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Análise do Discurso: Conceitos Fundamentais

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Produção Textual 
Unidade 1
1) A AD procura trabalhar a ordem da língua e a ordem da história. O encontro dessas ordens na análise da linguagem é a noção de fato que, por sua vez, deriva de um deslocamento produzido sobre a noção de dado. De acordo com Orlandi (1995, p. 115) o dado tem sua organização, o fato se produz como um objeto da ordem do discurso (linguístico-histórico). Olharmos o texto como fato, e não como um dado. Na perspectiva dessa relação dado/fato, como o analista do discurso percebe o fato? Assinale a alternativa correta.
a. Os fatos nos conduzem à memória linguística. Não há historicidade, porque eles representam a memória da linguagem, sua sistematicidade, seu modo de funcionamento.
b. Todas as alternativas estão incorretas.
c. Os fatos nos conduzem ao interdiscurso. Nos fatos, temos a estrutura e a semântica que garantem a memória da linguagem, sua sistematicidade, seu modo de funcionamento.
d. Os fatos nos conduzem à memória discursiva. Nos fatos, temos a historicidade, porque eles representam um lugar de entrada na memória linguística, sua sistematicidade, seu modo de funcionamento.
e. Os fatos nos conduzem à memória linguística. Nos fatos, temos a historicidade porque eles representam um lugar de entrada na memória da linguagem, sua sistematicidade, seu modo de funcionamento.
2) A Análise do Discurso (AD) tem sido uma das linhas teóricas de muitas pesquisas que, por sua vez, têm trazido grandes benefícios para os profissionais que trabalham com a linguagem. Não podemos mais ser tão ingênuos a ponto de pensar que a linguagem se constitui em uma simplicidade de palavras e transparência trocas de informações. Nesse sentido, qual a visão da AD com relação a linguagem. Assinale a alternativa correta.
a. A linguagem é informação entre locutor e interlocutor.
b. A linguagem não é somente código, é discurso.
c. Todas as alternativas estão incorretas.
d. A linguagem é comunicação entre falantes, a partir de códigos.
e. A linguagem é completa, não precisa de sujeitos para produzir discursos.
3) Ao elaborar uma teoria não-subjetiva, Pêcheux (1995) entende o sujeito, não como indivíduo empírico, mas como um sujeito social construído no universo discursivo. A AD rejeita a ideia de um sujeito estrategista, intencional, que tem a liberdade de falar o que quer. De acordo com Pêcheux “o sujeito não é dono de seu discurso”. Para AD significa:
a. Todas as alternativas estão corretas.
b. O sujeito elabora seus dizeres em consonância com a ordem da língua e de acordo com sua formação sócio-histórico-ideológica.
c. O discurso do sujeito é pautado tanto pela ordem da língua como pela ordem sócio-histórico-ideológica.
d. O discurso do sujeito é controlado, selecionado e organizado por vários procedimentos de controle social.
e. Não existe discurso sem sujeito e sujeito sem ideologia. O discurso do sujeito é controlado por procedimentos sócio-histórico-ideológico.
4) Ferreira (2006) por meio do texto A metáfora da rede, exemplifica:
Os fios que se encontram e se sustentam nos nós são tão relevantes para o processo de fazer sentido, como os furos, por onde a falta, a falha se deixa escoar. Se não houvesse furos, estaríamos confrontados com a completude do dizer, não havendo espaço para novos e outros sentidos se formarem Ferreira (2006, p. 44).
Por meio deste enunciado podemos ter a noção de _____.
Aponte a alternativa correta
a. Linguagem.
b. Língua.
c. Sistema
d. Texto.
e. Discurso
5) Michel Pêcheux (1995) constrói o arcabouço teórico da AD, na década de 60, partir de relações de vizinhanças com a Linguística, o Marxismo e a Psicanálise, polos de tensões e de afrontamentos. Adentrar no campo da Linguística - assim como articular uma teoria histórica a uma teoria psicanalítica - nunca significou “aplicar” conceitos de qualquer um desses campos à análise de discursos. A AD não é uma “Linguística Aplicada”. Afinal, do que se trata a AD? Assinale a alternativa correta.
a. Trata-se, antes de tudo, de reinventar os conceitos da Linguística Textual, a fim de repensar a ordem do linguístico, do social e do histórico.
b. Todas as alternativas estão incorretas.
c. Trata-se, antes de tudo, de aplicar os conceitos epistemológicos da Linguística Aplicada no campo discursivo, considerando os aspectos linguísticos e sociais. Problematizar e reinventar conceitos defasados.
d. Trata-se de problematizar e de reinventar os conceitos, a fim de que funcionem no interior de um campo em que a prática discursiva é pensada como sendo da ordem do linguístico, do inconsciente, do social e do histórico.
e. Trata-se de problematizar os conceitos estruturados na Semântica e reorganizá-los a fim de que funcionem no interior da prática discursiva.
