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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ 
 
 
 
 
RAFAIN LUDVIG WALENDOWSKY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA ÁREA COMERCIAL DA EMPRESA 
WRRC INDÚSTRIA TÊXTIL LTDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balneário Camboriú 
2007 
 2 
 
RAFAIN LUDVIG WALENDOWSKY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA ÁREA COMERCIAL DA EMPRESA 
WRRC INDÚSTRIA TÊXTIL LTDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balneário Camboriú 
2007 
Monografia apresentada como requisito 
parcial para a obtenção do título de 
Bacharel em Administração – ênfase em 
Marketing, na Universidade do Vale do 
Itajaí, Centro de Ciências Sociais 
Aplicadas em Balneário Camboriú. 
 
Orientador : Prof. Manuel Carlos Pinheiro 
da Gama 
 
 3 
 
RAFAIN LUDVIG WALENDOWSKY 
 
 
ANÁLISE DA ÁREA COMERCIAL DA EMPRESA 
WRRC INDÚSTRIA TÊXTIL LTDA 
 
 
Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em 
Administração e aprovada pelo Curso de Administração – ênfase em Marketing da 
Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú. 
 
Área de Concentração: Administração 
 
Balneário Camboriú, 09 de novembro de 2007. 
 
 
_________________________________ 
Prof. Manuel Carlos Pinheiro da Gama 
 Orientador 
 
 
___________________________________ 
Prof. Lorena Schröder 
Avaliadora 
 
 
___________________________________ 
Prof. Msc, Marcio Daniel Kiesel 
Avaliador 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
EQUIPE TÉCNICA 
 
 
 
 
Estagiário(a): Rafain Ludvig Walendowsky 
 
 
Área de Estágio: Administração 
 
 
Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder 
 
 
Supervisor da Empresa: Vilmar Walendowsky 
 
 
Professor(a) orientador(a): Manuel Carlos Pinheiro da Gama 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
DADOS DA EMPRESA 
 
 
 
 
Razão Social: WRRC Indústria Têxtil Ltda 
 
 
Endereço: Rua Francisco Walendowsky, 120 – Brusque - SC 
 
 
Setor de Desenvolvimento do Estágio: Administração 
 
 
Duração do Estágio: 240 horas 
 
 
Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Vilmar Walendowsky - Diretor 
 
 
Carimbo do CNPJ da Empresa: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA 
 
 
Balneário Camboriú, 09 de novembro de 2007. 
 
 
 
 A Empresa WRRC Indústria Têxtil Ltda, pelo presente instrumento, autoriza a 
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de 
Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo 
acadêmico Rafain Ludvig Walendowsky 
 
 
 
 
 
___________________________________ 
Vilmar Walendowsky 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Em primeiro lugar agradeço a Deus por ter me proporcionado este momento de 
aprendizado e iluminado meu caminho durantes esta passagem da minha vida. 
 
Agradeço aos meus pais e minhas irmãs por estarem sempre do meu lado dando 
apoio, carinho e amor. 
 
Aos meus avós por serem verdadeiros exemplos de família e pelo seu carinho 
contínuo não só comigo, mas com todos os filhos e netos. 
 
A minha namorada que esteve sempre do meu lado me dando apoio e sendo muito 
compreensiva. 
 
Ao professor Manuel, não só pela sua orientação, mas pela sua amizade e por todo 
o aprendizado que tive com ele. 
 
Ao professor Maklany, e aos professores Lorena e Marcio pelo apoio dado para a 
elaboração desta monografia. 
 
Aos meus colegas de classe que proporcionaram momentos de aprendizado e 
alegria. 
 
Aos amigos que são para mim uma das minhas maiores riquezas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
RESUMO 
 
 
Este trabalho teve o objetivo de fazer uma análise da área comercial da empresa WRRC 
Indústria Têxtil Ltda., e elaborar um planejamento de vendas. Tiveram-se como objetivos 
específicos: descrever a estrutura atual de vendas da empresa, abrangendo o processo 
operacional; identificar os principais concorrentes que atuam na base de clientes; apresentar 
uma proposta de planejamento de área de vendas de acordo com as necessidades da empresa. 
Como forma de pesquisa utilizou-se um conjunto de procedimentos diversificado. Em um 
primeiro momento se fez uma pesquisa exploratória, de caráter qualitativo e quantitativo, na 
base de clientes da empresa. Após, uma pesquisa exploratória documental de abordagem 
quantitativa. E também foi realizada uma pesquisa na forma de observação participante, 
aberta, onde se procurou descrever todo o procedimento operacional da área de vendas da 
organização. Foi detectado que a empresa possui uma distribuição de clientes, relativo ao seu 
faturamento, muito desuniformes. Também foi levantada a necessidade da reformulação da 
área comercial da empresa, que será feita coma ajuda de um planejamento de vendas. 
 
Palavras-chaves: Administração, Administração de Vendas, Planejamento de Vendas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
ABSTRACT 
 
 
The objective of the study was to draw up an analysis of the commercial area of WRRC 
Indústria Têxtil Ltda company, and to develop a selling planning. The specific objectives 
were: to describe the current structure of the company selling, including the operational 
process; to identify the mainly concurrents who act in the clients bases, to show a planning 
propose for the selling area according to the necessities of the company. As a researching 
development, it was used a diversify process whole. In a first moment was realized a 
explanatory researching, which had quantities and qualities nature, Then, a documental 
explanatory researching with a quantity approach. Also was realized an opened, participating 
observation researching, which tried to describe the whole operational process in the selling 
area of the company. As a result, it was detected that the company has a client distribution, 
related to its invoicing, not uniform. The necessity of a reformulation in the company 
commercial area was raised, which will be done with the help of a selling planning. 
 
Key words: Management, selling management, selling planning. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Quadro 1 – Fases do conceito de marketing..................................................... 21 
Quadro 2 – “4 A’s de Marketing”........................................................................ 25 
Quadro 3 – Análise SWOT................................................................................ 27 
Quadro 4 – Macrofunções e tarefa de um gerente de vendas.......................... 32 
Figura 1: Objetivos das quotas de vendas......................................................... 48 
Tabela 2: Classificação típica da área de vendas de uma empresa................. 59 
Tabela 1: Classificação ABC de clientes da empresa WRRC........................... 60 
Figura 2: Processo de recebimento e encaminhamento de pedido de 
produção............................................................................................................ 
 
60 
Quadro 5: Formas de contato do cliente com a empresa WRRC...................... 62 
Gráfico 1: Satisfação com a forma atual de vendas da empresa WRRC.......... 65 
Gráfico 2: Número de fornecedores na linha de produtos da WRRC................ 66 
Quadro 6: Comparativo da WRRC com a empresa Haco................................. 66 
Quadro 7: Comparativo da WRRC com a empresa Reeltex............................. 67 
Quadro 8: Comparativo da WRRC com as empresas Morbin e São Paulo...... 67 
Quadro 9: Comparativo da WRRC com a empresa Fortêxtil............................. 68 
Quadro 10: Comparativo da WRRC com a empresa Chinesa e Colin.............. 68 
Quadro 11: Comparativo da WRRC com a empresa Reforços Batistense....... 69 
Quadro 12: Comparativo da WRRC com a empresa Bruscor........................... 69 
Quadro 13:Comparativo da WRRC com fornecedores da Mackro................... 69 
Quadro 14: Comparativo da WRRC com fornecedores da Adriano Cavalcanti 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 13 
1.1 Problema de pesquisa ............................................................................. 14 
1.2 Objetivos da pesquisa ............................................................................. 14 
1.3 Justificativa da pesquisa .......................................................................... 14 
1.4 Contextualização do ambiente de estágio................................................ 15 
1.5 Organização do trabalho.......................................................................... 17 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................... ................................... 18 
2.1 Administração........................................................................................... 18 
2.2 Marketing e Administração de Marketing, definições e contexto 
histórico.................................................................................................... 
 
20 
2.2.1 Composto de Marketing............................................................................ 22 
2.3 Análise ambiental..................................................................................... 26 
2.3.1 Segmentos e nichos................................................................................. 28 
2.3 Administração de vendas......................................................................... 31 
2.3.1 Estruturação de vendas............................................................................ 34 
2.3.2 Recrutamento e seleção de vendedores................................................. 37 
2.3.3 Contratação da força de vendas............................................................... 41 
2.3.4 Formas de remuneração......................................................................... 42 
2.3.5 Dimensionamento da força de vendas.................................................... 44 
2.3.6 Determinação de quotas de vendas........................................................ 47 
2.3.7 Rota de vendas......................................................................................... 50 
2.3.8 Documentos de vendas............................................................................ 51 
2.3.9 Liderança em vendas............................................................................... 52 
 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA.......................... ................................... 55 
3.1 Tipologia da pesquisa .............................................................................. 55 
3.2 Sujeito de estudo...................................................................................... 57 
3.3 Instrumento de pesquisa.......................................................................... 57 
3.4 Limitações da pesquisa............................................................................ 57 
 
 12 
 
3.5 Análise e apresentação dos dados........................................................... 58 
 
4 RESULTADOS......................................... ................................................ 59 
4.1 Apresentação dos dados ......................................................................... 59 
4.1.1 Análise de documentos da área de vendas.............................................. 59 
4.1.2 Políticas de vendas e comercialização..................................................... 62 
4.1.3 Ações de Marketing da empresa.............................................................. 63 
4.1.4 Resultado da pesquisa exploratória......................................................... 65 
4.2 Planejamento de vendas.......................................................................... 70 
 
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS........................... ..................................... 74 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................. ....................................... 79 
 
 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 82 
 
 APÊNDICE A........................................ .................................................... 85 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
 
Nos dias atuais, com o mercado globalizado e cada vez mais competitivo, é 
necessário que as organizações possuam um diferencial para poder despontar no 
mercado. A área de vendas é dos setores de maior importância na organização, pois 
é nela que todos os clientes estão ligados a empresa. A satisfação e a fidelidade dos 
clientes estão ligadas a toda a organização, mas principalmente na área de vendas. 
 
