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1 Universidade Federal Fluminense Faculdade De Turismo e Hotelaria Laboratório de Políticas, Governança e Turismo (LabPGTUR) Núcleo de Projetos em Turismo, Hotelaria e Serviços (NUPTHS) Projeto Pedagógico dos Cursos de Especialização Técnica em Guias de Turismo Regional: Atrativos Culturais e Atrativos Naturais Niterói, RJ Março, 2023 2 FICHA TÉCNICA PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Luíz Inácio Lula da Silva MINISTRA DE ESTADO DO TURISMO Daniela Mote de Souza Carneiro SECRETÁRIO-EXECUTIVO Wallace Nunes da Silva SECRETÁRIA NACIONAL DE PLANEJAMENTO, SUSTENTABILIDADE E COMPETITIVIDADE NO TURISMO Marcelo Lima Costa DIRETOR DE QUALIDADE, SUSTENTABILIDADE E AÇÕES CLIMÁTICAS NO TURISMO Leandro Luiz de Jesus Gomes COORDENADOR-GERAL DE QUALIDADE NO TURISMO Daniel Wills COORDENAÇÃO DE QUALIFICAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇOS TURÍSTICOS (COPRES) COORDENADORA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DO TURISMO Jéssica de Oliveira Queiroga 3 REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Antonio Claudio Lucas da Nóbrega DIRETOR DA FACULDADE DE TURISMO E HOTELARIA João Evangelista Dias Monteiro da Silva CHEFE DO DEPARTAMENTO DE TURISMO Fábia Trentin COORDENAÇÃO DOS CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA EM ATRATIVOS CULTURAIS E EM ATRATIVOS NATURAIS PARA GUIAS REGIONAIS DE TURISMO DA MACRORREGIÃO SUDESTE Fábia Trentin Coordenadora Carlos Alberto Lidizia Soares Vice-coordenador 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Mapa da Macrorregião Sudeste, Brasil ................................................................................................... 6 Figura 2 - UFF no estado do Rio de Janeiro ............................................................................................................. 7 Figura 3 - UFF em Niterói ........................................................................................................................................ 8 Figura 4 - Campus do Gragoatá e Faculdade de Turismo e Hotelaria .................................................................... 8 Figura 5 - Organização Acadêmica da UFF .............................................................................................................. 9 Figura 6 - Componentes curriculares da trilha comum ........................................................................................ 18 Figura 7 - Componentes Da trilha específica – Atrativos Culturais ...................................................................... 19 Figura 8 - Componentes da trilha específica - Atrativos Naturais ........................................................................ 20 Figura 9 - Componentes Práticos Atrativos Culturais ........................................................................................... 21 Figura 10 - Componentes Práticos Atrativos Naturais .......................................................................................... 21 Figura 11 - Docentes conteudistas da trilha comum ............................................................................................ 24 Figura 12 - Docentes conteudistas da trilha específica de Atrativos Culturais .................................................... 25 Figura 13 - Docentes conteudistas da trilha específica de Atrativos Naturais ..................................................... 25 5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 6 2. DADOS DO CURSO ........................................................................................................................... 11 3. CONCEPÇÃO DO CURSO .................................................................................................................. 14 4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ........................................................................................................... 19 5. CORPO DOCENTE, TUTORIAL E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO .......................................................... 25 6. INFRAESTRUTURA ............................................................................................................................ 27 7. AVALIAÇÃO DO CURSO .................................................................................................................... 28 8. CERTIFICADOS ................................................................................................................................. 28 9. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 29 6 1. INTRODUÇÃO O presente Projeto Político-Pedagógico (PPP) tem como objetivo apresentar os parâmetros que norteiam a execução das Especializações para Guias Regionais, em Atrativos Culturais (1) e Atrativos Naturais (2), da Macrorregião Sudeste. Esse documento reafirma e consolida o compromisso da Universidade Federal Fluminense (2018) por meio do Projeto Político Pedagógico Institucional (PPI) na oferta de capacitação e qualificação de profissionais no contexto da extensão universitária. Ademais, os cursos são oriundos de uma demanda do Ministério do Turismo, que por meio do Ofício Circular nº 276/2022/DEQUA/SNDTur, e consulta de parceria para a oferta dos cursos. A Universidade Federal Fluminense (UFF), por meio da Faculdade de Turismo e Hotelaria e do Laboratório de Políticas, Governança e Turismo (LabPGTUR) e do Núcleo de Projetos em Turismo, Hotelaria e Serviços (NUPTHS) apresentaram uma proposta que foi contemplada para realizar o planejamento e execução de ambos os cursos, Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Culturais da Macrorregião Sudeste e a Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Naturais da Macrorregião Sudeste. A Macrorregião Sudeste é composta pelos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (Figura 1). Figura 1- Mapa da Macrorregião Sudeste, Brasil Fonte: IBGE, 2023. 