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MATÉRIA DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CADERNO
Estrutura da Disciplina:
Ponto 1: Crédito Tributário e Lançamento
Ponto 2: Suspensão, extinção e exclusão 
Ponto 3: Prerrogativas do Fisco
Ponto 4: Dívida Ativa
Ponto 5: Processo Tributário
Ponto 6: Impostos em Espécie
Ponto 1 - Crédito tributário
Revisão de obrigação tributária
Conceito de crédito
Lançamento e natureza jurídica
Modalidades de lançamento
Princípios
Pergunta: Quais os elementos do Estado moderno?
· Povo, Território, Soberania e finalidade – Jellineck
Pergunta: Para que serve o Estado?
· Interesse público
· Todo o escopo tributário tem como objetivo efetivar a atuação do Estado
Obrigação Tributária - Crédito tributário se origina de uma obrigação tributária
Pergunta: O que é direito tributário?
· Ramo do direito público que analisa receita pública derivada
· Regula a relação entre Fisco e Contribuinte
· Determina as obrigações legais tributárias
Pergunta: Direito tributário protege o Fisco ou o Cidadão?
· Cidadão! Princípio da legalidade, limitações ao poder de tributar, etc
· Poder de tributar se funda na soberania para custear as atividades
· Direito tributário delimita a forma de obtenção de receita 
· Lógica da autoimposição 
· Direito tributário ordena a tributação e impede que o Estado sufoque a população
· Direito tributário tem autonomia didática recente
· Restringe-se a uma parcela da receita pública => Receita pública derivada! 
· Tributo e Multa tributária
Pergunta: O que é um tributo?
· Prestação pecuniária compulsória (obrigação de dar) 
· Dever fundamental de pagar tributos segundo preceitos de justiça
· Capacidade contributiva
· Conceito é legal e está expresso no art. 3/CTN
Art. 3/CTN: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada
Pergunta: Posso pagar tributo com um pagamento in labore ou in natura?
· Tributo tem uma hipótese de incidência e o fato imponível
· FG abstrato
· FG concreto
· Tributo como ato não ilícito significa que a hipótese de incidência é lícita 
Ex: CTB prevê ilíticos => Multas administrativas e não tributos
· CTN não prevê hipótese de incidência em ato ilícito
· Fato imponível ilícito pode se materializar 
· FG abstrato – auferir renda
· Fato imponível – obteve renda traficando
Pergunta: O que é uma obrigação tributária?
· Toda prestação gera uma obrigação – direito civil
· Tributo é prestação pecuniária compulsória
· Tributo é objeto de obrigação tributária – art. 113 CTN (principal ou acessória)
Pergunta: Como se constitui uma obrigação tributária? 
· Preenchendo os requisitos legais
· Norma antecedente (previsão abstrata) e consequente (concretização)
Ex: Importar mercadorias é o antecedente. Pagar o tributo pela importação é o consequente
Pergunta: Qual a diferença entre obrigação tributária para obrig. civil?
· Tributo é prestação pecuniária compulsória
· Obrigação cível tem origem na autonomia da vontade 
Pergunta: Como se classificam as obrigações do direito civil?
· Positivas e negativas 
· Obrigação de dar – obrigação principal
Ex: Pagar o tributo
· Obrigação de fazer – obrigação instrumental; acessória
Ex: Emitir nota fiscal
· Obrigação de não fazer – obrigação instrumental; acessória
Ex: Não impedir fiscalização
· Prestação pecuniária é dar, fazer ou não fazer?
Cuidado! Princípio da gravitação jurídica não se aplica no direito tributário!
· Acessório não segue a sorte do principal
Ex: Isento de IR pode ter que fazer a declaração
· Obrigação tributária tem como elementos: 
· Material – FG, núcleo da obrigação
· Espacial – local onde se realiza o FG. É o local de pagamento.
· Temporal – momento do FG. Quando o FG ocorre.
· Relação jurídico tributária ocorre em três planos:
· Obrigação surge com o FG – art. 113, §1º 
· Tributo lançado/Crédito – art. 139 e 142 
· Dívida ativa – art. 201
Crédito Tributário
· Crédito ≠ Obrigação
· Obrigação 1ª fase // obrigação é ilíquida e inexigível
· Crédito 2ª fase // líquido e exigível
(!) Graus de exigibilidade: Lançamento (ato adm // legalidade e legitimidade)
· Impugnação: ônus da prova recai sobre o contribuinte
Obs.: 3ª fase do crédito: inscrição DAT // exequibilidade => Art. 204/CTN
Obs2.: Art. 151, 156 e 175/CTN - suspensão, exclusão e extinção do crédito
Natureza jurídica do crédito
· Tributo é receita derivada – art. 9/4320
· Adm Pub não dispõe voluntariamente de um tributo
· Ato adm que enseja sua cobrança é vinculado – art. 3/CTN
Pergunta: Como o agente público efetua a cobrança do tributo? 
· Pelo lançamento (ato vinculado) 
· Autoridade tem que lançar, salvo diante da exclusão, suspensão ou extinção do crédito
· Exclusão – anistia ou isenção
· Extinção – pagamento, compensação, prescrição, etc
· Suspensão – parcelamento, depósito do valor integra, medida liminar, etc
Lançamento do crédito
· Ato privativo de autoridade administrativa competente – Art. 142/CTN
Atenção! STJ tempera essa compreensão
1. Declaração constitui o crédito // autolançamento
· Fazenda inscreve em DAT a declaração
2. Inventário judicial // homologação do cálculo
· Fazenda precisa apelar judicialmente caso não concorde com o valor do cálculo
3. Contribuição previdenciária retida na fonte em Reclamação Trabalhista
· Vara de Trabalho – SV 53
Pergunta: O que é o lançamento?
· Ato administrativo complexo (atuações de vários órgãos)
· Identifica o FG
· Matéria Tributável
· Montante a ser pago
· Sujeito passivo
Pergunta: Qual natureza jurídica do lançamento?
· Ato declaratório e constitutivo – STJ
Atenção! Lançamento somente se efetiva com a notificação
· Dentro do prazo decadencial para constituição do crédito pela Fazenda
· Lançar + notificar (feita pessoalmente)	
Pergunta: Prazo decadencial em 10/05. Fazenda lança em 09/05. Notifica dia 11/05. Crédito foi devidamente constituído?
· Não. Houve decadência
· Lançamento é ato jurídico formal praticado pelo sujeito ativo
· Viabiliza a exigibilidade da obrigação tributária 
· Lançamento torna a obrigação exequível; determinada
· Inércia do sujeito passivo para o pagamento enseja inscrição na dívida ativa 
· 
(!) Alberto Xavier – crédito se torna exigível pelo fisco após o vencimento do prazo
· Lançamento não torna crédito exequível, mas seu vencimento sem respectivo pagamento
Pergunta: Existe crédito antes do lançamento?
