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25/03/2024 BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES E DE RAMOS CONDUÇÃO DE ESTÍMULOS ELÉTRICOS Os impulsos são conduzidos por potenciais de ação, os quais são rápidas mudanças no potencial de membrana que se propagam rapidamente ao longo de toda a membrana da fibra. Cada potencial de ação inicia-se com uma alteração abrupta do potencial de membrana normalmente negativo para um potencial positivo, e conclui-se com um retorno quase tão rápido ao potencial negativo. O potencial de ação ocorre em um ponto específico da membrana. No entanto, quando um potencial de ação é desencadeado em qualquer parte de uma membrana excitável, geralmente estimula as áreas adjacentes da membrana, resultando na propagação do potencial de ação ao longo de toda a membrana. Princípio do Tudo ou Nada: Uma vez gerado o potencial de ação em qualquer ponto da membrana de uma fibra normal, a despolarização se propaga por toda a membrana se as condições forem adequadas, ou não se propaga de forma alguma se as condições não forem adequadas. Esse princípio, conhecido como princípio do tudo ou nada, é aplicável a todos os tecidos excitáveis normais. Em algumas ocasiões, o potencial de ação alcança uma região da membrana que não possui voltagem suficiente para estimular a área subsequente da membrana. Quando isso acontece, a propagação da despolarização é interrompida. EXCITAÇÃO — O PROCESSO DE GERAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO Essencialmente, qualquer estímulo que promova a difusão de um grande número de íons sódio para o interior da célula pode desencadear a abertura automática e regenerativa dos canais de sódio. Essa abertura automática e regenerativa pode ser resultado de distúrbios mecânicos na membrana, efeitos químicos sobre ela, ou até mesmo da passagem de corrente elétrica através da membrana. Esses mecanismos são empregados em diferentes partes do corpo para iniciar o potencial de ação em músculos ou nervos: a pressão mecânica estimula as terminações nervosas sensoriais na pele, os neurotransmissores químicos transmitem sinais de um neurônio para outro no cérebro, e a corrente elétrica transmite sinais entre as células musculares adjacentes no coração e no intestino. ESTIMULAÇÃO PARASSIMPÁTICA (VAGAL): • Diminui o ritmo cardíaco ao liberar acetilcolina, que reduz a frequência do nodo sinusal e a excitabilidade das fibras juncionais A-V. • Leva à hiperpolarização das células, tornando-as menos excitáveis. • Pode interromper completamente a excitação rítmica do nodo sinusal ou bloquear a transmissão do impulso cardíaco dos átrios para os ventrículos. • Ocorre um fenômeno chamado de "escape ventricular", onde fibras de Purkinje assumem o ritmo de contração. ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA: • Aumenta o ritmo cardíaco e a velocidade da condução, bem como a força de contração do músculo cardíaco. • Estimula os receptores adrenérgicos beta 1, aumentando a frequência cardíaca. • Aumenta a permeabilidade aos íons sódio e cálcio, acelerando a despolarização das células. • Reduz o tempo de condução entre os átrios e os ventrículos. AS VIAS INTERNODAL E INTERATRIAL TRANSMITEM IMPULSOS CARDÍACOS PELOS ÁTRIOS As vias internodal e interatrial são responsáveis por transmitir os impulsos cardíacos pelos átrios. As fibras do nodo sinusal se conectam diretamente ao tecido muscular atrial, permitindo que os potenciais de ação gerados no nodo sinusal se propaguem pelas fibras musculares atriais. Esse processo leva à disseminação do potencial de ação por todo o músculo atrial, alcançando eventualmente o nodo A-V. A velocidade de condução na maior parte do músculo atrial é aproximadamente de 0,3 m/s, mas pode chegar a até 1 m/s em pequenas faixas de tecido atrial, como a banda interatrial anterior e as vias internodais anterior, média e posterior. Essas vias possuem maior velocidade de condução devido à presença de fibras condutoras especializadas, semelhantes às fibras de Purkinje ventriculares, que são ainda mais rápidas em sua condução. O nodo atrioventricular (A-V) desempenha um papel crucial ao retardar a condução do impulso dos átrios para os ventrículos. Esse retardo é essencial para permitir que os átrios se contraiam e esvaziem seu conteúdo nos ventrículos antes que a contração ventricular comece. O nodo A-V, localizado na parede posterior do átrio direito, desacelera a transmissão do impulso cardíaco principalmente por meio de suas fibras condutoras adjacentes. Após percorrer as vias internodais, o impulso atinge o nodo A-V aproximadamente 0,03 segundos após sua origem no nodo sinusal. Em seguida, ocorre um retardo de cerca de 0,09 segundos no próprio nodo A-V, antes que o impulso alcance a porção penetrante do feixe A-V, que se estende para os ventrículos. O retardo final, de cerca de 0,04 segundos, ocorre no feixe penetrante do A-V, composto por múltiplos e finos fascículos que atravessam o tecido fibroso que separa átrios e ventrículos. Portanto, o retardo total no nodo A-V e no sistema do feixe A-V é de aproximadamente 0,13 segundos, somado ao retardo inicial de 0,03 segundos desde o nodo sinusal. Isso resulta em um retardo total de cerca de 0,16 segundos antes que o impulso excitatório finalmente atinja o tecido contrátil dos ventrículos. A causa dessa condução lenta reside, em grande parte, no reduzido número de junções comunicantes (gap junctions) entre as células das vias de condução. Isso cria uma grande resistência à passagem de íons excitatórios de uma fibra condutora para a próxima, resultando em uma ativação progressivamente mais lenta de cada célula sucessiva. INTERVALO P-R (OU P-Q) PROLONGADO — BLOQUEIO DE PRIMEIRO GRAU. Sempre que alguma coisa bloqueia o caminho dentro do feixe atrioventricular, dificulta-se a passagem do impulso elétrico do nó sinusal para o nó atrioventricular. Chamamos isso de bloqueio atrioventricular (BAV). É como se o fio que conduz a eletricidade estivesse alongado dificultando a passagem da corrente elétrica; consequentemente, atrasando o fluxo dessa corrente ao longo do fio. O intervalo usual de tempo entre o início da onda P e o início do complexo QRS é cerca de 0,16 segundo, quando o coração está batendo na frequência normal. Esse chamado intervalo P-R geralmente fica mais curto com batimentos cardíacos mais rápidos e mais longos com batimentos cardíacos mais lentos. Em geral, quando o intervalo P-R aumenta por mais de 0,20 segundo, diz-se que o intervalo P-R é prolongado e que o paciente tem bloqueio atrioventricular incompleto de primeiro grau. A figura abaixo mostra ECG com intervalo P-R prolongado; o intervalo, nesse caso, é aproximadamente 0,30 segundo, em vez de estar entre 0,12 e 0,20 segundos, que é o normal. Desse modo, o bloqueio de primeiro grau é definido como o retardo de condução dos átrios para os ventrículos, mas não como bloqueio real da condução, ou seja, para bloqueio de primeiro grau, a condução é desacelerada, sem falha de batimento. O intervalo P-R quase nunca aumento acima de 0,35 a 0,45 segundo, porque, com essa duração, a condução pelo feixe AV ficaria deprimida de tal modo que cessaria inteiramente. Uma maneira de determinar a gravidade de algumas doenças cardíacas — por exemplo, a cardiopatia reumática aguda — é a medida do intervalo P-R. BRADIARRITMIAS • Doença de lev-lenegre, isquêmica, doença de chagas • Disfunção do no sinusal • Hipersensibilidade do seio carotídeo • Bloqueios atrioventriculares TIPOS DE BLOQUEIOS BAV de 1° grau – intervalo PR prolongado progressivamente, mas sempre presente o QRS BAV de 2° grau tipo I (Mobitz I ou Wenckebach) – intervalo PR prolongado continuamente e de repente não vem o QRS BAV de 2° grau tipo II (Mobitz II) – ocorre uma falha súbita e intermitente, com intervaloPR fixo BAV de 2° grau 2:1 e avançado – duas ondas P pra 1 QRS. Se for avançado ele é 3 ou mais