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conferencia de saude e determinantes

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Saúde Coletiva 
Saúde 
Saúde foi dita, na 8ªConferência nacional de Saúde, como 
“resultante, entre outras, de condições de habitação, 
alimentação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, 
transporte, emprego, lazer, acesso à terra e a serviços de 
saúde”. Estes podem ser vistos como determinantes/ fatores 
de saúde 
A Constituição Federal instituiu que “saúde é direito de todos 
e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e 
econômicas. Estas visam a redução do risco de doenças e 
outros agravos, o acesso universal e igualitário às ações e 
serviços para a promoção, proteção e recuperação da 
saúde” 
Associando os dois conceitos, pode-se dizer então que é 
dever do Estado garantir habitação, alimentação, educação, 
meio ambiente, bem como saneamento básico, acesso a 
medicamentos de alto custo, etc. a sua população 
Mesmo o Brasil sendo a 8ª maior economia do mundo, a 
desigualdade predomina, e o retorno por meio de serviços 
à população, dado o pagamento de impostos, não acontece 
como deveria 
● “Doença é um desajuste ou falha dos mecanismos de 
adaptação do organismo, ou uma ausência de reação a 
estímulos”. 
● “Uma doença é um sinal de uma alteração no equilíbrio 
homem meio ambiente, estatisticamente relevante e 
precocemente calculável, produzida por transformações 
produtivas, territoriais, demográficas ou culturais” 
*Os determinantes permitem uma visão epidemiológica da 
pessoa 
●Segundo a OMS, “saúde é um estado de completo bem-
estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de 
doenças”. Essa definição não engloba apenas fatores 
genéticos, vícios e hábitos, etc. leva em conta também o 
ciclo de amizade, a estruturação familiar e o acesso aos 
determinantes já citados 
Determinantes de Saúde 
●Segundo a lei 8080, no seu artigo 3º, “a saúde tem como 
fator determinantes e condicionantes a alimentação, moradia, 
saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, 
educação, transporte, acesso a saúde, lazer, e outros 
serviços essenciais. Os níveis de saúde da população 
expressam a organização social e econômica do país” 
Determinantes em saúde são o conjunto de atributos/ 
fatores que condicionam a saúde aos indivíduos influenciando 
nela. É indispensável lembrar que os determinantes atuam 
em conjunto, nunca isoladamente. Eles têm interações 
complexas que repercutem profundamente na saúde 
Por exemplo: um paciente que mora em uma cidade e 
trabalha em outra reclama que não tem dinheiro nem para 
a passagem de ida e volta para o trabalho. Esse paciente não 
tem condições de comprar determinadas medicações, então 
é um dever do médico instruí-lo sobre o acesso a 
medicamentos gratuitos pelo SUS para que, assim, o 
paciente possa aderir de forma correta e integral ao 
tratamento. Esse exemplo mostra a importância de se 
conhecer os determinantes de saúde dos pacientes. 
Quando se estuda determinantes em saúde, pode-se prever 
o adoecimento de determinada população ou indivíduo. Ao 
conhecer os determinantes de saúde de determinada 
pessoa, pode-se prever possíveis doenças que essa pessoa 
pode ter e isso permite que uma prevenção seja planejada 
a fim de evitar a manifestação da doença. Conhecendo os 
determinantes de saúde de alguém, torna-se mais fácil 
controlar, tratar ou curar doenças que essa pessoa tenha. 
Sobre o processo saúde-doença, deve-se compreender que 
ele está em constante mutação, com isso, ao mesmo tempo 
que o paciente está saudável, ele pode estar caminhando 
em direção ao adoecimento 
Conforme se afastam do centro, a influência no processo 
saúde-doença diminui, mas continua existindo 
Pode-se englobar os determinantes em 4 grupos: Biológicos 
(idade, sexo e fatores hereditários), Ambientais (inclui o 
ambiente sócio econômico, social e familiar), Econômicos 
(compreende o acesso a saúde, trabalho e educação) e 
Sociais. 
.
Referência: https://www.goconqr.com/p/13635487-Determinantes-sociais- de-
Saude---Medicina-Est-cio-Jaragu--flash_card_decks 
*Os biológicos são afetados pelos ambientais, os ambientais 
são afetados pelos econômicos (e culturais também), os 
econômicos são afetados (e afetam) pelos sociais 
Redes sociais e o grupo de convivência do paciente, bem 
como família, amizade, amigos de trabalho, etc. Condições de 
vida e trabalho levam em conta os ambientes de trabalho e 
onde o paciente passa mais tempo. Deve-se investigar 
insalubridade, etc. 