Há tempos atrás, era o cliente que procurava a empresa. O número menor de 
empresas e produtos favorecia a todos, que com uma produção praticamente 
artesanal tinham seus produtos comercializados facilmente. Mas com o tempo e com 
novas tecnologias surgindo, a oferta passou a ser maior que a demanda. Técnicas 
de vendas foram adotadas e o ênfase das organizações estava na comercialização 
dirigida na área de vendas. Nos dias atuais, outra idéia vigora nas organizações; a 
conquista e a manutenção de negócios à longo prazo. A satisfação do cliente está 
sempre à frente de tudo e de todos. 
 
Um planejamento de vendas bem elaborado é sempre um diferencial competitivo 
para qualquer organização. Muitas vezes a organização procura este diferencial no 
produto, mas acaba o achando no serviço de vendas para estar na frente de seus 
concorrentes. 
 
Hoje, mais do que nunca, podemos perceber a importância que um cliente tem para 
a empresa, pois se o mesmo não se sentir satisfeito com o produto que a empresa 
oferece a ele, com certeza esse cliente vai procurar por algum outro produto 
semelhante que lhe ofereçam soluções melhores e mais rápidas de maneira que 
atenda todas as suas necessidades. 
 
Além desses motivos, a área de vendas da empresa, junto com seus vendedores, 
pode e deve funcionar como um meio de obter informações junto com as pessoas de 
maior importância para organização: os clientes. 
 
 
 14 
 
Por todos estes motivos este trabalho tem como objetivo elaborar um plano de 
vendas para a empresa WRRC Indústria Têxtil Ltda. 
 
 
1.1 Problema de pesquisa: 
 
 
Como elaborar um planejamento de vendas para a empresa WRRC Indústria Têxtil 
Ltda. a fim de atender o mercado têxtil da região do Vale do Itajaí? 
 
 
1.2 Objetivos de pesquisa: 
 
 
- Objetivo Geral 
 
Desenvolver um estudo para a empresa WRRC Indústria Têxtil para melhorar seu 
desempenho comercial. 
 
- Objetivos específicos: 
 
• descrever a estrutura e processo operacional atual de vendas da empresa 
WRRC Indústria Têxtil Ltda; 
• identificar os principais concorrentes que atuam na base de clientes; 
• apresentar uma proposta de planejamento de área de vendas de acordo com 
as necessidades da empresa WRRC Indústria Têxtil Ltda. 
 
 
1.3 Justificativa da pesquisa: 
 
Com a existência do mercado têxtil de Vale do Itajaí, e possuindo diversos produtos 
a oferecer para os clientes em potencial, verificou-se a necessidade da criação de 
um plano de vendas para melhor estruturar a área de vendas da empresa WRRC 
Indústria Têxtil Ltda. 
 15 
 
Estando a WRRC Indústria Têxtil Ltda. situada dentro do mercado têxtil do Vale do 
Itajaí, a distância da empresa e de seus clientes é muito próxima, podendo atendê-
los e resolver seus problemas com uma maior rapidez, podendo até servir como um 
diferencial competitivo na hora de fechar um negócio. 
 
Sendo que a maior parte das vendas realizadas a novos clientes, são estes que 
procuram à empresa, acredita-se que com a criação de um plano de vendas,aumentará o número de clientes, aumentando assim o número de vendas e, 
conseqüentemente, o faturamento e o lucro. 
 
O Trabalho tem ainda uma grande importância para o acadêmico, que poderá aplicar 
todo o conhecimento adquirido durante ao longo do curso de administração. A 
WRRC Indústria Têxtil Ltda. por ser uma empresa familiar, dará uma motivação a 
mais para o acadêmico. 
 
 
1.4 Contexto do ambiente de estágio. 
 
 
A história da família de Felix Walendowsky com a indústria têxtil vem desde 1959, 
quando ele fundou a tecelagem São Roque. Em 1978, Vilmar Walendowsky, filho de 
Felix, ingressou na empresa, vindo tomar frente nos negócios da família. Em 1998, a 
empresa passou a se chamar WRRC Indústria Têxtil Ltda. 
 
A empresa WRRC Indústria Têxtil fica localizada em Brusque, SC, e atua na 
fabricação de acessórios para o ramo têxtil e calçadista. A empresa também opera 
com o serviço de facção, oferecendo mão de obra e beneficiamento em matéria 
prima para outras empresas. 
 
No ramo têxtil, são produzidos acessórios para mais diversos fins. Cordões para 
moletom, fitas lisas e personalizadas para reforçar, dar acabamento e aumentar a 
qualidade das roupas. Também são fabricadas fitas e cordas para os mais diversos 
usos diferenciados. 
 
 16 
 
Atualmente conta com uma equipe composta por 26 colaboradores, trabalhando em 
dois turnos de 8 horas, sendo distribuídos entre: nível básico dezessete 
colaboradores, nível intermediário quatro colaboradores e nível superior cinco 
colaboradores. 
 
A empresa está organizada por setores, a saber: produção, abrange trançadeiras e 
tecelagem. No setor de trançadeiras, são fabricadas as cordas trançadas, contando 
com cento e cinqüenta equipamentos denominados trançadeiras, cinco espuladeiras 
automáticas, duas espuladeiras manuais e quatro rocadeiras. Já na tecelagem, onde 
são produzidas as fitas, o maquinário é composto por dezoito teares, duas urdideiras 
e três rocadeiras. 
 
Suas instalações atualmente ocupam uma planta com 3000 m² de área de área 
construída aproximadamente. 
 
Todos esses recursos conseguem obter, em termos de volume mensal, a média de 
dois milhões de metros lineares, diante disso a empresa é classificada como uma 
empresa de pequeno porte, 
 
As matérias primas utilizadas pela WRRC para a produção de seus produtos são 
dos mais variados tipos, como: 
• algodão; 
• poliéster; 
• polipropileno; 
• poliamida 
 
Destas a que mais representa maior volume é a fibra de poliéster. A empresa opera 
ainda entre outras fibras naturais e sintéticas. 
 
Finalmente percebe-se que a organização é uma empresa com administração 
familiar, de pequeno porte que, embora conte com dez anos de atuação, aumentou 
sua produção e participação no mercado, e agora senti a necessidade de 
profissionalizar sua gestão. 
 
 17 
 
1.5 Organização do trabalho 
 
 
O presente trabalho se divide em seis partes: A primeira parte é a da introdução, 
onde se descreve as diretrizes do presente trabalho, especificadamente, o problema 
de pesquisa e objetivos que dão um rumo ao trabalho; neste item também é 
apresentado o resumo. Na segunda consta o referencial teórico onde se trata as 
várias teorias que dão sustentação e base às pesquisas para elaboração do 
trabalho; na terceira é apresentada a metodologia de pesquisa utilizada na 
elaboração; a quarta descreve os resultados obtidos; a quinta trás uma proposição 
de um planejamento de vendas para a empresa WRRC; a sexta parte são 
apresentadas as considerações finais, e, por fim, as referencias bibliográficas 
utilizadas como a para elaboração deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
 
A fundamentação teórica serve para dar sustentação e base às pesquisas para 
elaboração do trabalho. Para isto são abordados os seguintes temas: administração, 
marketing e administração de marketing, e administração de vendas. 
 
 
2.1 Administração 
 
 
A administração é praticada por todas as pessoas no dia a dia de cada uma. Com o 
passar do tempo, estudiosos foram se aprofundando no assunto e criando teorias 
que hoje os administradores utilizam para gerir seus negócios. 
 
Stoner e Freeman (1999) afirmam que o estudo da administração vem da pesquisa 
de vários estudiosos, que contribuíram para o desenvolvimento desta área. Existem 
muitos conceitos e livros sobre o assunto, mas a maioria das definições compartilha 
com a idéia que administração está relacionada com o alcance de objetivo através 
da manipulação de esforços de pessoas, como o conjunto de peças de uma 
engrenagem. 
 
O questionamento da administração como arte ou ciência é descrita por Montana e 
Charnov (1999 p.1), como: “a administração é tanto uma ciência como uma arte”. A 
arte porque muitas vezes é necessário ser criativo ou até criar métodos diferentes 
para se administrar. E ciência pelo fato de vários estudiosos terem se aprofundado e 
estudado este assunto. 
 
Já do ponto de vista de administração como sendo um processo Maximiano (2000, 
p. 25), afirma que “administração é o processo de tomar, realizar e alcançar ações 
que utilizam recursos para alcançar objetivos”. 
 
Com relação ao desenvolvimento histórico da administração, Lacombe (2006) 
descreve que a administração está presente nas organizações já á vários séculos 
 
 19 
 
onde é praticada desde os primórdios da humanidade. Embora com tanto tempo 
ainda hoje dizemos que é um campo novo. A novidade em si é a sistematização dos 
conhecimentos de administração e a complexidade que atingiram em um passado 
recente as grades organizações. 
 
Já Montana e Charnov (2000, p. 2) definem a administração de uma forma mais 
resumida, como sendo “o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar os 
objetivos tanto da organização quanto de seus membros”. 
 
