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Prova
Data de aplicação: 09/10/2022
Curso: Letras - Português / Inglês
Disciplina: Teoria da Literatura
Ano: 20212 / Semestre: 2
RGM: 123.6543 / Aluno: PAULA TEJANO
PROVA 01
Questão 1
Texto I
Descuidar do lixo é sujeira Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de
uma das filiais do McDonald’s deposita ,na calçada, dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor,
restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali
revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/2012)
Texto II - O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava
alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um
gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem.
a) O texto I é um texto literário?
b) Justifique sua resposta.
Resposta do aluno: a) O texto um não é um texto literário, mas sim um texto jornalístico ou informativo. b) Ele
descreve uma situação cotidiana e real, envolvendo a gerência de uma filial do McDonald"s depositando lixo na
calçada e as consequências disso. Esse tipo de texto tem um propósito informativo e não possui elementos
literários como narrativa, ficção, ou uso criativo da linguagem.
Questão 2
Com base nas aulas e nos textos propostos para leitura, você diria que o texto abaixo é literário? Por quê?
BEBA COCA COLA
BABE COLA
BEBA COCA BABE
COLA CACO CACO
COLA CLOACA
Resposta do aluno: O texto apresentado é mais uma composição visual ou poética experimental do que um
texto literário tradicional. Ele parece jogar com a sonoridade das palavras e a disposição gráfica, mas não
possui uma narrativa, personagens ou um uso criativo da linguagem que são características dos textos literários
convencionais. Em vez disso, é uma forma de expressão artística ou experimental que não se encaixa nos
padrões literários típicos.
Parecer do professor: Trata-se de um poema concreto. É um texto literário.
Questão 3
LEIA OS TEXTOS A SEGUIR E MARQUE A OPÇÃO CORRETA.
TEXTO I
O açúcar
O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema não foi produzido por mim nem surgiu dentro
do açucareiro por milagre.
Vejo-o puro e afável ao paladar como beijo de moça, água na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este
açúcar não foi feito por mim.
Este açúcar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia. Este açúcar veio de
uma usina de açúcar em Pernambuco ou no Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana e veio dos canaviais extensos que não nascem por acaso no regaço do vale.
Em lugares distantes, onde não há hospital nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome aos 27
anos plantaram e colheram a cana que viraria açúcar.
Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este açúcar branco e puro com que adoço meu
café esta manhã em Ipanema. fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilização
Brasileira, 1980, pp.227-228).
TEXTO II
A cana-de-açúcar
Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A
região que durante séculos foi a grande produtora de cana-de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina,
onde os férteis solos de massapé, além da menor distância em relação ao mercado europeu, propiciaram
condições favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de-açúcar é São Paulo,
seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é
exportado e em parte abastece o mercado interno, a cana serve também para a produção de álcool, importante
nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A imensa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente
em São Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível.
Para que um texto seja literário:
a) basta somente a correção gramatical; isto é, a expressão verbal segundo as leis lógicas ou naturais.
b) deve prescindir daquilo que não tenha correspondência na realidade palpável e externa.
c) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a capacidade de compreensão do leitor.
d) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento. O escritor revela ao escrever, revela o mundo,
e em especial o Homem, aos outros homens. (correta)
e) deve revelar diretamente as coisas do mundo: sentimentos, ideias, ações.
Questão 4
Nos textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as palavras geralmente pela sua significação.
Na elaboração do texto literário, ocorre uma outra operação, tão importante quanto a primeira: a seleção e a
combinação de palavras se fazem muitas vezes por parentesco sonoro. Por isso se diz que o discurso literário é
um discurso específico, em que a seleção e a combinação das palavras se fazem não apenas pela significação,
mas também por outros critérios, um dos quais, o sonoro. Como resultado, o texto literário adquire certo grau
de tensão ou ambiguidade, produzindo mais de um sentido. Daí a plurissignificação do texto literário.
GOLDSTEIN, N. Versos, sons, ritmos. 5. ed. São Paulo: Ática, 1988, p. 5.
