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Sistema Digestório ● FUNÇÃO -Responsável pela quebra dos alimentos em partes menores, de forma que possa ser utilizado para gerar energia, para o crescimento e para a renovação celular; -Os órgãos que pertencem a esse aparelho são capazes de receber alimentos, degradá-los química (digestão química) e mecanicamente (redução mecânica) até seus componentes moleculares e então absorvê-los (digestão); -elimina resíduos excretados e que não foram absorvidos; -As células desse sistema são importantes para esse processo e podem possuir funções hormonais; -Tecido nervoso e vasos sanguíneos e linfáticos desempenham um papel importante na digestão; ● COMPOSIÇÃO -compõe-se do canal alimentar > se prolonga desde a boca até o ânus e também inclui glândulas anexas, glândulas salivares, o fígado e o pâncreas, cujas secreções digestivas, por meio de ductos, desembocam no canal alimentar; -tubo muscular, onde a parede consiste em três camadas: No interior existe uma membrana mucosa (túnica mucosa) que contém muitas glândulas, seguido por uma camada muscular (túnica muscular) e uma camada externa de tecido conectivo (muda de acordo com o local) >> Nas grandes cavidades do corpo, a maior parte da camada de tecido conjuntivo é coberta com mesotélio e é denominada camada serosa (túnica serosa); faz parte da pleura visceral a cavidade torácica e a maior parte do peritônio visceral na cavidade abdominal; No lado de fora das cavidades do corpo, a camada de tecido conjuntivo se mistura com os tecidos circundantes e é conhecida como túnica adventícia ; -canal alimentar dividido em: ● Boca ● faringe; ● Esôfago ● estômago; ● Intestino delgado; ● Intestino grosso; ● Canal anal. -existem diferenças nesses segmentos marcadas entre espécies específicas refletindo o tipo e o valor nutritivo do alimento que é normalmente consumido. ➔ BOCA - designa não somente a cavidade oral e suas paredes , mas também os lábios, as estruturas acessórias que se projetam ( dentes, língua ) e drenam ( glândulas salivares ) para dentro dela; -funções: a apreensão, a mastigação e a insalivação do alimento (digestão química) > conversão do alimento em bolo que pode ser engolido; ; papel na agressão e defesa; nos seres humanos é importante na formulação dos sons da fala; Na maioria das espécies funciona como via aérea quando o fluxo pelo nariz está prejudicado; - grau de abertura da boca varia conforme a espécie, dependendo dos hábitos alimentares. Em animais que utilizam os dentes para capturar presas, grande parte da boca se abre, enquanto em herbívoros e em roedores, um orifício menor é o suficiente; -limitada: *lateralmente - pelas bochechas *dorsalmente, ou teto - pelo palato duro; *Ventralmente - pelo corpo da mandíbula e músculos; *caudalmente- palato mole; ➢ Cavidade Oral -se estende desde os lábios até a entrada na faringe, por meio de um estreitamento caudal na região dos arcos palatoglossais; -Seu suporte ósseo é fornecido pelo osso incisivo, pelos processos palatino e alveolar da maxila, pela lâmina horizontal do osso palatino e pela mandíbula; -dividida em: 1. Vestíbulo 1 oral - subdividido em vestíbulo labial, o espaço entre os dentes incisivos e os lábios, e o vestíbulo bucal , espaço entre os dentes pré molares, molares, gengiva e as bochechas; se comunica com a cavidade própria da boca por meio de espaços interdentais , sendo que o maior deles é a margem interalveolar entre os dentes incisivos e os dentes molares; há em macacos e roedores divertículos do vestíbulo da boca > bolsa da bochecha de formato de saco cego; por conta de sua vida que é sempre sob ameaça; função de armazenamento e permitem que o animal colete seu alimento rapidamente, armazenando-o para mastigação mais tarde; alcançam um tamanho considerável em hamsters, chegando até o tórax; quando desenvolvido a esse grau, as bolsas têm sua própria musculatura de suporte; 2. Cavidade oral propriamente dita - espaço delimitado pelas arcadas dentárias; cercada dorsalmente pelo palato duro, ventralmente pela língua e pela mucosa refletida, e lateral e rostralmente pelos dentes, arcos dentais e gengiva; 1 Pequeno espaço ou pequena cavidade que dá entrada a outra; - apresenta revestimento mucoso, composto de epitélio escamoso estratificado parcialmente cornificado, sob o qual se posiciona uma submucosa, onde se encontram glândulas mistas; -Sobre os processos alveolares da maxila, da mandíbula e do dente incisivo, a mucosa se modifica para formar a gengiva; ➢ PALATO -divisória composta parcialmente de tecido ósseo e parcialmente de tecido mole que separa as passagens digestiva e respiratória da cabeça. 1. Palato duro - posiciona-se rostral ao palato mole membranoso; base óssea são os processos palatinos da maxila, ossos incisivos e pela lâmina horizontal do osso palatino; lado oral têm uma mucosa espessa e cornificada; atravessada por uma série de rugas/cristas palatinas > elevações da mucosa; cão tem 6-10 pares, o gato 7, o porco 20-23, o boi 15-20, as ovelhas com cerca de 14, a cabra 12 e o cavalo 16-18; são cornificadas; Em ruminantes, essas rugas concentram papilas cônicas , direcionadas caudalmente para guiar o alimento para trás; auxilia o língua durante a preensão e mastigação e ao mover o bolo alimentar para a orofaringe; protegem as bochechas do alimento deles que é mais seco e rígido; No porco e no cavalo, as cristas palatinas estendem-se até o palato mole; nas outras espécies, a porção caudal do palato duro é lisa dividido em duas metades simétricas por uma rafe palatina mediana que geralmente tem aforma de um sulco raso (no cão é uma crista mediana indistinta); Existem glândulas, na porção caudal do palato duro no cão e ruminantes, e na porção rostral no porco; rugas mais proeminente e queratinizadas em herbívoros para proteger a mucosa devido a alimentação do animal que é mais seca e rígida ; mucosa palatina pode ser mais ou menos pigmentado (preto) em todos os mamíferos domésticos; papila incisiva > pequena saliência mediana; se localiza imediatamente caudal aos dentes incisivos ou almofada dentária e está cercada em cada lado pelos orifícios dos ductos incisivos, os quais perfuram o palato; Esses ductos se ramificam e conduzem para a cavidade nasal e para o órgão vomeronasal , um canal cego revestido por mucosa olfativa; *No equino, os ductos incisivos não conectam a cavidade nasal à oral; Pulvino dentário > ruminantes; substitui os dentes incisivos superiores das outras espécies domésticas; atua como par dos dentes incisivos inferiores durante a ingestão de alimentos; a mucosa do palato duro se une à mucosa da gengiva >> A gengiva é composta por um tecido espesso fibroso e pela mucosa intensamente vascularizada; se prolonga ao redor do colo dos dentes até os alvéolos, onde se une ao periósteo alveolar; 2. palato mole ou véu palatino - prossegue caudalmente desde o palato duro até o óstio