· Obrigação tributária somente se efetiva com o lançamento 
· Obrigação tributária principal nasce sem valor/ilíquida
· Quantum debeatur se atinge com lançamento; lançamento revela o crédito a ser pago 
· Lançamento formaliza, quantifica, liquida e torna certa a obrigação tributária
· 
Atenção! Lançamento é regido pela imutabilidade 
· Não se altera após o lançamento, salvo se estiver nas exceções do art. 145/CTN
Princípios do Lançamento
1. Legalidade – Art. 142, §un/CTN
· Autoridade adm. está obrigada a efetuar o lançamento. Ato administrativo vinculado.
 
2. Irretroatividade – Art. 144/CTN
· Lei não atinge FG do passado // segurança jurídica // ultra atividade (efeitos internos FG)
· Efeitos externos do FG: procedimento – Art. 144, §1 // lei vigente no lançamento
  
3. Irrevisibilidade – Art. 145/CTN
· Lançado + notificado = inalterado 
· Prazo para defesa/impugnação na via administrativa
4. Inalterabilidade de critérios jurídicos – Art. 146/CTN
· Alteração de critério jurídico somente para novos FG
· Alteração de critério de fato = possibilidade de revisão no art. 145, VIII
Natureza do Lançamento
Pergunta: Lançamento declara ou constitui o crédito?
· Doutrina diverge quanto a natureza do lançamento. Há dois posicionamentos:
1. Dualista: Lançamento constitui o crédito e declara a obrigação. 
2. Monista: Lançamento declara a obrigação e o crédito. Obrigação é o crédito
· CTN/STJ: corrente dualista
1. Crédito decorre da obrigação – antecedente / consequente 
2. Constituição é momento posterior com o lançamento
· Não sendo feito dentro do prazo há decadência do crédito que gera sua extinção!
(!) STJ -RESP 250306: Fato gerador não constitui o crédito tributário
· Autoridade declara que em certa data houve disponibilidade econômica (FG do IR) 
· Reconhece a existência da obrigação 
· Constitui o crédito
· Hipótese de incidência + fato gerador = Obrigação tributária 
· Obrigação tributária + lançamento = crédito
Pergunta: É possível haver crédito tributário sem FG? 
· Não existe obrigação sem FG 
· Não haverá lançamento nem crédito – art. 139/CTN
Modalidades de Lançamento
· Doutrina majoritária prevê três formas
· Ofício 
· Por declaração 
· Por homologação/autolançamento 
(!) RLT – Por arbitramento 
· “Subespécie” do tipo Ofício
Obs.: Autoridade lança, regra // Lei 10593/02: Auditor-Fiscal (nível federal)
Art. 6º  São atribuições dos ocupantes do cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil:
I - no exercício da competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil e em caráter privativo:
a) constituir, mediante lançamento, o crédito tributário e de contribuições;   
1. Lançamento de ofício – art. 149/CTN
· Ato praticado exclusivamente pela autoridade administrativa 
· Fisco apura os elementos e calcula o valor devido
Ex: IPTU; IPVA; Taxas; Contribuição de Melhoria; COSIP
Obs.: Lavrar auto de infração tributária: multa + tributo
Obs2.: Ofício é usado para complementar valor devido de outra modalidade
1.1 Lançamento por arbitramento – Art. 148/CTN
· Dados omissos ou não merecem fé pública // arbitrar: estimar valor
Ex: Venda de mercadoria sem emissão de nota fiscal
Ex2: Afirma que o imóvel vale 200$ para fins de ITBI, mas custa 800$
2. Lançamento por Declaração/Misto – art. 147/CTN
· Contribuinte presta informações fáticas à autoridade fiscal 
Ex: ITCMD, ITBI
Obs.: Lançamento por declaração ≠ lançamento por homologação (antecip pag)
Obs2.: ITCMD pode cair em exigência de documentação => emite a guia
· Não há homologação // expedição da guia para pagamento
3. Lançamento por homologação – art. 150/CTN
· Contribuinte informa, calcula e paga antecipadamente
Pergunta: Pagamento antecipado gera extinção da obrigação tributária?
· Fisco homologa após analisar os dados
Ex: IR
A. Tácita – Art. 150, §4 
· 5 anos do FG (decadência) // Lançamento de ofício
· 5 anos se lei não fixar outro prazo decadencial // “Outro prazo” tem que ser por LC 
· LO não pode o estabelecer normas de prescrição e decadência 
· STF: Arts. 45 e 46 da Lei 8212/91 dobraram prazo decadencial das contribuições da seguridade social 
· SV 8 também aborda o tema
· Dolo/Simulação/Fraude: 5 anos com base no art. 173, I/CTN – STJ
· Não há presunção: ônus de prova compete ao Fisco
Atenção! Há apenas dois prazos decadenciais: Art. 150, §4 e Art. 173, I
· §4 – pagamento // conta-se do FG
· I – não houve pagamento // Exercício financeiro subsequente
Pergunta: Contribuinte declarou e não pagou. O que o fisco faz?
· Lança e inscreve em DAT ou inscreve em DAT a declaração?
· Precisa notificar?
· Súmula 436 c/c 446/STJ – Confissão/autolançamento 
Pergunta: Declarou 2010 e não pagou. Qual prazo o fisco tem para lançar?
· Lançamento feito pelo contribuinte; há prazo prescricional. 5 anos para cobrar
Pergunta: Não declarou e não pagou. Qual prazo o fisco tem para lançar?
· Art. 173, I – Lançamento por arbitramento // não há informações – Súmula 555/STJ
Pergunta: Declarou 100. Pagou 100. Fisco acha que deveria ser 150.
· Prazo 5 anos do §4 // Lançamento de ofício
· Pagamento a menor fruto de fraude: Prazo art. 173, I/CTN
Ponto 2 – Suspensão do crédito
Suspensão da exigibilidade do crédito tributário
Conceito
Tipos de suspensão
Efeitos
· Crédito lançado = crédito exigível
· Suspenso: não cobra e não executa – Art. 151
· Suspensão dos atos de cobrança no estágio em que estiverem
· Antes ou depois da Inscrição em DAT
· Após AEF
· Há lançamento // crédito // dívida // suspensa = Certidão Pos com efeito neg
Pergunta: O prazo prescricional será suspenso?