7 1.1. Histórico da Instituição O início da UFF nos leva a 1960, quando foi criada com o nome de Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFERJ), instituída pela Lei 3.958/1961. Após a federalização e a incorporação das Escolas Federais de Farmácia, Odontologia e Direito (1912), de Medicina (1924), de Medicina Veterinária (1936), Escolas Estaduais de Enfermagem (1944), de Serviço Social (1945), Escola de Engenharia (1952) de das Escolas particulares de Ciências Econômicas (1942) e de Filosofia (1952) passou a ser denominada Universidade Federal Fluminense (UFF), sendo homologada pela Lei 4.831/1965. Seu Estatuto foi aprovado pelo Conselho Federal de Educação, conforme parecer nº 2/1983; homologado através da Portaria Ministerial n.º 177 de 02/05/1983, publicado no Diário Oficial da União de 05/05/1983. Atualmente, a UFF está presente em 11 municípios do estado do Rio de Janeiro (figura 2), sendo sua maior concentração no município de Niterói, que a sua sede (figura 3), e o campus do Gragoatá é aquele onde se localizam dez unidades acadêmicas, entre elas a Faculdade de Turismo e Hotelaria (figura 4). Figura 2 - UFF no estado do Rio de Janeiro. Fonte: UFF, 2018, p. 8. 8 Figura 3 - UFF em Niterói. Fonte: UFF, 2018, p. 9. Figura 4 - Campus do Gragoatá e Faculdade de Turismo e Hotelaria. Fonte: UFF, 2018, p. 10. 9 A UFF possui 42 Unidades de Ensino, sendo 31 na sede, um Colégio Universitário, quatro Escolas, dez Faculdades e 16 Institutos, e 11 fora da sede, duas Escolas e nove Institutos. Sua organização acadêmica contempla ensino pesquisa e extensão,da graduação à pós-graduação Lato e Stricto Sensu (Figura 5), em cursos presenciais e de Educação a Distância, tendo sido uma das universidades precursoras na implantação da Universidade Aberta do Brasil, em que a UFF possui 28 polos no âmbito do Consórcio CEDERJ. Figura 5 – Organização Acadêmica da UFF. Fonte: UFF, 2018, p. 13. A Faculdade de Turismo e Hotelaria foi criada em 2013, porém o curso de Turismo foi aprovado pelo Conselho Universitário, em 2002, tendo sua primeira turma em 2003. O curso de Hotelaria iniciou em 2011, o curso de MBA em Gestão de Serviços iniciou em 2012 e o curso de Mestrado em Turismo (PPGTUR), em 2015. Este ano, 2023, terá início a 9ª turma do PPGTUR. Nessa trajetória, há dissertações e professores premiados pela Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo (ANPTUR). 10 1.2. Apresentação da proposta de curso A proposta dos Cursos Especializações para Guias Regionais, em Atrativos Culturais (1) e Atrativos Naturais (2), da Macrorregião Sudeste, na modalidade Educação a Distância (EAD) apresentará as informação e regulamentos que regem a sua oferta assim como as motivações que levaram à abertura do curso. A proposta foi dividida em seis partes principais, que trazem as seguintes informações: • Dados do curso: apresentação das configurações do curso, legislação que o regulamenta e formas de acesso. • Concepção do curso: processo de abertura do curso contendo a justificativa para sua criação, o bjetivo e o perfil do egresso. • Organização curricular: informações sobre a organização curricular e a metodologia de ensino. • Avaliação do curso: apresentação das estratégias de acompanhamento de desempenho do curso e dos concluintes. • Certificados: método para a certificação dos alunos após a conclusão do curso. 11 2. DADOS DO CURSO 2.1. Denominação do curso Curso de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Culturais, da Macrorregião Sudeste e Curso de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Naturais, da Macrorregião Sudeste. 2.2. Área de conhecimento: Turismo – Formação para Guias de Turismo. 2.3. Modalidade de oferta: Educação a Distância, com encontros pontuais síncronos e presenciais nas atividades práticas. Cursos de Especialização Técnica em Atrativos Culturais e Naturais, serão oferecidos na modalidade à distância, disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem, com o uso da plataforma Moodle, que alojará o material didático-pedagógico. A Plataforma Moodle utilizará como ferramenta de interação, chat, fóruns e quizzes. Com as seguintes funcionalidades: 1. Chat - atividade que permite a interação on-line e simultânea entre os participantes de um curso; Fórum – atividade que permite a discussão de um tema entre os alunos; 2. Quiz / Questionário – atividade que viabiliza uma grande variedade de tipos de exercícios e avaliações on-line. Permite a criação de questões objetivas e dissertativas, além de fornecer feedback sobre erros e acertos. 3. Tarefas – Atividade que possibilita a solicitação de atividades que devem ser realizadas online ou off-line; e 4. Fórum que permite a interação e discussão dinâmica de temas entre os alunos e o docente. 2.4. Forma de oferta: Imediata até o limite de vagas e o prazo do Termo de Execução Descentralizada (TED). 2.5. Certificação O documento a ser emitido ao final do curso, certificará o aluno que concluir o Curso de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Culturais, da Macrorregião Sudeste e/ou Curso de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Naturais, da Macrorregião Sudeste. 12 2.6. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO O profissional formado no Curso de Especialização Técnica em Guia em Atrativos Culturais e Naturais deverá exercer suas atividades em conformidade com os princípios éticos e legais que regem a profissão e com o compromisso ético com a sustentabilidade ambiental, econômica, social e político-institucional. No decorrer no século XXI e com as transformações no universo das viagens, inclusive as tecnológicas, o guia de turismo com especialização em atrativos culturais e naturais deverá ter competência e habilidades que não se limitam, mas o tornam aptos para atuar por um lado, com base no empreendedorismo, na criatividade, sustentabilidade, inovação e na promoção da experiência memorável, com o uso do marketing digital e das redes sociais. Por outro, como agente transformador da realidade social na qual está inserido, seja por meio da valorização da cultural ou pela inclusão e pela acessibilidade no turismo e/ou pela criação de produtos e roteiros turísticos. 2.7. Legislação vigente referente à profissão de Guia de Turismo Estes cursos não habilitam para o exercício da profissão de guias, pois o público-alvo é o guia regional, já registrado profissionalmente no Ministério do Turismo por meio do Cadastur. No entanto, a legislação vigente sobre o registro e a atuação profissional são referências para ambos os cursos. • Lei n.