pra cada QRS BAV de 3° grau – ou total, é quando tem uma dissincronia total entre átrio e ventrículo. Precisa passar marcapasso o mais rápido possível BLOQUEIOS DE RAMO DIREITO • QRS alargado com duração > ou = 0,12s • Desvio de eixo pra frente → QRS positivo em V1 • Morfologia rSR’ em V1, com R’ empastado • Onda S empastada em D1, aVL, V5 e V6 • Ondas qR em aVR, com R empastada • Onda T assimétrica em oposição ao QRS • Eixo do QRS variável, tendendo para a direita no plano frontal BLOQUEIOS DE RAMO ESQUERDO • QRS alargado, com duração > ou = 0,12s • Ausência de q em D1, aVL, V5 e V6 (“perda” do primeiro vetor septal) • Ondas R alargadas e com entalhes e/ou empastamentos em D1, aVL, V5 e V6 • Ondas R com crescimento lento de V1 a V3, podendo ocorrer QS • Ondas S alargadas e com espessamento e/ou entalhes em V1 e V2 • Deflexão intrinsecoide em V5 e V6 > ou = 0,05s (do inicio do QRS até o pico da onda R) • Eixo elétrico entre -30° e +60° • Depressão de ST e inversão da onda T em relação ao QRS INDICAÇÃO PARA MARCAPASSO DEFINITIVO BAV adquirido de 2 grau mobitz II, avançado ou de 3 grau, irreversível, independentemente da ocorrência de sintomas FA permanente e bradicardia sintomática BAV secundário a fármacos necessários e insubstituíveis... BRADIARRITMIAS As bradiarritmias são as arritmias cardíacas nas quais a frequência cardíaca está abaixo de 60bpm. Elas podem ser divididas entre benignas ou malignas e seu tratamento varia muito conforme cada tipo de traçado visto eletrocardiograma e conforme a clínica de paciente. Para identificarmos cada tipo de bradiarritmia, é importantante sistematizarmos a análise do eletrocardiograma (ECG). Existem várias sistematizações para se analisar o ECG. Porém, nesse post, vamos focar nas bradicardias, logo, são só 3 passos principais que vocês devem seguir! 1º PASSO: Analise a frequência cardíaca Você precisa definir se o paciente está com bradicardia mesmo ou não. Ou seja, se a frequência se encontra menor que 60 bpm. Porém, elas normalmente geram repercussões clínicas se frequência cardíaca baixar para valores menores que 50 bpm. 2º PASSO: Analisar onda P Primeiro passo é observar se é possível a onda P é facilmente visível e se TODA onda P antecede um complexo QRS, se sim, pode ficar tranquilo! Você está diante de uma bradicardia benigna!! Outro fator importante é saber se o ritmo é sinusal ou não. Se sinusal, a onda P estará positiva em D1 e D2. 3º PASSO: Observe o intervalo PR! O intervalo PR normal vai de 120ms até 200ms (3 a 5 quadradinhos). Alguns bloqueios atrioventriculares aumentam o intervalo PR, ou seja, ficam maiores que do que 5 quadradinhos (ou 1 quadradão). TIPOS DE BRADIARRITMIAS 1° tipo de bradiarritmias: Bradicardia sinusal Bradicardia sinusal é um ritmo lento (FC <60 bpm), com onda P facilmente visível, positiva em D1 e D2, antecedendo todo QRS (que é estreito), RR regular e intervalo PR menor que 200ms. Ou seja, é um ritmo normal, cuja única diferença é frequência cardíaca diminúida. 2° tipo de bradiarritmias: Bloqueio atrioventricular de 1º grau (BAV 1º grau) O BAV de 1º grau é uma bradiarritmia benigna. A frequência está menor que 60 bpm, TODAS as ondas P antecedem um complexo QRS. O que existe é um atraso na condução, ou seja, o intervalo PR é MAIOR que 200ms. 3° tipo de bradiarritmias: Bloqueio atrioventricular de 2º grau (BAV 2º grau) É considerado um bloqueio verdadeiro, já que, existem algumas ondas P que não produzem QRS, ou seja, existem contrações atriais que não geram ventriculares. Porém, quando produzem QRS elas sempre se encontram antecendendo o QRS! São divididos em Mobitz I, Mobitz II, BAV 2:1 e BAVT BAV 2º grau Mobitz I A característica do Mobitz I é o intervalo PR alarga progressivamente pra então falhar e não produzir QRS. Ou seja, o intervalo PR não é constante! É uma bradicardia benigna. BAV 2º grau Mobitz II O intervalo PR são alargados, porém são fixos! É como se você tivesse um PR constante até chegar um momento que a onda P é bloqueada e não produz complexo QRS. É uma bradicardia maligna! BAV 2:1 Um dos bloqueios que mais confundem a cabeça de todo mundo (por confundir bastante com BAVT), porém depois que você entende como funciona, fica fácil! A cada duas ondas P apenas uma produz complexo QRS. Na imagem, cada complexo QRS se situa entre duas ondas P. O que complica bastante é que a onda T pode ser confundida com uma onda P e você achar que a condução tá totalmente anárquica, como num BAVT. Uma dica para não se confundir com isso é analisar a amplitude das ondas. Cada onda tem sua amplitude em cada derivação. Não temos como definir se o BAV 2:1 é um Mobitz I (que tá bloqueando logo na segunda onda P) ou um Mobitz II. O que nos faz diferenciar é se a atropina for efetiva na reversão da arritmia. Normalmente, elas só se revertem nas bradicardias benignas. Logo, se não reverter é um Mobitz II (bem mais comum de ser), e vice-versa. BAV Avançado Alguns autores costumam designar a classificação de BAV avançado. que é quando há uma sequência de ondas P bloqueadas seguidamente. Várias ondas P sem gerar um complexo QRS. Também é uma bradicardia maligna. Bloqueio Atrioventricular de 3º grau ou Total (BAVT) Um ritmo completamente anárquico! O átrio bate em uma frequência, o ventrículo em outra. Há uma dissociação, o ventrículo assume a resposta geradora de choque, produzindo seu próprio estímulo. Melhor forma de ver é pedindo DII longo. A importância do DII longo se dá, pois conseguimos ver agora a assincronia, que cada um está no seu ritmo. Aqui sabemos que existe onda P pelas características morfológicas da mesma (Pois ela é simétrica, enquanto a T é mais alta e assimétrica. Os ritmos que possuem QRS largo são ruins. Deve-se colocar marca-passo, pois o ritmo é um acelerador de morte súbita: Portanto, nos ritmos ventriculares com bradicardias. RITMO DE ESCAPE VENTRICULAR Existem outros ritmos de escape, porém esse é o mais perigoso. O nó sino atrial e o nó átrio ventricular perderam totalmente sua função e agora quem dita o ritmo cardíaco são algumas células miocárdicas dos ventrículos. É marcado por frequências cardíacas BASTANTE reduzidas, ausência de onda P e alargamento do complexo QRS. CONDUTA DAS BRADIARRITMIAS NA EMERGÊNCIA Diante do todo paciente na emergência o inicial é checar se o paciente está ESTÁVEL ou INSTÁVEL. Ou seja, devemos mover o paciente: • Monitorização contínua; • Oximetria; • Venóclise. Lembrar também que se o paciente estiver sem pulso deve-se prosseguir para a conduta em Parada Cardiorrespiratória. Existe um método mnemônico para memorizar de forma simples do paciente com alguma arritmia instável: são os 4Ds da instabilidade. 1. A Diminuição do nível de consciência 2. A Dispneia (com sinais de congestão pulmonar) 3. O Desconforto torácico (dor de caráter anginoso) 4. A Diminuição da pressão arterial (PAS < 90 mmHg, perfusão de extremidades reduzida, palidez cutânea, pele sudorética). Bradicardia + paciente estável No paciente que não tem nenhum critério de instabilidade, porém tem uma bradicardia, deve-se realizar um ECG em 12 derivações. No caso de o paciente apresentar algum tipo de bradiarritmias, como a bradicardia sinusal ou outra https://www.sanarmed.com/parada-cardiorrespiratoria-pcr-como-voce-deve-agir-posme https://www.sanarmed.com/parada-cardiorrespiratoria-pcr-como-voce-deve-agir-posme bradicardia benigina: deve-se procurar a causa base! Já nos casos de bradicardia maligna, deve-se considerar avaliação com especialista e necessidade de marcapasso transvenoso. Bradicardia + paciente INSTÁVEL Quando o paciente apresenta bradiarritmias e estáinstável, deve-se ser ligado o alerta! O paciente pode evoluir para parada cardiorrespiratória. Primeira linha de tratamento: A conduta inicial é ofertar oxigênio e iniciar atropina! Atropina: 0,5mg, EV, em bólus. Pode repetir a cada 3- 5 min até um total de 3mg Qual o pulo do gato da atropina? • Primeiro: