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CURSO DE PSICOLOGIA - 6° PERÍODO DISCIPLINA: Psicopatologia II PROFESSORA: Ma. Alice Parentes da Silva Santos TEMA: Discussões atuais sobre Psicologia e Transtornos de Depressão NOME: • AYLANE RODRIGUES DE CASTRO DOS SANTOS • JÉSSICA BARROS MENDES 1. DELIMITAÇÃO DO TEMA Depressão em Pacientes em Fase Terminal: Avaliação, Impacto na Saúde Mental e Intervenção Psicológica 2. CONSTRUÇÃO DO PROBLEMA A depressão em pacientes em fase terminal apresenta uma complexidade que afeta a o bem-estar emocional e a saúde mental, assim como a qualidade de vida dos pacientes. A percepção de uma ameaça à integridade física, juntamente com uma série de desafios, sejam eles físicos, emocionais e espirituais associados à doença terminal, torna mais desafiador lidar com os sintomas da doença, participar dos cuidados paliativos e seguir tratamentos médicos, além de manter relações interpessoais. No entanto, apesar da depressão ser uma questão que demanda uma abordagem compassiva e multidisciplinar, é crucial destacar que há estratégias e intervenções que podem auxiliar na redução dos sintomas da depressão em pacientes terminais, levando conforto e suporte emocional ao longo dessa fase desafiadora. Diante desse cenário, até que ponto a depressão em pacientes em fase terminal é adequadamente reconhecida, diagnosticada e tratada nos sistemas de saúde de forma compassiva e holística, considerando os desafios únicos enfrentados por esses pacientes, levando em consideração não exclusivamente os aspectos físicos da doença, mas também de forma crucial os aspectos psicológicos, emocionais, e espirituais na promoção do bem-estar mental até a fase terminal de vida? 3. HIPÓTESES A depressão em pacientes em fase terminal é dificilmente diagnosticada e reconhecida como uma questão séria e que pode trazer um impacto significativo no bem-estar emocional do paciente e na qualidade de vida, devido à falta de sensibilidade de profissionais da saúde em lidar com questões emocionais, psicológicas e espirituais. Sendo assim, acabam priorizando aspectos físicos da doença, resultando em uma negligência dos sinais e sintomas depressivos, podendo levar a um sofrimento adicional e prejudicar a efetividade do tratamento em geral. A cultura predominante na medicina tende a priorizar o tratamento dos sintomas físicos da doença, deixando de lado a avaliação e a intervenção nas questões emocionais e espirituais que podem surgir durante os estágios finais da vida (Block et al., 2007). 4. JUSTIFICATIVA A pesquisa sobre depressão em pacientes em fase terminal é crucial devido à sua relevância clínica e humanitária. A depressão nesse contexto não apenas causa sofrimento adicional aos pacientes, mas também influencia diretamente a qualidade dos cuidados prestados e o bem-estar global do paciente. Além disso, a depressão muitas vezes é subestimada ou negligenciada devido à ênfase tradicional nos aspectos físicos da doença terminal. Portanto, compreender a prevalência, os sintomas e o impacto da depressão nesses pacientes é essencial para melhorar a qualidade dos cuidados paliativos e promover uma abordagem mais holística e compassiva à saúde mental dos pacientes em fase terminal. 5. OBJETIVOS 5.1 Geral Compreender a relação que há entre depressão e pacientes em fase terminal. 5.2 Específicos ● Identificar os principais sintomas de depressão em pacientes em fase terminal. ● Avaliar o impacto da depressão na saúde mental desses pacientes. ● Proporcionar intervenções psicológicas adequadas para promover o bem- estar emocional dos pacientes em fase terminal. 6. REFERENCIAL TEÓRICO A compreensão da depressão em casos de pacientes em fase terminal se dá de forma abrangente a partir da fundamentação da teoria do sofrimento humano de Eric J. Cassel (2004). De acordo com Cassel, o sofrimento experimentado pelo paciente vai muito além dos sintomas físicos da doença, pois sofre influência de aspectos psicossociais, emocionais e existenciais. Ele propõe que esse sofrimento se concentra na percepção de ameaça à integridade do ser e na capacidade de encontrar significado e propósito de vida durante esse período desafiador. Neste contexto, a avaliação da depressão requer uma abordagem mais sensibilizada e multidisciplinar, que leve em consideração a condição de saúde do paciente, assim como o impacto emocional da doença. Dalgalarrondo (2008) ressalta a importância de uma abordagem multidimensional em que seja considerado não apenas os aspectos físicos da enfermidade, mas também os psicossociais e existenciais, pois esse cenário não envolve somente o tratamento de sintomas depressivos, mas também a busca pelo bem-estar psicológico e espiritual do paciente. Além disso, Dalgalarrondo aborda a importância de apoio psicoterapêutico para lidar com questões de significado de vida e de adaptação à doença terminal. O impacto da depressão pode intensificar o sofrimento emocional do paciente, fazendo com que se sinta sobrecarregado por uma variedade de emoções negativas, dificultando ainda mais a sua capacidade de lidar com todo esse contexto de uma forma mais saudável e adaptativa. A teoria de Cassel (2004) destaca a importância necessidade de uma comunicação onde haja empatia e compassividade por parte dos profissionais de saúde, visando auxiliar os pacientes na gestão de suas emoções e preocupações durante esse período. Além disso, o reconhecimento e o tratamento adequado da depressão são essenciais não apenas para aliviar o sofrimento mental, mas também para melhorar os resultados clínicos e a experiência do paciente durante o processo de fase terminal. Em resumo, o enfrentamento da depressão em pacientes em fase terminal requer integração de intervenções psicoterapêuticas adaptadas, suporte emocional e espiritual e envolvimento da família no processo de cuidado, o que pode ser crucial para fornecer o melhor cuidado possível a esses pacientes. Essa abordagem holística permite que os pacientes enfrentem sua condição com resiliência e maior qualidade de vida. 7. METODOLOGIA Esta pesquisa é descrita como exploratória e bibliográfica em termos de métodos empregados para a sua realização, conforme a classificação de Gil (2017). A abordagem exploratória é utilizada para tornar o problema mais explícito e para auxiliar na construção de hipóteses. Nesse sentido, serão exploradas diversas fontes de informação, como sites, livros e artigos, para compreender o fenômeno da depressão em pacientes em fase terminal. No que se refere ao procedimento técnico, optaremos por uma pesquisa bibliográfica objetiva, que busca solucionar o problema com base em materiais previamente publicados. Este material consistirá principalmente de artigos científicos e livros que tratem a temática da depressão em pacientes terminais, avaliação, impacto na saúde mental e intervenção psicológica. Essa abordagem viabilizará uma análise aprofundada do problema e a identificação de estratégias eficazes para intervenção psicológica. Portanto, o estudo se baseará em uma análise crítica da literatura pertinente para fornecer uma compreensão abrangente do assunto e fundamentar as discussões e conclusões do estudo. REFERÊNCIAS Block, S. D., Billings, J. A., Dimmers, M. A., & Wu, A. W. (2007). Melhorando os cuidados paliativos: precisamos entender melhor as barreiras. Journal of Palliative Medicine, 10(4), 759-762. Cassel, E. J. (2004). The nature of suffering and the goals of medicine. New England Journal of Medicine, 350(11), 1149-1152. Dalgalarrondo, P. (2008). Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Artmed Editora. Gil, A. C. (2017). Métodos e técnicas de pesquisa social. Atlas Editora.
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