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historia_resumos (74)

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Sunitas e Xiitas
O Islã é dividido em duas principais correntes: o sunismo e o xiismo. Essa divisão ocorreu logo após a 
morte do profeta Maomé, em 632 d.C., devido a divergências sobre a sucessão da liderança da 
comunidade islâmica.
Os sunitas, que representam a maioria dos muçulmanos (cerca de 85%), acreditam que o sucessor 
legítimo de Maomé deveria ter sido escolhido por consenso da comunidade. Já os xiitas defendem 
que a liderança deveria ter passado diretamente para Ali, genro e primo de Maomé.
Essa divisão gerou conflitos ao longo da história, com diferenças em relação a práticas religiosas, 
interpretação da lei islâmica e estrutura de governo. Os sunitas tendem a seguir uma abordagem 
mais conservadora, enquanto os xiitas são mais propensos a interpretações mais flexíveis do Islã.
Apesar das diferenças, ambos os grupos compartilham os pilares fundamentais do Islã, como a 
crença em um Deus único (Alá), os cinco pilares da fé e a reverência ao profeta Maomé. No entanto, a 
divisão sunita-xiita continua sendo uma fonte de tensão e conflito no mundo muçulmano até os dias 
atuais.
Misticismo no Islamismo
O Islamismo é uma religião profundamente enraizada no misticismo, sendo o sufismo a sua 
manifestação mística mais proeminente. O sufismo é uma via esotérica dentro do Islamismo que 
busca o conhecimento e a experiência direta da divindade através de práticas espirituais como a 
meditação, a recitação de orações e a contemplação. Os sufis, também conhecidos como "os místicos 
do Islã", acreditam que o caminho para o divino não se encontra apenas nos preceitos e dogmas da 
religião, mas também na conexão profunda e íntima com Deus.
As raízes do sufismo remontam aos primeiros séculos do Islamismo, quando ascetas e 
contemplativos se retiravam das cidades e se dedicavam a uma vida de oração, jejum e autorreflexão. 
Esses primeiros místicos islâmicos, conhecidos como "Sufi", desenvolveram uma vasta literatura 
espiritual, repleta de poesia, canções e histórias que expressavam a sua busca pela união com o 
divino. Figuras proeminentes do sufismo, como Rumi, Hafiz e Ibn Arabi, são consideradas entre os 
maiores poetas e filósofos da história do Islã.
As práticas sufis incluem a recitação de orações e mantras, a dança giratória, a meditação em silêncio 
e a contemplação da natureza. Essas práticas buscam provocar estados de êxtase e transcendência, 
permitindo que o adepto se aproxime cada vez mais de Deus. Os sufis acreditam que o caminho do 
misticismo leva à purificação da alma, à iluminação espiritual e à conexão direta com o divino.
Apesar de ser uma corrente minoritária dentro do Islamismo, o sufismo exerce uma influência 
profunda na cultura e na espiritualidade islâmica. Suas práticas, ensinamentos e figuras lendárias são 
reverenciadas por muitos muçulmanos em todo o mundo, representando uma vertente mística e 
contemplativa do Islã.

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