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Fundamentos de Ritmos e danças

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Unidade II
Dança como fenômeno cultural, 
social e artístico 
Fundamentos de 
Ritmo e Dança
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
BRUNO SILVA JULIARI
LEANDRO AUGUSTO DE OLIVEIRA
AUTORIA
Bruno Silva Juliari
Olá. Sou graduado em Educação Física pelas Faculdades Associadas 
de Ensino (UniFae), pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela 
faculdade Campos Elíseos e pós-graduando em Treinamento Desportivo 
pela faculdade Campos Elíseos. Realizei os Cursos Complementares de 
Fisiologia do Treinamento Resistido, Fisiologia do Treinamento Desportivo 
e Nutrição para o Desporto. Sou apaixonado pelo que faço e adoro 
transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas 
profissões. Por isso, fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu 
elenco de autores independentes. Estou muito feliz por poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Leandro Augusto de Oliveira
Olá. Sou bacharel em Educação Física pelo Centro Universitário 
de Araraquara (2011) e sou mestre (2015) e doutor (2020) em Ciências 
Fisiológicas pelo Programa Interinstitucional UFSCar/UNESP. Realizei 
Doutorado Sanduíche no Departamento de Farmacologia, Fisiologia e 
Neurociência da Universidade da Carolina do Sul (USC, Columbia, EUA), 
por meio da Bolsa Estágio e Pesquisa no Exterior (BEPE/FAPESP) em 
2018. Atuo em estudos que envolvem os mecanismos neurais na função 
cardiovascular durante o repouso e estresse. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento;
REFLITA:
se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a ser 
refletido ou discutido;
ACESSE: 
se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada;
TESTANDO:
quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Trajetória histórica da dança ................................................................. 10
A dança na história ......................................................................................................................... 10
O significado socioantropológico da dança ....................................23
Os significados sociais e antropológicos da dança ...............................................23
Estilos tradicionais e contemporâneos da dança .........................34
Os estilos da dança: tradicionais e contemporâneos ...........................................34
Dança contemporânea ............................................................................................35
Danças tradicionais ..................................................................................................... 41
O fenômeno cultural, social e artístico da dança .........................46
Contexto social, cultural e artístico da dança ........................................................... 46
7
UNIDADE
02
Fundamentos de Ritmo e Dança
8
INTRODUÇÃO
Nesta Unidade, vamos nos aprofundar um pouco mais no assunto 
da nossa disciplina, conhecendo a história e a evolução da dança ao longo 
do tempo, entendendo, assim, seu significado social e antropológico, 
seus estilos, tradicional e contemporâneo e, por fim, compreendendo 
seus contextos sociais, culturais e artísticos. Você será capaz de 
contextualizar a trajetória histórica da dança; entender o significado social 
e antropológico da dança; identificar os conceitos e os estilos tradicionais 
e contemporâneos da dança; e compreender o contexto social, cultural 
e artístico da dança. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva, você vai 
mergulhar neste universo!
Fundamentos de Ritmo e Dança
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2 – Dança como 
fenômeno cultural, social e artístico. Nosso objetivo é auxiliar você no 
desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término 
desta etapa de estudos:
1. Contextualizar a trajetória histórica da dança.
2. Entender o significado social e antropológico da dança.
3. Identificar os conceitos e os estilos tradicionais e contemporâneos 
da dança.
4. Compreender o contexto social, cultural e artístico da dança.
Fundamentos de Ritmo e Dança
10
Trajetória histórica da dança 
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos contextualizar a trajetória histórica 
da dança. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Vamos lá. Avante!
A dança na história
A dança surgiu quando os primeiros seres humanos nasceram, os 
quais usavam a dança como um modo de se expressar por meio dos 
movimentos corporais, batimentos cardíacos regulares e caminhadas. 
Pinturas rupestres demonstram que mulheres e homens dançam juntos, 
desde o período da Pré-História. Os dançarinos usam seus corpos como 
instrumentos para criar expressões artísticas. 
Figura 1 – Dança nas pinturas rupestres
Fonte: Aidar, (20--?). 
De acordo com Gusso (1997), sobre a origem da dança, existem 
muitas controvérsias, contudo, muitos autores concordam que ela tem 
Fundamentos de Ritmo e Dança
11
origem antiga, que datam do período pré-histórico, afirmando que há 
diversas controvérsias com relação ao primeiro registro da dança feita 
pelo ser humano, onde acredita-se que já havia uma cerimônia de 
dança no período da Pré-História, em que há dezenas de milhares de 
anos, as mulheres dançavam para adquirir uma ampla fecundidade. Tal 
registro tem cerca de 14 mil anos. Assim, a imagem da dança é datada do 
Período Mesolítico, ou seja, 8.300 a.C. Logo, foi descoberto na caverna de 
Cogul, mais especificamente na Província de Lérida, na Espanha, onde 
9 mulheres ao redor de um homem despido, dando a indicação de um 
ritual de fertilização, acreditando-se que tais rituais tenham nascido na 
dança do ventre, na qual ressurge, atualmente, como modo de dança, 
especialmente no Ocidente.
Portanto, acredita-se que os povos primitivos dançavam por vários 
motivos, sendo eles: comunicar, celebrar a natureza, esforçar-se, como 
forma de cultuar a própria constituição, com algum tipo de cerimônia 
religiosa, na cerimônia sagrada, rezando por chuva e fogo, fertilidade, 
vida, morte, colheita, felicidade, saúde. 
Outro ponto observado com relação à dança na Pré-História eram as 
habilidades desenvolvidas para outros fins, tais como caçar e se defender, 
pois o homem pré-histórico tinha sua vida voltada ao ataque e à defesa 
para sobrevivência, desenvolvendo habilidades como salto, correr, nadar 
etc., para melhor sobreviver. 
Nesse sentido, a dança entra como uma forma de cerimônia aos 
animais, para pedido de proteção e caça e, para a realização, eram 
utilizadas nas danças, habilidades como os saltos. 
IMPORTANTE:
A arte primitiva consiste em gritos roucos e danças rítmicas, 
acompanhadas de palmas, pés, tambores, castanholas, o 
clique dos saltos. As pessoas acreditam que nessas danças 
homens dançam nus, e há uma ligação entre a dança e 
a necessidade de expressão, em que era observada a 
combinação de diferentes movimentos e sons do corpo 
(GUSSO, 1997). 
Fundamentos de Ritmo e Dança
12
Após a Pré-História, os relatos da dança deram continuidade 
no Egito Antigo,no qual a dança tinha uma índole sagrada, atribuída a 
Bes, o anão gordo, que favorece o parto rápido e a deusa-mãe Háthor, 
representada por uma vaca. A dança era dedicada ainda a Osíris, que se 
acredita ter ensinado a agricultura humana. 
Os hieróglifos que são deixados, demonstram que a dança 
egípcia era bem severa, tendo saltos e movimentos acrobáticos, mesmo 
associado ao culto, era o entretenimento da nobreza. Nessa época, a 
participação feminina dominava, pelo menos no que diz respeito à dança 
religiosa (PORTINARI, 1989).
Pinturas, altos-relevos e estátuas mostram dançarinos, muitas 
vezes, em pares, destacando-se entre os grupos de instrumentistas.
Figura 2 – Dança das mulheres no Egito Antigo, pintura encontrada na tumba de Shaykh
Fonte: Wikidança. 
Fundamentos de Ritmo e Dança
13
Os movimentos comuns nessas danças eram joelhos dobrados, 
acrobacias e, principalmente, ponte (consistia no apoio das mãos e pés 
no chão, com as costas viradas para baixo, como mostra a Figura 3). 
Muitos dos movimentos utilizados nas danças egípcias são utilizados 
atualmente como manobras para a ginástica olímpica. 
Figura 3 – A ponte
Fonte: Wikidança. 
Os hebreus também utilizavam a dança, tendo a Bíblia como o mais 
antigo registro, quando Moisés encontra pessoas dançando ao redor de 
bezerros de ouro, enquanto desce do Monte Sinai, há giros e saltos como 
os movimentos da dança, logo, era uma ação de cunho religioso. Esse 
povo acabou sendo o único que praticou a transformação da dança em 
arte (BOUCIER, 1978).
Fundamentos de Ritmo e Dança
14
Figura 4 – Representação do bezerro de ouro
Fonte: Wikimedia Commons .
Na Grécia, a dança era utilizada para homenagear os inúmeros 
deuses, sendo uma civilização de destaque nesse sentido, sendo uma 
referência para vários estudos. 