º 8.623/93. • Decreto n.º 946/93. • Decreto n.º 5.622/2005. • Art. 80 da Lei 9.394/96 (LDB). • Lei nº 11.771/2008. • Decreto Lei nº 7.381/2010. • Portaria MTur nº 130/2011. • Portaria MTur nº 197/2013. • RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 5 DE JANEIRO DE 2021. • Portaria MTur n° 37/2021. 13 2.8. Carga horária total Componentes Curriculares Carga Horária Total Carga horária teórica 160 Carga horária prática 40 Total de carga horária do curso 200 2.9. Tempo de integralização Mínimo: 8 meses 2.10. Número total de vagas ofertadas: 760 Distribuição das vagas por Estado da Macrorregião Sudeste Estado Vagas Espírito Santo 26 Minas Gerais 25 Rio de Janeiro 498 São Paulo 211 Total 760 Cabe destacar que, caso seja necessário, a Instituição poderá realizar a redistribuição/readequação do quantitativo de vagas entre os atrativos e entre os estados da região Sudeste, em consonância com o quantitativo total pactuado (760 vagas), em razão das características de determinada região/estado e, ainda, o interesse por parte dos guias para especialização em determinada modalidade. Ressalta-se ainda, que não se faz necessário solicitação de autorização prévia ao MTur, contudo a instituição deverá apresentar uma justificativa plausível sobre a redistribuição do quantitativo. 2.11. Requisitos e formas de acesso A seleção dar-se-á por meio de edital de inscrição a ser amplamente divulgado para o público-alvo dos cursos, quer sejam, os Guias Regionais de Turismo da Macrorregião Sudeste, desde que tenham a credencial de guia regional de turismo e estejam com registro ativo no Cadastur no ato da inscrição. 2.12. Regime de matrícula: única. 14 3. CONCEPÇÃO DO CURSO 3.1. Justificativa do curso Os cursos de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Culturais, da Macrorregião Sudeste e/ou Curso de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Naturais, da Macrorregião Sudeste foram idealizados pelo Ministério do Turismo para atender às demandas dos guias de turismo regionais especializados em atrativos culturais e naturais, uma vez que esta categoria profissional foi extremamente impactada pela pandemia de covid-19. A pandemia de covid- 19, acelerou a tendência de automação e uso da tecnologia no setor de serviços e muitos guias regionais acompanharam a tendência e tornaram-se Microempreendedor Individual (MEI), abriram agências virtuais e agregaram valor ao serviço ofertado, outros não. Fato que torna os cursos em tela essenciais para a formação, atualização e especialização do profissional e sua inserção ou a manutenção de sua atividade profissional no mercado de trabalho. Nesse sentido,os turistas também, que já tinham a percepção do uso de tecnologias em suas vidas, a adotam no contexto de suas viagens e do turismo, reforçando a necessidade de os profissionais desses setores a buscarem aprimoramento do seu conhecimento. Para além da tecnologia, os hábitos dos turistas, se distanciam cada vez mais da massificação e os levam a buscar por experiencias autênticas e genuínas, exigindo desses profissionais a concretização de suas expectativas. É nesse contexto que o guia de turismo está inserido na sociedade atual e no âmbito das viagens e do turismo. É importante destacar que a profissão de guia de turismo foi a primeira a ser aprovada e regulamentada. O Decreto n.º 946 de 1° de outubro de 1993, considera que cumpre o papel de guia, o profissional que estiver devidamente cadastrado no Instituto Brasileiro de Turismo1 (EMBRATUR), nos termos da Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993, exerça as atividades de acompanhamento, orientação e transmissão de informações a pessoas ou grupos, em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais, internacionais ou especializadas. Atualmente, após realizar a formação que confere o título de Guia de Turismo (Internacional, Nacional, Regional, América Latina e em Atrativos Turísticos), é necessário realizar o cadastro profissional no Ministério do Turismo e mantê-lo atualizado no Cadastur. 1 Considera-se que a redação se refere ao ano e às funções desempenhadas pela Embratur em 1993 15 No Ministério do Trabalho e Previdência, o Guia de Turismo está inserido na Nr. 5114-05 da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), e está inserido dentro da família da Nr.5114, denominada Guia de Turismo. A CBO caracteriza estes profissionais como: Guia de turismo especializado em atrativo turístico, Guia de turismo especializado em excursão internacional, Guia de turismo especializado em excursão nacional, Guia de turismo especializado em turismo regional. Executam roteiro turístico, transmitem informações, atendem passageiros, organizam as atividades do dia, realizam tarefas burocráticas e desenvolvem itinerários e roteiros de visitas. (CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES, 2015). As atividades do guia regional compreenderem “a recepção, o traslado, o acompanhamento, a prestação de informações e assistência a turistas, em itinerários ou roteiros locais ou intermunicipais de uma determinada unidade da federação, para visita a seus atrativos turísticos” (Brasil, 1993). Com base em Trigo (2000), Valle (2004) e Montes (2013), Zetterman e Paim (2020, p. 4), entende-se que o guia, além de acompanhar, orientar e transmitir informações precisa, também: a) lidar com todos os aspectos administrativos e burocráticos da execução da viagem, garantindo que todos os serviços turísticos que foram contratados pela agência de viagens sejam cumpridos com qualidade; b) lidar com situações que possam acontecer dentro do grupo e preocupações relacionadas à segurança; c) mediar a relação entre os turistas e o local visitado; e d) promover ações que beneficiam tanto as comunidades receptoras quanto a importância da preservação dos recursos e atrativos naturais e culturais da região visitada, dentre outros. Autores como Pond (1993) e Hintze (2007) veem no guia de turismo um papel de educador. Essa visão muda o enfoque desse profissional no contexto do turismo e o torna mais do que um intérprete, mas um agente de transformação social. Embora, reconheça-se que a Educação é um processo e não corre apenas em algumas horas, mas ao longo de anos. A pesquisa de Zetterman e Paim (2020) revela que há guias que sim, concordam com o seu papel de educador, porém outros não se reconhecessem nesse papel. Para o curso de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Culturais, da Macrorregião Sudeste e/ou Curso de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Naturais, da Macrorregião Sudeste, situa-se o Guia de Turismo como um Agente de Transformação Social, da experiencia turísticas e do conhecimento envolvido. 