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Análise de Narrativas Orais



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Fazer teste: Semana 2 - Atividade Avaliativa 
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Despeito
“O marido era ciumento ou, como ela dizia, suspirando, “ciumentíssimo”. Se Marlene ria um pouco mais alto, pronto. Vinha o mundo abaixo. O fato é que ele achava a gargalhada da mulher quase uma demonstração de impudor. Marlene
esboçava um protesto:
— Mas que foi que eu fiz, criatura? Eu não fiz nada!
E ele, ressentido, quase ultrajado:
— Fez, sim! Quem ri desse jeito é gentinha!
Teve que eliminar a gargalhada dos seus hábitos. E, junto de Rafael, sofria de inibições tremendas, incapaz de olhar, de sorrir, de conversar com naturalidade. A família e as amigas estranhavam: “Que é que há? Você que era tão alegre”.
Respondia, com involuntária amargura: “Rafael é um caso sério!”. Em voz baixa, dizia para as amigas íntimas: “Não me dá uma folga. Faz uma marcação tremenda. Desconfia até de poste!”. Houve quem sugerisse:
— Não seja boba! Reaja!
Reagir como? E o que ninguém sabia, nem Marlene estava disposta a confessar, é que tinha medo do marido. Rafael possuía um desses temperamentos de ópera, de Cavalleria rusticana; era um bárbaro contido. Certa vez, fizera uma
ameaça concreta. Apertando entre as mãos o rosto da esposa, disse, falando quase boca com boca:
— Se me traíres um dia, eu te mato, juro que te mato!” (RODRIGUES, 1992, p. 172).
(...)
RODRIGUES, Nelson. A vida como ela é: o homem fiel e outros contos. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 172.
Leia o trecho de "Despeito", de Nelson Rodrigues, analise se as afirmações seguintes são Verdadeiras (V) ou Falsas (F) e escolha a alternativa correta:
I. ( ) O texto é um conto e é verossímil em sua construção de uma experiência de violência.
II. ( ) O texto é de uma crônica, portanto, baseia-se em um caso de domínio público.
III. ( ) O trecho apresentado é referente ao episódio da narrativa que constrói o conflito.
IV. ( ) O texto, por ser uma crônica, tem linguagem formal não lida com humor.
V. ( ) O texto é um conto e o trecho apresenta duas personagens centrais na narrativa.
A. F - F - V - V - V
B. V - V - V - F - F 
C. V - F - F - F - V
D. V - F - V - F - V
PERGUNTA 1 3,34 pontos   Salva
Leia a seguir uma narrativa oral recolhida por Thaila Bastos da Fonseca e Veronica Prudente Costa, para sua pesquisa intitulada NARRATIVAS AMAZÔNICAS: REPRESENTAÇÕES DO MITO DO BOTO NAS NARRATIVAS DOS
MORADORES ANTIGOS DA COMUNIDADE DA MISSÃO TEFÉ-AMAZONAS:
Certo dia uma família vinha atravessando o rio debaixo “dum” temporal medonho, como a canoaera pequena não conseguiram continuar a viagem e a canoa acabou se alagando, com o acidente só conseguiram salvar-se os dois filhos e a esposa, o pai das
crianças desapareceu misteriosamente no rio. Por vários dias a mulher e os filhos choraram inconsoladamente a perca do ente querido. Certo dia, o homem apareceu do nada no meio do rio e começou a conversar com um pescador que ali remava. O estranho que
ele só apareceu da cintura para cima, a metade do corpo permanecia o tempo todo dentro da água. O pescador ouvia atentamente o que o homem lhe falava:
– Após o acidente, um boto acorrentou-me pelos pés, para que eu não pudesse escapar.
– E o que há lá pro rumo debaixo?, perguntou o pescador.
– Lá no fundo do rio há uma grande cidade, onde os botos são os grandes senhores das profundezas.