IMPORTANTE:
A dança era tão importante na Grécia, que ela era acessível a 
todos os cidadãos, por meio de rituais religiosos, educação, 
ou parte de atividades da vida cotidiana. Assim, vê-se que 
nos textos em relação aos gregos, que os pensadores 
e filósofos desse período tinham opiniões formadas em 
relação à dança, onde, para Sócrates, esta acabava formando 
um cidadão completo, sendo uma fonte de saúde. Já para 
Platão, ela devia estar presente na educação.
Fundamentos de Ritmo e Dança
15
Logo, os espartanos, outra civilização antiga, tinham características 
militaristas na dança, principalmente para formação educacional e 
religiosa.
VOCÊ SABIA?
Curiosamente, ao ler sobre a história da Educação Física, 
raramente é mencionada a dança, especialmente a dança 
dos povos antigos, só é apresentado o lado do movimento do 
corpo, mesmo que a dança tenha permeado a vida cotidiana.
Contudo, a dança começou a perder sua respeitabilidade por conta 
da diminuição da cultura da Grécia, onde passou de respeitável para 
um mero entretenimento; no final, era praticada por escravos vindos do 
Oriente. 
Na Roma Antiga, a dança teve seu maior declínio, visto que a 
população tinha uma preferência pelas lutas, sobrevivendo somente 
devido aos patrícios, que mantinham os filhos nas escolas com influência 
grega. 
Nos séculos VIII a VI a.C., conhecido como “Período dos Reis”, 
a dança passou a ser executada em altares, e seu sentido religioso foi 
sendo perdido, surgindo, assim, o sentido de pura recreação. 
VOCÊ SABIA?
No período imperial, as altas classes divertiam-se com a 
pantomina, uma mistura de dança e teatro, sendo o começo 
da profissionalização de todos os dançarinos (GUSSO, 1997).
Outro império que dava grande importância à dança era a China 
Antiga, na qual Confúcio (um pensador e filosofo chinês) exigia o 
cumprimento de ritos antigos, nos quais a dança fazia parte. Esta era 
parte primordial para as colheitas, casamentos e, principalmente, para os 
deuses chineses. 
Fundamentos de Ritmo e Dança
16
Figura 5 – Confúcio
Fonte: Wikipedia .
EXEMPLO: A dança na China Antiga era realizada para homenagear 
Tsao-Chen, o Deus da comida. Era uma dança realizada por mulheres que 
carregavam tigelas de arroz. 
No território japonês, segundo os preceitos xintoístas, a dança 
aparece com Amaterasu, ou seja, a deusa do Sol, onde se esconde em 
uma caverna depois de uma briga com o seu irmão, enquanto os outros 
deuses estão no escuro e no frio. 
Figura 6 – Amaterasu
Fonte: Wikimedia Commons .
Fundamentos de Ritmo e Dança
17
Assim, para conseguir a atenção da deusa, passaram a dançar na 
frente da caverna; ela ficou curiosa, saindo do esconderijo, zombando do 
que havia acontecido e fazendo com que o Sol tenha voltado a brilhar. 
Tais fatos, crenças e lendas demonstram o surgimento da dança nessa 
civilização de maneira única. Na dança japonesa antiga, é possível 
destacar três tipos, Odori (pop), Noh e Kabuki.
EXEMPLO
Portinari (1989) descreve os três tipos da seguinte forma: 
 • O estilo Odori inclui festas como plantação de arroz, oração para 
espíritos da chuva, flores de cerejeira. São danças populares mistas 
em que participam homens e mulheres, ilustrando a conexão com 
suas crenças, normas e lendas.
 • O estilo Noh é uma dança expressiva realizada por homens 
mascarados que também interpretam personagens femininos. É 
um espetáculo sério com fundo religioso. Percebe-se que o sexo 
masculino faz parte do movimento da dança desde a Antiguidade, 
mais do que o feminino em algumas civilizações, e não há 
estereótipos e preconceitos que os impeçam de dançar ou se 
dedicar a essa arte.
 • O estilo Kabuki teve surgimento no século XVII, sendo uma forma 
de entretenimento para comerciantes ricos, em que o poder 
acaba rivalizando com o poder da nobreza. Esse é o domínio 
dos homens, onde até os tempos atuais o gênero é inteiramente 
explicado pelos homens.
Um período que não foi favorável para dança foi a Idade Média, 
pois com a visão cristã da criação do corpo no início do século III, a dança 
era um obstáculo ao “ir” da alma para o céu, pois no conceito religioso, o 
corpo é o gerador do pecado e dos pensamentos impuros, impedindo a 
perfeição do homem e, com a guerra, com as mudanças econômicas da 
vida, a dança é considerada obscena. 
Era um daqueles tempos de perseguição, morte de dançarinos, 
onde as danças permitidas eram somente as que falavam do Senhor e 
Fundamentos de Ritmo e Dança
18
o louvavam e. mesmo assim, alguns reuniam-se de maneira ilegal em 
perigosas reuniões.
IMPORTANTE:
Segundo Portinari (1989), a escuridão prevaleceu nos 
séculos iniciais, no período cuja a paz romana ruiu com 
a influência de invasões e guerras em curso. As cidades 
eram escassamente povoadas, prevaleciam o medo e 
a ignorância, e a herança cultural greco-romana tornou-
se prerrogativa de alguns literatos que a reinterpretaram 
segundo o código cristão. Outro fato comentado pelo autor 
mostra que, com todas as proibições, com a deterioração 
da qualidade de vida e o aparecimento de inúmeras pragas 
e doenças, a dança ainda está presente nos hábitos desses 
indivíduos, pois entre o século XI e o século XII houve uma 
“dançamania”.
O desespero devido às epidemias como a Peste Negra acabaram 
levando os indivíduos a dançarem para expressar seu medo da morte. Na 
Itália, a dança era chamada de “tarantismo”, porque acreditava-se que os 
indivíduos picados por aranhas tarântulas, dançando e suando, poderiam 
eliminar veneno e não correr o risco de morte. Dessa forma, mais uma vez, 
a relação homem-dança na história humana é óbvia.
Portanto, a dança era completamente combatida pelo âmbito 
religioso, bem como por uma sociedade estratificada na qual o clero e a 
nobreza dominavam os servos, a burguesia e os camponeses. Somente 
as danças macabras, danças contra à morte, danças de morte e danças 
camponesas acabaram sobrevivendo. 
Devido às proibições e aos medos da época, a explicação para a 
sobrevivência da dança é esclarecida por Ossona (1988), que afirma que a 
dança era exercida nas aldeias, pois era proibida nos templose nas praças 
públicas, logo, com o refugiamento das pessoas nas aldeias, a dança era 
comum nesses locais, que imitavam os movimentos dos moradores do campo. 
Fundamentos de Ritmo e Dança
19
VOCÊ SABIA?
Segundo Mendes (1987), entre a nobreza, a corte e as 
classes baixas, a dança permaneceu sendo uma atividade 
recreativa sem especialização. Isso somente ocorreu no 
fim da Idade Média, quando a Igreja era um pouco mais 
tolerante.
Logo, iniciava-se um processo de mudança, a ideia do dualismo 
cristão começou a mudar, e a dança começava a sair do gueto e a ser 
transportada para uma sociedade mais conservadora, é um renascimento 
cultural. 
A dança no período do Renascimento aconteceu entre o século XVI 
e o século XVII, onde começou a ganhar status de arte, com docentes 
profissionais, manuais e, principalmente, pessoas dedicadas a estudá-la. 
Sendo assim, na Itália, surgiu um estilo de dança, que foi nomeado 
de “balleto”, que foi introduzida na França mediante o casamento do Rei 
Henrique IV da França (1553-1610), com a princesa Florentina Maria de 
Médici.
VOCÊ SABIA?
Maria de Médici (1575-1642) inseriu o “balleto” na corte da 
França, em que a palavra torna-se “balé”, sendo uma arte 
digna de prática na corte. Mais tarde, na corte do Rei Luís 
XIV (1638-1715), começaram os primeiros balés dramáticos, 
com coreografias, figurinos e contando uma história com 
começo, meio e fim. Notavelmente, o rei usou o balé para 
apresentar sua imagem como monarca absoluto. 
Fundamentos de Ritmo e Dança
20
Figura 7 – Balé
Fonte: Freepik 
Sendo assim, a dançar acabou se tornando base da educação 
nobreza. As danças mais famosas são minueto, gavote, zarabanda, 
allamande e giga. No fim do século XVIII, no Império da Alemanha e 
Áustria, houve o surgimento da valsa. Tal ritmo espalhou-se por todo o 
continente Europeu, chegando ao Brasil junto da corte portuguesa. Até 
hoje as valsas aparecem em bailes de estreia e casamentos.
No século XIX, surge a dança no Romantismo devido aos 
movimentos artísticos românticos, no qual ocorreu a consolidação do 
balé como expressão artística. 