Megginson (1998) conceitua a administração como o trabalho de vários recursos 
como o: humanos, financeiros e materiais. O conjunto do trabalho desses recursos 
serve para atingir objetivos organizacionais através do desempenho das funções de 
planejar, organizar, liderar e controlar. 
 
Um administrador está sempre diante de decisões para serem tomadas. Escolhas 
fazem parte do dia a dia de quem está à frente de uma organização. O processo 
administrativo abrange quatro tipos de principais decisões segundo Maximiniano 
(2000), também chamadas processos ou funções: 
 
• Planejamento: Está relacionado em tomar decisões sobre objetivos futuros e 
recursos necessários para realizá-los; 
• Organização: Baseia-se em tomar decisões sobre a divisão de autoridade e 
responsabilidade entre pessoas e sobre a divisão de recursos para realizar 
tarefas e objetivos; 
• Direção: Visa compreender as decisões que acionam recursos, especialmente 
pessoas, para realizar tarefas e alcançar objetivos; 
• Controle: esta consiste na tomada de decisões e agir para assegurar a 
realização dos objetivos. 
 
Montana e Charnov (2000 p. 17) definem a administração através de um ponto de 
vista clássico: 
 
A abordagem clássica da teoria da administração, formulada em grande 
parte por engenheiros, afirmava que a chave para a eficiência do 
trabalhador e a produtividade organizacional é o desenho eficiente da 
tarefa, o uso de incentivos apropriados e o funcionamento eficaz da 
 20 
 
administração. Isso foi visto como um caminho para a administração, mas 
muitos trabalhadores ofereceram resistência, já que ela não levava em 
conta as dimensões humanas de uma organização. 
 
Chiavenato (1994) trás a origem da palavra administração que vem do latim, e 
significa ser a função que desenvolve em função do outro. A tarefa da administração 
é interpretar os objetivos propostos pela empresa e transforma-los em ação por meio 
de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados a 
fim dealcançar os objetivos. 
 
É essencial olharmos para o administrador como um indivíduo, para distinguir entre 
seu papel gerencial, e seu papel técnico seguindo uma carreira vocacional, segundo 
Montana e Charnov (2000) 
 
 
2.2 Marketing e Administração de Marketing, definições e contexto histórico 
 
 
O tema Marketing esta cada vez mais sendo expandido por todo o mundo. Muitas 
são as pessoas que estão se aprofundando no assunto, que já é uma realidade 
diária dentro de muitas organizações. 
 
Romero (1998) afirma que com o forte avanço do mercado, que está se tornando 
cada vez mais competitivo, o marketing vem ganhando forças em diversas áreas, 
pois muitos empreendedores estão procurando nessa ferramenta soluções para 
atribuírem às suas empresa, pois o marketing e uma é uma ferramenta eficiente e 
poderosa que utilizada com criatividade alguns critérios científicos encantam clientes 
e corrige rumos. 
 
Uma das formas mais resumidas e abrangentes da definição de marketing é feita por 
Kotler (1999, p.5), que defini como “a ciência e a arte de conquistar e manter cliente 
e desenvolver relacionamento lucrativo com eles”. 
 
Já do ponto de vista de marketing como um processo, Kotler (1999) assume de 
forma mais ampla que marketing é um processo social e gerencial pelo qual 
 21 
 
indivíduos e grupos obtém o que necessitam e desejam através da criação, oferta e 
trocas de produtos de valor com outros; trata da necessidade, desejos humanos e 
demandas. Compreendem necessidades com um estado de privação de alguma 
satisfação básica, desejos como carência por satisfação específica, para atender as 
necessidades e demandas como desejo por produtos específicos, respaldados pela 
habilidade e disposição para comprá-los. 
 
Olhando para a organização de uma forma mais ampla, Kotler e Bloom (1990, p. 19) 
definem de forma muito interessante o marketing: 
Marketing é analise, planejamento, implementação e controle de programas 
cuidadosamente formulados que visam proporcionar trocas voluntárias de 
valores ou utilidades com mercados-alvo, com o propósito de realizar os 
objetivos organizacionais. Confia, fortemente, no delineamento da oferta da 
organização, em termos das necessidades e dos desejos do mercado-alvo, 
e no uso eficaz de política de preços, comunicações e distribuições, a fim de 
informar, motivar e prestar serviços aos mercados. 
 
De outra forma, Kotler e Armstrong (1993) tratam o marketing como uma ferramenta 
utilizada para se alcançar os objetivos organizacionais, sendo necessário determinar 
as necessidades e desejos dos mercados-alvo e proporcionar as satisfações 
desejadas de maneira mais efetiva e eficiente do que seus concorrentes. 
 
Las Casas (1997, p. 26) nos trás uma visão mais global de marketing, como sendo: 
“a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às 
relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades 
dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas 
ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o 
impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade”. 
 
Já Richers (1994, p.18) trata marketing como sendo “atividades sistemáticas de uma 
organização humana voltadas à busca e realização de trocas para com o seu meio 
ambiente, visando benefícios específicos”. 
 
Para uma análise histórica, Las Casas (1997, p. 21) trata do conceito de marketing 
passando por três fases evolutivas. Em cada fase percebe-se uma evolução na 
visão dos processos de comercialização, conforme descrito no quadro 1. 
 
 
1- Era da produção 
Nesta etapa a demanda era maior que a oferta. 
Os consumidores estavam ávidos por produtos e 
 22 
 
 
 
 
serviços. A produção era quase artesanal. Com a 
revolução industrial apareceram as primeiras 
industriais organizadas aplicando a administração 
científica de Taylor. A produtividade aumentou. 
Assim mesmo a idéia dos empresários e a 
disponibilidade de recursos eram fatores 
determinantes na comercialização. 
 
 
 
2- Era de vendas -
1930 
Nessa época começaram a surgir os primeiros 
sinais de excesso de oferta. Os fabricantes 
desenvolveram-se e produziram em serie. 
Portanto, a oferta passou a superar a demanda e 
os produtos acumulavam-se em estoque. 
Algumas empresas começaram a utilizar técnicas 
de vendas bem mais agressivas e a ênfase na 
comercialização das empresas dessa época era 
totalmente dirigida às vendas. 
 
 
3- Era do Marketing 
- 1950 
A partir de 1950, os empresários passaram a 
perceber que vendas a qualquer custo não era 
uma forma de comercialização muito correta. As 
vendas não eram constantes. O mais importante 
era a conquista e a manutenção de negócios à 
longo prazo, mantendo relações permanentes 
com a clientela. 
 Quadro 1 – Fases do conceito de marketing 
 Fonte: Adaptado de Las casas, 1997, p. 21 
 
 
2.2.1 Composto de Marketing 
 
 
Também conhecido como mix de marketing, o composto de marketing são 
ferramentas utilizadas pelos administradores para agregar valor aos seus produtos e 
atender seus clientes da uma maneira que eles fiquem plenamente satisfeitos. 
 
 23 
 
No processo operacional de marketing o mix de marketing é definido por Rocha e 
Christensen (1987, p.37) da seguinte forma: “é o conjunto de instrumentos 
controláveis pelo gerente de marketing, através dos quais ele pode obter melhor 
ajustamento entre a oferta que sua empresa faz ao mercado e a demanda 
existente”. 
 
Segundo Churchill e Peter (2000, p.20) fazem parte do composto de marketing “as 
ferramentas estratégicas que uma empresa utiliza para criar valor para os clientes e 
alcançar os objetivos organizacionais”. 
 
Kotler (1993) afirma também que, após a empresa definir sua estratégia de 
posicionamento, ela esta totalmente pronta para começar a planejar os detalhes do 
mix de marketing, ou composto de marketing, ações estas que podem ser reunidas 
em quatro grupos, conhecidas como os “quatro P’s”: Produto, Preço, Praça e 
Promoção. 
 
Produto 
 
De forma bem simplificada produto vem a ser “qualquer coisa que possa ser 
oferecida a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo” (KOTLER; 
ARMSTRONG, 1993, p.3). 
 
Por outro lado, segundo Las Casas (1997), um produto também pode ser definido, 
como o objetivo principal das relações de troca, a essência no processo de 
negociação, podendo ser oferecidos em nos mais diversos mercados, visando 
proporcionar grande satisfação tanto para clientes como para produtores. 
 
Já Churchill e Peter (2000, p.20) ressaltam a troca na definição de produto. Troca 
esta que pode ser satisfação do cliente pelo lucro da empresa, definindo assim 
produto como sendo “algo oferecido por profissionais de marketing para clientes com 
propósito de troca”. 
 
 
 24 
 
Preço 
 
De uma forma bem simples, preço, para Kotler e Armstrong (1993, p.29), “significa a 
quantidade de dinheiro que os clientes devem pagar para obter o produto”. 
 
Na mesma linha, Churchill e Peter (2000, p.20), conceituam preço como: “a 
quantidade de dinheiro ou outros recursos que deve ser dada em troca de produto e 
serviços”. 
 
Las Casas, (1997), afirma que, a grande maioria das decisões de compras, é feita 
com base nos preços dos produtos. Grande parte dos consumidores possui desejos 
e necessidades ilimitadas, porém recursos limitados. O comprador, portanto 
somente comprará algum produto ou serviço se o preço justificar o nível de 
satisfação que poderá derivar de sua compra. 
 
Praça 
 
Praça é Ponto ou local onde as atividades da empresa fazem com que o produto 
esteja disponível para os consumidores alvo, segundo Kotler e Armstrong (1993). 
 
Concordando, Churchill e Peter, (2000), definem que praças são os canais de 
distribuição utilizados para levar produtos e serviços ao mercado. 
 
