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MED SEMANA 8

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Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 8 
 
CIRURGIA V 
SÍNDROME DE OCLUSÃO INTESTINAL 
(Aguda x Crônica) – HÉRNIAS 
OBSTRUÇÃO INTESTINAL – ASPECTOS GERAIS 
Classificação 
MECANISMO ° Mecânica: agente físico. 
° Funcional: comprometimento da 
função motora do intestino. 
ALTURA ° Alta: até o jejuno. 
° Baixa: íleo e cólon. 
GRAU ° Total: não passa nada. 
° Suboclusão: diarreia paradoxal. 
GRAVIDADE ° Simples. 
° Complicada: sofrimento de alça 
(isquemia → estrangulamento). 
 
Manifestações Clínicas 
• Parada de eliminação de gases e fezes. 
• Dor em cólica (peristalse intensa tentando 
vencer o ponto de obstrução). 
• Distensão abdominal. 
Outras manifestações: 
1 – Vômitos: 
• Obstrução alta: vômitos precoces. 
• Obstrução baixa: vômitos tardios (fecaloides). 
2 – Diarreia paradoxal. 
3 – Peristalse aumentada: em especial no início do 
quadro de obstrução. Peristalse de luta, tendo um 
timbre metálico. 
Ao pensar num paciente com obstrução 
intestinal o TOQUE RETAL é obrigatório 
durante a avaliação clínica: avaliar presença de 
gases, fezes, massa, fecaloma na ampola retal. 
• Ampola retal vazia: obstrução total. 
• Ampola retal cheia: obstrução funcional. 
Diagnóstico 
Laboratório: 
• Alcalose metabólica hipoclorêmica: por conta 
dos vômitos. 
• HipoKalemia: SRAA. 
• Acidose metabólica: diante de isquemia, a 
alcalose inicial pode se transformar em uma 
acidose. 
Radiografia – Rotina de Abdome Agudo: 
• RX tórax AP + abdome em pé e deitado. 
• Define o sítio de obstrução. 
Obstrução 
Delgado 
° Distensão central (até 5cm). 
° Pregas coniventes: empilhamento 
de moedas. 
Obstrução 
Cólon 
° Distensão periférica (grosseira). 
° Haustrações. 
 
Tomografia Computadorizada: 
• Indicada diante de um RX inconclusivo. 
Tratamento 
Suporte – Para Todos: 
• Dieta zero. 
• Hidratação venosa. 
• Sonda nasogástrica. 
• Correção de DHE e ácido-base. 
Obstrução 
Mecânica 
° Parcial e não complicada: tratamento 
conservador (24 – 48hrs). 
° Total ou complicada: cirurgia. 
Obstrução 
Funcional 
° Tratamento conservador. 
 
OSTRUÇÃO INTESTINAL MECÂNICA 
Causas 
DELGADO 
Sítio + Comum de Obstrução 
Brida ou Aderência: causa mais comum. 
° Obstrução + cirurgia abdominal prévia = brida. 
° Uma vez operado, sempre será pensado em brida, 
independente se a cirurgia foi 40 anos atrás. 
Tratamento: 
° Não complicada: suporte (48h) + gastrografin. 
° Complicada ou refratário: lise de aderências. 
 
Outras causas: neoplasias, hérnias, íleo biliar. 
CÓLON 
Câncer: principal causa. 
 
Volvo: torção sobre o próprio eixo (nó nas tripas). 
° Pode ocorrer em qualquer parte do TGI. 
° O volvo de sigmoide é o mais comum. 
° Obstrução em alça fechada: obstrução que ocorre 
em 2 pontos simultâneos – alto risco de necrose. 
Diagnóstico: 
° RX – imagem em grão de café. 
° Enema baritado: sinal do bico de pássaro. 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 8 
 
Tratamento: 
° Não complicado: descompressão endoscópica + 
sigmoidectomia eletiva (pelo risco de recorrência da 
torção). 
° Complicado: cirurgia de urgência. 
INFÂNCIA 
Intussuscepção: causa mais comum. 
° Invaginação de uma alça intestinal uma dentro da 
outra. 
 