IMPORTANTE:
Com a escalada da burguesia e a elaboração do Grande 
Teatro, o balé saiu dos salões do palácio e se tornou um 
espetáculo. Também na ópera, outra importante expressão 
artística da época, o número de dança teve que ser incluído. 
O balé atingiu o ápice da criação artística na corte russa. Logo, 
o compositor Piotr Ilitch Tchaikovsky, que foi o autor de obras como O 
quebra-nozes e O lago dos cisnes, acabou marcando a criação do balé 
romântico. 
Fundamentos de Ritmo e Dança
21
Figura 8 – Piotr Ilitch Tchaikovsky
Fonte: Wikimedia Commons 
No final do século XIX, as ex-colônias americanas começaram a 
reinterpretar as danças europeias e a música. Assim, surgiu o canto gospel 
na América, o tango e o samba no Brasil, no Uruguai e na Argentina. No 
século XX, teve o surgimento da dança moderna, o que foi um avanço 
para o balé clássico, popularizado na virada dos séculos XIX e XX. Com 
o desenvolvimento da cidade e a expansão da indústria, uma parte da 
sociedade não reconhece mais esse tipo de apresentação de balé 
clássico. 
Nomes como Isadora Duncan (1878-1927) surgiram, e ela foi sendo 
uma das primeiras a fazer o rompimento com movimentos rígidos, trajes 
de tutu e cenários deslumbrantes. Isadora Duncan tinha preferência 
por roupas simples, sem terno e dança descalça. Seu trabalho abre 
alternativas com novas linguagens no contexto da dança contemporânea.
Fundamentos de Ritmo e Dança
22
IMPORTANTE:
A dança é chamada de “contemporânea”, pois foi criada 
após a década de 1960, no século XX. Dando continuidade 
à experimentação da dança moderna, os criadores 
contemporâneos mesclam drama e dança, eliminando a 
imagem do solista e proporcionando maior igualdade entre 
homens e mulheres no palco. Alguns grupos até omitem a 
música em suas coreografias. A busca por novas linguagens 
é essencial para a dança no período contemporâneo.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo desse capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
sobre a o surgimento da dança, percorrendo vários períodos 
na história. Estudamos como a dança ocorria ainda na Pré-
História; depois, no Egito Antigo, na Grécia Antiga, Roma, 
China, Japão até os dias atuais, passando por períodos 
de desvalorização e tendo seu renascimento no século 
XVI e XVII, passando pelo período do Romantismo, dança 
moderna e, finalmente, a dança contemporânea. Portanto, 
assim como os pintores usam telas e pincéis para fazer 
sua arte, os dançarinos usam seus corpos. Cada cultura 
e etnia contêm dança de alguma forma. Algumas danças 
são realizadas de maneira solo; outras em pares ou grupos. 
Cada emoção que as pessoas sentem pode ser expressa 
por meio da dança, incluindo amor, tristeza e felicidade.
Fundamentos de Ritmo e Dança
23
O significado socioantropológico da 
dança
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos entender o significado social 
e antropológico da dança. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante!
Os significados sociais e antropológicos da 
dança
De um modo geral, a dança é vista como uma atividade de 
relaxamento ou entretenimento ou, ainda, uma forma de alcançar uma 
estética desejável. Em geral, é também uma atividade lúdica que promove 
o relaxamento para melhor conclusão de disciplinas escolares (RENGEL; 
SCHAFFNER; OLIVEIRA, 2016).
Logo, a dança não é apenas uma forma particular de dançar, é 
sobre uma ideia, um conceito, uma atitude. Vale ressaltar que, quando 
a palavra “ideia” é usada, trata-se de implementar o pensamento nas 
atitudes comportamentais das pessoas. 
Figura 9 – Danças
Fonte: Freepik .
Fundamentos de Ritmo e Dança
24
Dessa forma, os mandamentos da educação artística, em seus 
acertos e tentativas, articulam o verdadeiro sentido da vida por meio 
da dança. Entende-se perfeitamente o papel da dança na sociedade, 
que contribui para o desenvolvimento artístico, cultural e educacional 
(RENGEL; SCHAFFNER; OLIVEIRA, 2016).
Segundo Rengel, Schaffner e Oliveira (2016), no decorrer da história 
da dança, diversas maneiras foram propostas acerca da utilização da 
música, bem como da utilização do espaço, de temas místicos, étnicos 
ou etéreos. Assim, cada criador ou docente tem o seu próprio modo de 
dar ou criar aulas, porém, de maneira geral, existem características de 
cada época.
VOCÊ SABIA?
Existem períodos nos quais a dança era concebida como 
uma combinação de passos que já existem, sendo assim, 
buscada a repetição, sendo a mais possível deles. Assim, 
o público era compreendido como um receptor passivo de 
danças que era para o entretenimento, para distrair. 
Houve também momentos na história em foi buscado o não 
formalismo, o não entretenimento e a não padronização de um modelo 
ideal corporal que dança. Ocorreu, ainda, a adoção da improvisação, fosse 
na sala de aula para criar a coreografia ou mesmo na própria cena de 
palco (RENGEL; SCHAFFNER; OLVIVEIRA, 2016). 
Figura 10 – Aulas de dança
Fonte: Freepik.
Fundamentos de Ritmo e Dança
25
De acordo com Gonçalves e Osório (2012), a dança é uma expressão 
comum para todas as sociedades, um assunto aparentemente óbvio de 
interesse antropológico. No entanto, ainda carece de sistematização ou 
dispersão na literatura antropológica, e parece estar relacionada a temas 
diversos como magia, ritual, religião etc.
Por um lado, se o campo de estudos relacionado à dança pode 
parecer “novo” porque não surgiu como parte dos cursos de Antropologia 
ou das Ciências Sociais ao longo do século XX, ou porque não apareceu 
ativamente em congressos; por outro lado, a dança é um tema horizontal 
recorrente na religião.
Os estudos da dança reúnem interesses diversos, são 
interdisciplinares e estão abertos a diferentes abordagensmetodológicas. 
No decorrer da última década, a dança como unidade de reflexão 
acadêmica vem se apoiando na literatura, história, ciências sociais, 
esportes, performance, teatro, dança e artes em âmbito nacional. Portanto, 
é preciso compreender como os métodos antropológicos de dança têm 
ocorrido ao longo do tempo, significando o reflexo sobre o caminhos da 
prática etnográfica e também o desenvolvimento da teoria antropológica 
(GONÇALVES; OSÓRIO, 2012).
IMPORTANTE:
Segundo Freire e Azevedo (2020), a dança é mais do que 
somente dançar, englobando vários fatores, além de 
componentes coreográficos. A dança retrata as pessoas, 
suas identidades, suas crenças religiosas, hábitos e seus 
corpos. Com seu viés ligado à Antropologia, pode-se 
resgatar e também estudar suas variadas características e 
as características de seu povo. 
Fundamentos de Ritmo e Dança
26
Figura 11 – A dança na cultura indiana
Fonte: Freepik .
A dança abraça uma coletiva sensibilidade, sendo um senso 
comum que não abandona o outro em momento algum. Sim, em vez 
disso, precisa de outro, como espectador ou parceiro, para que aconteça 
em sua totalidade. A dança funciona por meio do corpo do bailarino 
através do movimento. E ele também atua como espectador, construindo 
relacionamentos baseados, principalmente, na sensibilidade (FREIRE; 
AZEVEDO, 2020).
VOCÊ SABIA?
Ainda, é acrescentado que a dança é uma linguagem 
artística que tem potencial para oferecer diferentes formas 
de ver e agir sobre si e sobre o mundo. A dança é, muitas 
vezes, vista como uma sensação espontânea ou com uma 
grande habilidade física. Tais transações acabam refletindo 
em uma busca por definições e respostas, um fenômeno 
que é linear e pontual, não seguindo uma lógica simples, 
muito menos “pura”, sendo nesse ponto que o conhecimento 
e a pesquisa são importantes para esclarecer e superar a 
superficialidade (FREIRE; AZEVEDO, 2020).
Ainda segundo Freire e Azevedo (2020), há sinais de dança humana 
desde os tempos antigos, com pessoas que dançaram em todos os 
lugares. Logo, dançam para expressar sentimentos diversos, como 
Fundamentos de Ritmo e Dança
27
amor ou rebelião, adoração ou traição aos deuses, supressão do poder 
humano, oração, conquista, arrependimento, descontração, enfim, vida. 
A dança tem muitas manifestações, desde ritualística, folclórica, sagrada, 
balé clássico até a dança moderna. 
A dança também está se desenvolvendo na mesma velocidade que 
os seres humanos e a sociedade também estão evoluindo, então, a dança 
é dada à humanidade do futuro. Logo, a dança é tudo o que as pessoas 
expressam sobre sua relação com a natureza, cultura e as pessoas.