· Sim // Fisco está impossibilitado de cobrar
Pergunta: Prazo para lançar está suspenso (decadência)?
· Não! Lançamento para obstar os efeitos da decadência
· Lança / notifica / não prossegue com o processo adm
· Viável suspender antes de lançar
· Concessão de liminar em MS antes do lançamento do crédito
· Jurisprudência admite o lançamento do tributo mesmo diante da suspensão
· Decadência – art. 156, V c/c art. 63/9430
Ex: Contribuinte entende que a lei que impôs tributo ou seu aumento é inconstitucional. Obtém a liminar. Juiz leva 6 anos para julgar o mérito. Denega a segurança. Como o Fisco lançaria se houve decadência? 
Obs.: Decadência gera a extinção do crédito
· Se nunca ocorreu lançamento o crédito nunca existiu 
· Como se extingue o que não existe? 
· Doutrina: deveria ser exclusão e não extinção
(!) Harada – Suspensão é temporária e não importa na desconstituição do crédito
· Somente atinge a exigibilidade da obrigação principal – art. 151, §um
· Obrigação acessória tem que ser cumprida
· 
Suspensão em espécie
· Art. 151 prevê 6 hipóteses
1. I e VI = há prazo para pagamento
2. III, IV e V = há incerteza quanto à existência do crédito
3. II = crédito está garantido
· Rol é taxativo! Somente estas espécies
Atenção! Art. 97, VI – somente lei estabelece exclusão, suspensão e extinção
A. Moratória – Art. 152/CTN
· Postergação do prazo da obrigação principal 
A.1 Moratória Geral 
· Abrangente // efeitos automáticos
Ex: União prorroga prazo para pagamento de um tributo em 1 mês
I. Autônoma – Art. 152, I, a
II. Heterônoma – Art. 152, I, b
· Concede moratória de tributo alheio
Pergunta: Pode a União decretar moratória de tributo estadual?
· Art. 152, I, b/CTN
Pergunta: Esse dispositivo foi recepcionado?
· Art. 151, III/CF
(!) Vanessa Siqueira – Het. tem fins econômicos e não tributários
· União agindo como República Federativa // constitucional
A.2 Individual
· Concessão na via administrativa // solicitação do contribuinte
· Autoridade atesta e despacha a favor ou contra
Ex: Parcelamento de um tributo; Prorrogação de ICMS
Atenção! Moratória Parcelada ≠ Parcelamento 
· Até 2002: Parcelamento = moratória parcelada
· LC 104/02 incluiu o inciso VI no art. 151
· Art. 151, VI não revogou Art. 153, III, b
(!) Ricardo Alexandre
· Moratória - Evento extraordinário e não há punição ao sujeito passivo
· Parcelamento - Medida corriqueira de política tributária. Há em juros e multa
· Ordinária – IPTU, IR
· Extraordinária – REFIS
· Moratória não tutela em caso de dolo, fraude ou simulação – art. 154, §único
· Revogação da moratória individual – Art. 155
· “Revogação” // não há direito adquirido
· Anulação
· Cassação
· Valor acrescido de juros
· Moratória e Covid-19
· Situação econômica, natural social extraordinária // dificuldade do cumprimento natural
· Exige lei // crédito constituído 
· Hipótese de suspensão 
· Crédito vencido ou vincendo // impede efeitos da mora pelo prazo determinado
· Geral ou individual
Obs.: Prorrogação // Diferimento 
· Alteração do prazo por legislação tributária - art. 96/CTN
· RE 140669 – STF // SV 50
· Tributo não vencido
· Resolução que prorrogou vencimento de tributos do SIMPLES e IR
· Diferimento é apenas geral
B. Depósito do montante integral – Art. 151, II
· Via administrativa ou Judicial = Questionamento ao lançamento
· Valor total em dinheiro – Súmula 112/STJ
· Entrega de bens não suspende // garantia do juízo em AEF – art. 11/LEF
· Art. 206/CTN – Certidão Positiva com Efeito Negativo
Obs.: Contribuinte quer certidão positiva com efeito negativo. Fase administrativa já acabou. 2010
· Direito não é muito bom para liminar // Fisco tem 5 anos pra ajuizar (2015) // Certidão positiva 
· Contribuinte em AEF garante o juízo (bem) e obtém Certidão Positivo com efeito negativo
· Fisco ainda não ajuizou 
· Contribuinte pleiteia uma cautelar satisfativa // não há ação principal (AEF)
· Garantir antecipadamente o juízo de uma futura AEF para obtenção da certidão positiva com efeito negativo
· Não há discussão de mérito nesta cautelar 
· STJ admite cautelares para esse fim // não há suspensão da exigibilidade // certidão positiva comefeito negativo
Atenção! Deposita-se o valor cobrado pelo Fisco
· Principal + juros + multa + correção
· Depósito Integral após ajuizamento da AEF: honorário (STJ)
Pergunta: Condicionar o direito de ação ao depósito ofende acesso PJ? 
· Art. 151, I a VI
· Efeito automático na suspensão: direito subjetivo - RESP 196.235/STJ 
Pergunta: Por que usar o integral se há recurso adm ou liminar no PJ?
· Efeitos do inadimplemento // cessa fruição de juros // mora – art. 32/LEF
· Decisão favorável: levanta dinheiro corrigido (SELIC)
· Decisão desfavorável: conversão em renda // extinção do crédito (art. 156, VI)
· Via Judicial
· Não há ação específica // depósito no curso da ação que questiona o tributo
Ex: ação declaratória, deposita na declaratória. Entrou com MS, deposita no MS.
· DMI é direito exercível a qualquer momento/grau de jurisdição 
· Não é necessário depositar com a Inicial
· Possível solicitar guia em grau recursal 
· Valor é integral // quanto maior a demora para depósito, maior o valor final
· Via administrativa 
· Junto ao Tesouro // Processo administrativo Fiscal - PAF
· Lei do PAF determina o procedimento 
· Impugnação administrativa + Depósito // procedimento regular
Atenção! SV 28 – Depósito é faculdade // inexiste obrigatoriedade
Atenção2! Depósito é a garantia do crédito
· Não pode ser levantado até sentença de mérito // Valor fica no juízo até o final da ação
· Ação tributária pode levar décadas // dinheiro ficará “preso”
· Contribuinte opta por cautelar satisfativa // entrega coisa 
· STJ ação extinção sem análise de mérito // Fisco “ganhou” // Levanta o valor
· Julgamento sem mérito // causa extintiva recai sobre contribuinte 
Ex: abandonou o feito, propôs perante juízo incompetente, não tinha legitimidade para propor.... 
