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Conteudista: Prof.ª M.ª Raquel Finkler Revisão Textual: Prof.ª Esp. Lorena Garcia Aragão de Souza Objetivos da Unidade: Identificar os princípios de cada etapa do ciclo da água; Compreender os principais modelos matemáticos relacionados às diferentes etapas do ciclo hidrológico. 📄 Contextualização 📄 Material Teórico 📄 Material Complementar 📄 Referências Hidrologia – Parte 2 Esta Unidade busca ressaltar a importância do conhecimento de cada etapa do ciclo hidrológico, enfatizando a relevância e a necessidade da hidrologia para a realização de projetos de obras hidráulicas e gestão dos recursos hídricos. Antes de começar, analise as notícias a respeito do tema. Página 1 de 4 📄 Contextualização Leitura Guia Prático de Utilização de Alertas do Governo Federal para Ações de Preparação para Desastres O Guia disponibilizado pretende contribuir para a compreensão dos órgãos estaduais e dos municipais no que tange ao desenvolvimento de ações voltadas ao monitoramento e à resposta a possíveis desastres. No documento, são contempladas as descrições de alertas hidrológicos, os monitoramentos hidrometeorológicos e os mapeamentos de riscos. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Leitura Asfalto Permeável Acaba com Enchentes e Contaminação do Mar O asfalto permeável é uma tecnologia alternativa, que contribui para o aumento da infiltração e para a redução do escoamento superficial da água. Assim, a adoção dessa tecnologia é uma opção para a minimização das enchentes. https://www.gov.br/mdr/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/protecao-e-defesa-civil-sedec/copy_of_guiapraticodesastres.pdf http://pbmc.coppe.ufrj.br/index.php/pt/noticias/614-asfalto-permeavel-acaba-com-enchentes-e-contaminacao-do-mar Introdução Olá, estudante! Nesta Unidade, iremos detalhar as etapas do ciclo hidrológico. Como estudamos anteriormente, o ciclo é influenciado por diferentes fatores ambientais, destacando a radiação solar. Sendo assim, cada fase do ciclo da água irá apresentar uma dinâmica em razão dos fatores intervenientes. Conhecer cada uma dessas variáveis permitirá a realização de previsões de efeitos das chuvas, o monitoramento dos recursos hídricos ao longo do tempo, a gestão de reservatórios, os estudos qualiquantitativos dos recursos hídricos, o planejamento de bacias hidrográficas, entre outros. A precipitação é a etapa do ciclo em que há o retorno na água à superfície da Terra. O escoamento superficial engloba os caminhos que a água percorre sobre o solo, contribuindo para a formação dos recursos hídricos superficiais. Essa etapa é de relevância para a elaboração de projetos de obras hidráulicas. Anteriormente, já analisamos os hidrogramas, que são a representação gráfica com a indicação da variação da vazão da água ao longo do tempo em um rio ou Página 2 de 4 📄 Material Teórico canal. O foco dos nossos estudos, nesta Unidade, é a determinação da precipitação média em uma bacia hidrográfica. Ainda, iremos analisar o escoamento subterrâneo, que é a etapa do ciclo relacionada ao deslocamento da água após sua infiltração no solo. E, por fim, ainda nesta Unidade, estudaremos o fenômeno de evapotranspiração, que envolve a transferência da água para a atmosfera. Precipitação O fenômeno da precipitação é o conjunto de águas originadas do vapor de água atmosférico que cai, em estado líquido ou sólido, sobre a superfície da terra. De acordo com Barbosa Júnior (2022), a precipitação é a água oriunda da atmosfera que se deposita na superfície terrestre sob diferentes formas. O conceito engloba, portanto, não somente a chuva, mas também a neve, o granizo, o nevoeiro, o sereno e a geada, ou seja, o elemento alimentador da fase terrestre do ciclo hidrológico, constituindo um fator importante para os processos de escoamento superficial direto, infiltração, evaporação, transpiração, recarga de aquíferos, vazão básica dos rios e outros. Quando se faz um estudo de planejamento a longo prazo do uso de uma ou mais bacias hidrográficas, a precipitação é um dado básico, pois não sofre influências diretas de alterações antrópicas provocadas no meio. Nos projetos de drenagem, de construção de reservatórios de regularização (barragens) e outros, os dados de precipitação serão muitas vezes necessários para o dimensionamento das obras, conduzindo a resultados mais seguros tanto quanto melhor for sua definição. O regime hidrológico de uma região depende de múltiplas variáveis hidrometeorológicas e de suas propriedades físicas, geológicas e topográficas. Entre esses fatores, merecem destaque a temperatura, a umidade e o vento, que são relevantes em razão da influência que possuem na precipitação. Possuem também relevância quanto à interferência na ocorrência de lagos e pântanos, solos e vegetação, e na determinação da velocidade de escoamento superficial. Além disso, vale pontuar que as características geológicas impactam na topografia e na definição de locais de armazenamento da água decorrente da precipitação (BARBOSA JÚNIOR, 2022). As grandezas que caracterizam a precipitação são resumidas no Quadro a seguir. Quadro 1 – Grandezas características da precipitação Grandeza Descrição Altura pluviométrica Refere-se à quantidade de água que precipita em uma unidade horizontal. Pode ser associada a uma