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Prévia do material em texto

6 ANO
língua portuguesa
caderno de prova
simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB
 
 
 
1. Você está recebendo um Caderno de Questões de Língua Portuguesa e uma Folha de Resposta. 
2. O Caderno de Questões contém 25 questões. 
3. Você terá 60 minutos para finalizar o simulado. 
4. Preencha seu nome completo no Caderno de Questões e na Folha de Resposta. 
5. Leia com atenção antes de responder às questões e marque suas respostas no Caderno de Questões. 
6. Você poderá utilizar os espaços em branco do Caderno de Questões para rascunho. 
7. Cada questão tem uma única resposta correta. 
8. Procure não deixar questões sem resposta. 
9. Reserve os últimos 10 minutos do simulado para preencher a Folha de Resposta, utilizando caneta 
esferográfica de tinta azul ou preta. 
10. Siga o modelo de preenchimento existente na própria Folha de Resposta. 
11. Entregue a Folha de Respostas para o aplicador antes de deixar a sala. 
12. Aguarde o aviso do professor para começar o simulado. 
 
 
 
 
Dois preguiçosos estão sentados, cada um na sua cadeira de balanço, sem vontade nem de balançar. Um deles diz: 
— Será que está chovendo? 
O outro: 
— Não sei. 
— Acho que está. 
— Será? 
— Não sei. 
— Vai lá fora ver. 
— Eu não. Vai você. 
— Eu não. 
— Chama o cachorro. 
— Chama você. 
— Tupi! 
O cachorro entra da rua e senta entre os dois preguiçosos. 
— E então? 
— O cachorro tá seco... 
Luis Fernando Verissimo. Os preguiçosos. In:______. O Santinho. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2002. © by Luis Fernando Verissimo. 
Pode-se inferir a partir da última frase do texto que 
(A) os preguiçosos descobrem que não está chovendo na rua. 
(B) um dos preguiçoso irá à rua verificar se está chovendo. 
(C) os preguiçosos não podem concluir se está chovendo. 
(D) o cachorro estava dentro de casa antes de ser chamado pelo preguiçoso. 
 
O primeiro selo reconhecido oficialmente pelos historiadores surgiu na Inglaterra em 1840. Naquela época, enviar 
cartas era um processo caro e demorado, com as tarifas dependendo do peso da correspondência e da distância até 
o destinatário, sendo calculadas por meio de fórmulas complicadas. 
 
Antes de receber sua carta, o destinatário tinha que pagar pelo serviço — e muitos se recusavam a fazer isso, dando 
prejuízo aos correios. 
 
Para resolver o problema, o educador e administrador Rowland Hill elaborou uma proposta de reforma postal. Ele 
sugeriu a redução das tarifas e a adoção de um preço uniforme, independentemente da distância entre remetente e 
destinatário. O valor também só seria cobrado na hora da postagem, sendo que um pequeno papel autoadesivo 
colado ao envelope comprovaria o pagamento. [...] 
 
Quando e onde surgiu o primeiro selo de correio? Mundo Estranho. São Paulo: 
Abril Comunicações S/A, n. 12, fev. 2003. p. 49. 
 
O texto anterior tem como finalidade 
(A) informar o leitor sobre o contexto de surgimento do selo. 
(B) diferenciar os selos utilizados até 1840 dos selos atuais. 
(C) criticar os destinatários que não pagavam pelo serviço dos correios. 
(D) enfatizar as dificuldades enfrentadas pelos correios após a invenção do selo. 
 
 
 
O desafio, também chamado de peleja ou cantoria, tem sua origem na Grécia, em meados do século VIII a.C. Durante 
o Império Romano (aproximadamente do século III a.C. até IV d.C.), não teve grande notoriedade. Só por volta do 
século XIV ele ressurge de forma expressiva na França. 
[...] 
Por serem cantados, os desafios são acompanhados de instrumentos musicais. Na Idade Média, os cantadores 
usavam o alaúde (instrumento semelhante ao violão, de formato arredondado, que lembra uma pera cortada ao meio). 
No Brasil, instrumentos como a viola e a rabeca (espécie de violino) são usados no Nordeste brasileiro; e a sanfona, o 
acordeão e o realejo, no Rio Grande do Sul. 
 
 Luís da Câmara Cascudo. Vaqueiros e cantadores. Belo Horizonte: Itatiaia/São Paulo: Editora da USP, 1984. p. 177-212. 
 
No texto, a viola, a rabeca, a sanfona e o acordeão são apresentados como exemplos de instrumentos utilizados em 
(A) competições de improvisação na França. 
(B) festas populares medievais. 
(C) eventos cívicos do Império Romano. 
(D) desafios de cantoria no Brasil. 
Certa noite, três anos atrás, aconteceu algo impressionante. Meus pais haviam saído e eu fiquei em casa com minha 
irmã, Beth. Depois do jantar, fui para o quarto montar um quebra-cabeça de 500 peças, desses bem difíceis. 
Faltava um quarto para a meia-noite. Eu andava à procura de uma peça para terminar a metade do cenário quando 
senti um ar gelado bem perto de mim. As peças espalhadas pelo chão começaram a tremer. Vi, arrepiado, cinco delas 
flutuarem e depois se encaixarem bem no lugar certo. Fiquei tão assustado que nem consegui me mexer. [...] 
 
Flavia Muniz. Recado de fantasma. Nova Escola. São Paulo: abr./ago. 2004. p.13. v. 1. Edição Especial: Contos para crianças e adolescentes. 
A expressão “que nem”, destacada na última frase do texto, indica uma relação de 
(A) concessão. 
(B) contrariedade. 
(C) causa e consequência 
(D) complementariedade. 
 
 
Meu pai e minha mãe acreditavam que presente bom para filho era livro. 
 
Meus colegas de Grupo Escolar — era assim que se chamava a escola primária do meu tempo — não achavam isso, 
não. Eles gostavam era de carrinho, boneco de corda, bicicleta, piorras, bolas de futebol... 
[...] 
 
Ziraldo Alves Pinto. Meu amigo mais antigo. Especial para a Folhinha, publicado no jornal Folha de S.Paulo. São Paulo, 13 set. 1997. Fornecido 
pela Folhapress. 
Os travessões presentes no segundo parágrafo do texto têm como função 
(A) iniciar a fala da personagem. 
(B) indicar uma mudança de interlocutor. 
(C) destacar a expressão “Grupo Escolar”. 
(D) intercalar duas sentenças. 
 
O detetive pergunta: 
— Alguma pista? 
— Nada. 
— Nem um fio de cabelo? 
— Nem um. 
— Ótimo! Vão lá e prendam o careca! 
 
Ziraldo Alves Pinto. Novas anedotinhas do bichinho da maçã. São Paulo: Melhoramentos, 1988. Quarta capa. 
O efeito de humor presente no texto anterior baseia-se na 
(A) inexistência de argumentos do detetive para incriminar o careca. 
(B) inconsistência da conclusão do detetive. 
(C) contradição entre as falas dos personagens. 
(D) alternância entre frases interrogativas e afirmativas. 
A internet surgiu em 1969 por meio da Arpanet, uma rede de pesquisas avançadas do Departamento de Defesa dos 
EUA. O objetivo era garantir a segurança das informações do governo norte-americano em caso de acidente nas 
redes de comunicações. O sistema era usado exclusivamente para projetos estratégico-militares. Percebendo que o 
sistema poderia ser útil para outras pesquisas, a internet começou a ser disponibilizada para ser usada nas 
universidades norte-americanas. A partir de 1990, foram criados sites com assuntos mais variados e menos 
específicos, possibilitando a toda a sociedade o acesso à internet. No Brasil, ela chegou em 1988, limitando-se ao uso 
de institutos de pesquisa e universidades e começou a ganhar popularidade a partir de 1997. 
Fonte de pesquisa: Educação. São Paulo: Segmento, ano 26, n. 226, fev. 2000. p. 40. 
O tema central do texto é o(a) 
(A) surgimento da internet. 
(B) preço da internet. 
(C) evolução do acesso à internet. 
(D) importância da internet. 
 
 
 
 
ALVES, Rosemeire Aparecida & CONSELVAN, Tatiane Brugnerotto. Coleção Vontade de Saber Português, 6º ano. 2ªed. São Paulo: FTD, 2015, 
p.47 
 
A repetição da vogal “A” na palavra “amaaaaaaando”, utilizada no texto, expressa 
(A) longevidade. 
(B) durabilidade. 
(C) ênfase. 
(D) ironia. 
O RATO E A RÃ 
Um Rato desejava atravessar um rio, mas o temia, pois não sabia nadar. Pediu ajuda a uma Rã que concordou desde 
que o Rato fosse amarrado a uma das patas. O Rato consentiu e encontrando um pedaço de fio, ligou uma de suas 
pernas à Rã. Assim que entraram no rio, porém, a Rã mergulhou, levando junto o Rato que sentia afogar-se. Por isso 
debatia-se coma Rã que, por sua vez, lutava para nadar; tudo isso causando muito cansaço e estardalhaços. 
Estavam nessa luta quando, por cima passava um Falcão que, percebendo o Rato sobre a água, baixou sobre ele e 
levou-o nas garras juntamente com a Rã que estava atada. Ainda no ar, os devorou. 
 
SHAFAN, Joseph (adaptação). Fábulas de Esopo. p.10 Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000378.pdf. Acesso 
em: 10 mai. 2016 
A Rã e o Rato foram pegos juntos pelo Falcão, pois o(a) 
(A) Rã e o Rato tentavam nadar até o fundo do rio. 
(B) Falcão percebeu que a Rã estava desprotegida tentando ajudar o Rato. 
(C) Rato amarrou uma de suas patas junto a uma das pernas da Rã. 
(D) Rã causou muito estardalhaço enquanto nadava. 
 
 
OS LOBOS UIVAM PARA A LUA CHEIA? 
Os lobos são animais de hábitos noturnos e geralmente uivam durante a noite. Porém, não fazem isso para a lua, e 
sim para demarcar seu território. O uivo serve também como uma forma de comunicação com os outros lobos da 
alcateia. 
 
DOMENICHELLI, Guilherme. Os lobos uivam para a lua cheia? In: ______. Girafa tem torcicolo?: e outras perguntas divertidas do mundo animal. 
São Paulo: Panda Books, 2008. p.19. 
Podemos assumir que a palavra “alcateia”, em destaque no texto anterior, possui o sentido de 
(A) predadores dos lobos. 
(B) bando de lobos. 
(C) fêmea do lobo. 
(D) território do lobo. 
 