· Contribuinte precisa comprovar que está na exceção e que não deu causa à extinção ERESP 215589
Obs.: DMI não se confunde com Ação de Consignação
· DMI – hipótese de suspensão
· Consignação – ação de reconhecimento de dívida // extinção
Obs2.: DI em lançamento por homologação. Quem faz o cálculo?
· Contribuinte deposita o valor que acredita ser o total devido 
· Fisco analisa e pode solicitar a diferença apurada para fins de complementação do DI
C. Recurso em Processo Administrativo Fiscal – PAF
· Impugnação administrativa com efeito suspensivo automático
· Não se aplica “solve et repete” – SV 21
Atenção! Não existe duplo grau em instância administrativa
· Conselho de Contribuinte ou CARF (2ª instância) 
· Recurso de ofício ou voluntário
· Havendo segundo grau na via administrativa não se pode exigir caução ou depósito
· Violar-se-ia isonomia entre contribuintes // ampla defesa // Quem não tem dinheiro não poderia recorrer 
D. Liminar em Mandado de Segurança
· Art. 7, III/12016 – Despacho inicial detém ordem para suspender o ato // 120 dias
Obs.: Liminar não tem como requisito a existência do crédito
· Impede a Exigibilidade ou Suspende a Exigibilidade
· Lançamento para impedir a decadência 
Atenção! Liminar cassada // decisão retroage à data do vencimento
· Acréscimo moratório é desde o vencimento
· MS + DMI // obstar fruição de juros caso a liminar seja cassada em Agravo ou Sentença
· Súmula 405/STF e RESP 1011609
Pergunta: Juiz pode condicionar liminar ao depósito do valor em juízo?
· Efeito é automático
· Efeito suspensivo condicionado ao depósito: indeferimento da liminar – STJ: RMS 3881
E. Concessão de Liminar em outras ações judiciais
· Liminar em ação que não o MS
· Qualquer tutela de urgência do CPC
Pergunta: Por que criar nova hipótese de liminar?
F. Parcelamento
· Incluída pela LC 104/01
· Medida de política fiscal para recuperar créditos e criar condições de pagamento
· Cada unidade federada estabelece suas formas e condições
· Parcelamento não exclui a incidência de juros e multas, em regra
Obs.: Lei não pode delegar a decretos alguns elementos do parcelamento – ADI 2304
· Tributo abarcado pelo parcelamento
· Contribuinte que pode parcelar (todos ou somente alguns?)
· Número de parcelas 
· Condições do parcelamento (eventuais garantias exigidas) 
Ex: parcelar crédito judicial tem que garantir o juízo
· Vencimentos das parcelas
· Autorização legal para dividir o crédito tributário em parcelas
· Pode ou não trazer benefícios fiscais
Ex: Remissão ou desconto de multas e juros
· Parcelamento = crédito suspenso
· Adesão ao programa impede cobrança administrativa ou judicial
· Interrompe também prescrição // confissão – art. 174, §único, IV/CTN
· Condições de pagamento facilitado // ingresso de recursos 
· Utilização cautelosa // desincentivo ao pagamento regular
Obs.: Atos normativos para evitar rompimentos/rescisão do parcelamento
· Pandemia // Manutenção dos efeitos do parcelamento 
· Política de solidariedade fiscal // inadimplemento não foi desídia
· Parcelamento especial – Art. 155-A, §§ 3 e 4 c/c art. 191-A/CTN
· Parcelamento de crédito de empresa em situação de recuperação judicial
· Empresa tem direito a um parcelamento diferenciado
· Recuperação judicial // apresentação de quitação de tributos – CND ou CPEN
· Fisco não se submete ao processo de recuperação ou processo de falência // recebimento por AEF
· Recuperação a empresa negocia com os credores privados
· Com credor público obtém uma suspensão da exigibilidade ou adere a um parcelamento 
· Facilitar a obtenção da positiva com negativa o CTN prevê um parcelamento especial 
· Lei 13043/2014 - Art. 43 (âmbito federal)
· Parcelas não fixas // Primeiras parcelas são menores e nas ultimas o valor é maior 
· Empresa se recupera e pode pagar mais nas parcelas
Obs.: Se ente subnacional não tiver lei própria
· Adota o nº de parcelas da lei federal (nº de parcelas não pode ser inferior ao federal)
· Condições do parcelamento comum existentes no ente (competência tributária) 
· Combina leis quando não há lei de parcelamento específica (federal + ente)
Ponto 3 – Extinção do crédito
· Conceito e características
· Tipos de extinção
· Pagamento;
· Compensação;
· Transação;
· Remissão;
· Prescrição e a decadência;	
· Conversão de depósito em renda;
· Entre outros
Extinção
· Extinção do crédito = em extinção do tributo – art. 113, §1/CTN
Art. 3/CTN: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”
· Instituto da extinção é regulado pelo art. 156/CTN
· Formas de extinção estão elencadas no art. 156/CTN 
· Rol é taxativo por força do art. 141/CTN
Obs.: Art. 157/CTN – penalidade não ilide o pagamento do crédito
Obs2.: Art. 158/CTN – pagar última parcela não pressupõe quitação do tributo
Pagamento
· Causa natural da extinção; sujeito passivo quita o valor devido
Pergunta: Pagar significa entregar dinheiro? 
· Pagar significa cumprir a obrigação no tempo, modo e local correto 
· Falar em pagar envolve três preocupações: tempo, lugar e modo
· Tempo
· Prazo do pagamento; Lapso temporal para adimplir a obrigação 
· Legislação tributária estabelecer 
· Sendo omissa adota-se prazo de 30 dias da notificação do lançamento – art. 160
· 
Obs.: Notificação pode ser legal 
Ex: ICMS – contribuinte calcula e recolher o tributo
Obs.: Desconto concedido pra efetuar um pagamento: Art. 160, §único
· Remissão parcial => Por lei: Art. 160, §un c/c art. 97, VI
· Lugar
· Art. 159 sendo a lei omissa deve ser pago na repartição competente
· Legislação tributária o define
· Atualmente é irrelevante => pagamento online e bancos // ordem de pagamento
· Art. 159 c/c art. 7,§3/CTN
 - 	 Modo
· Pagamento tem que ser feito de forma integral – art. 161 
· Sobre a diferença recai juros e multa 
· Art. 157 - Multa não elimina, suprime o pagamento do tributo
· Pagamento = obrigação principal + penalidades + juros + correção
· 
· É dever do contribuinte manter sob sua posse os comprovantes de pagamento até a prescrição dos créditos – art. 195, §único/CTN
Atenção! Obrigação pode ser portável ou quesível· Obrigação tributária é Portável - Devedor vai até o órgão responsável pelo tributo para a quitar
Pergunta: O que é mora?