se o paciente não retornar a ritmo sinusal na primeira ou na segunda dose ir para segunda linha de tratamento! Não é necessário complementar o total de 3mg de atropina, até porque isso demorará no mínimo 18 minutos, o que pode ser um grande problema do paciente. • Segundo: geralmente bradiarritmia maligna não reverte com atropina, logo deve- se ir preparando o tratamento de Segunda linha de tratamento A terapia de primeira linha não funcionando, devemos ir para terapia de segunda linha de tratamento das bradiarritmias, que consiste em três das seguintes: 1. Adrenalina 2-10 mcg/min, EV 2. Dopamina 2-10 mcg/kg/min, EV 3. Marcapasso transcutâneo Não existe comprovação na literatura do benefício de um sobre o outro. O que devemos ter em mente é que: TODO paciente que necessitou de terapia de segunda linha deve ser encaminhado para o marcasso transvenoso e consulta com especialista. Na prática, é mais comum a utilização do marcapasso transcutâneo, por isso trazemos para você o passo a passo! HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 1 terço da população brasileira é hipertensa. HAS é uma condição clinica definida por valores persistentemente elevados de pressão arterial (HAS). Se não devidamente controlada gera repercussões sistêmicas, causando lesões estruturais e/ou funcionais em órgãos-alvo HAS é o principal fator de risco modificável para eventos cárdio (IAM) e cérebro-vasculares (AVC) Importante problema de saúde publica FISIOPATOGENIA DA HAS A regulação da pressão arterial (PA) é uma das funções fisiológicas mais complexas do organismo, dependendo das ações integradas dos sistemas cardiovasculares, renal, neural e endócrino. A hipertensão arterial (HA) parece ter uma causa multifatorial para sua gênese e manutenção. A investigação de sua fisiopatologia requer conhecimento dos mecanismos normais de controle da PA, a fim de buscar evidências de anormalidades que precedem a elevação da PA para níveis considerados patológicos. A pressão arterial é determinada pelo produto do débito cardíaco (DC) e da resistência vascular periférica (RVP). Em indivíduos normais e portadores de hipertensão arterial essencial, há uma variação do DC e da RVP em resposta a um determinado nível de pressão arterial. Essa heterogeneidade é observada tanto em condições de repouso quanto em situações de estímulo. O débito cardíaco é influenciado pela contratilidade e relaxamento do miocárdio, volume sanguíneo circulante, retorno venoso e frequência cardíaca. Enquanto isso, a RVP é afetada por diversos mecanismos vasoconstritores e vasodilatadores, como o sistema nervoso simpático, o sistema renina-angiotensina e a modulação endotelial. Além disso, a espessura da parede das artérias também influencia a RVP, havendo uma potencialização ao estímulo vasoconstritor em vasos com espessamento das paredes. Em muitos pacientes com hipertensão arterial, a elevação da pressão arterial ocorre devido ao aumento da RVP, enquanto em outros, o aumento do DC é o principal responsável pela hipertensão arterial. No ser humano, o sistema rim-líquidos corporais desempenha um papel fundamental no controle a longo prazo da pressão arterial A quantificação da diurese de pressão serve como base para entender o controle da pressão arterial. A Figura a seguir ilustra o efeito médio aproximado de diferentes níveis de pressão arterial sobre o volume do débito urinário no rim isolado, demonstrando um aumento acentuado quando a pressão se eleva. Esse aumento é conhecido como diurese de pressão. A curva representada nessa figura é denominada curva da função renal ou curva do débito urinário renal. No ser humano, em pressões arteriais de 50 mmHg, o débito urinário é praticamente nulo. Sob 100 mmHg, o débito urinário é normal, enquanto sob 200 mmHg, é cerca de seis a oito vezes maior que o normal. Além disso, o aumento da pressão arterial não apenas aumenta o débito urinário, mas também provoca uma elevação aproximadamente igual na eliminação de sódio, conhecida como natriurese de pressão. 1. Hipertensão e aumento do débito cardíaco: • Alguns pacientes hipertensos, principalmente os mais jovens, exibem uma condição conhecida como hipertensão hiperdinâmica. Nesse grupo, há um aumento do débito cardíaco acompanhado de uma redução na resistência vascular periférica. Isso pode se manifestar por taquicardia em repouso, elevação da pressão arterial sistólica e aumento do volume de ejeção. Embora não haja uma estimativa precisa da prevalência dessa condição, estima-se que ela represente menos de 5% dos pacientes com HA essencial. Acredita-se que essa condição possa ser resultado de um excessivo estímulo ao sistema nervoso simpático no miocárdio. Esses pacientes geralmente respondem bem ao tratamento com medicamentos como β-bloqueadores e inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA). 2. Hipertensão e aumento da resistência vascular periférica: • Pacientes com HA maligna ou acelerada, por outro lado, geralmente apresentam uma vasoconstrição arteriolar severa, o que resulta em um aumento significativo da resistência vascular periférica. Nesses casos, o débito cardíaco pode ser normal ou até mesmo reduzido, e o volume sanguíneo pode estar reduzido em até 30-40%. A vasoconstrição intensa nesses pacientes é mediada pelo aumento da atividade do sistema nervoso simpático e do sistema renina- angiotensina, podendo estar associada à falha do endotélio em promover vasodilatação compensatória. 3. Alterações hemodinâmicas mistas: • A maioria dos pacientes com HA essencial apresenta uma combinação de aumento do débito cardíaco e da resistência vascular periférica. Esse perfil hemodinâmico é mais comum em pacientes mais idosos, enquanto os mais jovens tendem a ter um aumento predominante do débito cardíaco. Em pacientes com feocromocitoma ou hipertensão renovascular, o excesso de catecolaminas ou angiotensina II induz um aumento proporcional tanto do débito cardíaco quanto da resistência vascular periférica. 4. Mecanismos neurais: • O sistema nervoso autônomo desempenha um papel importante no controle da pressão arterial, e sua disfunção pode contribuir para o desenvolvimento e manutenção da hipertensão. Evidências sugerem que pacientes com HA essencial podem apresentar uma hiperatividade do sistema nervoso simpático, o que pode resultar em aumento do débito cardíaco e da resistência vascular periférica. Em situações normais, espera-se que a elevação da PA seja acompanhada de redução da freqüência cardíaca. Entretanto, muitos pacientes com HÁ essencial apresentam freqüência cardíaca de repouso mais elevada que o normal. Isso pode sugerir alterações na sensibilidade dos baroreceptores nos pacientes com HA . Além disso, vários estudos têm demonstrado aumento na liberação, sensibilidade e excreção de norepinefrina em hipertensos Drogas antiadrenérgicas têm sido eficazes na redução da pressão arterial em muitos pacientes, destacando o papel desse sistema na fisiopatologia da HA. SRAA O sistema renina-angiotensina desempenha um papel crucial na regulação da pressão arterial (PA) e do equilíbrio hídrico no organismo. A renina, uma enzima produzida pelas células justaglomerulares dos rins, é liberada em resposta a vários estímulos, incluindo a redução do fluxo sanguíneo renal, contração do volume intravascular, restrição de sódio na dieta, estímulo β- adrenérgico renal e redução nos níveis plasmáticos de aldosterona.A renina atua sobre o angiotensinogênio, uma proteína produzida pelo fígado, convertendo-a em angiotensina I. Esta, por sua vez, é transformada em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (ECA), principalmente nos pulmões. A angiotensina II tem múltiplas ações, incluindo a vasoconstrição, liberação de aldosterona pelas glândulas adrenais, liberação de catecolaminas pela medula adrenal e estímulo da ingesta de líquidos através do cérebro. Essas ações da angiotensina II funcionam