determinada chuva ou a uma precipitação ocorrida em um determinado tempo. Grandeza Descrição Intensidade Relacionada à altura precipitada em uma unidade de tempo, sendo a mais usada no Brasil mm/h. Duração Refere-se ao intervalo de tempo em que se considera a ocorrência da precipitação. Frequência da precipitação Relacionado ao número de vezes que ocorre ou que é superado um certo evento crítico (tipicidade). Tempo de recorrência/Tempo de retorno Intervalo médio de tempo (em anos) para que um evento seja igualado ou superado. Refere-se ao inverso da probabilidade de que um evento seja igualado ou superado. Fonte: Adaptado de SILVA, 2015; GARCEZ; ALVAREZ, 1988 A execução de medidas das precipitações é a base para a realização das estimativas de precipitação média em uma bacia hidrográfica. A etapa inicial envolve a análise dos valores medidos, sendo observados os seguintes critérios (PINTO et al., 1976): Detecção de erros grosseiros: entre as possibilidades estão o registro de informações em dias que não existem ou quantidades absurdas de precipitações; Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Preenchimento de falhas: é decorrente da falta de registros em datas sem observação ou em intervalos de tempo; Verificação da homogeneidade dos dados: é utilizada a curva dupla acumulativa (ou curva de massa). A partir do resultado obtido, é possível fazer as correções. Leitura Mapas da Distribuição Anual e Mensal de Chuva e Pluviograma da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba As medidas de precipitação são realizadas com a utilização de pluviômetros. Por sua vez, o registro contínuo da precipitação é chamado de pluviograma ou registro pluviográfico. Pluviógrafos mecânicos convencionais têm resolução que permite extrair informações de chuvas com intervalos de tempo superiores a cinco minutos. Ainda, com esses dados, é possível elaborar o hietograma da chuva. Para conhecer como elaborar um hietograma, leia o artigo a seguir. https://anais.abrhidro.org.br/job.php?Job=6875 Precipitação Média Sobre uma Bacia Hidrográfica Para calcular a precipitação média em uma superfície qualquer, é necessário utilizar as observações dos postos pluviométricos dessa superfície e nas suas vizinhanças (PINTO et al., 1976). Existem três métodos para o cálculo: método da média aritmética; método de Thiessen e método das isoietas. Iremos analisar cada um deles na sequência. Método da Média Aitmética O método da média aritmética é o mais simples de determinação da precipitação média. Ele envolve a média das alturas de precipitação registradas em vários pluviômetros. De acordocom Tucci (2007), todos os pluviômetros apresentam o mesmo peso. Esse método é satisfatório se os postos são uniformemente distribuídos sobre a bacia e a altura medida nos diversos postos não variar muito em relação à média. Recomenda-se a aplicação desse método quando a bacia hidrográfica tem área inferior a 5.000 km2 (PINTO et al., 1976). A equação da precipitação média desse método é dada pela Equação 1 (TUCCI, 2007). Pm = 1/n * Ʃ Pi (Eq. 1) Na qual: Pm = precipitação média da área; Método de Thiessen O método de Thiessen consiste em determinar a precipitação média por meio de polígonos, que são áreas de “domínio” de um posto pluviométrico. Considera-se que no interior dessas áreas, a altura pluviométrica é a mesma do respectivo posto. Segundo PINTO et al. (1976), nesse método são atribuídos pesos aos totais precipitados em cada aparelho de medição, que são proporcionais à sua área de influência. O método de Thiessen é geralmente mais preciso que o método da média aritmética, mas ele não é flexível, uma vez que um novo traçado dos polígonos deve ser construído toda vez que há uma mudança nos postos de trabalho, tal como a perda de dados de um posto em um certo período de tempo. Outra falha do método é que ele não considera diretamente as influências orográficas nas chuvas, ou variações de distribuições espaciais de intensidade de uma chuva. Conforme Tucci (2007), a metodologia de determinação da precipitação média de acordo com o método de Thiessen é: a) ligar os postos de uma bacia por trechos retilíneos; b) traçar linhas perpendiculares aos trechos retilíneos passando pelo meio da linha que liga ambos os postos; c) prolongar as linhas perpendiculares até encontrar outra, Pi = precipitação média no inésimo pluviômetro; n = número total de pluviômetros. sendo assim, há a formação dos polígonos; d) calcular a precipitação média com o uso da Equação 2. Pm = 1/A * Ʃ Ai.Pi (Eq. 2) Na qual: Método das Isoietas Considerado o mais preciso, esse método se baseia em curvas de igual precipitação. A dificuldade maior em sua implementação consiste no traçado dessas curvas, que requer sensibilidade do analista. O traçado das isoietas segue a metodologia descrita por Tucci (2007): a) localizar no mapa da região de interesse os postos, indicando o total precipitado para o período de avaliação; b) determinar linhas de igual precipitação pela escolha de números inteiros ou característicos; c) ajustar as linhas pela interpolação entre os demais pontos; d) sobrepor o mapa de isoietas no mapa de relevo e fazer os ajustes necessários; e) calcular a precipitação média da bacia hidrográfica pela Equação 3. Pm = precipitação média da área; Pi = precipitação média no inésimo pluviômetro;. Ai = área