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É o estudo sistemático das principais enzimas que participam de órgãos distintos. • Enzimas são proteínas específicas com a função de acelerar as reações químicas, diminuindo o gasto energético. São catalisadores do sistema biológico. Participam diretamente nas reações químicas pelas quais matéria e energia são transformadas nos sistemas biológicos. • Isoenzimas: Enzimas com estrutura primária diferente, catalisando a mesma reação, codificadas por genes diferentes. Isoenzimas diferentes podem originar-se de tecidos diferentes, e sua determinação específica pode fornecer pistas a respeito do sítio da patologia. As enzimas de interesse a serem analisadas no laboratório estão localizadas dentro das células ou na membrana plasmática. Uma vez que avaliamos uma determinada função do tecido, se existe alguma lesão no mesmo, as enzimas que estão dentro, vão extravasar e aumentar na corrente sanguínea. Analisa-se então a função e grau de lesão. Se a concentração está diminuindo, algo está interferindo no funcionamento dessa enzima também. • Regulação de substâncias plasmáticas; • Resposta a estímulos hormonais; • Desintoxicação; • Síntese de ácidos biliares; • Síntese de proteínas plasmáticas; • Recebe, processa e armazena macromoléculas; • Resposta a demanda. • Metabólica: Glicose, proteínas, lipídios, bilirrubina; • Síntese: Albumina, globulinas, fatores da coagulação, complemento, lipoproteínas, colesterol, bile, proteínas de ligação (Fe, Cu, vitamina A); • Catabolismo: Hormônios (insulina, glucagon, andrógenos, estrógenos) remoção da NH3; • Armazenamento: Glicogênio, triglicerídeos, vitaminas lipossolúveis, Fe, Cu; • Excretora: Colesterol, ácidos biliares, bilirrubina; • Defesa: Células Kupffer; O pâncreas produz a insulina e cai na veia esplênica, que leva para o sistema porta hepático, e sua passagem pelo fígado faz com que ela sofra metabolismo hepático. Logo, a quantidade de insulina que coletamos no sangue não é a mesma que produzimos, e sua meia vida é só de 5 minutos, sendo muito difícil de se analisar. Por isso, existe outro marcador mais eficaz: peptídeo C, que é liberado junto com a insulina e ele não sofre metabolismo hepático, e o tempo de meia vida é 7x maior que o da insulina. Para fazer a avaliação hepática, usamos marcadores, tais quais: • Função hepática: Bilirrubina; albumina, TAP e PTT, sais biliares e colinesterase*; • Lesão hepática: ALT, AST, GGT, FAL, colinesterase*; * Colinesterase está nos dois, já que ela é uma enzima sintetizada pelo fígado, e com a sua diminuição é possível observar a sua função, e é marcadora de intoxicação hepática por organofosforados. Qual a utilidade destes testes? • Detectar a presença de doença hepática; • Fazer diagnóstico diferencial das doenças; • Avaliar a extensão do dano hepático; • Seguimento de tratamento. Constituem um grupo de enzimas que catalisa a interconversão de aminoácidos a 2 – oxo – ácidos pela transferência de grupos amino. -cetoglutarato + aspartato→ glutamato + oxaloacetato AST: aspartato aminotransferase Aspartato aminotransferase. Grande concentração em fígado, miocárdio, músculo estriado esquelético e eritrócitos. Está no citosol e mitocôndria. Elas são isoenzimas diferentes, mas o kit detecta as duas de mesma forma. Tempo de meia vida: citosol: 30h, mitocôndria: 80h. Valor de referência: 40 U/L -cetoglutarato + alanina→ glutamato + piruvato ALT: alanina aminotransferase Alanina aminotransferase. A maior concentração é no fígado, porém também é encontrada no intestino e rins (porém muito