Bezoar: obstrução por alimento que não consegue 
digerir (fio, cabelo). 
 
Áscaris: parasitose mais associada à obstrução. 
 
Hérnias. 
 
ÍLEO BILIAR 
Definição: obstrução intestinal por um cálculo biliar. 
Fisiopatologia 
Colecistite + fístula entre a vesícula e o duodeno + 
impactação do cálculo no íleo distal + obstrução de 
delgado. 
Local mais comum: íleo distal (local mais estreito do 
TGI). 
Diagnóstico 
RX ou TC: Tríade de Rigler. 
• Pneumobilia. 
• Cálculo ectópico. 
• Distensão de delgado. 
Tratamento 
• Suporte. 
• Retirada do cálculo +/- colecistectomia. 
INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL 
Definição: invaginação de uma alça intestinal dentro 
da outra. 
• Causa mais comum na infânica. 
• Idade mais comum: 3 meses – 6 anos. 
• Na criança a causa é idiopática. 
• Pode acontecer no adulto, tendo causa a 
presença de pólipos, divertículo, tumor. 
 
Manifestações Clínicas 
• Dor abdominal paroxística (vem do nada) e 
intermitente. 
• Massa palpável em aspecto de salsicha. 
• Fezes em geleia de framboesa: descamação da 
mucosa que está sendo isquemiada e sangue. 
Diagnóstico 
Clínica + Imagem: 
1 – RX. 
2 – USG: o mais usado hoje → achados de imagem em 
alvo ou sinal do pseudorim. 
3 – Enema: diagnóstico e terapêutico. 
Tratamento 
Redução da invaginação com enema – bário, 
hidrossolúvel ou ar. 
Faz-se a injeção de contraste via retal, em 
sentido oposto ao da peristalse – ao ter uma 
força contrária, consegue desfazer a 
invaginação das alças. 
Casos refratários ou adulto: cirurgia. 
OBSTRUÇÃO INTESTINAL FUNCIONAL 
Definição: comprometimento da função motora do 
intestino. 
ÍLEO PARALÍTICO 
Definição: todo o intestino vai estar paralisado. 
Causas 
• Pós-operatório: fisiológico (delgado 24h, 
estômago 48h, cólon 72h). 
• Drogas (opioides). 
• Distúrbios hidroeletrolíticos. 
• Processos inflamatórios. 
Manifestações Clínicas 
• Parada da eliminação de fezes e gases. 
• Dor abdominal. 
• Distensão abdominal. 
• Peristalse diminuída. 
Tratamento 
Excluir causas mecânicas + suporte. 
 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 8 
 
PSEUDO OBSTRUÇÃO COLÔNICA AGUDA – 
SÍNDROME DE OGILVIE 
Definição: somente o cólon vai estar obstruído. 
• Paciente grave (CTI, sepse, grande queimado). 
Manifestações Clínicas 
• Dor abdominal. 
• Distensão colônica. 
• Peristalse está presente. 
Tratamento 
Excluir causas mecânicas + Suporte. 
 
Sem resposta (48 – 72 h) ou ceco > 12 cm: 
 
Neostigmina: dose de parassimpático e é o miojo – em 
3 minutos o intestino volta a funcionar. 
 
Cuidados: Paciente pode cursar com 
bradicardia (deixar dose de atropina pronta). 
 
Sem resposta ou parcial: descompressão 
colonoscópica. 
 
Sem resposta ou parcial: cecostomia percutânea ou 
cirúrgica. 
HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL 
Anatomia 
De dentro para fora... 
Alças intestinais → Peritônio → Gordura. 
Canal Inguinal 
 : fáscia transversalis. 
 