de influência do posto i; A = área total da bacia hidrográfica. Pm = 1/A * Ʃ Ai,i + l * (Pi + Pi+ l)/2 (Eq. 3) Na qual: De acordo com Tucci (2007), a precipitação é um processo aleatório, sendo que sua previsão é possível com poucos dias de antecedência e, mesmo assim, pode apresentar erros. As precipitações intensas são entendidas como ocorrência extrema, com duração, distribuição temporal e espacial críticas para área ou bacia hidrográfica. Garcez e Alvarez (1988) definem precipitações intensas como o conjunto de chuvas decorrente de uma mesma perturbação meteorológica com intensidade ultrapasse um valor de chuva mínimo. Além disso, os autores comentam que a duração da precipitação pode variar de alguns minutos a dezenas de horas e a área atingida oscila entre poucos quilômetros a milhares de quilômetros quadrados. Pm = precipitação média da área; Pi = precipitação correspondente à isoieta de ordem i; Pi+1 = precipitação para o isoieta de ordem i+1; Ai,i+1 = área entre as isoietas de ordem i e ordem i+1; A = área de drenagem da bacia hidrográfica. As precipitações intensas são as causas das cheias responsáveis por grandes prejuízos, quando os cursos de água transbordam e inundam as casas, as ruas e as escolas, podendo destruir plantações, pontes, entre outras estruturas. De acordo com Silva (2015), as anomalias climáticas como El Niño e La Niña impactam na intensidade das precipitações. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE A importância prática do estudo das chuvas intensas está relacionada ao dimensionamento das obras de hidráulica, como galerias pluviais, sistemas de drenagem e vertedouros de barragens. Do ponto de vista hidrológico, representa uma contribuição para os estudos necessários Leitura Volume de Chuvas deve Subir no Rio Grande do Sul por conta do El Niño No mês de setembro de 2023, o Rio Grande do Sul foi afetado por chuvas intensas que causaram a devastação de cidades e a morte de diversas pessoas. O ocorrido pode estar relacionado ao fenômeno El Niño. Na notícia disponível a seguir, você pode entender melhor o que ocorreu. https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/meio-ambiente/audio/2023-09/volume-de-chuvas-deve-subir-no-rio-grande-do-sul-por-conta-do-el-nino para a definição de projetos de barragens e de reservatórios, no que diz respeito às ondas de enchente de projeto, determinadas a partir da distribuição das chuvas de projeto aos hidrogramas unitários. Dos vários problemas de engenharia em que há necessidade de conhecimento da frequência de ocorrência de chuvas de alta intensidade, destaca-se como um dos mais importantes a estimativa de vazões extremas para cursos de água sem medidores de vazão apropriados. Escoamento Superficial e Escoamento Subterrâneo O escoamento superficial é uma das fases básicas do ciclo hidrológico, talvez a mais importante para o engenheiro, que é a fase que trata da ocorrência e do transporte da água na superfície terrestre, pois a maioria dos estudos hidrológicos está ligada ao aproveitamento da água superficial e à proteção contra os fenômenos provocados pelo seu deslocamento. Barbosa Júnior (2022) define escoamento superficial como o segmento do ciclo da água que se caracteriza pelo deslocamento da água na superfície de terrenos e nos cursos d'água. O autor aponta, ainda, que essa etapa do ciclo se origina nas precipitações. O Quadro 2 apresenta uma síntese das grandezas características, que servem como base para avaliação do escoamento superficial. Quadro 2 – Grandezas características do escoamento superficial Grandeza Descrição Vazão (Q) Refere-se ao volume de água escoado em um intervalo de tempo. Vazão específica Relação entre a vazão e a área da bacia contribuinte. Altura média Variável associada com o volume total escoado em um intervalo de tempo e a sua relação com a área da bacia hidrográfica. Coeficiente de escoamento superficial/Coeficiente de runoff (C) Refere-se à relação entre a quantidade total de água escoada e a quantidade de água precipitada na bacia hidrográfica. Nível de água (h) Variável associada à altura atingida pela água na seção em relação a uma determinada referência. Tempo de recorrência/Tempo de retorno Intervalo médio de tempo (em anos) para que um evento seja igualado ou superado. Refere-se ao inverso da Grandeza Descrição probabilidade de que um evento seja igualado ou superado. Velocidade Refere-se à relação entre espaço e tempo percorridos pelo líquido. Fonte: Adaptado de GARCEZ; ALVAREZ, 1988 Os escoamentos podem ser definidos conforme apresentado por Tucci (2007) e Barbosa Júnior (2022): Tucci (2007) aponta, ainda, que a maior parte dos escoamentos é superficial e subterrâneo e para sua análise é importante a avaliação de cada parcela no hidrograma. Os fatores que influenciam o fluxo de água em uma seção do rio constam resumidamente descritos no Quadro 3. Escoamento superficial (runoff): engloba o fluxo sobre a superfície do solo e seus canais. De forma geral, abrange o excesso de precipitação até a calha do rio; Escoamento subsuperficial: referente ao fluxo junto às raízes de vegetais; Escoamento subterrâneo: é o fluxorelacionado à contribuição do aquífero. Quadro 3 – Fatores que influenciam o fluxo de água Fator Descrição Fatores climáticos Os principais fatores estão associados à intensidade e à duração da