A ASSEMBLEIA DOS RATOS 
Certa vez os ratos reuniram-se em assembleia para encontrar um jeito de se livrar das garras do gato que morava na 
vizinhança. Foram muitas as propostas, mas nenhuma parecia resolver o problema. Até que uma ratazana esperta 
teve a ideia: 
— E se nós amarrássemos um sino no pescoço do gato? Quando ele estiver se aproximando, nós ouviremos o sino e 
fugiremos a tempo. 
LEITE, Ivana Arruda. Fábulas de Esopo. São Paulo: Escala Educacional, 2004. p. 22. 
Indique a alternativa que apresenta uma opinião do narrador sobre aquilo que ele conta: 
(A) “os ratos reuniram-se em assembleia”. 
(B) “[o] gato que morava na vizinhança”. 
(C) “uma ratazana esperta teve a ideia”. 
(D) “nós ouviremos o sino e fugiremos a tempo”. 
 
 
 
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea: Botando os bofes de fora. São Paulo: Devir, 2002. p. 11 
Os usos da palavra “festinha”, no primeiro quadro, e “festona”, no segundo, apontam para o contraste entre a 
(A) intensidade da recepção que os cães oferecem à chegada de seus donos e a indiferença que demonstram 
quando esses saem. 
(B) recepção fria que os cães oferecem ao dono quando esse chega e a festa que fazem a ele no momento imediato 
de sua partida. 
(C) alegria da comemoração que fazem quando o dono chega e a tristeza que manifestam quando esse se ausenta 
por muito tempo de sua residência. 
(D) intensidade da comemoração que alguns cães fazem quando o dono chega e intensidade da festa que outros 
realizam quando seus donos estão ausentes. 
 
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea: com mil demônios. São Paulo: Devir, 2002. p. 24. 
O quadrinho anterior se utiliza da(s) 
(A) linguagem verbal, apenas. 
(B) linguagem não verbal, apenas. 
(C) linguagens verbal, não verbal e fotográfica. 
(D) linguagens verbal e não verbal. 
 
 
RECADO DE FANTASMA 
Tudo começou quando nos mudamos para aquela casa. Era um antigo sobrado, com uma grande varanda 
envidraçada e um jardim. Eu me sentia tão feliz em morar num lugar espaçoso como aquele, que nem dei atenção aos 
comentários dos vizinhos, com quem fui fazendo amizade. Eles diziam que a casa era mal-assombrada. Alguns 
afirmavam ouvir alguém cantando por lá às sextas-feiras. 
Flavia Muniz. Recado de fantasma. Nova Escola. São Paulo: abr./ago. 2004. P.13. v.1. Edição Especial: Contos para crianças e adolescentes. 
O pronome “eles”, em destaque no texto, substitui a palavra 
(A) vizinhos. 
(B) alguns. 
(C) amizade. 
(D) comentários. 
Algumas coisas que nós jogamos fora são tão venenosas que contaminam a terra dos lixões por muitos anos. O 
problema é que não existe mágica. Enquanto a gente viver, vai produzir lixo. O jeito menos besta de ajudar nisso é 
criar a menor quantidade de lixo possível. Como? Reciclando. 
BONASSI, Fernando. Vida da gente: crônicas publicadas no suplemento Folhinha de S.Paulo. 6. ed. São Paulo: Formato Editorial, 2005 
(adaptado) 
O texto anterior defende o ponto de vista de que é necessário 
(A) pensar novas formas de reciclar o lixo. 
(B) parar de produzir lixo. 
(C) reciclar o lixo. 
(D) parar de jogar lixo nos lixões. 
 
 
 
Fernando Gonsales. Níquel Náusea. Folha de S.Paulo, São Paulo, 15 jun. 2000. Ilustrada, p. 7. 
O conectivo “mas” utilizado na charge pode ser substituído, sem perda de sentido, por 
(A) entretanto. 
(B) pois. 
(C) embora. 
(D) por isso. 
 
O PASTOR E OS LOBOS 
Um jovem pastor, cansado de cuidar o dia todo do seu rebanho, teve uma ideia: enganar os habitantes de sua aldeia 
para poder se divertir. Certo dia, após levar seus numerosos carneiros rumo à montanha, lá do alto, começou a berrar: 
— Socorro! Socorro! Os lobos estão nos atacando! 
Preocupados com o pastor e os pobres carneiros, os moradores da aldeia correram para o topo da montanha para 
conseguir agarrar os esfomeados lobos antes que eles atacassem. Chegando lá, encontraram os carneiros 
descansando e o pastor morrendo de rir. 
Esopo. O pastor e os lobos. Recontado por Felipe Torre. Disponível em: <http://ojardimdasletras.wordpress.com/>. Acesso em: 5 set. 2014. 
A narrativa anterior foi motivada pelo(a) 
(A) debandada dos carneiros. 
(B) ataque dos lobos. 
(C) tédio do pastor. 
(D) descaso dos moradores da vila. 
 
 
 
 
Ele, que era coveiro desde menino, desde pequenino trabalhando ao lado do pai também coveiro, estava acostumado 
demais com tudo aquilo, e não tinha medo de nada, nada mesmo — aliás, minto! Mané Coveiro tinha um medo 
danado de uma coisa, mas era de uma coisa só, e não tinha nada a ver com defunto nem alma penada, mas isso já é 
outro caso que, se vocês quiserem, conto depois. 
Maria José Silveira. Tereza Bicuda. In: ______. Uma cidade de carne e osso: casos do interior. São Paulo: FTD, 2004. 
Uma das marcas, no texto anterior, que evidencia a imitação da linguagem oral é a presença de 
(A) estrangeirismos, como em “defunto”. 
(B) expressões contraditórias, como em “defunto nem alma penada” 
(C) expressões regionais, como em “coveiro desde menino”. 
(D) autocorreção, como em “aliás, minto!”. 
Pense bem: como é que pode, Chapeuzinho Vermelho não perceber que aquele Lobo Mau, grandão e peludo, deitado 
na cama, com a camisola e a touquinha da vovó, não era a tal velhinha? Ela bem que achou estranho o nariz e a boca 
tão grandes, mas ficou ali, na dúvida, dando sopa para o azar... 
 E a Bela Adormecida? Dá para entender alguém ficar 99 anos dormindo, num sono profundo, à espera do príncipe 
para beijá-la e acordá-la? 
Pois saiba que essas histórias têm certas esquisitices porque possuem uma mensagem certeira, uma lição de 
comportamento para você aplicar na sua vida também. [...] 
Katia Canton. Conversa de madame: Perrault nos salões franceses. São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 1997. p. 5-6. (Arte conta história) 
O ponto principal do texto apresentado é a indicação de que 
(A) a Chapeuzinho Vermelho não dá importância ao Lobo Mau. 
(B) os contos tradicionais possuem valor educativo. 
(C) a Bela Adormecida dormiu durante 99 anos. 
(D) as histórias tradicionais são esquisitas. 
A seca do reservatório Jaguari, em Igaratá (SP), fez ressurgirem as ruínas da cidade antiga, submersas desde a 
década de 60 para a construção da represa. Uma ex-moradora da cidade, Irene de Almeida, de 65 anos, fez uma foto 
onde passava a rua principal da cidade velha. O Jaguari está cerca de 30 metros abaixo de seu nível normal. Com 
isso, é possível ver as estruturas antigas da cidade, como a igreja, uma praça e até uma cruz. Nesta quinta-feira (5) a 
represa, que faz parte do sistema do rio Paraíba do Sul, está com apenas 2,06% de sua capacidade total.SECA revela ruínas que estavam submersas em Igaratá, SP. G1, São Paulo, 5 fev. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-
regiao/noticia/2015/02/ seca-revela-ruinas-que-estavam-submersas-em-igarata-sp.html> . Acesso em: 26 fev. 2015 
A locução destaca indica que se está por apresentar uma 
(A) contradição. 
(B) consequência. 
(C) questionamento. 
(D) explicação 
 
 
Texto 1 
— Olhe como são bonitas, milhares de estrelas... 
 — E quase todas devem ser rodeadas de planetas como o nosso, habitados, provavelmente... 
— Custa-me acreditar... 
— Os cientistas dizem que há milhões, talvez trilhões de planetas, só nas galáxias mais próximas. A vida existiria 
como aqui. 
— Devo ter pouca imaginação. Acho difícil visualizar planetas habitados, com seres iguais a nós, vivendo como nós. 
CARNEIRO, André. Planetas habitados. In: CAUSO, Roberto de Sousa (Org.). Histórias de ficção científica. São Paulo: Ática, 2005. p. 27-30. (Para gostar de ler). 
Texto 2 
O número de planetas conhecidos fora do Sistema Solar quase dobrou numa tacada só. A equipe responsável pelo 
satélite americano Kepler anunciou a descoberta de 715 desses mundos distantes. 
[...] 
O achado também nos coloca mais próximos de encontrar planetas similares à Terra. Análises estatísticas sugerem 
que eles são os mais comuns no Universo, mas a dificuldade de detectar a redução de brilho causada por pequenos 
trânsitos diminui a chance de os cientistas os encontrarem com facilidade 
NOGUEIRA, Salvador. Nasa anuncia descoberta de 715 novos planetas fora do Sistema Solar. Folha de S.Paulo, São Paulo, 26 fev. 2014. Ciência. Disponível em: 
<www1.folha.uol.com.br/ciencia/2014/02/1418374-nasa-anuncia-descoberta-de-715-novos-planetas-fora-do-sistema-solar.shtml> . Acesso em: 2 mar. 2015. 
Os textos anteriores divergem quanto 
(A) às conclusões apresentadas pelos autores. 
(B) ao assunto predominante em cada um dos trechos. 
(C) à forma de abordar o tema em questão. 
(D) aos métodos utilizados para chegar às suas conclusões. 
 
— A sorte vem-nos guiando melhor do que poderíamos desejar — disse Dom Quixote, segurando seu cavalo. — Vê, 
meu fiel Sancho: diante de nós estão mais de trinta insolentes gigantes a quem penso dar combate e matar um por 
um. Com seus despojos iniciaremos nossa riqueza, além de arrancar essas sementes ruins da face da terra. Essa é a 
ordem de Deus que devemos cumprir. 
 — Que gigantes? — perguntou Sancho Pança, que por mais que examinasse o terreno só via os inocentes moinhos 
de vento agitando suas pás vagarosamente. 
 — Aqueles que ali vês — respondeu o amo. — Têm os braços tão longos que alguns devem medir mais de duas 
léguas... 
— Olhe bem Vossa Mercê — contestou Sancho. — Aquilo não são gigantes e sim moinhos de ventos, e o que 
parecem braços são as pás que, movidas pelo vento, fazem girar a pedra que mói os grãos. 
Miguel de Cervantes Saavedra. Dom Quixote. José Angeli. Adap. São Paulo: Scipione, 1994. p. 25-8. (Reencontro) 
No trecho apresentado, os personagens Dom Quixote e Sancho Pança discordam sobre 
(A) o que fazer com os gigantes. 
(B) como escapar dos gigantes. 
(C) como aproveitar os moinhos de vento. 
(D) aquilo que veem diante de si. 
 
 
Meu limão, meu limoeiro, 
Meu pé de jacarandá, 
Uma vez tindolelê, 
Outra vez tindolalá. 
 