intrafaríngeo , cuja margem rostral é formada pela borda caudal do palato mole; face ventral é coberta por mucosa oral, a qual forma diversas pregas longitudinais e algumas pregas transversas maiores; A face dorsal é coberta pela mucosa respiratória; A camada intermediária consiste em glândulas salivares muito próximas umas das outras e músculos e suas aponeuroses >> são responsáveis pelo movimento ativo do palato mole: o músculo palatino encurta o palato; o músculo tensor o tensiona e o levantador eleva o palato mole; As membranas mucosas da faringe, bem como o palato mole e os músculos, com exceção do músculo tensor do palato mole, são inervados por um plexo formado principalmente pelo nervo vago, e em menor grau pelo nervo glossofaríngeo; O músculo tensor do palato mole é inervado pelo nervo mandibular; Telhado da cavidade oral de uma vaca. D Almofada dentária; P3 terceiro pré-molar; M1 primeiro molar; a lábio superior; a’ filtrum; a’’ ângulo da boca; b, b 'Vestíbulo oral; d, Bochecha com musculatura bucal e glândulas bucais dorsais; e, Músculo masseter; f Artéria e veia facial; f 'Canal parotídeo; 1 Papila incisiva com aberturas dos ductos incisivos; 2 palato duro com cristas palatinas, este último com papilas cornificadas; 2 ' rafe Palatina;3 Palato mole; Fig. 32. Assoalho sublingual da cavidade oral;. j2 incisivo inferior; C Incisivo frontal; a, Lábio inferior;. a’ Papilas labiais; 1 Órgão orobasal; 2 carúncula sublingual com aberturas dos ductos mandibular e sublingual maior; ➢ LÍNGUA -composta principalmente por músculo esquelético e ocupa a maior parte da cavidade própria da boca, prolongando-se até a parte oral da faringe; -sustentada caudalmente pelo osso hióide; ancorada na mandíbula e aparelho hióide pelo músculos extrínsecos linguais que entram no corpo da língua por trás e por baixo; -função: responsável pela captação/apreensão de água e alimento (ruminantes), pela manipulação do alimento dentro da boca (mastigação) e pela deglutição; possui receptores para paladar ( papilas gustativas/gustação ), temperatura e dor; Algumas espécies usam a língua para se livrar dos insetos ou para se coçar; outros usam para limpar suas peles e pentear seus pelos (gatos); No cão é usada para intensificar a perda de calor pela respiração, facilitada pela intensa vascularização e por numerosas anastomoses arteriovenulares juntamente com ventilação (laringe, traqueia e brônquios do tronco principal) do espaço morto > isso porque ele não possui muitas glândulas sudoríparas; No gato possui mais glândulas sudoríparas por isso a respiração não é pela boca; -papel importante na sucção do recém-nascido. -móvel; -tem: dorso lingual > superfície da língua oposta ao palato; ápice >> é móvel (porção rostral livre), as outras partes são fixas ; corpo >> unido ao assoalho oral por uma prega mucosa, o frênulo lingual, que limita a movimentação da língua; e raiz > se inclina ventralmente em direção à base da epiglote; - língua do cão na sua face dorsal possui um sulco mediano ; -Em carnívoros > a parte ventral da língua contém um corpo fibroso em forma de bastão, a lissa , que se situa no plano mediano, sob a mucosa ventral incorporada na musculatura ao longo da região ventral >> se prolonga desde quase a ponta da língua até sua raiz, mas não alcança o osso hióide; está encapsulada em uma bainha espessa de tecido conectivo, a qual apresenta tecido adiposo, músculo estriado e, eventualmente, ilhas de cartilagem; permite a dobradura da língua ajudando na captação de água (melhor no cão) > por isso o gato consegue pegar menos água quando vai beber e comer e o cão come e bebe rápido; -No bovino >> a parte caudal do dorso da língua é elevada para formar uma grande proeminência definida ( toro lingual ) por uma transversa fossa lingual , na qual há tendência de acúmulo de alimentos >> apresenta grande potencial para infecções, já que o epitélio dentro da fossa pode ser facilmente lesionado por partículas pontiagudas de alimento; -língua do equino >> é fortalecida por cartilagem delimitada pela parte dorsal da língua; -Nos herbívoros e suíno > o corpo da língua tem extensas superfícies laterais; Mais caudalmente, apenas a superfície dorsal é exposta e coberta por uma membranamucosa; -Ao longo das superfícies ventral e lateral da língua, a membrana mucosa é fina e delicada; No dorso, porém, onde o desgaste da língua é maior, a mucosa é espessa e rija, devido à cornificação de seu epitélio, principalmente nos ruminantes e no gato . -A membrana mucosa da língua apresenta numerosas papilas , onde sua distribuição, seu tamanho, sua quantidade e sua forma são características de cada espécie > a predominância dos tipos é variável entre diversas espécies, e pode justificar os diferentes hábitos alimentares; 1. Com base na função: A. papilas mecânicas >> funções mecânicas; cornificadas e auxiliam na lambida ao mesmo tempo em que protegem as estruturas mais profundas de lesões; - Papilas filiformes >> menores e mais numerosas de todas; presente na língua do bovino no toro lingual, gatos, e no dorso da língua do suíno, cabra e equino; confere à mucosa (lńgua) do equino uma aparência aveludada > por conta que é menos queratinizada; *No boi, ovelha, gato e, em certa medida, também no cão > são pequenas e são direcionados caudalmente; fortemente cornificados no gato e no boi (por conta da alimentação); *no suíno e cão > as presentes na raiz da língua são longas e macias; Nas outras espécies, a raiz da língua está livre de papilas; - Papilas cônicas >> são maiores, mas ocorrem com menos frequência; espalhadas em uma região ampla pela face dorsal da língua dos felinos e na base da língua do bovino, deixando sua superfície áspera e na região interna da bochecha dele também > servindo de proteção das bochechas principalmente por conta de sua alimentação mais seca e rígida protegem as bochechas e ajudam no direcionamento do alimento; Espalhadas entre as papilas filiformes do boi, cabra e ovelha, especialmente no toro lingual ( assim como as papilas lenticulares planas ); - Papilas marginais >> presentes em carnívoros recém-nascidos e em leitões e auxiliam na sucção do leite; - Papilas lentiformes >> tem função mecânica; como se tivesse passado uma lixa em cima delas; presentes no toro lingual dos ruminantes; 2. Papilas gustativas >> seu epitélio contém botões gustativos, sensíveis ao sabor; papilas fungiformes, circunvaladas e foliares/folhadas >> função principalmente gustativa; Há poucas glândulas salivares situadas próximas a essas papilas >> removem partículas de alimento das papilas, deixando-as disponíveis para o ingresso de novo material alimentar; distribuição mais restrita, característica para cada espécie; - Papilas fungiformes >> menos numerosas, mas maiores; distribuídas no dorso da língua , especialmente ao longo das fronteiras; também são encontradas na lateral e até mesmo na face ventral da