precipitação. Sendo assim, quanto maior a intensidade da precipitação, mais rapidamente o solo atinge sua capacidade de infiltração, resultando no escoamento superficial. Quanto maior a duração da precipitação, maior a probabilidade de ocorrer escoamento superficial. As precipitações em solo úmido aumentam as chances de resultar em escoamento superficial. Fatores fisiográficos Há três fatores de maior influência: primeiro, a área da bacia hidrográfica, uma vez que se refere à superfície que irá receber a água da chuva. Em bacias hidrográficas mais compactas, o escoamento tende a se concentrar no canal principal e, consequentemente, há o aumento dos riscos de inundação. O segundo fator é o solo, sendo que em solos com maior capacidade de infiltração, espera-se um menor escoamento superficial. E, por fim, a topografia, sendo que as variáveis declividade e depressões acumuladoras de água impactam no escoamento superficial. Obras hidráulicas As obras acabam alterando o efeito das chuvas intensas em uma bacia hidrográfica. Dessa forma, quando há barragens instaladas, estas tendem a acumular água no reservatório, reduzindo os Fator Descrição picos de vazão e retardando a sua propagação a jusante. Fonte: Adaptado de BARBOSA JÚNIOR, 2022 Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Medição do Nível de Água A estimativa do escoamento superficial por meio de medição do nível de água é realizada em postos fluviométricos, em que a altura do nível de Leitura Aspectos Conceituais Sobre Riscos de Inundações e Enchentes na RMSP Como podemos perceber, há uma relação intrínseca entre precipitação – escoamento superficial – ocorrência de inundações e enchentes. A leitura do artigo a seguir irá ampliar o seu conhecimento sobre a ocorrência desses eventos críticos. http://megacidades.ccst.inpe.br/sao_paulo/banco_dados/apendice4.php água é obtida com auxílio das réguas linimétricas ou por meio dos linígrafos. Os dados registrados nesses postos de medição são essenciais para a realização dos estudos sobre escoamento superficial das águas. A seguir, veja algumas informações sobre os diferentes equipamentos que são utilizados para medidas do nível da água: Limnímetros (fluviômetros): referem-se a réguas que são graduadas em centímetros e que podem ser instaladas em um ou vários lances. Precisam estar associadas a uma referência de nível conhecida. Ainda, quando instaladas em postos de medições hidrológicos, os registros de nível são registrados diariamente de uma a três vezes ao dia, podendo ter maior frequência quando houver a passagem de ondas de cheia (FINOTTI et al., 2009). A Figura 1 apresenta uma imagem de uma régua linimétrica; Figura 1 – Régua linimétrica utilizada para medição do nível da água Fonte: caxias.rs.gov.br #ParaTodosVerem: imagem de uma régua linimétrica. A imagem é um registro fotográfico de uma margem de um recurso hídrico, com pequenas ondas e folhas flutuando sobre a superfície da água. Na sequência, constam sete réguas linimétricas, na cor preta, instaladas de forma sequencial e numeradas, na cor branca. Além disso, em cada régua, há informações métricas para medição do nível do recurso hídrico (sobre uma base branca constam os algarismos com as indicações de nível). Fim da descrição. A fim de estabelecer a vazão em um recurso hídrico, deve ser identificada a relação entre a altura do nível da água e a vazão. Essa relação é definida mediante a elaboração de cota-descarga expressa como representação gráfica, fórmula matemática e tabela de calibragem. De acordo com Finotti et al. (2009), a curva cota-descarga ou curva-chave pode ser determinada pela medição de descarga realizada ao longo do tempo e englobando as oscilações tanto de cheia quanto de seca. As curvas são definidas pelo ajuste matemático do conjunto de pontos, sendo essas funções derivadas de equações hidráulicas de fluxo. Outro aspecto importante para a determinação da vazão em um curso d ´água é a determinação da velocidade de uma secção. Finotti et al. Linígrafos: são equipamentos que registram automaticamente o nível da água. Podem ser do tipo boia (que exige a instalação de poços linígrafos, muitas vezes caros) e do tipo pressão (com funcionamento baseado na determinação da pressão hidrostática da água) (FINOTTI et al., 2009). (2009) comentam que são diferentes os métodos que podem ser utilizados para a determinação da vazão, sendo esses: medição e integração da distribuição de velocidade, método acústico, método químico, uso de dispositivos de geometria regular (vertedores e calhas Parshall) e medição com flutuadores. Ainda, segundo os autores, o método mais utilizado é o de medição e integração da distribuição de velocidade. A velocidade pode ser aferida com o uso de diferentes equipamentos: Flutuadores: nesse método, a velocidade da água é medida por meio da contagem do tempo de deslocamento de um flutuador em um percurso. O método é relativamente simples, sendo utilizado para medidas preliminares (GARCEZ; ALVAREZ, 1988); Molinetes: equipamentos que medem a velocidade da corrente de água por meio da contagem das rotações de uma hélice ou de um conjunto de pás móveis. Os micromolinetes são destinados para a medição de velocidades menores que 0,20 m/s, mas seguem o mesmo princípio de funcionamento (GARCEZ; ALVAREZ, 1988). A Figura 2 é um registro fotográfico