Os símbolos, as metáforas e outras figuras estilísticas, as inversões, os paralelismos e as repetições constituem
outros tantos meios de o escritor transformar a linguagem usual em linguagem literária. AGUIAR E SILVA, V. M.
Teoria da literatura. 3. ed. Coimbra: Almedina, 1979, p.58 (com adaptações).
Tomando como referência os textos acima, avalie as afirmações que se seguem.
I. A plurissignificação de um texto literário é construída pela combinação de elementos que vão
além da significação das palavras que o compõem.
II. A construção do texto literário envolve um processo de seleção e combinação de palavras
baseados, necessariamente, no uso de metáforas.
III. A ambiguidade do texto literário resulta de um processo de seleção e combinação de palavras.baseados,
IV. O texto literário se diferencia do não literário por não depender de significação, mas, sim, de outros
recursos no processo de seleção e combinação das palavras.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I e II
b) I e III (correta)
c) II e IV
d) I, III e IV
e) II, III e IV
Questão 5
Assinale a alternativa que apresenta características exclusivas do texto literário.
a) Função poética e mimese. (correta)
b) Linguagem referencial e compromisso com a verdade histórica.
c) Linguagem jornalística e descrição minuciosa.
d) Linguagem denotativa e ausência de figuras de linguagem.
e) Escrita em prosa e compromisso com a reprodução da realidade
Questão 6
Leia o trecho a seguir, que contém o início e o final do conto “Circuito fechado”, de Ricardo Ramos (1975, p.
259–260).
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel,
espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca,
camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, telefone, agenda, copo com lápis, caneta, blocos de notas,
espátula, pastas, caixa de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja,
xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos,
bilhetes, telefone, papéis. Relógio. [...] Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras,
pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor,
poltrona.
Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta,
cama, travesseiro.
Como esse trecho pode ser caracterizado?
a) Poema narrativo.
b) Texto em prosa. (correta)
c) Gênero dramático.
d) Sequência de frases sem uma classificação possível.
e) Apenas uma descrição de cena que ainda pode originar um gênero literário em prosa ou verso.
Questão 7
Leia o poema a seguir,de Gonçalves Dias, e assinale a alternativa correta acerca da sua escansão.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar — sozinho — à noite –
Mais prazer encontro eu lá; Minha
terra tem palmeiras, Onde canta
o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho — à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
a) O segundo verso é escandido da seguinte forma: On/ de / can/ta o / sa/bi/á. (correta)
b) O primeiro verso tem oito sílabas poéticas.
c) O quarto verso apresenta números diferentes de sílabas métricas e sílabas gramaticais.
d) Nesse poema, a contagem das sílabas métricas não possui relação com a sonoridade e com a
musicalidade do poema.
e) O nono verso é escandido da seguinte forma: Em / cis/mar / so/ zi/nho / à / noi/te.
Questão 8
Só não podemos concordar com a opção:
a) A Teoria clássica considera como maiores os gêneros que retratam a nobreza, tais como o épico e a tragédia.
b) Os gêneros menores retratam as classes mais populares, sendo a comédia e a tragicomédia dois
exemplos desse gênero.
c) O gênero híbrido é o que apresenta temas ligados a heróis como, por exemplo, Os Lusíadas, as
novelas de cavalaria e outros. (correta)
d) Um dos papeis da Teoria da Literatura é estudar os Gêneros Literários e, também, os textos críticos.
e) Epopeia é o nome dado ao texto épico, isto é, ao gênero que deu origem à narrativa.
Questão 9
Acerca da ideia de literariedade, assinale a alternativa correta
a) Há textos literários em que o aspecto de literariedade inexiste, já que não se pode perceber uma
composição estética ou um trabalho de recriação por parte do autor.
b) A literariedade é um conceito exclusivo da poesia, na medida em que descreve os recursos
linguísticos e textuais que compõem a tessitura dos versos.
c) A literariedade é a essência do ser literário, envolvendo um conjunto de características (como
criatividade, conotação e construção discursiva) perceptíveis no texto. (correta)
d) Literariedade é o nome dado aos estudos teóricos que problematizam o dialogismo e a polifonia no romance.
e) A literariedade está presente, de modo mais evidente, nos textos em prosa, por meio dos
adjetivos que descrevem aspectos psicológicos das personagens.