 
Componentes da parede posterior do canal inguinal: 
• Fáscia transversalis. 
• Músculo transverso. 
• Músculo oblíquo interno. 
 : anel inguinal interno (início do canal inguinal). 
 : canal femoral – sempre se anuncia abaixo do 
ligamento inguinal. 
 
Componente único da parede anterior do canal 
inguinal: 
• Aponeurose do músculo oblíquo externo. 
Na aponeurose tem 2 aberturas que são o anel inguinal 
externo – marca o final do canal inguinal. 
O canal inguinal é um tobogã que começa que anel 
inguinal interno → anel inguinal externo. 
Estruturas: 
Homem ° Funículo espermático: m. cremaster, vv 
deferentes, plexo pampiniforme... 
° Conduto peritônio-vaginal fechado. 
Mulher ° Ligamento redondo do útero. 
 
A formação do testículo é intra-abdominal, e 
com vários estímulos esse testículo desde para 
a bolsa escrotal – para essa descida ele passa 
pelo canal inguinal. A porta do anel inguinal 
externo tem um peritônio – para que ocorra 
essa descida bacana e o não retorno, esse 
conduto deve ser fechado. 
Hérnias da Região da Virilha 
• A hérnia inguinal mais comum de todas é a 
inguinal indireta. 
Hérnia Inguinal Indireta 
Conceito: se anuncia através do anel inguinal INtermo. 
Essa hérnia tenta imitar o caminho feito pelo 
testículo anos atrás. Assim, para que ocorra 
isso deve ter a persistência do conduto 
peritônio vaginal – consegue passar. 
Causa: defeito congênito – não fechamento do 
conduto peritônio-vaginal. 
Quando a hérnia é competente na imitação, ela 
segue o caminho do testículo e chega na bolsa 
escrotal – hérnia inguino escrotal. 
• Típica da infância. 
Hérnia Inguinal Direta 
Causa: defeito adquirido – enfraquecimento daparede 
posterior (fáscia transversalis – triângulo de 
Hesselbach). 
Limites: ligamento inguinal, vasos epigástricos 
inferiores e borda latera do músculo 
retoabdominal. 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 8 
 
• A hérnia direta se anuncia através do triângulo 
de Hesselbach. 
Indireta x Direta 
INDIRETA DIRETA 
Lateral aos vasos 
epigástricos inferiores. 
Medial aos vasos 
epigástricos inferiores. 
Exame físico: ponta do 
dedo. 
Exame físico: polpa do 
dedo. 
Tem risco de encarcerar. -- 
A manobra do exame físico é fazer uma palpação no 
canal inguinal externo e pedir para o paciente realizar 
manobra de Valsalva e observar onde a hérnia vai tocar 
no dedo do examinador. 
Hérnia INdireta se apresenta através do canal 
inguinal INterno, sendo um defeito congênito 
típico da INfância e das hérnias inguinais é a 
que mais INcarcera. 
Hérnia Femoral (Crural) 
Definição: se anuncia abaixo do ligamento inguinal. 
• Mais comum de ocorrer em mulheres – mas a 
mais comum nas mulheres é a inguinal indireta 
por ser a mais comum da vida. 
• Mais comum de ocorrer à direita. 
• Maior risco de encarceramento. 
Classificação de Nyhus 
I – Indireta com anel inguinal interno normal. 
II – Indireta com anel inguinal interno dilatado. 
III – Defeito na parede posterior (posTRÊSrior). 
A: direta / B: indireta / C: femoral 
IV – Recidivante 
A: direta / B: indireta / C: femoral / D: mista 
 