Observações 
●Idade, sexo e fatores hereditários são determinantes 
intrínsecos da pessoa, são características do indivíduo. 
●O estilo de vida pode ser chamado de determinantes 
proximal. Já as redes sociais e comunitárias compreendem a 
sociedade ativa (é visto na prática pela participação popular 
buscando mudanças e o exercício de sua cidadania) 
●As condições socioeconômicas, culturais e ambientais são 
os macro-determinantes ou determinantes distais. Todos os 
outros determinantes são chamados de intermediários e são 
influenciados pela população em geral e pelo governo (por 
políticas públicas de saúde) 
----------------------------------------------------------------------------- 
SUS 
Os principais problemas do Sistema Único de Saúde são a 
demora no atendimento (especialmente nas especialidades, 
na atenção básica nem tanto), a falta de verbas (leva a falta 
de equipamentos e uma infraestrutura insuficiente), baixa 
remuneração e má gestão 
Sobre os pontos positivos, existe o acesso a vacinação e a 
medicamentos de alto custo gratuitamente, é um sistema 
gratuito e é o melhor país do mundo no quesito transplantes 
de órgãos (gratuitos) 
É importante retornar à criação e ao passado do SUS para 
compreender seu funcionamento atual. 
Onde se localiza a saúde no país? Ela se encontra no capítulo 
denominado “Seguridade Social” da Constituição Federal, do 
artigo 194 a 200. 
O SUS é financiado pelo pagamento de impostos e 
pagamento de impostos de renda. 5 meses são trabalhados 
por pessoa para pagar impostos. O problema nisso tudo é o 
retorno. 
Sobre o financiamento do SUS, é importante ressaltar que 
ele é tríplice, uma vez que é feito pelos municípios, Estados 
e o Governo Federal (aplica um percentual menor que os 
outros se comparar com a sua arrecadação). O Federal fica 
com cerca de 60% dos impostos e investe apenas 43% do 
seu capital na saúde, os Estados ficam com cerca de 25% 
dos impostos e investem 27% do seu capital, já os 
municípios ficam com apenas 15% dos impostos e financiam 
30% do SUS 
Quando se observa os 10 países mais ricos do mundo (em 
termos de PIB), o Brasil é o 5º maior em população e a 8ª 
maior economia, esses fatores associados são um problema, 
além dos desvios de dinheiro, etc. O IDH do Brasil é o 79º 
melhor. Percebe-se então que o dinheiro é importante, mas 
uma gestão adequada é essencial. O investimento do PIB no 
SUS é muito baixo, e isso é fruto de uma má gestão federal 
Sobre isso, é válido ressaltar que o percentual do PIB aplicado 
na saúde nem sempre é maior nos países com mais 
recursos na área pois os resultados dependem 
principalmente da aplicação do dinheiro, ou seja, uma boa 
gestão é indispensável. 
O SUS é indispensável para regulação do meio ambiente 
(água, esgoto, lixo, etc.), de ambientes de trabalho, 
fornecimento de alvará para clínicas e hospitais, controle de 
indústrias farmacêuticas, vigilância sanitária, controle do 
sistema de vacinação, de transplante de órgãos e controle 
das doenças infectocontagiosas 
Saúde 
A política pública em resposta à necessidade de vida e saúde 
da população foi o SUS. A ideia dele surge na década de 70, 
quando o ministro da saúde do Canadá (Relatório Lalonde) 
na época (1974) foi o primeiro a instituir um movimento 
público com um conceito ampliado de saúde. Ele dizia que a 
saúde tinha 4 elementos: 
●Biológico (20% de influência, mais um pouco maior que a 
ambiental): idade, sexo e fatores hereditários 
●Ambiental (20% de influência): inclui o ambiente sócio 
econômico, social e familiar 
●Estilo de Vida (50% de influência): higiene pessoal, dieta, 
atividade física, comportamento sexual,entre outros 
.
●Assistência/ Sistema de Saúde (10% de influência): 
compreende o acesso ao sistema de saúde, que permite um 
diagnóstico precoce e tratamentos. 
