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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR ATOS LÍCITOS E TEORIAS APLICÁVEIS docx

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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR ATOS LÍCITOS E
TEORIAS APLICÁVEIS
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR ATOS LÍCITOS E TEORIAS APLICÁVEIS
1. RESPONSABILIDADE POR ATOS LÍCITOS
- Conceito: O Estado pode ser responsabilizado por atos lícitos que causem danos anormais e extraordinários a terceiros.
- Fundamento: Baseia-se na Teoria da Repartição dos Encargos Sociais, derivada do Princípio da Isonomia, que visa evitar
a privatização dos ônus e a socialização dos bônus.
- Exemplos Práticos:
- Obras públicas que impedem o acesso a comércios locais.
- Ações policiais legítimas que causam danos a particulares.
2. TEORIAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
- Teorias Civilistas (Não aplicadas no Brasil):
1. Teoria da Irresponsabilidade: O Estado era visto como infalível (derivada dos regimes absolutistas).
2. Teoria dos Atos de Império e Atos de Gestão: Distinção entre atos com prerrogativas de poder (atos de império) e
atos sem essas prerrogativas (atos de gestão), responsabilizando o Estado apenas pelos segundos.
3. Teoria da Culpa Civil: Introduz a noção de responsabilidade subjetiva do Estado, responsabilizando-o por suas ações
e omissões baseadas em culpa.
- TEORIAS ADMINISTRATIVAS (APLICADAS NO BRASIL):
1. Teoria da Culpa Anônima ou Culpa do Serviço (faute du service): Aplicável em casos de omissão estatal, onde o
serviço público não funcionou, funcionou mal ou tardiamente. Não é necessário identificar o agente causador do dano,
apenas a falha no serviço.
2. Teoria do Risco Integral: Teoria em que o Estado é visto como um segurador universal, responsabilizando-se por
todos os danos causados a terceiros, sem admitir excludentes de responsabilidade. No Brasil, é aplicada apenas em
casos excepcionais como danos nucleares, ambientais e decorrentes de atentados terroristas.
3. Teoria do Risco Administrativo: Adotada pela Constituição Federal de 1988, estabelece a responsabilidade objetiva
do Estado, necessitando apenas da demonstração do ato, do dano e do nexo causal, sem necessidade de provar a culpa.
Excludentes como força maior, culpa exclusiva da vítima ou de terceiro podem afastar essa responsabilidade.
EXEMPLOS JURISPRUDENCIAIS RELEVANTES
- Responsabilidade objetiva em casos de danos causados por ações policiais durante operações (STF ARE 1.382.159
AgR/RJ).
- Indenização a jornalistas feridos por ação policial em manifestações (RE 1209429/SP).
- Responsabilização por falta de segurança em hospitais que resulta em danos a pacientes (REsp 1.708.325/RS).

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