língua; localizadas principalmente na ponta da língua - Papilas valadas ou circunvaladas >> localizadas no dorso, logo rostral à raiz da língua; têm um núcleo de tecido conjuntivo; maiores que as papilas fungiformes; cercados por uma fenda circular e não se projetam acima da superfície do língua; Existem muitas papilas gustativas no epitélio da papila voltado para a fenda, mas apenas algumas na parede oposta; nos ruminantes estão dispostas em uma fileira irregular ; no equino elas estão no dorso da língua uma de cada lado no plano mediano e pode encontrar de 2 a 3, geralmente a 3 é menor (papila adicional não pareada); entre 8 e 17 nos bovinos; 1 a 2 nos porcos (maiores), carnívoros 2-3 papilas de cada lado (4 a 6); -Papilas foliáceas ou folhadas > série de folhas paralelas de tecido conjuntivo separados um do outro por pequenos sulcos; no equino é mais pronunciada (20mm); localizadas nas bordas laterais da língua; rostral ao arco palatoglosso ( prega mucosa espessa que conecta a raiz da língua com a superfície ventral do palato mole ); nos cães é extremamente pequena e rudimentar nos gatos >> não dispõem de papilas foliáceas, e nestes animais as protrusões tem formato de dedo; no suíno tem 7-8 mm (menores que as do cavalo); ausentes nos ruminantes ( ocasionalmente no bovino é rudimentar ); -A prega glossoepiglótica e os arcos palatoglossais também contêm numerosas glândulas; -A mucosa sobre a raiz da língua é caracterizada pela presença de tecido linfático >> Isso assume a forma de acúmulos linfocíticos difusos, nódulos linfáticos solitários e agregados ou folículos tonsilares >> chamado coletivamente de tonsila lingual; -INERVAÇÃO > é derivada de 5 pares de nervos cranianos (ramo mandibular do nervo trigêmeo (V), o nervo facial (VII), o nervo glossofaríngeo (IX/ terço caudal da língua é inervado), o vago (X/raiz da língua recebe inervação adicional) e o nervo hipoglosso (XII). -O hipoglosso é o único nervo motor para a língua e inerva a musculatura da língua; os outros 4 são sensorial e mediato gustativo, tátil, doloroso e estímulos de temperatura; -irrigação > ocorre principalmente por meio da artéria lingual , complementada pela artéria sublingual , todas pares, sendo que ambas emergem do tronco linguofacial (ruminantes e equinos) > elas projetam uma grande quantidade de ramos em direção à face dorsal da língua e se subdividem em diversos ramos menores dentro da mucosa; -A veia sublingual tem importância prática, já que é facilmente visível no lado ventral da língua, e pode ser usada para punção no contexto clínico ; Lesões nesse nervo resultam em paralisia da língua >Observa-se esse indício clínico após trauma na cabeça ou uma complicação após doença da bolsa gutural (divertículo da tuba auditiva) no equino; língua ruminante língua cão ruminante ★ MúsculosLinguais -língua é ancorada na mandíbula e aparelho hióide pelo músculos extrínseco linguais que entram no corpo da língua por trás e por baixo; -divididos em grupos: 1. músculos intrínsecos > forma a maior parte da língua; consiste em um sistema de fibras/fascículos que não estão presas/fixadas ao esqueleto (aparelho hióide) e que correm nas direções longitudinal, perpendicular (verticalmente) e transversal; A contração simultânea dos 3 feixes enrijece a língua; 2. músculos extrínsecos > 4 pares; A. genioióideo - situa-se de certa forma separadamente e passa da parte incisiva da mandíbula para o corpo do osso hióide; portanto, situa-se sob a língua, não propriamente nela ; É capaz de tracionar o hióide e, por conseguinte, a língua para a frente; B. genioglosso - se origina mais dorsalmente que o genioióideo e primeiramente segue para trás, abaixo do assoalho da boca, antes de se dividir em feixes que se espalham para cima no plano sagital > Esses feixes, que se voltam para a frente em direção ao ápice da língua, retraem essa parte; aqueles que passam em direção à raiz tracionam toda a língua para a frente; O grupo médio segue em direção à superfície superior (dorso da língua), a qual pode deprimir; semi-penado, plano e em forma de leque; fica próximo ao plano mediano e é separado de seu companheiro no lado oposto pelo septo lingual; se estende da parte incisiva da mandíbula até o osso hióide; Os outros dois músculos originam-se do aparelho hióide; C. hioglosso - origina-se do basióideo e se dirige para a frente, inserido entre os genioglosso medialmente e o estiloglosso lateralmente; ventrolateral à raiz da língua; D. estiloglosso - origina-se do estiloióideo, mas mais afastado lateralmente; tende a elevar a língua; Entra na língua por trás, corre para a frente na parte lateral e termina no ápice > Agindo juntos, os estiloglossos direito e esquerdo encurtam a língua e eleva seu ápice; agindo isoladamente, puxam a língua lateralmente; Ambos tracionam a língua para trás, mas de modos diferentes; ★ Músculos do Aparelho Hióide -estreita relação funcional com os músculos da língua e da faringe; -auxiliam na deglutição ao deslocar a laringe primeiramente no sentido rostral e então no sentido caudal; -divididos em craniais (1) e caudais (2) 1 : ● Músculo milo-hióideo - se prolonga subcutaneamente desde a linha milo-hióidea na face medial da mandíbula até encontrar seu oposto contralateral em uma rafe mediana e se fixa ao corpo e ao processo lingual do osso hióide; Os dois corpos suspendem e elevam a língua; inervado pelo ramo mandibular do nervo trigêmeo; ● Músculo genio-hióideo - fusiforme; passa dorsalmente ao músculo milo-hióideo desde a parte incisiva da mandíbula até o corpo e o processo lingual da mandíbula; retrai o hióide e, portanto, projeta a língua e a laringe para a frente; ● Músculo estilo-hióideo - se origina do terço caudal do estilo-hióide e, no gato e no cão, do osso temporal; se insere no tireo-hióideo; capaz de mover o osso hióide e a laringe caudodorsalmente; No equino, seu tendão de inserção forma uma faixa, através da qual passa o tendão intermediário do músculo digástrico; ● Músculo occipito-hióideo - músculo plano; se origina do processo paracondilar do osso occipital e se insere na extremidade caudal do estilo-hióide; move a extremidade rostral do estilo-hióide e, assim, move a laringe ventralmente; ● Músculo cerato-hióideo - lâmina muscular delgada e triangular que emerge da margem rostral do tireo-hióideo, e se insere na margem caudal do cerato-hióide; eleva o tireo-hióideo e retrai a laringe rostrodorsalmente; ● Músculo hióideo transverso - emerge do cerato-hióide e encontra seu oposto contralateral em uma rafe mediana indistinta; músculo bastante delgado, inexistente no cão, no gato e no suíno ; -O suprimento nervoso dos músculos craniais do aparelho hióideo, com exceção do músculo milo-hióideo, ocorre pelos ramos ventrais dos dois primeiros nervos cervicais e do nervo hipoglosso ; - dilatam a faringe ao puxar caudalmente o osso hióide, a língua e a laringe; -Quando esses músculos são tensionados