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Causas de Justificação no Direito Penal

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São chamadas de descriminantes, de justificantes, de justificativas ou causas de justificação. 
Não há excludentes somente na parte geral, mas Tb na especial. Ex: art. 128, CP, hipóteses de 
aborto. As excludentes da parte geral possuem elementares, as quais, se tiradas, se 
transformam em outro tipo ou tipo desaparece. Ex: crimes funcionais, se tirado o conceito de 
func público, desaparece tipo. As circunstancias do tipo são aquelas que, se tiradas, ainda 
assim permanece o crime. Ex:arma de fogo no roubo, se tirada, ainda assim o crime 
desaparece pq a grave ameaça pode ser feita de outras formas. 
As causas excludentes podem ser objetivas e subjetivas. As objetivas são as que pertencem 
ao agente; as subjetivas são as de conhecimento do agente (conhecimento da situação 
justificantes, ainda que todos os elementos objetivos est de necess, leg defesa, exercício reg, 
estrito cumprimento, estejam presentes, se a pessoa não tem conhecimento de que está em 
uma dessas situações, não há excludente!). 
 .... estado de necessidade: art. 24, CP, é uma situação de perigo atual, de pessoa ou coisa 
(animal); eqto que a legítima defesa eh de agressão de ser humano. Elementos objetivos: 1-
situação de perigo atual, a lei diz que é o que está acontecendo naquele momento, parte da 
doutrina acha que tb pode ser iminente (prestes a ocorrer). 2-perigo deve ameaçar direito 
próprio e/ou de terceiro, parte da doutrina acha que estado de necessidade de terceiro só 
existiria se bem fosse indisponível (vida), se disponível (patrimônio), só haveria se houvesse 
autorização do terceiro. 3- perigo não deve ter sido causado voluntariamente (dolosamente) 
pelo agente, se causado voluntariamente, não pode alegar estado de necessidade. Parte da 
doutrina acha que culposamente Tb não poderia alegar; mas o posicionamento majoritário 
afirma que só o dolosamente não pode ser alegado, podendo o culposamente sim. 4- 
inexistência do dever legal de enfrentar o perigo, existem pessoas que tem o dever de 
enfrentar o perigo (bombeiro, policial, etc). Mas isso está ligado ao princípio da 
proporcionalidade, se a pessoa causar risco que seja desproporcional ao bombeiro, por 
exemplo, esse pode alegar estado de necessidade, assim, não é um princípio absoluto. Ex: 
bombeiro contra um patrimônio, pode alegar; bombeiro contra ultima vaga no helicóptero com a 
vítima, não pode. 5- inevitabilidade do comportamento, só se admite o sacrifício do bem, 
quando não há outra alternativa para salvá-lo. Na legítima defesa admite-se a saída mais 
cômoda, repelindo agressão injusta, mas no estado de necessidade, impõe que se tente salvar 
todos os bens, evitando o dano (ex: tábua de salvação no mar), salvo se não for possível. 6- 
razoabilidade do sacrifício, se não for possível salvar todos os bens em perigo, admite-se que 
não seja salvo o menos valioso, assim, no conflito entre o patrimônio e a vida, admite-se que o 
patrimônio pereça. Se não houver, art. 24, par 2°, impõe diminuição da pena, de 1/3 a 2/3. 
Elementos subjetivos: 1- conhecimento situação justificante, se pessoa não conhecer situação, 
não pode alegar estado de necessidade!! 
Duas teorias adotadas estado necessidade: 1- unitária (do CP), todo estado de necessidade é 
justificante, excludente da ilicitude, SEMPRE! Aqui não há razoabilidade, só dim pena, seja 
valor bem. 2- diferenciadora (CP Militar), o estado de necessidade ora será justificante ora será 
esculpante, exclui ilicitude, exclui culpabilidade, quando valor sacrificado for menor, quando 
valor sacrificado for igual (vida-vida) ou maior (patrimônio salvo – vida não). 
 
 .... legítima defesa: é a repulsa a uma injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou 
alheio, usando moderadamente os meios necessários. Elementos objetivos: 1- agressão 
injusta, ato de ser humano e contrário ao direito, pode haver legítima defesa de qq ser humano, 
mesmo inimputável (medida de segurança: internação e tratamento ambulatorial), essas 
discriminantes são reais (sobre o que está acontecendo), as putativas (sobre o que se está 
imaginando, erroneamente suposta, não sendo excludentes da culpabilidade ou do dolo e 
culpa). Existe estado de necessidade real contra estado de necessidade real, mas não legítima

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