· Cumprimento defeituoso da obrigação, tempo, modo ou lugar
· Inadimplemento relativo
· Retardo impõe repercussões: juros e multa
Atenção! A mora no direito tributário é ex re! 
· Não é preciso constituir o sujeito passivo em mora (ex persona) 
· Descumprimento gera a mora automaticamente - Art. 161/CTN.
· Pagamento indevido e repetição
· Pagou a mais = direito a devolução: via adm ou judicial
· Art. 165/CTN – A repetição independe da modalidade do pagamento
· Não interessa quem calculou e se foi pago com ou sem erro 
· Alegou e provou que pagou a mais = repetição
· Obrigação tributária é ex lege => Vontade das partes é totalmente irrelevante
Obs.: Repetição engloba juros e multa
· Valor pago a mais é devolvido atualizado
· Restituição do tributo indireto
· Tributo pode ser analisado sob a ótica direta e indireta 
· Direto o sujeito passivo o suporta e no indireto ele o transfere
· Classificação sob a ótica econômica
 
(!) Rubens Gomes de Souza: Art. 166 - autorização legal expressa para transferir
· Todo tributo tem carga econômica transferível
· Transferência com aval legal é faculdade 
· Contribuinte de direito pode optar por não repassar
· Tributos indiretos: ICMS, IPI e ISS
Pergunta: Excesso é pago por quem transfere ou por quem suporta o ônus?
· Art. 166 exige comprovação da não transferência ou da autorização do contribuinte de fato
· Não preenchendo o cenário ocorre o locupletamento pelo Estado
· Enriquecimento indevido, mas válido e legítimo
Atenção! No tributo indireto existe o direito a restituição
· STF entendia que não havia
· CTN superou a jurisprudência admitindo nos termos do art. 166/CTN
Pergunta: Contribuinte de fato com a posse da nota fiscal pode exigir a restituição?
· STJ não admite => Contribuinte de fato não está na relação jurídico-tributária
· Parte ilegítima
· STJ em casos de concessão de serviço público passou a aceitar
· Há previsão legal expressa na qual o concessionário repassa o valor dos tributos
· STJ admitiu que contribuinte de fato pleiteasse a repetição – AgRg 1365535
· Imputação ao pagamento
Pergunta: O que é imputação ao pagamento no direito civil? 
· Art. 163/CTN – Impõe a ordem de pagamento
· Direito Civil: devedor imputa
· Direito tributário: autoridade administrativa imputa com base na lei 
 
· Imputação perde importância em razão da rede bancária
· Sujeito passivo elege e paga o título que quer 
 
· CTN estabelece:
1) Crédito próprios prevalece sobre crédito fruto de responsabilidade tributária; 
2) Prioriza espécies tributárias entre si; 
3) Critério de prazo prescricional (prazo prescricional tem prioridade);
4) Valor mais elevado
Ex: Sujeito passivo deve tributos pela prática de um determinado FG
· Crédito próprio, mas é mais de um
· São créditos de mesma natureza ou natureza distinta? Mesma natureza
· Crédito próprio e mesma natureza. 
· Verifica-se prazo prescricional. Tendo o mesmo prazo
· Valor mais elevado
Compensação
· “Encontro de contas” // “elas por elas” até o montante comum 
· Direito civil: ocorre automaticamente
· Direito tributário: nos termos do art. 170/CTN
· Via adm ou Judicial
· Dinheiro ou crédito
· Lei: cada ente político cria a compensação 
· Tributos de mesma espécie ou espécies diferentes // eleição do legislador
P: Lei pode prever compensação de um crédito tributário com um serviço a ser prestado em saúde?
Ex: Clínica/Hospital devem ISS (crédito / certificado de crédito) – Projeto corujão em SP
Ex2: Hotel deve ISS // permite uso do salão/auditório (crédito / certificado de crédito)
R: Município em vez de pagar em dinheiro paga com crédito tributário que teria a receber
Atenção! Necessário ser hipótese de dispensa/inexigibilidade de licitação
· Requisito do CTN: crédito líquido, certo, vencido ou vincendo
Obs.: Não precisa ser crédito tributário (lei define)
Obs2.: Não havendo lei de compensação não se compensa
· Âmbito federal há a lei 8383/91 (tributo de mesma espécie)
Ex: Município do Rio não tem lei de compensação tributária para IPTU 
· Compensação para alguns casos de ISS
· Estado do Rio não tem lei de compensação do IPVA, mas há para o ICMS
· Prazo para compensar: STJ - Prazo da repetição
Súmula 212: Não se compensa crédito por liminar // Compensação gera extinção
Súmula 213 – MS reconhece o direito subjetivo à compensação prevista em lei
· Valores, o que se compensa, requisitos, efetivação da compensação não cabe em MS
Súmula 460 – MS não pode convalidar compensação em tributo sujeito a homologação
· Lançado por homologação // Lei autoriza que o sujeito passivo faça a compensação 
· Sujeito passivo “lança” em seus livros os créditos e abate os débitos // compensa 
· Declara à Fazenda o que foi compensado. Fazenda homologa ou não
· Contribuinte lança, compensa, envia à Fazenda que concorda ou rejeita 
· Rejeitando, lança a diferença // 5 anos de prazo decadencial
· Separação de poderes // Executivo homologa e não ao PJ
· PJ analisa após atuação do executivo para fins de resguardar legalidade ou constitucionalidade
· 
Súmula 461 – Precatório ou Compensação
· Repetição de indébito: Compensar (previsão legal) ou solicitar expedição de precatório
P: Posso compensar crédito com precatório?
A. EC 30/00 => Art. 78, §2/ADCT 
· Ente interromper o pagamento de precatório parcelado
· Ente teria que editar lei permitindo a compensação // Nenhum ente criou a lei
B. EC 94/16 => Art. 105/ADCT
· Outra forma de compensação de precatório parcelado // Impõe obrigatoriedade de criação da lei
C. EC 99/17 => §§ 2 e 3, art. 105/ADCT
· Exceção ao art. 170/CTN // Se ente não fizer a lei no prazo da EC há compensação por força CF
· Compensação sem lei // direito subjetivo sem lei
· Tributo sujeito à homologação
· Contribuinte abate crédito com precatório e Fazenda homologa
· Tributo lançado de ofício ou declaração
· Como compensar com precatório se o crédito é expedido e calculado pelo Fisco?