16 Ademais, o turismo é um setor com grande potencial de geração de renda, trabalho e emprego, principalmente em um contexto de grandes transformações tecnológicas e sociais que modificam as relações laborais de maneira profunda. Um dos grandes desafios do mercado turístico atual é a criação de novos produtos capazes de atrair consumidores em busca de produtos segmentados e com qualidade em seus vários aspectos, incluindo sua sustentabilidade. O atual Plano Nacional do Turismo - PNT estabelece como suas diretrizes o fortalecimento da regionalização, a melhoria da qualidade e competitividade, o incentivo à inovação e a promoção da sustentabilidade. Dentro deste escopo, vislumbra-se a oportunidade de aproveitamento do contingente de quase 17.000 profissionais cadastrados como guias de turismo na Região Sudeste do país, como potenciais agentes transformadores do mercado local, tornando-os em produtores, divulgadores e comercializadores de roteiros e passeios especializados, que aproveitam os recursos culturais ou naturais da região. Para isso, é necessário especializar guias de turismo regionais nos atrativos naturais e/ou atrativos culturais. A especialização desses profissionais é uma ação que permite contemplar todas as diretrizes estabelecidas no PNT, a saber: • Fortalecer a regionalização já que o âmbito de atuação deste profissional é a Unidade da Federação para a qual está cadastrado, melhorando a qualificação da mão-de-obra local; • Melhorar a qualidade e competitividade ao ampliar o nível de qualificação dos profissionais, capacitando-os a um atendimento ainda mais profissional e especializado, bem como ampliando a oferta de profissionais aptos a receber, acompanhar, servir como intérprete e facilitador das interações entre os turistas e o núcleo receptor e seus vários atores: população local, prestadores de serviços, atrativos, além de servir como apoio nas questões de saúde e segurança, quando necessário; • Incentivar a inovação, pois o conhecimento adquirido facilita que esses profissionais sejam capazes de propor a criação de novos passeios e programas, seja para a operação pelas agências locais já constituídas, seja por meio de uma oferta individual de cada guia, com intuito de estimular os profissionais ao empreendedorismo individual, reduzindo a informalidade no setor; e • Promover a sustentabilidade, pois esses profissionais passam a entender os recursos naturais e culturais de sua região como elementos fundamentais do seu trabalho ou produto turístico, valorizando-os e estimulando-os a criar uma cultura de preservação do meio ambiente, geografia e história da região junto à comunidade local. 17 Diante de tais tendências, o MTur, com o intuito de preparar os Guias de Turismo Regionais, das cinco macrorregiões do país, para receber esse novo perfil de turista, com fulcro no inciso I do Art. 3º do Decreto nº 10.426/2020, entre outros, buscou parcerias com Instituições de Ensino Superior (Consulta - Ofício Circular nº 305/2022/DEQUA/SNDTur), para ofertar cursos de especialização técnica em atrativos culturais e naturais na modalidade de ensino a distância e com a previsão de realização de visitas técnicas e/ou aulas práticas. É com base nestas premissas que a Universidade Federal Fluminense vem oferecer os cursos de Especialização Técnica em Atrativos Culturais e Naturais para Guias de Turismo Regionais com foco na sustentabilidade do produto turístico local e no estímulo ao empreendedorismo dos profissionais como forma de ampliar a oferta turística de roteiros e passeios diferenciados da oferta tradicional e que atendam a um mercado cada vez mais demandante de produtos turísticos segmentados e especializados. 3.2. Objetivos do curso Promover o conhecimento por meio da EspecializaçãoTécnica para Guias Regionais, em Atrativos Culturais, da Macrorregião Sudeste e/ou Curso de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Naturais, da Macrorregião Sudeste com a finalidade de apoiar a inserção e manutenção deste profissional em um mercado de trabalho competitivo e tecnológico cujos turistas buscam por experiências autenticas. 3.3. Objetivos específicos: • Apresentar conteúdos inovadores que apoiam a atualização do conhecimento; • Sistematizar ações no âmbito pedagógico que possibilitem facilitar inserção e a manutenção deste profissional no mercado de trabalho; • Organizar práticas pedagógicas que possibilitem ao aluno desenvolver conhecimentos técnico- científicos nas áreas naturais, sociais e do mercado de trabalho; • Desenvolver processo formativo, destacando a importância da conservação e preservação de recursos naturais e da conservação e valorização do patrimônio histórico, artístico, cultural e industrial; • Capacitar os guias para elaboração e operacionalização de roteiros turísticos, utilizando os 18 atrativos naturais e culturais; • Propiciar conhecimentos teóricos e práticos para o desenvolvimento da capacidade de análise crítica, de orientação e execução de trabalho de guia de turismo, de forma a contribuir para a qualificação dos serviços prestados ao turista; • Formar profissionais para receber, orientar e dar assistência às pessoas em hotéis, agências de viagens e turismo, trens turísticos, aeroportos, ônibus de turismo, restaurantes e eventos; • Capacitar o profissional a fim de que ele saiba mediar diferenças culturais entre visitantes e comunidade local. 