Total Média Famílias participando regularmente de grupos no âmbito do PAIF 60 1,30 Crianças de 0 a 6 anosem Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 0 0,00 Crianças/adolescentes de 7 a 14 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 320 6,96 Adolescentes de 15 a 17 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos 667 14,50 Adultos entre 18 e 59 anos em Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 672 14,61 Idosos em Serviços de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos para idosos 719 15,63 Pessoas que participaram de palestras, oficinas e outras atividades coletivas de caráter não continuado 982 21,35 Pessoas com deficiência, participando dos Serviços de Convivência ou dos grupos do PAIF 0 0,00 50 CRAS IV – PADRE EGÍDIO CARMELINCK Endereço: Rua Padre Egídio Carmelink, n° 70 – Lote XV Número de famílias cadastradas no equipamento - outubro 2021:6.648 N° de Atendimentos Mensais de janeiro 2018 à outubro 2021, de acordo com o RMA: Bloco I - Famílias em acompanhamentos pelo PAIF Volume de famílias em acompanhamento pelo PAIF Total Média Total de famílias em acompanhamento pelo PAIF 3.990 86,74 Bloco II - Atendimentos individualizados realizados no CRAS Volume de atendimentos particularizados realizados Quantidade Média Total de atendimentos particularizados
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