Ex: Carnê do IPTU chega “cheio”
· Solicitação pela via adm ou Poder Judiciário – MS // Súmula 213
Transação – Art. 171/CTN
· Acordo entre credor/devedor // concessões mútuas para findar litígio
· Necessário lei
· Lei indica a autoridade (chefe do Executivo ou Secretário/Ministro)
· Litígio adm ou judicial
· Não cabe transação para prevenir litígio
· Crédito tem que ser questionado para possível transação
 
Obs.: Refis tem um viés de transação
· Contribuinte: abre mão das impugnações, confessa dívida
· Fisco: abre mão de percentuais (multa e juros) e faz pagamento parcelado
Obs2.: MP 899 => Lei 13988/2020
· Regulamenta a transação a nível federal
1. Individual – proposta pelo contribuinte
2. Adesão – proposta pelo Fisco via edital
· Lei admite transação se a disputa for administrativa
1. Lei não prevê transação como instituto de prevenção de litígio
· Contribuinte descumpre os termos da transação:
1. Rescinde-se a transação
2. Restaura-se o crédito original
Obs3.: Portaria Normativa 247 do Ministério da Economia
· Crédito sob relevante e disseminada controvérsia jurídica
· Pequeno valor
Obs4.: Portaria da PGFN 14.402/20 – Transação especial // COVID-19
· Impõe transações quando contribuinte comprovar impactos econômicos pelo COVID
· Efetivação da justiça fiscal
Remissão
· Perdão do crédito – art. 172/CTN
· Não há discricionariedade => Lei autoriza // total ou parcial
· Perdoa-se crédito que existe // lançado/constituído
Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I - à situação econômica do sujeito passivo;
· Capacidade contributiva do contribuinte
II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;
· Leis não abordem o que seria
III - à diminuta importância do crédito tributário;
· Princípio da economicidade // cobrança custar mais do que a dívida // Adam Smith
Atenção! Lei promove remissão // Lei tambémprevê valor mínimo para AEF
IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;
· Justiça fiscal
V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
· Calamidade que afete questões econômicas
Cuidado! Três institutos do direito tributário que são parecidos: remissão, isenção e anistia // efeito 
1. Remissão – Extingue o crédito. Atinge tributo ou penalidade
2. Isenção – Exclusão do crédito. Atinge somente tributo
3. Anistia – Exclusão do crédito. Atinge somente penalidade
P: Lei fixou um benefício. Como saber se é remissão, isenção ou anistia? 
· Lei não é técnica // nome dado é irrelevante // conteúdo jurídico
· Remissão perdoa crédito // Crédito => Lançamento ou Lavratura do auto de infração
· Isenção exclui/impede o lançamento // Crédito não é constituído/lançado
· Anistia exclui/impede lavratura do auto // Penalidade não é constituída
Conversão do depósito em renda
· Consequência do depósito do valor integral 
· Depósito era a garantia do fisco receber
Decisão administrativa irreformável em âmbito administrativo
· Jurisdição Una 
· Decisão irreformável => Favorável ao contribuinte e prejudicial ao fisco
· Sendo o oposto => Inafastabilidade do PJ
· Fruto da impugnação administrativa // Suspensão da exigibilidade
Decisão judicial transitada
· Decisão judicial transitada
· Não há mais recursos
· Sendo favorável ao contribuinte => Extinção
 
Pagamento antecipado e homologação
· Sujeito passivo calcula o valor a ser pago e fisco homologa
· Pagamento antecipado extingue o crédito sob condição resolutória 
· Homologação que extingue o crédito
Art. 3o Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1o do art. 150 da referida Lei.
Consignação em pagamento julgada pela procedência
· Forçar o pagamento para obter a quitação do tributo – art. 164/CTN
· Credor está obstando a quitação ou há dúvidas sobre a quem pagar
· 
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal;
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
Obs.: Consignação apenas judicial
Obs2.: Consignação não impede juros // Consigna-se o valor que o contribuinte acha devido
Atenção! Consignação ≠ Depósito do montante integral
· DMI - Suspender o crédito porque se questiona o valor lançado // obsta juros
· CPJP – Objetiva-se a extinção do crédito 
· Não obtendo provimento favorável => Pagamento não se reputa efetuado => Acréscimos legais – §2
Dação em pagamento em bem imóveis
· Dar coisa distinta da “pactuada” // bem imóvel
· Fisco pode aceitar bem imóvel (se houver lei do ente)
· STF sempre admitiu antes mesmo da alteração do CTN
· Ente pode perdoar dívida tributária (remissão) poderia aceitar algo diverso se houvesse lei prevendo
· Art. 156/CTN não é taxativo // exemplificativo
P: Pode o Fisco aceitar serviço ou bem móvel no lugar do crédito?
Ex: Hospital privado fornecer leitos de UTI no lugar de crédito tributário
Ex2: Indústria têxtil fornecer máscaras de proteção
Ex3: Laboratório particular fazendo testagem de exames de COVID-19
· ADI 1917/STF => Violação ao princípio licitatório (2003)
· Bem imóvel na lei 8.666 é hipótese de dispensa de licitação. Bem móvel não.
· ADI 2405/STF => Somente prescrição e decadência exigem LC (2006)
· Ente subnacional pode por lei criar outras formas de extinção
· STF: técnica legislativa tem que ser sofisticada
· Dação exige análise de interesse público
· Consentimento do Fisco: Lei 13259/16
· Portaria PGFN 32/2018 
· Lei não pode pré-autorizar senão é fraude a procedimento licitatório/principio da concorrência
Art. 1° As empresas do Distrito Federal classificadas como microempresas, empresas de pequeno porte e medias empresas cujas obrigações tributárias com a Fazenda Pública do Distrito Federal estejam inscritas na dívida ativa até a data da promulgação desta Lei poderão solvê-las mediante dação em pagamento exclusivamente de materiais destinados programas do Governo do Distrito Federal.
Art. 122 - Os créditos tributários inscritos como Dívida Ativa poderão ser extintos, total ou parcialmente, mediante dação de bens.
Parágrafo único - O disposto no “caput” fica condicionado à declaração do interesse da administração pública que será definida por resolução da Comissão de Dação em Pagamento. 
Art. 4º O crédito tributário inscrito em dívida ativa da União poderá ser extinto, nos termos do inciso XI do caput do art. 156 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional, mediante dação em pagamento de bens imóveis, a critério do credor, na forma desta Lei, desde que atendidas as seguintes condições
I - a dação seja precedida de avaliação do bem ou dos bens ofertados, que devem estar livres e desembaraçados de quaisquer ônus, nos termos de ato do Ministério da Fazenda; 
II - a dação abranja a totalidade do crédito ou créditos que se pretende liquidar com atualização, juros, multa e encargos legais, sem desconto de qualquer natureza, assegurando-se ao devedor a possibilidade de complementação em dinheiro de eventual diferença entre os valores da totalidade da dívida e o valor do bem ou dos bens ofertados em dação.