19 4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 4.1. Educação a distância Cursos de Especialização Técnica em Atrativos Culturais e Naturais, serão oferecidos na modalidade à distância, disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem, com o uso da Plataforma Moodle, que alojará o material didático-pedagógico. A Plataforma Moodle utilizará como ferramenta de interação, chat, fóruns e quizzes. Com as seguintes funcionalidades: 1. Chat - atividade que permite a interação on-line e simultânea entre os participantes de um curso, de uso restrito no contexto do formato EAD; 2. Fórum – atividade que permite a discussão de um tema entre os alunos de uso restrito no contexto do formato EAD; 3. Quiz/Questionário – atividade que viabiliza uma grande variedade de tipos de exercícios e avaliações on-line. Permite a criação de questões objetivas e dissertativas, além de fornecer feedback sobre erros e acertos. 4. Tarefas – Atividade que possibilita a solicitação de atividades que devem ser realizadas online. 4.2. Matriz curricular Os conteúdos estão dispostos nos componentes curriculares nos quais há uma trilha comum (figura 6) para ambos os cursos, e duas trilhas especificas (figuras 7 e 8), além dos componentes práticos (Figura 9 e 10) cada um dos cursos, atrativos culturais e atrativos naturais. Figura 6 – Componentes curriculares da trilha comum. T R I L H A C O M U M Disciplinas Tema Carga horária I Turismo e sustentabilidade • Introduzindo o tema e o papel do guia de turismo • A origem do debate e a pulsante e controversa noção de sustentabilidade • Turismo Sustentável ou Sustentabilidade no turismo? • Marcos globais na conexão entre sustentabilidade e turismo; • Projetando caminhos para a práxis turística no horizonte da Agenda 2030 10 h/a II Turismo e ambiente físico e social • Localização dos atrativos, vias de acesso, malha viária • Aspectos históricos e geográficos dos atrativos • O turismo e os aspectos socioeconômicos da região • Moradores como partícipes do fenômeno turístico 10 h/a III Interpretação do patrimônio turístico • Objetivos da interpretação dos patrimônios natural e cultural • A interpretação do patrimônio como ferramenta educacional • O patrimônio classificação e as potencialidades turísticas • Princípios, meios e técnicas para auxiliar a interpretação do patrimônio • O plano interpretativo 10 h/a IV Formatação de produtos e roteiros turísticos • Características e funcionalidades dos roteiros turísticos. • Planejamento dos roteiros: etapa estrutural e de criação. • Promoção de vendas: roteiro técnico, roteiro fantasia e vendas agenciadas. • Precificação dos roteiros: grupo mínimo, componentes do preço e equilíbrio operacional. 10 h/a V Teoria e prática profissional do guia de atrativos • Os novos perfis de turistas • O debate sobre a globalização e a busca de autenticidades culturais no turismo • Transformações no papel e na atuação do guia de turismo especializado em atrativos natural e cultural • Recepção e acompanhamento ao turista quando em visita aos atrativos • Técnica de condução no atrativo • Percurso de visita e cuidados específicos • Técnicas de caminhada e walking tours • Normas de segurança 20 h/a VI Marketing digital e redes sociais • Marketing digital aplicado ao trabalho do guia de turismo • Por que eu preciso estar na internet? • O que postar? • Quando postar? • Como fazer um planejamento para marketing digital? • Onde devo atuar na internet? • Vendas e parcerias comerciais na internet • Turismo Virtual e Guiamento Turístico 10 h/a VII Acessibilidade e inclusão • Apresentar os conceitos de turismo inclusivo, acessível, social e responsável e as suas fronteiras e sobreposições • Relacionar as principais legislações e normas de acessibilidade • Discutir, através de cases, sobre as especificidades das principais tipologias sobre as PCD (pessoas com deficiência) • Identificar as principais técnicas de suporte para os PCDs em função das suas especificidades • Elencar comportamentos recomendados e não recomendados no relacionamento com os PCDs • Avaliar os equipamentos e os roteiros em relação ao público (PCD ou não), assim como identificar o nível de suporte necessário para as atividades / roteiros. 10 h/a Fonte: Elaboração própria, 2023 continuação... 18 19 Figura 6 – Componentes curriculares da trilha comum T R I L H A C O M U M Módulos Tema Carga horária VIII Qualidade e hospitalidade • Apresentar os princípios da qualidade • Desenvolver a capacidade de identificar as lacunas nos serviços • Aprender técnicas e ferramentas para melhoria de processos • Avaliar os serviços e a percepção dos clientes através de ferramentas da qualidade • Adequar os processos segundo as tendências relacionadas as metodologias ágeis • Discorrer sobre os preceitos da hospitalidade em serviços • Relacionar os princípios da hospitalidade ao atendimento do cliente • Apresentar as características do anfitrião hospitaleiro • Elencar as tendências da hospitalidade e as experiências em serviços 10 h/a IX Turismo e experiências • Experiência turística: fatores que tornam uma viagem inesquecível • A atuação do guia na transformação da experiência do turista • A importância da contação de histórias (storytelling) para experiências turísticas memoráveis 10 h/a X Legislação turística sobre guia de turismo • O guia de turismo na legislação turística • Lei n.