Quem tem amores não dorme 
Nem de noite nem de dia. 
Fica rolando na cama. 
Feito peixe na água fria. 
Fonte: Origem popular. 
Na última frase da cantiga de roda acima, a palavra “Feito” pode ser substituída por 
(A) “Dito”. 
(B) “Realizado”. 
(C) “Assim como”. 
(D) “Mantido como”. 
 
Quando o duque velho soube 
Que ele tinha esse cavalo 
Disse pra velha duquesa: 
— Amanhã vou visitá-lo 
Se o animal for assim 
Faço o jeito de comprá-lo! 
Fonte: Origem popular. 
No trecho “Faço o jeito de comprá-lo!”, o pronome destacado refere-se a 
(A) duque velho. 
(B) ele. 
(C) velha duquesa. 
(D) animal. 
 
 
 
Era uma vez uma cambaxirra, toda saltitante e alegre que estava fazendo ninho na árvore de galho mais bonito da 
floresta. 
Um dia, viu um lenhador se preparando para derrubar a árvore. Começou a voar em volta e a cantar muito agitada. O 
lenhador perguntou: 
— Cambaxirra, que foi que houve? 
E ela disse: 
— É que você vai derrubar a árvore de galho mais bonito onde estou fazendo meu ninho. Não faz isso, por favor. 
E o lenhador respondeu: 
— Ah, cambaxirra, se eu pudesse... [...] 
Ana Maria Machado. Ah, cambaxirra, se eu pudesse... São Paulo: FTD, 2003. p. 7-9. 
A última fala do lenhador indica que ele 
(A) irá derrubar a árvore. 
(B) não irá derrubar a árvore. 
(C) não pode derrubar a árvore. 
(D) pode atender ao pedido da cambaxirra. 
 
 
 
língua portuguesa
caderno de prova
simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB
7 ANO
língua portuguesa
caderno de prova
simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB
 
 
 
1. Você está recebendo um Caderno de Questões de Língua Portuguesa e uma Folha de Resposta. 
2. O Caderno de Questões contém 25 questões. 
3. Você terá 60 minutos para finalizar o simulado. 
4. Preencha seu nome completo no Caderno de Questões e na Folha de Resposta. 
5. Leia com atenção antes de responder às questões e marque suas respostas no Caderno de Questões. 
6. Você poderá utilizar os espaços em branco do Caderno de Questões para rascunho. 
7. Cada questão tem uma única resposta correta. 
8. Procure não deixar questões sem resposta. 
9. Reserve os últimos 10 minutos do simulado para preencher a Folha de Resposta, utilizando caneta 
esferográfica de tinta azul ou preta. 
10. Siga o modelo de preenchimento existente na própria Folha de Resposta. 
11. Entregue a Folha de Respostas para o aplicador antes de deixar a sala. 
12. Aguarde o aviso do professor para começar o simulado. 
 
 
 
 
De Cordel é o apelido 
Dado à literatura 
Produzida pelo povo, 
Que tinha e tem cultura 
Que, somada à inspiração, 
Produz a poesia pura. 
 
Não a cultura de elite, 
Que vem do conhecimento, 
Mas a cultura popular, 
Que brota do sentimento. 
E o sentimento expressa 
A força do pensamento 
 Roque Magno Santos. Literatura de Cordel. 
Folha de Londrina, Londrina, 30 nov. 2014. Folha 2. p. 4. 
No poema, o Cordel é apresentado como um tipo de literatura 
(A) elitista. 
(B) popular. 
(C) artificial. 
(D) erudita. 
 
“Aqui se faz, aqui se paga.” 
 
Um ditado com sentido semelhante ao apresentado anteriormente é 
(A) Quem planta vento, colhe tempestade. 
(B) A pressa é inimiga da perfeição. 
(C) De grão em grão a galinha enche o papo. 
(D) Deus ajuda quem cedo madruga. 
 
 
 
Quando a gente é criancinha 
Canta quadras p’ra brincar 
Quando fica gente grande 
Ouve quadras a chorar 
[...] 
 
Dorival Caymmi. Roda pião. Extraído do site: <www.jobim.org/caymmi/bitstream/handle/2010.1/11771/rodapiao2-2.jpg?sequence=3>. Acesso em: 8 
out. 2014. 
No poema apresentado, é possível perceber a presença da rima entre as palavras 
(A) criancinha e brincar. 
(B) brincar e grande. 
(C) brincar e chorar. 
(D) chorar e criancinha. 
Pense bem: como é que pode, Chapeuzinho Vermelho não perceber que aquele Lobo Mau, grandão e peludo, deitado 
na cama, com a camisola e a touquinha da vovó, não era a tal velhinha? Ela bem que achou estranho o nariz e a boca 
tão grandes, mas ficou ali, na dúvida, dando sopa para o azar... 
 
E a Bela Adormecida? Dá para entender alguém ficar 99 anos dormindo, num sono profundo, à espera do príncipe 
para beijá-la e acordá-la? 
 
Pois saiba que essas histórias têm certas esquisitices porque possuem uma mensagem certeira, uma lição de 
comportamento para você aplicar na sua vida também. 
 
Katia Canton. Conversa de madame: Perrault nos salões franceses. São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 1997. (Arte conta história) 
 
A conjunção “pois”, no último parágrafo do texto, tem como função 
(A) justificar as esquisitices presentes em diversashistórias. 
(B) desconstruir a ideia de que tais histórias contêm esquisitices injustificáveis. 
(C) criticar histórias que não possuem mensagens certeiras ou lições de comportamento. 
(D) enfatizar a importância de esquisitices em histórias que possuem mensagens dirigidas ao leitor. 
 
 
 
 
 
— Um brinde, xará! 
— Um brinde, Varum. 
— Você estava um estouro entrando naquela igreja. Parecia um bailarino profissional 
— Pois é. Improvisei uns passos. Acho que me saí bem. 
— Muito bem! 
— Não sei se você sabe que eu fui o rei do chá-chá-chá. 
— Do quê? 
— Chá-chá-chá. Uma dança que havia. Você ainda não era nascido. 
— Bota tempo nisso. 
Luis Fernando Verissimo. O gigolô das palavras. Porto Alegre: L&PM, 1982. p. 90-1. v. 8. (Novaleitura) 
O uso constante do travessão indica que o trecho em questão busca representar um(a) 
(A) discurso. 
(B) diálogo. 
(C) monólogo. 
(D) notícia. 
 
 
Mano a mano, de Luscar. Extraído do site: <www.unisc.br/cursos/enade/2008/questoes_ENADE.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2010. 
 
O humor da tira se baseia no(a) 
(A) variabilidade linguística da língua portuguesa. 
(B) vestimenta tipicamente nordestina do personagem. 
(C) sotaque da fala do personagem nordestino. 
(D) ingredientes pouco usuais da receita elogiada. 
 
 
 
 
Caulos. Só dói quando eu respiro. Porto Alegre: L&PM, 2001. p. 46 
A tira critica o(a) 
(A) possível efeito negativo da televisão. 
(B) falta de postura de quem assiste televisão. 
(C) qualidade da imagem da transmissão televisiva. 
(D) ruído feito pelos aparelhos de televisão. 
 
 
 
 
 
 
Dois surfistas britânicos tiveram um parceiro inusitado enquanto pegavam ondas no litoral norte da Inglaterra. Um 
filhote de foca entrou na brincadeira e surfou — ou pelo menos tentou surfar — com os rapazes. Tudo foi gravado em 
uma câmera acoplada na prancha. O vídeo tem mais de 2,7 milhões de visualizações. 
 
Filhote de foca ‘surfa’ e surpreende jovens em praia da Inglaterra. Extraído do site: 
<www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2014/08/18/interna_mundo,442888/filhote-de-foca-surfa-e-surpreende-jovens-em-praia-
dainglaterra.shtml>. Acesso em: 9 out. 2014. 
Os termos em negrito poderiam ser substituídos, sem perda de sentido, por 
(A) navegavam. 
(B) pescavam. 
(C) surfavam. 
(D) nadavam. 
 
Os mamíferos possuem hábitos alimentares que estão relacionados com o seu modo de vida. Muitos são herbívoros, 
como o boi, o carneiro, o cavalo, o elefante; outros são carnívoros, como o leão, o lobo, a raposa, a onça, o cão. 
Existem ainda insetívoros, como os musaranhos, a toupeira; e os onívoros, que se alimentam de carne e também de 
plantas, como é o caso do homem. 
Mamíferos: animais com glândulas mamárias. Funções vitais: digestão. Extraído do site: Acesso em: 11 set. 2014 
O tema do texto apresentado é 
(A) “O modo de vida dos animais insetívoros.” 
(B) “Os diferentes tipos de alimentação dos mamíferos.” 
(C) “A alimentação dos animais herbívoros.” 
(D) “Os diferentes hábitos alimentares humanos.” 
 
 
 
 
CUNHA, Leo. Vendo poesia. São Paulo: FTD, 2010. p. 13. 
 
As palavras do texto foram dispostas de modo a sugerir o(a) 
(A) ritmo de leitura da lesma. 
(B) percurso do movimento da lesma. 
(C) som do sussurro da lesma. 
(D) disposição da folha na árvore. 
 
 
 
 
 
Tivemos a notícia de que as escolas do Rio de Janeiro estão proibindo o uso de aparelhos que tocam MP3 e celulares 
em sala de aula. Essa atitude é no mínimo coerente. Usar instrumentos alheios aos objetivos de uma aula é algo 
inconcebível num ambiente em que a concentração é ferramenta básica. Sem se concentrar no objeto de estudo, fica 
difícil aprender. 
MATURANO, Ana Cássia. Opinião: Aluno contesta autoridade ao usar celular em sala de aula. G1, Rio de Janeiro, 16 abr. 2009. Especial para o 
G1/G1. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1086834-5604,00-
OPINIAO+ALUNO+CONTESTA+AUTORIDADE+AO+USAR+CELULAR+EM+SALA+DE+AULA.html. Acesso em: 12 jan. 2015. 
 
O objetivo do texto apresentado é 
(A) emitir uma opinião sobre a questão do uso de aparelhos sonoros na sala de aula. 
(B) detalhar os problemas enfrentados por pessoas que usam celulares em excesso. 
(C) apontar soluções para o problema do uso de celulares por estudantes em sala de aula. 
(D) defender o uso dos celulares como uma boa ferramenta didática para sala de aula. 
Todo dia da nossa vida, a gente pega tudo o que não interessa mais e joga fora, certo? Daí vem o lixeiro e leva. 
Parece simples, mas... para onde o lixeiro leva o lixo? Há lugares onde eles jogam tudo, que são os lixões. Lá, os 
homens ficam pondo lixo e enterrando, até que junta tanto lixo que nem todas as máquinas do mundo conseguiriam 
enterrar. Nessa hora, é preciso encontrar novos lugares para fazer novos lixões. A gente nunca pensa nisso, afinal os 
lixões são todos longe da casa da maioria de nós. Mas fique sabendo que isso é problema desse tamanho! 
 