2º Caso o crédito que se pretenda extinguir seja objeto de discussão judicial, a dação em pagamento somente produzirá efeitos após a desistência da referida ação pelo devedor ou corresponsável e a renúncia do direito sobre o qual se funda a ação, devendo o devedor ou o corresponsável arcar com o pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios.
§ 3º A União observará a destinação específica dos créditos extintos por dação em pagamento, nos termos de ato do Ministério da Fazenda.
· Interessado => Proc. Adm
Art. 3, § 3º/Portaria 32: Se o bem ofertado for avaliado em montante superior ao valor consolidado do débito inscrito em dívida ativa da União que se objetiva extinguir, sua aceitação ficará condicionada à renúncia expressa, em escritura pública, por parte do devedor proprietário do imóvel, ao ressarcimento de qualquer diferença;
· Enriquecimento sem causa
LEF 6830 – art. 24, §ún
Se o preço da avaliação ou o valor da melhor oferta for superior ao dos créditos da Fazenda Pública, a adjudicação somente será deferida pelo Juiz se a diferença for depositada, pela exeqüente, à ordem do Juízo, no prazo de 30 (trinta) dias.
Portaria foi além da Lei 13259/16
Decadência
· Impossibilidade de praticar ato adm de lançamento
· Lançamento: nome, valor e data do pagamento
· Lançamento constitui o crédito => Notificação para fins de defesa
· Fisco tem 5 anos para constituir crédito // Decadência não “extingue”
Atenção: Prazo para lançar é decadencial. Prazo para ajuizar é o prescricional
· Prazos decadenciais
A. Prazo Geral – Art. 173, I c/c art. 34/4320
· 1º dia do exercício financeiro seguinte 
· Aplicável a tributo lançado de ofício ou declaração
Ex: FG em novembro/2018 => 5 anos começam em 01/jan/19
Ex2: IPTU – FG é em 01/01/10 => 01/01/2011 + 5 anos (no ofício o Fisco já tem todas as informações e pode efetivar o tributo na data do FG). Prazo máximo para lançar vai a 01/01/16
Ex3: ITCDM (herança) não se conta da saisine/morte // prazo inicia com informação prestada pelo contribuinte
B. Anulação de lançamento por vício formal – Art. 173, II
· Autoridade que não tenha competência // notificação irregular 
· Lançou no prazo mas há vício de forma // Reabre-se o prazo de 5 anos da decisão
C. Antecipação da contagem – Art. 173, §único
· Atos preparatórios – Termo de Início de Fiscalização: TIF – Art. 196/CTN
Ex: Notificação para apresentação de documentos
· Lavraturade termo de início => sujeito passivo toma ciência => início do prazo
D. Lançamento por homologação – Art. 150, §4
· Marco temporal: prática do FG
(tema abordado dentro de lançamento)
Prescrição – art. 174
· Pressupõe lançamento // constituição definitiva
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva
P: Como se constitui crédito tributário?
· Lançamento => notificação
P: Quando o crédito estará definitivamente lançado?
· Ausência de impugnações / questionamentos – Súmula 622/STJ
· STJ: prescrição se conta a partir do vencimento
P: Qual é o prazo?
· 5 anos 
P: O que é atingido pela prescrição?
1. Apenas direito de ação // obrigação natural => “ação prescreve” - RLT
2. Direito ação / material => Art. 156, VI/CTN – Hugo de Brito
Crítica: CTN não é técnico // associa prescrição com decadência
P: Qual a consequência de adotar corrente 1 ou 2?
· Direito a restituição do crédito
· STJ – Resp 646328
· PGE/PGM – corrente 1
Pergunta: IPTU tem parcelamento de ofício (guias). Contribuinte não impugnou e não pagou nenhuma cota (não aderiu). Quando começa o prazo?
· Dia seguinte da cota única
· Pagando/impugnando => ausência de constituição definitiva
Pergunta: Qual a consequência de um parcelamento?
· Suspensão // Obsta prescrição 
· Não há que se falar em prescrição intercorrente administrativa
Atenção! Parcelamento voluntário efeito da suspensão é imediato
Ex: João aderiu ao parcelamento do IPTU. 8 cotas. Cota 1 vence em 01/02/10
1. João não pagou nada: Dia 02/02/15
2. João pagou fev/mar/abr. Não pagou a quarta 01/05: dia 02/05/15
Pergunta: O pagamento da primeira cota obsta prazo prescricional?
· Sim // Parcelamento gera suspensão
· Prescrição está impedida de tramitar em razão do parcelamento
Obs.: Parcelamento perde efeitos quando 3 parcelas não são pagas (regra)
· Cada ente tem sua lei de parcelamento
Pergunta : Contribuinte impugnou na via administrativa. Qual prazo o fisco tem para responder sob pena de ocorrer prescrição intercorrente?
· Súmula 622/STJ - não existe intercorrente administrativa // prazo tá suspenso
A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência para a constituição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso do prazo para a impugnação ou com a notificação de seu julgamento definitivo e esgotado o prazo concedido pela Administração para o pagamento voluntário, inicia-se o prazo prescricional para a cobrança judicial.
Pergunta: E o art. 5, LXXVIII/CF? Não se aplica a via administrativa?
· Lei não traz prazo máximo // Lei federal: 360 dias a contar de cada ato
· Prazo 360 dias não observado: MS
· Liminar satisfativa
· Aplicação da lei federal por analogia (prazo de 360 dias) para ente subnacional
· TJRJ: após 5 anos há prescrição intercorrente administrativa
· Norma Geral prevê prescrição / CTN não menciona
· Decreto 20910/32
Obs.: Prazo da intercorrente administrativa se conta da impugnação
Crítica: Consequência da jurisprudência => Acabar com o Conselho de Contribuinte
· Técnica errada! 
· Prescrição pune a inércia // Fazenda não pode agir 
· Impugnação administrativa => suspensão
Obs.: TJ aplica lei de processo administrativo geral para fins da intercorrente para Estado do Rio // lei de proc. Adm não é LC (norma geral)
Interrupção da Prescrição – Art. 174, §1
Art. 174, §único - A prescrição se interrompe:
1. Despacho / cite-se
· Alteração em 2005 // citação válida 
· STJ: alteração processual // aplica-se imediatamente
· Atinge as ações em curso propostas antes da alteração – RESP 999901
Ex: Ação ajuizada em 2004. Cite-se em 2005. “cite-se” em 2005 interrompeu.