Há milhares de anos, a dança tem diferentes significados e é o mais 
completo dos elementos existentes, pois agrega, simultaneamente, todos 
os outros elementos artísticos por meio do movimento, como: drama, 
pintura, música, escultura e performance. 
IMPORTANTE:
Segundo Camargo (2011), a Antropologia há muito 
descartou a dança como uma observação supérflua em 
comparação com outros elementos culturais considerados 
mais importantes. No entanto, graças aos esforços de 
pesquisadores como Suzanne Youngerman, Anya Peterson 
Royce, Judith Lynne Hanna, Gertrude Kurath, Franz Boas, 
Joann Kealiinohomoku, Adrienne Kaeppler, entre outros, 
finalmente é reconhecido que um estudo sistemático da 
dança é essencial, não só para compreender a mesma 
coisa em seu contexto cultural, mas, principalmente, para 
entender a estrutura mais profunda da sociedade.
Juntamente com a antropologia da dança e sua vertente norte-
americana, está representada a influência dos antropólogos da dança 
brasileira. Inicia-se com a definição de dança, que pode ser definida mais 
apropriadamente como o comportamento humano, do ponto de vista do 
bailarino, sendo determinada por ritmos intencionais e estruturas culturais 
compostas por sequências voluntárias (CAMARGO, 2011).
Essas sequências são formadas por movimentos corporais não 
verbais, distintos das atividades motoras diárias, tendo valor estético 
Fundamentos de Ritmo e Dança
28
intrínseco. O primeiro antropólogo que estudou a dança a partir de uma 
perspectiva antropológica foi o autor Franz Boas (1858-1942). 
Figura 12 – Franz Boas
Fonte: Wikimedia Commons .
Rejeitando amplas generalizações que não levam em consideração 
as diferenças culturais, ele estabeleceu a possibilidade de analisar a dança 
e as respostas que ela evoca em termos das próprias culturas observadas, 
e não em termos das chamadas “linguagens universais” (CAMARGO, 2011).
Ainda segundo Camargo (2011), a orientação empírica de Franz 
Boas influenciou a pesquisa de Gertrude Prokosch Kurath (1903-1992), 
que foi a fundadora da etnologia da dança. Kurath resume os métodos e 
procedimentos que ele usou ao longo dos anos em Research Methods and 
Background, de Gertrude Kurath (1972, p. 35-43), e em seu questionário 
coreográfico tentava responder à pergunta: “No curso de estudo da dança 
folclórica, o que os pesquisadores da área registraram?”. Sua sugestão 
é olhar para o conjunto de bailarinos no espaço que deve ser orientado, 
o estilo de movimento corporal, a estrutura da dança e uma descrição 
do que pode e deve ser entendido nessas três categorias, que ainda são 
úteis. A grande contribuição de Kurath, trata-se de reconectar a dança em 
seu sentido mais amplo com seu contexto cultural.
Fundamentos de Ritmo e Dança
29
IMPORTANTE:
A influência de Boas, bem como sua insistência em coletar 
dados sem um arcabouço teórico generalista, também 
aparece nos primeiros trabalhos do antropólogo Joan 
Kelly Nohomoku (1930), aluno de Melville Herskovits (1895-
1963) e ex-aluno de Boas. Kealiinohomoku, em 1960, com 
o Estudo Comparativo da Dança como Constelação do 
Comportamento do Movimento entre Africanos e Afro-
Americanos, concluiu que não apenas as ressonâncias 
entre as formas de movimento da dança africana e afro-
americana são muito próximas, mas que a análise da 
dança é humana. Uma ferramenta valiosa para a pesquisa 
acadêmica. Da mesma forma, demonstrou que os métodos 
antropológicos têm utilidade para os estudos da dança 
(CAMARGO, 2011).
Segundo Camargo (2011), a influência de Boas no trabalho de 
Kealiinohomoku, pode ser vista em sua definição de dança, onde ela é 
uma forma efêmera de expressão, executada de uma certa maneira e 
estilo à medida que o corpo humano se move pelo espaço.
A dança é formada por movimentos rítmicos controlados com 
uma seleção de alvos precisa, no qual os resultados dessa atividade são 
aceitos por bailarinos e membros de determinados grupos observando a 
situação enquanto dançam. 
Em seu livro To Dance Is Human, a antropóloga Judith Lynne Hanna 
(1936) identificou sete dimensões do comportamento humano com base 
no que as pessoas pensam da dança nas seguintes formas:
Fundamentos de Ritmo e Dança
30
Figura 13 – Judith Lynne Hanna
Fonte: Ju dithhanna.
 • Física – a dança é um movimento físico que libera energia por 
meio de respostas musculares à estimulação cerebral.
 • Cultural –a dança como forma cultural com estrutura, estilo e 
execução, é determinada pelos conceitos, princípios e atitudes 
de um povo, sendo uma forma cultural que resulta do processo 
criativo de manipulação do corpo humano no tempo e no espaço. 
As formas culturais resultantes, apesar de seu caráter efêmero, 
têm um conteúdo organizado.
 • Social – a dança como forma social reflete e influencia a maneira 
de organização social, as relações entre indivíduos em grupos e 
entre grupos.
 • Psicológica – a dança é visualizada como uma experiência 
cognitiva e emocional, sendo influenciada pela vida individual e 
coletiva, bem como por ele próprio.
 • Econômica – a dança é tida como uma atividade econômica que 
pode fornecer um complemento na renda ou compor a renda 
principal de um profissional ou, ainda, representar uma atividade 
na qual algumas pessoas utilizam sua renda paraestudo e/ou 
lazer.
Fundamentos de Ritmo e Dança
31
 • Política – a dança é um espaço para a expressão de 
comportamentos, princípios políticos e um meio de controlar o 
julgamento e a mudança.
 • Comunicacional – a dança é tida como linguagem corporal, 
podendo expressar emoções e pensamentos, como ferramenta 
física, traduzindo os movimentos corporais em símbolos 
compreendidos pelos membros da sociedade, cuja finalidade é 
representar a experiência do mundo externo e mental.
Barbosa et al. (2019), afirmam que além de constituir patrimônio 
histórico da humanidade como conhecimento da cultura do corpo, da 
dança trata-se de uma linguagem social de compartilhamento de ideias, 
culturas e elementos históricos, tematizando culturas de diferentes 
origens e raças, oportunizando a salvação da produção cultural humana. 
Exceto pelo destaque.
A dança, ainda segundo Barbosa et al. (2019), é uma expressão 
representativa da vida humana, sendo considerada uma linguagem 
social que compartilha ideias, elementos culturais e históricos, além de 
temáticas de culturas de origens e raças distintas, proporcionando uma 
oportunidade de salvar a produção da cultura do ser humano, destacando 
a identidade, que precisa ser abordada nas escolas.
De acordo com essas conjecturas, Barbosa et al. (2019) afirmam que 
a dança é considerada um fenômeno social ao longo da história, passando 
por diversas fases do primitivo ao moderno, retratando diversos aspectos 
da sociedade, economia, cultura, política e sociedade. O momento e a 
extensão do desenvolvimento da religião refletem na tecnologia, bem 
como o significado e o valor de uma civilização existente, questionam e 
documentam suas origens históricas e representam a experiência humana 
no mundo, assim como a influência do mundo em relação a ela. Assim, 
configura-se como um campo com próprias leis e atribuições específicas
Fundamentos de Ritmo e Dança
32
IMPORTANTE:
Ainda de acordo com Barbosa et al. (2019), a dança é 
uma arte complexa cuja ferramenta expressiva é o corpo 
desenvolvido para a habilidade artística. Por isso, é preciso 
ter cautela em relação à qualidade dos dançarinos e das 
sutilezas do corpo e da mente. Logo, acredita-se que a 
dança é a experiência do corpo em movimento, a expressão 
da motricidade humana e a expressão artística que ocorre 
no corpo humano. A transformação do movimento na arte 
trata-se de uma experiência estética.
A dança é entendida como a expressão e a função das estruturas 
sociais, um tema recorrente na literatura com relação à temática da 
primeira metade do século XX. Logo, é como uma saída para liberar 
certas emoções. Evans-Pritchard, em The Dance (1928), fez uma proposta 
oferecendo a dança da cerveja dos Azande, entre outras coisas, jogando 
o poder sexual em canais sociais sem ofensas. Margaret Mead, em seu 
livro Adolescência, Sexo e Cultura em Samoa (1928), apontou que as 
danças informais entre crianças significam a libertação da dura opressão 
e subordinação se comparado aos adultos (BARBOSA et al., 2019).