baixo). Ela é mais específica para lesão hepática do que AST, pois sua concentração no fígado é mais específica. Sua localização na célula é encontrada só no citosol. O tempo de meia vida é de cerca de 11 horas. Valor de referência: 45 U/L. Se os níveis de ALT estão maiores que AST, pode ser uma lesão crônica ou aguda. Tem que observar o paciente. Por exemplo, hepatite viral. Hepatopatia alcóolica ou lipídeo: AST fica maior que ALT. Aumenta o pH da célula, diminuindo o funcionamento das enzimas (principalmente as na membrana) Também chamada de GGT. As peptidases catalisam a clivagem hidrolítica de peptídeos formando aminoácidos ou peptídeos menores. A GGT catalisa a transferência do grupo glutamil de peptídeos e compostos para um aceptor. Hidrolase de monoéster ortofosfórico. Catalisa a hidrólise alcalina de uma ampla variedade de substratos naturais e sintéticos. Íons divalentes ativadores: Mg, Co, Mn, Zn e íon metálico constitutivo. Substâncias inibidoras: fosfato, borato, oxalato e íon cianeto. Totalmente excretada pela bile, marcador importante para processos obstrutivos hepáticos. Presente também no intestino, fígado e ossos. Metabolismo ósseo/hepático: 50-250 U/L. Alterações indicam doenças hepatobiliares. Marcador de membrana, transporte de aminoácido. Até 5 a 40 U/L. Aparece em obstruções, hepatites, esteatoses e medicamentos. Toxidade a álcool – marcador sensível. Tempo de meia vida: 10-28 dias. Ela é uma enzima microssomal. Apenas no citoplasma da célula, presente em todos os tecidos humanos, convertendo o lactato em piruvato. É liberada em dano celular, hipóxia e necrose. A maior parte da LDH presente no soro normal é originária dos eritrócitos e plaquetas. Metabolismo: proveniente do metabolismo da hemoglobina. A meia vida das hemácias vai estar relacionadas com a taxa de bilirrubinas. 85-90% vem das hemácias “velhas” e o resto proveniente das hemácias “descartadas” e citocromos (porfirinas). A hemoglobina é quebrada nas porções heme e globina pela heme oxigenase. Biliverdina redutase é reduzida para biliverdina, e dps bilirrubina não conjugada (indireta), dps a bilirrubina conjugada (no fígado, para tornar ela em hidrossolúvel por meio da albumina). • Neonatal; • Adquirida; INDICADORES DE LESÃO HEPÁTICA – ENZIMAS CELULARES ENZIMAS LIGADAS À MEMBRANA – INDICADORES DE COLESTASE ICTERÍCIA • o Pré-hepática; o Hepática; o Pós-hepática. • Genética o Síndrome de Crigler-Najiar (Tipo I e II); o Síndrome de Gilbert; o Síndrome de Kernicterus; o Síndrome de Dubin-Johnson; o Síndrome de Rotor. • Síndrome de Crigler-Najiar (Tipo I e II): Tipo I: ausência de enzima, neonatal; Tipo II: deficiência parcial da enzima, 1ª década. • Síndrome de Gilbert: Déficit parcial de UDP- glucuronosiltransferase; • Síndrome de Kernicterus; • Síndrome de Dubin-Johnson: Defeito no transportador da membrana canalicular ATP-dependente, fígado pigmentado de preto. • Síndrome de Rotor: Distúrbio no metabolismo, fígado normal. Principal produto do metabolismo do grupo heme da hemoglobina. • Bilirrubina direta: (conjugada) avalia a integridade fisiológica do hepatócito e da permeabilidade das vias biliares intra e extra-hepáticas; • Bilirrubinas indiretas: (não conjugada) avalia a capacidade de depuração do fígado, estão ligados à captação e/ou conjugação hepática. Valor de referência: • Bilirrubina direta: até 0,7 mg/dL (hepatopatias, colestases); • Bilirrubina indireta: até 1,0 mg/dL (pré-hepáticos, hemólises); • Bilirrubinas totais: 0,5 a 1,5 mg/dL (aumento de uma ou ambas). HIPERBILIRRUBINEMIAS GENÉTICAS PROVAS DE FUNÇÃO HEPÁTICA