CARLOS EDUARDO FATEC

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ARMAZENAGEM DE PRODUTOS. MANUSEIO E ACONDICIONAMENTO DE PRODUTOS. EQUIPAMENTOS. UTILIZADOS
Ao longo do tempo, o processo de armazenagem na logística vem sendo considerado cada vez mais importante dentro de um setor, sendo um processo que requer tomadas de decisões pontuais para que seja estabelecida a organização das atividades vistas como essenciais para a organização, onde a mesma desempenha o melhoramento da estabilidade envolvida entre demandas e ofertas, sendo possível que analise a diminuição dos custos de armazenamento que influencia de modo direto no aumento dos lucros e das vantagens oferecidas para o consumidor final (MOURA, 2008, p. 6-7).
Sendo definida como o procedimento de armazenar distintas formas de mercadoria de modo que as mesmas sejam bem alocadas e estocadas para que não ocorra perda, tendo que ser cumprido uma lei de intervenção para esse processo, para que haja a garantia que não haverá desperdícios, onde esta política promove o controle físico e preserva todos os itens relacionados (POZO, 2010).
É ressaltado que o que estabelece os critérios para a realização de seleção da mercadoria que deve ser extraída do armazém para atender uma determinada demanda, é o sistema de gerenciamento de armazém, efetuar um bom gerenciamento, de modo adequado, é fundamental para a análise final do que permanece ainda no local, para que faça a efetividade, são empregados os First In e First Out (FIFO), sendo um meio sistêmica que realiza a seleção priorizando o principal para sair, o primeiro item que chega, e também, ajuda na administração local e no processo de tomada de decisão sobre a entrada e saída (POZO, 2010, p.12).
Para que seja realizado um armazenamento correto, é preciso seguir as regras e princípios adequadamente, sendo os principais, fazer o isolamento do setor, desse modo, não sendo permitido que seja interdependente de outros setores, efetuar contagem sobre a quantidade armazenada para certificar a possibilidade de estocagem, disposição do armazém, este abrange espaço, trafego interno, riscos e inflexibilidade (MARTINS; ALT, 2009).
Ao se referir sobre o processo de manuseio de materiais, está é voltada para a movimentação dos produtos no local de armazenagem, sendo necessário esclarecer que a mesma gera um custo, sendo importante se seja movimentado apenas o indispensável. Possui duas formas de manuseio, a manual e mecânica, a qual possui como o seu principal utensilio para realizar as organizações o carrinho.
Sobre a forma de manuseio, é preciso planejar para que seja diminuído as distancias, deixando as mercadorias mais próximas possíveis de seus respectivos lugares, disponibilizar as mercadorias em unidades, as deixando nos chamados pallets com a finalidade de aumentar as cargas no transporte, é preciso verificar nas embalagens informações sobre quantidade e peso, procurando facilitar o processo de empilhagem, desse modo, economizar espaço (POZO, 2010)
O acondicionamento tem a função de realizar a manutenção da plenitude física da mercadoria, começando na saída do estoque e finalizando na chegada no consumidor final, é preciso que todas as empresas que disponibilizam entrega de mercadorias ao cliente certifiquem a plenitude ao longo da cadeia logística, ao se descuidar do acondicionamento a plenitude da mercadoria pode correr riscos, assim, comprometer o processo de estocagem durante o transporte, para que seja possível zelar pela plenitude da mercadoria, é necessário ser levando em consideração as principais características do mesmo, e assim, analisar qual a melhor forma de envio e a embalagem adequada (PAOLESCHI, 2009)
É preciso possuir cuidados acentuados no processo de armazenagem, sendo no armazenamento de volumes como para sua locomoção interna, sendo que dentre os equipamentos usados para esse processo, os principais são os veículos industriais de transporte, equipamentos para elevação de transferência dos materiais, transportadores contínuos de cargas, embalagens, recipientes e estruturas de armazenagem.
EMBALAGENS.
o processo logístico, o uso de embalagem é possuir a garantia sobre a plenitude física da mercadoria que está sendo comercializada, sendo que é fundamental que a mesma chegue ao consumidor final sem nenhuma avaria, desse modo, possui existe uma série de embalagens a serem utilizadas de acordo com o produto para cada tipo.
