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Resumo - 02. Entes Federativos

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A autonomia dos entes está intimamente relacionada a 
quatro aspectos: 
→ Organização: cada um dos entes federativos possuí 
uma instrução própria de organização, assim: 
↪ União rege-se pela Constituição Federal. 
↪ Estados-Membros por suas Constituições Estaduais 
↪ Municípios por suas leis orgânicas. 
↪ Distrito Federal, por sua vez, organiza-se, outrossim, 
por lei orgânica, embora não seja um município 
propriamente dito. 
 
→ Legislativa: dentro de suas competências, cada ente 
federativo pode legislar sobre determinados assuntos.: 
↪ União, legisla o Congresso Nacional 
↪ Estados-Membros, as Assembleias Legislativas 
↪ Municípios, as Câmaras Municipais, responsáveis 
pela atividade legiferante (de produção das leis). 
 
↪ Governo: cada ente federativo possuí, ainda, a 
autonomia de governo, ou seja, possui representação 
em cada uma das esferas sendo que: 
↪ União, governa o (a) Presidente da República, 
↪ Estados, os governadores ou governadoras, 
↪ Municípios prefeitas ou prefeitos. 
↪ O Distrito Federal, por sua vez, é governado por um 
governador de estado, e não por um prefeito. 
 
↪ Administrativa: as competências atribuídas pela 
Constituição Federal para cada um dos entes 
administrativos podem ser instrumentalizadas por estes da 
forma como melhor lhes convier. Essa autonomia inclui a 
possibilidade de criar autarquias ou entes administrativos, 
bem como, se preferir, gerir os assuntos de estado por si 
só. Ou seja, cada ente federativo tem autonomia para 
gerir sua administração nos limites do que estabelece o 
texto Constitucional. 
 
Dessa forma, vemos que o modelo federativo 
estabelece uma cooperação entre os entes sem que 
haja, contudo, usurpação da autonomia daqueles. Há a 
União, que responde pelo país como um todo, mas 
dentro de sua organização, há espaço para que cada ente 
possa se posicionar política e administrativamente em 
acordo às suas peculiaridades. 
 
 
● OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA NO BRASIL 
Os objetivos fundamentais (e em concursos já foi 
necessário conhecê-los, em contraposição aos 
fundamentos) vêm relacionados no art. 3.º da CF/88. 
Como advertiu Celso Bastos, “a ideia de objetivos não 
pode ser confundida com a de fundamentos, muito 
embora, algumas vezes, isto possa ocorrer. Os 
fundamentos são inerentes ao Estado, fazem parte de sua 
estrutura. Quanto aos objetivos, estes consistem em algo 
exterior que deve ser perseguido”. 
 
Federativos) 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil: 
I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - Garantir o desenvolvimento nacional; 
III - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e regionais; 
IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação. 
 
 
 
A União Federal mais os Estados-Membros, o Distrito 
Federal e os Municípios compõem a República Federativa 
do Brasil, o Estado federal, o país Brasil. 
A União, segundo José Afonso da Silva, “... se constitui 
pela congregação das comunidades regionais que vêm a 
ser os Estados-membros. Então quando se fala em 
Federação se refere à união dos Estados. No caso 
brasileiro, seria a união dos Estados, Distrito Federal e 
Municípios. Por isso se diz União Federal...”. 
Assim, uma coisa é a União — unidade federativa —, 
ordem central, que se forma pela reunião de partes, 
através de um pacto federativo. Outra coisa é a República 
Federativa do Brasil, formada pela reunião da União, 
Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios, todos 
autônomos, nos termos da CF. 
A República Federativa do Brasil, portanto, é soberana 
no plano internacional (cf. art. 1.º, I), enquanto os entes 
federativos são autônomos entre si! 
A União possui “dupla personalidade”, pois assume um 
papel internamente e outro internacionalmente. 
↪ Internamente, é uma pessoa jurídica de direito público 
interno, componente da Federação brasileira e autônoma 
na medida em que possui capacidade de auto-
organização, autogoverno, autolegislação e 
autoadministração, configurando, assim, autonomia 
financeira, administrativa e política (FAP). 
↪ Internacionalmente, a União representa a República 
Federativa do Brasil. A soberania é da República Federativa 
do Brasil, representada pela União Federal. 
 