da realização da medição com o uso de molinete hidrométrico. Figura 2 – Medição com o uso molinete hidrométrico Fonte: Adaptada de ana.gov.br #ParaTodosVerem: imagem de uma medição com uso de molinete hidrométrico. A imagem é um registro fotográfico de uma calha de rio. Na margem à direita, há uma pessoa segurando uma prancheta, sendo que esse objeto é indicado por uma legenda com os seguintes dizeres: “prancheta para anotações dos dados”. Da margem esquerda à direita, há uma trena medindo o canal que separa as duas margens do rio. Junto ao ponto de fixação da trena, há uma régua instalada, sendo essa indicada com os dizeres: “régua centimétrica utilizada para subdividir o curso d´água a cada 30 cm”. No centro da imagem, na parte central da calha do rio, há uma pessoa segurando o molinete e com uma bolsa pendurada no seu pescoço. A bolsa é indicada com os dizeres: “contador de pulsos utilizado para quantificar o número de rotações de 60 segundos em cada subdivisão”. O molinete hidrométrico segurado pelo homem no centro da imagem é indicado por uma seta e pelos dizeres: “hélice posicionada contra o fluxo e em altura correspondente à altura da lâmina d´água na subdivisão”. Fim da descrição. Estimativa do Escoamento Superficial Mediante Dados de Chuva De acordo com Tucci (2007), o escoamento superficial é a parcela de água que se desloca na superfície terrestre até encontrar uma calha definitiva. No caso de bacias rurais, com cobertura vegetal, o escoamento é influenciado pela vegetação e grande parte dele se infiltra. Por sua vez, o escoamento em bacias urbanas sofre interferências em razão das superfícies impermeáveis e dos sistemas de águas pluviais. A estimativa da vazão do escoamento produzido pelas chuvas em determinada área é fundamental para o dimensionamento dos canais coletores, interceptores ou drenos. Existem várias equações para estimar essa vazão, sendo muito conhecido o uso da equação racional. O método racional foi desenvolvido pelo irlandês Thomas Mulvaney, em 1851, sendo aplicado quando há muitos dados de chuva e poucos dados de vazão. De acordo com Barbosa Júnior (2022), a aplicação desse método é restrita a pequenas bacias hidrográficas com áreas inferiores a 2,5 km2. A equação racional estima a vazão máxima de escoamento de uma determinada área sujeita a uma intensidade máxima de precipitação, com um determinado tempo de concentração, a qual é representadapela Equação 4 (BARBOSA JÚNIOR, 2022): Qs = C * i * A (Eq. 4) Na qual: Qs = vazão de escoamento superficial; Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE i = intensidade da chuva; A = área de drenagem da bacia hidrográfica; C = coeficiente de escoamento superficial. Leitura Métodos de Cálculo de Vazão de Escoamento Superficial em Bacias Rurais de Diferentes Escalas Para a determinação do escoamento superficial, outros métodos podem ser aplicados, como: Método Racional Modificado, Método Ven Te Chow, I-PAI- WU e McMath. No artigo publicado por Siqueira et al. (2023), foram aplicados os diferentes métodos para determinar o escoamento superficial em bacias rurais. Convido você para ler o artigo e conhecer mais sobre cada metodologia empregada. https://revistas.uepg.br/index.php/ret/article/view/21258/209209217308 Infiltração As águas provenientes das precipitações, quando em condições adequadas, podem infiltrar no solo por efeito da gravidade ou de capilaridade, passando a formar a fase subterrânea do ciclo hidrológico. É um processo de grande importância prática, pois afeta diretamente o escoamento superficial, que é o componente do ciclo hidrológico responsável pelos processos de erosão e inundações. A infiltração é definida por Pinto et al. (1976) como sendo o fenômeno no qual ocorre a penetração nas camadas de solo próximas à sua superfície, com posterior deslocamento, através dos espaços vazios entre as partículas do solo e pela ação da gravidade, até a camada- suporte, que retém a água. O fenômeno da infiltração é função das características do solo, do relevo e dos obstáculos oferecidos ao escoamento superficial, notoriamente do tipo e do porte da vegetação da área. De acordo com Pinto et al. (1976), as fases da infiltração são: Fase de intercâmbio: nesse momento, a água se encontra próxima à superfície terrestre, estando sujeita à evaporação ou à absorção pelas raízes dos vegetais; Fase de descida: relacionada ao deslocamento vertical da água até ela atingir uma camada-suporte de solo impermeável; Quadro 4 – Grandezas características da infiltração Grandeza Descrição Capacidade de infiltração Quantidade de água máxima que um determinado solo pode absorver em um determinado tempo. Distribuição granulométrica Refere-se à distribuição de partículas de solo, considerando as suas dimensões. Porosidade do solo É a relação entre o volume de vazios e o volume total de solo. Velocidade de filtração Refere-se à velocidade média fictícia de escoamento da água em um solo saturado. Coeficiente de permeabilidade É a velocidade de filtração da água em um solo saturado; quanto há de escoamento com perda de carga unitária em uma certa temperatura. Suprimento específico Quantidade máxima de água em um solo saturado por meio de drenagem natural. Fase de circulação: com o acúmulo da água, há a formação dos lençóis subterrâneos, que podem ser classificados como lençol