Fernando Bonassi. Vida da gente: crônicas publicadas no suplemento Folhinha de S.Paulo. 6. ed. São Paulo: Formato Editorial, 2005. 
 
Segundo o autor do texto apresentado, a maior parte das pessoas não se preocupa com o destino final do lixo porque 
(A) acredita na capacidade da reciclagem. 
(B) tem pouco contato direto com lixões. 
(C) desconhece detalhes da vida dos lixeiros. 
(D) produz lixo em quantidades insignificantes. 
MEU FILHO: escrevo-te esta carta — carta, não e-mail: sou uma pessoa antiga — no meu duplo papel de mãe e 
professora. Sua mãe, sempre fui; sua professora, apenas por um ano, na pequena escola em que você cursou o que 
se chamava, na época, de curso primário. Faz muito tempo que isso aconteceu, quase 40 anos, mas devo lhe dizer 
que lembro de tudo, de cada aula que lhe dei. 
SCLIAR, Moacyr. Aprendendo com a professora. Folha de S.Paulo, São Paulo, 17 ago. 2009. ©by herdeiros de Moacyr Scliar. 
A palavra “apenas”, em destaque no texto, aponta para o(a) 
(A) antiguidade dos eventos narrados. 
(B) oposição entre os valores do filho e da mãe. 
(C) pouco tempo de aula dada pela mãe ao filho. 
(D) curto tempo de duração do curso primário. 
 
 
AS REDES SOCIAIS DIGITAIS: NECESSIDADE OU VÍCIO? 
Antes, a expressão [“vício eletrônico”] indicava o vício das pessoas que não conseguiam se desligar de seus 
computadores para entrar nas redes sociais, jogar, fazer comentários ou verificar o que está sendo postado. Hoje, a 
situação se torna mais complexa e alarmante. Basta observar ao redor: pessoas caminhando e usando celular; 
pessoas em bares e restaurantes que não interagem com outras pessoas, mas com seus aparelhos. Crianças e 
adolescentes conectados o tempo todo. Adultos usando aparelhos de comunicação em festas e cerimônias formais. 
Imagens sendo postadas e divulgadas em cada momento. O chamado vício agora se irradia: as pessoas podem 
acessar suas informações em qualquer lugar e horário, pois carregam os aparelhos consigo. 
TAIT, Tania. As redes sociais digitais: necessidade ou vício? Gazeta do Povo. 29 abr. 2014. Disponível em: <www.gazetadopovo.com.br/ 
opiniao/conteudo.phtml?id=1465221&tit=As-redes-sociais-digitais-necessidade-ou-vicio>. Acesso em: 30 out. 2014 
No texto anterior, a autora argumenta que o “vício eletrônico” 
(A) alterou modos de comportamento, pois as pessoas passaram a utilizar esses equipamentos constantemente. 
(B) era um perigo no passado, pois as pessoas não sabiam utilizar os eletrônicos de modo correto e seguro. 
(C) afeta apenas os adultos, pois as crianças não frequentam as cerimônias formais de seus pais. 
(D) possibilitou o acesso das pessoas à informação em qualquer lugar, pois ocorreu a expansão da conectividade. 
VOCÊ ACREDITA QUE O JOVEM TEM CONDIÇÕES DE MUDAR O PAÍS? SIM. 
Certamente. O jovem busca encontrar seu lugar no mundo, mudando constantemente comportamentos e padrões. 
Isso demonstra uma nova consciência sobre o mundo e o espaço. Com as inovações tecnológicas, nós temos o poder 
para mudar de atitudesem sair de casa, podendo unir nossa opinião à de milhões, e expressarmo-nos por meio dos 
mais variados meios de comunicação. 
Túlio S. E. Pinto, estudante de Filosofia, 31 anos. 
VOCÊ ACREDITA QUE O JOVEM TEM CONDIÇÕES DE MUDAR O PAÍS? NÃO. 
Eu acredito que não. Infelizmente, a maioria dos jovens brasileiros tem se preocupado com questões que dizem 
respeito apenas às atitudes e comportamentos mais pessoais. Não pensam, por exemplo, que, para mudar o rumo do 
país, precisam, necessariamente, ter um olhar mais atento para a situação política e econômica, além de um afiado 
senso crítico. 
Felipe S. de Torre, professor de Língua Portuguesa, 27 anos. 
 
Alves, Rosemeire Aparecida Vontade de saber português, 7o ano / Rosemeire Aparecida Alves, Tatiane Brugnerotto Conselvan. – 2. ed. – São 
Paulo : FTD, 2015. p. 92 
Ambos os textos tratam do mesmo tema, porém possuem diferentes pontos de vista sobre o assunto. Enquanto o 
autor do primeiro excerto dá uma resposta afirmativa à pergunta feita, o do segundo apresenta uma negativa. Para 
defender essas posturas, pode-se afirmar que os autores destacam, respectivamente, 
(A) o tempo perdido pelos jovens nas redes sociais e seu interesse pelos problemas nacionais de natureza política e 
econômica. 
(B) os efeitos positivos da tecnologia na sociabilidade dos jovens e sua falta de preocupação com questões políticas 
e econômicas. 
(C) a falta de interesse dos jovens em sair de suas casas e sua incapacidade de desenvolver seu potencial de 
pensamento crítico. 
(D) o interesse juvenil em se expressar politicamente e o impacto negativo das novas tecnologias no comportamento 
político dos adolescentes. 
 
 
WHATSAPP: MODO DE USAR. 
O áudio tornou-se um problema do tamanho da vuvuzela. O que era pra ser uma ferramenta excepcional ("tô com as 
mãos ocupadas, tô dirigindo, tô cozinhando, meus dedos foram decepados") acabou se tornando um esporte. Todo 
dia recebo uns 12 áudios de três minutos em que uns dois minutos e meio são de "ééé", "entãããão", "só um instante". 
E não consigo fazer uma leitura diagonal de um áudio. É preciso ouvir tudo, até o final, pra descobrir que não era nada. 
DUVIVIER, Gregório. WhatsApp: modo de usar. Folha de São Paulo. Coluna Cotidiano. 02 mai. 2016. Disponível em: 
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2016/05/1766707-whatsapp-modo-de-usar.shtml. Acesso em: 10 mai. 2016. 
As palavras destacadas foram escritas com a grafia em questão para indicar 
(A) a entonação de voz de quem escreveu. 
(B) uma grafia típica de internet. 
(C) termos de uso restrito à oralidade 
(D) um fenômeno típico da oralidade. 
QUE MUNDO BESTA! 
Minha mãe leu no jornal que o número de pobres do mundo está crescendo a cada dia. Quer dizer, cada vez mais 
gente passa fome por aí. 
Eu fiquei pensando nisso. Lembrando que, às vezes, chega perto da hora do almoço, e eu fico com muita fome. 
Tem dias que eu nem aguento esperar o almoço! 
O que eu faço nessas horas é comer um pedaço de pão com queijo, alguma coisa pra enganar o estômago. Fome dói. 
Com fome eu não consigo pensar em nada bom. 
BONASSI, Fernando. Que mundo besta! In: ______. Vida da gente. Belo Horizonte: Formato, 1999. p.13. 
Podemos inferir a partir do texto que o(a) 
(A) narrador passa fome todo o tempo. 
(B) mãe do menino não sabe ler. 
(C) número de pobres está diminuindo. 
(D) narrador não é pobre. 
 
 
 
CEDRAZ, Antonio. A turma do Xaxado. Salvador: Estúdio Cedraz, 2005. v.4. p.7. (A turma do Xaxado) 
O termo “lá”, presente no último quadrinho, substitui 
(A) “telhado da escola” 
(B) “cidade grande” 
(C) “rua inteira” 
(D) “barraco”. 
 
Ela estava do meu lado e eu fiquei assustada. Amarrei o cabo de reboque bem rápido e fui rebocada. De repente, 
quando olho para a água, a foca estava simplesmente do meu lado outra vez. Dei um berro. Levei um susto daqueles! 
Eu realmente não esperava que ela me acompanhasse. Acho que ela se assustou com meu grito porque logo depois 
afundou na água e sumiu. Quando eu me acalmei, lá estava ela de novo me seguindo! Eu nunca vi cabeça igual 
àquela. Era imensa! Umas três vezes a cabeça de um adulto! 
KLINK, Laura; KLINK, Tamara; KLINK, Marininha. Férias na Antártica. Porto Alegre: Grão Editora, 2010. p. 58-59. 
Indique a alternativa que aponta para um trecho do texto que expressa uma opinião 
(A) “Ela estava do meu lado” 
(B) “Acho que ela se assustou com meu grito” 
(C) “Levei um susto daqueles” 
(D) “Eu nunca vi cabeça igual àquela” 
 
A feição deles [índios] é serem pardos, quase avermelhados, de bons rostos e bons narizes, benfeitos. Andam nus, sem 
nenhuma cobertura. Nem estimam nenhuma coisa cobrir nem mostrar suas vergonhas; e estão em relação a isto com tanta 
inocência como têm de mostrar o rosto. Traziam ambos os beiços de baixo furados e, metidos por eles, ossos. Ossos brancos, 
do comprimento de uma mão, da grossura de um fuso de algodão, agudos na ponta como furador. Metem-nos pela parte de 
dentro do beiço; e o que lhes fica entre o beiço e os dentes é feito como um roque de xadrez, e em e de tal modo o trazem ali 
encaixado que não os magoa, nem lhes estorva a fala, o comer nem o beber. 
CAMINHA, Pero Vaz de. Carta ao rei Dom Manuel. 3ª ed. Maria Ângela Villela (Ed.). Rio de Janeiro: Ediouro, 2000. p. 21. (Coleção Prestígio) 
O texto anterior tem por finalidade 
(A) narrar contos indígenas. 
(B) indicar como tratar os indígenas. 
(C) descrever os indígenas. 
(D) dissertar sobre a aculturação indígena. 
 