como uma defesa do organismo, aumentando a resistência vascular periférica e promovendo a retenção de sódio e água, o que contribui para a elevação da PA. No entanto, esse sistema também opera com um mecanismo de feedback negativo, onde o excesso de angiotensina II inibe a liberação de renina. Além do clássico sistema renina-angiotensina endócrino, estudos recentes têm demonstrado a existência de vias alternativas de produção de angiotensina II em vários tecidos, incluindo o coração, paredes dos vasos sanguíneos, cérebro, ovários, glândulas salivares, útero e fígado. Essa produção local de angiotensina II pode desempenhar um papel importante em processos como a regulação da síntese proteica muscular, hipertrofia vascular ou cardíaca, e em outras funções celulares específicas. A mensuração da atividade plasmática da renina não apenas auxilia na classificação do tipo de hipertensão arterial, mas também é importante para avaliar condições como hiperaldosteronismo primário e estenose de artéria renal. Níveis elevados de atividade plasmática da renina podem indicar supressão do sistema renina-angiotensina, enquanto níveis baixos estão associados a condições como hiperaldosteronismo e estenose de artéria renal. A angiotensina II não atua apenas em seus órgãos-alvo clássicos, mas também modula as ações de outras substâncias vasoativas, como os hormônios adrenérgicos, peptídeos atriais, neuropeptídeo Y, endotelina, bradicinina e prostaglandinas. Ela pode influenciar várias funções hemodinâmicas locais, como a regulação da produção de óxido nítrico e bradicinina no endotélio, afetando assim o equilíbrio hemodinâmico e a função cardiovascular. ADH O hormônio antidiurético (ADH), também conhecido como arginina-vasopressina (AVP), desempenha papéis fundamentais no controle da excreção de líquidos pelo organismo. Para entendermos sua função e regulação, é importante explorar sua origem, os estímulos que levam à sua secreção e suas múltiplas ações. PRODUÇÃO E REGULAÇÃO DO ADH: O ADH é produzido no hipotálamo, mais especificamente nos núcleos paraventricular e supraóptico. Ele é então transportado através dos axônios até a neuro-hipófise, onde é armazenado e secretado. Sua liberação é regulada por diversos estímulos. • Concentração Osmótica: Quando a osmolaridade do plasma aumenta, os osmorreceptores detectam essa mudança e estimulam o hipotálamo a produzir ADH. Esse hormônio atua para corrigir essa alteração, inibindo a diurese e promovendo a reabsorção de água. • Redução da Pressão Arterial: Sensores no seio carotídeo detectam quedas na pressão arterial e sinalizam para o hipotálamo aumentar a liberação de ADH. Isso ajuda a elevar a pressão arterial por meio da vasoconstrição. • Redução da Volemia: A diminuição do volume sanguíneo circulante, detectada pelos receptores de estiramento nos átrios cardíacos, estimula a liberação de ADH para aumentar a reabsorção de água e, assim, restaurar a volemia. AÇÕES DO ADH: O ADH desempenha diferentes funções de acordo com os receptores que ele ativa: • V1A (vasopressina 1A): Responsável pela vasoconstrição dos vasos sanguíneos, o que ajuda a elevar a pressão arterial. • V2 (vasopressina 2): Atua nos túbulos renais, especificamente nos túbulos distais finais e coletores, para promover a reabsorção de água. Isso ocorre pela inserção de aquaporinas na membrana luminal, permitindo que a água seja reabsorvida para o sangue. DISTÚRBIOS RELACIONADOS AO ADH: Diabetes Insipidus: Pode ocorrer devido à deficiência de ADH (neurogênico) ou resistência renal ao ADH (nefrogênico), resultando em poliúria, polidipsia e desequilíbrios hidroeletrolíticos. Síndrome Inapropriada de ADH: Caracterizada pelo excesso de ADH, pode levar à retenção excessiva de água, redução do volume urinário, hiponatremia dilucional e outros sintomas. VASOPRESSINA OU ADH • Sintetizado nas células neuroendócrinas do hipotálamo • Armazenados na neurohipófise • Pequeno peptídeo de nove aminoácidos • Principais reguladores → osmolaridade e volume • Nicotina estimula e etanol inibe MÉTODOS DIAGNÓSTICOS MAPA → monitorização ambulatorial da pressão arterial MRPA → monitorização residencial da pressão arterial PA com um monitor (aparelho) validado, calibrado e automático, do 2° ao 5° dias Medidas pela manha e a noite, em ambiente silencioso, após 3 minutos de repouso e paciente sentado Subida de pressão noturna diagnostica apneia do sono, porque o normal é a pressão cair abaixo de 120 durante o sono. O QUE É? Hipertensão do avental branco (HAB) – da alta no consultório e baixa no dia a dia Hipertensão mascarada (HM) – no consultório da normal e em casa da alta Normotensão verdadeira – pressão normal tanto no consultório quanto em casa Hipertensão sustentada (HS) – pressão alta tanto em casa quanto no consultório ACHADOS NO ECG Sinais de sobrecarga atrial esquerda Sinais de sobrecarga ventricular esquerda Onda P com duração aumentada >120ms (3 quadradinhos) Onda P bífida e entalhada (distancia entre os picos da onda P entalhada maior ... QUAIS OS SINAIS DE SVE Sokolow-lyon → S em V1 +R em V6 > 35mm... TRATAMENTO ADEQUADO A redução de 20mmHg da PA sistólica é capaz de reduzir em: • 40% a mortalidade por DAC • 50% a mortalidade por AVC • 47% as mortes por IC TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO Controle do peso e da circunferência abdominal Exercícios → 30 minutos por dia (ou fracionada) de 5 a 7... OCTETO MEDICAMENTOSO PARA TRATAMENTO DA HAS 1. Tiazídicos (hidroclorotiazida, melhor dar no max 25mg, porque em doses baixas assim ele tambema caba exercendo um efeito sobre os receptores alfa-1- b, então melhor associar algum outro medicamento do que aumentar a dose de hidrocloro. Paciente com mais de 2 de creatinina não pode hidrocloro nem espironolactona, ai passa o furosemida) 2. Inibidores do sistema renina angiotensina aldosterona (IECA, BRA – sempre escolher entre um ou outro, nunca os dois juntos, pois agem no mesmo mecanismo, na mesma cascata, então pode dar síndrome serotoninérgica) 3. Bloqueador de canal de cálcio (anlodipino – dihidropinidinicos – maior efeito colateral é o edema de membros inferiores, por causa da dilatação das arteríolas e não dilatação de vênulas, então sangue sai mas a vênula não traz de volta, então da edema, tem que associar com ieca ou diurético) 4. Espironolactona (paciente com insuficiência renal não pode, porque retem potássio) 5. Beta bloqueador (contraindicação absoluta é a asma refrataria. E é dose dependente. Propranolol é o único que passa a barreira hematoencefálica, então é bom pra quem tem enxaqueca. Paciente com síndrome do QT longo é o melhor antiarrítmico que tem. O atenolol é menos seletivo, da mais chiadeira pra quem tem bronquite. Mevibolol é melhor pra quem tem bronquite, ele induz oxido nítrico, é mais caro, mas é muito melhor pra usar. Carvedilol tem mais efeito na força do coração, então usa mais na IC, mas ele da chieira também) 6. Alfa-2-A (pra gravida) 7. Alfa-1-B (remedio de próstata) 8. Vasodilatador (da muita taquicardia, é usado em ultimo caso) 01/04/24 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR TORÁCICA E SINDROME CORONARIANA SEM SUPRA DE ST Doença que mais mata no mundo. Importantesaber abordar o paciente. Na base da pirâmide de HAS a gente escolhe um anti- hipertensivo, ou HAS 2 associa diurético com BRA ou diurético com IECA ou diurético com BCC, ou pode lançar mão de um BB, mas a gente sabe que na base da pirâmide são os mais importantes e eficazes. Agora saiu um novo medicamento que é inibidor de endotelina mas ainda não esta sendo comercializado no brasil. Causa mais importante de morte no mundo todo. Miocárdio da arritmia em fase aguda. Uma placa de gordura que vai gerar todo esse infarto. A gente tem os vasos, as artérias que nada mais são do que encanamento, só que elas tem a camada endotelial, a media e a adventícia que vai juntar com outros vasos, a endotelial é