freático (quando a superfície é livre e sujeita à pressão atmosférica) e lençol cativo (quando a água se encontra confinada entre duas camadas impermeáveis). As grandezas associadas à infiltração são descritas no Quadro 4. Grandeza Descrição Retenção específica Volume de água retido por adesão e capilaridade após o máximo de drenagem natural. Fonte: Adaptado de GARCEZ; ALVAREZ, 1988 Em razão da relevância do conceito, vale ressaltar que a capacidade de infiltração só é atingida durante uma chuva se houver excesso de precipitação. Caso contrário, a taxa de infiltração da água do solo não é máxima, não se igualando à capacidade de infiltração. A capacidade de infiltração apresenta magnitude alta no início do processo e, com o transcorrer deste, atinge um valor aproximadamente constante após um longo período de tempo. Os fatores que intervêm na capacidade de infiltração constam resumidamente no Quadro 5. Quadro 5 – Fatores que influenciam o fluxo de água Fator Descrição Tipo de solo A capacidade de infiltração varia de acordo com a porosidade, com o tamanho das partículas do solo e com o estado de fissuração das rochas. Grau de umidade Em solos secos espera-se uma capacidade de infiltração maior devido à Fator Descrição ação da gravidade e das forças capilares. Compactação pela ação antrópica e de animais A ação do homem e de animais resulta na compactação do solo e na redução da capacidade de infiltração. Ação da precipitação Devido à compactação e ao transporte de material fino decorrentes da ação das chuvas no solo, espera-se a diminuição da porosidade deste, o que impacta na capacidade de infiltração, que fica reduzida. Fonte: Adaptado de BARBOSA JÚNIOR, 2022 Para a quantificação da capacidade de infiltração, podem ser utilizados dois métodos: Infiltrômetro com aplicação de água por inundação: a determinação ocorre pela definição do quociente entre a vazão de admissão de água e a área da seção do tubo cravado no solo (GARCEZ; ALVAREZ, 1988); Infiltrômetro com aplicação de água por aspersão: a capacidade de infiltração é medida pela diferença de vazões de admissão e de efluência superficial dividida pela área de aplicação. Esse método reproduz a ação da precipitação sobre o solo (GARCEZ; ALVAREZ, 1988); Métodos de Equacionamento Geral da Infiltração A infiltração acumulada d’água no solo pode ser descrita pela aplicação de métodos com diferentes enfoques, sendo esses (BARBOSA JÚNIOR, 2022): métodos baseados na curva da capacidade de infiltração, método da função não linear da taxa de perda, método do índice ɸ e método do SCS (Serviço de Conservação do Solo dos Estados Unidos). As principais metodologias baseadas na capacidade de infiltração são: Horton, Kostiakov, Philip e Holtan. Nesta Unidade, iremos analisar apenas a equação de Horton. Ainda, é importante salientar que outro método de grande aceitação é o Green-Ampt, que se baseia na equação de Darcy. Simuladores de chuva (BARBOSA JÚNIOR, 2022). Leitura Análise do Desempenho do Modelo de Kostiakov na Determinação da Velocidade Básica de Infiltração e Plintossolo Pétrico Concrecionário Como vimos anteriormente, são várias as metodologias de determinação da infiltração da água em solos. Com o objetivo de você conhecer a aplicação das equações, indicamos a leitura do artigo técnico publicado por Cordeiro et al. (2021). Na publicação, os autores realizaram testes de infiltração em Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Equação de Horton A equação apresenta uma relação matemática entre três parâmetros, indicando o decaimento da infiltração ao longo do tempo. A equação de Horton, estabelecida em 1939, é descrita conforme consta na Equação 5 (BARBOSA JÚNIOR, 2022): f = fc + (f0 – fc) * exp [-k * (t – te)] (Eq. 5) Na qual: um solo do tipo plintossolo pétrico concrecionário. Em posse das informações, foram feitos ajustes considerando o modelo Kostiakov para determinação da taxa de infiltração. f = capacidade de infiltração no tempo genérico; f0 = capacidade de infiltração no tempo zero; fc = capacidade de infiltração mínima ou taxa mínima de infiltração; https://periodicos.ufv.br/rbas/article/view/11835/6688 Evapotranspiração Em ciência e engenharia, utiliza-se frequentemente o termo Evapotranspiração. Ele é a soma total da evaporação e da transpiração. O termo procura responder à dificuldade em separar os dois fenômenos na situação usual em que a cobertura vegetal não é completa. Com a atual dificuldade crescente de obtenção de água em condições de consumo e seu custo também crescente, torna-se fácil visualizar a necessidade de estudos mais profundos sobre a evapotranspiração. A evaporação é um conjunto de fenômenos físicos que propicia mudança de estado da água ou outro líquido qualquer, do líquido para o gasoso. O processo de evaporação pode ser responsável pela perda de um volume substancial da água que faz parte do volume útil de um reservatório. Isso significa perda de água potável para o abastecimento e paraa irrigação, perda de potencial gerador de energia elétrica etc. Surge então a necessidade de conhecimento do processo de evaporação, dos principais fatores intervenientes e até mesmo dos possíveis métodos de redução da evaporação. k = fator que representa a taxa de decréscimo de f – constante de Horton; t = tempo contado a partir do início da chuva; te = tempo