● BENS DA UNIÃO 
Enquanto pessoa jurídica, como qualquer outra, a União 
é titular de direitos reais como pessoais (CC, art. 99, III). 
Os bens da União estão arrolados no art. 20 e incisos 
↪ Os que atualmente lhe pertencem e os que lhe 
vierem a ser atribuídos. 
↪ As terras devolutas indispensáveis à defesa das 
fronteiras, das fortificações e construções militares, das 
vias federais de comunicação e à preservação ambiental. 
↪ Os lagos, rios e quaisquer correntes de água em 
terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um 
Estado, sirvam de limites com outros países, ou se 
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, 
bem como os terrenos marginais e as praias fluviais. 
↪ As ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com 
outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as 
costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de 
Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço 
público e a unidade ambiental federal. 
↪ O mar territorial. 
↪ Os terrenos de marinha e seus acrescidos. 
↪ Os recursos naturais da plataforma continental e da 
zona econômica exclusiva. 
↪ Os potenciais de energia hidráulica. 
↪ Os recursos minerais, inclusive os do subsolo 
↪ As cavidades naturais subterrâneas e os sítios 
arqueológicos e pré-históricos. 
↪ As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
 
● COMPETÊNCIAS DA UNIÃO FEDERAL 
→ Competência Não Legislativa da União 
Competência não legislativa, como o próprio nome ajuda 
a compreender, determina um campo de atuação político-
administrativa, tanto é que são também denominadas 
competências administrativas ou materiais, pois não se 
trata de atividade legiferante. Regulamenta o campo do 
exercício das funções governamentais, podendo tanto ser 
exclusiva da União (marcada pela particularidade da 
indelegabilidade) como comum (também chamada de 
cumulativa, concorrente, administrativa ou paralela) aos 
entes federativos, assim esquematizadas: 
 
↪ Competência exclusiva: onde somente a União pode 
atuar, sem poder delegar o exercício da função a outros 
(art. 21 da CF/88) 
 
↪ Competência comum (cumulativa, concorrente, 
administrativa ou paralela): trata-se de competência não 
legislativa comum aos quatro entes federativos. 
Em relação à competência comum, o art. 23, parágrafo 
único, estabelece que leis complementares fixarão normas 
para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do 
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. 
Como se trata de competência comum a todos, ou seja, 
concorrente no sentido de todos os entes federativos 
poderem atuar, o objetivo de referidas leis 
complementares é evitar não só conflitos como também 
a dispersão de recursos, procurando estabelecer 
mecanismos de otimização dos esforços. 
 
 
→ Competência Legislativa da União 
Como a terminologia indica, trata-se de competências, 
constitucionalmente definidas, para elaborar leis. 
Elas foram assim definidas para a União Federal: 
 
↪ Competência privativa: art. 22 da CF/88. Apesar de 
ser competência privativa da União, poderiam aquelas 
matérias ser regulamentadas também por outros entes 
federativos? 
Sim, de acordo com a regra do art. 22, parágrafo único, 
que permite à União, por meio de lei complementar, 
autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas 
das matérias previstas no referido art. 22. Entendemos 
que essa possibilidade estende-se, também, ao Distrito 
Federal, por força do art. 32, § 1.º, da CF/88. Finalmente, 
havendo opção política e discricionária, referida delegação 
não poderá ser direcionada a um único Estadodeterminado, mas deverá ser para todos os Estados e o 
DF (no exercício de sua competência estadual). 
 
↪ Competência concorrente: o art. 24 define as 
matérias de competência concorrente da União, Estados e 
Distrito Federal. Em relação àquelas matérias, a 
competência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais. Em caso de inércia da União, inexistindo lei federal 
elaborada pela União sobre norma geral, os Estados e o 
Distrito Federal (art. 24, caput, c/c o art. 32, § 1.º) poderão 
suplementar a União e legislar, também, sobre as normas 
gerais, exercendo a competência legislativa plena. 
Se a União resolver legislar sobre norma geral, a norma 
geral que o Estado (ou Distrito Federal) havia elaborado 
terá a sua eficácia suspensa, no ponto em que for 
contrária à nova lei federal sobre norma geral. Caso não 
seja conflitante, passam a conviver, perfeitamente, a 
norma geral federal e a estadual (ou distrital). 
Observe-se tratar de suspensão da eficácia, e não 
revogação, pois, caso a norma geral federal que 
suspendeu a eficácia da norma geral estadual seja 
revogada por outra norma geral federal, que, por seu 
turno, não contrarie a norma geral feita pelo Estado, esta 
última voltará a produzir efeitos (lembre-se que a norma 
geral estadual apenas teve a sua eficácia suspensa). 
 