 
Quando eu era pequeno não gostava de ser índio. Todo mundo dizia que o índio é um habitante da selva, da mata, e 
que se parece muito com os animais. Tinha gente que dizia que o índio é preguiçoso, traiçoeiro, canibal. Eu ouvia isso 
dos meus colegas de escola e sentia muita raiva deles porque eu sabia que isso não era verdade, mas não tinha 
como fazê-los entender que a vida que o meu povo vivia era apenas diferente da vida da cidade. 
MUNDURUKU, Daniel. Um recado do autor. In: ______. Coisas de índio: versão infantil. São Paulo: Callis, 2003. p. 6 
A narrativa em questão tem sua origem em um conflito relacionado ao(à) 
(A) vida selvagem. 
(B) escola. 
(C) preguiça. 
(D) preconceito. 
Para não esquecer os contos era preciso explorar a repetição dos episódios, a música, o ritmo, a dança, às vezes 
uma fórmula para começar e outra para acabar. 
O contador convida, e a plateia participa, responde, brinca, adivinha, repete versos e até canta. 
 Se todos participam, as histórias se renovam, são inventadas de outro jeito, e com tanta emoção, que acabam 
produzindo um impacto em quem ouve. Assim, as histórias ficam (e quem as contou, também)! 
Contos africanos, de Celso Sisto, Folhinha, Folha de S.Paulo, 14 nov. 2009. p. 4. Fornecido pela Folhapress. 
O trecho apresentado tem como tema 
(A) “a música e a dança na apresentação de contos”. 
(B) “as fórmulas para começar e acabar contos”. 
(C) “as técnicas de memorização de contos”. 
(D) “a repetição de episódios em contos.” 
Elizabete Maria nasceu em Rosário, uma cidadezinha do interior maranhense próxima à Ilha de São Luís, sétima filha 
de família numerosa, quase todas as mulheres, às quais se adicionavam dois homens. Tinha os cabelos louros 
encaracolados e os olhos azuis da avó catarinense de origem nórdica. Sendo de compleição frágil, a mais frágil das 
irmãs, era difícil prever-se qual seria a sua trajetória futura, mas o milagre que a acometeu muito cedo tirou todas as 
dúvidas. Mal aprendeu a ler e falar diante da espantada família sentava-se ao colo da mãe e dedilhando o velho piano 
a quatro mãos executavam valsas e polcas brasileiras. 
ROVEDO, Salomão. Apaixonada por Beethoven. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000177.pdf. Acesso em 10 mai. 2016. 
A conjunção “mas”, em destaque no texto anterior, anuncia uma colocação que está em oposição à afirmação de que 
Elizabete Maria 
(A) operava milagres. 
(B) era incapaz de tocar polcas. 
(C) tinha compleiçãofrágil. 
(D) teria uma trajetória impossível de prever. 
 
 
Texto 1 
Os jovens criaram uma linguagem paralela que mata o padrão da língua portuguesa, com abreviaturas que nunca 
existiram. Parece que não há limites para tantos erros de ortografia, regência e concordância. A preocupação que nós 
temos é que essa linguagem motivada pela pressa, que é inimiga da perfeição, se transforme numa realidade. O uso 
do internetês pode prejudicar o futuro profissional e a vida acadêmica. 
FONTENELE, Marina. “Uso do internetês pode prejudicar futuro profissional”, diz especialista. Globo.com., 23 out. 2013. Disponível em: 
<http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2013/10/uso-do-internetes-pode-prejudicar-futuroprofissional-diz-especialista.html>.Acesso em: 27 mar. 
2015. 
Texto 2 
Eu acho que essa linguagem mostra uma criatividade muito grande. Eu tenho certeza de que uma das grandes coisas 
que o ser humano sempre fez, e faz cada vez melhor, é inventar linguagens, decifrar linguagens, reinventar 
linguagens, e esse surto de internetês é muito criativo e, em certos aspectos, retoma algumas práticas ortográficas 
dos séculos XVII e XVIII, então eu acho que a cultura não está em risco. 
LINGUAGEM de internet. Observatório da Imprensa, 2005. Disponível em: <http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2013/10/uso-do-internetes-pode-
prejudicar-futuroprofissional-diz-especialista.html> . Acesso em: 27 mar. 2015. 
 
Tendo em vista que os dois textos tratam do internetês, ou seja, da linguagem tipicamente utilizada por jovens na 
internet, pode-se afirmar que suas autoras 
(A) discordam, pois, no texto 1, defende-se o internetês, ao passo que, no texto 2, questiona-se a sua eficácia. 
(B) concordam, pois ambas defendem que o internetês deve ser condenado como instrumento de comunicação. 
(C) discordam, pois, no texto 1, condena-se o internetês, ao passo que, no texto 2,defende-se sua validade. 
(D) concordam, pois ambas defendem que o internetês é uma forma de linguagem adequado para seu contexto. 
 
A equipe da Muito (especialmente os repórteres Fernando Vivas e Tatiana Mendonça) está de parabéns pela 
divulgação da ONG Teto, pelo excelente trabalho realizado em nosso bairro, na Cidade de Plástico, onde moram vá- 
rias famílias – muitas sem condições de ter uma vida digna. Com essa ação, as famílias beneficiadas, finalmente, 
terão uma casa sem goteiras e paredes molhadas, o que traz graves prejuízos à saúde. São crianças, jovens, adultos 
e idosos que ficariam muito felizes se outras ONGs ou órgãos públicos fizessem mais por essa comunidade tão 
carente de ações sociais. 
VOLUNTÁRIOS da ONG TETO constroem casas em Salvador. A Tarde, Salvador, domingo, 16 nov. 2014. Revista Muito. 
No texto apresentado, a ONG TETO é elogiada por realizar um trabalho social relacionado ao(à) 
(A) cuidado de idosos doentes de famílias humildes. 
(B) reciclagem do plástico descartado por famílias humildes. 
(C) reparo de telhados problemáticos de moradias humildes. 
(D) divulgação de ONGs dirigidas ao trabalho com famílias humildes. 
 
língua portuguesa
caderno de prova
simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB
8 ANO
língua portuguesa
caderno de prova
simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB
 
 
1. Você está recebendo um Caderno de Questões de Língua Portuguesa e uma Folha de Resposta. 
2. O Caderno de Questões contém 35 questões. 
3. Você terá 1 hora e 15 minutos para finalizar o simulado. 
4. Preencha seu nome completo no Caderno de Questões e na Folha de Resposta. 
5. Leia com atenção antes de responder às questões e marque suas respostas no Caderno de Questões. 
6. Você poderá utilizar os espaços em branco do Caderno de Questões para rascunho. 
7. Cada questão tem uma única resposta correta. 
8. Procure não deixar questões sem resposta. 
9. Reserve os últimos 10 minutos do simulado para preencher a Folha de Resposta, utilizando caneta 
esferográfica de tinta azul ou preta. 
10. Siga o modelo de preenchimento existente na própria Folha de Resposta. 
11. Entregue a Folha de Respostas para o aplicador antes de deixar a sala. 
12. Aguarde o aviso do professor para começar o simulado. 
 
 
 
 
Como todas as tardes, antes de recomeçarem as aulas, a turma da 7ª série se reuniu na Praça da Catedral. Irineu 
chegou primeiro, querendo que Marina fosse a segunda. Marina vinha pisando nas nuvens, sonhando meio acordada, 
e se atrasou. Quando chegou, metade da sala já estava ali num papo firme. Falavam de aulas, de provas, de música, 
de festinhas, de futebol e dos namoradinhos da escola. Embora já tivessem os planos definidos, não estava fácil 
executá-los. Meninos e meninas se agrupavam no centro da Praça. Alguns casais estavam um pouco mais distantes, 
com os namorinhos já encaminhados. 
Irineu sentou-se em um banco mais distante. Com um livro aberto, fingia estar lendo. Assim ficaria mais fácil pra 
Marina disfarçar, soltar-se da turma e vir sentar com ele. 
JOSÉ, Elias. Primeiras lições de amor. Belo Horizonte: Formato, 1989. p. 24. 
No texto, o narrador sugere implicitamente que Irineu queria 
(A) passar um tempo sozinho com Marina. 
(B) sair logo da Praça da Catedral e ir para casa. 
(C) um tempo para conseguir ler seu livro. 
(D) conversar sobre festas e futebol com os demais. 
Insinuei-me humildemente no meio daquele tumulto. Estava ali mais para assistir do que para comprar. Vestidos, 
xales de casimira, joias, tudo era vendido com uma rapidez inacreditável. Nada daquilo me convinha, e eu continuava 
esperando alguma coisa que me interessasse. 
De repente, ouvi gritarem: 
— Um livro, luxuosamente encadernado, com filetes de ouro, intitulado Manon Lescaut, obra do escritor Abbé Prévost. 
Há alguma coisa escrita na primeira página. Dez francos. 
— Doze — disse uma voz depois de algum tempo. 
— Quinze — eu disse, sem saber por quê. Provavelmente por causa do que estaria escrito na primeira página. 
— Quinze — repetiu o leiloeiro. 
— Trinta — exclamou o primeiro arrematante, num tom que parecia desafiar qualquer outro lance. 
DUMAS FILHO, Alexandre. A Dama das Camélias. Adap. Carlos Heitor Cony. São Paulo: Scipione, 2002. p. 11. (Reencontro literatura) 
 
Sobre o leilão descrito, pode-se afirmar que o narrador 
(A) não se interessou por nada do que era vendido. 
(B) não sabia por que razão estava lá. 
(C) deu um lance por um livro sem saber por quê. 
(D) queria comprar vestidos, xales de casimira e joias. 
 
 
 
 
WATTERSON, Bill. O mundo é mágico: as aventuras de Calvin e Haroldo. 2. ed. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2010. p. 124. 
No contexto da tirinha, a palavra “melancólico” é utilizada em um sentido 
(A) saudosista. 
(B) triste. 
(C) alegre. 
(D) sombrio. 
 
 
 
Tribos urbanas 
Você faz parte de alguma? 
Fazer parte de um grupo é algo essencial para a vida dos jovens. Alguns buscam apenas pertencer a uma turma de 
amigos sem uma denominação própria. Outros escolhem fazer parte de uma tribo, ou seja, um grupo pequeno, mais 
fechado e com regras claras e delimitadas. Cada uma delas se caracteriza pelo interesse musical, jeito de se vestir e 
pelo comportamento ou jeito de pensar. É uma forma que alguns jovens encontraram de viver em grupo e se 
identificarem com ele, estabelecendo, assim, uma rede de amizades. As tribos reforçam um sentimento de 
pertencimento e favorecem uma nova relação com o ambiente social. 
LOMONACO, Beatriz Penteado [et al.]. Tribos urbanas: você faz parte de alguma? In: Mundo Jovem. São Paulo: 
Fundação Tide Setubal, 2008. p. 14. 
O trecho de texto anterior trata, principalmente, 
(A) das diferentes tribos urbanas e suas distintas características. 
(B) dos diferentes contextos de surgimento dos grupos urbanos. 
(C) da relação entre o individualismo e a necessidade de socialização. 
(D) dos motivos que levam alguém a fazer parte de uma tribo. 
 
A loja pertencia a um mestre fluminense, que trabalhara por algumtempo na casa do Guilherme e do Campás, e se 
iniciara portanto em todos os segredos da arte. Ninguém a exercia com mais habilidade, esmero e entusiasmo do que 
ele; sua obra, quando queria, não tinha que invejar ao produto das melhores fábricas de Paris, se não o excedia na 
elegância e delicadeza. 
ALENCAR, José de. A pata da gazela. 10ªed. São Paulo: Ática, 1991, p.28 
O trecho de narrativa anterior mescla fatos com opiniões do narrador acerca desses mesmos fatos. Indique a 
alternativa que apresenta um trecho que possui apenas fatos, sem nenhum juízo de valor do narrador. 
(A) “que trabalhara por algum tempo na casa do Guilherme e do Campás”. 
(B) “Ninguém a exercia com mais habilidade, esmero e entusiasmo do que ele”. 
(C) “sua obra (...) não tinha que invejar ao produto das melhores fábricas de Paris”. 
(D) “se não o excedia na elegância e delicadeza”. 
 