A dança, por meio de seu poder de liberdade de expressão, mediante 
a manifestação emocional e física, acaba promovendo a inclusão, de 
maneira que seja possível obter uma consciência corporal, bem como 
a manifestação da criatividade, não somente física, mas ainda cognitiva 
e crítica, fazendo com que os estudantes com autismo, em questão, 
venham a conquistar sua autonomia, desmembrando novos sentimentos 
e campos, gerando a busca pela identidade, de encontrarem-se na letra, 
no ritmo, som, tom ou não (BARBOSA et al., 2019).
Ainda segundo Barbosa et al. (2019), o momento da música nos 
quais tais aluno sejam somente eles mesmos, sem preocuparem-se com 
o olhar de julgamento de outro indivíduo, mediante uma auto-organização 
singular, sincronizando prazeres, fatores de identidade e emoções.
Fundamentos de Ritmo e Dança
33
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que a dança é uma expressão representativa da vida 
humana, sendo considerada uma linguagem social que 
compartilha ideias, elementos culturais e históricos, além 
de temáticas de culturas de diferentes origens e raças, 
proporcionando uma oportunidade de salvar a produção da 
cultura humana. Além de destacar a identidade, também 
precisa ser abordada nas escolas. É uma expressão comum 
a todas as sociedades e um assunto aparentemente óbvio 
de interesse antropológico. Os estudos da dança reúnem 
interesses diversos, são interdisciplinares e estão abertos a 
diferentes abordagens metodológicas. Ao longo da última 
década, a dança como unidade de reflexão acadêmica tem 
se apoiado na literatura, história, ciências sociais, esportes, 
etnomusicologia, teatro, dança, performance e artes no 
Brasil e em outros países. Portanto, compreender como os 
métodos antropológicos de dança têm ocorrido ao longo 
do tempo significa também refletir sobre os caminhos 
da prática etnográfica e o desenvolvimento da teoria 
antropológica
Fundamentos de Ritmo e Dança
34
Estilos tradicionais e contemporâneos da 
dança
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos identificar os conceitos e os estilos 
tradicionais e contemporâneos da dança. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante!
Os estilos da dança: tradicionais e 
contemporâneos
No início de muitas culturas, a dança foi separada em formas 
sagradas e profanas. Essa divisão é um reflexo da dicotomia presente na 
maioria das formas culturais. Alguns acreditam que essa divisão ocorreu 
porque a dança era considerada sagrada; outros acreditam que foi 
porque a dança era considerada vulgar. Independentemente do motivo, 
essa divisão levou a uma cisma na dança que a separou em duas formas 
(PORPINO, 2018).
Figura 14 – Dança: sagrada ou profana?
Fonte: Freepik.
Fundamentos de Ritmo e Dança
35
A dança é uma atividade milenar feita coletivamente, podendo ter 
começado como uma forma de tarefa derivada de trabalho repetitivo. As 
culturas primitivas ou míticas consideravam a dança sagrada em escala 
global; os aspectos profanos e sagrados da dança são exclusivamente 
humanos. Os momentos mais significativos da vida – como nascimento, 
morte, colheita e procriação – não exigiam a dança como método de 
existência. 
IMPORTANTE:
A dança é uma forma de arte orgânica que cria novos 
significados tanto para o dançarino quanto para o 
observador. É semelhante a uma grande teia com 
conexões entrelaçadas que mudam continuamente e 
geram conexões adicionais. Isso significa que, mesmo 
momentos retratados em fotos ou pinturas podem ser 
percebidos como momentos de dança. Esses momentos 
são retratados por meio de fotografias e obras de arte 
como uma mistura de conexões estéticas distintas, mas 
relacionadas (PORPINO, 2018). 
Dança contemporânea
A dança contemporânea permite uma grande variedade de estilos 
e gêneros diferentes. Não há um conjunto específico de passos e muitos 
ritmos variados. Em vez de ficar confinado a uma caixa, os dançarinos 
desse estilo são livres para explorar diferentes etapas.
Figura 15 – Dança contemporânea
Fonte: Freepik. 
Fundamentos de Ritmo e Dança
36
Como a dança contemporânea não contém movimentos previsíveis, 
também é chamada de “dança abstrata”. Cada dançarino determina o 
próximo passo na dança. A constante evolução da dança contemporânea 
faz com que novos estilos e abordagens estejam sempre surgindo. Há 
um número infinito de possibilidades no gênero, e algo novo aparece o 
tempo todo.
VOCÊ SABIA?
A dança moderna surgiu na década de 1960 para 
explorar novas possibilidades para o corpo na dança, 
em que são realizadas partes de histórias assumidas 
percorrendo os antecessores dessa linguagem artística, 
fazendo uma revolução na década de 1960, por meio de 
ideias relacionadas a um espaçopaisagístico e disperso, 
independentemente da música, de movimento natural, 
orgânico, puro, sendo aquele movimento que se expressa.
Figura 16 – Merce Cunningham
Fonte: Wikimedia Commons .
Fundamentos de Ritmo e Dança
37
Ao que se refere à dança contemporânea, uma figura importante 
a destacar é Pina Bausch, conhecida pelo uso do paradoxo como meio 
de criação de movimento, que interpreta os atores e o público de forma 
diferente, desconsiderando os gostos subjetivos do público. Além 
desses artistas, outros também são considerados pioneiros da dança 
contemporânea da época: Steve Paxton, Valery Matisse, Vaslav Nijinsky e 
Yvonne Rainer (SIQUEIRA et al., 2016).
Figura 17 – Pina Bausch
Fonte: A notória..., (2020).
O famoso nome da pioneira brasileira da dança contemporânea é 
o de Angel Vianna. Vianna observa que, desde que a dança foi codificada 
na corte do Rei Luís XIV da França, sua evolução foi transmitida oralmente 
por gerações. 
Dessa forma, o público vivencia e conhece apenas os produtos 
estéticos apresentados na exposição, portanto, desconhece o ponto de 
partida, percurso, experiência, parceria, formação e construção do artista 
no processo criativo. Sua estética e, portanto, a projeção e disseminação 
de suas ideias, podem interferir nas tradições da dança.
Fundamentos de Ritmo e Dança
38
Figura 18 – Angel Vianna
Fonte: Assis (2018).
IMPORTANTE:
A dança contemporânea brasileira é considerada , 
priorizando a dança carioca com referências significativas 
e/ou origens na Europa, América e Ásia. Movimentos pós-
modernos americanos, dança expressionista alemã e dança 
neofrancesa influenciaram a composição da atual cena de 
dança contemporânea brasileira. Apesar de seu caráter 
eclético, a dança contemporânea tem características 
estruturais e até abstratas que estão presentes na maioria 
das obras (SIQUEIRA et al., 2016).
Algumas dessas obras são apresentadas, como estruturas não 
lineares, múltiplos significados, mudanças na configuração do tempo e 
do espaço, uso da tecnologia, liberdade de criação etc. 
A expressão “dança contemporânea” abrange uma variedade de 
formas de dança, sendo frequentemente usada para abranger diferentes 
poéticas da dança atual que não se enquadram em classificações 
Fundamentos de Ritmo e Dança
39
tradicionais como balé e dança moderna. A dança moderna é metafórica 
na medida em que separa os elementos do corpo e do gesto em unidades 
perceptivas menores. 
Assim, os bailarinos tornam-se pesquisadores de seus próprios 
corpos e dos corpos dos outros. Como resultado, o papel dos bailarinos 
mudou, e os coreógrafos tendem a desempenhar o papel de cocriadores, 
exigindo que seus tradutores se envolvam no processo criativo, realizando 
performances de movimento cheias de habilidade e explicando nuances 
(SIQUEIRA et al., 2016). 
VOCÊ SABIA?
José (2011) afirma que a contemporaneidade da dança 
estabelece quatro fatos importantes para compreendê-la. 
São eles: uma maneira de pensar a dança; nenhum modelo/
padrão de corpo ou movimento; reafirmar a especificidade 
das artes da dança, e como o corpo em movimento estipula 
o drama com outro vocabulário e sintaxe; e o pensamento 
que surge no corpo, tornando-se o princípio da mente. 
À primeira vista, a dança contemporânea apresenta o corpo de 
duas maneiras importantes. Por um lado, o corpo dançante se envolve em 
uma experiência corporal não habitual, que não é comum ao corpo. Por 
outro lado, o corpo torna-se dança e age sobre si mesmo, não pensando 
o corpo em termos de “o que ele permite”, mas “o que ele pode fazer”.
Logo, eis que surge a questão de se a dança contemporânea é 
uma técnica ou um estilo. Explica-se que a técnica se refere ao domínio 
de habilidades fundamentais. O corpo, juntamente com as habilidades 
de dança, é aprimorado por meio da arte. O corpo é apenas um dos 
elementos da dança que os participantes aprendem a dominar através da 
participação. A técnica não é a imitação, mas a expressão da poesia por 
meio do movimento. A criatividade vem da conexão de ideias pessoais 
com as demandas do ambiente.