↪ Competência tributária expressa: art. 153, estudar 
especialmente em direito tributário). 
 
↪ Competência tributária residual: art. 154, I, instituição, 
mediante lei complementar, de impostos não previstos no 
art. 153, desde que sejam não cumulativos e não tenham 
fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados 
na CF. 
 
↪ Competência tributária extraordinária: art. 154, II, 
instituição, na iminência ou no caso de guerra externa, de 
impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua 
competência tributária, os quais serão suprimidos, 
gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
 
 → : 
Não existe hoje, na prática, nenhum território federal. 
Contudo, a Constituição não veda sua existência, o que 
nos permite afirmar que, em determinado momento, 
poderá ocorrer, se assim for necessário. 
Antes da Constituição Federal de 1988 existiam três 
territórios federais no Brasil: Amapá, Roraima e Fernando 
de Noronha. Fernando de Noronha viria a ser incorporado 
ao estado de Pernambuco, e Amapá e Roraima se 
tornaram estados autônomos. 
↪ Os territórios federais não são entes federativos: Sua 
administração é vinculada à União e, por isso, não têm 
autonomia de governo. Dessa forma, o governante do 
território federal é escolhido pelo Presidente da República, 
representante maior da União. 
↪ As competências materiais exclusivas da União: 
encontram-se disciplinadas no artigo 21 da Constituição 
Federal, enquanto as competências concorrentes 
encontram-se no artigo 23, cuja transcrição seria inviável 
para a organização do trabalho. 
↪ As competências legislativas exclusivas da União: 
encontram-se disciplinadas, por sua vez, no artigo 22, e as 
competências concorrentes com as de outros entes 
federativos no artigo 24. 
 
 
 
Os Estados federados são autônomos, em decorrência 
da capacidade de auto-organização, autogoverno, 
autoadministração e autolegislação. Trata-se de autonomia, 
e não de soberania, na medida em que a soberania é um 
dos fundamentos da República Federativa do Brasil. 
Internamente, os entes federativos são autônomos, nos 
limites de suas competências, constitucionalmente 
definidas, delimitadas e asseguradas. 
Constituem pessoas jurídicas de direito público interno, 
autônomos, nos seguintes termos: 
→ Auto-organização: (CF, art. 25, caput), a carta maior 
confere aos Estados-Membros o direito de se organizar 
em acordo com as suas próprias Constituições 
(Constituição Estadual), obviamente sempre dentro dos 
limites de competência estabelecidos também pela mesma 
Constituição Federal. 
→ Autogoverno: (CF, arts. 27, 28 e 125) estabelecem 
regras para a estruturação dos “Poderes”: 
↪ Legislativo: Assembleia Legislativa; 
↪ Executivo: Governador do Estado; 
↪ Judiciário: Tribunais e Juízes. 
→ Autoadministração e autolegislação: (arts. 18 e 25 a 
28) regras de competências legislativas e não legislativas, 
que serão oportunamente estudadas, diz respeito à 
autonomia do estado em gerir da forma que melhor lhe 
convier, sendo característico de sua própria natureza de 
ente federativo, explicitada na ideia da regência do Estado-
Art. 18º A organização político-administrativa da 
República Federativa do Brasil compreende a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição. 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua 
criação, transformação em Estado ou reintegração 
ao Estado de origem serão reguladas em lei 
complementar. 
 
Membro por sua Constituição e suas leis, que delinearão o 
seu funcionamento 
 
● BENS DOS ESTADOS-MEMBROS 
De acordo com o art. 26 da CF/88, incluem-se entre os 
bens dos Estados: 
↪ As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, 
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na 
forma da lei, as decorrentes de obras da União; 
↪ As áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que 
estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio 
da União, Municípios ou terceiros; 
↪ As ilhas fluviais, lacustres não pertencentes à União; 
↪ As terras devolutas não compreendidas entre as da 
União. 
 
● COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS-MEMBRO 
→ Competência Não Legislativa dos Estados-Membros 
↪ Competência comum (cumulativa, concorrente, 
administrativa ou paralela): trata-se de competência não 
legislativa comum aos quatro entes federativos, quais 
sejam, a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
prevista no art. 23 da CF/88. 
 
↪ Competência residual (remanescente ou reservada): 
são reservadas aos Estados as competências 
administrativas que não lhes sejam vedadas, ou a 
competência que sobrar (eventual resíduo), após a 
enumeração dos outros entes federativos (art. 25, § 1.º), 
ou seja, as competências que não sejam da União (art. 21), 
do Distrito Federal (art. 23), dos Municípios (art. 30, III a IX) 
e comum (art. 23). 
 
→ Competência Legislativa dos Estados-Membros 
Como a terminologia indica, trata-se de competências, 
constitucionalmente definidas, para elaborar leis. 
Foram assim definidas para os Estados-Membros: 
 
↪ Competência expressa: art. 25, caput, qual seja, a 
capacidade de auto-organização dos Estados-Membros, 
que se regerão pelas Constituições e leis que adotarem, 
observados os princípios da CF/88. 
 
↪ Competência residual (remanescente ou reservada): 
art. 25, § 1.º, toda competência que não for vedada está 
reservada aos Estados-Membros, ou seja, o resíduo que 
sobrar, o que não for de competência expressa dos 
outros entes e não houver vedação, caberá aos Estados 
materializar. 
 
↪ Competência delegada pela União: art. 22, parágrafo 
único, como vimos, a União poderá autorizar os Estados a 
legislar sobre questões específicas das matérias de sua 
competência privativa prevista no art. 22 e incisos. Tal 
autorização dar-se-á por meio de lei complementar. 
 
↪ Competência concorrente: art. 24, a concorrência 
para legislar dar-se-á entre a União, os Estados e o Distrito 
Federal, cabendo à União legislar sobre normas gerais e 
aos Estados, sobre normas específicas. 
 
↪ Competência suplementar: art. 24, §§ 1.º a 4.º, no 
âmbito da legislação concorrente, como vimos, a União 
limita-se a estabelecer normas gerais e os Estados, 
normas específicas. 
No entanto, em caso de inércia legislativa da União, os 
Estados poderão suplementá-la, regulamentando as regras 
gerais sobre o assunto, sendo que, na superveniência de 
lei federal sobre norma geral, a aludida norma estadual 
geral (suplementar) terá a sua eficácia suspensa, no que 
for contrária à lei federal sobre normas gerais editadas 
posteriormente. 
Assim, poderíamos, conforme a doutrina, dividir a 
competência suplementar em duas, a saber: 
a) competênciasuplementar complementar: na hipótese 
de já existir lei federal sobre a matéria, cabendo aos 
Estados e ao Distrito Federal (na competência estadual) 
simplesmente completá-las. 
b) competência suplementar supletiva: nessa hipótese 
inexiste a lei federal, passando os Estados e o Distrito 
Federal (na competência estadual), temporariamente, a ter 
a competência plena sobre a matéria. 
 
↪ Competência tributária expressa: art. 155, estudar 
especialmente em direito tributário. 
 
 → ç 
Muito embora seja vedada a secessão, por atentar 
contra os princípios fundamentais do pacto federativo, a 
eventual criação de novos estados é prevista em nossa 
Constituição Federal. 
 
 
 
 
 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da 
República Federativa do Brasil compreende a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição. (...) 
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, 
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios 
Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito, e do 
Congresso Nacional, por lei complementar. 
. 
Novos estados podem se formar por: 
↪ Incorporação (fusão): ocorre quando dois estados ou 
mais se unem para formarem um só. 
Estado A + Estado B = Estado C 
↪ Subdivisão (cisão): Ocorre quando um estado 
originário se divide em outros estados. 
Estado A = Estado B + Estado C 
↪ Desmembramento: ocorre quando uma parte do 
estado originário se divide, surgindo um novo estado, sem 
que se extinga o original. 
Estado A = Estado A + Estado B 
 
Recentemente, houve uma proposta de 
desmembramento do estado do Pará em outros três 
estados, segundo a qual restaria o Pará, e passariam a 
existir dois novos estados-membros, o estado de Carajás, 
e o Estado de Tapajós. A medida não obteve sucesso, e 
manteve-se a estrutura original prevista na Constituição 
para o estado do Pará. 
 