 
 
 
 
CUNHA, Leo. Pêndulo. In: Vendo Poesia. São Paulo: FTD, 2010. p. 17. 
 
A forma do poema anterior é importante para sua compreensão. Ao dispor as letras no papel de modo não usual, o 
autor imita um pêndulo, pois pretende 
(A) imprimir às palavras o ritmo sonoro de um relógio. 
(B) insinuar que o pêndulo é uma espécie de gangorra. 
(C) ampliar o sentido do poema através de sua forma visual. 
(D) imitar o movimento de uma balança para associá-lo à gangorra. 
 
 
 
 
BECK, Alexandre. Armandinho quatro. Florianópolis: A.C. Beck, 2015. p. 74. 
O humor da tirinha reside na(s) 
(A) insistência do menino em querer saber das coisas. 
(B) falta de conhecimento apresentada pelo pai. 
(C) diferença de idades entre o menino e o pai. 
(D) diferentes formas de se escrever “porquê”. 
 
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. In: Folha de São Paulo, São Paulo, 3 jun. 2009. Ilustrada, p. 9. 
O humor da tirinha anterior reside na união entre a linguagem verbal e a não verbal. Um elemento da linguagem não 
verbal, presente no quadrinho, que é essencial para o humor é o(a) 
(A) tipo de carro. 
(B) urso. 
(C) senhora. 
(D) palavra sono. 
 
 
 
João da Cruz e Sousa nasceu a 24 de novembro de 1861, na cidade do Desterro, atual Florianópolis, capital da então 
província de Santa Catarina. Filho de dois negros escravos, trazia nas artérias sangue sem mescla da África, e no 
profundo psiquismo milenárias forças adormecidas de angústia e sonho. Tiro a esta referência todo acento literário, 
pois que de fato significa um puro dado positivo, indispensável à compreensão do destino e do canto do Poeta Negro. 
Morreu 19 de março de 1898, na cidade de Sítio, Minas, para onde fora transportado às pressas vencido pela 
tuberculose. 
SILVEIRA, Tasso de. Biografia. In: SOUSA, João da Cruz e. Poesias completas: broquéis, faróis, últimos sonetos. São Paulo: Publifolha, 1997 
(Biblioteca folha, 26), p.11. 
O texto anterior possui, por finalidade, 
(A) informar ao leitor sobre a vida do poeta João da Cruz e Sousa. 
(B) narrar os eventos que levaram à morte de João da Cruz e Sousa. 
(C) descrever o personagem literário João da Cruz e Sousa ao leitor. 
(D) dissertar sobre os motivos que tornaram João da Cruz e Sousa um escritor. 
O tema do uso da bicicleta está sendo debatido em todo mundo. Muitos países da Europa, como Holanda, Dinamarca 
e Alemanha, além dos Estados Unidos e o Canadá, já implantaram infraestrutura adequada, segura e atrativa para o 
uso da bicicleta. O segredo do sucesso está na adoção de políticas públicas que restringem o uso do carro e 
privilegiam veículos não motorizados. No Brasil, já há algumas iniciativas voltadas para o uso da bicicleta, mas, 
temos muito que avançar. Existe uma demanda reprimida que precisa ser rapidamente incorporada nas políticas 
municipais de transporte e circulação para gerar condições favoráveis ao uso. 
PANASOLO, Alessandro. Mobilidade urbana e transportes sustentáveis. Disponível em: <www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/mobilidade-
urbana-e-transporte-sustentaveis-1rmut0xu13b3mt72y9ezr4t3i>. Acesso em: 24 abr. 2015. 
A expressão “veículos não motorizados”, em destaque no trecho, é um elemento de coesão que se refere ao uso 
(A) de carros automáticos em países com trânsito caótico e nas grandes metrópoles brasileiras. 
(B) de bicicletas nos estados brasileiros que adotaram políticas públicas de países estrangeiros. 
(C) do carro como segredo de sucesso para a elaboração de políticas públicas do transporte. 
(D) de bicicletas em países com políticas públicas de incentivo a esse meio de transporte. 
 
 
 
Para quem não sabe, o anjinho arqueiro não é um personagem inventado pela Disney, não. Ele é o deus do amor da 
mitologia grega e romana. Cupido era filho de Vênus, a deusa do amor e da beleza, e de Mercúrio, o mensageiro 
alado. Sempre que deuses e homens eram flechados por Cupido, não havia saída: ficavam completamente 
apaixonados. Certa vez, o próprio deus foi vítima de sua flechada. Apaixonou-se por uma jovem mortal, Psiquê, que 
acabou sendo transformada em deusa para viver junto dele. Como você vê, nem ele conseguiu escapar! 
Leonardo Antunes. Ficar ou namorar. São Paulo: Escala Educacional, 2005. p. 48. (Projeto Adolescer) 
O tema do texto apresentado é a história do(a) 
(A) Cupido. 
(B) Disney. 
(C) Psiquê. 
(D) Vênus. 
— Senhor — disse-lhe a donzela, examinando os seus trajes pobres —, não acredito que possas alcançar o que 
outros cavaleiros não alcançaram. 
— Senhora, muito vos enganais. Honra e valentia não estão nos trajes, mas na alma do homem — respondeu Balin. 
E, tirando com facilidade a espada fixada junto ao corpo da donzela, maravilhou-se com a perfeição daquela peça. Era 
sem dúvida a melhor espada em que já pusera as mãos. 
 — Este é o mais valoroso cavaleiro de todo o reino! — exclamou a donzela. — Agora, senhor, dai-me a espada. 
Thomas Malory. O Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda. Trad. Ana Maria Machado. São Paulo: Scipione, 1991. p. 27. (Série Reencontro) 
O trecho em questão deixa implícito um ensinamento moral que poderia ser sintetizado pelo ditado 
(A) “Filho de peixe, peixinho é”. 
(B) “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. 
(C) “Em boca aberta não entra mosca”. 
(D) “As aparências enganam”. 
 
 
 
 
De manhã, o pai bate na porta do quarto do filho: 
— Acorda, filho! Está na hora de você ir para o colégio. 
E o filho, de mau humor, responde: 
— Hoje eu não vou ao colégio! E não vou por três motivos: estou morto de sono, detesto aquele colégio e não 
aguento mais os meninos. 
E o pai responde do corredor: 
— Você tem que ir! E tem que ir exatamente por três motivos: você tem um dever a cumprir, você já tem 45 anos e 
você é o diretor do colégio. 
Ziraldo Alves Pinto. As anedotinhas do bichinho da maçã. São Paulo: Melhoramentos, 1998. p.12. 
A anedota anterior é uma narrativa que apresenta um conflito gerado pela oposição entre o(a) 
(A) saúde e o mal-estar. 
(B) bom humor e o mau humor. 
(C) dever e a vontade. 
(D) insônia e o sono. 
 
No quarto dia de viagem, a partir de Manaus pegamos um afluente que, na junção com o Amazonas, parecia ser tão 
grande quanto ele. Subimos esse rio, que se estreitava, e dois dias depois desembarcamos numa aldeia indígena. 
Nesse ponto, o professor Challenger disse que o barco deveria retornar. Informou que logo chegaríamos às 
corredeiras e advertiu-nos que, desse ponto em diante, quanto menos gente soubesse de nós, melhor seria. Tivemos 
de prometer ao professor que não revelaríamos qualquer indício do local para onde estávamos indo. Este é o motivo 
de eu estar sendo vago nessa narrativa. 
Arthur Conan Doyle. O mundo perdido. Adap. Ulisses Capozoli. São Paulo: Scipione, 2001. p. 41. (Reencontro literatura) 
Segundo o narrador, seu relato é vago devido à sua necessidade de 
(A) desembarcar em uma aldeia indígena. 
(B) retornar de barco com o professor Challenger. 
(C) manter discrição sobre os detalhes da viagem. 
(D) partir de Manaus em direção ao interior da Amazônia. 
 
 
 
Uma nova lei do Estado do Tennessee, nosEstados Unidos, autoriza o psicoterapeuta a recusar um atendimento que 
lhe pareça incompatível com os princípios nos quais ele (o terapeuta) "acredita sinceramente" (religiosos ou outros) 
[...] 
Se um psicoterapeuta atendesse um paciente que ele "desaprova" ideológica ou moralmente, ele tenderia a 
influenciar ou converter o seu paciente. A psicoterapia se transformaria em catequese religiosa e moral ou em 
propaganda política. Melhor se abster, nesse caso. Há pesquisas, aliás, que mostram que, em geral, os pacientes 
receiam e tentam evitar um profissional que queira influenciá-los e convertê-los. 
CALLIGARIS, Contardo. Pacientes inaceitáveis?. Folha de São Paulo. Colunistas. 05 mai. 2016. Disponível em: 
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/05/1767745-pacientes-inaceitaveis.shtml. Acesso em: 05 mai. 2016. 
No trecho anterior, a tese defendida pelo autor é de que a lei do Estado do Tennesse 
(A) tem fundamento, pois a psicoterapia pode ser tornar um meio de influenciar ideologicamente o paciente. 
(B) não tem fundamento, pois o confronto entre ideias divergentes é o que gera o debate e o crescimento pessoal. 
(C) tem fundamento, pois o psicoterapeuta precisa ter a liberdade individual de recusar quem lhe convém doutrinar. 
(D) não tem fundamento, pois o melhor a se fazer em casos de confronto ideológico é abster-se de suas posições. 
 
Frank & Ernest, de Bob Thaves. O Estado de S.Paulo, São Paulo, 28 maio 2005. 
Pode-se afirmar que, para o personagem que está lendo, a função social dos contos tradicionais seria 
(A) assustar pessoas com sono. 
(B) ajudar as pessoas a dormir. 
(C) divertir pessoas entediadas. 
(D) transmitir valores morais. 
 