Esse fato ampliou o conceito de saúde que, até então, só 
englobava o elemento biológico 
No processo saúde doença, mesmo se tiver uma assistência 
perfeita (se o SUS fosse perfeito), não se pode garantir que 
as pessoas serão saudáveis pois a saúde não depende só da 
assistência. A saúde não é só responsabilidade do Estado uma 
vez que o estilo de vida é individual. 
O esqueleto do SUS é: Saúde é multifatorial, deve-se 
priorizar os maiores riscos e as pessoas tem responsabilidade 
conjunta com o poder público na promoção a saúde 
Vale ressaltar que antigamente, doenças infecciosas eram as 
principais preocupações com o SUS, as mortes por elas 
eram grandes e os gastos do SUS com elas era baixo. 
Atualmente, doenças como diabetes e hipertensão arterial 
são muito mais frequentes e o paciente demora para 
morrer, com isso, seu tratamento e longo e gasta-se muito 
com ele. A prevenção dessas doenças, feita pela atenção 
primária, é essencial 
Conferência de Alma-Ata (URSS- 1978) 
Sendo a primeira conferência sobre os cuidados primários 
em saúde, a partir dela se percebeu que o único caminho 
para a promoção mais adequada de saúde, é voltando a 
atenção à “atenção primária”, uma vez que ela promove a 
prevenção e a educação em saúde (já hospitais são 
prioritariamente curativos) 
Para se evitar os problemas de saúde mais prevalentes, 
deve-se focar na atenção primária. Com base nisso tudo, o 
Brasil vê a necessidade de criar o SUS a fim de universalizar 
a atenção primária 
Artigos Importantes da Constituição 
Artigo 194 
Diz que uma Seguridade Social é o conjunto integrado de 
ações dos poderes públicos e da sociedade, para assegurar 
os direitos relativos à saúde, previdência e assistência social 
Pode-se dizer que a previdência é um direito de quem 
contribui, a assistência é de quem precisa e a saúde é um 
direito de todos. Para conseguir cumprir essa condição, boas 
políticas públicas devem ser criadas e executadas Política 
pública é a resposta do governo para uma necessidade da 
população. 
*A expectativa/ desejo da grande maioria da população é 
longevidade associada de saúde 
Artigo 197 
São de relevância pública as ações e serviços de saúde, 
cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre 
sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua 
execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, 
também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
Artigo 198 
É o artigo da constituição que define “saúde como direito de 
todos e dever do Estado, garantido por políticas sociais e 
econômicas a fim de se reduzir os riscos de adoecimento e 
com acesso universal’’. A saúde tem uma perspectiva 
universal e integral (promoção, proteção e recuperação) 
Artigo 199 
Quando a constituição foi criada, sabia-se que o SUS poderia 
não conseguir se sustentar sem a iniciativa privada (pois 
apenas 35% dos serviços de saúde eram públicos), então, 
nesse artigo, institui-se que ela pode fazer parte do SUS. 
Preferencialmente ele é público, mas ações complementares 
podem ser realizadas por iniciativas privadas 
Existem 2 tipos de iniciativas privadas, as lucrativas 
(“particulares”), que compreende pessoas físicas ou planos 
de saúde, e as filantrópicas 
Em torno de 25% da população utiliza planos de saúde 
Quando o SUS compra um serviço privado, ele terceiriza 
somente a execução, mas a regulamentação e fiscalização 
dos serviços ainda é feita por ele 
Para se contratar um serviço privado, primeiro oferece ele 
ao serviço público, somente se ele não financiar totalmente, 
recorre-se ao privado (pode-se oferecer apenas uma 
porcentagem do serviço para as inciativas privadas). Quando 
se oferece a privada, primeiro é para as filantrópicas e só 
depois para as lucrativas 
----------------------------------------------------------------------------- 
Aula 2 
História Natural da Doença 
É o curso da doença desde o início até a sua resolução, na 
ausência de intervenção (por isso o “natural” do nome). É 
como a doença começa, se desenvolve e termina. 
É o modo próprio de evoluir que tem toda doença ou 
processo quando se deixa seguir seu próprio curso. 
O início é marcado pela exposição de um hospedeiro 
suscetível a um agente causal, já o término acontece com 
a recuperação, deficiência ou óbito do portador. 
.
O papel do médico está na prevenção para que a HND não 
aconteça, dessa forma, existem níveis de prevenção que 
impedem o curso da HND interferindo em períodos 
diferentes dela 
Pré-patogênico 
A HND começa com um indivíduo suscetível ao 
adoecimento, graças aos seus fatores condicionantes e 
determinantes de saúde favoráveis. Ele passa por uma 
exposição a um patógeno e é contaminado. 