→ Plebiscito: por meio de plebiscito, a população 
interessada deverá aprovar a formação do novo Estado. 
Não havendo aprovação, nem se passará à próxima fase, 
na medida em que o plebiscito é condição prévia, 
essencial e prejudicial à fase seguinte. 
 
→ Propositura do projeto de lei complementar: o art. 
4.º, § 1.º, da Lei n. 9.709/98 estabelece que, em sendo 
favorável o resultado da consulta prévia ao povo 
mediante plebiscito, será proposto projeto de lei perante 
qualquer das Casas do Congresso Nacional; 
 
→ Audiência das Assembleias legislativas: à Casa 
perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei 
complementar referido no item anterior compete 
proceder a audiência das respectivas Assembleias 
Legislativas (art. 4.º, § 2.º, da Lei n. 9.709/98, 
regulamentando o art. 48, VI, da CF/88). 
Observe-se que o parecer das Assembleias Legislativas 
dos Estados não é vinculativo, ou seja, mesmo que 
desfavorável, poderá dar-se continuidade ao processo de 
formação de novos Estados (ao contrário da consulta 
plebiscitária). 
 
→ Aprovação pelo Congresso Nacional: após a 
manifestação das Assembleias legislativas, passa-se à fase 
de aprovação do projeto de lei complementar, proposto 
no Congresso Nacional, através do quórum de aprovação 
pela maioria absoluta, de acordo com o art. 69 da CF/88. 
Cabe alertar que o Congresso Nacional não está 
obrigado a aprovar o projeto de lei, nem o Presidente da 
República está obrigado a sancioná-lo. Ou seja, ambos têm 
discricionariedade, mesmo diante de manifestação 
plebiscitária favorável, devendo avaliar a conveniência 
política para a República Federativa do Brasil. 
 
 
 
O Município pode ser definido como pessoa jurídica de 
direito público interno e autônoma nos termos e de 
acordo com as regras estabelecidas na CF/88. Muito se 
questionou a respeito de serem os Municípios parte 
integrante ou não de nossa Federação, bem como sobre 
a sua autonomia. 
A análise dos arts. 1.º e 18, bem como de todo o capítulo 
reservado aos Municípios, leva-nos ao único entendimento 
de que eles são entes federativos, dotados de autonomia 
própria, materializada por sua capacidade de auto-
organização, autogoverno, autoadministração e 
autolegislação. 
Ainda mais diante do art. 34, VII, “c”, que prevê a 
intervenção federal na hipótese de o Estado não respeitar 
a autonomia municipal. Como já alertamos, trata-se de 
autonomia, e não de soberania, uma vez que a soberania 
é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. 
Internamente, os entes federativos são autônomos, na 
medida de sua competência, constitucionalmente definida, 
delimitada e assegurada. 
 
→ Auto-organização: (art. 29, caput) os Municípios 
organizam-se por meio de Lei Orgânica, votada em dois 
turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada 
por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a 
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas 
Constituições e leis que adotarem, observados os 
princípios desta Constituição. 
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que 
não lhes sejam vedadas por esta Constituição. 
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou 
mediante concessão, os serviços locais de gás 
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de 
medida provisória para a sua regulamentação. 
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, 
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas 
e microrregiões, constituídas por agrupamentos de 
Municípios limítrofes, para integrar a organização, o 
planejamento e a execução de funções públicas de 
interesse comum. 
 
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-
Governador de Estado, para mandato de quatro anos, 
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em 
primeiro turno, e no último domingo de outubro, em 
segundo turno, se houver, do ano anterior ao do 
término do mandato de seus antecessores, e a posse 
ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, 
observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. 
Constituição Federal, na Constituição do respectivo Estado 
e o preceituado nos incisos I a XIV do art. 29 da CF/88. 
→ Autogoverno: elege, diretamente, o Prefeito, Vice-
Prefeito e Vereadores (incisos do art. 29); quanto a 
competência, encontra-se disciplinada nos incisos seguintes 
do mesmo artigo da constituição, tanto no que tange ao 
executivo quanto ao legislativo. 
→ Autoadministração e autolegislação: (art. 30) regras 
de competência que serão oportunamente estudadas. O 
STF, ao destacar a essência da autonomia municipal, 
estabeleceu que a autoadministração implica a capacidade 
decisória quanto aos interesses locais, sem delegação ou 
aprovação hierárquica (ADI 1.842, item 3 da ementa). 
 