Questão 10
Leia as afirmações sobre o gênero lírico:
I - A origem do termo “lírico” liga-se à Antiguidade Clássica, quando os aedos percorriam as cidades,
tocando um instrumento chamado “lira” e cantando as poesias.
II – O gênero lírico é específico das poesias, por isso também é chamado de gênero poético.
III – O gênero lírico não representa o mundo exterior e objetivo, nem a interação do homem e deste
mesmo mundo, assim se distinguindo fundamentalmente da narrativa e do drama.
IV – O gênero lírico manifesta-se em poemas de extensão menor em que poucas personagens participam.
V – No gênero lírico, a musicalidade exerce papel importante e está ligada à origem desse gênero,
quando os poemas eram cantados.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I, II.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I, III e V. (correta)
e) III e V
PROVA 02
Questão 1
Leia, atentamente, o texto abaixo, de Adélia Prado.
Depois de muita e boa chuva, Célia voltava de Belo Horizonte para sua casa no interior do Estado. Era bom
viajar de ônibus, vendo, parecia-lhe que pela primeira vez, o verde rebrotando com força.
Ouviu um passageiro falando pra ninguém: que cheiro de mato! Sol farto e os moradores desses conjuntos
habitacionais de caixa de papelão e zinco, que brotam como grama à margem das rodovias, aproveitavam pra
esquentar o couro rodeados de criança e cachorro. Os deserdados desfilavam, a moça e seu namorado com bota
de imitação de peão boiadeiro iam de mãos dadas, com certeza, à casa de uma tia da moça, comunicar que
pretendiam se casar. Uma avó gorda com seu neto também passou, ela de sombrinha, ele de calcinha comprida
de tergal. Iam aonde? Célia fantasiou, ah, com certeza na casa de uma comadre da avó, uma amiga dela de
juventude. O menino ia sentir demais a morte daquela avó que lhe pegava na mão de um jeito que nem sua
mãe fazia.
Desceram três moços de bermuda e camisa do Clube Atlético Mineiro, e um quarto com grande inscrição na
camiseta: SÓ CRISTO SALVA! Camiseta e bermuda não favorecem a ninguém, ela pensou desgostosa com a
feiúra das roupas. Bermudas principalmente, teria que se ter menos de dez anos pra se usar aquela invenção
horrorosa. Teve dó dos moços que só conheciam futebol e dupla sertaneja. Foi um pensamento soberbo, se
arrependeu na hora. Tinha preconceitos, lembrou-se de que gostara muito de um jogo de futebol em Londrina,
rodeada de palavrões e chup-chup com água de torneira e famílias inteiras se esturricando gozosamente entre
pão com molho e adjetivos brutais, prodigiosamente colocados, lindos e surpreendentes como as melhores
invenções da poesia. Concluiu sonolenta, o mundo está certo.
Uma criança começou a chorar muito alto: quero ficar aqui não, quero sentar com meu pai, quero o meu pai. A
mãe parecia muito agoniada e pelo tom do choro Célia achou que ela abafava a boca da criança com uma fralda
ou a apertava raivosa contra o peito, envergonhada de ter filha chorona. Suposições. Tudo estava muito bom
naquele dia, não sofria com nada, nem ao menos quis ajudar a mãe, botar a menina no colo, estas coisas em
que era presta e mestra. Assistia ao mundo, rodava macio tudo, o ônibus, a vida, nem protagonista nem autora,
era figurante, nem ao menos fazia o ponto naquele teatro perfeito, era só plateia. Aplaudia, gostando
sinceramente de tudo. Contra céu azul e cheiro de mato verde Deus regia o planeta. Estava muito surpresa com
a perfeita mecânica do mundo e muitíssimo agradecida por estar vivendo.