Tratamento Hérnia Inguino-Femoral 
O primeiro passo para iniciar o tratamento é avaliar o 
tipo de hérnia: 
• Redutível: vai pra fora e volta. O tratamento 
deve ser cirurgia eletiva. 
• Encarcerada: vai pra fora e não volta. 
Inicialmente o tratamento é uma redução 
manual – se for um caso refratário ou houver 
risco de complicação (estrangulamento) deve-
se indicar cirurgia de urgência. 
• Estrangulada: sofrimento isquêmico. O 
tratamento é cirurgia de emergência. 
° Quanto maior o tempo (> 6 – 8hr) de encarceramento, 
maior o risco de estrangulamento, assim indicando a 
cirurgia de urgência. 
° Se houver obstrução, tem maior risco de complicação, 
devendo-se indicar a cirurgia de urgência. 
° Se houver redução manual durante a anestesia de 
uma hérnia que estava suspeitado de hérnia 
estrangulada: a indicação de cirurgia é uma 
laparototomia. Nos outros casos a abordagem pode 
ser feita por inguinotomia. 
Técnica Cirúrgica 
Abordagem Anterior 
° Herniorrafia anterior + reforço da parede posterior. 
Técnicas: 
° Shouldice: imbricação de músculos. É difícil de ser 
feita e o paciente pode ter dor no pós-op. 
° Lichtenstein: técnica de escolha – é colocada uma 
tela livre de tensão, tendo baixo índice de recidiva. 
° Mc Vay: boa para hérnia femoral (lig. Cooper). 
Abordagem Posterior 
° Na abordagem posterior sempre utiliza tela. 
Indicações: 
° Hérnias primárias e unilaterais, em especial no sexo 
feminino. 
° Hérnias bilaterais. 
° Quadros de recidiva: na recidiva sempre deve ser 
indicada uma abordagem diferente da abordagem 
primária – para evitar fibrose. 
Técnicas: 
° TEP: totalmente extraperitoneal. 
° TAPP: transabdominal pré-peritoneal. 
*A técnica de Shouldice é difícil, tem que dar um shoul 
de cirurgia para dar conta, só cirurgyana, maris, karis e 
yagão. 
 
Outros Tipos de Hérnias 
• Hérnia de Richter: ocorre pinçamento da 
borda antimesentérica – o paciente pode ter 
isquemia sem obstrução. Ocorre mais 
comumente na hérnia femoral. 
• Hérnia de Littré: o conteúdo da hérnia é o 
divertículo de Meckel. 
• Hérnia de Amyand: o conteúdo é o apêndice. 
• Hérnia de Garangeot: apêndice como 
conteúdo de uma hérnia femoral. 
 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 8 
 
Hérnias na Infância 
• Hérnia inguinal: cirurgia pelo risco de 
encarceramento, por ser indireta. 
• Hérnia umbilical: defeito congênito – não 
fechamento da cicatriz umbilical, tendo uma 
tendência de resolução espontânea (até 2 
anos), e o tratamento seja conservador. 
Indicações cirúrgicas para hérnia umbilical: 
° Concomitante a hérnia inguinal. 
° Defeito > 2cm. 
° Associação com DVP. 
° Não fechamento com até 4 – 6 anos. 
Anotações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 8 
 
OBSTETRÍCIA I 
SANGRAMENTOS DA PRIMEIRA METADE 
DA GRAVIDEZ 
QUANDO VEJO GESTAÇÃO? 
Pelo USG transvaginal: 
• 4 semanas: saco gestacional. 
• 5 semanas: vesícula vitelínica. 
• 6 – 7 semanas: embrião/BCF+. 
• Saco gestacional > 25mm: embrião. 
Pelo USG abdominal todos os achados são vistos 1 
semana para frente. 
1° metade da gestação: < 20 semanas. 
2° metade da gestação: > 20 semanas. 
Até que se prove o contrário, todas as pacientes que 
apresentam dor + sangramento com < 20 semanas de 
gestação = abortamento. 
ABORTAMENTO 
Primeiro exame: exame especular. 
Apresentação Clínica 
Colo Aberto: 
• Incompleto: útero menor do que deveria para 
a idade gestacional com cólica e sangramento. 
• Inevitável: útero com tamanho compatível 
com idade gestacional (tem menino dentro) 
com cólica e sangramento – mesmo com o feto 
vivo. 
• Infectado: odor fétido, secreção purulenta, 
febre e outros achados infecciosos. 
Colo Fechado: 
• Completo: saiu todo o material – o útero se 
apresenta menor para a idade gestacional. 
Paciente mostra uma melhora do quadro de 
dor e sangramento. 
• Ameaça: útero compatível com idade 
gestacional e feto vivo (BCF+). 
• Retido: embrião morto dentro – dependendo 
do tempo de morte do feto os sintomas típicos 
de gravidez podem ir involuindo. 
Para os casos de pacientes com colo fechado o USG é 
mais importante para fechar o diagnóstico. 
 
