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PROVA DE CLINICA AMPLIADA

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Aluna: Carla Ferreira Peixoto Dias Matricula: 2017103177
1) Leavell & Clark (1976) reconhecem três momentos no período de patogênese: patogênese precoce, doença precoce discernível, doença avançada e a decorrência natural desse processo, que pode ser a cura, a invalidez, o óbito. As ações decorrentes das políticas das políticas e dos serviços de saúde incidem nos diversos momentos da história natural de uma determinada doença. Com base no que foi apresentado como os modelos de atenção à saúde: 
a) Enumere essas ações e discorra sobre elas, fazendo as devidas articulações com as políticas e programas de saúde;
R: O período pré patogênico se trata da própria evolução das interrelações que normalmente envolvem as condições socioeconômicas, ambientais, como crescimento industrial, uso desordenado de substancias cancerígenas e agressores ambientais e também os fatores daqueles que são suscetíveis, até que haja uma situação favorável a instalação da doença. Ele pode acontecer desde um risco baixo até um risco máximo; acomete em usuários de drogas injetáveis e até mesmo a exposição a um clima extremamente frio (mudança de clima). Fatores socioeconômicos, aqueles que são mais privilegiados; economicamente estão menos suscetíveis, os fatores sociopolíticos, decisões políticas, valorização da cidadania, acesso a informações; fatores socioculturais, preconceito, hábitos culturais, crenças culturais; fatores psicossociais, tais como, marginalidade, falta de apoio no contexto social, carência afetiva, falta de apoio maternal na infância entre outros. Os fatores genéticos também influenciam, talvez até a maior parte deste período em relação a suscetibilidade das pessoas.
O período da patogênese, inicia com os primeiros efeitos dos agentes patogênicos sobre o ser afetado, processos que ocorrem no interior do corpo humano, se dão por alterações bioquímicas em nível celular. Os níveis de evolução são: Interação estimulo suscetível, alterações fisiológicas, bioquímicas e histológicas que podem ser percebias através de exames laboratoriais, os sinais e sintomas, e a evolução clinica da doença até a cura.
No período de patogênese precoce, ocorreu o rompimento do equilíbrio da saúde, sem existir sinais clínicos de que isso ocorreu. No período de doença precoce discernível, já era possível se caracterizar os primeiro s sintomas da doença, logo após a doença atinge seu nível máximo, causando alterações fortes no organismo, chama-se período da doença avançada, até chegar ao momento de convalescência onde ocorre o desfecho da enfermidade onde pode ocorrer desde a cura, como invalidez, cronificação ou até o óbito.
É muito importante para o bom andamento de tais processos que haja uma boa funcionalidade dos programas de saúde, como atenção primária para a detecção e acompanhamento e principalmente antecipação a elas. Moradia adequada, saneamento básico, promoção da saúde em escolas e bairros, alimentação adequada entre outros. Isto significa boa assistência de saúde e de serviços públicos para toda a comunidade. Programas de prevenção com vacinas, exames periódicos, por exemplo, se faz nos periodo pré patogênico para o desenvolvimento de saúde ótima ou na identificação precoce da doença, fazendo-se a prevenção secundaria para um tratamento imediato e adequado e quando o processo de adoecimento tiver progredido a atenção secundaria deve continuar para que se evite ao máximo a invalidez ou danos permanentes ao indivíduo e o óbito como citado acima, após isso encaminha-se o processo de reabilitação, como fisioterapia que é a prevenção terciária. 
b) Apresente o modelo (e seu desenvolvimento histórico) que descreve como as condições de vida e trabalho dos indivíduos e grupos da população estão relacionadas com sua situação de saúde;
c) Descreva como esse modelo inclui os DSS dispostos em diferentes camadas, desde uma camada mais próxima dos determinantes individuais até uma camada distal, onde se situam os macros determinantes.
R: O modelo de Dahlgren e Whitehead inclui os DSS dispostos em diferentes camadas, desde uma camada mais próxima dos determinantes individuais até uma camada distante, onde estão os maiores determinantes. Neste modelo os indivíduos são a base, divididos por sexo, idade e fatores genéticos que obviamente exercem seu potencial sobre a condição de saúde. Na camada externa, aparecem o comportamento e estilo de vida individual e ela se torna um limiar entre as duas camadas tendo em vista que esta segunda depende diretamente do livre arbítrio do indivíduo, pois é entendido como responsabilidade individual e podem ser consideradas parte do DSS, uma vez que estão ligadas diretamente a determinantes sociais, como alimentação saudável, pressão dos pares e outros.