 
 
Mulher esconde pedido de ajuda na lição do filho para denunciar marido 
Sob a vigilância constante do marido, uma uruguaia vítima de violência doméstica encontrou uma forma engenhosa 
de denunciar sua situação para a polícia na Espanha. 
Vivendo em Benalmádena, na província de Málaga, no sul do país, ela não podia sair na rua sozinha nem usar o 
celular ou entrar nas redes sociais sem a permissão do marido. [...] 
Mas ela conseguiu esconder um bilhete com um pedido de ajuda em meio à lição de casa de seu filho de oito anos. 
Nele, explicava sua situação e dava dados pessoais, inclusive seu endereço. 
A professora do menino achou o bilhete dentro de um livro e avisou a direção da escola, que entrou em contato com 
as autoridades e o Centro Municipal da Mulher de Benalmádena. 
FOLHA DE SÃO PAULO. Mulher esconde pedido de ajuda na lição do filho para denunciar marido. Caderno Mundo. 05 mai. 2016. Disponível 
em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/05/1768035-mulher-esconde-pedido-de-ajuda-na-licao-do-filho-para-denunciar-marido.shtml. Acesso 
em: 05 mai. 2016 (adaptado) 
A principal informação veiculada pelo texto se refere à(s) 
(A) forma que a mulher encontrou para denunciar o marido. 
(B) formas de combater a violência praticada contra as mulheres 
(C) diferentes formas de se denunciar a violência contra as mulheres. 
(D) múltiplas formas encontradas pelo marido para oprimir sua mulher. 
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como 
quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se 
também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha 
no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que 
no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. 
Machado de Assis. Um apólogo. In: Clarice Lispector e outros. Contos. São Paulo: Ática, 1992. p. 59-61. v. 9. (Para gostar de ler). 
Pode-se afirmar que a oração final, destaca em negrito, se refere ao personagem da 
(A) linha. 
(B) costura. 
(C) agulha. 
(D) costureira. 
 
 
 
Um idoso na fila do Detran 
“O senhor aqui é idoso”, gritava a senhora para o guarda, no meio da confusão na porta do Detran da Avenida 
Presidente Vargas, apontando com o dedo o tal “senhor”. Como ninguém protestasse, o policial abriu caminho para 
que o velhinho enfim passasse à frente de todo mundo para buscar a sua carteira. 
Olhei em volta e procurei com os olhos o velhinho, mas nada. De repente, percebi que o “idoso” que a dama solidária 
queria proteger do empurra-empurra não era outro senão eu. 
VENTURA, Zuenir. Um idoso na fila do Detran. In: ______. Crônicas de um fim de século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. 
A expressão em destaque no trecho possui o sentido de algo que aconteceu 
(A) demoradamente. 
(B) subitamente. 
(C) pausadamente. 
(D) espacialmente. 
Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou 
que a traíra ainda estava viva. Era o maior de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela 
estava mexendo, suas guelras mexiam devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos; como podia durar 
tanto tempo assim fora d’água? 
Luiz Vilela. Um peixe. In: Tarde da noite. 4. ed. São Paulo: Ática, 1988. p. 37. 
Pode-se afirmar que o termo “traíra”, destacado em negrito, se refere a um(a) 
(A) peixe. 
(B) recipiente com água. 
(C) pessoa pouco confiável. 
(D) tipo de pia. 
 
 
 
O general nada tinha de marcial, nem mesmo o uniforme que talvez não possuísse. Durante toda a sua carreira militar, 
não viu uma única batalha, não tivera um comando, nada fizera que tivesse relação com a sua profissão e o seu curso 
de artilheiro. Fora sempre ajudante-de-ordens, assistente, encarregado disso ou daquilo, escriturário, almoxarife, e era 
secretário do Conselho Supremo Militar, quando se reformou em general. Os seus hábitos eram de um bom chefe de 
seção e a sua inteligência não era muito diferente dos seus hábitos. Nada entendia de guerras, de estratégia, de tática 
ou de história militar; a sua sabedoria a tal respeito estava reduzida às batalhas do Paraguai, para ele a maior e a 
mais extraordinária guerra de todos os tempos. 
BARRETO, Lima. O triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000159.pdf. Acesso 
em: 05 mai. 2016 
A ironia do trecho reside no fato de que o general 
(A) apesar de possuir uma profissão relacionada à guerra, pouco sabia ou entendia do assunto. 
(B) apesar de não ser muito inteligente, tinha ideais republicanos e não monárquicos. 
(C) apesar de louvar a Guerra do Paraguai, possuía conhecimentos reduzidos acerca de suas batalhas. 
(D) apesar de possuir muitas honrarias de guerra, nunca esteve em nenhuma batalha. 
 
 
 
 
 Fotomontagem de Tamires Azevedo formada pelas imagens Bloomua e rangizzz/Shutterstock/Glow Images e Associação Brasileira de Imprensa, 
in Alves, Rosemeire Aparecida Vontade de saber português, 8o ano / Rosemeire Aparecida Alves, Tatiane Brugnerotto Conselvan. – 2. ed. – São 
Paulo : FTD, 2015, p. 131. 
Pode-se afirmar que o cerne da mensagem da campanha apresentada consiste em indicar que 
(A) poucos indivíduos dominam efetivamente o uso da vírgula no Brasil. 
(B) os revisores textuais não devem alterar a pontuação de uma dada mensagem. 
(C) cada pessoa deve utilizar as vírgulas conforme suas preferências pessoais. 
(D) o uso da vírgula pode alterar drasticamente o sentido de uma frase. 
 
 
 
 
Na ponta do nariz 
Tiago chegou perto da mãe, irritadíssimo. 
— Tinha de ser comigo, mãe! 
A mãe virou-se para o menino. 
— Tinha de ser o quê, Tiago? 
— Olhe bem! Você não vê nada? — completou, mais irritado ainda. 
A mãe encarou o filho. 
— Ver, eu vejo. Um menino bonito... 
— Pô, mãe! Assim não dá! Eu te trago um problema, pedindo ajuda, e você responde desse jeito?... 
— Ora, filho, não vejo nada demais, nenhum problema excepcional com você. 
Tiago enfureceu-se. 
— Você nunca vê nada! Se fosse com Adriana... aí sim. Nela você vê tudo: o que precisa e oque não precisa!.. 
GARCIA, Edson Gabriel. Na ponta do nariz. In: Meninos & meninas: emoções, sentimentos e descobertas. São Paulo: Edições Loyola, 1992. p.7. 
No trecho do texto anterior, o uso das exclamações contribui para 
(A) evidenciar o discurso direto. 
(B) enfatizar as explicações da mãe. 
(C) acentuar a exaltação do menino. 
(D) indicar pausas nas falas. 
 
 
 
Texto 1 
São várias formas de expressar a paixão de torcedor. Desde crianças, mesmo que não possuam tanta autonomia 
para fazer “loucuras”, muitos acabam demonstrando seu amor com os álbuns de figurinhas, camisas e, também, 
usando material escolar com o símbolo estampado na capa. Se, no geral, as pessoas soubessem realmente respeitar 
o outro, gestos como esses que encontramos em muitas de nossas crianças não teriam grandes consequências. Mas, 
infelizmente, esse “amor” pelo time, muitas vezes, ultrapassa os limites do bom senso e do respeito que se deve ter, 
acima de tudo, pelo bem-estar físico e psicológico de si e do outro. 
 LEITE, Daniele Vilela. Futebol, paixão e educação. Bahia Notícias, Salvador, 25 jan. 2013. Disponível em: . Acesso em: 21 mar. 2015. 
Texto 2 
Desde 2010, foram 113 mortes relacionadas a futebol no Brasil. O ano de 2013 foi o mais violento até hoje, com 30 
mortes. Já em 2015, a cifra caiu pela metade, com 15 mortes comprovadamente ligadas a torcidas organizadas. 
PORTINARI, NATALIA. Desde 2010, 113 pessoas morreram em brigas de torcida. Disponível em www1.folha.uol.com.br/esporte/2016/04/1757121-
desde-2010-113-pessoas-morreram-em-brigas-de-torcida.shtml. Acesso em 6 mai. 2016. 
 
No que se refere à relação entre os textos apresentados, pode-se afirmar que esses trecho são 
(A) incompatíveis, já que o texto 1 aborda o amor pelo futebol e o texto 2 indica os riscos de comportamentos 
violentos. 
(B) complementares, já que o texto 2 confirma a hipótese do texto 1 de que a paixão pelo futebol pode provocar 
efeitos negativos. 
(C) idênticos, já que tanto o texto 1 como o 2 abordam o tema da violência promovida nos campos de futebol. 
(D) contraditórios, já que o texto 2 contesta o receio expresso, no texto 1, sobre os possíveis riscos da paixão 
exagerada por futebol. 
No princípio, os egípcios, como a maioria dos povos da Antiguidade, parecem ter utilizado o calendário lunar, 
principalmente para estabelecer as datas das festas religiosas. Mas, ao lado desse calendário astronômico, usavam 
um outro. [...] O ritmo agrícola do vale é condicionado pelo Nilo, e suas mudanças é que fixam as datas das várias 
operações. Assim, não há nada de surpreendente no fato de que, paralelamente ao calendário religioso lunar, os 
antigos habitantes do vale utilizassem também um calendário natural baseado na repetição periódica do evento mais 
importante para a sua subsistência: as cheias do Nilo. 
MOKHTAR, Gamal (editor). História geral da África - Vol II: África antiga. 2ª.ed. Brasília: UNESCO, 2010, p.XL. Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000319.pdf. Acesso em: 05 mai. 2016 
A expressão “calendário religioso lunar”, no contexto do trecho, sugere que a(s) 
(A) periodicidade do calendário era terrena e celeste. 
(B) cheias do Nilo coincidem com o movimento lunar. 
(C) religião egípcia associava-se aos movimentos lunares. 
(D) datas religiosas baseavam-se nas cheias do Nilo. 
 
 
 
Em meio aos congestionamentos, à poluição e outros problemas decorrentes do crescimento desordenado das 
cidades, andar de bicicleta aparece cada vez mais como uma alternativa viável de transporte. Nas cidades, a bicicleta 
é geralmente utilizada para percorrer curtas e médias distâncias, em trajetos como ir e voltar do trabalho, visitar 
amigos ou fazer compras. 
Segundo alguns estudos realizados na Grande São Paulo no ano de 2006, quando o fluxo de carros aumenta nas 
ruas, nos famosos horários de rush, as bicicletas podem ser até 56% mais rápidas que os carros. Embora a 
infraestrutura para o trânsito de bicicletas na cidade ainda seja deficiente, a utilização das ciclovias, dos acostamentos, 
e dos caminhos alternativos, fora das grandes avenidas, poupa muito o tempo dos ciclistas. 
Charles H. F. Chiba. Bicicleta: uma alternativa de transporte viável nas cidades. Disponível em: <http://galaxiadainternet.wordpress.com>. Acesso 
em: 10 fev. 2014. 
Para defender o uso da bicicleta, o autor do texto argumenta que a bicicleta é 
(A) mais eficaz que o carro, pois evita problemas de atraso ao percorrer distâncias curtas. 
(B) mais rápida que o carro, pois tem acesso a uma infraestrutura melhor. 
(C) melhor do que o carro, pois é mais eficaz em horários de pico. 
(D) mais prática do que o carro, pois é utilizada para percorrer curtas e médias distâncias. 
 