em que ocorre o encharcamento da camada superficial do solo. A transpiração é um conjunto de fenômenos fisiológicos que se dão através dos seres vivos, que promovem a mudança do estado líquido da água para o estado gasoso, transferindo-a para a atmosfera. No caso de solos vegetados, ocorrem simultaneamente a evaporação do solo e a transpiração das plantas. Para saber a quantidade de água necessária para a irrigação, é necessário calcular o volume de água que será transpirado pelas plantas e evaporado pelo solo. Para Oliveira (2016), a evapotranspiração influencia a geração de energia, uma vez que pode ser associada às perdas de água em reservatórios. Além disso, esse fenômeno influencia também a precipitação. No Quadro 6 constam as grandezas associadas à evapotranspiração, enquanto que o Quadro 7 descreve, resumidamente, os fatores que influenciam a evaporação. Quadro 6 – Grandezas características da evapotranspiração Grandeza Descrição Perdas por evaporação ou por transpiração. Referem-se à quantidade de água que é evaporada ou transpirada por área horizonte ao longo de um período. Intensidade de evaporação ou de transpiração. Rapidez em que se processa a evaporação ou a transpiração. Fonte: Adaptado de GARCEZ; ALVAREZ, 1988 Quadro 7 – Fatores que influenciam a evaporação Fator Descrição Umidade do ar Em condições de saturação do ar por vapor, ocorre a redução da evaporação. Quanto menor a umidade do ar, maior será a evaporação. Temperatura Espera-se que quanto maior for a temperatura do ar, maior será o vapor d’água. Portanto, o ar quente influencia a evaporação positivamente. Velocidade do vento Influencia o processo de evaporação, uma vez que remove o ar úmido que está em contato com a superfície. Radiação solar A disponibilidade de energia impacta na intensidade da evaporação. Assim, em regiões com maior radiação solar, maior será a evaporação. Pressão barométrica Essa variável deve ser considerada apenas em elevadas altitudes, uma vez que em tais condições, menor é a pressão barométrica e maior é a evaporação. Salinidade da água Ocorrendo um aumento da salinidade, espera-se que a evaporação seja reduzida. Fonte: Adaptado de OLIVEIRA, 2016; PINTO et al., 1976 Equação para a Determinação da Evaporação A determinação da evaporação pode ser realizada por meio de diferentes métodos, sendo esses: equação de balanço hídrico, medições diretas e uso de equações empíricas. Os evaporímetros se referem aos equipamentos aplicados para a realização da determinação da evaporação, sendo os mais conhecidos os atnômetros e os tanques de evaporação (BARBOSA JÚNIOR, 2022). Pinto et al. (1976) descrevem o instrumento como um recipiente achatado em forma de bandeja, que pode ser quadrada ou circular, contendo água no seu interior. A instalação deve ser próxima à massa de água que se deseja medir a evaporação. Balanço Hídrico para a Evaporação Segundo Barbosa Júnior (2022), a determinação da evaporação em um lago ou um reservatório pode ser medida por meio da Equação 6. E = i + [(Qent – Qsai) / A] – (1/A) * (ΔVol/Δt) (Eq. 6) Na qual: E = evaporação; i = intensidade da precipitação sobre a superfície do lago/reservatório; Equação para a Determinação da Evapotranspiração Da mesma forma que para a evaporação, a evapotranspiração pode ser determinada pela aplicação de métodos direitos, balanço hídrico e modelos matemáticos (método de Thornthwaite, método de Blaney- Criddle, equação de Penman, equação de Jensen & Haise e método de Penman-Bavel). Os lisímetros são os equipamentos utilizados para a medição da evapotranspiração. De acorco com Silva (2015), o equipamento é constituído por um recipiente preenchido com solo, contendo, ainda, controle de entrada e de saída da água. Também, o equipamento permite que seja simulado um solo com ou sem vegetação. Balanço Hídrico para a Evapotranspiração Qent = vazão de entrada do lago/reservatório; Qsai = vazão de saída do lago/reservatório; A = área do lago/reservatório; ΔVol = diferença no volume de água contido no lago/reservatório em um Δt; Δt = intervalo de tempo. O cálculo para definição da intensidade da evapotranspiração em uma bacia hidrográfica consta na Equação 7 (BARBOSA JÚNIOR, 2022). i * A – Q – ET * A = (ΔVol/Δt) (Eq. 7) Na qual: ET = evapotranspiração; i = intensidade da precipitação; Q = vazão média na seção exutória; A = área de drenagem da bacia hidrográfica; ΔVol = diferença no volume de água da bacia hidrográfica em um Δt; Δt = intervalo de tempo. Em Síntese Cada etapa do ciclo da água apresenta suas particularidades, sendo condicionadas por diferentes fatores ambientais. O conhecimento sobre as grandezas características de cada fase, assim como os fatores influenciadores, permite compreender os modelos matemáticos aplicados para a determinação do fluxo da água. A precipitação pode ocorrer de diferentes formas, como chuva, neve, orvalho, entre outras. Sua ocorrência é condicionada, em especial, pela radiação solar, pela umidade e pelo vento. A importância do conhecimento sobre esse fenômeno decorre da necessidade de obter dados a serem aplicados na construção de reservatórios, entre outras infraestruturas hidráulicas. Os três métodos para cálculo da precipitação média em uma bacia hidrográfica são: método da média aritmética, método de Thiessen e método das isoietas. O escoamento superficial é