 
COLO FECHADO 
Clínica Conduta 
° Completo: 
Útero vazio (endométrio 
< 15mm) e menor que o 
esperado para IG. 
° Orientação. 
° Ameaça: 
Embrião vivo com útero 
compatível para IG. 
° Orientação. 
° Repouso. 
° Antiespasmódico. 
° Infectado: 
Embrião morto e útero 
menor que o esperado 
para a IG. 
° Esvaziamento. 
- Pode esperar 1 – 2 sem 
para expulsão natural, 
mas tem maior risco de 
infecção. 
COLO ABERTO 
Clínica Conduta 
° Incompleto: 
Útero menor que o 
esperado para a IG com 
presença de restos. 
° Esvaziamento. 
° Inevitável: 
Útero compatível com IG 
(embrião). 
° Esvaziamento. 
° Infectado: 
Febre, odor fétido com 
leucocitose. 
° Antibiótico. 
° Esvaziamento. 
 
Esvaziamento do Útero 
< 12 sem ° AMIU (melhor para úteros miúdos – 
sendo a preferência) ou Curetagem. 
> 12 sem ° Sem feto: curetagem. 
° Com feto: Misoprostol +/- curetagem 
(se ficarem restos depois do miso). 
 
Outras Classificações 
• Precoce: < 12 semanas. 
• Tardio: > 12 semanas. 
• Espontâneo: acontece naturalmente. 
• Provocado: nem sempre é criminoso. 
• Esporádico: a causa mais comum são as 
trissomias (16 em especial). 
• Habitual: 3 ou mais perdas. 
Abortamento Provocado Permitido no Brasil: 
• Anencefalia: IG > 12 semanas, com 
necessidade de 2 médicos assinarem o laudo 
da USG. É permitido em qualquer IG. 
• Risco de vida: em qualquer IG, com 
necessidade de 2 médicos assinarem laudo. 
• Estupro: permitido até 20 – 22 semanas. 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 8 
 
Outras malformações: necessitam de autorização 
judicial para abortamento. 
Abortamento Habitual 
Definição: 3 ou mais perdas – na prática, inicia a 
investigação a partir de 2 perdas. 
Incompetência Istmo Cervical 
• Causa de abortamento tardio. 
• A criança vai crescendo, pesando e o colo vai 
ficando curto e abrindo. 
• Os abortamentos vão ficando cada vez mais 
precoces. 
• Feto nasce vivo e morfologicamente normal. 
• Conduta: circlagem entre 12 – 16 semanas pela 
técnica de Mc Donald. 
Sd. Anticorpo Antifosfolipídeo 
• Colo normal. 
• Pode ter LES associado. 
• Anticorpos +: Anticardiolipina, anticoagulante 
lúpico ou anti-beta 2glicoproteína. Os 
anticorpos devem ser solicitados 2 vezes em 
momentos diferentes. 
• Tromboses de repetição. 
• Feto morto. 
• Conduta: AAS + Heparina 
DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL 
Benigna ° Mola Hidatiforme: completa ou parcial. 
Maligna ° Mola invasora: mais comum. 
° Coriocarcinoma. 
° Tumor trofoblástico do sítio placentário. 
*Uma mola maligna pode ser após uma gestação 
normal. 
Mola Completa 
Formada quando um espermatozoide normal (23X) 
fecundou um óvulo sem carga genética → 46XX. 
• Toda a carga genética é paterna, não tendo 
como formar embrião. 
• Não há embrião. 
• 20% de chance de malignização. 
Mola Parcial 
Formanda quando 2 espermatozoides entram num 
óvulo normal → 69XXY. 
 