º 8.623/93, de 28 de janeiro de 1993 - Regulamentação da Profissão • Decreto No. 946/93, de 1º de outubro de 1993 - Regulamentação da Profissão • Deliberação Normativa nº 426/01, de 04 de outubro de 2001 – Cadastramento dos guias de turismo • Lei Nº 11.771, de 17 de setembro de 2008 – Lei Geral do Turismo • Portaria nº 311, de 3 de dezembro de 2013 – procedimentos de fiscalização dos prestadores de serviços turísticos • Lei Nº 12.974, DE 15 DE MAIO DE 2014 - Dispõe sobre as atividades das Agências de Turismo. • Lei Nº 13.785, de 27 de dezembro de 2018 - Guia com Carro 10 h/a Fonte: Elaboração própria, 202320 Figura 7- Componentes da trilha específica – Atrativos Culturais T R I L H A E S P E C Í F I C A Módulos Tema Carga horária XI Fundamentos e dimensões do patrimônio cultural • Introdução aos estudos sobre o patrimônio • Patrimônio cultural: noções, dimensões e diferentes abordagens • Patrimônio material, imaterial e híbrido • Segmentação turística: o turismo cultural e sua relação com os bens de natureza 10 h/a cultural • O patrimônio cultural brasileiro: história, caracterização, políticas e processos de patrimonialização dos bens culturais XII Empreendedorismo e práticas inovadoras no • Empreendedorismo e turismo cultural: conceitos e interfaces. • A importância da inovação para o empreendedorismo. • Comportamento e perfil empreendedor. • Demandas, tendências, oportunidades e desafios no turismo cultural: mercados 10 h/a turismo cultural emergentes. • Conexões entre negócios criativos e turismo cultural. • Patrimônio e turismo: princípios basilares na orientação para guias de turismo. • A importância da economia criativa para o turismo cultural. • O guia de turismo como comunicador cultural: a oportunidade de ser protagonista e intermediador em tempos de disrupção. • O guia de turismo empreendedor: gestando e realizando ideias, projetos e negócios criativos e inovadores. • Aspectos práticos do empreendedorismo para guias de turismo: caminhos para a formalização, regulamentação e profissionalização. XIII Arquitetura • Arquitetura e patrimônio cultural • A arquitetura como base para roteiros turísticos segmentados e especializados • Conjuntos arquitetônicos da região § Arquitetura e monumentos religiosos § Arquitetura e monumentos civis § Arquitetura e monumentos militares 10 h/a XIV Arte, artesanato e produção regionais • Tipologia das artes: plásticas, cênicas, literatura, cinema, fotografia, digital e de animação • Arte, artesanato e produção como patrimônio cultural • Arte, artesanato e produção como base para roteiros turísticos • Principais elementos do patrimônio artístico e produtivo da região 10 h/a XV Expressões populares regionais • As Expressões populares como patrimônio cultural • As expressões populares como base para roteiros turísticos • Principais elementos das expressões populares regionais 10 h/a Fonte: Elaboração própria, 2023 21 Figura 8- Componentes da trilha específica – Atrativos Naturais T R I L H A E S P E C Í F I C A Módulos Tema Carga horária XI Fundamentos e dimensões do patrimônio natural • Introdução aos estudos sobre o patrimônio natural • Patrimônio natural: noções, dimensões e diferentes abordagens • Segmentação turística: o turismo de natureza e suas vertentes • Tipos e objetivos das unidades de conservação § Parques nacionais / estaduais / municipais § Reservas biológicas § Estações biológicas § Jardins botânicos § Hortos florestais § Reservas particulares do patrimônio Natural 10 h/a XII Patrimônio natural e geoturismo • 1. O que é patrimônio natural • 1.1 Discussão conceitual e relações com o patrimônio cultural. • 1.2 O tombamento de áreas e bens naturais (políticas públicas e instrumentos legais) • 2. O patrimônio natural do Sudeste. • 2.1 O uso do patrimônio natural pelo turismo na Região • 3. Sobre o conceito de geoturismo. • 3.1 Exemplos de geoturismo na Região Sudeste. 10 h/a XIII Flora e fauna regionais • Noções de botânica básica § Os biomas vegetais regionais: Mata Atlântica; Restingas e manguezais; Campos de altitude; • Interação animal-planta • As plantas e o homem • Noções de zoologia • Espécies endêmicas: Animais de mata atlântica; Animais de restingas e manguezais; Animais de campos de altitude; Espécies animais ameaçadas de extinção; Cuidados em campo 10 h/a XIV Empreendedorismo e práticas inovadoras de turismo em áreas naturais • Fundamentos básicos do empreendedorismo e da inovação • Noções sobre a relação entre economia criativa, turismo e patrimônio cultural e natural • Orientações básicas para o empreendedorismo e a inovação no trabalho do guia de turismo associado ao patrimônio cultural e natural • Microempreendedor Individual, Pessoa Jurídica e Microempresas: a relação entre as figuras jurídicas, os negócios turísticos e os guias de turismo 10 h/a XV Emergências, salvamentos e resgates • Conceito de primeiros-socorros; abordagem ao paciente: exames primário e secundário • Efeitos fisiológicos decorrentes de altitude, temperatura, profundidade • Vertigens/desmaios • Assistência respiratória • Ressuscitação cardiopulmonar • Hemorragias e ferimentos • Fraturas e imobilizações (acidentes ortopédicos) • Afogamentos e queimaduras • Estado de choque • Crises convulsivas • Insetos e animais peçonhentos - Intoxicações e envenenamento • Transporte de vítimas • Insolação/intermação • Congelamento/hipotermia • Desidratação 10h/a 22 Fonte: Elaboração própria, 2023 Figura 9 - Componentes Práticos Atrativos Culturais. XVI Atividades práticas • Projeto de criação de um roteiro turístico especializado, incluindo a sistematização e estruturação de informações sobre o roteiro desenhado; • Visitas técnicas de campo; • Visitas e viagens técnicas à atrativos e cidades turísticas, com o objetivo de garantir o desenvolvimento do discente e a sua inserção no mercado de trabalho; • Experimentação de práticas de guiamento na cidade e região, reforçando a contextualização do conteúdo. 40 h/a Fonte: Elaboração própria, 2023 Figura 10 - Componentes Práticos Atrativos Naturais. XVI Atividades práticas • Projeto de criação de um roteiro turístico especializado, incluindo a sistematização e estruturação de informações sobre o roteiro desenhado; • Visitas técnicas de campo; • Visitas e viagens técnicas à atrativos e cidades turísticas, com o objetivo de garantir o desenvolvimento do discente e a sua inserção no mercado de trabalho; • Experimentação de práticas de guiamento na cidade e região, reforçando a contextualização do conteúdo. 40 h/a Fonte: Elaboração própria, 2023 23 Carga Horária Total Carga horário Comum + Carga Horária Específica (AC ou AT) + Carga Horária Prática (presencial) CURSO ATRATIVOS CULTURAIS CURSO ATRATIVOS NATURAIS 4.3. Atividades Práticas As 40 horas-aula práticas para cada um dos Cursos de Especialização Técnica em Atrativos Culturais e Naturais serão ministradas por meio do uso de ao menos uma das estratégias a seguir: I. Estudo de caso; II. Conhecimento do mercado e das empresas; III. Pesquisas individuais e em equipe; IV. Elaboração de projetos; V. Práticas durante aulas síncronas; VI. Até duas visitas técnicas in loco. As atividades práticas serão desenvolvidas por docentes – guias especializados visando ampliar as possibilidades já adquiridas dos alunos e adequadas à realidade local, atendendo as normativas e as legislações vigentes e serão agendados previamente pela coordenação dos cursos. 