outra etapa do ciclo da água, que carece ter suas grandezas, suas variáveis interferentes e suas equações elucidadas, uma vez que muitas dessas são informações básicas para o dimensionamento de infraestruturas hidráulicas. Para tanto, a instalação de redes de medições de vazões fluviométricas permite o levantamento de dados, os quais serão aplicados na determinação da sua oscilação, bem como em projetos. Por fim, as etapas de infiltração, evaporação e evapotranspiração constituem o ciclo hidrológico, nas quais equações e medidas diretas podem ser realizadas para a determinação dos volumes de água que transitam entre os meios. Tal conhecimento será aplicado para o dimensionamento de obras e gestão de recursos hídricos, mas também representam importantes informações aplicadas para o planejamento de cultivos agrícolas. Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Hidrologia 1: Medição de Vazão – A Curva Chave No vídeo, o professor Walter Collischonn apresenta o método para a determinação de vazão de cursos d'água com a aplicação de curvas chave. Página 3 de 4 📄 Material Complementar A Rede Hidrometeorológica Nacional A agência nacional de águas e de saneamento básico produziu esse documentário, para esclarecer os principais detalhes da formulação da rede hidrometeorológica, que disponibiliza dados de relevância para a realização de estudos hidrológicos. Hidrologia 1 Medição de vazão 6 A Curva chaveHidrologia 1 Medição de vazão 6 A Curva chave https://www.youtube.com/watch?v=dqa4ejTvQjw Leitura Caracterização Pluviométrica da Bacia Hidrográfica do Rio Negro em Território Brasileiro O artigo publicado por Neves et al. (2019), na Revista AIDIS de Ingeniería Y Ciencias Ambientales: investigación, desarrollo y práctica, apresenta a caracterização pluviométrica da bacia do Rio Negro. Para tanto, os autores utilizaram dados obtidos na HidroWeb e no software ArcGis. A partir disso, foram construídos mapas de isoietas. O trabalho reforça a influência dos fenômenos El Niño e La Niña no comportamento pluviométrico da bacia em estudo. Clique no botão para conferir o conteúdo. DOCUMENTÁRIO "A REDE HIDROMETEOROLÓGICANACIONAL"DOCUMENTÁRIO "A REDE HIDROMETEOROLÓGICA NACIONAL" https://www.youtube.com/watch?v=cr10iz04rFw ACESSE Contribuição ao Estudo do Mapeamento da Capacidade de Infiltração de Água no Solo na Bacia Hidrográfica O estudo publicado na Revista Técnica de Ciências Ambientais, por Fantti e Targa (2021), traz as suas contribuições para o desenvolvimento de uma metodologia para identificação da capacidade de infiltração de água no solo, com diferentes tipos de uso e de ocupação. Dessa forma, é possível gerar dados que contribuam para estimar a infiltração de água no solo. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Análise das Chuvas Diárias na Região de São Carlos/SP por Meio de Índices Climáticos e das Tendências Pluviométricas A tese de doutorado de Sanches (2019), elaborada junto ao Programa em Ciências da Engenharia Ambiental da Universidade de São Paulo, busca identificar os padrões de pluviosidade na região de São Carlos/SP. Os resultados encontrados pelo pesquisador indicam que há uma tendência de aumento de episódios extremos de precipitação na série histórica analisada, enquanto o número de dias com chuvas extremas foi decrescente. Clique no botão para conferir o conteúdo. https://revistas.unam.mx/index.php/aidis/article/view/60759 http://www.ipabhi.org/repositorio/index.php/rca/article/view/79/85 ACESSE https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-20082019-093802/en.php AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO (ANA). ANA e CPRM lançam inédito manual para padronizar operação de estações hidrométricas da Rede Hidrometeorológica Nacional. 18/11/2022. Disponível em: <https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/noticias-e- eventos/noticias/ana-e-cprm-lancam-inedito-manual-para-padronizar- operacao-de-estacoes-hidrometricas-da-rede-hidrometeorologica- nacional>. Acesso em: 12/12/2023. BARBOSA JÚNIOR, A. R. Elementos de hidrologia aplicada. 1. ed. São Paulo: Blucher, 2022. (e-book) FINOTTI, A. R. et al. Monitoramento de recursos hídricos em áreas urbanas. 1. ed. Caxias do Sul: Editora EDUCS, 2009. GARCEZ, L. N.; ALVAREZ, G. A. Hidrologia. 2. ed. rev. atual. São Paulo: Blucher, 1988. MISSIAGGIA, F. B. et al. Validação do método do flutuador modificado quando comparado ao molinete hidrométrico e método acústico para uma microbacia localizada no município de Caxias do Sul-RS. In: Página 4 de 4 📄 Referências CONGRESSO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIAS PARA O MEIO AMBIENTE, 6., 2018, Bento Gonçalves. Anais [...] Bento Gonçalves: UCS – Universidade de Caxias do Sul, 2018. p. 1-8. Disponível em: <https://samaecaxias.com.br/Upload/Paginas/Pagina/deb344a8-db55- 4e96-b97f-ce63e20a9da1.pdf>. Acesso em: 12/12/2023. OLIVEIRA, D. B. de (org.) Hidrologia. 1. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016. (e-book) PINTO, N. L. de S. et al. Hidrologia básica. 1. ed. São Paulo: Blucher, 1976. SILVA, L. P. da. Hidrologia: engenharia e meio ambiente. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. (e-book) TUCCI, C. E. M. (org.) Hidrologia: ciência e aplicação. 4. ed. Porto Alegre: Editora UFRGS/ABRH, 2007.
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