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Anhembi Morumbi – período da tarde 
Estudo Dirigido Tanatologia 26.04.24 
Amanda Valverde de Assis Araujo 
RA: 12522218517 
 
 
São discutidos em detalhes os fenômenos cadavéricos nas referências 
sugeridas e nas demais consultadas. Usando-as assim como base para minha 
explicação a seguir, explicarei de modo sucinto como se desenvolve e se apresenta 
essas alterações, usando como guia também a tabela que foi apresentada. 
 
Assim sendo, elenco aqui, com base no decorrer do tempo, as mudanças 
morfológicas. Mudanças essas que são cruciais na determinação do tempo 
decorrido após o óbito. 
 
 
- 1 HORA: 
Neste estágio inicial, ocorre desidratação do cadáver, evidenciada pela perda 
de líquidos. A desidratação cadavérica é observada nos cadáveres principalmente 
nos globos oculares e na perda de elasticidade da pele. Além disso, a hipóstase 
também se desenvolve, onde o sangue se acumula nas partes inferiores do corpo 
devido à gravidade, cabendo aqui destacar que o processo ocorrido após a morte 
não se apresenta de forma uniforme em virtude do decúbito do animal. 
Uma observação importante sobre as manchas de hipóstases (depósito de 
sangue nas regiões do corpo em declive devido à cessação da circulação e efeito 
da gravidade), é que diferente dos seres humanos, nos animais é dificultada a 
observação desse fenômeno em decorrência da pigmentação da pele e pelo pelame. 
 
- 2 A 4 HORAS: 
A rigidez dos masseteres se refere a contração e rigidez dos músculos 
masseteres (músculos da mandíbula), e pode ser observada durante a necropsia 
como uma resistência ao movimento da mandíbula, sendo difícil de fechá-la ou 
abri-la. 
A temperatura retal diminui gradualmente devido à perda de calor corporal, 
fenômeno conhecido como frigor mortis, é um fenômeno que ocorre após a morte 
de um animal. Este é um dos primeiros sinais de resfriamento do corpo após a 
cessação das funções metabólicas. 
Após a morte, o corpo de um animal deixa de produzir calor 
metabolicamente. Isso geralmente resulta em uma diminuição gradual da 
temperatura corporal, e a temperatura retal é uma medida comumente usada para 
monitorar essas mudanças. 
 
- 4 A 10 HORAS: 
Aparece o livor mortis, caracterizado por manchas pálidas na pele devido à 
redistribuição do sangue. 
A rigidez cadavérica, ou rigor mortis, é proeminente, causada pela contração 
dos músculos após a morte. Ocorre em virtude da redução de ATP e creatinina 
fosfato. Começa sempre pelos músculos da pálpebra e segue em direção a cauda. 
 
-12 A 15 HORAS: 
Por volta desse tempo, a rigidez cadavérica começa a diminuir, o que pode 
ser percebido pela flexibilidade dos membros e articulações. Seu desaparecimento 
ocorre pelo mesmo sentido do mencionado no tópico anterior: começa pelos 
músculos da pálpebra, em seguida na cabeça, pescoço, membros anteriores, corpo, 
membros posteriores e cauda. 
 
-24 A 48 HORAS: 
As córneas tornam-se opacas devido à desidratação e mudanças na 
composição química dos tecidos. Há uma deposição de partículas que existem no 
ar e estas se depositam sobre a córnea, formando uma tela viscosa. 
A putrefação cadavérica começa a se manifestar, marcada pelo aparecimento 
de odores característicos de decomposição e pela presença de larvas de moscas que 
começam a se alimentar dos tecidos em decomposição. A maior intensidade dos 
odores da putrefação atinge sua maior intensidade no período coliquativo. 
As formas larvais de insetos desempenham um papel significativo no 
processo de decomposição cadavérica em animais. Durante a fase inicial da 
decomposição, várias espécies de insetos, especialmente moscas e besouros, são 
atraídas para o cadáver para depositar seus ovos. Esses ovos eclodem em larvas, 
que se alimentam dos tecidos em decomposição. Com isso, a presença de larvas 
de moscas no corpo de um animal durante a necropsia é um forte indicador do 
tempo decorrido desde a morte, porque as larvas de moscas têm ciclos de vida 
previsíveis e suas taxas de crescimento e desenvolvimento podem ser usadas para 
estimar quanto tempo as larvas estiveram presentes no cadáver. Vemos muito isso 
na perícia do ser humano, e é usada do mesmo modo na perícia veterinária, pois é 
usado os ciclos de vida das larvas de moscas para estimar. 
 
- 2 A VÁRIOS ANOS: 
A fase liquefativa é uma etapa avançada do processo de decomposição em 
animais onde os tecidos se degradam completamente, ou seja, ocorre a 
transformação dos tecidos moles em líquido. 
Essa transformação é acelerada pela ação de bactérias, fungos e outros 
microrganismos que se multiplicam rapidamente na ausência de defesas 
imunológicas ativas no corpo do animal. 
Após a fase liquefativa, os tecidos remanescentes continuarão a se decompor 
gradualmente até que restem apenas os ossos do animal. 
 
 
- 2 A 5 ANOS: 
Ocorre a fase de esqueletização, onde a maioria dos tecidos moles são 
decompostos (sofrem coliquação), deixando para trás apenas os ossos do esqueleto 
animal. Ocorre isso devido ao fato de que durante a esqueletização, os 
microrganismos presentes no solo continuam a decompor os tecidos orgânicos 
remanescentes, incluindo músculos, pele e órgãos, através da ação de enzimas 
digestivas. Conforme os tecidos moles são quebrados e consumidos, os ossos do 
esqueleto ficam expostos e começam a se separar do corpo. 
 
- MAIS DE 5 ANOS: 
Ainda durante a fase de esqueletização, em seu estágio mais avançado do 
processo de decomposição; conforme os tecidos moles são decompostos, ocorre 
uma degradação até o desaparecimento completo da medula óssea, cartilagem e 
ligamentos; deixando apenas os ossos como vestígios do animal falecido. 
 
Eu estudo muito esse tema ao estudar sobre perícia humana, e assim como lá 
esse é um dos temas mais importantes, aqui, na veterinária, também. Não só pelo 
estudo da Cronotanatognose prevenir erros grosseiros ao realizar-se uma 
necroscopia, como também no auxilio para determinação de uma estimada data da 
morte, sempre analisando e respeitando-se as variações que podem ocorrer.

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