passivamente pela elevação da cabeça e do pescoço para a administração de medicação intraoral, a deglutição não ocorre adequadamente e a medicação pode passar para a traqueia ou para a cavidade nasal; 2: -podem ser vistos como a continuação cranial do músculo reto do abdome; -também são inervados pelos ramos ventrais dos dois primeiros nervos cervicais; ● Músculo esterno-hióideo - faixa muscular forte; se origina do manúbrio do esterno e da primeira costela (carnívoros) e se insere no osso basi-hióide; encontra seu oposto contralateral na linha média cervical; se prolongam cranialmente, cobrindo a face ventral da traquéia; Sua metade caudal se fusiona ao músculo esternotireóideo; ● Músculo esternotireóideo - se separa do esterno-hióideo na metade do pescoço e se insere na cartilagem tireóidea da laringe; Os dois pares de músculos puxam caudalmente o osso hióide, a laringe e a língua durante a deglutição; ● Músculo omo-hióideo - mais desenvolvido no equino e inexiste nos carnívoros ; se origina da fáscia subescapular, próximo à articulação do ombro no equino, e a partir da fáscia profunda do pescoço em ruminantes, e se insere no osso basi-hióide; No equino, ele se une com o músculo correspondente do lado oposto a meio caminho do pescoço e se insere juntamente com o músculo esterno-hióideo no processo lingual do osso hióide; Na metade cranial do pescoço, ele se posiciona entre a veia jugular externa e a artéria carótida comume, desse modo, proporciona uma certa proteção para esta última durante punções intravenosas nessa parte do pescoço; ★ Assoalho sublingual da cavidade oral - porção pré-frenular > é a maior área, que se prolonga rostralmente ao frênulo lingual, atrás dos dentes incisivos; -dois recessos sublinguais laterais > se prolongam entre a língua e a mandíbula nas duas laterais; marcados por uma prega longitudinal , na qual se encontram as aberturas da glândula salivar sublingual polistomática ; *No bovino, essas aberturas se encontram sobre uma série de papilas cônicas; *No equino, a glândula salivar sublingual polistomática se projeta visivelmente; -Imediatamente em frente ao frênulo lingual situam-se duas protuberâncias, as carúnculas sublinguais > se encontra as aberturas comuns do ducto mandibular , em que ocorre a drenagem da glândula salivar mandibular e o ducto salivar sublingual maior, por onde ocorre a drenagem da glândula salivar sublingual maior; -carúnculas: 1. são relativamente grandes em ruminantes - particularmente abrangentes no bovino; 2. bem-desenvolvidas no equino - Nele e no caprino, pode haver uma pequena glândula adjacente às carúncula; 3. pequenas em carnívoros 4. algumas vezes ausentes no suíno; -Pode-se encontrar tecido linforreticular em todas as espécies nessa área. -Imediatamente caudal aos dentes incisivos encontram-se os órgãos orobasais pareados , que se acredita serem resquícios da glândula sublingual rostral, ainda presente em répteis; ➢ GLÂNDULAS SALIVARES -órgãos pareados que secretam saliva através de seus ductos na cavidade oral; -saliva > mantém a mucosa da boca úmida e se mistura ao alimento durante a mastigação para lubrificar a passagem do bolo alimentar durante a deglutição e iniciar a digestão química do alimento; constituída principalmente de água e também de mucina, amilase e sais, especialmente bicarbonato de sódio; A produção diária de saliva no equino é de cerca de 40 L, no bovino, 110 a 180 L e no suíno 15 L produção é inibida pela ansiedade ou medo e pode ser totalmente suspenso quando o corpo está desidratado; a consequente secura da boca contribui para a sensação de sede; Aumenta quando substâncias — mesmo as não comestíveis — são introduzidas na boca, embora o alimento seja mais eficaz; -todas possuem ductos; -mais desenvolvida nos herbívoros por causa do seu alimento duro, seco e rígido > para umedecer; -dividem-se em: ● Glândulas salivares menores - presentes na mucosa dos lábios, das bochechas, da língua e do palato e no assoalho oral sublingual e produzem uma secreção mucosa; da bochecha formam grupos maiores ventral e dorsalmente ( glândula zigomática nos cães/ devido à sua posição); Os ruminantes apresentam um outro grupo médio de glândulas da bochecha; ● Glândulas salivares maiores - produzem maior parte da saliva; se situam a uma determinada distância da cavidade oral e secretam através de ductos; como estão mais longe da cavidade oral possuem ductos maiores para liberar a secreção na cavidade oral; produzem um fluido mais aquoso (seroso); algumas delas produzem uma secreção mucosserosa, contendo a enzima amilase , a qual inicia a digestão de carboidratos; são: 1. Glândula salivar parótida - órgão pareado; se situa na união entre cabeça e pescoço, ventral à cartilagem auricular na fossa retromandibular ; particularmente desenvolvida em herbívoros; é uma glândula tubuloacinosa, seromucosa e mista; localização é próxima da artéria carótida externa, da veia maxilar e dos ramos dos nervos facial e trigêmeo; No equino, ela cobre parcialmente a parede lateral do divertículo da tuba auditiva, o que deve ser levado em consideração ao se usar uma abordagem cirúrgica externa ao divertículo da tuba auditiva; envolvida por uma cobertura facial que projeta trabéculas para dentro e a divide em vários lóbulos ; Os ductos coletores maiores atravessam essas trabéculas até se unirem novamente e formarem um único ducto ( ducto parotídeo ) que se inicia na face rostral da glândula; *Em carnívoros e em pequenos ruminantes > esse ducto passa sobre a face lateral do músculo masseter; *No equino, no bovino e no suíno > ele passa medial ao ângulo da mandíbula rostralmente e circunda a margem ventral da mandíbula até emergir na margem rostral do músculo masseter ; *No equino, ele se posiciona imediatamente caudal à artéria linguofacial ; ducto parotídeo se abre no vestíbulo oral (cães) acima de uma pequena papila no lado oposto da área que vai do terceiro ao quinto dente molar (dependendo da espécie) e na borda/margem rostral do músculo masseter (herbívoros); vascularizada por ramos da artéria e da veia maxilares ; Sua inervação ocorre por ramos do nervo glossofaríngeo , cujas fibras parassimpáticas acompanham o trajeto do nervo petroso menor até o gânglio ótico; 2. Glândula salivar mandibular - se situa próxima ao ângulo da mandíbula e está parcialmente coberta pela glândula salivar parótida; ligeiramente maior que a glândula parótida na maioria dos cães e gatos, mas consideravelmente maior em ruminantes; mais compacta; *Nos carnívoros, seu formato é oval, e ela se posiciona subcutaneamente, caudal à glândula salivar monostomática entre as veias linguofacial e maxilar; Tanto a glândula mandibular quanto a sublingual monostomática têm importância prática no cão, pois elas podem sofrer alterações císticas (rânula), o que exige sua extirpação . produz uma secreção serosa e mucosa mista, mas também pode alternar entre as duas; secreta