Os municípios possuem grande autonomia política no 
Brasil. Desde o Império, quando as câmaras municipais 
detinham grande poder político e de determinação, muitas 
vezes mais definitivos que os mecanismos e ordens que 
emanavam dos poderes centrais do Império. 
Parte disso talvez se dê graças ao fato de que os 
municípios são, de fato, o ente federativo mais 
aproximado da população, onde a vida quotidiana 
acontece verdadeiramente, e por isso, muitas vezes, suas 
decisões e diretrizes são as que mais impactam na vida 
dos cidadãos. 
Os municípios encontram-se na terceira esfera de 
soberania, estando, de certa forma, submetidos aos limites 
do Estado ao qual pertencem, bem como à União, dentro 
de suas competências 
 
● COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS 
→ Competência Não Legislativa dos Municípios 
↪ Competência comum (cumulativa, concorrente, 
administrativa ou paralela): trata-se de competência não 
legislativa comum aos quatro entes federativos, quais 
sejam, a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
prevista no art. 23 da CF/88. 
 
↪ Competência privativa (enumerada): (CF, art. 30, III a 
IX) assim definida, compete aos Municípios: 
III — instituir e arrecadar os tributos de sua 
competência, bem como aplicar suas rendas, sem 
prejuízo da obrigatoriedadede prestar contas e publicar 
balancetes nos prazos fixados em lei. 
IV — Criar, organizar e suprimir distritos, observada a 
legislação estadual. 
V — Organizar e prestar, diretamente ou sob regime 
de concessão ou permissão, os serviços públicos de 
interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem 
caráter essencial. 
VI — Manter, com a cooperação técnica e financeira 
da União e do Estado, programas de educação infantil e 
de ensino fundamental. 
VII — Prestar, com a cooperação técnica e financeira 
da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde 
da população. 
VIII — Promover, no que couber, adequado 
ordenamento territorial, mediante planejamento e controle 
do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. 
IX — Promover a proteção do patrimônio histórico-
cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora 
federal e estadual. 
 
→ Competência Legislativa dos Municípios 
↪ Competência expressa: (CF, art. 29, caput) qual seja, 
como vimos, a capacidade de auto-organização dos 
Municípios, através de lei orgânica. 
 
↪ Competência do interesse local: (CF, art. 30, I) o 
interesse local diz respeito às peculiaridades e 
necessidades ínsitas à localidade. 
 
↪ Competência suplementar: (CF, art. 30, II) estabelece 
competir aos Municípios suplementar a legislação federal 
e a estadual no que couber. “No que couber” norteia a 
atuação municipal, balizando-a dentro do interesse local. 
Observar ainda que tal competência se aplica, também, 
às matérias do art. 24, suplementando as normas gerais e 
específicas, juntamente com outras que digam respeito ao 
peculiar interesse daquela localidade. 
 
↪ Competência plano diretor: (CF, art. 182, § 1.º) o plano 
diretor deverá ser aprovado pela Câmara Municipal, sendo 
obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes. 
Serve como instrumento básico da política de 
desenvolvimento e de expansão urbana. 
 
↪ Competência tributária expressa: art. 156, estudar 
especialmente em direito tributário. 
 
→ Competência municipal para legislar sobre meio 
ambiente e controle da poluição 
O STF analisou a competência municipal para legislar 
sobre a proibição de queimada em canaviais (RE586.224). 
No precedente em análise, de maneira inovadora, a 
Corte, por unanimidade, firmou a tese de que o Município 
é competente para legislar sobre o meio ambiente com a 
União e Estado, no limite do seu interesse local e desde 
que tal regramento seja harmônico com a disciplina 
estabelecida pelos demais entes federados (CF, art. 24, 
inciso VI, c/c 30, inc. I e II). Em igual perspectiva, o STF, 
em momento seguinte, entendeu a legitimidade e 
constitucionalidade de legislação municipal com base na 
qual se aplicam multas por poluição do meio ambiente, 
decorrente da emissão de fumaça por veículos 
automotores no perímetro urbano. 
Assim, a matéria é de competência concorrente (CF, 
art. 24, VI), sobre a qual a União expede normas gerais. Os 
Estados e o Distrito Federal editam normas suplementares 
e, na ausência de lei federal sobre normas gerais, editam 
normas para atender a suas peculiaridades. 
Por sua vez, os Municípios, com base no art. 30, I e II, da 
CF, legislam naquilo que for de interesse local, 
suplementando a legislação federal e a estadual no que 
couber. 
. 
 → ç 
A criação de novos municípios encontra-se disciplinada 
no artigo 18, parágrafo 4º da Constituição Federal, que 
teve sua redação alterada pela Emenda Constitucional 
15/1996, fixa as regras para a criação, incorporação, fusão 
e desmembramento de Municípios, nos seguintes termos 
e obedecendo às seguintes etapas: 
 