Uma das definições de dança contemporânea está relacionada 
à compreensão do contemporâneo, como sugere uma das definições 
do termo no Dicionário Aulete: “aquilo que é do tempo atual”. Mais 
Fundamentos de Ritmo e Dança
40
especificamente, a corrente no sentido de calendário e hora no sentido 
horário. 
VOCÊ SABIA?
A dança contemporânea exige uma abordagem da arte 
específica ao seu tempo, sendo definida mais pela forma 
como é percebida – por meio de certos insights, pontos de 
vista e considerações – do que por técnicas ou métodos 
específicos. Portanto, a melhor maneira de descrever 
a dança contemporânea é dizer que alguém dança 
contemporaneamente. Esse termo enfatiza um estilo ou 
técnica, mas concentra-se em como a arte é criada por 
meio dos sentimentos, percepções e conhecimentos de 
alguém. Isso é feito por meio de movimentos, imagens e 
pausas – todos afetados pelo tempo (MURTA, 2014).
De acordo com Siqueira et al. (2016), na dança contemporânea, os 
artistas isolam as partes do corpo e os movimentos em componentes 
menores. Isso torna a dança uma busca intelectual que exige que os 
dançarinos explorem seus corpos e outros corpos. Como resultado, os 
dançarinos trocam de papéis; os coreógrafos costumam pedir-lhes que 
participem na criação de suas performances. Consequentemente, os 
dançarinos são obrigados a realizar shows atléticos com muita habilidade 
e nuances artísticas.
IMPORTANTE:
A dança contemporânea usa corpos e movimentos de 
novas maneiras para explorar muitos temas e tópicos 
diferentes. Sua linguagem artística é muito mais metafórica 
do que qualquer outra linguagem de dança, usando 
unidades menores de percepção que são isoladas como 
ponto focal. Essa linguagem permite a multiplicidade por 
meio da abstração contida no tempo, permitindo diversas 
poéticas da dança que não se enquadram nas classificações 
tradicionais.
Angel Vianna acredita que os artistas devem considerar como seu 
trabalho impactará a tradição da dança. Além disso, Vianna acredita que 
Fundamentos de Ritmo e Dança
41
os espectadores da dança contemporânea devem entender os processos 
que os artistas usam para criar seus trabalhos. Artistas desse gênero são 
essencialmente pesquisadores quando trabalham pesquisando seus 
corpos, permitindo que os artistas preencham seus trabalhos com estudos 
e referências. Na dança, os objetivos são a observação, a investigação, a 
experimentação, a reflexão e a expressão. O corpo é o principal objeto 
de estudo e expressão. Ao tornar esses objetivos indissociáveis do fazer, 
sentir e refletir, a linguagem corporal tornou-se privilegiada (SIQUEIRA et 
al., 2016).
A dança na era contemporânea envolve mais do que apenas arte, 
abrange a reestruturação do tempo e do espaço. A dança também pode 
conter novas perspectivas sobre o comportamento artístico, social e 
comportamental. Isso porque a arte pode ser expressiva de uma forma 
extraestética, que está diretamente envolvida com a revelação de 
circunstâncias e valores sociais, o que também pode ser visto como uma 
forma de expressão que não é baseada em roteiros fictícios (SIQUEIRA et 
al., 2016).
Danças tradicionais
Na dança tradicional, é importante mencionar que, em muitos 
relatos históricos, a dança faz parte de nossas vidas desde os tempos pré-
históricos. No período Paleolítico, as pessoas acreditavam que a dança 
poderia controlar o clima, os ventos e até suas caçadas. 
A primeira figura cientificamente comprovada de um homem 
dançando tem 14 mil anos, sendo isso durante o período Paleolítico. 
Desde o período Neolítico em diante, as danças populares tradicionais 
são de natureza religiosa. Durante esse tempo, as pessoas costumavam 
dançar para agradecer aos deuses por boas colheitas ou outras bênçãos. 
Além disso, muitas vezes, as pessoas adoravam divindades específicas 
por meio da dança ouformavam conexões espirituais com entidades 
divinas. Essas relações entre dança e religião são praticadas desde os 
primórdios da humanidade (MENDES, 2017).
Fundamentos de Ritmo e Dança
42
IMPORTANTE:
A dança é muito mais do que uma visão transparente do 
Divino ou uma janela aberta para o Divino. Também não é 
apenas um lembrete vívido do Divino; é um evento visível no 
espaço e no tempo que fornece um sinal para algo invisível.
Segundo Mendes (2017), os elementos culturais de um país 
constituem a cultura popular, na qual cada país reflete o caráter da cultura 
e pode contar muito sobre sua história. 
EXEMPLO: A cultura popular do Brasil contém muitos elementos 
culturais diferentes refletidos em suas danças. Estas refletem a 
multiplicidade do país e podem ser observadas nas seguintes formas 
de expressão cultural: festas folclóricas, literatura de cordel, artesanato, 
contos, capoeira, sambas, fábulas, cantigas de roda, festa junina, MPB, 
frevo, superstições, lendas urbanas, entre outras expressões culturais.
Figura 19 – Frevo
Fonte: Wikimedia Commons. 
A cultura do Brasil é muito influenciada por sua dança popular 
tradicional. Existem muitas formas dessa dança, incluindo samba de roda, 
Fundamentos de Ritmo e Dança
43
maracatu, xaxado e frevo. Essas danças são fortemente apresentadas 
durante o período do Carnaval. 
Figura 20 – Carnaval
Fonte: Freepik .
Durante esse período, eles são exibidos com destaque nas 
emissoras de televisão de maneira monumental. Uma dessas danças é 
o samba, que é conhecido em todo o mundo. Outra dança culturalmente 
significativa é o bumba meu boi, que é tipicamente realizado no Norte do 
Brasil. Além disso, há catira, reisado e cabaçais do Cariri. Essas danças 
podem ser identificadas em todo o país – até mesmo em Parintins, que é 
a cidade-sede do grande festival cultural do bumba meu boi (MENDES, 
2017).
As danças tradicionais representam estilos habituais que sempre 
foram usados. Como as coisas tradicionais não podem ser completamente 
mudadas, essas danças mantêm o mesmo estilo de sempre. Diferentes 
culturas têm estilos de dança tradicionais distintos. Cada cultura lembra 
seu passado em suas danças, que também respeitam suas tradições.
Fundamentos de Ritmo e Dança
44
VOCÊ SABIA?
A dança tradicional abrange uma ampla gama de estilos e 
tradições. Alguns exemplos são as festas juninas, balé, forró 
e danças indígenas. Tudo isso reflete a tradição artística de 
alguma forma.
Para entender uma dança tradicional, é necessário comparar 
diferentes estilos de dança. Isso permite determinar se a performance 
representa uma tradição de um determinado local ou grupo. A forma 
como um traje de dança tradicional reflete a cultura e ajuda a caracterizar 
a dança. Como as danças tradicionais eram comumente praticadas em 
uma determinada cultura, seus trajes sempre fazem referência a ela.
O Brasil tem muitas formas de arte representadas em todo o país. 
Alguns estilos de dança tradicionais são populares em toda a região, 
embora outros tenham um público mais amplo. Os brasileiros estão 
muito familiarizados com os estilos de música conhecidos como forró, 
samba, axé e baião. Como essas danças usam músicas mais animadas 
que fizeram sucesso no país, elas se tornaram culturalmente arraigadas 
no Brasil.
Fundamentos de Ritmo e Dança
45
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
sobre os estilos de dança, contemporâneo e tradicionais. 
Nas danças contemporâneas há uma grande variedade de 
estilos e gêneros diferentes. Como a dança contemporânea 
não contém movimentos previsíveis, também é chamada de 
“dança abstrata”. Cada dançarino determina o próximo passo 
na dança. A constante evolução da dança contemporânea 
faz com que novos estilos e abordagens estejam sempre 
surgindo. Há um número infinito de possibilidades no 
gênero, e algo novo aparece o tempo todo. As danças 
tradicionais representam estilos tradicionais que sempre 
foram usados. Como as coisas tradicionais não podem ser 
completamente mudadas, essas danças mantêm o mesmo 
estilo de sempre. Diferentes culturas têm estilos de dança 
tradicionais distintos. Cada cultura lembra seu passado em 
suas danças, que também respeitam suas tradições.
Fundamentos de Ritmo e Dança
46
O fenômeno cultural, social e artístico da 
dança
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos compreender o contexto social, 
cultural e artístico da dança. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante!