Foi quando teve o pensamento de que tudo que nasce deve mesmo nascer sem empecilho, mesmo que os
nascituros formem hordas e hordas de miseráveis e os governos não saibam mais o que fazer com os sem-teto,
os sem-terra, os sem-dentes e as igrejas todas reunidas em concílio esgotem suas teologias sobre caridade
discernida e não tenhamos mais tempo de atender à porta a multidão de pedintes. Ainda assim, a vida é maior,
o direito de nascer e morar num caixote à beira da estrada. Porque um dia, e pode ser um único dia em sua
vida, um deserdado daqueles sai de seu buraco à noite e se maravilha. Chama seu compadre de infortúnio: vem
cá, homem, repara se já viu o céu mais estrelado e mais bonito que este! Para isto vale nascer..
a) Trata-se de um conto. Por quê? b) Classifique o narrador.
Resposta do aluno: a) O texto parece ser mais uma crônica do que um conto, pois não segue uma estrutura
narrativa tradicional com um enredo desenvolvido. Em vez disso, é uma observação e reflexão sobre uma
viagem de ônibus e as impressões da protagonista, Célia. b) O narrador, é um narrador onisciente, que tem
acesso aos personagens e observações internas da personagem principal, Célia. O narrador descreve as
reflexões e pensamentos de Célia, bem como as observações das pessoas e do ambiente ao redor.
Questão 2
O Rei dos Animais - Millôr Fernandes
Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham
mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações
de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão
qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por
extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele
nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: "Hei, você aí, macaco
- quem é o rei dos animais?" O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu umsalto de pavor e, quando
respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: "Claro que é você, Leão, claro que é
você!". Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: "Currupaco, papagaio. Quem é,
segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?" E como aos papagaios não é dado o dom de
improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: "Currupaco... não é o Leão? Não é o Leão?
Currupaco, não é o Leão?". Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua
personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: "Coruja, não sou eu o maioral da mata?" "Sim, és tu", disse a
coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça.
Encontrou o tigre. "Tigre, - disse em voz de estentor -eu sou o rei da floresta. Certo?" O tigre rugiu, hesitou,
tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: "Sim". E
rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou. Três quilômetros adiante, numa
grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: "Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei,
Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?" O elefante pegou-o
pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta
adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensangüentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: "Que
diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado". M O R A L: CADA UM TIRA DOS
ACONTECIMENTOS A CONCLUSÃO QUE BEM ENTENDE.
Agora:
a) Classifique as personagens.
b) Classifique o narrador.
c) Identifique o espaço.
d) Classifique o tempo.
e) Quanto ao tempo, valoriza-se a ação interior ou a exterior? Por quê?
Resposta do aluno: a) Personagens: leão, macaco, papagaio, coruja, tigre, elefante; b) Narrador: o narrador é
em terceira pessoa e onisciente, pois tem acesso aos pensamentos e ações das personagens; c) Espaço: o
espaço onde a história se desenrola é a floresta, a mata, que serve como cenário para as interações entre as
personagens; d) Tempo: o tempo na história não é especificamente definido, mas parece ser um tempo
indeterminado na vida dos animais na floresta; e) Quanto ao tempo, a história valoriza mais a ação exterior. A
trama se concentra nas interações e diálogos entre as personagens na floresta, enquanto o tempo interior
(pensamentos e sentimentos das personagens) é menos explorado. A história se concentra na ação e nas
respostas das personagens à pergunta do Leão sobre quem é o rei dos animais.
Questão 3
(FUVEST - adaptada) Na narração de acontecimentos com que o leitor se defronta em um romance que se faz
em primeira pessoa, portanto, do ponto de vista de uma das personagem , é correto dizer que ela se
apresenta:
a) fiel aos fatos e perfeitamente adequada à realidade;
b) viciada pela perspectiva unilateral assumida pelo narrador; (correta)
c) perturbada pela interferência de outras personagens que acabam por guiar o narrador;
d) isenta de quaisquer formas de interferência, pois visa à verdade;
e) eindecisa entre o relato dos fatos e a impossibilidade de ordená-los
Questão 4
Sobre a catarse é correto o que se afirma, apenas, em:
I - É o meio através do qual o Homem purifica sua alma, através da representação trágica.