*Quando os fatores interagem negativamente ou estão em 
desequilíbrio, a pessoa fica mais suscetível a adoecer 
Patogênico 
Refere-se a implantação e evolução da doença no homem. 
Se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos 
exercem sobre o ser afetado. Seguem-se então as 
perturbações fisiológicas que evoluem a defeitos 
permanentes ou crônicos, morte ou a cura da doença 
*Os níveis da evolução da doença nesse período são: 
interação estímulo-suscetibilidade (contaminação), alterações 
fisiológicas, sinais/ sintomas, e defeitos permanentes/ cura 
Do momento da exposição ao patógeno até o surgimento 
das primeiras alterações fisiológicas imperceptíveis causadas 
pelo patógeno, é o chamado Período de Latência. 
Do momento da exposição até o surgimento dos sinais e 
sintomas, é o chamado Período de Incubação (engloba o 
período de latência) 
*Até aqui se tinha uma doença subclínica pois não se 
observavam sinais e sintomas 
Do momento em que aparecem os sintomas até a 
recuperação, deficiência ou morte é o Período Sintomático. 
Pouco antes de começarem os sintomas até pouco antes 
do final do Período Sintomático, é o chamado de Período 
Infeccioso 
*Quando surgem os sintomas a doença se torna clínica 
Geralmente, após o surgimento dos sinais e sintomas se tem 
o diagnóstico usual e o início do tratamento da doença. 
Níveis de Prevenção 
A evolução da doença é totalmente influenciada pelo 
tratamento e diagnóstico precoce ou não. Serve tanto para 
doenças infectocontagiosas quanto para crônicas para 
retardar seu aparecimento 
Os níveis de prevenção mostram como o médico pode 
interferir para interromper a HND, ou evitando seu início, ou 
realmente interrompendo ela para evitar danos maiores ao 
paciente. 
Os níveis de prevenção preveem as complicações e atuam 
de acordo com o estágio da doença para evitar que essas 
complicações aconteção. 
●Prevenção Primária: Acontece no período pré-patogênico 
por meio da promoção a saúde e proteção específica 
daqueles que são mais suscetíveis a determinada doença 
para evitar a exposição aos fatores patogênicos 
A educação em saúde, moradia adequada, alimentação 
adequada, acesso a educação, distribuição de preservativos 
e campanhas de vacinação são componentes importantes 
da prevenção primária. O controle de vetores, higiene 
pessoal, aconselhamento genético e saúde ocupacional 
também se encaixam nesse tipo de prevenção 
●Prevenção Secundária: Acontece no período patogênico 
por meio do diagnóstico precoce, exames periódicos, 
isolamento (para evitar a propagação) e tratamento imediato 
para garantir a limitação das complicações da doença. 
*Quando o diagnóstico é tardio, geralmente já é necessária 
a medida de prevenção terciária 
●Prevenção Terciária: Acontece como medida de 
reabilitação após a doença ter gerado alguma complicação. 
É a intervenção feita com auxílio de outras especialidades da 
saúde, não só o médico. 
●Prevenção Quaternária: sendo o quarto e último tipo de 
prevenção, não se relaciona ao risco de doenças e sim ao 
risco de adoecimento iatrogênico (estado de doença, efeitos 
adversos ou complicações causadas por ou resultantes do 
tratamento médico), aoexcessivo intervencionismo 
diagnóstico e terapêutico e a medicalização desnecessária. 
Fatores que influenciam no período pré-patogênico 
Se houver uma alteração em qualquer um desses fatores, a 
saúde será afetada. Não é em todos eles que o profissional 
de saúde pode atuar, mas é importante compreender a 
influência deles. 
●Fatores Socioeconômicos: os grupos sociais 
economicamente privilegiados estão menos sujeitos à ação 
dos fatores ambientais. 
.
*Mais dinheiro, mais acesso à informação e à assistência, 
menos exposição a fatores ambientais e mais saúde 
consequentemente 
●Fatores Sociopolíticos: englobam decisões políticas, a 
participação da população, o exercício da cidadania, a 
transparência das ações governamentais e o acesso à 
informação 
●Fatores Socioculturais: compreendem preconceitos, 
hábitos culturais, crenças, comportamentos e valores que 
atuam como fatores pré-patogênicos contribuindo para a 
difusão de doenças 
*ex. testemunhas de Jeová 
●Fatores Psicossociais: se referem a marginalidade, falta de 
apoio no contexto social, condições de trabalho, transtornos 
econômicos, falta de cuidado materno na infância e carência 
afetiva 
●Fatores Ambientais: existem os agressores ambientais, 
exposição inadequada ao sol, a industrialização crescente e 
o aumento da exposição a substâncias carcinogênicas, entre 
outros fatores. 