formada por células justapostas, o endotélio. Além de entrar dentro da camada interna e ser uma proteção ele produz oxido nítrico e endotelina, so que com a idade, a parte interna os endotélios e os revestimentos também enrugam, envelhecem, então a idade é um fator de risco não modificável. Além da idade, outro fator não modificável é a genética, com sexo e características raciais. Se a gente sabe que tem a genética, temos que proteger pra isso, e a gente pode proteger modificando hábitos de vida, os fatores modificáveis, além de algumas doenças, e uma delas é a hipertensão, que vai lesando o vaso com a pressão alta, além de romper o epitélio vai fazendo aneurismas nos vasos, e se lesa isso, entra e vai formando placa e depositando cada vez mais. Entrou gordura dentro do endotélio, os monócitos migram e vão começar a engolir a gordura, isso chama célula espumosa, ai vai crescendo, vai crescendo e ai é como se rompesse e entra plaqueta, e ai a plaqueta entope o vaso, não deixa passar o fluxo de sangue, obstrui a artéria. Ocorre um desbalanço da demanda e se não abrir na hora o paciente morre ou vai ficar sequela. ETIOLOGIA Fatores de risco modificáveis • Dislipidemia • Hipertensão arterial • Diabetes mellitus • Tabagismo • Obesidade • Sedentarismo • Estresse Fatores de risco não modificáveis • Idade • Genética (sexo masculino e histórico familiar) FISIOPATOLOGIA DA ISQUEMIA Rotura de vaso expõe o trombo e ai tem que desobstruir a artéria e rápido. Mas tem outra situação que não da trombose na artéria. Há um aumento da demanda do coração, como exercício físico muito intenso, ou paciente com metrorragia. Esse desbalanço entre a demanda e a oferta de O2 que causa. Paciente com dor precordial, mas ECG normal, mas quando fez CAT viu placa pequena e anemia grande, esse desequilíbrio entre oferta e demanda causa isso. Em vez de obstruir de dentro pra fora é como se apertasse de fora pra dentro, esse é o IAM tipo 2. O IAM tipo 1 é o que mais da supra. Demanda – frequência cardíaca, contratilidade e tensão parietal Oferta (fluxo coronariano) – obstrução, espasmo, tempo de diástole, autorregulação local e anemia DIAGNÓSTICO Dor torácica é o sintoma mais comum de angina e IAM. Cerca de 2 milhões de pessoas/ano procuram serviço médico no Brasil devido a dor torácica. A prevalência de SCA nesses pacientes varia de 12 a 25%. Em sua maioria, a etiologia é musculoesquelética, esofágica, respiratória ou psicológica. Nesse contexto, fatores de risco, comorbidades, exame físico e métodos diagnósticos ajudam para a correta interpretação. DOR TORÁCICA TIPO A → definitivamente anginosa. Dor/desconforto retroesternal, geralmente precipitada pelo esforço físcio, podendo irradiar para ombro, mandíbula ou face interna do braço, com duração de alguns minutos e aliviada por repouso ou nitrato em menos de 10 minutos TIPO B → provavelmente anginosa. Tem a maioria, mas não todas as características da dor tipo A TIPO C → provavelmente não anginosa. Tem poucas características da dor definitivamente anginosa TIPO D → definitivamente não anginosa. Nenhuma característica da dor anginosa, mesmo se localizada em região precordial ou retroesternal SÍNDROME CORONARIANA AGUDA Conjunto de sinais e sintomas. Doença resultada de uma insuficiência coronariana aguda que pode apresentar-se de 3 formas: • Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST • Infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST • Angina instável Dor tipo A – ECG em 10 minutos. Tempo porta agulha – 30 minutos (trombolizar com alteplase ou actilise – fazer só se não puder fazer CAT em 90 min). Tempo porta balão – 90 min – CAT (trata e diagnostica) – passar o balão onde está a obstrução. O limite de tempo de transporte/ transferência é de 2h Dor no peito e eletro normal – IAM sem supra ou angina instável. Nesse caso, mesmo se for dor tipo B ou C não pode liberar, tem que pedir troponina. Se tiver supra: trombólise ou dilatar. Se o medico puder chegar em 1h espera ele chegar, pois tem o tempo balão. Trombolizar em 30 min, se faz CAT logo em seguida tem risco de sangrar. Depois de trombolizar o supra cai pela metade e a dor melhora A principal etiologia da PCR extra-hospitalar em adultos é a síndrome coronariana aguda. Por isso a importância do manejo otimizado. IAM COM SUPRA DE ST (IAMCSST) Oclusão de artéria coronária. Tempo é musculo! Objetivo é abrir a artéria o mais rápido possível para reestabelecer o fluxo de sangue. Tem que agir rápido, abrir a artéria, seja por medicamento ou CAT. Angioplastia é preferível do que a trombólise porque identifica a artéria pelo CAT e dai balona. Se tiver mais de 2 ou 3 artérias tem indicação de stent. Sempre trata a artéria culpada e não mexe nas outras. IAM SEM SUPRA DE ST (IAMSSST) Dor torácica ou equivalente isquêmico com elevação de troponina. Geralmente lesão importante em artéria coronária (acima de 70%). Todos os casos devem ir para o CAT porque o tempo é variável e depende do quadro clinico. Tem que ver o ponto J. se a dor é típica, mas sem supra, não se faz trombólise, faz troponina. Onda Q muito grande em aVF – infarto inferior. Onda Q patológica é quando fica 1/3 maior do que o QRS 1. Abrir protocolo de dor 2. Se continuar dor = fazer protocolo de CAT Dor torácica com elevação de troponina = infarto com supra 1. 3 AAS 2. Nitrato se não tiver hipotenso 3. Morfina para a dor 4. Sala vermelha MONA = MOrfina Nitrato Aas Cuidado com viagra, não pode tomar viagra Infarto com supra faz protocolo CAT Infarto sem supra faz protocolo e seria troponina e repete ECG de 2 em 2h ou antes se dor ANGINA INSTÁVEL A angina instável é a dor mesmo em repouso. Pode ter sido desencadeada por exercício, mas mantem em repouso. Na angina a troponina é negativa. Angina instável não pode liberar, tem sempre que repetir o eletro uma vez quando chega e antes de liberar também, além de manter em observação por 9h. • Dor torácica ou equivalente isquêmico sem elevação de troponina • Alto risco x risco moderado x baixo risco • Estratificação de acordo com a classificação de risco → artéria claudicando. Investigar sempre! Dor atípica: mnemônico (PEDIR) = dores que matam P = pneumotórax. Paciente com 18 anos por exemplo, é difícil ser infarto, mas pode ser um pneumotórax (entre a pleura e o pulmão – ruptura). Tem que drenar com urgência. A dor é quase igual de infarto E = embolia pulmonar. Da no ECG = patognomônico = ritmo com taquicardia sinusal, onda P taquicardica sinusal. Dor torácica. D = dissecção aguda de aorta. Quando tem aneurisma de aorta, a aorta dilata por muita pressão alta dai a aorta dilata e a maior causa de HAS ou colesterol. Dai entra na aorta, disseca e forma uma falsa luz. Dá falta de pulso nos MMII ou dissimetria de pulso. I = IAM R = rotura de esôfago ou espasmo esofágico S = síndrome de tietze = dor muscular – palpa de doi EXAMES COMPLEMENTARES Eletrocardiograma de 12 variações em até 10 minutos (sempre realizar derivações V3R, V4R, V7 e V8). Supradesnivel de ST,infradesnível de ST, inversão simétrica de onda T, bloqueio de ramo esquerdo novo podem definir quadros agudos. Presença de área inativa pode definir SCA prévia ECG normal não exclui SCA!!! Infarto de ventrículo direito dá imagem em espelho. O tratamento é soro fisiológico CRITÉRIOS ELETROCARDIOGRÁFICOS PARA SCA Supradesnivelamento de segmento ST → elevação nova do segmento ST no ponto J em pelo menos 2 derivações contiguas anatomicamente maior ou igual a 1mm (exceto em V2-V3 onde o supra deve ser maior ou igual a 2mm) Infradesnivelamento de segmento ST → depressão do segmento ST maior ou igual a 0,5mm em duas derivações contiguas anatomicamente Onda T → inversão da onda T maior ou igual a 1mm em duas derivações contiguas anatomicamente com onda R proeminente. Onda T apiculada pode representar fase aguda de oclusão coronariana EXAMES COMPLEMENTARES Rx de tórax → costuma ser normal nos casos de IAM. Muito