Promoção 
 
Promoçãotem como definição, segundo Churchill e Peter (2000), como os meios 
pessoais e impessoais usados para informar, convencer e lembrar os clientes sobre 
produtos e serviços. 
 
 25 
 
Para Costa e Talarico (1996) a Promoção age como um elo de comunicação entre 
vendedores e compradores. É ela a responsável de oferecer para a empresa um 
conjunto de ferramentas ou estratégias que lhes possibilitarão solucionar ou reduzir 
problemas e efeitos negativos e existentes no composto mercadológico. 
 
De um outro ponto de vista, Richers (1994, p. 22) afirma que a idéia central de 
marketing gira em torno de quatro funções básicas definidas como os “4 As”, a 
saber: análise, adaptação, ativação e avaliação, que são demonstradas no quadro 2: 
 
 Análise: Para compreender as forças vigentes no mercado em que opera 
ou pretende operar a empresa no futuro; 
Adaptação: Tem o intuito de ajustar a oferta da empresa – ou seja, as suas 
linhas de produtos e/ ou serviços – as forcas externas detectadas 
através da analise; 
Ativação: Como o conjunto de medidas destinadas a fazer com que o 
produto atinja os mercados pré-definidos e seja adquirido pelos 
compradores com a freqüência desejada; 
Avaliação: Que se propõe a exercer controles sobre os processos de 
comercialização e de interpretar os seus resultados a fim de 
racionalizar os futuros processos de Marketing. 
 Quadro 2 – “4 A’s de Marketing” 
 Fonte: Adaptado de Richers, 1994, p. 22 
 
Complementando a idéia do quadro 2, Tavares (2000) afirma que a análise consiste 
basicamente em buscar e processar as informações importantes e úteis ao processo 
decisório da empresa, permitindo a identificação de oportunidades, ameaças, 
mudanças e tendências do mercado. Já a adaptação visa aos ajustes das 
características e a oferta de produtos as forças vigentes no mercado para que o 
produto seja voltado às necessidades e aos desejos dos clientes. Na ativação ocorre 
a reestruturação do produto para que este chegue na forma adequado ao 
consumidor. E por fim a avaliação que é a preocupação continua para melhorar o 
custo/benefício. 
 
Richers (1994) fala que administrar esses compostos, dentro do objetivo geral de 
otimizar os recursos, é de extrema responsabilidade do principal executivo de 
Marketing de uma empresa. Pois para atingir esse objetivo, cabe ao setor comercial 
 26 
 
da empresa combinar cada um dos instrumentos que tem a sua disposição de 
maneira que o composto de marketing seja “irresistível” para o mercado, ou seja, 
que a oferta de conjuntos e bens de serviços da empresa, atenda plenamente os 
desejos do mercado. 
 
 
2.3 Análise ambiental 
 
 
Analisar o ambiente é monitorar tudo que esta relacionado com a empresa, que 
pode ajudá-la ou prejudica-la, podendo assim tomar decisões com maiores chances 
de sucesso. 
 
Tavares (2000) afirma que a empresa, sendo um sistema aberto, recebe influencias 
do ambiente, ao mesmo tempo em que o influencia. Para poder sobreviver e se 
desenvolver, é necessário monitorar o ambiente constantemente e se antecipar aos 
acontecimentos utilizando um processo de previsão do futuro. 
 
Ainda Tavares (2000), divide o ambiente em de duas formas para um melhor estudo 
dos mesmos, chamando-os de macroambiente e microambiente, definidos por ele 
como: 
 
• Macroambiente: é onde a organização esta inserida e é composta de forças 
que a empresa não pode controlar diretamente, como as variáveis 
econômicas, sociais, sindicais, demográficas, políticas, tecnológicas, legais, 
ecológicas, culturais e mercadológicas. 
 
• Microambiente: são as forças próximas a empresa, que afetam sua habilidade 
de servir o cliente, seus canais de marketing, e todos os públicos relacionados 
a ela, mas que podem ser controlados pela empresa. De acordo com o 
publico, podemos dividir as expectativas em externas, que são geradas 
principalmente pela comunidade, clientes e fornecedores; e internas, que são 
 27 
 
resultantes do publico interno da empresa: acionistas, direção e 
colaboradores. 
 
Já falando estrategicamente, Maximiano (2000) procura adaptar a organização com 
sucesso ao seu ambiente. A base para a formulação da estratégia é a análise das 
ameaças e oportunidades do ambiente, que variam de organização para 
organização. Para ele, várias análises devem ser feitas. 
 
Uma dessas análises a ser ressaltada e a da concorrência. E é na ação da 
concorrência que surgem ameaças e oportunidades para a empresa. Oportunidades 
como novas idéias e produtos, novos mercados, novas necessidades, novos 
conceitos de administração. Para facilitar a análise da concorrência, é necessário 
estudar primeiramente o ramo do negócio. A seguir segue as principais informações 
para uma analise do ramo de negocio: 
• Estrutura 
• Linha de produtos e vendas 
• Compradores e comportamento dos compradores 
• Crescimento das empresas e do mercado. 
 
Uma forma de fazer essa análise é demonstrada por Kotler (2004), que descreve 
que é necessário preparar duas listas: de forças e franquezas descrevendo fatores 
internos a empresa, e oportunidades e ameaças descrevendo fatores externos. 
 
Ajudando na demonstração anterior, Meggionson et all (1998) trás no quadro 3 uma 
lista da análise SWOT: 
 
Forças Franquezas 
Vantagens na concorrência? 
Capacidade de inovar? 
Sistema de distribuição? 
Habilidade de Marketing? 
Reconhecimento da marca? 
Vantagem no custo? 
Capacidade financeira? 
Instalações obsoletas? 
Falta de profundidade na administração? 
Baixa identidade da marca? 
Imagem de marketing fraca? 
Pouca capacidade de pesquisa e de 
desenvolvimento? 
Capacidade de marketing abaixo da média? 
 28 
 
Linha de produtos completa? 
Reputação/ imagem? 
Falta de apoio financeiro 
Custos operacionais altos? 
Imagem/reputação fracas? 
Oportunidades Ameaças 
Expansão da linhas de produtos? 
Entrada em novos mercados? 
Diversificação para ampliar o risco? 
Melhorar a relação 
comprador/fornecedor? 
Melhorar a tecnologia? 
Melhorar o clima legal regimental? 
Mudanças demográficas favoráveis? 
Novos concorrentes? 
Crescimento vagaroso do mercado? 
Mudanças na preferência do consumidor? 
Mudanças demográficas adversas? 
Economia enfraquecida? 
Leis ambientais desfavoráveis? 
Poder de barganha maior dos compradores / 
fornecedores? 
 
Quadro 3 – Analise SWOT 
Fonte: Adaptado de Meggionson et all, 1998, p. 179 
 
 
 
2.3.1 Segmentos e nichos: 
 
 
O entendimento de segmentos, nichos e ramos são de grande importância para o 
administrador. É entender como o mercado pode estar dividido para atuar de forma 
mais intensiva e dar um foco maior em seus negócios. 
 
Para melhor compreender cada mercado, podemos dividi-los em três níveis de 
decomposição de mercado que, segundo Kotler (2004), são: o nível de segmento de 
marca, o nível de nicho, e o nível de célula de mercado. Isto ajuda e facilita o estudo 
do de um mercado mais especificamente. 
 
 A “segmentação de mercado é um subgrupo de pessoas ou organizações que 
compartilham uma ou mais características e que tenham as mesmas necessidades 
de produtos”, define Lamb et all (2004 p. 206). 
 
 29 
 
De uma forma mais simples, mais compartilhando da mesma idéia, Cobra (1994 
p130) afirma que “segmentação é quando o mercado é dividido em partes menores 
que guardam as suas características básicas”. 
 
Nem sempre é possível atuar em todos os seguimentos. Muitas vezes, atuando em 
um só, mas de forma ordenada, é mais viável para a organização do que atuar em 
todos. Para Kotler (2004) a gerência deve determinar quais segmentos perseguir, 
definindo pra si em qual atuar com um “poder de fogo” superior. 
 
Para poder dividir um mercado total em segmentos, é necessário utilizar as 
características de pessoas, grupos ou organizações, ou o mesmo que utilizar a base 
de segmentação ou variáveis. Segundo Lambe et all (2004) um mercado podeser 
segmentado em: 
• Geográfico: segmentação de mercado por região, tamanho de mercado, 
densidade de mercado ou clima. 
• Demográficas: segmentação por idade, sexo, renda, etnia, e ciclo de vida 
familiar. 
• Psicográfica: Personalidade, motivações, estilo de vida, geodemografia 
• Benefícios: segmentação por clientes conforme os benefícios que eles 
procuram nos produtos. 
• Por taxa de uso: pela quantidade de produto comprada ou consumida. 
 
Pelo lado das necessidades que cada ser humano necessita, a segmentação de 
mercado é fundamentada por Kotler (2004) na idéia de que todo mercado constitui-
se de grupos (segmentos) de clientes com necessidades e anseios um tanto 
diferentes, que podem ser subdivididos em vários segmentos amplos como é 
demonstrado: 
• Por benefícios: agrupar as pessoas que buscam benefícios similares. 
• Demográfica: agrupar as pessoas que tenham denominadores sociais 
comuns. 
• Por ocasião: agrupar as pessoas de acordo com a ocasião de utilização de 
um produto. 
 30 
 
• Por nível de utilização: agrupar de acordo com a intensidade de uso do 
produto. 
• Por estilo de vida: agrupar por gostos parecidos. 
 