Uma outra camada refere-se a influência das redes comunitárias e de apoio onde a questão socioeconômica dita a coesão social, que é de grande importância para o todo. Na camada seguinte estão dispostos as condições de trabalho e de vida, acesso a alimentação adequada, saúde, educação, condições de habitação mais humildes; que são serviços essenciais, indicando que pessoas que não possuem acesso a essas condições estão mais expostas a perigos e estressores no trabalho e menor acesso aos serviços e por último, estão situados os macro determinantes relacionados às condições econômicas, culturais e ambientais da sociedade e que possuem grande influência sobre as demais camadas.
Este modelo foi adaptado por Diderichsen, Evans e Whitehead (2001), que mostra que de acordo com a posição social do indivíduo, aparecem diferencias como acesso a saúde, maior exposição a riscos a saúde, o diferencial de vulnerabilidade à ocorrência de doença, uma vez exposto a estes riscos, e as consequências obtidas uma vez contraída a doença e a partir daí é possível observar o impacto que a doença causou ao individuo e a sua família.
2) Os modelos assistenciais substitutivos ao hospitalocêntrico emergiram no Brasil em um contexto histórico determinado. Para entender esse processo é importante revisitar a história da assistência psiquiátrica e compreender alguns acontecimentos que sustentam as práticas na área da Saúde Mental em sua configuração atual. Discorra sobre:
 a) Como os movimentos da Reforma Sanitária Brasileira, a qual traz em seu trajeto uma nova concepção de saúde que e entendendo a proposta pela busca de garantia de direitos sustentam as bases da Reforma Psiquiátrica na busca de direitos, da visibilidade enquanto sujeitos de direitos e de espaços na sociedade; 
R: A reforma sanitária ocorreu em favor da busca por mudanças necessárias na área da saúde em busca da melhoria das condições de vida da população e teve como resultado a universalização do sistema de saúde denominado como SUS ela e a reforma psiquiátrica caminharam juntas com a busca por uma assistência psiquiátrica mais humana e voltada para a melhoria da qualidade de vida por meio da ampliação das redes afetivas e sociais, por vezes as duas são até confundidas. A mesma foi impulsionada pela luta antimanicomial por causa das denúncias sobre violência manicomial e mercantilização da loucura.
b) Acerca do surgimento das políticas e serviços que passam a demonstrar a possibilidade de organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país;
R: O surgimento das politicas e serviços ocorreu em favor da mudança modelos de atenção e gestão nas práticas de saúde, defesa da saúde coletiva, igualdade dos serviços, e protagonista dos trabalhadores e usuários dos serviços de saúde nos processos de gestão e produção de metodologias de cuidado. Foi marcada pela luta e superação da violência manicomial, houve um grande esforço da parte dos movimentos sociais pelos direitos dos pacientes psiquiátricos. Este processo de Reforma Psiquiátrica é compreendida como maior conjunto de normas e saberes, valores culturais que teve imenso impacto na vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais e conforme avança ainda marca por seus grandes desafios a serem enfrentados, mesmo após tantasmudanças nas leis e políticas governamentais na área da saúde. 
c) Descreva os que são os CAPS, apresente suas características e demonstre porque são os articuladores estratégicos desta rede e da política de saúde mental num determinado território e as suas conexões com a rede de saúde pública.
R: Os CAPS são os Centros de Atenção Psicossocial que oferecem serviços de saúde mental graves e persistentes gratuito em todo o Brasil. Sua função é organizar a rede de atenção voltadas a pessoas com transtornos mentais, prestando atendimento diário e ajudando na inserção destas pessoas a sociedade por intermédio de ações intersetoriais. Ele atende todas as faixas etárias e inclusive aqueles que fazem uso de drogas psicoativas. E aqueles que necessitam podem procurar diretamente as unidades ou serem encaminhadas pelas unidades de saúde caso necessário, oferecem suporte social e atividades. Quem busca por esses locais deve ser bem acolhido a fim de criar-se vinculo terapêutico para melhor evolução do tratamento. A primeira unidade foi fundada em São Paulo. Esse serviço é uma substituição as internações em hospitais psiquiátricos, e tem como maior objetivo tratar a saúde mental de forma adequada. Esta reforma tem uma história própria que avança ao logo dos anos desde a década de 70.