através de um único ducto, o qual passa ventral à mucosa do assoalho da cavidade oral, próximoao frênulo da língua, até desembocar com o ducto sublingual maior na carúncula sublingual . A artéria e a veia linguofaciais fornecem o suprimento vascular; A inervação parassimpática é proporcionada por fibras que emergem do nervo facial > Essas fibras acompanham inicialmente a corda do tímpano até o ramo mandibular do nervo trigêmeo e prosseguem no ramo lingual deste último até o gânglio mandibular, onde realizam sinapse com os neurônios pós-ganglionares; 3. Glândulas salivares sublinguais - consistem em duas glândulas em cada lado, exceto no equino , no qual inexiste a glândula salivar sublingual monostomática ; produzem uma secreção mucosserosa na qual a parte mucosa domina; A vascularização e a drenagem venosa ocorrem pela artéria e pela veia lingual ; A inervação é semelhante à da glândula salivar mandibular; mista; – Glândula salivar sublingual monostomática - situa-se mais caudalmente; compacta com um único ducto de drenagem; O ducto salivar sublingual maior compartilha uma abertura comum com o ducto salivar mandibular acima da carúncula sublingual que projeta a partir da porção pré-frenular do assoalho da cavidade oral; – Glândula salivar sublingual polistomática - extensa/difusa; se situa mais rostralmente e se abre por meio de diversos ductos menores > Essas aberturas se localizam em uma prega longitudinal nos recessos sublinguais laterais e, no bovino, acima das papilas cônicas situadas na prega; -A estimulação simpática produz vasoconstrição, que retarda a velocidade da produção e altera a composição da saliva; -funções - limpeza, lubrificação e digestão, saliva serve como via de excreção de determinadas substâncias, algumas das quais podem se acumular como um depósito (tártaro) nos dentes, especialmente em cães e gatos; ➢ BOCHECHAS -formadas pelas paredes laterais dos vestíbulos orais; -estão fixadas nas margens alveolares da maxila e a mandíbula na região do dentes da bochecha, e se estendem do ângulo da boca até a prega pterigomandibular, que conecta o palato com a mandíbula atrás dos últimos dentes da bochecha; -sua porção caudal contém o músculo masseter; -suporte pelo músculo bucinador (com mucosa frouxa) que permite uma flexibilidade à bochecha > função de retornar à cavidade central o alimento que tenha escapado para o vestíbulo; -As bochechas, assim como os lábios, consistem em três camadas: pele, mucosa bucal e uma camada intermediária de glândulas e músculos. 1. a mucosa bucal é contínua com as gengivas dos dentes da bochecha; -Nos ruminantes, há uma proteção adicional - papilas cornificadas em forma de cone (pontiagudas), que também estão presentes nos lábios e são direcionadas caudalmente; não pode ser queratinizada na bochecha porque diminui a flexibilidade > Nos ruminantes, cujo alimento precisa ser seco e duro, há necessidade de mais proteção; como um epitélio muito espesso e cornificado limitaria a flexibilidade, a proteção é obtida por grandes papilas pontiagudas, localizadas próximas umas das outras; -tem a função de movimentação do alimento > Ou seja, o alimento vai para o vestíbulo oral e, posteriormente, é mandado de volta para a cavidade oral para continuar a mastigação > Esse vestíbulo oral é mais desenvolvido nos herbívoros e muito utilizado pelos ruminantes, que conseguem aumentar a capacidade de chegada de alimento dentro da boca a partir dessa estrutura; -As glândulas bucais estão localizadas entre a mucosa e a musculatura ou entre os músculos bucais. -no bovino também há glândulas vestibulares médias dorsal, ventral podem ser distinguidos; -a glândula bucal dorsal nos carnívoros está localizada medialmente ao arco zigomático > glândula zigomática ; -Os ductos das glândulas bucais abrem no vestíbulo bucal; ➢ LÁBIOS -2 pregas de músculos membranáceos que circundam o orifício da boca; -auxiliam na sucção e preensão dos alimentos; -podem agir como órgãos táteis; -diferem em forma e mobilidade de espécie para espécie > o lábio superior mais do que o inferior; -equino, ovelha, cabra e carnívoros são bastante móveis; -os do boi e do porco não têm muita liberdade de movimento; -são fixados ao osso incisivo e à parte incisiva da mandíbula; -três camadas > 1. camada intermediária, consistindo de músculos ( tecido muscular ), tendões, tecido conjuntivo e adiposo, glândulas; forma a maior parte do lábio; 2. É coberto externamente pela pele 3. e internamente pela túnica mucosa labial que se encontra em uma linha nítida na borda do lábio; é contínua na base dos lábios com as gengivas; 1. lábios do equino > são táteis, móveis e sensíveis ( o que facilita na seleção do alimento) e possuem a função de apreender o alimento com os lábios; durante o pastejo, esses lábios são retraídos a fim de permitir que os dentes incisivos cortem a gramínea em sua base; os cavalos, assim como os pequenos ruminantes (ovinos e caprinos) captam a forragem com os lábios, prende o pasto com os incisivos e corta mediante movimento lateral da cabeça; 2. lábios bovino > não é sensível por conta de sua alimentação de capim e feno, que é mais rígida, concentrada; espessados, queratinizados > vai ter um movimento limitado; como possuem movimentos limitados, a língua ( longa, áspera e móvel, podendo facilmente curvar-se ao redor das ervas, as quais são então puxadas entre os dentes incisivos inferiores e a lâmina dental, quando então são arrancadas por brusco movimento de cabeça ) é o principal órgão preênsil destes animais; 3. lábio felino > finos e extensos, aumentando, portanto, a superfície da boca; se abre ao máximo para capturar alimento e garantir maiorespaço; *Segundo Carvalho (2013) os gatos tem 3 modos de realizar a preensão dos alimentos: • Modo labial > É o modo mais amplamente observado. Quando o gato pega os alimentos com os incisivos sem utilizar a língua. • Modo supralingual > Quando utiliza a parte dorsal da língua como se estivesse lambendo o alimento. • Modo sublingual > Quando aplica a parte ventral da língua nos alimentos, voltando-a para trás. 4. lábio cão> finos e extensos; usa pra uma forma de defesa, quando mostra a dentição, de ataque; 5. lábios e língua de recém nascidos > usados para processo de vedação >> para sucção do leite; 6. lábio suíno > Em condições naturais, os suínos escavam a terra com o focinho (revolvendo), e o alimento é levado à boca em grande parte, pela ação do lábio inferior; osso rostral está relacionado com a busca e preensão dos alimentos que, com movimentos dos lábios e da língua, são introduzidos na boca; Os alimentos líquidos são sorvidos pelo acoplamento do lábio superior com o inferior, deixando uma estreita abertura, tomando-os por sucção; -glândulas labiais > encontradas na submucosa ou na camada muscular; bem desenvolvidos perto do ângulo da boca; numerosos no cavalo, e diminuem em número na seguinte seqüência: cavalo, boi, cabra, ovelha, porco, cachorro, gato; -O lábio inferior é visivelmente menor do que o lábio superior nos carnívoros e nos suínos; -No bovino e equino apresenta o queixo (mentum *), uma protuberância formada por músculos e tecido adiposo; ➢ APARELHO MASTIGATÓRIO - inclui: ● Dentes e gengiva; ● Articulação temporomandibular; ● Músculos mastigatórios. ★ DENTES -espécie-específico (forma e quantidade); -dentição de um animal está sempre intimamente relacionada ao seu modo de nutrição > consequentemente, termos como dentição carnívora, onívora e herbívora passaram a ser usados; -se desenvolvem de forma diferente em cada região da boca conforme seu uso; -divididos em : incisivos, caninos, pré-molares e molares -heterodontia > Que tem a forma dos dentes diferenciados de acordo com localização/função; incisivos, caninos, pré-molares e molares; -difiodontia > dentição dos animais domésticos é; significa que os primeiros dentes a nascer são substituídos por um conjunto único de dentes em animais mais velhos > duas dentições, uma decídua e uma permanente ; primeiro conjunto de dentes ( dentes decíduos ), está presente ou no nascimento ou nascem logo em seguida > são substituídos pelo segundo conjunto de dentes (permanente), que se adapta melhor à mandíbula maior e propicia uma mastigação mais forte ao animal adulto; O momento de substituição dos dentes varia entre as espécies -dentição polifiodonte (sucessões múltiplas) > onde diversos conjuntos de dentes surgem ao longo da vida do animal; ● Estrutura - estruturas altamente especializadas, modificadas de acordo com a necessidade específica de cada espécie; -arquitetura básica comum divide-se em: I. Coroa do dente - parte exposta do dente, a qual se projeta para além da gengiva e é coberta por esmalte ; II. Colo do dente - ligeira constrição localizada na linha da gengiva, onde termina o esmalte; III. Raiz do dente - parte abaixo da gengiva, cuja maior parte se encerra no alvéolo ósseo ou dental da mandíbula, osso incisivo e processo alveolar da maxila; geralmente curta; quando há mais de uma raiz, cada uma contém um canal que se junta na cavidade central; -Cada dente é composto por 3 tecidos mineralizados diferentes, os quais envolvem a cavidade dentária > se ramifica em uma elevação maior da coroa e para dentro de cada raiz; preenchida com a polpa dental (composta de tecido conectivo, nervos, artérias e veias); A maioria dos seus nervos é sensorial e possui terminações nervosas que podem ser estimuladas de diversas formas, resultando na sensação de dor > Como a polpa está envolta em tecido não expansivo, até mesmo uma ligeira inflamação pode gerar reações de dor. -Um pequeno forame apical se abre na extremidade de cada raiz e permite a livre passagem de vasos e nervos para dentro e para fora do dente pelo canal radicular do dente; -três substâncias mineralizadas do dente são: consiste principalmente em hidroxilapatita; I. Esmalte - tecido densamente calcificado; produzido por adamantoblastos, de origem ectodérmica; acelular (não pode se regenerar); Sua cor é tipicamente opalescente e perolada; substância mais dura no corpo; sua cobertura pode eventualmente ser rompida, expondo a dentina mais delicada que se desgasta com rapidez muito maior; Portanto, a espessura e a resistência do esmalte determinam em grande parte a vida funcional do dente braquidonte; Com base na distribuição do esmalte, os dentes podem ser: 1. braquiodontes - Nesses dentes relativamente simples ( dentes do cão, do suíno, os caninos de todos os mamíferos domésticos ), o esmalte envolve a coroa exposta; surgem totalmente antes da maturidade e costumam ser longos e resistentes o suficiente para sobreviver durante a vida inteira do indivíduo; 2. hipsodontes - Os dentes apresentam uma coroa mais elevada, da qual grande parte costuma ser contida inicialmente até emergir gradualmente para compensar o atrito ( dente molar dos herbívoros, os dentes incisivos do equino); Nas espécies, nas quais a coroa do dente é alta e apenas gradativamente passa acima da linha de gengiva, o esmalte pode ser pregueado de uma forma muito complexa; isso aumenta a eficiência da superfície mastigatória , já que a resistência desigual dos tecidos expostos na abertura do invólucro de esmalte resulta em uma estrutura irregularmenterugosa > Essa construção especial, em que camadas do esmalte mais duro e quebradiço vêm a posicionar-se próximas à dentina, menos rígida, porém mais maleável, proporciona máxima resistência aos alimentos abrasivos dos herbívoros e uma face oclusal mais áspera; é válido distinguir entre a coroa clínica (coroa exposta) e a coroa anatômica (coberta por esmalte), bem como entre a raiz clínica (abaixo da linha da gengiva) e a raiz anatômica (que não é coberta por esmalte e relativamente curta nos dentes hipsodontes). possuem um período de crescimento limitado e recebem a denominação de dentes anelodontes. Dentes que continuam a crescer ao longo da vida são chamados dentes elodontes (presentes em algumas espécies de roedores); II. Dentina - a forma grande parte do dente, envolvendo a cavidade pulpar, e sua cor é brancoamarelada; produzida por odontoblastos, que se afastam da recém-formada dentina; odontoblastos conservam sua capacidade produtiva ao longo da vida, e a lenta produção de dentina secundária, que gradualmente preenche a cavidade pulpar e a reduz, prossegue durante a idade avançada; Esse processo pode ser acelerado quando abrasão ou lesão local da coroa ameaça expor a polpa dentina secundária pode ser diferenciada da dentina primária por sua coloração mais escura ; *Em cavalos mais velhos, a cavidade pulpar é preenchida com dentina secundária na face oclusal dos dentes incisivos, formando a estrela dentária usada para estimar a idade do animal; *No cão, a redução da cavidade pulpar por dentina secundária pode ser avaliada por meio de radiografia e também é um indicador de idade; III. Cemento - tecido calcificado menos rígido; bastante semelhante ao tecido ósseo; é a camada mais externa adjacente ao osso alveolar; dente se fixa na cavidade alveolar pelo ligamento ou membrana periodontal > o qual contém fibras de colágeno conectadas ao cemento e ao osso; A orientação dessas fibras deixa o dente suspenso em uma tipóia e, dessa forma, permite que o dente suporte pequenos movimentos e as forças significativas em ação durante a mastigação; Embora sua estrutura seja semelhante à do osso, o cemento é mais resistente à erosão causada por pressão >> Essa propriedade auxilia em casos ortodônticos em que um dente é manipulado por instrumentos que alavancam o dente contra a parede alveolar > A pressão resultante causa erosão do osso, mas o próprio dente não é afetado; ● Faces -Face vestibular (labial e bucal) > voltado para os lábios > região do dente em contato com os lábios; bucal voltado para as bochechas > face do dente voltada para as bochechas; -Face lingual > face