· Súmula 414/STJ – citação por edital vale como mecanismo de interrupção
Obs.: Cite-se retroage a data da distribuição – Resp 1120295
Obs2.: Demora no cite-se por culpa exclusiva do PJ não afeta a Fazenda
· RESP 1102431 // Súmula 106/STJ // NCPC – Art. 240, §3
· Art. 8, §2/6830: Despacho do Juiz, que ordenar a citação, interrompe a prescrição.
Pergunta: Por que foi necessário alterar o CTN se a lei de execução fiscal prevê “despacho”?
· LEF é LO! Somente LC pode alterar pressupostos do CTN 
2. Protesto judicial
· Ato solene de inadimplemento // Medida judicial = não está inerte 
Pergunta: Protesto em cartório interrompe?
· CDA título executivo 
· Constitucional protestar CDA em cartório // Lei 9492 – ADI 5135
· Cobrança indireta de tributos sem usar AEF Vs Sanção Política (defesa contribuinte)
· STF: protesto não é sanção política // credor privado protesta título
Pergunta : Cobrar sem AEF é uma sanção política? (tese contribuinte)
· Súmula 70 – interditar estabelecimento por inadimplemento de tributo. Invade o direito de propriedade, a livre iniciativa sem devido processo legal. Logo, seria uma sanção política porque a atividade ficaria inviabilizada sem o devido processo.
· Súmula 323 – apreensão de mercadoria como meio coercitivo para quitação de tributo. Se não paga ICMS, não se pode pegar o bem da empresa. O devido processo legal seria a AEF. Atingiu o direito de propriedade.
· Súmula 547 – devedor de tributo não pode ficar impedido de emitir nota fiscal porque impede o exercício de uma atividade profissional. Estado estaria inviabilizando. Sanção política.
Pergunta: Quando a receita retém mercadoria (importação) é uma sanção política?
· Súmula 547 fala em “proibido o despachado de mercadoria na alfândega”
· Exportar não pode ser inviabilizado // atividade econômica
· Importar uma mercadoria que passará pela alfandega (valor faltando, valor que não corresponde a realidade)
· Não é sanção política // Apreensão é por questões não tributárias / administrativas
Ex: mercadoria que não tem origem
Pergunta: Protesto de CDA interrompe o prazo prescricional? 
· Não // CTN: protesto judicial
Pergunta: Se não interrompe qual a utilidade?
· Formas de cobrança sem ser AEF // Viável conjugar ambas
Ex: Valor baixo para fins de ajuizamento  
Pergunta: Precisa que a lei preveja a cobrança extrajudicial?
· Lei do protesto prevê a CDA e foi julgada constitucional – ADI 5135
· Não precisa ter lei do ente // Mas é interessante haver
· Transparência do Fisco // Processo mais objetivo
3. Qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor
· Redundância do II
4. Reconhecimento/confissão do sujeito passivo ainda que fora da justiça
· Reconhecimento judicial ou extrajudicial // Interrupção
Ex: Sujeito passivo promove parcelamento = reconhecendo a dívida
Ex: Pedido de compensação
Obs.: Interrupção no tributário pode ocorrer mais de uma vez
Ex: Participou de mais de um Refis – Reconheceu o débito mais de uma vez. Interrompeu mais de uma vez
Obs2.: Parcelamento suspende exigibilidade e Interrupção da prescrição
· Prazo não volta a transcorrer: crédito está suspenso
Pergunta: Contribuinte participa de um parcelamento voluntário. Fisco exige a confissão de dívida para participação. Assina termo. Obtém parcelamento. Interrompe ou suspende?
· RESP 1670543
· Interrompe o prazo em curso
· Suspende/impede seu novo curso
Suspensão da prescrição
· Apenas as causas do art. 151/CTN
Atenção! Lei 6830 – Art. 2, §3 e Art. 40
1. Art. 2, 3 – Inscrição em Dívida Ativa suspende prazo prescricional por 180 dias.
2. Art. 40 – Não encontrando o devedor após citação ou não encontrou bens na penhora o processo fica suspenso por 1 ano e durante esse prazo não corre prescrição.
RESP – 556664 // Prescrição apenas por LC
· Crédito não tributários – ex: Multa
· Prescrição Intercorrente Processual
· Ajuizamento dentro do prazo material 
· Processo ficou paralisado // não é apenas demorar // ausência de andamento
· STJ: RESP 1340553 // Art. 40, §4/LEF
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição
§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos
§ 4o Se da decisão que ordenaro arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato
· LEF é lei ordinária // questão processual e não material // Aplica-se a processo tributário
· Rito
1. Processo fica suspenso por 1 ano // arquivamento de no máximo 5 anos // prazo prescricional 
2. Após 5 anos do processo arquivado, de ofício, ouvida a Fazenda, desarquiva e declara a intercorrente processual 
A. Fazenda informa que tem que ser intimada // não encontrou devedor: intima-se. Não encontrou bem: intima-se Arquivou: intima-se. Desarquivou: intima-se
· PFN tenha ciência da paralisação do processo // adotar medidas necessárias 
· Sem intimação não há andamento processual // princípio do impulso oficial 
· Sem intimação // sem intercorrente STJ entendeu que:
B. STJ: Fazenda tem que ser intimada apenas para informar que não encontrou bens ou devedor
· Da intimação o prazo de 1 ano da suspensão e 5 anos do arquivamento ocorre automaticamente sem precisar notificar 
· Fazenda tem 6 anos para determinar citação ou pedir penhora // procurar bens // andamento processual 
· Suspensão do processo é automática
· Para decretar a prescrição oitiva/intimação da Fazenda (§4)
Obs.: Não há intercorrente se a Fazenda efetivar penhora
· Não basta pedido formal // penhora efetiva 
· Não efetivando o juiz pode reconhecer de ofício a prescrição.
STJ em relação a intercorrente processual:
1. Intimação para dizer que não se encontrou bens
· Suspende por 1 ano processo
· 5 anos de arquivamento (automático)
· Fisco tem 6 anos para efetivar a citação ou efetivar penhora
2. Não há intercorrente se houver penhora e não pedido de penhora
3. Fazenda deve ser intimada para falar sobre a prescrição intercorrente
· Provar que há penhora ou cláusula suspensiva do prazo prescricional
· Juiz pode fazer de ofício o reconhecimento da intercorrente sem intimar a Fazenda
· Pas de nulittés sans grief // Fazenda reclamar deve provar que tinha como obstar a prescrição
Atenção: SV 8 – Lei ordinária não pode tratar de prescrição

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