útil para diagnostico diferencial com outras patologias como dissecção aguda de aorta, tromboembolismo pulmonar, pneumotórax, pneumonia, etc. Exames para detecção de isquemia em casos duvidosos (TE, EcoStress, cintilografia) ECG deve ser feito em 10 minutos. Pacientes com suspeita de SCA, porém sem critérios eletrocardiográficos de infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAMCSST) podem apresentar ECG normal ou alterações inespecíficas em 1/3 dos casos. Se troponina positiva → IAMSSST Os marcadores de necrose miocárdica são necessários → troponina: altera de 2 a 4h Troponina de alta sensibilidade altera de 1 a 2h CK MB altera de 4 a 6h porem normaliza de 48 a 72h (melhor marcador de reinfarto) PROTOCOLO DE DOR TORÁCICA Monitorização por no mínimo 9h • Avaliação clinica 3/3h e se dor/ alteração de quadro clinico • ECG 3/3h e se dor/alteração de quadro clinico • Marcadores de necrose (admissão e 6 a 9h depois) Se positivo = tratamento SCA Se negativo = considerar TE ou cintilografia com estresse • Se deu positivo = tratamento SCA • Se deu negativo = descartar SCA MEDIDAS GERAIS Sala de emergência Monitorização continua de ritmo cardíaco e sinais vitais Suporte de oxigênio – S/N Acesso venoso OXIGÊNIO Oxigênio so se saturação abaixo de 90. Hipoxemia agrava isquemia coronariana, aumentando a lesão miocárdica Indicado em saturação abaixo de 90, congestão pulmonar ou desconforto respiratório Se usado de maneira desnecessária e prolongada, pode resultar em vasoconstrição sistêmica e aumento da PA, reduzindo debito cardíaco ANALGESIA Controle adequado da dor pode reduzir o consumo miocárdico Nitratos são a primeira escolha: venodilatadores, diminuindo a prá-carga e vasodilatadores coronarianos Morfina é uma opção Contraindicações – hipotensão, infarto de VD, uso de sildenafil e similares (viagra) TERAPEUTICA ANTITROMBÓTICA Terapia anti-plaquetária + anticoagulação → conduta de primeira linha na SCA Racional → inibição duas vezes mais potente Antagoniza cascata de trombose em atividade e facilita a intervenção primária percutânea (ICP) ÁCIDO ACETILSSALICILICO AAS dissolve rápido → 3 AAS sublingual – se for AAS prevent ou tamponado = mastigar Redução de 23% da mortalidade Ataque de 150-300mg e manutenção de 75-100mg Utilizar em todos os casos de SCA Bloqueia a formação de tromboxano A2 interferindo no metabolismo do acido araquidônico e da COX-1 Contraindicações – hipersensibilidade, úlcera péptica ativa, discrasia sanguínea CLOPIDOGREL Em infarto com supra não da clopidogrel. Deixa pra fazer dentro da hemodinâmica, pois se da clopidogrel não pode fazer CAT Segundo antiagregante de escolha durante muito tempo Diminuição de mortalidade em desfecho combinado em SCA (estudos CLARITY, COMMIT e CURE). Cure → diminuiu 20% com associação (AAS) de reinfarto e AVCi Inibidores de ADP devem ser utilizados em todos os casos de SCA Ataque de 300mg a 600mg e manutenção de 75mg ao dia Alguns pacientes apresentam resistência a medicação, sua meia vida é longa, etc Da AAS + clopidogrel (4 comprimidos de 75mg) = idoso não dá 4, só 1. Mas apenas em IAM sem supra e angina instável. PRASUGREL Inibidor do receptor de ADP P2Y12 Estudo TRITON: redução de novo IAM e trombose de stent, porem com aumento do numero de sangramentos maiores Ataque de 60mg e manutenção de 10mg/dia Deve ser utilizado apenas com anatomia coronariana conhecida Evitar medicação se – idade >75 anos ou peso <60kg ou AIT/AVC prévio HEPARINAS Enoxaparina preferível em relação à heparina não fracionada Redução de mortalidade (estudo EXTRACT TIMI 25) Evitar crossover das heparinas (aumento de mortalidade) HNF mais usada quando a investigação invasiva precoce é necessária Você vai dar heparina se o paciente for pra CAT logo, pois demora assim como clopidogrel dai atrapalha CAT BETABLOQUEADORES Reduzem FC, PA e contratilidade cardíaca, diminuindo o consumo miocárdico de oxigênio Deve ser iniciado após a admissão do paciente caso não haja contraindicações Alvo é manter FC em torno de 60bpm Redução de mortalidade na era pré reperfusão Contraindicações – sinais de insuficiência cardíaca e/ou baixo débito, bradicardias e bloqueios consideráveis, sibilos na ausculta pulmonar IECA Deve ser introduzido assim que possível no contexto de SCA em pacientes portadores de HAS, DM ou disfunção de VE Demonstrou redução de mortalidade em pacientes com doença arterial coronariana estável (estudos HOPE e EROPA) Alternativa seria betabloqueadores da angiotensina II ANTAGONISTA DA ALDOSTERONA Espironolactona Indicada em casos de IAM com FEVE < 35% e sintomas de IC ou portadores de DM Redução de mortalidade (estudo EPHESUS) ESTATINAS Estatinas de alta potência são indicadas em todos os casos de SCA Rosuvastatina 20mg ou atorvastatina 40mg Redução de mortalidade (estudos PROVE, IT, Swedish Register) Estatina na fase aguda gera efeito anti-inflamatório nas placas SÍNDROME CORONARIANA COM SUPRA DE ST E COMPLICAÇÕES DO IAM Tempo porta agulha = tempo que o paciente chega ao PS até o trombolítico se caso não tiver CAT pra dissolver o coagulo. Até 12h de dor. Quanto mais rápido melhor. SCA COM SUPRA DE ST Manejo visa abrir a artéria ocluída. O cateterismo sempre deve ser realizado. Cuidado no atendimento de pacientes asiáticos pois tem uma maior resistência a dor. DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA A doença arterial coronariana é uma das causas mais importantes de morte em todo o mundo. 35% das causas de insuficiência cardíaca. Deve-se sempre investigar DAC se o paciente apresentar arritmias. Elas são resultado de arteriosclerose. Importância no perfeito funcionamento da circulação coronariana na homeostasia. 6 PASSOS NO IAM COM SUPRA DE ST 1. ECG em até 10 minutos na dor torácica aguda 2. Identificar supra de ST – critérios 3. Diagnostico diferencial 4. Medicamentos e decidir trombólise ou ICP 5. Prescrever trombólise ou sala de hemodinâmica 6. Checar se a trombólise funcionou PONTO J V2 e V3 sempre tem supra portanto são derivações ruins de ver pois fotografa em cima do septo. Toda derivação tem que ter supra maior de 1. Um infra pode evoluir para um supra. As derivações boas para ver supra são D1, D3 e aVL, se houver em mais de 2 paredes não precisa de troponina já é IAM direto. TIPOS DE IAM Tipo 1 – Evento coronariano primário Tipo 2 – Desbalanço entre demanda e oferta de O2 Tipo 3 – Morte súbita cardíaca (oclusão coronariana na autópsia) Tipo 4 A – Associado a procedimento percutâneo Tipo 4 B – Trombose de stent Tipo 5 – Associado a cirurgia de revascularização INSTABILIZAÇÃO E TROMBOSE NA PLACA Dois pacientes com dor no peito. O segundo terá supra pois tem obstrução total – tipo 1. O primeiro não tem supra, mas se a artéria fechar pode ter tipo 2. Na fase de platô potássio e sódio equilibram,e cálcio entra, e ai contrai. Sódio e potássio entram e saem devagar para manter sero. Faltou sangue? Puxa o potássio, dai começa novamente, ocorre uma bagunça elétrica e dai pode entrar em fibrilação ventricular por isso precisa correr, pois ta conversando e ai fibrila, e tem que dar choque. COMO MEDIR SUPRA OU INFRA DE ST Pega o segmento PR conta os quadradinhos. O que fazer com o trombo? Da 3 AAS de 200 a 300mg sublingual ou mastigado, e clopidogrel se for fazer cateterismo, ai espera para fazer CAT. Porque dura 7 dias, dai atrapalha e pode sangrar. Só é indicado se o CAT for feito em 24h. ECG NA DOENÇA CORONARIANA Supra sorrindo – paciente de 30 anos com supra sorrindo em D1, D2, D3, AVF, V1, V2, V3, V4, V5. Menos em AVR. É supra? Tem que ver as paredes. Se a parede toda ta suprada, é doença de pericardite, ou seja, supra feliz em todas as artérias ou paredes. Dói quando respira, dói quando mexe. No inicio do infarto pode ter supra sorrindo, mas supra de IA é em paredes não relacionadas Supra chorando – infra de ST. Dor no peito com as características de: onda T apiculada, inversão de onda T repete ECG de 