A embalagem é vista como sendo um dos integrantes fundamentais para a logística, por causa que a mesma está relacionada a plenitude e a segurança do produto, assim, possui sua definição como sendo um diferencial logístico, conforme o tempo, as embalagens foram se modernizando, algumas sendo inovadoras, e as organizações investem neste quesito, considerando que através das mesmas as expectativas com os clientes tendem a melhorar (POZO, 2010)
Para que seja determinada qual a melhor embalagem a ser utilizada, transpassa em quatro pontos fundamentais a serem considerados, sendo a adequação ao produto, assim, é preciso pensar nos condicionamentos de aproveitar o espaço e seus aspectos que possam garantia a proteção do produto; impacto ambiental, no processo logístico, é levado muito em consideração a sustentabilidade, desse modo, são analisados materiais recicláveis, podendo ser reaproveitados ou retornáveis; custos, onde a qualidade deve ser colocada em evidencia, no entanto, é preciso equilibrar para que não tenha gastos excessivos; e a certificação, o qual se faz necessário procurar embalagens certificadas pelo Inmetro (ABRE, 2005)
Em relação as formas e os materiais mais utilizados em embalagens para logística, os principais são as caixas de madeira sendo muito usada no agronegócio; o papel e o papelão que são de fácil manejo, recicláveis, tem um peso mínimo e seu custo de produção é baixo, porém, não é resistente em contato com a umidade; embalagens de vidro são importantes para armazenamento principalmente de alimentos, geralmente são transparentes, o que facilita a visualização do produto, é muito utilizada também para conservar alimentos; e por fim, a lata e o alumínio sendo estas, resistentes a umidade, odores e a luz, além de apresentar características térmicas (ABRE, 2005).
ESTOQUE CARACTERISTICAS E CONTROLE
A definição de estoque pode ser dada como um recurso da cadeia produtiva que introduza valor final para o produto, também pode ser considerado como um elemento que auxilia na vantagem competitiva para o empreendimento, tendo em vista que pode ser permitida a sua disponibilidade para o consumidor final no momento em que é solicitado. O estoque é de suma importância para a organização, vide que ela é a garantia de material para suprir as necessidades da clientela. 
Existem diversos tipos de estoque, Fenerich (2016, p.137) as categoriza de acordo com o tipo de produto que são as matérias-primas, produto acabado e produto semiacabado, além disso tem-se a categorização em relação ao modo como são criados, podendo ser em trânsito, cíclico, por antecipação e segurança. 
Em relação aos custos do estoque, deve-se ressaltar que cada material armazenado e sua quantidade gera custos, que podem ser juros, equipamentos de movimentação, deterioração, obsolencia, seguros, salário, conservação ou depreciação. Os custos podem ser classificados em quatro partes em que se determina o nível a ser mantido pelo gestor, sendo eles: custo de aquisição; custo de armazenamento; custo de pedido; e custo de falta. 
O controle de estoque emergiu da necessidade de controlar melhor seu material. Há um tempo atrás, era controlado de forma manual através de fichas de prateleiras ou por fichas de controle, ressalta-se que hoje ainda existem organizações que trabalham com sistemas mais rústicos, contudo, com o desenvolvimento das tecnologias de informação e a informática, há um aprimoramento do controle de estoques que naturalmente substituem os antigos, informatizando-os. 
Dentre os objetivos do controle de estoque, pode-se elencar o melhoramento do nível de serviço, o incentivo a economias de produção, viabiliza economia de escala de compras e transporte, háuma ação no que concerne a proteção contra aumentos de preços, auxiliam na proteção da empresa de incertezas de demanda e tempo de ressuprimento e serve como aporte contra contingencias. 
A gestão do estoque tem uma importância pontual, vide que trata de uma parcela grande de ativos de uma organização, e não havendo êxito neste processo, a empresa poderá deixar de gerar lucros e agregação de valor a este processo. Cita-se ainda que dentro de uma empresa, deve-se ter muito cuidado com os matérias armazenados e movimentados, pois, se não efetuados corretamente, podem gerar danos aos materiais, e consequentemente, custos para a empresa.
