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através de lei nacional, competências administrativas e legislativas ordinárias. Não há que se falar, no Estado Regional, assim como no Estado Autonômico, que estudaremos a seguir, em poder constituinte decorrente que implica em descentralização de competências legislativas constitucionais e só ocorre no Estado federal. No Estado Regional, o poder central concede autonomia, amplia e reduz esta mesma autonomia administrativa e legislativa ordinária. O Judiciário, como ocorre na Itália, permanece unitário e meramente desconcentrado. As expressões, União, poder constituinte decorrente e Estado membro só se aplicam ao Estado Federal. No Estado Regional, as Regiões elaboram seus Estatutos nos limites da Lei nacional. a) Itália: Na Italia, exemplo de Estado Regional, temos quatro níveis de competências administrativas (o Estado nacional; a região; a província e a comuna); dois níveis de competências legislativas ordinárias (o legislativo nacional e regional); e um judiciário unitário mas sempre desconcentrado. b) Espanha: Das formas descentralizadas de Estado, a mais criativa e recente é a criada pela Constituição Espanhola de 1978. Estado de imensa complexidade, a Espanha foi mantida unida no período do franquista sob o regime autoritário centralizador, que proibia as manifestações culturais das diversas nações que compõem a Espanha. Com quatro idiomas reconhecidos no texto constitucional (o castelhano, o galego, o basco e o catalão) e mais diversos dialetos, a Espanha é rica em diversidade cultural, o que, de um lado, retrata um belo mosaico cultural, mas, de outro, traz problemas para a manutenção de sua unidade territorial. • Estado Federal é aquele em que há uma participação dos Estados-Membros no Poder Central através de uma das Câmaras que compões o Poder Legislativo. Nesta forma de Estado, os Estados-Membros possuem autonomia política que é o poder de auto-organização por meio de um poder constituinte próprio. O Brasil possui a peculiaridade de ter o Município como ente federado (art. 18, CF): Assim, o Federalismo Brasileiro compõe-se de: 1. UNIÃO: com competências enumeradas na CF; 2. ESTADOS-MEMBROS: com competência remanescente, ou seja, o que não é da União nem dos Municípios será dos Estados-Membros; a criação de novos estados depende de LC do Congresso e Plebiscito (veremos adiante); 2.1 - DISTRITO FEDERAL: acumula competências dos Estados-membros e dos Municípios, sendo vedada sua divisão em Municípios! 2.2 – TERRITÓRIOS: quando divididos em Municípios, não acumulam competências, equivalendo aos Estados-membros, ou seja, têm competência remanescente; quando não divididos, acumulam competência de est e Mun, equivalendo ao Distrito Federal. 3. MUNICÍPIOS: as competências são enumeradas na CF, com destaque para o chamado interesse local; a criação de novos Municípios depende de lei Estadual + consulta à população envolvida + estudo de viabilidade urbanística. Cada ente federado corresponde a uma esfera , sendo que, conforme o modelo de Kelsen, as constituições de cada um não sobrepõem-se umas às outras, apenas devendo observar hierarquia no que tange à Constituição Nacional. Competências: • ADMINISTRATIVA: art. 21, CF, da União, é a chamada exclusiva excludente, pois refere-se à supremacia da União; art. 23, CF, dos três entes juntos; são as normas de cooperação; • LEGISLATIVA: 1. Exclusiva: . excludente: art. 21, também da União enquanto soberana; . privativa: art. 22, também da União, mas ela poderá delegar para os outros entes, via LC; é a chamada competência moldura (para os estados-membros botarem a figurinha); são as normas delegativas 2. Concorrente: art. 24, CF, são as famosas normas gerais; 3. Cumulativa: é a do Distrito Federal, que acumula competência de Estado- membro e Município; e a dos Territórios não divididos em Municípios, que também acumulam as competências desses entes! 4. Residual: é a do Estado-membro, via LC delegada, (art. 24, §§ 1°-4°, CF) ou as que sobram (art. 25, §1°, CF).
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