• Todos os envolvidos são normais. 
• Tem formação de embrião. 
• Triploide. 
• 5% de chance de malignização. 
Quadro Clínico 
Sangramento de repetição, com aspecto de “suco de 
ameixa”, vesículas, aumento do útero e hiperemese. 
Outros achados: hipertireoidismo, pré-eclâmpsia 
precoce. 
Diante de um exame de B-HCG quantitativo muito 
elevado, deve-se pensar em: gemelar x mola. 
Na mola parcial, como tem parte normal e 
parte alterada, pode ter os valores 
próximos do valor de referência. Já a mola 
total tem mais característica de ser mais 
elevado. 
USG: imagem em “flocos de neve” ou “cachos de uva”. 
Tratamento 
Esvaziamento uterino + Histopatológico. 
• O melhor método de esvaziamento é a vácuo. 
• A curetagem pelo útero estar amolecido tem 
aumento do risco de perfuração. 
• Histerectomia: em pacientes > 40 anos e com 
prole definida. É indicada para diminuir o risco 
de malignização. 
• Anexos: não mexe neles – os achados de cistos 
de ovário irão regredir, pois são fruto de 
estímulo hormonal da doença de base. 
Controle de Cura 
Beta-hCG: 
• Dosagem semanal até 3 resultados negativos. 
• Dosagem mensal até 6 meses. 
Zugayb: a dosagem inicial é quinzenal → 
mensal. Ele não precisa de avaliação 
semanal. 
Achados Sugestivos de Malignização: 
• Aumento em 2 semanas (dias 1, 7 e 14). 
• 3 semanas em platô (dias 1, 7, 14 e 21): uma 
margem de erro de < 10% representa platô. 
• 6 meses ainda positivo (questionável). 
• Presença de metástases (pulmão, vagina). 
Malignização = quimioterapia. 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 8 
 
Orientações: 
• Contracepção de alta eficácia. 
• Contraindicado DIU (invasivo). 
GRAVIDEZ ECTÓPICA 
Definição: gestação com implantação fora da cavidade 
uterina. 
Diagnóstico 
• Clínica: atraso menstrual com dor abdominal. 
• B-hCG: positivo (> 1500). 
• USG: útero vazio. 
Localização mais comum: trompas – região ampular. 
Na ausência de USG para o diagnóstico: 
• Beta: se duplicar (ou aumento 66%) em 48h, 
sugere gestação normal. 
• Progesterona: > 25, sugere gestação normal. 
Na apresentação clínica das pacientes nem sempre 
será evidenciado a presença de sangramento, quando 
ocorrer, esse sangramento é justificado pela reação 
Arias-Stella: 
• Descamação endometrial devido ao baixo 
aporte hormonal causando pela localização 
ectópica da gestação. 
Tratamento 
Conduta 
Expectante 
° Ectópica íntegra + B-hCG 
declinante. 
° Paciente oligossintomática. 
Seguimento: 
° Queda semanal do Beta-hCG. 
*Caso a paciente apresente 
clínica, corre para o hospital. 
Conduta 
Medicamentosa 
° Ectópica íntegra: obrigatório. 
Condições ideais: 
° Sem BCF. 
° Massa < 3,5 – 4 cm. 
°Beta-hCG < 5000. 
Medicação: 
° Metotrexate por injeção local 
ou sistêmico (IM). 
Acompanhamento: 
° Queda > 15% do Beta, nos 
dias 4 e 7. 
° Caso não tenha queda, pode 
aplicar novamente. 
Conduta 
Cirúrgica 
Conservadora 
Indicação: 
° Ectópica íntegra e paciente 
com desejo reprodutivo. 
Técnica: 
° Salpingostomia laparoscopia. 
*Alto risco de nova ectópica 
em gestação futura. 
Conduta 
Cirúrgica 
Radical 
Indicação: Ectópica rota. 
Técnica: Salpingectomia. 
° Estável: laparoscopia. 
° Instável: laparotomia. 
 