II - Na tragédia, as personagens passam da felicidade para a infelicidade, provocando na plateia
sentimentos de terror e piedade, purgando assim as emoções humanas, ao que chamamos de catarse.
III – A catarse só se produz no espectador quando os acontecimentos giram em torno de personagens
extraordinários que causam, através de suas ações desastrosas, alguma espécie de desmedida, isto é, quando a
desgraça ocorre a quem não detém o merecimento.
IV - Depois de chorarmos e rirmos como nossos heróis imaginários vem aquele estado de alívio, de
pacificação das emoções. A catarse tem, por isso, fortes implicações políticas, ao reduzir tensões emocionais
sociais.
a) I, II
b) II, III e IV
c) I e III
d) I, II e III
e) I, II, III e IV (correta)
Questão 5
Levando-se em conta que a crônica é um gênero híbrido e que vai além da crônica literária (crônica histórica,
esportiva, policial, política e outras), indique a opção que apresenta uma análise adequada da relação entre
conto e crônica.
a) A oposição entre conto e crônica reside na função de cada um: o conto tem fins estéticos, literários, e a
crônica, embora demonstre a habilidade de seu autor, não compartilha as características ficcionais do conto. b)
A distinção básica entre conto e crônica está no foco narrativo — no conto, a liberdade de opção é ampla; na
crônica, sempre deve prevalecer a narração em primeira pessoa, a voz do próprio autor. c) A crônica tem origem
em relatos de viagem e, assim, seu traço caracterizador é a narrativa de viagem. O conto, por sua vez, de
tradição oral, reproduz temas fantasiosos. d) Tanto na crônica quanto no conto, pela limitação da extensão, o
autor apresenta personagens-tipo, ou seja, sem densidade emocional, sem conflitos, sem hesitações,
constituindo estereótipos da sociedade. e) Há uma grande dificuldade em diferenciar conto e crônica, pois
ambos compartilham extensão breve e foco mais pontual. Uma opção a considerar nessa diferenciação é o meio
em que são divulgados.
a) A oposição entre conto e crônica reside na função de cada um: o conto tem fins estéticos, literários,
e a crônica, embora demonstre a habilidade de seu autor, não compartilha as características ficcionais do
conto.
b) A distinção básica entre conto e crônica está no foco narrativo — no conto, a liberdade de opção é
ampla; na crônica, sempre deve prevalecer a narração em primeira pessoa, a voz do próprio autor.
c) A crônica tem origem em relatos de viagem e, assim, seu traço caracterizador é a narrativa de
viagem. O conto, por sua vez, de tradição oral, reproduz temas fantasiosos.
d) Tanto na crônica quanto no conto, pela limitação da extensão, o autor apresenta personagens-tipo, ou
seja, sem densidade emocional, sem conflitos, sem hesitações, constituindo estereótipos da sociedade.
e) Há uma grande dificuldade em diferenciar conto e crônica, pois ambos compartilham extensão breve e
foco mais pontual. Uma opção a considerar nessa diferenciação é o meio em que são divulgados. (correta)
Questão 6
Leia o miniconto a seguir e assinale a alternativa correta em relação à sua interpretação.