3 em 3 horas porque é possível infartar, possível dar supra. Confirmar em 20 min da gravação Quanto maior o supra, maior a área de necrose EVOLUÇÃO TEMPORAL DO IAM Fase hiperaguda do IAM • Ocorre segundos/minutos após a oclusão coronariana • Ondas T positivas e pontiagudas que geralmente precedem o surgimento do supradesnivelamento ou acontecem associadas com discreto supra de ST com concavidade para cima Fase subaguda • Após 12h • Supradesnivelamento de ST com concavidade para baixo, ondas T invertidas e ondas Q comumente na ausência de onda R (Complexo QRS) Fase aguda do IAM • Nas primeiras horas da oclusão • Supradesnivelamento do segmento ST com convexidade para cima e surgimento de ondas Q e redução progressiva da onda R. pode haver inversão progressiva da onda T. Fase crônica (cicatricial) • Após semanas • Normalização do segmento ST associado a permanência de ondas Q prolongadas patológicas. As ondas T podem voltar ao normal ou seguir invertidas Evolução: apícula logo na fase aguda antes de suprar, a onda P, um supra pequeno. Depois aparece o supra total. Depois o padrão de welis. Depois a fase crônica com onda Q invertida, onda Q gigante que é a onda da necrose (primeira despolarização tem que ser pequena) isso significa que o paciente suprado deixaram evoluir não foi pra trombólise e angioplastia. ARTÉRIAS CORONÁRIAS Artéria coronária esquerda – descendente anterior e circunflexa → perfunde principalmente o ventrículo e átrio esquerdos Artéria coronária direita → perfunde principalmente o ventrículo e átrio direitos Dominância direita é de 50%, a esquerda é 20%. Dominância balanceada é 30%, sai de um pouco e de outro. Fluxo coronariano é 5% do DC. A artéria coronária esquerda é a mais importante, a descendente anterior, porque irriga o ventrículo esquerdo, septo e ventrículo direito. O pior infarto é o da descendente anterior. A artéria ventricular posterior o ramo da direita que irriga no AV segura o impulso se fecha tem BAV total e ai é preciso marca-passo de urgência. Coronária recebe o primeiro sangue do coração. As coronárias são irrigadas na diástole. Na sístole as artérias estão apertadas. Fluxo coronariano • Supra D3, AVF – parede inferior • Supra V1 e V2 = coração direito • V5 e V6 – coração anterior esquerdo As coronárias emergem da raiz da aorta, atrás das cúspides direita e esquerda da VAo IRRIGAÇÃO DO CORAÇÃO Coronária direita • Ramo do cone, septais • Marginal – artéria do no sinusal • Interventricular posterior (descendente posterior) – ramo do no AV • Ventricular posterior Coronária esquerda • Interventricular anterior (descendente anterior) – diagonais • Circunflexa – marginais • Septais e lateral • Diagonais ECG = supra em V1 a V6. DI , aVF D2 – infra D3 = infra aVf = infra Infarto = Anterior extenso – artéria descendente anterior IAM CSST ANTERIOR D1 e aVL = fotografam em lateral IA lateral = Circunflexa que irriga lateral D2, D3, e aVF = parede inferior = coronária direita Pra ter infarto tem que ter supra ou bloqueio de ramo esquerdo novo. Dor no peito e BRE. ONDA Q PATOLÓGICA Dano isquêmico irreversível – necrose – fibrose. Duração > 40ms Amplitude > 25% da amplitude da onda R Amplitude > 3mm P2Y12 • Prasugrel ou ticagrelor são preferíveis • Clopidogrel quando prasugrel ou ticagrelor são contraindicados ou não disponíveis • SCACSST – a principio fazer para todos, exceto se conseguir um tempo porta-balão de até 30min. NO CATE • SCASSST – não é recomendado de rotina antes de conhecer a anatomia coronariana em pacientes que farão CAT precoce (< 24h) FIBRINÓLISE X ANGIOPLASTIA Metas – tempo • Porta ECG → 10min • Porta-agulha → 30min • Porta-balão → 90min (ideal menos de 60min) • Porta-balão se transferência → 120min FIBRINÓLISE Estreptoquinase, alteplase, tenecteplase. Até 12h do inicio da dor. Realizar enoxaparina antes de trombolizar. Quanto mais rápido maior o beneficio. Utilizado apenas no IAM com SST. Não necessitamos do resultado de biomarcadores para trombólise A enoxaparina antes de trombolizar é um anticoagulante que potencializa a trombólise, pode dar clopidogrel mas se caso for fazer angioplastia breve não deve dar clopidogrel. ALTEPLASE (ACTILYSE) Alteplase – 12mg, EV em bólus → seguidos de 0,75mg/kg em 30min (máximo 50mg) → seguidos de 0,50mg/kg em 60 minutos (máximo 35mg). A dose total não deve exceder 100mg TENECTEPLASE (METALYSE) Dose única em bólus ajustada ao peso ESTRATÉGIAS DE REPERFUSÃO CRITÉRIOS DE REPERFUSÃO Melhora da dor Redução de 50% do supra de ST ou mais Arritmias de reperfusão (ritmo idioventricular) Caso não haja reperfusão em 90min → CATETERISMO PRESCRIÇÃO Jaciara, 50 anos, 60kg, IAMCSST em D1 e AVL 1. Dieta zero (reavaliar após) 2. AAS 100mg – mastigar 03cp agora 3. Clopidogrel 75mg – 04cp VO agora 4. Tenecteplase 35mg EV agora 5. Enoxaparina 30mg EV agora 6. Atorvastatina 40mg VO 01x/dia 7. Enalapril 05mg VO 01x/dia 8. Metoprolol 25mg VO 01x/dia Dieta zero porque pode fazer arritmia, pode broncoaspirar, sempre que pode rebaixar consciência é dieta zero. Clopidogrel se não puder CAT. Até aqui é infarto com ou sem supra se tempo balão for maior que 90min. Tenecteplase em bólus com enoxaparina junto. Atorvastatina pelo risco de aterosclerose, mas é importante pelo efeito pleotrófico, desinflama e não deixa formar o trombo novamente. Enalapril diminui força de contração. Metoprolol não precisa ser tão precoce, pode ser no terceiro ou no quarto dia de evolução. ANGIOPLASTIA Balão, stent convencional, stent farmacológico (farmacológico com menor necessidade de reintervenção. Evitar realizar crossover de heparinas. Acesso radial é preferível pois tem menor mortalidade e menor taxa de sangramento. Revascularização completa é preferível. Angioplastia em primeiro lugar, so não faz se o porta balão for maior que 90 minutos. C-A-B-D C – Chest compressions (Compressões torácicas) A – Airway (via aérea) – abertura B – Breathing (respiração) – ventilação D – Desfibrillation (Desfibrilação) Se tiver taquicardia ventricular sem pulso ou fibrilação = CABD Compressões torácicas • Comprima com frequência de 100 a 120 compressões por minuto • Comprima com profundida de 05cm • Permita retorno completo do tórax após cada compressão evitando apoiar-se no tórax da vitima • Minimize interrupções das compressões, pause no máximo 10 segundos para realização de 02 ventilações • Reveze com outros socorristas a cada dois minutos, para evitar cansaço e compressões de ma qualidade HAS – TRATAMENTO – PRESCRIÇÃO TRATAMENTO NÃOMEDICAMENTOSO • Controle do peso e da CA • Exercicios – 30min por dia ou fracionada de 5 a 7 dias na semana • Diminui a ingestão de sal – consumo diário deve se limitar a 5g o que equivale a 2g de sódio • Mais de 60% dos pacientes hipertensos não obtem controle adequado da pressão arterial OCTETO MEDICAMENTOSO DA HAS Os BCC antigamente (nifedipino) dilata e age pouco nos nos. Preferível para HAS sem outra comorbidade, do que os não dihidropiridinicos. Hoje os não dihidropiridinicos são muito usados em casos de taquicardia, angina, HAS, porque vasodilatar a coronária. Captopril causa mais tosse e Enalapril da menos tosse. Anlodipino faz dilatação arteriolar e não faz da venosa, por isso leva a edema. Primeira escolha é diurético para HAS leve. Se tiver acido úrico alto pode usar BRAs e IECAs, o problema é a tosse pois inibe a enzima que libera bradicinina e leva a tosse. Se a losartana não segurar pode usar o anlodipino. Gota da muito em mulheres pós menopausa, e homens tem muito acido úrico. Taquicardia pode usar BB, mas se for asmático e não puder BB ai da um não dihidropiridinico. Diurético junto com BB pode dar alteração sexual Tiazídico quanto menor a dose melhor, pelo efeito alfa bloqueador. Espironolactona é bom pra pressão, diminui a fibrose cardíaca. É usada por IAM, IC com ejeção preservada ou reduzida. Protege o coração. Mas precisa associar. É usado bastante em GO, pra SOP. Para