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Quanto aos efeitos: a doutrina registra 5 espécies de efeitos da sentença, é o chamado grau/carga 5 (Teoria Quinária de Pontes), o critério definidos destes tipos de sentença está na tutela jurisdicional pretendida: DECLARATÓRIA/GRAU 1: é a declaração da inconstitucionalidade do ato/norma atacada, conforme art. 35, CF; CONSTITUTIVA/GRAU 2: é a suspensão da execução da norma, mediante a desconstituição da norma inconstitucional; CONDENATÓRIA/GRAU 3: decreta a intervenção e os limites dessa, se a suspensão da norma (grau 2) não bastar para o reestabelecimento da normalidade; MANDAMENTAL/GRAU 4: não teria essa carga, conforme a doutrina majorante, pois a intervenção em si, constitui-se em ato discricionário do Estado; EXECUTIVA LATO SENSU/GRAU 5: dada a discricionariedade do ato de intervir, também não há essa carga se não há intervenção. • ADC: previsto na CF, art. 102, I, e na Lei Federal N°9.868/1999, referente à lei em processos em que a União seja parte. O resto é igual à ADIN, exceto no que tange aos legitimados, que são em menor número: Pres da República; Mesa do Senado; Mesa da Câmara; Procurador Geral da República. • ADPF: previsto na Lei Federal N° 9.882/1999, refere-se a ato do Poder Público que lesa (repressiva) ou ameaça lesar (preventiva) preceito fundamental (não se sabe ao certo o que seria esse preceito fundamental) ou quando há controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal (é o único que atinge lei municipal!) incluídos os anteriores à CF. Os legitimados são exatamente os mesmos da ADIN. O rito é igual ao da ADIN e do ADC. A Lei 9.882/99 estabeleceu em seu art. 4º, § 1º o caráter de subsidiariedade da ADPF, pois não será ela admitida quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. Isto tem restringido ainda mais o alcance desta nova ação constitucional, pois várias têm sido as ADPF´s rejeitadas pelo STF sob o argumento de que outros meios poderiam ter sido utilizados para alcançar o objetivo proposto (2). Acerca disso, o Ministro Carlos Velloso lançou um alerta ao próprio Tribunal do qual é componente, a fim de evitar que a ADPF venha a tornar-se apenas uma quimera processual, sem nenhum efeito prático. Está no STF a ADI nº 2231, de 27/06/2000, que questiona a constitucionalidade do art. 1º, I da Lei 9.882/99, sob o argumento de que somente a Constituição pode conferir competência originária ao STF. A Lei 9.882/99, ao estabelecer que o STF é competente para apreciar ADPF "quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo, federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição" invadiu a competência da própria Constituição e indevidamente extrapolou sua competência, que era apenas para regular a forma de interposição e apreciação da ADPF. Até o presente momento a ADI 2231/2000 não foi julgada, o que tem causado a suspensão do julgamento dessas ações até a final decisão do Pretório Excelso. • SÚMULA VINCULANTE: é a edição, a revisão e o cancelamento de reiteiradas decisões sobre matéria constitucional, vinculando o Poder Judiciário e a Administração Pública das três esferas. O objeto é a validade, a interpretação e a eficácia de normas controversas que acarretem insegurança jurídica e a multiplicidade de recursos. Legitimados: são os mesmos da ADIN + o Defensor Público Geral da União + os Tribunais de Justiça, os Regionais e os Superiores. Obs.: o Procurador Geral da República manifesta-se previamente sobre, se não propôs. o Município aqui pode propor, se parte for no caso concreto, mas não suspende o curso do processo. pode haver intervenção de terceiros, se o Relator admitir. Aprovação: 2/3 dos votos dos Ministros STF – plenário. Eficácia: REGRA: ex-nunc, STF revisa/cancela lei; EXCEÇÃO: pro-futuro, por interesse público + votos de 2/3 do STF.
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