Na mesma linha de raciocínio, Cobra (1994), além das já citadas, traz mais algumas 
variáveis usadas como critérios para segmentação: 
• Tipo de produto: tipo de uso do produto, configuração espacial do produto, 
lealdade a marca, tempo de compra, amplitude de modelos oferecidos, 
durabilidade do produto. 
• Comportamento do consumidor: o processo e a ocasião da compra, quando 
as compres são feitas, a taxa de uso do produto, as razões de compra, 
conhecimento na compra, lealdade na marca, motivos e influencias na 
compra. 
• Ramo de atividades: tipo de atividade, tipo de distribuição ao consumidor, tipo 
de compradores. 
 
Em uma divisão onde as características são mais fortemente ressaltadas do que na 
segmentação, o nicho de mercado é lembrado por Kotler (2004) como o conjunto 
menor de clientes que definiram mais claramente suas necessidades e combinações 
da mesma. Ao se atender um nicho, tem-se a vantagem de conhecer melhor e 
pessoalmente cada cliente, podendo se tornar um diferencial na hora da venda. 
 
Segundo Maximiano (2000), o mercado pode ser estuda segundo quatro enfoques 
ou bases principais. Mas para estudar o mercado deste ponto de vista, é preciso 
identificar as necessidades, nichos para atuar, oportunidades para oferecer, 
produtos e serviços, tendência de comportamento em ascensão ou declínio. Os 
quatro enfoques são: 
• Geográfico: estudo e classificação dos clientes de acordo com a região em 
que vivem, tamanho da cidades, densidade demográfica, clima. 
• Demográfica: Estudo e classificação dos clientes de acordo com a distribuição 
etária, sexo, tamanho da família, tempo de casamento, renda profissão, 
escolaridade, religião, etnia. 
 31 
 
• Psicossocial: Estudo e classificação dos clientes de acordo com a classe 
social, estilo de vida, personalidade. 
• Comportamental: Estudo e classificação dos clientes de acordo com 
tendências de comportamento e hábitos, como ocasião da compra, benefícios 
preferidos do produto ou serviço, taxa de uso, lealdade em relação a marca 
ou produto, grau de informação sobre o produto ou serviço, atitude favorável 
ou desfavorável em relação a empresa ou algum aspecto do produto ou 
serviço. 
 
Com a mesma base teórica para a divisão dos nichos de mercados, outras 
empresas podem querer identificar grupos ainda menores de clientes com certas 
características comuns, para atuar ainda mais intensivamente. Essa divisão menor é 
conhecida como células de mercado. 
 
 
2.3 Administração de vendas 
 
 
Administrar as vendas nada mais é que controlar todos os processos de vendas e 
pessoas ligadas ao mesmo para que no final a venda seja efetuada de forma com 
que cliente e organização saiam satisfeitos ao máximo. 
 
Quem é designado para administrar as venda é o gerente de venda. Este, segundo 
Cobra (1994), tem o papel de obter resultados através do trabalho de pessoas. Para 
isso ele deve conduzir planos estratégicos, estabelecer critérios adequados de 
trabalho e deve ser um líder. É possível estabelecer seis funções básicas de um 
gerente de vendas: 
• Planejar os objetivos e estabelecer as estratégias para alcançá-los. 
• Desenvolver uma estrutura organizacional capaz de atingir os objetivos. 
• Recrutar e selecionar o staff que desempenhará o trabalho dentro de sua 
estrutura organizacional. 
• Desenvolver o conhecimento, as habilidades e as atitudes em sua equipe 
necessárias ao bom desempenho. 
 32 
 
• Motivar a equipe de vendas ao melhor desempenho possível em seus 
respectivos trabalhos, de conformidade com suas habilidades. 
• Avaliar e controlar o trabalho de sua equipe, visando atingir objetivos. 
 
Já a força de vendas é quem liga a organização ao cliente, lembra Richers (2000), e 
por isso são vários os elementos a considerar sobre os mesmos. A administração de 
vendas é quem controla vários aspectos deste sistema, como receber e transmitir 
informações, ordena, sugere entre outros papeis importantes. 
 
O gerente de vendas é responsável por várias macrofunções e tarefas, no qual são 
demonstrada por Tavares (2000, p.60) no quadro 4. 
 
Macrofunções de um gerente de 
vendas (etapas) 
Tarefas 
Definir objetivos 
Propor estratégias 
Organizar a força de vendas 
Dimensionar o tamanho da força de vendas 
 
 
 O planejamento da força de vendas 
Criar remuneração atrativa 
Recrutar e selecionar equipes 
Prover liderança 
Motivar equipes 
 
Administração da força de vendas 
Avaliar desempenhos 
Treinar Desenvolvimento da força de vendas 
Aprimorar relacionamentos 
 Quadro 4 – Macrofunções e tarefas de um gerente de vendas 
 Fonte: Adaptado de Moreira, 2000, p. 60 
 
 
Os vendedores, assim como os gerentes, também possuem várias tarefas, lembra 
Kotler (2000) demonstrando-as: buscar novos clientes, controlar o tempo, transmitir 
informações sobre o produto da empresa, a venda em si, atender o cliente no que 
for necessário, coletar informações para uso da empresa, entre outras. 
 
Através da visão das quatro funções básicas da administração de empresas, que 
são planejar, organizar, dirigir e controlar, é possível definir o sistema de vendas, 
segundo Cobra (1994): 
 33 
 
 
• Planejamento: a administração da força de vendas deve avaliar as 
oportunidades do mercado, determinar o potencial do mesmo e fazer a 
previsão e o orçamento de vendas. 
• Organização: parte do planejamento, seguido da administração, zoneamento, 
roteiro de visitação, estruturação e organização da força de vendas, 
recrutamento e seleção de vendedores, pelo treinamento e pelos sistemas de 
incentivo e remuneração, avaliação e pela supervisão de vendas. 
• Direção: através de metas e estratégias; por cotas de vendas, quatas de 
atividades e de lucro. 
• Controle: Através de análise de vendas por produto, clientes e região; 
auditoria de vendas; analise de desempeno financeiro; analise de participação 
de mercado; e avaliação de desempenho de vendas por vendedor. 
 
O planejamento de vendas, segundo Castro e Neves (2005, p.26) é “entender de 
forma ampla e estratégica a função de vendas e determinar suas funções gerais”. 
 
Las Casas (1994) trás a curva ABC de clientes, como sendo uma ótima forma de 
classificar seus clientes, dando a cada um uma importância de acordo com o volume 
de compras. 
 
Classicamente uma análise ABC consiste da separação dos clientes em três grupos 
de acordo com o valor de demanda anual segundo Pereira (1999). Assim, como 
resultado de uma típica classificação ABC surgirão grupos divididos em três classes, 
como segue: 
 
• Classe A : Clientes que compram alto valor anual. 
• Classe B : Clientes que compram um valor consumo anual intermediário. 
• Classe C : Clientes que compram um valor de baixo.Uma classificação ABC apresenta uma configuração na qual 20% dos clientes são 
considerados A e que respondem por 65% do valor de consumo anual. Os clientes B 
representam 30% do total de clientes e 25% do valor de consumo anual. Tem-se 
 34 
 
ainda que os restantes 50% dos clientes e 10% do valor de consumo anual serão 
considerados de classe C. 
 
 
2.4.1 Estruturação de vendas 
 
 
É necessário saber como a força de vendas pode ser estruturada e as 
características de cada uma para definir qual é a melhor a ser utilizada em cada 
empresa, otimizando os recursos na área de vendas. 
 
Para melhor entender a estruturação da força de vendas, Stanton e Spiro (2000) 
dividem em quatro principais: geográfica (territorial), por produtos, mercado (cliente) 
ou combinado. 
 
Estruturação por território: 
 
Cada tipo de estrutura é recomendado segundo características da organização. 
Segundo Las Casas (1993 p. 20) “A venda por território é mais recomendada para 
empresas que vendem para clientes mais ou menos homogêneos e estejam de certa 
forma concentrados”. 
 
Kotler (2000) define a estruturação por território onde cada profissional de vendas é 
mandado para um território exclusivo. Tem como vantagens: uma definição clara de 
cada atividade do vendedor, maior incentivo para o vendedor cultivar negócios locais 
e ligações pessoais e menor despesa com viagens. 
 
Também existem os pontos fracos que cada estrutura carrega. Para Moreira (2000) 
a desvantagem da estrutura por territórios é que ela não tira proveito dos ganhos 
proveniente da especialização da força de vendas. Um profissional que cuida 
apenas de um setor ou de um produto, conhecerá as características do cliente e o 
produto bem melhor do que aquele que tem que atender a todos. 
 
 35 
 
A estrutura territorial é a mais utilizada e de maior facilidade para administrar, pois os 
vendedores trabalham com todos os produtos da empresa, para todos os possíveis 
clientes dentro de determinado território delimitado, segundo Castro e Neves (2005). 
Ele ressalta também que empresas de pequeno porte normalmente adotam este tipo 
de estrutura, em função da menor complexidade. Também é adotado por 
organizações que possuem uma linha de produto simplificada. 
 
Estruturação por produto 
 
A venda por produto é muito interessante, pois faz com que os vendedores 
especializem-se em determinados produtos, passando saber muito mais sobre eles 
e tendo uma segurança muito maior nas suas abordagens do que em qualquer outra 
estrutura, segundo Moreira (2000). 
 
Seguindo a mesma linha de pensamento, Kotler (2000) revela que o que levou as 
empresas a estruturar suas vendas por produto foi à importância de os vendedores 
conhecerem seus produtos, somada ao desenvolvimento de divisões de 
gerenciamento de produtos. 
 