Estoques com grande concentração de materiais e mal administrados encarecem o preço final dos produtos, assim como uma aplicação indevida do capital de giro, sendo assim, é fundamental que o gestor saiba decidir em relação a compras a serem estocadas, assim como o custo unitário, pois, terá como beneficio a minimização dos custos de estocagem e de aquisição (BALLOU, 2012, p.24)
PLANEJAMENTO LOGÍSTICO
O conceito de planejamento logístico engloba metas de serviço aos clientes até a localização de instalações. É o responsável por organizar e coordenar o estoque, o armazenamento e o transporte dentro de uma organização dentre os demais colaboradores na cadeia de suprimentos. O setor logístico trabalha para diminuir as despesas com fretes de saídas, trabalha mais intimamente com clientes e transportadoras. Em outras palavras, o planejamento logístico tem a responsabilidade de integrar as demandas totais de movimentações, disponibilidade de transportes e custo de movimentações, isso para se chegar a uma redução nas despesas gerais de fretes (BOWERSOX, 2014, p.128)
Dentre os elementos a serem considerados para a elaboração do planejamento logístico, cita-se o armazém ou estoque, transporte e tecnologias, descritos subsequentemente. 
No que concerne o armazenamento ou estoque, o processo depende muito do tipo de negócio, os materiais podem ser dispostos por exemplo em temperaturas variadas. Outro ponto a ser colocado é a quantidade a ser estocada, buscando a diminuição dos desperdícios, uma vez que o produto se torna obsoleto após o prazo de validade. Como exemplo de disposição de produtos no armazém, é o posicionamento em áreas de fácil acesso e próximas da retirada do produto, ou de itens que são utilizados com mais frequência (BOWERSOX, 2014, p. 37).
Em relação ao transporte, sabe-se que cada produto, dependendo da sua tipologia requer movimentos de transportes diferentes, é importante considerar uma variável dentro do transporte, essa variável é onde se vai movimentar o produto. É imprescindível que haja um planejamento efetivo de como organizar as rotas de entrega e contar com as parceiras de transporte confiáveis para que não haja atrasos ou outros imprevistos na entrega (BALLOU,2006, p.434)
É importante estudar exemplos do que é planejamento logístico que outras empresas utilizam, utilizando o chamado benchmarking, e saber quais são as principais tendencias logísticas disponíveis atualmente. Isso pode auxiliar a empresa a desenvolver sua própria estratégia, embora cada empresa possua necessidades diferentes.
Outra grande aliada dos processos logísticos é a tecnologia, os planejamentos são muitas vezes baseados nas evoluções tecnológicas apresentadas de forma recorrente. A busca de serviços para transporte, pode ser realizada e contratada a distância, assim como a comunicação com clientes e fornecedores. 
O planejamento logístico parte do serviço ao cliente. E estabelece que o mesmo deve ser atingido baseado na compensação entre estoques, localização e transporte. No que concerne os estoques, o serviço final ao cliente não é estocado, mas os recursos necessários para a confecção dos serviços devem ser administrados de forma eficaz. Os conceitos e técnicas do planejamento logístico podem contribuir para diminuir a incerteza de decisão. Em conjunto com a maneira como a empresa de serviços vai transportar o que compra e o que vende, a decisão de transporte, também agregará para um maior sucesso de uma organização (PEREIRA et al., 2016)
Para que se possa definir o nível de serviço logístico, seu processo e a qualidade, deve-se gerar um desenho da estratégia de localização, estoque e transportes, são os aspectos pertinentes ao empreendedor para aumentar as possibilidades de sucesso de seu negócio.
Referências:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMBALAGENS (ABRE) – Fundação Getúlio Vargas – Rio de Janeiro (RJ). Disponível em : <www.abre.org.br>. Acesso em: 27 de abr. 2021.. 
BALLOU, R.H.. GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS/LOGÍSTICA EMPRESARIAL. 5. ed. São Paulo-sp: Pearson Prentice Hall., 2006. 609 p
BOWERSOX, D.J. et al. Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos. 4. ed. Porto Alegre: Amgh Editora Ltda., 2014. 441 p.
FENERICH, F.C. Administração dos sistemas de operações. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2016. Disponível em: http://www.unisa.br/A-UNISA/Biblioteca/BibliotecaVirtual; Acesso em: 28 abr. 2021..
MOURA, R.A. Armazenagem do Recebimento à Expedição. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
PAOLESCHI, B. Almoxarifado e gestão de estoques. São Paulo: Érica, 2009.
PEREIRA, G.M.C.; et al. Conceitos de Planejamento logístico: viabilidade para micro e pequenas empresas do setor de serviços. 2016. 
POZO, H. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: Uma Abordagem Logística. São Paulo: Atlas, 2010.