 
 
 
O bode como doutor 
De alta capacidade 
Namorou-se da raposa 
Consagrou grande amizade 
Lhe prometendo mais logo 
Fazer-lhe a felicidade 
 
A raposa muito alegre 
Chegou em casa e contou 
Pra sua mãe que sabendo 
Com muito gosto aceitou 
A raposa de contente 
nesse dia não jantou 
 
Disse o velho: doutor bode 
É um jovem muito decente 
Pertence a alta escol 
É filho de boa gente 
Porém queremos saber 
Se os pais dele consente 
AMARAL, Firmino Teixeira do. O casamento do bode com a raposa, p.4. Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jn000001.pdf. Acesso em: 06 mai. 2016 
O texto anterior pertence à literatura de cordel, gênero caracterizado pelo uso constante de variantes populares do 
português, assim chamadas por divergirem dos parâmetros da norma culta. Um exemplo de um desses desvios da 
forma padrão da língua nacional está presente em 
(A) “alta escol”. 
(B) “os pais dele consente”. 
(C) “É filho de boa gente”. 
(D) “É um jovem muito decente”. 
 
A “guerra campal aos índios nomeados carijós” tornara-se uma política colonial na capitania de São Vicente desde 
1585, quando Jerônimo Leitão, a pedido das câmaras de São Vicente, iniciou campanhas pelo sertão em busca de 
escravos. Essas entradas se tornarão frequentes nos anos seguintes, dando início ao ciclo bandeirante da “caça ao 
índio” e acirrando a reação dos povos indígenas contra os colonos [...] 
Eram essas as relações entre os colonos e os povos indígenas, e a chegada de uma frota inglesa acendeu nos índios 
escravizados e sublevados uma oportunidade de virar o jogo. 
FRANÇA, Jean Marcel Carvalho. Piratas no Brasil: as incríveis histórias dos ladrões dos mares que pilharam nosso litoral. São Paulo: Editora 
Globo, 2014, p.42-3 
A expressão em destaque indica que os índios 
(A) tiveram uma chance de mudar sua situação de opressão. 
(B) conseguiram reverter a situação e escravizar os colonos. 
(C) tiveram a chance de perseguir e aprisionar os colonos. 
(D) conseguiram vencer a batalha ao sair de sua situação opressora. 
 
 
 
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea: botando os bofes de fora. São Paulo: Devir, 2002, p.3 
Um elemento não verbal, presente no quadrinho, que corrobora o humor do texto verbal é o(a) 
(A) cor do cabelo do personagem. 
(B) forma física do personagem. 
(C) semelhança entre as lagartixas e a tatuagem. 
(D) calção vermelho de surfista do personagem. 
 
 
 
 
Texto I 
Temos de partir da premissa de que há muito vem ocorrendo uma confusão entre “educar” e “informar”. Em sua 
grande parte, as campanhas institucionais mais informam do que educam, pois são desenvolvidas para dar 
“publicidade à legislação”. Elas informam os pedestres e motoristas de que o correto é atravessar na faixa de 
segurança, obedecer aos sinais, usar cinto etc. No entanto, todos somos sabedores de que faixas de segurança e 
semáforos só existem nas ruas centrais e principais avenidas, nos bairros residenciais elas são praticamente 
inexistentes. 
GONZAGA, Diza. Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. Disponível em: <www.vidaurgente.org.br/site/int_comunicacao_artigos-
int.php?secao=artigos&codigo=311>. Acesso em: 22 ago. 2014. 
Texto II 
O fator educacional se estende por meio do comportamento do indivíduonas vias públicas, pois se participa do 
trânsito desde o ventre materno até a morte. Convém lembrar que quando se dirige, passeia, se caminha também se 
está no trânsito e, nesse momento, se repete o que foi aprendido na educação familiar e no convívio social. Se foram 
bons exemplos, formar-se-ão bons motoristas, participantes do sistema de trânsito, educados e conscientes. 
SIMIONI, Viviane. Educação e trânsito: uma mistura que dá certo. 
http://www.unioeste.br/cursos/cascavel/pedagogia/eventos/2007/Simp%C3%B3sio%20Academico%202007/Trabalhos%20Completos/Trabalhos/PD
F/72%20Viviane%20Simioni.pdf. Acesso em: 06 mai. 2016 
Podemos dizer que o Texto I e o Texto II são 
(A) discordantes entre si, pois um defende a educação no trânsito e outro a veiculação da informação. 
(B) concordantes entre si, pois ambos defendem que é a informação e o exemplo prático que geram um trânsito 
seguro. 
(C) discordantes entre si, pois um defende que o trânsito seguro é responsabilidade do Estado e outro dos valores da 
família. 
(D) concordantes entre si, pois ambos sugerem que a educação no trânsito parte de valores da família e da escola. 
A grande missão da UNESCO é promover a educação, a cultura, a ciência e o livre trânsito de ideias e conhecimentos 
como instrumentos de desenvolvimento social. São inúmeros os pontos de contato entre nossa missão e o papel a ser 
desempenhado pela imprensa e os meios de comunicação em um regime democrático. 
É na construção da democracia em sentido amplo, isto é, que realmente incorpore a maioria de seus cidadãos e, 
sobretudo, aqueles mais necessitados, que a imprensa pode representar um papel fundamental. Isto ocorre quando, 
garantida sua liberdade de dar ressonância a várias opiniões e veicular as informações que julgue pertinentes, a 
imprensa se transforme num dos mais poderosos instrumentos para que a população construa suas próprias 
condições de liberdade. 
WERTHEIN, Jorge. A imprensa, a democracia e a cidadania. Brasília: UNESCO, 2004. Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000254.pdf. Acesso em: 06 mai. 2016 
O autor do texto apresentado anteriormente possui, por finalidade, a intenção de 
(A) informar sobre a missão da UNESCO e relacioná-la ao papel exercido pela imprensa. 
(B) debater o verdadeiro papel que a imprensa deveria exercer e não aquele que exerce. 
(C) descrever as instituições da UNESCO e os diferentes meios com que a imprensa desempenha seu papel. 
(D) instruir o leitor sobre os procedimentos que ele deve adotar ao ler as notícias veiculadas pela imprensa. 
 
 
 
Texto I 
Filhos são sempre a alegria e a preocupação maior de todas as mães. 
Mas, no mundo de hoje, é raro sentir-se plena somente com o exercício da maternidade. Nem dá, pois a maioria dos 
lares de classe média necessita de dois salários. O mundo real da pobreza obriga a mãe a sair para trabalhar e 
sustentar os filhos. E esse trabalho é muito mais duro e menos gratificante do que o da mãe mais qualificada. 
SUPLICY, Marta. Mãe, século 21. In: Folha de São Paulo. Colunistas. 06 mai. 2016. Disponível em: 
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/martasuplicy/2016/05/1768348-mae-seculo-21.shtml. Acesso em: 06 mai. 2016 
Texto II 
A renda média e a mediana feminina são inferiores a masculina para todos os tipos de famílias. A desigualdade de 
rendimentos é uma realidade para todas as mulheres. Claro que há diferenças entre as mulheres, bem como para os 
homens entre si. Olhando para a renda média nota-se que as mulheres auferem rendimentos de cerca de 70% dos 
masculinos, e considerando a mediana estes ganhos são de cerca de 66% dos recebidos pelo sexo masculino. 
MELO, Hildete Pereira de. Gênero e pobreza no Brasil: relatório final do projeto Governabilidad Democratica de Género en America Latina y el 
Caribe. Brasília: CEPAL, 2005, p.37. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/tr000004.pdf. Acesso em 06 mai. 2016 
(adaptado) 
 
Embora os textos abordem aspectos diferentes do assunto, ambos apontam para o tema 
(A) “A rotina de trabalho de mulheres que são mães”. 
(B) “As dificuldades enfrentadas por mulheres trabalhadoras”. 
(C) “O desnível salarial entre homens e mulheres”. 
(D) “As preocupações afetivas de ser mãe”. 
 
Gilberto Freyre construiu uma obra que foi uma tentativa de unir conhecimento e realidade. A partir de uma 
abordagem original, sem curvar-se a teorias alheias ou a modismos. Não só tratou de encontrar um enfoque novo, 
ambicionou uma “ciência” brasileira, tropical, com métodos, temas e pontos de vista próprios. 
Os textos que escreveu levando à prática tudo isso estão marcados por um estilo em que a vivacidade da linguagem 
se destaca. No entanto, não foi a partir do improviso que logrou compor os seus livros, e sim de uma sólida educação, 
desenvolvida principalmente nos Estados Unidos. 
LIMA, Mário Hélio Gomes de. Gilberto Freyre. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010, p.11. Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me4701.pdf. Acesso em: 05 mai. 2016 
De acordo com o texto, Gilberto Freyre escrevia 
(A) inspirado por rompantes de improviso. 
(B) tendo por base modismos dos EUA. 
(C) com um estilo de linguagem vívido. 
(D) a partir de seu conhecimento da realidade. 
 
 
Quando chegou a casa para almoçar, João Duarte soube pela criada que a menina ardia em febre. Nem descansou o 
chapéu. Precipitou-se no quarto onde a pequena Maria, numa grande cama, estendia o seu corpinho ardente. 
— Que tens, minha filha? Maria não respondeu. Apenas agitou a cabeça como se a incomodasse qualquer coisa no 
pescoço, e tinha a pele de brasa, a pele que parecia fogo. 
— Como foi? Como foi? perguntava o pai, curvado sobre o leito. Comeste decerto alguma coisa que te fez mal. Uma 
fruta decerto? Com este calor, louquinha, com este calor! Mas vamos mandar a Jesuina ao médico. Ele vem já, dá-te 
umas drogas, e ficas outra vez boa, pois não? 
Saiu para a sala de jantar, escreveu à pressa um bilhete. 
— Leva já isso ao doutor Guimarães. Depressa. 
— E o senhor não almoça? Está pálido. 
— Não, perdi a fome. Esta Maria! Decerto fez alguma imprudência. Anda, vai. Diz-lhe que venha imediatamente. Que 
te parece a doença da Maria? 
— Oh! meu senhor, uma das doenças da menina. Oito dias, e sara. 
RIO, João do. Coração. In: Dentro da noite, p.24. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000064.pdf. Acesso em: 06 
mai. 2016 
Qual alternativa apresenta um conteúdo possível para o que está escrito no bilhete? 
(A) “Por favor, sirva o almoço”. 
(B) “Venha depressa, minha filha está doente”. 
(C) “Volto logo, vou levar Maria ao hospital”. 
(D) “O quê Maria comeu? Ela passa mal”. 
O grande pessimista colhe todas as notícias ruins do jornal e manda aos amigos cada manhã; acha que o ser humano 
não presta mesmo, o mundo é mero palco de guerras e corrupção. O excessivamente otimista acha que a realidade é 
a das telenovelas e dos sonhos adolescentes, das modas, das revistas, da praia, do clube. 
LUFT, Lya. Minha amante Esperança. In: Perdas & ganhos. 23ªed. Rio de Janeiro: Record, 204, p.104. 
Um conectivo que poderia ser utilizado antes de “O excessivamente otimista” seria: 
(A) Embora. 
(B) Logo. 
(C) Por sua vez. 
(D) Pois. 
 
língua portuguesa
caderno de prova
simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB
9 ANO
língua portuguesa
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