→ Lei complementar federal: determinará o período 
para a mencionada criação, incorporação, fusão ou 
desmembramento de Municípios, bem como o 
procedimento (cf. ADI 2.702). 
 
 
 
→ Estudo de viabilidade municipal: deverá ser 
apresentado, publicado e divulgado, na forma da lei, estudo 
demonstrando a viabilidade da criação, incorporação, fusão 
ou desmembramento de municípios; 
 
→ Plebiscito: desde que positivo o estudo de viabilidade, 
far-se-á consulta às populações dos Municípios envolvidos 
(de todos os Municípios envolvidos, e não apenas da área 
a ser desmembrada, como vimos em relação aos 
Estados-Membros), para aprovarem ou não a criação, 
incorporação, fusão ou desmembramento. 
Referido plebiscito será convocado pela Assembleia 
Legislativa, de conformidade com a legislação federal e 
estadual (art. 5.º da Lei n. 9.709/98). 
 
→ Lei estadual: dentro do período que a lei 
complementar federal definir, desde que já tenha havido 
um estudo de viabilidade e aprovação plebiscitária, serão 
criados, incorporados, fundidos ou desmembrados 
Municípios, através de lei estadual. 
Portanto, o plebiscito é condição de procedibilidade para 
o processo legislativo da lei estadual. Se favorável, o 
legislador estadual terá discricionariedade para aprovar ou 
rejeitar o projeto de lei de criação do novo Município. Em 
igual sentido, mesmo que aprovada a lei pelo legislador 
estadual, o Governador de Estado poderá vetá-la. 
O Distrito Federal surge da transformação do antigo 
Município neutro (sede da Corte e Capital do Império), nos 
termos do art. 2.º da Constituição de 1891, passando a ser a 
Capital da União, mantida a sede na cidade do Rio de 
Janeiro. Nesse momento de sua instituição não se podia 
considerá-lo como entidade federada autônoma, mas 
simples autarquia territorial. 
De acordo com o art. 3.º e parágrafo único da 
Constituição de 1891 (regra essa mantida nos textos 
seguintes), ficou pertencendo à União, no Planalto Central 
da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, 
que seria oportunamente demarcada para nela 
estabelecer-se a futura Capital federal. Efetuada a 
mudança da Capital, concretizando-se os compromissos 
de interiorização do País, o Distrito Federal, que se 
localizava na cidade do Rio de Janeiro, passaria a constituir 
um Estado. 
Com a Constituição de 1988, de acordo com o art. 18, § 
1.º, a Capital Federal passa a ser Brasília, situada no 
território do Distrito Federal, que, no novo modelo, ainda 
localizado no Planalto Central do Brasil, deixa de ser mera 
autarquia territorial, tornando-se ente federativo, com 
autonomia parcialmente tutelada pela União. 
Brasília, por sua vez, nos termos do art. 6.º da Lei 
Orgânica do DF, além de ser a Capital da República 
Federativa do Brasil e sede do governo federal, é, 
também, sede do governo do Distrito Federal. 
O Distrito Federal é, portanto, uma unidade federada 
autônoma, visto que possui capacidade de auto-
organização, autogoverno, autoadministração e 
autolegislação: 
 
→ Auto-organização: (CF, art. 32, caput) estabelece 
que o Distrito Federal se regerá por lei orgânica, votada 
em dois turnos com interstício mínimo de dez dias e 
aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a 
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na 
Constituição Federal; 
→ Autogoverno: (CF, art. 32, §§ 2.º e 3.º) eleição de 
Governador e Vice-Governador e dos Deputados Distritais; 
→ Autoadministração e autolegislação: regras de 
competências legislativas e não legislativas. 
 