120 + 40 + 40 = 200 horas/aula 120 + 40 + 40 = 200 horas/aula 24 4.4. Metodologia de ensino-aprendizagem As disciplinas do Curso de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Culturais, da Macrorregião Sudeste e do Curso de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Naturais, da Macrorregião Sudeste são autoinstrucionais. Outros recursos tecnológicos, poderão ser utilizadas no curso, como videoconferência e rede sociais. Os procedimentos de seleção, matrícula, registro e acompanhamento acadêmico e certificação de guias serão realizados conforme normas institucionais. A seleção dos guias obedecerá aos critérios ser guia regional habilitado em atrativos culturais e/ouatrativos naturais em algum dos estados da macrorregião Sudeste e estar com Cadastur atualizado. Os cursos terão 200 horas cada, desenvolvidos no Ambiente Virtual de Aprendizagem, sendo 160 horas desenvolvidas na Plataforma Moodle e 40 horas com atividades práticas. Cada curso terá 16 disciplinas hospedadas no ambiente Moodle, com exercícios interativos, material de apoio no formato de livro digital possível uso de videoaulas. As avaliações serão desenvolvidas por disciplinas na própria Plataforma Moodle sem interferência do docente. Para o trabalho final de curso o aluno desenvolverá uma proposta de roteirização em atrativos turísticos culturais e/ou naturais dependendo do curso no qual esteja matriculado. 4.5. Acompanhamento e avaliação do processo ensino-aprendizagem A conclusão dos módulos é feita automaticamente mediante a realização da Verificação da Aprendizagem. Dessa forma, é necessário concluir todas as disciplinas bem como suas atividades, para ser aprovado no curso. Lembrando que a média final mínima para aprovação é de 6 pontos. 25 5. CORPO DOCENTE, TUTORIAL E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO 5.1. Coordenação de curso Os coordenadores dos cursos são os professores doutores Fábia Trentin e Carlos Alberto Lidizia Soares. Ambos trabalham na UFF desde setembro de 2006 em regime de dedicação exclusiva. A professora Fábia Trentin, já coordenou o curso de turismo da UFF e o curso para Gestores Públicos e Privados dos Municípios Turísticos do Estado do Rio de Janeiro, participou da equipe que elaborou o Plano Estratégico do Turismo do Estado do Rio de Janeiro para os próximos 10 anos. No momento exerce do cargo de Chefe do Departamento de Turismo, coordena o Laboratório de Políticas, Governança e Turismo (LabPGTUR), e é professora do Programa de Mestrado em Turismo (PPGTUR), integra os grupos de pesquisa TGT: Turismo, Gestão e Territórios, Turismo: Audiovisual e Educação Turísticas, Gestão e Desenvolvimento de Territórios Criativos, Rede Internacional de Pesquisa - Turismo e Dinâmicas Socioterritoriais Contemporâneas . É ponto focal da UFF na Cátedra a UNESCO de Economia Criativa e Políticas Públicas. O professor Carlos Alberto Lidizia Soares coordena a especialização de Gestão de Serviços Turísticos desde a sua criação em 2012, contanto com aproximadamente 16 turmas concluídas, além de ter coordenado projetos de grande porte, dos quais destaca-se Inventário da oferta turística nos 23 destinos indutores do Estado do Rio de Janeiro e, mais recentemente, o Plano Estratégico do Turismo do Estado do Rio de Janeiro para os próximos 10 anos. Também coordena um Programa de Imersão Internacional com 10 edições concluídas (em Portugal e na Espanha). Atualmente exerce também o cargo de Vice-diretor da Faculdade de Turismo e Hotelaria. Coordena o Núcleo de Projeto desde a sua criação a 10 anos, aproximadamente. 5.2. Docentes conteudistas O material será elaborado por professores doutores de instituições de ensino localizadas na macrorregião Sudeste, que podem trabalhar em colaboração com doutorandos e/ou mestres (figuras 11, 12 e 13). http://dgp.cnpq.br/dgp/faces/consulta/consulta_parametrizada.jsf http://dgp.cnpq.br/dgp/faces/consulta/consulta_parametrizada.jsf http://dgp.cnpq.br/dgp/faces/consulta/consulta_parametrizada.jsf http://dgp.cnpq.br/dgp/faces/consulta/consulta_parametrizada.jsf http://dgp.cnpq.br/dgp/faces/consulta/consulta_parametrizada.jsf 26 Figura 11– Docentes conteudistas da trilha comum Disciplinas Docente Lattes Turismo e Sustentabilidade Marta de Azevedo Irving http://lattes.cnpq.br/1912229324377473 Turismo e Ambiente Físico e Social Davis Gruber Sansolo http://lattes.cnpq.br/9763222402206421 Interpretação do Patrimônio Turístico Claudia Moraes http://lattes.cnpq.br/1956118479593590 Formatação de Produtos e Roteiros Turísticos Frederico Cascardo http://lattes.cnpq.br/8269487036175983 Teoria e Prática Profissional do Guia de Atrativos Renato González de Medeiros José Carlos de Souza Dantas http://lattes.cnpq.br/1944130523813923 http://lattes.cnpq.br/4696734213649495 Marketing Digital e Redes Sociais Mariana de Freitas Coelho http://lattes.cnpq.br/6529509228250270 Acessibilidade e Inclusão Carlos Alberto Lidizia Soares Suellen Lamas http://lattes.cnpq.br/5555818378491999 http://lattes.cnpq.br/6071263211226854 Qualidade e Hospitalidade Carlos Alberto Lidizia Soares Lélio Galdino Rosa http://lattes.cnpq.br/5555818378491999 http://lattes.cnpq.br/9644204315055460 Turismo e Experiências Fábia Trentin Eduardo Sant’Anna http://lattes.cnpq.br/3465070234965219 ttp://lattes.cnpq.br/6289925381435173 Legislação turística sobre guia de turismo Renato González de Medeiros José Carlos de Souza Dantas http://lattes.cnpq.br/1944130523813923 http://lattes.cnpq.br/4696734213649495 Figura 12 – Docentes conteudistas da trilha específica de Atrativos Culturais Disciplinas Docente Lattes Fundamentos e Dimensões do Patrimônio Cultural Valéria Lima Guimarães http://lattes.cnpq.br/5344912790840208 Empreendedorismo e Práticas Inovadoras no Turismo Cultural Valéria Maria de Souza Lima http://lattes.cnpq.br/1499375413855316 Turismo e Arquitetura