Contexto social, cultural e artístico da 
dança
A dança é um campo de conhecimento que tem sua particularidade, 
ou seja, possui suas características próprias, porém mesmo com um campo 
de atuação próprio, é uma combinação de saberes abordando aspectos 
históricos, tradicionais, contemporâneos, poéticos e políticos. Assim, 
a dança pode trazer questões sobre o ambiente ou a cidade, fantasia, 
tecnologia e muito mais (RENGEL; SCHAFFNNER; OLIVEIRA, 2016).
Segundo Delazeri e Isse (2015), a dança configura-se como uma 
experiência cultural, discutindo a questão da dança indo além do ensaio 
ou movimentos escolhidos aleatoriamente, mas carregando história, 
tradição, marcadores culturais e significados, além de proporcionar uma 
experiência cultural ao público. 
Figura 21 – Dança cultural (maracatu)
Fonte: Wikimedia Commons .
Fundamentos de Ritmo e Dança
47
É possível identificar que o conceito de cultura da dança está 
intrínseco a danças tradicionais, isso porque estas são representações 
culturais de um lugar, região ou país, logo, são todas expressões culturais.
A dança sempre fez parte da vida dos seres humanas, sendo em, 
muitas ocasiões, um ritual de gratidão para os deuses, como maneira 
de expressar sentimentos como raiva ou felicidade, ou mesmo como 
manifestação de conhecimento de acontecimentos que deixaram seus 
rastros. Na era dos povos primitivos, a dança era uma forma de as pessoas 
se comunicarem, bem como uma forma de se comunicar e se conectar 
com os deuses (DELAZERI; ISSE, 2015).
Figura 22 – Dança para os deuses
Fonte: Wikimedia Commons .
IMPORTANTE:
Essas celebrações caracterizam-se por uma ampla 
participação corporal, sendo as suas gentes representadas 
e os seus sentimentos e emoções expressos por meio da 
dança. Não havia busca pela forma de dança correta no 
momento, e nenhuma preocupação com a performance ou 
qualidade do movimento (DELAZERI; ISSE, 2015).
Fundamentos de Ritmo e Dança
48
A dança é bastante comum no cotidiano das pessoas, e o momento 
de dançar não é diferente de nenhum outro momento atualmente. A 
dança ocorre em situações de raiva, medo, alegria, sacrifício aos deuses. 
Não existe, hoje, um espaço ou tempo para dançar, no qual todos param 
e curtem o espetáculo. A dança tem muito a ver com o modo como os 
indivíduos se expressam (DELAZERI; ISSE, 2015).
Figura 23 – Dança no dia a dia
Fonte: Pixabay .
IMPORTANTE:
Em uma época em que a importância dos paradigmas é 
colocada na moralidade, ou seja, atitudes que orientam 
o comportamento moral impecável, propõe-se a dança 
como um campo de conhecimento que pode sensibilizar 
e estimular o intelecto criativo dos cidadãos, tanto moral 
quanto esteticamente. Esses aspectos são a base da 
formação humana, focando mais no compartilhamento 
da diversidade do que na competição gerada pelo apego 
à insegurança, ganância e individualidade excessiva 
(RENGEL; SCHAFFNNER; OLIVEIRA, 2016).
Fundamentos de Ritmo e Dança
49
Ao considerar a dança no contexto do ensino, vale lembrar que 
existem sempre inúmeros contextos, e isso não é exceção quando 
se fala em pedagogia da dança. Isso pode acontecer em diferentes 
cenários, sejam eles formais ou informais, ou seja, institucionais ou não 
institucionais, sendo relevante reconhecer a função dos educadoresno 
processo de ensino-aprendizagem (MOURA, 2016).
Segundo Carmo e Padovan (2015), a dança é utilizada como 
ferramenta cultural de transformação social, proporcionando ao ser 
humano o crescimento do caráter, agregando traços que tornam o 
indivíduo mais tolerante, sensível, criativo e imparcial.
Ainda, a dança é vista como sendo um fenômeno social que existiu 
ao longo da história a ponto de, segundo Moura (2016), em todas as suas 
etapas – do primitivo ao moderno – caracterizar a idade e a extensão da 
sociedade, econômica, cultural, política e religiosa, com desenvolvimentos 
que concretizam as tecnologias, valores e significados das civilizações 
em que existem, questionam e documentam seus contextos históricos, 
refletindo e revivendo os fatos das pessoas do mundo e os sentimentos 
do mundo por meio de representações da experiência humana.
IMPORTANTE:
A influência da dança configura-se como um campo com 
leis próprias e funções específicas, demonstrando todo o 
potencial como um fenômeno da sociedade no processo de 
transformação e renovação, bem como do sentido social.
Ao mesmo tempo, a dança é apresentada como um sistema de 
código coerente que coexiste e alcança conexões contínuas com outros 
sistemas de conhecimento e prática no mundo. 
Fundamentos de Ritmo e Dança
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Figura 24 – Conexões na dança
Fonte: Freepik .
O ambiente de ensino proporciona um espaço de comunicação 
em dança, aproximando interlocutores. As instituições formais de 
ensino (escolas ou universidades) são ambientes propícios ao diálogo 
e à construção de novos conhecimentos pedagógicos. Assim, cada 
interlocutor é atravessado por saberes únicos e experiências diferentes 
(MOURA, 2016).
REFLITA:
Então, como acontece essa conexão de saberes? A 
sobreposição cognitiva que ocorre na comunicação entre 
os sistemas gera uma dinâmica limítrofe de diálogo entre 
os saberes disciplinares, que, por sua vez, cria uma área de 
trânsito de saberes híbrido (MOURA, 2016).
Contemplando sobre dança no sentido social, retornamos às 
suas origens e à sua evolução, que registra e expressa seus momentos 
históricos por meio de movimentos, sendo considerada a primeira 
manifestação física da emoção humana. 
Todos compreendem a importância do corpo humano, 
principalmente a necessidade do corpo de desabafar, relacionar-se 
Fundamentos de Ritmo e Dança
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consigo mesmo, com os outros e até com o ser supremo, e entendem 
a capacidade ilimitada do corpo humano de se mover, criar, desenvolver 
em movimento, no campo emocional e cognitivo. Assim, certamente, 
cultivaram a dança como meio de expressão da identidade cultural, 
comunicando, educando, distinguindo-se e aperfeiçoando-se, 
possibilitando buscar o caminho da autorrealização (SILVA, 2009).
IMPORTANTE:
Essa arte foi manifestada em diferentes épocas, diferentes 
objetivos e diferentes formas ao longo de sua evolução, tais 
como: dança sacra, dança popular, dança dramática etc. Foi 
usada por várias civilizações em distintos períodos, dando 
seus diferentes significados (SILVA, 2009).
Assim, percebe-se que as pessoas usam formas de arte para 
expressar-se e também comunicar-se, sendo a dança a arte completa, 
reunindo todos os outros vínculos artísticos, como música, pintura, 
escultura, drama e, ao mesmo tempo, transforma o estado emocional do 
indivíduo por meio do movimento físico, acompanha a evolução do ser 
humano e proporciona escolhas autônomas para sua própria expressão 
espontânea e comunicação autêntica com os outros (SILVA; MEDEIROS; 
MARCHI JÚNIOR, 2012).
Logo, ainda segundo Silva, Medeiros e Marchi Júnior (2012), o 
desafio provocativo de mostrar os papéis sociais e expressar as relações 
na sociedade, para que o homem e a dança evoluíssem juntos no 
movimento, na emoção, na arte de expressar a forma e transformando a 
sociedade.
VOCÊ SABIA?
De maneira estética, a dança pode ser visualizada como 
uma maneira de expressão artística, sendo capaz de 
expressar emoções fortes e simples sem o auxílio das 
palavras, pois é capaz de expressar tudo (SILVA; MEDEIROS; 
MARCHI JÚNIOR, 2012).
Fundamentos de Ritmo e Dança
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Segundo Silva (2009), a dança é uma maneira de expressão de arte 
que perdura há milhares de anos, adapta-se às mudanças da sociedade e 
é praticada por diferentes grupos étnicos.
Em seu desenvolvimento, ajuda a estabelecer padrões estéticos e 
comportamentais para as diferentes classes sociais, fortalece a distinção 
entre classes dominantes e é um canal para a superação das limitações 
humanas. Como fenômeno social, mostra potencial na renovação, 
transformação e sentido do ser humano e das sociedades.
Levando em consideração a dança no sentido artístico, é impossível 
explicar as infinitas questões e saberes que esse eixo pode suscitar, pois 
a arte é um amplo campo de conhecimento que permeia diferentes 
aspectos da vida, sua complexidade e variedade.