do dente em contato com a língua; -Face oclusal > superfície do dente que enfrenta seu antagonista na mandíbula oposta; face que entra em contato com a arcada adjacente; -Face mesial > face de contato adjacente ao dente rostral seguinte no arco do dente; -Face distal > é a face adjacente ao dente caudal seguinte; é a face caudal em contato com a face rostral ● O que é a Erupção dentária? - pode ser definida como o movimento migratório realizado por um dente em formação, movendo-se do seu local de desenvolvimento dentro do processo alveolar para a posição funcional na cavidade bucal; -processo complicado e controverso que envolve vários fatores: crescimento da raiz, crescimento ósseo, proliferação da polpa, pressão tecidual e tração periodontal ; -Os dentes temporários sobem na maxila e na mandíbula depois de completada a coroa, mas antes que a raiz esteja formada; -esse processo conduz o dente mais próximo à superfície e fornece o espaço necessário para a formação da raiz; -O movimento da coroa é facilitado por um afrouxamento do tecido conjuntivo do folículo dentário e da gengiva e pela presença de resquícios do epitélio da lâmina dentária, o que define a linha de passagem > Entretanto, se esses resquícios forem grandes e císticos, como ocorre algumas vezes, eles podem mais obstruir do que facilitar o movimento do dente, desviá-lo de seu caminho verdadeiro e dar origem a anomalias preocupantes do local e da distância; -A retenção (conservação) de um revestimento epitelial sobre a coroa não exposta assegura que nenhuma solução de continuidade ocorra quando o dente irrompe à superfície, já que esse resquício do órgão do esmalte se funde ao epitélio das gengivas envolvendo o dente; *erupção dos dentes permanentes > mais complicada; se desenvolvem em criptas ósseas profundamente nas raízes dos dentes temporários equivalentes; Para sofrer erupção devem escapar de seu confinamento e desalojar seus predecessores; A erosão da raiz e o contínuo ajuste das paredes do alvéolo encaixado envolvem os processos usuais de remodelagem óssea; não é muito irreal dizer que o dente permanente e seu alvéolo migram como uma unidade através da maxila para entrar no alvéolo do dente temporário; A reposição do dente então pressiona a raiz do dente temporário, causando sua reabsorção; A fixação do dente temporário é frouxa, o que permite que ele se desloque e se torne cada vez mais móvel durante a mastigação; ele é logo projetado, e o dente permanente então se levanta no seu lugar; A erupção adequada do dente permanente depende de os dentes temporários manterem locais prontos para eles; se os últimos forem perdidos prematuramente, o preenchimento dos alvéolos por tecido ósseo pode dificultar o estabelecimento das relações adequadas de oclusão dos dentes permanentes; ● Fórmula Dentária de cada Espécie -quantidade e a classificaçãoda dentição; -abreviatura representa cada tipo de dente ( I = incisivos, C = caninos, P = pré-molares, M = molares ) > seguida pela quantidade de dentes da categoria em um lado das arcadas superior e inferior; -Um “d” após a abreviatura indica um dente decíduo (de leite) (p. ex., Id 3 para o dente incisivo 3 decíduo); -Como o período de erupção dentária 2 é característico e consistente em cada espécie, ele pode ser usado para estimar a idade do indivíduo , embora fatores específicos devam ser levados em consideração e dependam de raça, hábitos alimentares e histórico médico de cada animal . 1. Dentição do equino - é adaptada a seus hábitos alimentares e dieta, que normalmente consiste no pasto contínuo de gramíneas ásperas de difícil digestão; incisivos são especializados para preensão e corte do alimento, os 2 caracterizada pela movimentação dinâmica e contínua do dente durante a sua formação, até atingir a sua posição funcional na cavidade oral; incisão da gengiva realizada pelo dente. pré-molares equinos 2-4 e os três molares funcionam como moedores para mastigação (trituram e preensão); A face mastigatória é ampliada pela dobra do esmalte durante o desenvolvimento, o que resulta em uma alternância de tecidos mineralizados mais e menos rígidos que proporcionam uma face moedora áspera > Nos dentes incisivos e nos dentes molares maxilares, essa dobra resulta na formação de infundíbulos preenchidos de cemento; apresenta 12 dentes incisivos, 6 em cada arcada > recebem as denominações de pinças, médios e cantos ; Os dentes incisivos decíduos * são mais brancos, possuem um colo diferenciado e contêm infundíbulos mais amplos e menos profundos do que seus sucessores permanentes, os quais surgem em sua superfície lingual; Os dentes incisivos permanentes se curvam na forma convexa em sua face vestibular labial e se afunilam uniformemente a partir da face oclusal em direção a seus ápices; Com o avançar da idade se desenvolvem espaços entre os dentes incisivos permanentes; Os infundíbulos dos incisivos são chamados de cálices e são um importante indicador da idade do equino; dentes caninos decíduos são estruturas residuais em formato de agulha que não emergem; Os machos normalmente apresentam dois dentes caninos permanentes maxilares e dois mandibulares, cuja erupção ocorre por volta dos 5 anos de idade no espaço interdental; são dentes braquiodontes e seu ápice é uma curva voltada para a direção caudal ; Os caninos superiores se posicionam mais caudalmente do que os inferiores, de modo que não há contato de oclusão entre eles ; Este é o suposto motivo pelo qual os dentes caninos apresentam tendência a desenvolver cálculos. Os dentes caninos normalmente inexistem ou são rudimentares nas fêmeas , mas ocorrem em algumas éguas, com maior incidência em determinadas raças; pré-molares têm precursores decíduos > apresentam um colo diferenciado entre a coroa e as raízes, ao contrário de seus sucessores permanentes; Mais tarde, os pré-molares emergem na cavidade oral devido à pressão do dente subjacente; Eles são simultaneamente reabsorvidos em seus ápices até que reste apenas uma fina lâmina (“cobertura”) no dente temporário; os molares > são retangulares, com exceção do primeiro e do último, que são triangulares; Os molares maxilares são mais largos e quadrados em comparação com os molares da mandíbula, mais estreitos e retangulares; No momento da erupção, o molar permanente possui coroas extensas, cuja maioria consiste em uma coroa reserva submersa que continua incrustada nos alvéolos > A erupção da coroa reserva prossegue durante a vida inteira e normalmente a taxa de erupção corresponde ao desgaste do dente (cerca de 2-3 mm ao ano); Na erupção, os dentes hipsodontes não apresentam raízes verdadeiras, mas desenvolvem raízes mais tarde; Os molares superiores totalmente desenvolvidos possuem 3 raízes (eventualmente 4), e os molares inferiores possuem 2 raízes (exceto o último molar inferior, que possui três raízes); Cada molar maxilar possui dois infundíbulos com cemento, o que os