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223Influência da Mídia sobre o Corpo do Adolescente
Educação Física
• Prática Esportiva: Apresentar alguma forma de modalidade esportiva procurando, através de 
adaptações feitas pela própria equipe, transformar as características competitivas em atividade 
cooperativa.
• Imitação ou mímica: Representar diversas formas de influência presentes na mídia (comerciais e/
ou propagandas de marketing) em relação trato com o corpo.
O coordenador da atividade terá como função “julgar” todas as provas realizadas.
Observação: pode-se incluir outras provas na gincana, de acordo com as possibilidades e o local 
a ser realizado.
Objetivo: Essa atividade procura demonstrar que temos habilidades diversas, que nos diferenciam 
e, ao mesmo tempo, podem nos aproximarmos das outras pessoas, mostrando que existem, além da 
beleza corporal, outras formas de afirmação, comunicação e expressão corporal. Isso faz parte de nos-
sa vida e devemos explorá-las ao máximo.
Após analisar a influência que o capitalismo exerce na produção 
dos corpos, é fácil perceber que a criação de modismos tem objetivos 
específicos e que atendem a uma determinada parcela da população. 
Mas será que você consegue entender como isso se reflete sobre a Cul-
tura Corporal, mais especificamente para nós na Educação Física?
Algumas formas de massificação dos movimentos corporais são fa-
cilmente percebidas nos esportes e na dança, pois essas atividades po-
dem ser vistas como formas de lazer exploradas pelo interesse de gran-
des grupos econômicos, tornado-se fortes instrumentos de alienação, 
distração e consumo fácil das massas. Mas podemos superar isso?
A Dança como Conteúdo Escolar
A partir do conceito de “Massacre do Cor-
po”, visto anteriormente, torna-se necessário 
ampliar novas perspectivas referentes à consci-
ência estética, e a dança, por meio de seus mo-
vimentos e de sua expressão corporal, pode 
contribuir de maneira significativa. “A auto-ex-
pressão, a criatividade e o prazer proporciona-
dos por estas atividades corporais são ótimas 
defesas contra a massificação de idéias e va-
lores dominantes, uma vez que fortalecem as 
imagens internas individuais” (ARAÚJO, 1993, 
p.1). Como a própria autora descreve, a mas-
sificação limita a imaginação das pessoas, tor-
nando-as apenas reprodutoras de movimentos 
e gestos específicos.
z
Peter Bruegel, A dança do casamento, 1566. Óleo sobre tela, 119,4 x 
157,7 cm. Detroit Institute of Art Detroit
n
224 Dança
Ensino Médio
A massificação da dança não deve ser nega-
da nem marginalizada. “A melhor solução seria 
partir, constantemente, dessa cultura de massa 
e construir a cultura elaborada.” (GADOTTI, apud ARAÚ-
JO, 1993, p.2).
Analisando a origem e a evolução dos diver-
sos tipos de dança, é fácil perceber sua impor-
tância histórica e social nos mais diversos mo-
mentos históricos da evolução da humanidade, 
assim como a pintura. Nota-se que:
Escolha uma dessas músicas da moda, ao som da qual os jovens dançam em suas festas, e faça 
uma análise crítica da letra. Exponha suas conclusões, em forma de painel, aos seus colegas.
E afinal de contas, você constrói o seu corpo ou deixa ser construído?
	 atIVIdadE
Festival de Parintinsn
“(...) a evolução da dança seguiu o trajeto do templo, da aldeia, da igreja, do salão e do palco. Neste 
percurso, constituiu-se a dança étnica, folclórica, de salão e teatral. Esse fato nos leva a concluir que, 
se a princípio tinha conexão com impulsos primitivos do homem, a dança enfraqueceu-se nas civiliza-
ções individualistas modernas, tornando-se privilégio de poucos.” (ARAÚJO, 1993, p.2). 
Com isso, algumas formas de expressões denominadas de Danças 
Folclóricas e Danças Tradicionais estão se perdendo no tempo. Essas 
danças possuem ricas expressões populares que fazem parte de uma 
identidade nacional. Essas formas, denominadas de Cultura Popular, 
são a base para uma forma de cultura mais elaborada denominada Cul-
tura Erudita. “A cultura erudita busca renovar-se pelo aproveitamento 
do bruto ou elaborado do que parece ser a espontaneidade e a vitali-
dade populares.” (BOSI, apud ARAÚJO, 1993, p.2).
As danças da Cultura de Massa surgem em decorrência da música, 
sendo elas mais ritmadas, já que suas letras apresentam pouco signifi-
cado e, em muitos casos, denegrindo a imagem da mulher. Vejamos al-
guns exemplos no país: dança da tartaruga, dança da manivela, dança 
do pega-pega, dança das cachorras, dança da garrafa, dança do cava-
lo manco, dança da tomada, dança da motinha, dança do maxixi (não 
confundir com o maxixe, dança urbana que surgiu no Brasil por volta 
de 1875), e outras. Esses modismos vão e vêm de acordo com interes-
ses de gravadoras e dos meios de comunicação.

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