Quem utiliza com maior freqüência a venda por produtos são empresas que 
possuem uma linha de produtos muito diversificada, afirma Las Casas (1993). 
Contudo, este modelo trás uma grande desvantagem para a empresa, pois muitas 
vezes é necessária a visita de mais de um vendedor da mesma empresa no mesmo 
cliente, aumentando os custos e, muitas vezes, pode-se até se tornar inconveniente 
para o comprador. 
 
Estruturação por cliente 
 
A venda por mercado também pode ser chamada de venda por cliente, e exige um 
nível maior de conhecimento e atenção em cada cliente. Las Casas (1993) afirma 
que a vendas por cliente é destinada a empresas que operam em ambientes onde 
os clientes apresentam muitas diferenças nas necessidades de consumo. Essa 
divisão pode ser feita por tamanho, tipo de indústria, ou tipo de intermediário. Os 
 36 
 
vendedores se tornam especializados, ficando familiarizado com a necessidade de 
cada um, prestando um melhor serviço. 
 
São muitos os detalhes para se prestar atenção quando é necessário estruturar a 
força de vendas por clientes. Para Moreira (2000) a organização da força de venda 
por cliente pressupõe um conhecimento do tipo de atividade do cliente, seu potencial 
de compra, seu porte, e as características entre os diversos clientes serem muito 
diferentes para justificar um atendimento justificado e exclusivo. 
Este modelo carrega como uma grande desvantagem o custo de atendimento, pois 
muitas vezes são necessárias viagens específicas para atender determinado cliente, 
mesmos estando fora do itinerário programado pelo vendedor, segundo Las Casas 
(1993). 
 
Já a vantagem da especialização de mercado para Kotler (2000), é que cada força 
de vendas pode conhecer as necessidades especificas dos clientes. E reforça que a 
maior desvantagem é que os clientes estão espalhados por todo o país, exigindo 
muitas viagens para atendê-los, aumentando assim o custo de viagem. 
 
Estruturação combinada 
 
Algumas empresas, seja pela característica ou pelo porte, não tem condições de 
atuar no mercado utilizando somente uma única organização de vendas e optam por 
uma força mista e trabalho, podendo ser, segundo Moreira (2000): produto/região, 
produto/cliente, cliente região/região, produto/cliente ou outra variação, aproveitando 
as vantagens de cada uma delas. 
 
Kotler (2000) Afirma que é possível utilizar a combinação das forças de vendas, 
quando uma organização possui uma linha de produtos com maior complexidade; 
como quando uma empresa vende uma grande variedade de produtos para muitos 
tipos de clientes distribuídos em uma extensa área geográfica. 
 
Como é visível, a desvantagem deste modelo é, segundo Moreira (2000, p.230), “á 
duplicidade de esforços, a dificuldade de controle, e os aumentos do custo de 
operação”. 
 37 
 
 
Apesar de não serem muitos os modelos de estruturação de vendas, não existe uma 
regra para a escolha do modelo ideal. Para Castro e Neves (2005), uma forma de 
definir a estrutura que melhor se enquadra com a organização é avaliar em qual o 
benefício da especialização supera os demais. 
 
Já Moreira (2000) afirma que a definição da melhor forma de organiza o 
departamento de vendas é fruto de uma análise criteriosa elaborada pelo gerente, 
que leva em consideração os fatores externos (mercado) e os fatores internos (a 
própria cultura organizacional). 
 
Outros fatores são lembrados por Stanton e Spiro (2000), que afirmam que para 
chegar à decisão de qual força de vendas utilizar, temos que levar em conta diversos 
fatores, inclusive as habilidades da força de vendas, avaliações do mercado e de 
clientes, natureza do produto e demanda das tarefas de vendas. 
 
 
2.3.2 Recrutamento e seleção de vendedores 
 
 
O processo de recrutar é utilizar técnicas para chamar as pessoas interessadas em 
alguma função para em seguida executar a seleção dos mesmos. 
 
Para fazer um recrutamento é necessário utilizar técnicas para encontar pessoas 
compatíveis com o cargo em aberto. Moreira (2000 p. 236) define como 
recrutamento em “utilizar um conjunto de técnicas e procedimentos de pesquisa e 
intervenções sobre as diferentes fontes capazes de fornecer a um número adequado 
de pessoas necessárias ao alcance de seus objetivos” 
 
Ampliando a idéia, Las Casas (1993), fala que é necessário reunir um número 
razoável de candidatos, pois ampliará as possibilidades de escolha de novas 
contratações. Além disso, se as fontes de fornecimento de candidatos forem 
constantemente mantidas, serão garantidas contratações mais acertadas. 
 
 38 
 
Mais profundamente, Moreira (2000) define que podem ser utilizadas as fontes 
internas e fontes externas para o recrutamento. As fontes internas são os recursos 
humanos disponíveis dentro da própria organização. Por meio de transferências ou 
promoções, utilizando programas de treinamento e desenvolvimento das pessoas, 
podem-se identificar os profissionais que tenham interesse de preencher a vaga 
dentro da empresa. Já as fontes externas é a captação de profissionais fora da 
empresa, pelosrecursos humanos disponíveis no mercado de trabalho. 
 
De um outro ponto de vista, Cobra (1994) afirma que existem dois tipos de fonte de 
recrutamento a serem destacadas: 
 
1. Fontes Primárias: 
• Escolas: Escolas técnicas, escola de comercio, deve-se observar no rpocesso 
de recrutamento a importância da experiência e a possibilidade da empresa 
oferecer um treinamento; 
• Própria empresa: Pessoas que já trabalham na empresa. Tem como 
vantagem abrir uma perspectiva de melhora na situação dos empregados. 
• Empresas concorrentes: Possibilidade do aproveitamento imediato do 
elemento selecionado e aproveitamento dos contatos já estabelecido pelo 
vendedor. A empresa pode ter dificuldade de corrigir alguns maus hábitos 
adquiridos por este vendedor. 
• Outras empresas: Não necessariamente empresas concorrentes. Lembrando 
que o vendedor deverá receber o treinamento normalmente para pode atuar. 
 
2. Fontes secundárias: 
• Agências de seleção: o principal problema desta fonte é identificar as 
características que os candidatos devem apresentar. 
• Associação de classes: fontes secundárias muito interessantes no 
recrutamento, uma vez que as associações mantêm fichários com dados 
essenciais de vendedores interessados em ofertas de empregos. 
• Processos de recrutamento (veículos): diversos são os veículos que podem 
ser usados como fonte de recrutamento, como: Jornais, boletins das câmaras 
de comércio, palestras e conferências, contatos pessoais. 
 39 
 
No processo de recrutamento, é sempre importante seguir etapas para um melhor 
desempenho. Moreira (2000) fala que para efetuar um recrutamento é necessário 
que haja uma solicitação, abrindo uma vaga para a função desejada. Após, é 
importante estabelecer os objetivos da contratação, como cargo, urgência, 
características básicas do profissional, perfil e local do trabalho. Pode-se utilizar a 
descrição do cargo anterior elaborada, para que se possa ter maior clareza do 
profissional procurado. 
 
Selecionar nada mais é que escolher entre os candidatos recrutados, o que tenha a 
melhor capacidade de exercer uma determinada função pré-estabelecida. 
 
Para Moreira (2000, p240) “o processo de seleção tem como objetivo principal 
escolher e classificar, entre os candidatos oriundos do processo de recrutamento e 
aprovados na triagem, os mais adequados às necessidades da organização”. 
 
Alguns pontos sobre o processo de seleção são abordados por Las casas (1993, 
p.115) que salienta que “o processo de seleção exige esforços para encontrar o 
candidato adequado ao trabalho de vendas, com as características estabelecidas na 
descrição do cargo”. Para ele o processo varia devido a vários fatores, como o 
tamanho da organização, natureza do produto, localização geográfica, status do 
mercado de trabalho, características pessoais do administrador. 
 
Vários são os instrumentos para selecionar candidatos. Para Moreira (2000) um dos 
melhores instrumentos para a realização da seleção de um profissional de vendas é 
a entrevista, onde parte significativa esta ligada diretamente ao contato com o 
público. Ela pode ser diretiva, onde o entrevistador possui um roteiro preestabelecido 
com todas as questões consideradas importantes que deverão estar encadeadas de 
maneira lógica e evolutiva; e não diretiva, onde o entrevistador não possui um roteiro 
pré-estabelecido e conduz a entrevista de maneira informal. Ele demonstra algumas 
características que podem ser avaliadas em um candidato: 
• Gosta de lidar com o público 
• Dinamismo e iniciativa 
• Capacidade de negociação e persuasão 
• Boa influencia verbal e voz agradável 
 40 
 
• Saber ouvir e ser paciente 
• Escolaridade 
• Cursos e conhecimento de informática, línguas 
• Experiência 
• Idade 
 
O processo de decisão deve seguir algumas etapas. Isso garante que o candidato 
selecionado seja realmente o melhor entre todos os recrutados. Las Casas (1993) 
mostra as etapas: 
• Análise de documentos: avaliar de modo prático para saber se o candidato 
tem as principais características exigidas. 
• Teste e entrevistas preliminares: a entrevista principal inicial serve como 
fase eliminatória , sendo ela complemento da analise dos documentos 
apresentados. 
• Analise e exame das referências do candidato: devem ser feitos antes da 
contratação do candidato. As referências bancarias e de empregos 
anteriores são bastantes úteis para saber de características como 
pontualidade, relações humanas entre outras. 
• Testes psicológicos: Apuram o grau de inteligência, de interesse e de 
personalidade. 
• Entrevista final: esta deve ser feita para encerramento do processo de 
seleção. Normalmente é feita pelo próprio gerente de vendas ou 
administrador que esta solicitando a contratação. 
• Exame médico: por final, o candidato mais bem qualificado é encaminhado 
para o exame médico. Saúde é fundamental para o desempenho do 
trabalho. 
 