●Fatores Genéticos: determinam a maior ou menor 
suscetibilidade da pessoa quanto à aquisição de doenças. O 
estilo de vida vai determinar a doença ou não. 
----------------------------------------------------------------------------- 
Escala de Risco de Coelho e Savassi 
A justificativa da criação da escala foi “O princípio da 
EQUIDADE, que na prática significa tratar desigualmente os 
desiguais, exige que se estabeleça critérios de prioridades no 
atendimento domiciliar e na atenção à população. Com esse 
intuito foi criada a Escala de Risco de Coelho e Savassi” 
O que é a ERCS? 
É uma escala que analisa o risco familiar, não o individual, que 
é aplicada nas ESFs (obrigatoriamente) para determinar o 
risco social (refletindo o potencial de adoecimento de cada 
núcleo familiar) a fim de direcionar o atendimento na atenção 
primária. 
Foi elaborada para organizar quais famílias devem ser 
visitadas primeiro, e privilegiar famílias de maior risco sem 
prejudicar as de menor risco. É um método científico para 
avaliar o risco de adoecer em cada núcleo familiar 
acompanhado pela ESF 
Deve se atentar ao uso dessa escala pois, como ela não se 
atenta aos riscos individuais, pode-se ignorar uma pessoa 
com alto risco por ela não estar em um núcleo de alto risco 
também. 
A escala não é de risco individual, não é estática (o escore 
de cada família deve ser atualizado anualmente), não é 
completa (deixa passar fatores que podem ser considerados 
importantes no processo de adoecimento) e não aborda a 
dinâmica familiar (relações entre os familiares) 
A escala é baseada nos chamados “Sentinelas de Risco”, que 
são fatores/ marcadores de risco de adoecimento de valores 
variados que, quando somados, determinam um escore para 
cada núcleo familiar. 
*Deve se multiplicar o escore de determinado sentinela caso 
exista mais de uma pessoa no núcleo que se encaixe nele. 
Deve se pontuar por indivíduo, e não por presença., exceto 
as baixas condições de saneamento que se considera apenas 
uma casa 
*Um escore igual a 5 ou 6 é de risco leve (R1), igual a 7 ou 
8 é moderado (R2) e igual a 9 ou mais é de risco grave (R3) 
Explicação de alguns termos 
●Deficiência: é um defeito ou condição física ou mental de 
duração longa ou permanente que, de alguma forma, dificulta 
ou impede uma pessoa de realizar determinadas atividades 
cotidianas, escolares, de trabalho ou de lazer. 
*Inclui desde situações em que o indivíduo consegue realizar 
sozinho as atividades que necessita, porém com dificuldade 
ou através de adaptações, até aquelas em que o indivíduo 
necessita de ajuda nos cuidados pessoais e outras atividades. 
●Acamado: Toda pessoa restrita ao seu próprio domicílio, 
por qualquer inabilidade e /ou incapacidade de locomover-se 
por si só a qualquer centro de atenção à saúde 
*Uma depressão muito grave pode deixar o paciente 
acamado 
●Baixas condições de saneamento: Dá 3 pontos se existir 
ao menos uma das seguintes situações: lixo a céu aberto 
(deve-se recolher o lixo 2 vezes por semana pelo menos), 
.
água sem tratamento (nem a da rua é clorada nem a família 
ferve ou filtra a água antes de usar) e esgoto a céu aberto. 
●Drogadição: Utilização compulsiva de drogas lícitas 
(medicamentos, benzodiazepínicos, barbitúricos, tabaco, 
álcool, etc.) e/ou ilícitas, com potencial de dependência 
química 
●Desemprego: Para se entender o desemprego deve se 
entender “ocupação”, que é um tipo de trabalho exercido, 
independente da profissão ou de remuneração. 
