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Patologia Geral Caso 4 Inflamação Crônica Introdução A inflamação crônica é uma reação que serve para conter e remover um agressor ou um processo patológico intratecidual. Ela pode ser uma consequência da inflamação aguda ou a resposta do organismo a um agente estranho. Esse tipo de inflamação tem duração prolongada, de semanas a meses. Tem um início insidioso (discreto), possui sinais cardinais atenuados e muitas vezes é assintomática. A inflamação crônica é uma resposta de baixo grau de intensidade porque geralmente o agente agressor não é tão grave. Por esse motivo é possível acontecer destruição tecidual (provocada principalmente pelos produtos das células inflamatórias) e reparação tecidual ao mesmo tempo. A reparação tecidual é uma tentativa de cicatrização que visa substituir o tecido lesado por um tecido conjuntivo fibroso. Isso acontece por proliferação fibroblástica e formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese desencadeada pela ação de fator angiogênico). À microscopia se identifica as áreas de inflamação com infiltrado linfoplasmocitário e também áreas de tecido fibroso. O infiltrado é rico em células mononucleares, que são os linfócitos, plasmócitos, histiócitos e macrófagos (podem se unir e formar células gigantes). Causas As principais causas de uma inflamação crônica são agentes persistentes de baixa toxicidade, como bactérias, parasitas e fungos. Outra possível causa é a exposição prolongada a um agente agressivo (pode ser exógeno ou endógeno), como a sílica, um fio de sutura ou gordura. Doenças autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso, também são importantes causas de inflamações crônicas. Células Inflamatórias ●Macrófagos são as células que regulam a resposta inflamatória, a via de coagulação e a via fibrinolítica. No sangue, eles são chamados de monócitos. ●Linfócitos são células responsáveis pela síntese e secreção de anticorpos. Eles modulam a resposta inflamatória crônica, onde há um predomínio da ação de derivados de linfócitos B. Eles são células chave nas respostas imunes humorais por produzirem citocinas. Os principais tipos de linfócitos são os B, efetores, reguladores e NK. ●Eosinófilos se associam a reações alérgicas, inflamatórias parasitárias e na inflamação crônica eles modulam as reações dos mastócitos por liberarem histamina. Classificação da inflamação Crônica ●A inflamação crônica pode ser inespecífica, também chamada de não-granulomatosa. Nela, há uma ausência de indícios do agente etiológico na inflamação. Isto é, existe uma inflamação sem um agente específico causando ela, com isso, não se forma um granuloma local. As células que predominam aqui são linfócitos e plasmócitos. ●A inflamação crônica pode ser específica, também chamada de granulomatosa, que é aquela em que a disposição tecidual é em forma de granuloma e isso sugere a presença do agente etiológico, como acontece na tuberculose. O tipo celular predominante nesta inflamação é um macrófago modificado que parece uma célula epitelial. Granuloma O granuloma é uma área de inflamação formada por macrófagos, que têm aparência epitelial e que é circundada por linfócitos e plasmócitos, podendo ter uma área central de necrose ou não. Existem tipos de granuloma dependendo do agente etiológico. Os dois tipos são granuloma de corpo estranho e granuloma imunológico (provocado por partículas que induzem uma resposta imunológica). *Nos granulomas se encontram as células gigantes também.
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