Outros aspectos relevantes são levantados por Moreira (2000), deve-se verificar 
também o histórico profissional, levando em conta as empresas que o candidato 
trabalhou ou trabalha. Os aspectos educacionais, características pessoais e 
expectativas também devem ser levados em consideração na hora da seleção de 
candidatos. 
 
 41 
 
2.3.3 Contratação da força de vendas: 
 
 
Os vendedores, que ligam o cliente á organização, podem ou não ter vínculo 
trabalhista com a empresa. São formas diferentes de trabalho que cada empresa 
define como qual é a melhor para o seu negócio. 
 
Cobra (1994) afirma que existem dois tipos de força de vendas, definindo-as: A força 
de vendas direta, onde a empresa utiliza exclusivamente os vendedores próprios 
que deverão visitar diretamente os vendedores da empresa; e força de vendas 
indiretas, onde a empresa utiliza os vendedores dos seus representantes ou 
distribuidores ou, ainda, os chamados vendedores autônomos, que não possuem 
vínculo trabalhista com a empresa. 
 
Moreira (2000) complementa dizendo que a venda direta consiste na venda do 
produto diretamente ao consumidor por uma equipe de vendas própria, ela é 
realizada de forma pessoal e personalizada, podendo gerar altos custos monetários. 
 
Para se definir qual o melhor tipo, Cobra, trás as vantagens de adotar 
representantes de vendas: 
• A equipe de venda própria sempre representa um custo fixo com encargos 
sociais. Empresas de pequeno e médio porte tendem a ter vantagem de custo 
operacional quando trabalham com representantes de vendas. 
• O bom relacionamento dos representantes com os clientes trará o dilema: de 
quem são os clientes, da empresa ou dos representantes. 
• Como os representantes são remunerados por comissão, não havendo 
venda, não a custo para a organização. 
• Produtos de venda sazonal provocam custo fixo quando há uma equipe 
própria de vendas. Os custos serão variáveis de acordo com a venda sazonal, 
quando a empresa trabalha com representantes. 
 
Já com uma equipe própria de vendas destacam-se as seguintes vantagens: 
 42 
 
• Os produtos que a empresa oferece podem não ser interessantes para os 
representantes de vendas. 
• A equipe de vendas própria tende ser mais barata quando há vendas para 
grandes clientes, pois um representante nesse caso seria comissionado. 
• Os vendedores são mais facilmente controlados e motivados. 
• Há áreas ou mercados em que é difícil encontrar um representante 
 
 
2.3.4 Formas de remuneração 
 
 
A remuneração é a recompensa pelo esforço do ser humano. Serve como estímulo 
para a excussão de seu trabalho e para que o colaborar contribua ajudando a 
organização a crescer e desenvolver seus negócios. 
 
Para Las Casas (1998) existem três métodos de remuneração direta da força de 
vendas: com base em salário fixo, em comissão e em fixo mais incremento. 
 
Já Cobra (1994) amplia um pouco mais esta idéia explicando mais detalhadamente 
as formas de remunerar seusfuncionários: 
• Salário: Segunda a CLT, “fazem parte do salário, não só a importância fixa 
estipulada, como também comissões, percentagens, gratificações ajustadas, 
diária para a viagem e abono pagos para os empregados”. 
• Comissão: significa uma participação do empregado no valor do negócio que 
encaminha ou realiza. A percentagem cai sobre o valor do negócio, tornado-
se um salário variável. 
• Estorno de comissões: quando as transações não proporcionam lucro à 
empresa, as comissões deverão ser pagas pela atividade do empregado e 
não pelo ganho da empresa. O mesmo ocorre ao salário para autônomos. 
• Diárias: Paga aos viajantes para atender as despesas de viagem e sua 
manutenção durante a mesma. 
 
 43 
 
Cada organização deve verificar qual é a melhor forma de remuneração que se 
encaixa nas suas políticas comerciais. Las Casas (1998) afirma que é possível fazer 
a combinação de critérios de remuneração, já citadas anteriormente por ele, 
conforme a necessidade de alguma situação. As mais comuns são salário mais 
comissões, salário mais abono, comissão mais abono, sistema de pontos, ajuda de 
custo mais qualquer outra, ou ainda qualquer outra variação destes. 
 
Em uma outra dimensão, Stantom e Spiro (2000), afirmam que a remuneração 
financeira da força de vendas pode ser feita de forma direta, em dinheiro; ou de 
forma indireta, como através programas de seguro financiados pela empresa, férias 
pagas entre outras. Muitas vezes esta forma indireta da um maior segurança para o 
vendedor. 
 
Las Casas (1998) lembra de forma muito inteligente que alguns vendedores 
independentes como os representantes comerciais, exigem a remuneração 
comissionada por poder oferecer maiores ganhos, às vezes até ilimitados, em 
virtude de poder trabalhar para diversas empresas simultaneamente. 
 
Segundo Stanton e Spiro ( 2000), são diversos os componentes para remunerar a 
força de vendas, oferecendo incentivos, estabilidade e segurança nos ganhos, que 
nos dias de hoje são levados muito em consideração pelos colaboradores. E ainda 
auxiliam a empresa a controlar os seus custos de vendas. Entre eles estão: 
• Salários 
• Comissões 
• Cantas de adiantamento 
• Bonificações 
• Participação nos lucros 
• Benefícios monetários indiretos, como férias e seguros 
• Despesas 
 
Para Las Casas (1998) no plano de remuneração com base em salário fixo há um 
pagamento garantido para o vendedor, independentemente de seus resultados de 
venda. 
 44 
 
• Vantagem: este método trás um maior controle das atividades dos 
vendedores. 
• Desvantagem: não motivar o vendedor a vender além do que é esperado, 
vindo a cair na acomodação. 
 
No plano de remuneração com base em comissões, o pagamento dos vendedores é 
de acordo com o seu desempenho. No final de um determinado período, que pode 
ser semanal, mensal ou outro qualquer. 
• Vantagem: grande motivação dos vendedores em efetuar a venda. Da 
liberdade aos vendedores controlarem o tempo, dando maior liberdade de 
atuação. 
• Desvantagem: a dificuldade de obter apoio para a execução de qualquer 
outra tarefa que não esteja relacionada com a venda em si, como treinamento 
e preenchimento de relatórios. 
 
 
2.3.5 Dimensionamento da força de vendas 
 
 
Existe a necessidade de dimensionar a força de vendas da empresa. O número ideal 
de vendedores fará com que a empresa não perca negócios nem dinheiro, trazendo 
assim uma satisfação a todos. 
 
A determinação do número de vendedores é uma das questões mais fundamentais 
em vendas. É onde se dimensiona a intensidade que será usada à força de vendas 
em conjunto com outras variáveis de marketing para o volume de venda a ser 
atingido. Castro e Neves (2005) sugerem três métodos para determinar a força de 
vendas: 
 
• Método da divisão de metas: o total de vendas previsto ou que a organização 
tem como objetivo é dividido pelo potencial de um vendedor mediano. Assim, 
cada vendedor deve alcançar sua meta e, sucessivamente, a organização 
alcançará a sua. Este método, apesar de simples, apresenta diversos 
 45 
 
problemas. Levando em consideração o potencial médio dos vendedores, 
essa média pode ser muito ruim, se existir uma alta variação dentro da 
equipe. Além de inverter a lógica da função de marketing. Ele coloca o 
número de vendedores como conseqüência do volume de vendas, e não ao 
contrário. 
 
• Método da divisão de trabalhos: neste, os vendedores devem possuir um 
montante de trabalho similar nos seus respectivos territórios. Entende-se por 
total de trabalho o número de clientes em determinado território, a freqüência 
de visitas que deverão receber e a duração de cada uma dessas visitas. 
Como pontos fracos estão às simplificações na determinação dos números. 
Nem todo cliente classificado como “A” gostaria de receber o mesmo número 
de visitas para continua comprando o mesmo montante. E também, nem todo 
vendedor consegue ter o mesmo tempo disponível estimado. E por último, 
este método não leva em consideração o resultado financeiro das visitas. 
 
• Método incremental: é o menos utilizado. Tem como princípio que os 
vendedores devem ser acionados desde que a receita marginal gerada seja 
maior que o custo marginal, gerando lucros. 
 
Com uma abordagem ampla e detalhada observa-se que Moreira (2000) descreve a 
importância de alguns pontos serem levantados para o dimensionamento da força 
de vendas em outros três métodos diferentes. 
 
Assim o autor destaca que se deve saber o numero de clientes, a duração da visita, 
a freqüência da visita e o tempo necessário para o deslocamento entre clientes, 
demonstrando assim três métodos mais usuais para determinar o número de 
vendedores necessários para uma equipe de venda: 
 
• O método da duração da visita leva em consideração o tempo médio de cada 
visita, a freqüência necessária de se visitar cada cliente e o número de 
clientes da empresa. 
 
Número de vendedores = 
 46 
 
número de clientes x duração da visita x freqüência da visita 
 números de horas disponíveis do vendedor 
 
• Já o método de potencial de vendas, ou método de potencial de mercado 
(Semlow), dimensiona o numero de vendedores usando como base a 
previsão de vendas da empresa (obtida a partir do potencial do mercado), o 
giro dos vendedores na organização e volume de vendas desejado por 
vendedor. 
 