Outro aspecto importante a destacar é que, embora as discussões 
sejam mais limitadas à dança em um contexto artístico, essas discussões 
não estão isoladas, pois o conhecimento se retroalimenta e se contamina. 
Não é por acaso que este presente texto pressupõe o desenvolvimento 
criativo, sendo ainda um processo de ensino-aprendizagem.
Todos nós improvisamos em um ou alguns momentos de nossas 
vidas, e a improvisação acaba sendo recorrente na vida de qualquer 
disciplina, afinal, estamos sempre em busca de estratégias imediatas 
para resolver problemas. No campo da arte, a improvisação é cada vez 
mais uma estratégia de expansão do repertório de um artista e, em muitos 
casos, a própria improvisação é entendida como um objeto artístico 
(MOURA, 2016).
VOCÊ SABIA?
No amplo campo da comunicação, existem distinções 
linguísticas e não linguísticas. Quando se trata de dança, as 
pessoas entram em linguagem não verbal ou comunicação 
não verbal, e seu corpo humano é um elemento essencial 
do campo (MOURA, 2016).
Como outras formas não verbais de comunicação, a dança é uma 
forma primitiva de expressão que se tornou mais complexa, principalmente 
Fundamentos de Ritmo e Dança
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devido à sua especialização como expressão da cultura, fazendo parte 
de uma complexa rede de relações sociais, interligadas por diferentes 
esferas da vida (MOURA, 2016).
VOCÊ SABIA?
Tem sido sugerido que o corpo é o meio pelo qual o ser 
humano sente e se comunica, entrelaçando os sentidos 
com a razão, sendo por meio do corpo que a expressão é 
melhorada.
Um grande potencial de expressão ocorre através do corpo humano, 
bem como de outros modos de comunicação. Nesse sentido, dificilmente 
há um dia em que o corpo transmita tudo sobre si mesmo, exprima todos 
os sentimentos possíveis, havendo sempre novas expressões, pessoas, 
ideias e formas diferentes de comunicação.
De acordo com Delazeri e Isse (2015), a dança não é só movimento, 
pois traz várias sensações. Por meio da dança, você pode demonstrar 
cultura e expressar sua experiência através de movimentos corporais, 
sendo uma forma elaborada de movimento que proporciona uma 
representação da cultura do povo. Portanto, mostra que reflete os 
costumes e hábitos de uma determinada sociedade.
IMPORTANTE:
Com relação à dança nos contextos socioculturais, se a 
dança é uma forma de ser, então, cada um de nós tem a sua 
dança e o seu movimento, original, único e diferente e, a partir 
daí, a dança e esse movimento evoluem para uma forma 
de expressão em que as pessoas possam compreender a 
busca da individualidade na comunidade humana. 
Ainda segundo Delazeri e Isse (2015), nesse coletivo, quando 
pensamos a dança como reflexo do corpo dançante e, portanto, imerso 
no corpo da sociedade, perspectivas de diferença baseadas no complexo 
de inferioridade também podem ser percebidas, em que pessoas 
insuficientemente qualificadas para atender a padrões padronizados de 
Fundamentos de Ritmo e Dança
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competitividade são diferentes devido às características físicas, condiçõesde moradia e relações raciais.
Assim, a dança abre espaço também para as pessoas com 
necessidades especiais. Atualmente, há uma crescente participação 
dos indivíduos portadores de necessidades especiais nos processos 
artístico-educativos, nos quais essa integração dá ênfase não apenas 
à necessidade e à possibilidade desses praticantes participarem de 
tais processos, dando ênfase à concepção, aceitação e valorização de 
qualquer corpo, sendo ele perfeito ou não, expressando-se mediante 
a dança e desfrutando de seus benefícios (SILVA; MEDEIROS; MARCHI 
JÚNIOR, 2012).
VOCÊ SABIA?
A grande prova de que isso é perfeitamente possível é a 
existência de várias companhias, em âmbito nacional e 
internacional, constituídas por portadores de necessidades 
especiais nas mais variadas modalidades, como o balé 
clássico, dança contemporânea e a dança esportiva. 
Assim, a relação dessa arte com a deficiência trata-se de 
uma maneira extraordinária de exploração de possíveis 
habilidades físicas do corpo mediante ênfase cultural, 
confrontando com os significados ideológicos e também 
simbólicos.
Abordando sobre a dança como experiência cultural, Delazeri e Isse 
(2015) afirmam que a cultura é uma coleção de informações cotidianas 
sobre uma sociedade. A cultura pode ser compreendida e expressa de 
diferentes maneiras, tanto verbais quanto não verbais. A cultura não verbal 
é entendida como a maneira com que alunos se vestem, se comportam 
e gesticulam. 
Na busca de uma definição de dança, Delazeri e Isse (2015) explicam 
que dançar é expressar a existência dos seres humanos como alternativa 
de construção de imagens e revelar a natureza do medo, do mistério e 
do risco, a mudança e a performance. A dança é o próprio corpo, retrato, 
espelho, mas também o reflexo dos outros corpos em meu corpo, 
dançando sozinho, dançando aos pares, novamente.
Fundamentos de Ritmo e Dança
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IMPORTANTE:
Percebe-se que há uma ampla gama de ideias sobre o 
que é a dança, sendo esta colocada como uma expressão 
do risco e do medo, ou seja, por meio de movimentos e 
imagens daquilo que já vivenciamos e, para nós, isso é 
exemplificar esse sentimento.
Ainda contemplando sobre o aspecto cultural da dança, Silva, 
Medeiros e Marchi Júnior (2012) afirmam que o corpo está ligado ao mundo, 
bem como aos atos culturais, porém tal relação permanece com atos 
individuais da sua cultura, transformando-se de acordo com as situações. 
Assim, os movimentos, mesmo que sejam pequenos ou involuntários, são 
carregados de significados biológicos e históricos de uma cultura coletiva 
e individual. O homem cultural é visto entre local, convencional, natural e 
universal, sendo necessário traçar uma linha divisória entre as dimensões 
humanas, sendo essa uma atividade muito difícil, pois tais linhas são 
entrelaçadas de forma contínua na vida cotidiana, nos movimentos diários. 
Silva, Medeiros e Marchi Júnior (2012) ainda discutem sobre a cultura 
e o corpo biológico, discordando da ideia de que a cultura é algo de fora, 
e um corpo biológico é algo de dentro. Assim, acredita-se que o interno 
e o externo estão interligados e utilizam a troca de informações entre 
o interno e o externo, ou seja, os aspectos biológicos e culturais estão 
sempre trocando informações e se misturando. Assim, existe o ser natural 
e biológico: o que existe de parecido em todos os humanos; o ser cultural; 
e o ser convencional.
Ao afirmar que as características biológicas possibilitam que o indivíduo 
veja, sinta, cheire e escute, e as características de cultura que fornecem 
os cheiros desagradáveis ou não desagradáveis, bem como os sentidos 
tristes e alegres, pode-se dizer que a natureza e a cultura estão ligadas, 
complementando uma à outra. Assim, outro exemplo trata-se da capacidade 
biológica de sentir a dor, onde o limite da dor é distinto em cada indivíduo, 
pelas características culturais, sendo muito difícil ou mesmo impossível, na 
maioria dos casos, traçar uma linha na qual o biológico termina e, então, 
começa o cultural (SILVA; MEDEIROS; MARCHI JÚNIOR, 2012).
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RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
sobre os aspectos sociais, culturais e artísticos da dança, 
aspectos esses que se relacionam. Cultura, povos e arte 
são fenômenos presentes no mundo desde o início da 
humanidade. A sociedade, em sua formação, usou a 
dança como representação de seus costumes e crenças, 
o que a uma expressão cultural, como expressão artística 
que adapta-se às mudanças da sociedade e é praticada 
por diferentes grupos étnicos. Em seu desenvolvimento, 
ajuda a estabelecer padrões estéticos e comportamentais 
para as diferentes classes sociais, fortalece a distinção 
entre classes dominantes e é um canal para a superação 
das limitações humanas. Como fenômeno social, mostra 
potencial na renovação, transformação e sentido do ser 
humano e das sociedades. Levando em consideração a 
dança no sentido artístico, é impossível explicar as infinitas 
questões e saberes que esse eixo pode suscitar, pois a 
arte é um amplo campo de conhecimento que permeia 
diferentes aspectos da vida, sua complexidade e variedade.
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Fundamentos de Ritmo e Dança
	Trajetória histórica da dança 
	A dança na história
	O significado socioantropológico da dança
	Os significados sociais e antropológicos da dança
	Estilos tradicionais e contemporâneos da dança
	Os estilos da dança: tradicionais e contemporâneos
	Dança contemporânea
	Danças tradicionais
	O fenômeno cultural, social e artístico da dança
	Contexto social, cultural e artístico da dança

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