● COMPETÊNCIAS DO DISTRITO FEDERAL 
→ Competência Não Legislativa do DF 
↪ Competência comum (cumulativa ou paralela): trata-
se de competência não legislativa comum aos quatro 
entes federativos, quais sejam, a União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, prevista no art. 23 da CF/88. 
 
→ Competência Legislativa do DF 
O art. 32, § 1.º, prescreve que ao Distrito Federal são 
atribuídas as competências legislativas reservadas aos 
Estados e Municípios. Assim, tudo o que foi dito a respeito 
Art. 18. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei 
estadual, dentro do período determinado por lei 
complementar federal, e dependerão de consulta 
prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicadosna 
forma da lei. 
dos Estados aplica-se ao Distrito Federal, bem como o 
que foi dito sobre os Municípios no tocante à 
competência para legislar também a ele se aplica. 
 
↪ Competência expressa: (CF, art. 32, caput) 
elaboração da própria lei orgânica. 
 
↪ Competência residual: (CF, art. 25, § 1.º) toda 
competência que não for vedada, ao Distrito Federal 
estará reservada. 
 
↪ Competência delegada: (CF, art. 22, parágrafo único) 
como vimos, a União poderá autorizar o Distrito Federal a 
legislar sobre questões específicas das matérias de sua 
competência privativa. Tal autorização dar-se-á mediante 
lei complementar. 
 
↪ Competência concorrente: (CF, art. 24) em que se 
estabelece concorrência para legislar entre União, Estados 
e Distrito Federal, cabendo à União legislar sobre normas 
gerais e ao Distrito Federal, sobre normas específicas. 
 
↪ Competência suplementar: (CF, art. 24, §§ 1.º a 4.º) 
no âmbito da legislação concorrente, como vimos, a União 
limita-se a fixar normas gerais e o Distrito Federal, normas 
específicas. 
No entanto, em caso de inércia legislativa da União, o 
Distrito Federal poderá suplementá-la e regulamentar as 
regras gerais sobre o assunto, sendo que, na 
superveniência de lei federal sobre norma geral, a aludida 
norma distrital geral (suplementar) terá a sua eficácia 
suspensa, no que for contrária à lei federal sobre normas 
gerais editadas posteriormente. 
 
↪ Competência interesse local: (CF, art. 30, I, combinado 
com o art. 32, § 1.º). 
 
↪ Competência tributária expressa: (CF, art. 147, parte 
final, c/c os arts. 156 e 155) a estudar especialmente em 
direito tributário. 
 
● CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES 
→ Impossibilidade de divisão do Distrito Federal em 
Municípios: o art. 32, caput, expressamente, veda a 
divisão do Distrito Federal em Municípios, ao contrário do 
que acontece com os Estados e Territórios; 
 
→ Autonomia parcialmente tutelada pela União: 
↪ O art. 32, § 4.º, declara inexistirem polícia civil, polícia 
penal, polícia militar e corpo de bombeiros militar, 
pertencentes ao Distrito Federal. 
Tais instituições, embora subordinadas ao Governador 
do Distrito Federal (art. 144, § 6.º), são organizadas e 
mantidas diretamente pela União (art. 21, XIV, na redação 
dada pela EC n. 104/2019, que alterou a Constituição 
Federal para criar as polícias penais federal, estaduais e 
distrital), sendo que a referida utilização pelo Distrito 
Federal será regulada por lei federal. 
↪ Também observar que o Poder Judiciário e o 
Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios são 
organizados e mantidos pela União (arts. 21, XIII, e 22, XVII) 
 
→ EC n. 69/2012: na mesma linha da Reforma do Poder 
Judiciário (EC n. 45/2004), que assegurou às 
Defensorias Públicas Estaduais autonomia funcional e 
administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária 
(dentro dos limites constitucionais), com atraso de 8 anos, 
a EC n. 69/2012 transferiu da União para o DF as 
atribuições de organizar e manter a Defensoria Pública do 
Distrito Federal, determinando a aplicação dos mesmos 
princípios e regras que, nos termos da Constituição 
Federal, regem as Defensorias Públicas dos Estados.

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