Buscar

Erro de Tipo e de Proibição

Prévia do material em texto

a coação moral for resistível, tanto o coagido como o coator responderão pelo crime, em 
atenuante genérica. 2- obediência hierárquica, só cabe nas relações de direito público, é uma 
ordem ILEGAL de um superior a um subordinado; se a ordem for legal (não manifestamente 
ilegal) está-se diante de estrito cumprimento do dever legal, só superior responde. Se ilegal, 
mas praticada, quem responde é tanto o subordinado quanto o superior, mas subordinado tem 
atenuada a pena – atenuante genérica; 
 
 
AULA 05: ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO 
 
Erro de tipo: é excludente de tipicidade; 
Erro de proibição: é excludente de ilicitude. 
Lembrando das elementares e das circunstâncias, elementar é tudo aquilo se tirar do tipo, ele 
desaparece ou se transforma em outro (infanticídio), podem ser objetivas ou subjetivas; 
circunstancia é aquilo que se tirar, tipo continua o mesmo (arma de fogo no crime de roubo, o 
concurso de pessoas no crime de roubo, etc); o erro de tipo incide sobre as elementares e as 
circunstancias do crime, é um erro sobre a tipicidade, incidindo sobre tipo incriminador (prevê 
crime com pena, roubo, estupro, etc), ou permissivo (não incriminador, que não prevê um 
crime, ex: excludentes da ilicitude). Assim, o erro que incide sobre incriminador ou permissivo, 
chama-se erro de tipo, sobre uma situação de fato, sobre a realidade, está previsto no art. 20, 
CP, o agente não sabe o que faz; ex: atira num homem, pensando ser um espantalho! Erro 
essencial: incriminador, permissivo, circunstancia tipo incriminador; erro sobre dados 
acessórios (secundários), é o acidental, que não aqueles essenciais. 
 ... Erro Essencial: elementar tipo incriminador/direto (confundir bolsa com a de outrem, pegou 
coisa alheia móvel pensando ser sua); elementar tipo permissivo/indireto (entro num bar, vejo 
um desafeto e penso que ele vai atirar, saco arma e atiro primeiro, isso é legítima defesa 
putativa, pensou que estava em leg defesa, mas não estava, se estivesse seria legítimo!); 
sobre circunstancia (benéfica ou prejudicial, uma pessoa quer entrar em uma casa para levar 
um relógio valioso, mas acaba levando um de menor valor, cfe o art. 155, par 2°, é hipótese de 
furto privilegiado ou min, se criminoso for primário, juiz pode ou substituir a pena de reclusão 
pela de detenção, ou de pena de menor período, ou só pena de multa. O erro sobre a 
circunstancia pode acontecer nesse caso. Consequência: se objetiva ou subjetiva, seja sobre 
incriminador ou permissiva, sempre exclui o dolo. Se for sobre circunstancia, o dolo não fica 
excluído só a circunstancia! No exemplo da bolsa (essencial), exclui o dolo, pq houve engano, 
eu não queria pegar a bolsa de outrem; no caso do relógio (circunstancial), não exclui, pq eu 
queria pegar, embora tenha me enganado do valor! Ex: dois réus praticam um assalto, um tem 
arma e o outro não; um responde pela arma e o outro não. 
Pergunta: se meu vizinho invade minha casa e eu atiro pensando que é um ladrão, respondo 
ou não pelo crime? Não pelo crime doloso, pq imaginei uma situação (legítima defesa putativa). 
Espécies: 1- escusável/invencível/inevitável, quando qq um incidiria nele, ex: o da bolsa, se 
fossem bolsas iguais, da mesma marca, é escusável que eu me confunda; 2- 
inescusável/vencível/evitável, quando a pessoa caiu nele por imprudência, negligência ou 
imperícia, quebra do dever de cuidado; são erros essenciais que excluem o dolo, se escusável, 
excluí a culpa, se inescusável, responde por culpa, se houver previsão legal! Por isso que 
dizem que o erro essencial exclui a tipicidade, sendo que o escusável é o dolo e a culpa,

Continue navegando