3) Falar em Clínica Ampliada, nos remete em primeira instância a um modelo de cuidado onde o direcionamento da assistência ofertada ao usuário está para além da percepção pessoal do profissional que o acolhe. É um modelo que vem diluir a ideia de que o profissional terá sempre a razão em detrimento do saber e do desejo da pessoa que está essencialmente implicada na relação. Tomando como base as considerações teóricas sobre o processo saúde-doença discutidas em sala de aula: 
a) Explique o que é a Clínica Ampliada e apresente o porquê esta modalidade vem se constituir como um contraponto à noção de clínica praticada ainda em nossos dias;
R: A clínica ampliada é baseada no conceito de saúde integral, que se preocupa com a promoção, prevenção e reabilitação do individuo e trabalha para que o mesmo possa ter autonomia. Ela une as condições biopsicossociais com a qualidade de vida e propõe também a interação entre os profissionais e o paciente para desenvolver a proposta terapêutica. Ou seja, sua proposta é tratar o sujeito de forma integral, tratar a doença no contexto de vida em sua singularidade, o que torna este modelo mais humanizado. São utilizadas ações com a família, grupos terapêuticos e atividades físicas, o que a difere das outras clinicas. 
b) Descreva as estratégias que se apresentam para superação dessa clínica e as articulações possíveis com a intersetorialidade em saúde; 
R: Os indivíduos devem ser tratados cada um em sua particularidade para que não haja uma generalização, o ser doente não deve ser visto somente por um diagnostico por mais amplo que ele seja, pois assim ele será classificado por doença. Não há uma regra a se cumprir para que seja definido um projeto terapêutico, é necessário que as diferenças sejam levadas em consideração para que desta forma não haja limites para a intervenção. Cada ser deve ser tratado dentro das suas peculiaridades. Nem sempre a mesma conduta será o correta e eficaz para todos os casos.
A intersetorialidade na saúde coloca o indivíduo não como doente, mas como alguém que necessita ser humanizado e reconhecido dentro da sociedade, sendo necessário o fortalecimento das redes e políticas sociais que visam a integralidade do usuário. (Severo e Dimenstein, 2011).
É de extrema importância que o profissional enxergue para além da doença, pois por de trás pode haver razões imensuráveis e intrínsecas. 
c) Demonstre como a Clínica Ampliada se articula com o Sistema Único de Saúde e discorra sobre a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
R: A clínica ampliada busca unificar e articular diferentes abordagens no trabalho realizado na saúde, sendo um de seus grandes objetivos obter sucesso na elaboração do projeto terapêutico individual. Para isso é importante que haja profissionais preparados e engajados com a conscientização do individuo buscando autonomia e humanização do processo terapêutico. A união do SUS com outras autoridades competentes, instituições e outros atuando como uma rede, trabalhando no devido acolhimento dos indivíduos em sofrimento é indispensável para o bom funcionamento da clinica evitando a limitação apenas do grupo de serviços de saúde mental oferecidos somente pela própria localidade. O SUS é a porta de entrada dos usuários que buscam a tenção básica. 
A RAPS chegou propondo uma nova forma de tratar em relação a saúde mental, a partir do acesso e promoção do direito das pessoas, tendo como base a convivência dentro da sociedade. Além de mais acessível ela tem como objetivo articular ações e serviços de saúde em diferentes níveis de complexidade. Com gestão de caráter regional, vem com a esperança de consolidar um modelo de atenção aberto, de base comunitária, com a garantia da livre circulação das pessoas com problemas mentais pelos serviços, comunidade e cidade. É constituída por itens que compreendem um conjunto de ações/serviços ou pontos de atenção, dentre os quais: atenção básica à saúde, atenção psicossocial especializada, atenção de urgência/emergência, atenção residencial de caráter transitório, atenção hospitalar, estratégias de desinstitucionalização e Reabilitação Psicossocial.

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