pressão sozinha não é uma boa escolha, so se for estagio 1 BB é excelente. Não é o melhor pra HAS. Usado em taquicardia, angina, IC, é uma droga completa. Problema do BB é a bradicardia. Mas passou de 50mg perde a seletividade. Altas doses perdem a seletividade. Propranolol é bom pra enxaqueca, como profilático, mas não é seletivo e causa tosse. Dose alta perde a seletividade do coração e atua no pulmão também dando broncoespasmo e tosse. Quem tem asma e dor nas pernas não pode, porque perde efeito vasodilatador nos MMII. Hidroclorotiazida perde o efito alfa-bloqueador se a dose for alta. Tiazídico até 25mg além de diurético tem efeito alfabloqueador. Acima disso tem efeito HAS, mas pode espoliar cálcio, sódio, etc. URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA Emergência – 180x110. Sala vermelha assim como IAM pois pode evoluir. Precisa abaixar a PA. O que vai te nortear é a lesão de órgão alvo. Se tiver lesão em órgão alvo, como paciente vomitando com PA alta = emergência (aumento da PA vascular central, fazer fundo de olho pra ver se tem papiledema. Vomito + HAS = aumento de PIC). Braço formigando e PA alta pode ser edema cerebral ou pode fazer um AVC, tem que dar captopril porque tem ação rápida. Dar nitroprussiato de sódio EV em BIC em mcg. Edema + PA alta . Pseudo crise hipertensiva é de fundo emocional, PA estará alta. Para o pânico pode ser usado um diazepam. Mas tem sempre que investigar, fazer ECG. IMPORTANTE – Você pode escolher o medicamento de forma individualizada, de acordo com os níveis pressóricos. Observar efeitos colaterais. Observar se o paciente é taquicardico ou tem outras arritmias. Observar doenças associadas (DM, bronquite, nefropatia, hepatopatia). Considerar a associação de dois ou mais anti-hipertensivos em HAS estágios 2 e 3. Acompanhar o paciente e sempre checar hipotensão postural. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE SUPRA DE ST Só IAM causa supra de ST? • Repolarização precoce • Síndrome de brugada • Pericardite • Miocardite • SVE • BRE • Marcapasso • Hipercalemia • Hipercalcemia • Takotsubo • TEP • Cardioversao elétrica Supra feliz pode dar na pericardite ou no IAM. As vezes tem situação no OS que deixa duvida se é supra de infarto ou de outras doenças. REPOLARIZAÇÃO PRECOCE Presença de elevação do ponto J > ou = a 01mm em duas ou mais derivações contiguas, excluindo-se V1 e V3, com QRS < 0,12seg e associado a: 1. Slurring → alargamento ou empastamento do QRS na transição com o segmento ST 2. Notching → presença de deflexão positiva na porção terminal do QRS Como diferenciar se o paciente já tinha uma alteração no ponto J de nascença (ponto J com despolarização precoce) normalmente é benigno. 95% sem nenhuma alteração, não acontece nada, mas 5% é mais propenso a ter morte súbita, principalmente no exercício pela alteração da saída do potássio. Ponto J com despolarização precoce é do ventriculo, é final do QRS. V2 e V3 sempre tem um suprinha, é normal pois esta fotografando o septo. Todo infarto tem que ter supra, exceto em V2 e V3 pois são derivações que estão em cima do septo. Então derivações que enxergam no meio. Normalmente não tem bloqueio. tem 2 padrões: 1. Slouri – empastamento – atrasado = alargado 2. Noti – padrão de enquadramento = deflexão positiva final como se fosse um entalhamento Aqui é um ponto J com despolarização precoce Slurring = ponto J antes de acabar o QRS. Diferente do infarto no Slouri, que atrasa, empasta, está suprado, mas faz uma outra onda J. padrão que pode estar em D2, D3, etc. Paciente sudoréico, com dor. Irradia p mandíbula e NOTI na parede de V4 e V6 (parede anterior) • Faz tempo balão e agulha • Pode ser um CAT branco, mas pode ser IAM Dor tipo A = dor típica Na maioria das vezes n consegue diferenciar. • Pois 10% dos pacientes com repolarização precoce principalmente em paredes laterais alta (D1 e aVL) e inferior (D2, D3 e aVR) as vezes tem um supra grande. • Daí é difícil saber o q é IAM ou repolarização precoce • Daí acaba invadindo o paciente Repolarização precoce = parece um supra feliz, porém com um entalhe Resumo: repolarização precoce é: • supra do J q n é visto em V1 a V3; • mais comum é o NOTI. • Pode ter um alargamento (atraso na condução) chamado Slouri V1, V2 e V3 = não olha = n é repolarização precoce. Pode ser BRD V4 a V6 (parede anterior) D2, D3 e aVF (parede inferior) D1, aVL (parede lateral alta) = repolarização precoce. Repolarização precoce = dá alteração do K = dai paciente pode fibrilar. Quanto maior o supra da repolarização precoce = pior prognostico= igual IAM • NOTI • IAM PERICARDITE A pericardite aguda é a inflamação da membrana que envolve o coração. Elevação do segmento ST ocorre de forma difusa com exceção de AVR que apresentará Infradesnivelamento Taquicardia sinusal Depressão do segmento PR na maioria das derivações e supra do PR em aVR Depressão em rampa do segmento TP (Sinal de Spodick) Paciente jovem com dor no peito. Quando respira fundo tem atrito pericárdico na ausculta. Quando está inflamada = dor e supra Início – fase inflamatório = aumenta o líquido = dor muito forte Derrame: melhora a dor, diminui QRS , abafa o som do coração (pq derramou o líquido. Age no ponto J = Eleva o segmento ST Aqui é mais fácil ver no ECG. Pois no repolarização precoce, pode mimetizar um infarto. Pois pode ser só da parede anterior, só da lateral ou só da parede inferior Na pericardite ele mistura as paredes. Pode não ser em todas as derivações. Mas pega V5, V6 , D1, D2, Depressão do segmento PR = toda vez q tem supra difuso tem q olhar para segmento PR Na pericardite, a repolarizacão precoce é mais difícil mas a pericardite é mais fácil de fazer diagnostico diferencial de IAM ESTÁGIOS DA PERICARDITE SINAL DE SPODICK Segmento TP descendente, melhor visualizado nas derivações D2 e precordiais laterais Fases da pericardite: em todas as derivações 1. Rampa TP 2. PR infrado, 3. Começa supra ST 4. daí inverte onda T 5. Normaliza Pericardite n respeita derivação = pega todas as paredes. • Como fazer o diagnostico de pericardite? • PR infrado em tudo, menos em aVR = pericardite • TP em rampa é raro mas é patognomônico de pericardite • Supra feliz não contigua = pega parede inferior,posterior ... Pericardite então é: paciente com dor e 1. PR infrado em tudo, menos em aVR 2. TP = se tiver decido em rampa = Sinal de Spodick 3. Supra Feliz n contigua = pega parede inferior, posterior ... • Derivações mais fáceis de ver é em D2 e as precordiais laterais (V5 e V6) • A dor característica pleurítica = respira e dor em infarto não doi quando respira • Sudorese intensa RESUMO • IAM anterior → DA • IAM lateral ou posterior → CX (supra em V7, V8 e V9 > ou = 0,5mm ou 01mm se homem <40 anos) • IAM inferior → CD ou CX • IAM de VD → CD (Supra em V3R e V4R desaparece mais rápido, que as alterações em parede inferior). Supra de ST em V1. INFARTO DE VD • Normalmente IAM inferior + hipotensão • Suspeitar de IAM inferior e supra de V1 • Confirmar as derivações direitas (V3R e V4R) • Não fazer nitrato • Evitar morfina • Manejar hipotensão inicialmente com volume Ou seja, paciente infartado inferior (D2, D3 e aFR) hipotenso = quase patognomonico q pegou ventriculo direito Supra de V1 a V3 = região septal Supra de V1 a V34= região anterior Supra de V5 a V6 = região lateral alta = artéria apical Supra de V1 a V6 = região fechando a DA inteira, no topo Mas como saber se o paciente tinha ou n tinha BRE antes ou é um BRE novo? Critério Sgarbossa No bloqueio de ramo esquerdo, o ST é o contrário do bloqueio. Se tiver supra no mesmo eixo do QRS = IAM BRE = a direção da ST e da onda T é o contrario do bloqueio = bloqueio normal Supra maior que 1mm concordante = IAM. Porque normalmente é infra. ST é o contrário do bloqueio = se a torre é pra cima, o ST é p baixo e vice versa. Se tiver supra = é concordante BRD = V1 e VD
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