deixa propensos a cáries; A pressão entre o primeiro molar e o molar caudal comprime os seis molares em sua face de oclusão > Esse fator, juntamente com o depósito contínuo de cemento da coroa dentro do alvéolo, faz com que cada fileira atue como uma unidade funcional ; *No equino, a distância entre as arcadas maxilares normalmente é mais larga que entre as arcadas mandibulares, uma condição conhecida como anisognatia. Além disso, a face oclusal dos dentes molares não está nivelada com o plano bucolingual > Na realidade, ela apresenta um ângulo de 10º a 15º, o que leva ao desenvolvimento de projeções pontiagudas de esmalte no limiar da língua dos dentes molares mandibulares e no limiar bucal dos dentes molares maxilares, as quais devem ser removidas regularmente mediante desgaste corretivo; *Determinação da idade do equino pelos dentes - A regularidade da erupção, do crescimento, do desgaste e outras alterações características dos dentes do equino permitem que um cavalo tenha sua idade determinada pelos dentes incisivos ; é mais exata em cavalos de até seis anos de idade, quando os dentes incisivos mandibulares são usados, sendo que esse método fica cada vez mais falho com o avançar da idade; resultado do desgaste > a face oclusal dos dentes incisivos se altera: o cálice se torna menor até finalmente desaparecer (rasamento), a estrela dentária surge e muda de uma linha para uma mancha redonda; O desgaste causa erosão no dente incisivode 2 mm por ano; Como os cálices dos dentes incisivos mandibulares têm 6 mm de profundidade, eles desaparecem três anos depois que o dente começou a se desgastar; Os cálices dos dentes maxilares têm 12 mm de profundidade, portanto, eles desaparecem seis anos após o início do desgaste; Depois da erupção, o dente incisivo leva cerca de seis meses para começar a se desgastar; A face oclusal inicialmente oval (6-12 anos) dos dentes incisivos se torna arredondada (12-17 anos) e então triangular (18-24 anos), para finalmente assumir uma forma oval longitudinal (24-30 anos); 2. Dentição bovino - possui 34 dentes; os dentes incisivos e caninos superiores são substituídos pelo pulvino dentário; os dentes caninos inferiores são assimilados pelos dentes incisivos; Os incisivos são 8 e dentes braquiodontes simples, designados, no sentido medial a lateral, como central (I 1), primeiro médio (I 2), segundo médio (I 3) e incisivos do canto (I 4) > são relativamente frouxos na cavidade alveolar e caem facilmente em animais velhos, sendo que, com frequência apenas as raízes permanecem na mandíbula ou na maxila; tem uma coroa assimétrica em forma de pá, que é ligeiramente mais alongada lateralmente; é coberta com esmalte que forma duas cristas longitudinais na parte ligeiramente côncava da superfície lingual; A superfície vestibular é ligeiramente convexa e em animais jovens encontra uma borda afiada na superfície lingual; Conforme a parte incisiva da mandíbula aumenta de tamanho, e mais espaço é ganho, as coroas se alinham uma ao lado da outra e formam um arco mais achatado; 3 pré-molares superiores e 3 inferiores; 3 molares em cada região superior e inferior > cada um tem 3 raizes (superior) o inferior são 2 raízes para cada; são compostos por duas colunas e dão a impressão de terem resultado da união de dois pré-molares; há 2 infundíbulos por dente; Um diastema (espaço amplo) separa os dentes incisivos dos dentes molares, o que facilita a preensão da língua para exame da cavidade oral; Os dentes incisivos decíduos e os pré-molares estão presentes no momento do nascimento ou então emergem nas duas primeiras semanas; As épocas de erupção dos dentes incisivos permanentes bovinos são: ● I 1: 1 ½ anos; ● I 2: 2 ¼ anos; ● I 3: 3 anos; ● I 4: 3 ¾ anos. Os dentes molares aumentam de tamanho da frente para trás > são hipsodontes; O desgaste das coroas é compensado por seu crescimento contínuo; Quando o crescimento se interrompe, as raízes são formadas e a altura da coroa clínica exposta é mantida pela extrusão gradual da parte incrustada até que o dente esteja totalmente consumido em animais mais velhos; 3. Dentição do suíno - tem 3 incisivos superiores e inferiores; 1 canino superior e 1 inferior; 4 pré-molares superior e inferior; 3 molares superiores e inferiores ( multiplica tudo por 2); dentes caninos grandes e curvados ou presas são a característica mais marcante da dentição suína, os quais crescem continuamente por toda a vida; A face oclusal dos dentes molares se torna irregular devido à grande quantidade de tubérculos e é i deal para triturar o alimento; Muitos fazendeiros serram os dentes incisivos e caninos decíduos logo após o nascimento, o que costuma resultar em complicações médicas; 4. Dentição felino - possui apenas 30 dentes, devido à ausência de P 1, M 2 e M 3 na maxila, e de P 1, P 2, M 2 e M 3 na mandíbula > Portanto, não possui os dentes moedores de coroa plana, deixando-o com uma mordida exclusivamente cortante; De forma semelhante ao cão, o P4 superior e o M1 inferior são os maiores dentes ( dentes carniceiros ) > Devido a esse aspecto característico, o cão e o gato possuem uma segunda dentição . Os dentes incisivos decíduos estão todos presentes 15 dias após o nascimento, e os dentes caninos emergem por volta do 18° dia; os pré-molares entre o 24° e o 32° dia após o nascimento; A substituição dos dentes decíduos por um conjunto permanente começa aos 3 ½ meses de idade e termina após o 7° mês; 5. Dentição do cão - Os pequenos dentes incisivos permanentes se encaixam frouxamente na cavidade alveolar e costumam ser usados para mordiscar; Os dentes incisivos superiores apresentam um tubérculo central, acompanhado de cada lado por dois tubérculos menores; Os dentes incisivos inferiores são semelhantes aos superiores, mas não apresentam a cúspide mesial; Essas características podem se perder, já que o desgaste reduz os dentes incisivos a pequenos pinos em forma de prisma >> Esse processo se acelera em cães com o hábito de morder pedras ; Os dentes caninos são indubitavelmente os dentes mais longos do cão e apresentam raízes mais longas que suas coroas; Os 4 pré-molares aumentam de tamanho e complexidade do primeiro ao último na mandíbula e na maxila > Os quatro pré-molares superiores são os maiores dentes cortadores da maxila > recebem o nome de carniceiros e algumas vezes de dentes cortantes; Cada um deles apresenta três raízes cônicas fortes e divergentes; O 4° pré-molar superior é o dente com maior incidência de abscessos na raiz, os quais costumam resultar na formação de um canal de descarga do seio rostroventral ao olho > A cura permanente requer extração do dente afetado ; Os dentes molares não possuem antecessores decíduos e diminuem de tamanho do primeiro ao último; O primeiro dos molares inferiores é o maior dente na mandíbula > também é chamado de dente carniceiro da arcada mandibular
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