Desemprego é quando não se tem uma ocupação/ trabalho 
e está em busca de um 
A realização de tarefas domésticas caracteriza o trabalho 
doméstico, ainda que este não seja remunerado. Se realiza 
bicos também não está desempregado 
*Se o indivíduo referir mais de uma ocupação, anotar aquela 
a que ele dedica o maior nº de horas na semana 
●Analfabetismo: Quem apenas assina o nome não é 
considerado alfabetizado (indivíduo que sabe ler e escrever 
no mínimo um bilhete.). Considera somente aqueles que tem 
idade a partir da idade escolar (6/ 7 anos) 
●Desnutrição grave: Percentil menor que 0,1 e peso muito 
baixo para a idade. 
●Hipertensão Arterial Sistêmica: Pressão arterial sistólica 
maior ou igual a 140mmHg e pressão arterial diastólica maior 
ou igual a 90mmHg, em indivíduos que não usam medicação 
anti-hipertensiva 
●Diabetes Mellitus: Grupo de doenças metabólicas 
caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, 
disfunções e insuficiência de vários órgãos. 
●Menor de 06 meses considera até o dia anterior do bebê 
completar 6 meses, maior que 70 anos considera a partir do 
dia em que se completou 70 anos 
●Relação morador/cômodo: contar todos os cômodos do 
domicílio, inclusive banheiro e cozinha e os da parte externa 
do prédio, desde que sejam parte integrante do domicílio, 
com exceção de corredores, alpendres, varandas abertas e 
outros cômodos utilizados para fins não residenciais como 
garagens, depósitos etc. 
Percebe-se que fica muito mais fácil direcionar o 
atendimento e as visitas domiciliares após a realização da 
escala para que os mais necessitados tenham prioridade 
----------------------------------------------------------------------------- 
A história da saúde pública no Brasil 
É importante conhecer a história para identificar onde 
surgiram os erros que duram até os dias atuais. Muitos dos 
problemas atuais são resultados de decisões erradas no 
passado. 
“Um país colonizado, basicamente por degredados e 
aventureiros desde o descobrimento até a instalação do 
império, não dispunha de nenhum modelo de atenção à 
saúde da população e nem mesmo o interesse, por parte 
do governo colonizador (Portugal), em criá-lo” 
Brasil Colonial 
Durante muito tempo, não havia interesse na metrópole em 
oferecer saúde para a população pois a maioria daqueles que 
vieram de Portugal (assim como os índios e aventureiros) 
eram desinteressantes à metrópole. 
Em 1530 começa a se perceber o interesse de vários países 
em obter uma colônia para explorar ela, com isso, Portugal 
teve que colonizar toda a costa brasileira para preservar sua 
riqueza. Nesse momento haviam muitas missões religiosas no 
país que visavam a “medicina da alma”. 
●Somente em 1543 surge a primeira instituição de saúde do 
Brasil, a Santa Casa de Santos, que era sem fim curativo e 
não tinha médicos. Era uma casa que funcionava como 
depósito de pessoas que incomodavam a sociedade como 
tuberculosos, hansenianos, moribundos e outros. Funcionava 
para amparar os doentes para a morte e prepara-los para a 
vida eterna. 
●A partir de 1550 começou a política escravagista, começa 
a chegar a maior população que vai ocupar o Brasil colônia,que são os escravos. Eles eram “mercadoria barata”, por isso 
era mais fácil substituir um escravo doente do que investir 
em hospitais para tratar ele. Nesse momento, era exercida a 
“Medicina Popular”, que engloba conhecimentos empíricos/ 
populares, como a ervanaria, o xamantismo, o curandeirismo 
e etc., para tratar a grande massa da população 
Posteriormente, no período das grandes navegações, vários 
países começaram a buscar mais ainda terras para conquistar 
e colonizar. Muitas invasões aconteciam, então foi necessário 
criar fortes por toda a costa do Brasil. 
●Os conflitos deixavam muitos feridos, então, entre 1768 e 
1769, criam-se os Hospitais Reais Militares (próximos dos 
fortes, principalmente em Salvador e Rio de Janeiro), que 
eram instituições com universalidade seletiva, isto é, somente 
alguns grupos da sociedade podem ser atendidos, são eles 
os militares, altos funcionários da corte e os navegantes 
(eram mantidos em quarentena por interesses econômicos). 
Nessas instituições, que passam a ter fins curativos, se tinham 
médicos e cirurgiões 
A Primeira Lógica de Saúde no Brasil foi a “Lógica da 
Caridade”, na qual os médicos eram empregados do rei para 
atender apenas uma população selecionada. Caso o médico 
quisesse atender mais pessoas, estaria realizando caridade

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