Ana Paula Spolon http://lattes.cnpq.br/6925630903453508 Arte, Artesanato e Produção Regionais Telma Lasmar Gonçalves http://lattes.cnpq.br/6559104634080797 Expressões Populares Regionais Claudia Moraes http://lattes.cnpq.br/1956118479593590 Figura 13 – Docentes conteudistas da trilha específica de Atrativos Naturais Disciplinas Docente Lattes Fundamentos e Dimensões do Patrimônio Natural Marta Irving http://lattes.cnpq.br/1912229324377473 Patrimônio Natural e Geoturismo Rita de Cassia Ariza da Cruz Isabella Maria Beil http://lattes.cnpq.br/5125571262722656 http://lattes.cnpq.br/9612388622919767 Flora e Fauna Regionais Davis Gruber Sansolo Giovana Cioffi Nascimento http://lattes.cnpq.br/9763222402206421 http://lattes.cnpq.br/7861212649914040 Empreendedorismo e Práticas Inovadoras de Turismo em Áreas Naturais Vinicius de Souza Viegas Emergências, Salvamentos e Resgates A definir http://lattes.cnpq.br/1912229324377473 http://lattes.cnpq.br/9763222402206421 http://lattes.cnpq.br/1956118479593590 http://lattes.cnpq.br/8269487036175983 http://lattes.cnpq.br/1944130523813923 http://lattes.cnpq.br/4696734213649495 http://lattes.cnpq.br/6529509228250270 http://lattes.cnpq.br/5555818378491999 http://lattes.cnpq.br/6071263211226854 http://lattes.cnpq.br/5555818378491999 http://lattes.cnpq.br/9644204315055460 http://lattes.cnpq.br/3465070234965219 http://lattes.cnpq.br/1944130523813923 http://lattes.cnpq.br/4696734213649495 http://lattes.cnpq.br/5344912790840208 http://lattes.cnpq.br/1499375413855316 http://lattes.cnpq.br/6925630903453508 http://lattes.cnpq.br/6559104634080797 http://lattes.cnpq.br/1956118479593590 http://lattes.cnpq.br/1912229324377473 http://lattes.cnpq.br/5125571262722656 http://lattes.cnpq.br/9612388622919767 http://lattes.cnpq.br/9763222402206421 http://lattes.cnpq.br/7861212649914040 27 6. INFRAESTRUTURA A UFF, por meio da FTH e do LabPGTUR e do NUPTHS disponibiliza infraestrutura para a coordenação e equipe de apoio logístico e administrativo, com salas e equipamentos como notebooks, impressoras, internet, ar-condicionado, micro-ondas, frigobar, cafeteira, armários, mesas e cadeiras. O curso será realizado a distância no Ambiente Virtual de Aprendizagem alojado na plataforma Moodle. 6.1. Biblioteca No AVA haverá links de acesso para bases com publicações nacionais de dissertações, teses, artigos científicos e livros digitais. Cada disciplina possui terá um livro digital com as referências utilizadas para o conteúdo de cada uma delas. A coordenação dos cursos com a equipe de logística e apoio administrativo disponibilizará, sempre que possível, acessoa bibliotecas virtuais. 28 7. AVALIAÇÃO DO CURSO 7.1. Avaliação do Projeto Pedagógico do Curso A avaliação do curso identifica-se como construção coletiva de conhecimentos, geradores de reflexões indutoras da melhoria da qualidade das atividades pedagógicas, científicas, administrativas e de relações estabelecidas no grupo de indivíduos envolvidos com e no Curso de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Culturais, da Macrorregião Sudeste e Curso de Especialização Técnica para Guias Regionais, em Atrativos Naturais, da Macrorregião Sudeste. A avaliação será realizada por meio de reuniões entre a coordenação e os docentes, a coordenação e a equipe de logística e apoio administrativo, e por meio de questionário com os guias/cursistas. 8. CERTIFICADOS O documento de conclusão é um certificado que contém a carga horária do curso, o conteúdo programático, o período de realização e o aproveitamento do participante, seu download estará disponível na opção "Certificado", no menu do curso. 29 9. REFERÊNCIAS BRASIL., Decreto n° 946, de 01/10/2010: Regulamenta a Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993. Dispõe sobre a profissão de guia de turismo e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D0946.htm. BRASIL, Lei nº 8.623, de 28/01/1993. Dispõe sobre a profissão de guia de turismo e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8623.htm. BRASIL, Lei nº 11.771, de 02/12/2008. Regulamenta a Lei no 11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2010/Decreto/D7381.htm. BRASIL, Lei nº 7.381, de 02/12/2010. Regulamenta a Lei no 11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7381.htm. BRASIL, Portaria MTur n° 37, de 11/11/2021. Estabelece as normas e condições a serem observadas no exercício da atividade de Guia de Turismo. Disponível em: https://www.gov.br/turismo/pt-br/centrais-de- conteudo-/publicacoes/atos-normativos-2/2021-1/portaria-mtur-no-37-de-11-de-novembro-de-2021. BRASIL, Portaria MTur nº 197, de 31/07/2013. Disciplina o Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos – Cadastur, o Comitê Consultivo do Cadastur – CCCad e dá outras providências. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/legislacao/?p=135. BRASIL, Portaria MTur nº 130 de 26/07/2011. Institui o Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos – Cadastur, o Comitê Consultivo do Cadastur – CCCad e dá outras providências. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/legislacao/?p=112. CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES (CBO). CBO 511405 - Guia de turismo. Disponível em: CBO 511405 - Guia de turismo (codigocbo.com.br) HINTZE, H. Guia de turismo: formação e perfil profissional. São Paulo: Roca, 2007. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mapa. Disponível em: Região Sudeste (IBGE) | Flashcards (goconqr.com). POND, K. The professional guide: dynamics of tour guiding. New York: John Wiley & Sons.1993. TRIGO. L. G. G. A importância da educação para o turismo. In: LAGE, Beatriz Helena Gelas: MILONE, Paulo CE (Orgs.). Turismo: teoria e prática. 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A profissão de guia de turismo: conhecendo o passado e o presente para projetar o futuro. 2004. 103 f. Dissertação (Mestrado em Cultura e Turismo). Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC, Ilhéus, Bahia, 2004. ZETTERMAN, G. D.; PAIM, E. A. (2020). Guias de turismo: educadores na cidade de Florianópolis. Boletim CDAPH, 4(1). https://doi.org/10.24933/bcdaph.v4i1.37.
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