“Vende-se: sapatinhos de bebê nunca usados.” (LEITE, 2018, documento on-line). Ernest Hemingway
a) Como o conto é muito curto, não podemos saber quem é a personagem da história. b) O tempo do conto
é de um ano: desde a gravidez até o nascimento e a morte do bebê. c) O escritor Ernest Hemingway perdeu um
filho, razão que motivou a escrita dessa história. d) A partir da breve frase, o leitor sabe que a personagem é um
pai ou uma mãe que, supostamente, perdeu o seu filho muito pequeno, já que comprou sapatinhos e eles nunca
foram usados. e) O local do conto pode ser definido se soubermos o local onde Hemingway o escreveu.
a) Como o conto é muito curto, não podemos saber quem é a personagem da história.
b) O tempo do conto é de um ano: desde a gravidez até o nascimento e a morte do bebê.
c) O escritor Ernest Hemingway perdeu um filho, razão que motivou a escrita dessa história.
d) A partir da breve frase, o leitor sabe que a personagem é um pai ou uma mãe que, supostamente,
perdeu o seu filho muito pequeno, já que comprou sapatinhos e eles nunca foram usados. (correta)
e) O local do conto pode ser definido se soubermos o local onde Hemingway o escreveu.
Questão 7
- A nuvem -
Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever uma semana inteira sem reclamar,
sem protestar, sem espinafrar! E meu amigo falou da água, telefone, Light em geral, carne, batata, transporte,
custo de vida, buracos na rua, etc. etc. etc. Meuamigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de
razões. Mas que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu for ficar rezingando todo
dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler? Acho que o leitor gosta de ver suas queixas no jornal, mas
em termos.
Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas. Não é verdade que as
amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de folhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio
eu confessar que há uma jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um
senhor maduro duram pouco. São caprichos de certa fase. Mas que importa? Esse carinho me faz bem; eu o
recebo terna e gravemente; sem melancolia, porque sem ilusão. Ele se irá como veio, leve nuvem solta na
brisa, que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas de meu crepúsculo.
E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão -
e seus tradicionais buracos. (Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana).
É correto afirmar que, a partir da crítica que o amigo lhe dirige, o narrador cronista
a) sente-se obrigado a escrever sobre assuntos exigidos pelo público; (correta)
b) reflete sobre a oposição entre literatura e realidade;
c) reflete sobre diversos aspectos da realidade e sua representação na literatura;
d) defende a posição de que a literatura não deve ocupar-se com problemas sociais;
e) sente que deve mudar seus temas, pois sua escrita não está acompanhando os novos tempos.
Questão 8
1. Das opções a seguir, qual evidencia um aspecto comum tanto ao conto quanto à novela e ao romance?
a) Número reduzido de páginas.
b) Sucessão de ações no tempo e no espaço. (correta)
c) Escrita em verso.
d) Enredo complexo, formado por vários núcleos de ação, igualmente descritos em profundidade.
e) Origem árabe.
Questão 9
Há vários tipos de romance (Romance heroico, cômico, epistolar, histórico, autobiográfico entre outros).
Indique a opção em que a característica apresentada não corresponde ao tipo de romance indicado.
a) Não confunde autor e personagem; o narrador busca em sua própria vida, os elementos que vão
alimentar seu relato. Autobiográfico
b) É uma narrativa divertida baseada numa mistura de realismo e de burlesco, de romanesco e de
paródia. Cômico.
c) Ele toma a história ao pé da letra, fazendo reviver figuras históricas em seu quotidiano e
segundo seu comportamento do passado. Histórico .
d) Cartas, parcialmente ou inteiramente fictícias, são utilizadas, de certo modo, como veículo da narração.
Epistolar
e) Verdadeira epopeia em prosa, esse tipo de obra conheceu um considerável sucesso durante o século
XVII. Conta, em diversos volumes, num estilo elevado, a história romanesca de personagens de ilustre
destino. Histórico (correta)
Questão 10
Sobre o Épico podemos afirmar que
I) É considerado um gênero nobre porque a classe social retratada era a nobreza.
II) O poema que pertence ao gênero épico chama-se soneto épico.
III) Trata-se de uma narrativa.
IV) As partes da epopeia são independentes umas das outras.
a) APENAS I ESTÁ CORRETA.
b) APENAS I E II ESTÃO CORRETAS.
c) APENAS II E III ESTÃO CORRETAS.
d) APENAS I, III E IV ESTÃO CORRETAS. (correta)
e) TODAS ESTÃO CORRETAS.

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