6) O processo de leitura, dentro e fora da escola, é atividade fundamental para que os leitores tenham contato com outras interpretações de mundo, e assim possam construir suas identidades. Muitos acreditam que o processo de interpretação de textos apresenta-se como incompleto e obscuro. Infelizmente, boa parte do trabalho com a linguagem desenvolvida nas escolas ainda reflete uma visão da língua somente como código. Assinale a alternativa que aborda a principal consequência dessa concepção de ensino da linguagem.
a. É perceber que os alunos estão construindo sentidos na leitura de textos e que desenvolvem senso crítico diante das leituras realizadas.
b. Todas as alternativas estão incorretas.
c. Não permitir que as atividades de leitura e produção textual sejam diferentes da interpretação direcionada pelo livro didático.
d. Permitir com que alunos se percebam, construam suas realidades, uma vez que estão construindo interpretações.
e. Não permitir com que alunos se percebam, nem construam suas realidades, uma vez que não estão construindo interpretações.
7) Observe o quadro a seguir. Rede social aqui em casa é outra coisa! Neste enunciado, a palavra REDE, assume o mesmo sentido da palavra REDE do texto A metáfora da rede? (Ferreira, 2016). Assim, podemos afirmar que a língua _____. Assinale a alternativa correta:
Disponível em: https://fatimalp.blogspot.com/2013/07/charges-no-enem.html>;.
a. A língua é um sistema fechado e transparente.
b. A língua é sistematizada e comporta o todo.
c. A língua é organizada, fechada e comporta o não-todo.
d. A língua comporta em si o todo.
e. A língua como todo comporta em si o não-todo.
8) Orlandi (1995, p. 114) explica que quando dizemos que o texto é uma unidade significativa, estamos afirmando que a ordem da língua está ali, enquanto sistema significante. Mas não apenas isso. A autora afirma que um texto, do ponto de vista de sua apresentação empírica, é um objeto com começo, meio e fim, mas que se o considerarmos como discurso, reinstala-se imediatamente sua incompletude. Assim, podemos considerar _____. Assinale a alternativa correta.
a. O texto, visto na perspectiva da Linguística Aplicada, não é uma unidade fechada, tem relação com outros textos (existentes, possíveis ou imaginários), mas não tem relação com suas condições de produção (os sujeitos e a situação), com o que chamamos sua exterioridade constitutiva (o interdiscurso: a memória do dizer).
b. O texto, visto na perspectiva da ideologia, é uma unidade fechada, pois ele não tem relação com outros textos (existentes, possíveis ou imaginários), com suas condições de produção (os sujeitos e a situação), com o que chamamos sua exterioridade constitutiva (o interdiscurso: a memória do dizer).
c. O texto, visto na perspectiva do interdiscurso, é uma unidade fechada, pois ele não tem relação com outros textos (existentes, possíveis ou imaginários), com suas condições de produção (os sujeitos e a situação), com o que chamamos sua exterioridade constitutiva (o intradiscurso: a memória do dizer.
d. O texto, visto na perspectiva do discurso, não é uma unidade fechada, pois ele tem relação com outros textos (existentes, possíveis ou imaginários), com suas condições de produção (os sujeitos e a situação), com o que chamamos sua exterioridade constitutiva (o interdiscurso: a memória do dizer).e. O texto, visto na perspectiva do discurso, é uma unidade fechada, pois ele não tem relação com outros textos (existentes, possíveis ou imaginários), com suas condições de produção (os sujeitos e a situação), com o que chamamos sua exterioridade constitutiva (o interdiscurso: a memória do dizer).
9) Orlandi (1995) afirma que a língua é uma estrutura (sistema) que passa a funcionar na ordem do discurso como um trabalho simbólico de estruturação. Segundo as palavras da autora: “a ordem significante é capaz de equívoco, de deslize, sem perder seu caráter de unidade, de totalidade”. Não há sentidos pré-existentes, o que pode afetar diretamente as atividades de leitura e os exercícios de interpretação sugeridos pelo professor de português.Porque:
a. É o lugar da incompletude da linguagem, onde tudo e tanto acontece.
b. É neste espaço que se localizam os “furos” e as “faltas” que são estruturantes e próprios à ordem da língua.
c. Todas as alternativas estão corretas.
d. A língua se constitui materialmente pelo inconsciente, pela ideologia e pela história, por uma prática significativa e pelo efeito da relação do sujeito com a língua e a história
e. Os enunciados da língua podem sempre escapar à organização da língua, ao trabalho da razão e da lógica sobre a linguagem.
10) Para AD, de acordo com Possenti (2014, p. 246), “o fato de que a língua garante interpretações se deve ao fato de que o sentido é uma questão a ser considerada em outro terreno: o da história, o das ideologias e o das formações discursivas”. Significa que:
a. O sentido está no próprio significado e relaciona-se com a história, a ideologia e as formações discursivas.
b. O sentido excede o significado e não se relaciona com a história, a ideologia e as formações discursivas.
c. O sentido excede o significado e se relaciona com a história, a ideologia e as formações discursivas.
d. O sentido é intrínseco ao significado. Não se relaciona com a história, a ideologia e as formações discursivas.
e. O sentido não excede o significado. Não se relaciona com a história, a ideologia e as formações discursivas.

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