Fatores de Risco 
• Gestação ectópica prévia. 
• Endometriose. 
• Tabagismo. 
• Raça negra. 
• Idade > 35 anos. 
• Cirurgia abdominal prévia. 
• DIP prévia (mesmo assintomática). 
• DIU (relativo): só protege gestação no útero, 
pois ele não impede a fecundação. 
Diagnóstico de Greys Anatomy: gestação heterotópica 
que é a presença de tópica + ectópica. 
DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL 
• Incompatibilidade ABO é a mais comum. 
• Incompatibilidade Rh é a mais grave. 
ABO ° Não exige exposição prévia. 
° Confere proteção parcial para a Rh. 
° Não tem profilaxia. 
° Ex: mãe O / filho A ou B. 
Rh ° Necessita de exposição prévia. 
° Tem profilaxia. 
 
Incompatibilidade Rh 
Sensibilização: 
• Mãe Rh negativo. 
• Pai Rh positivo. 
• Feto Rh positivo. 
É o feto Rh positivo que faz a sensibilização da mãe, se 
o feto fosse Rh negativo igual a mãe não tem problema. 
Após a sensibilização a mãe Rh negativo começa a 
reconhecer os anticorpos Rh positivos. 
Nas próximas gestações, a mãe por já ter sido 
sensibilizada, começa a produzir anticorpos contra Rh 
positivo – começa a fazer hemólise. E a cada gestação 
Mateus Castro 
MED 2021 SEMANA 8 
 
fica mais grave, pois a produção de anticorpos só 
melhora. 
Seguimento na Gestação 
Mãe Rh negativo: pede o Coombs Indireto. 
Coombs Indireto 
Negativo 
Coombs Indireto 
Positivo 
Demonstra que a mãe 
não foi sensibilizada. A 
conduta é repetir o 
exame com 28, 32, 36 e 
40 semanas. 
Significa que a mãe foi 
sensibilizada. 
° < 1:16: mensal. 
° > 1:16: investigação de 
anemia fetal. 
 
Investigação de Anemia Fetal: 
• Doppler de a. cerebral média: é um exame não 
invasivo. Avalia a velocidade máxima do pico 
sistólico. Se > 1,5 → cordocentese. 
• Cordocentese: padrão-ouro, diagnóstico e 
tratamento (mais arriscado). 
A história de complicações graves fetais em gestação 
anterior por incompatibilidade Rh já permite a 
investigação começar pelo doppler, mesmo que o 
Coombs indireto esteja < 1:16. 
Diante de uma IG > 34 semanas, uma 
conduta seria dar fim na gestação. Com 
uma IG reduzida, à partir da 
cordocentese é avaliada a necessidade 
de transfusões seriadas para o feto (ele 
está sofrendo hemólise). 
Quando Indicar Imunoglobulina Anti-D: 
• A imunoglobulina é feita para prevenir que a 
mãe seja sensibilizada. 
• Indicação: sangramento, exame invasivo 
(amniocentese, cordocentese) ou parto OU 28 
semanas para todas as mulheres Rh -, com 
coombs negativo. 
Após a aplicação da imunoglobulina e a dosagem do 
coombs indireto for negativa (ela tem que positivar) é 
indicado fazer uma nova dose. 
Como Avaliar a Imunoprofilaxia: 
Coombs Indireto Teste de Kleihauer 
Efetiva: teste positivo. Avalia hemácia fetal 
circulante na mãe. 
Efetiva: teste negativo. 
No puerpério, o coombs indireto tem que ir 
negativando. 
Em todas as gestações é necessário avaliar a 
necessidade de imunoglobulina. 
Anotações:

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