Quando o boto chegava a casa, ele retirava seu anel e transformava-se em homem como nós. Meu avô que era pescador e ouviu essa história daquele homem sofrido falou também que um dia o homem criou coragem, quebrou a corrente e colocou o anel do boto
em seu dedo, assim transformando-se em um boto encantado.Com isso, ele teve a chance de visitar sua família na superfície, explicar que fora encantado pelo boto e depois voltou para o rio, pois lá era seu novo lar (entrevista realizada dia 29 de Outubro de
2017). 
FONSECA, T. B. de; COSTA, V. P. Narrativas amazônicas: representações do mito do boto nas narrativas dos moradores antigos da comunidade da Missão Tefé-Amazonas. Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, Florianópolis, v. 17, p.1-19, 2020.
Disponível em: https://doi.org/10.5007/1807-1384.2020.e70131. Acesso em: 21/12/2023.
Considerando que as narrativas orais costumam estar organizadas em blocos de síntese, orientação, episódio inesperado, avaliação e solução, escolha a alternativa que relaciona corretamente um desses blocos a um trecho da narrativa
acima:
a.
SÍNTESE:
Certo dia uma família vinha atravessando o rio debaixo “dum” temporal medonho, como a canoaera pequena não conseguiram continuar a viagem e a canoa acabou se alagando, com o acidente só conseguiram salvar-se os dois filhos e a esposa, o pai das
crianças desapareceu misteriosamente no rio. Por vários dias a mulher e os filhos choraram inconsoladamente a perca do ente querido.
b. ORIENTAÇÃO:
Certo dia, o homem apareceu do nada no meio do rio e começou a conversar com um pescador que ali remava. O estranho que ele só apareceu da cintura para cima, a metade do corpo permanecia o tempo todo dentro da água. 
c. AVALIAÇÃO: 
Com isso, ele teve a chance de visitar sua família na superfície, explicar que fora encantado pelo boto e depois voltou para o rio, pois lá era seu novo lar 
d. SOLUÇÃO: 
Quando o boto chegava a casa, ele retirava seu anel e transformava-se em homem como nós. Meu avô que era pescador e ouviu essa história daquele homem sofrido falou também que um dia o homem criou coragem, quebrou a corrente e colocou o anel do
boto em seu dedo, assim transformando-se em um boto encantado. 
e. EPISÓDIO INESPERADO:
– Após o acidente, um boto acorrentou-me pelos pés, para que eu não pudesse escapar.
– E o que há lá pro rumo debaixo?, perguntou o pescador.
– Lá no fundo do rio há uma grande cidade, onde os botos são os grandes senhores das profundezas.
PERGUNTA 2 3,33 pontos   Salva
“Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. 
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. 
O favo do jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. 
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas”. 
(Iracema, José de Alencar) 
 
Aqui está um trecho da obra Iracema, escrita por José de Alencar no ano de 1865. Esse romance faz parte do movimento literário chamado Romantismo, que se instalou no Brasil no século XIX. Um dos dos principais acontecimentos históricos que contextualizam
seu fortalecimento são a chegada da Família Real em território brasileiro e o fortalecimento de uma nova elite, o que provocou uma série de mudanças no país. 
Diante disso, assinale a alternativa correta sobre o Romantismo no Brasil. 
a. O Romantismo não influenciou a ideia de nação e a ideologia trazida por autores como Alencar não influenciaram os caminhos tomados pelas instituições na construção do Estado brasileiro. 
b. O Romantismo foi um movimento que prezou pelo tratamento de temas amenos e não esteve relacionado com questões sociais, políticas e ideológicas. 
c. O Romantismo pode ser entendido mesmo sem a perspectiva historiográfica, uma vez que os romances e poemas não discutem aspectos da sociedade brasileira. 
d. O Romantismo se desenvolveu no Brasil dando ênfaseà mestiçagem, à natureza, ao herói, porém, seguiu com o silêncio sobre a escravização, o que é um problema, pois esse movimento literário influenciou a construção social e a ideia de nação para o
Brasil. 
e. O Romantismo, mesmo dando ênfase à problemática da escravização, influenciou a ideia de nação no Brasil.
PERGUNTA 3 3,33 pontos   Salva
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