Número de vendedores = 
previsão de vendas + giro dos vendedores x previsão de vendas 
 volume desejado 
• E por último temos o método de carga de visitação que, diferentemente dos 
anteriores, a base para o dimensionamento do numero de vendedores é feita 
a partir da experiência que o profissional de marketing ou e vendas tem no 
negocio, como do tempo necessário para o cliente ser atendido. Assim, o 
principal parâmetro utilizado para determinar a carga da visitação é o 
potencial de compra de cada um dos clientes. É necessário inicialmente 
agrupar os clientes por potencial de compra; depois é necessário definir o 
número de visitas que cada categoria de clientes deverá receber em um 
período. E, através de experiências anteriores, determinar quantas visitas 
cada vendedor tem que realizar para atender os parâmetros de qualidade de 
atendimento desejado pela empresa. 
 
 
Número de vendedores da classe X = 
Número de clientes x número de visitas por período 
 número de visitas por vendedor 
 
Cobra (1994), além dos métodos de dimensionamento da força de vendas já citados, 
ainda demonstra outro que também poderá ser utilizados na mesma linha de 
raciocínio, o método da previsão de vendas correlacionada com o ganho médio do 
vendedor e com o custo médio da equipe de vendas: este método é desenvolvido 
em cinco passos: 
 47 
 
1º passo: determinação da previsão de vendas da empresa, com base no potencial 
de mercado da empresa. 
2º passo: determinação do ganhomédio mensal base por vendedor a partir de 
pesquisa salarial junto ao ramo de atividade da empresa. 
3º passo: determinação do potencial de custo médio total por vendedor em relação 
as suas respectiva vendas (salário fixo e variável + ajudas + encargos sociais). 
4º passo: Determinação de venda média mensal necessária por vendedor, a partir 
do seu potencial de custo médio de vendas. 
5º passo: Determinação do número ótimo de vendedores que permita atingir a 
previsão de vendas determinada com base no potencial de mercado. 
 
 
2.3.6 Determinação de quotas de vendas: 
 
 
Quotas são determinações da empresa em números para seus vendedores, com o 
intuito de controlá-los e estimulá-los em no seu dia a dia. 
 
Para Castro e Neves (2005, p. 77) o objetivo da determinação de quotas é “alinhar a 
expectativa da empresa sobre o vendedor com a percepção dele a respeito do que 
deve ser feito na sua função, para alcançar um bom desempenho e os melhores 
resultados individuais”. 
 
Já para Stanton e Spiro (2000 p. 387) “quota de vendas é uma meta de desempenho 
atribuída a uma unidade de Marketing por um determinado período de tempo”. 
 
 
A quota de vendas tem um propósito dentro da empresa para serem definidas. Las 
Casas (1993, p. 135), ressalta que “as quotas devem seguir os objetivos de uma 
empresa. É a partir dos objetivos que a previsão de vendas é elaborada e, 
conseqüentemente, as quotas são estabelecidas”. 
 
A importância do sistema de cotas de vendas vem destacada por Castro e Neves 
(2000, p. 79) como de certa forma a resolver um problema cultural dos vendedores. 
 48 
 
 “Os vendedores, de forma geral, trabalham para atingir metas ao invés de 
maximizar o volume de vendas. Essa informação é importante, porque o 
fato de ter alcançado ou não um objetivo pode determinar o nível de 
esforços que um vendedor irá investir nas suas atividades de vendas e, 
assim, ele construirá o próprio resultado na meta que lhe foi colocada”. 
 
A figura 1 demonstra a utilização e objetivos das quotas de vendas: 
 
 
 
 Figura 1: Objetivos das quotas de vendas. 
 Fonte: Adaptado de Stanton; William J., 2000, p. 389. 
 
 
Os objetivos das cotas de vendas podem ser divididos em três tipos principais, 
destacados por Castro e Neves (2005): o primeiro com relação ao resultado de 
vendas obtidas pelo vendedor. O segundo com relação às atividades de vendas 
desenvolvidas como relatórios, visitas de serviço, que não são relacionadas 
diretamente a vendas, mas que indiretamente levam ao aumento futuro das vendas. 
E o terceiro tipo com relação ao desempenho financeiro e qualitativo das vendas, 
como rentabilidade de prazo médio. 
 
Já Stanton e Spiro (2000) dividem as cotas de vendas de outra forma, destacadas 
em cinco tipos: 
 
 
As quotas de 
vendas são 
utilizadas 
para: 
 
Melhorar a 
eficácia do 
plano de 
remuneração 
 
Avaliar os 
resultados 
concursos de 
vendas 
 
Controlar as 
despesas de 
vendas 
 
Indicar os 
pontos fortes 
fracos da 
estrutura 
 
Fornecer 
metas as 
forças de 
vendas 
 
Controlar as 
atividades da 
força de 
vendas 
 
Avaliar a 
produtividade 
da força de 
vendas 
 
 49 
 
• Quotas de volume de vendas: é o mais utilizado e é baseado no volume de 
vendas. Pode ser estabelecida para uma área geográfica, uma linha de 
produtos, um cliente, um período de tempo ou qualquer combinação dessas 
bases. 
• Quotas de lucro: Baseados no lucro líquido ou lucro bruto. Podem ser 
estabelecidas nas mesmas bases de uma quota de volume. 
• Quotas de despesas: estimular uma consciência do lucro estabelecendo uma 
quota baseada em despesas do representante. Pode estar relacionada ao 
volume de venda ou ao plano de remuneração. 
• Quotas de atividades: baseadas em atividades como visitas diárias, novos 
clientes visitados, pedidos de novos clientes, demonstração de produtos feitos 
e exposições realizadas. 
• Quotas combinadas: combinação de dois ou mais tipos de quota. 
 
Para se determinar uma cota de venda, é necessário seguir alguns passos a serem 
lembrados. Las Casas (1993), afirma que primeiramente deve-se determinar o tipo 
de cota, que pode ser por volume de vendas, margem bruta ou líquida, por 
despesas, atividades ou combinação. Depois se determina qual a unidade que vai 
recebê-la. Poderá ser o vendedor, cliente, representante, escritório regional, filial. 
Seguido pela estimativa das quotas, que pode ser baseada no potencial ou previsão 
de vendas, em vendas passadas, por julgamento dos executivos ou dos próprios 
vendedores. Por último se estabelece um limite de tolerância para que sejam 
tomadas medidas corretivas, caso ultrapassem os limites. 
 
 
2.3.7 Rota de vendas 
 
 
Rota nada mais é que o caminha que o vendedor utilizará para chegar aos clientes. 
Estuda-se para haver menor desperdício de tempo e de dinheiro para empresa ou 
vendedor. 
 
 50 
 
Na definição de Cobra (1994), rota é o conjunto de itinerários que o vendedor 
precisa seguir para visitar periodicamente os pontos de vendas que lhe foram 
designados. É necessário o estudo destas rotas para prever e coordenar o tempo e 
os espaços das deslocações do vendedor. 
 
Definir uma rota serve para gerenciar e estabelecer um padrão formal para os 
representantes de vendas seguirem enquanto circularem por seus territórios, 
segundo Stanton e Spiro (2000). Eles ressaltam de forma clara, que ao se gerenciar 
a rota, está na verdade se gerenciando o tempo dos vendedores. 
 
Para se definir a melhor rota é necessário levar em considerações diversos fatores 
destacados por Moreira (2000). É necessário conhecer as características dos 
clientes que compõe a área, o potencial de compra, número de clientes, e tempo 
demandado em cada uma das visitas. Além disso, esta divisão correta leva a um 
melhor atendimento ao cliente, menor custo operacional, aumento na produtividade 
de cada vendedor, facilidade na administração, aumento da remuneração e, 
conseqüentemente, maior motivação para a realização do trabalho. 
 
Com uma outra visão, Stanton e Spiro (2000), definem que para se estabelecer uma 
rota é necessário que sejam assinalados em um mapa os clientes existentes e 
potenciais. Em seguida, o número diário e a freqüência desejada de visita devem ser 
estabelecidos para cada cliente. Com isto, a definição da rota torna-se 
razoavelmente mecânica. 
 
Na mesma linha de pensamento, Cobra (1994) levanta que alguns são os elementos 
chaves que se deve levar em conta ao traçar as rotas: 
• Características geográficas da área a ser visitada, como: estradas, distancias, 
tempo do percurso, condições da cidade para alimentação e pernoite 
• Características das cidades dentro da rota: problemas de tráfego, topografia. 
• A quantidade de cliente existente em cada cidade. 
• O potencial de compra de cada cliente em cada cidade. 
• A freqüência de visitação a cada classe de cliente. 
• O tempo médio gasto com cada cliente de cada cidade. 
 51 
 
• O tempo gasto no percurso entre as cidades e as paradas. 
 
 
 
2.3.8 Documentos de vendas: 
 
 
É preciso gerar periodicamente documentos para controlar todas as atividades 
relacionadas com vendas. As informações contidas nestes devem ser utilizadas para 
as tomadas de decisões da organização, seja ela imediata ou futura. 
 
São vários os documentos que podem ser utilizados para o controle das vendas de 
uma organização. Para Thorn (1992) os relatórios serão o suporte principal para 
maioria das empresas nos controles dos recursos e para manter-se regulamentada 
em contato com o mercado. 
 
A administração da força de vendas deve controlar todas as atividades da equipe e a 
análise sobre o resultado obtido, a fim de manter a gerencia de vendas informada. 
Esses relatórios segundo Caldeira (1990), devem conter informações básicas 
necessárias como: 
• Volume de venda da área 
• Percentual de cobertura

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