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Teorias da Verdade Prof. Ricardo Mesquita Sumário 02/26 Prof. Ricardo Mesquita As Bases Fisiológicas da Razão Sensação: é a reação física do corpo ao mundo físico, sendo regida pelas leis da física, da química, da biologia etc., que resulta na ativação das áreas primárias do córtex do cérebro. Percepção: é o processo através do qual o ser humano conhece o mundo à sua volta de forma total e complexa. 03/26 Prof. Ricardo Mesquita As Bases Fisiológicas da Razão Memória: é o processo de retenção de informações no qual nossas experiências são arquivadas e recuperadas quando as chamamos Categorização: é o processo pelo qual ideias e objetos são reconhecidos, diferenciados e classificados. Em linhas gerais, a categorização consiste em organizar os objetos de um dado universo em grupos ou categorias, com um propósito específico. 04/26 Prof. Ricardo Mesquita Razão e Emoção A Filosofia se realiza como conhecimento racional da realidade natural e cultural, das coisas e dos seres humanos. Por identificar razão e certeza, a Filosofia afirma que a verdade é racional; por identificar razão e motivo, por considerar que sempre agimos e falamos movidos por motivos, a Filosofia afirma que somos seres racionais e que nossa vontade é racional; por identificar razão e causa e por julgar que a realidade opera de acordo com relações causais, a Filosofia afirma que a realidade é racional. 05/26 Prof. Ricardo Mesquita Razão e Emoção Segundo Pascal, filósofo francês do século XVII: “O coração tem razões que a razão desconhece”. ◦ Nossa vida emocional possui causas e motivos (as “razões do coração”), que são as paixões ou os sentimentos, e é diferente de nossa atividade consciente, seja como atividade intelectual, seja como atividade moral. 06/26 Prof. Ricardo Mesquita A Verdade como um Valor 07/26 Prof. Ricardo Mesquita O verdadeiro confere às coisas, aos seres humanos, ao mundo um sentido que não teriam se fossem considerados indiferentes à verdade e à falsidade. Ignorância 08/26 Prof. Ricardo Mesquita Ignorar é não saber alguma coisa Pode ser tão profunda que sequer a percebemos ou a sentimos O estado de ignorância se mantém em nós enquanto as crenças e opiniões que possuímos para viver e agir no mundo se conservam como eficazes e úteis, de modo que não temos nenhum motivo para duvidar delas, nenhum motivo para desconfiar delas e, consequentemente, achamos que sabemos tudo o que há para saber. Incerteza Na incerteza, descobrimos que somos ignorantes, que nossas crenças e opiniões parecem não dar conta da realidade, que há falhas naquilo em que acreditamos e que, durante muito tempo, nos serviu como referência para pensar e agir. Não sabemos o que pensar, o que dizer ou o que fazer em certas situações ou diante de certas coisas, pessoas, fatos etc. A incerteza nos leva ao estado de insegurança. 09/26 Prof. Ricardo Mesquita Insegurança Na dúvida, nos enchemos de perplexidade e somos tomados pela insegurança. Vemos ou ouvimos alguma coisa que nos enche de espanto e de admiração, não sabemos o que pensar ou o que fazer com a novidade do que vimos ou ouvimos porque as crenças, opiniões e ideias que possuímos não dão conta do novo. O espanto e a admiração, assim como antes a dúvida e a perplexidade, nos fazem querer saber o que não sabemos, nos fazem querer sair do estado de insegurança ou de encantamento, nos fazem perceber nossa ignorância e criam o desejo de superar a incerteza. 10/26 Prof. Ricardo Mesquita O Dogmatismo É nossa crença de que o mundo existe e que é exatamente tal como o percebemos. ◦ somos seres práticos: nos relacionamos com a realidade como um conjunto de coisas, fatos e pessoas que são úteis ou inúteis para nossa sobrevivência. Para a atitude natural ou dogmática, o verdadeiro é o que funciona e não surpreende. 11/26 Prof. Ricardo Mesquita As Exigências Fundamentais da Verdade compreender as causas da diferença entre o parecer e o ser das coisas ou dos erros; compreender as causas da existência e das formas de existência dos seres; compreender os princípios necessários e universais do conhecimento racional; compreender as causas e os princípios da transformação dos próprios conhecimentos; separar preconceitos e hábitos do senso comum e a atitude crítica do conhecimento; explicitar com todos os detalhes os procedimentos empregados para o conhecimento e os critérios de sua realização; Prof. Ricardo Mesquita 12/26 As Exigências Fundamentais da Verdade libertar o pensamento para investigar o sentido ou a significação da realidade que nos circunda e da qual fazemos parte; comunicar-se, isto é, os critérios, os princípios, os procedimentos, os percursos realizados e os resultados obtidos devem poder ser conhecidos e compreendidos por todos os seres racionais. ◦ Como escreve o filósofo Espinosa: “O Bem Verdadeiro é aquele capaz de comunicar-se a todos e ser compartilhado por todos” transmitir os critérios, os princípios, os procedimentos, os percursos e os resultados do conhecimento que devem poder ser ensinados e discutidos em público. ◦ Como diz Kant, “temos o direito ao uso público da razão” Prof. Ricardo Mesquita 13/26 As Exigências Fundamentais da Verdade Vivenciar a verdade, isto é, o conhecimento não pode ser ideologia, ou, em outras palavras, não pode ser máscara e véu para dissimular e ocultar a realidade, servindo aos interesses da exploração e da dominação entre os homens. Ao dizer a verdade, ela deve ser objetiva, isto é, deve ser compreendida e aceita universal e necessariamente, sem que isso signifique que seja “neutra” ou “imparcial”, pois o sujeito do conhecimento está vitalmente envolvido na atividade do conhecimento e o conhecimento adquirido pode resultar em mudanças que afetem as realidades natural, social e cultural. Prof. Ricardo Mesquita 14/26 As Exigências Fundamentais da Verdade A verdade é: Frágil porque os poderes estabelecidos podem destruí- la, assim como mudanças teóricas podem substituí-la por outra Poderosa, porque a exigência do verdadeiro é o que dá sentido à existência humana. Prof. Ricardo Mesquita 15/26 A Lógica Prof. Ricardo Mesquita 16/26 Irving Copi: “A lógica é uma ciência do raciocínio” A sua ideia está ligada ao processo de raciocínio correto e incorreto que depende da estrutura dos argumentos envolvidos nele. A lógica estuda as formas ou estruturas do pensamento A Lógica Proposições: ◦ Chamaremos de proposição ou sentença, a todo conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um pensamento de sentido completo ◦ Algo que pode ser interpretado (ou julgado) como verdadeiro ou falso ◦ Um argumento é um conjunto de proposições com uma estrutura lógica tal que algumas delas acarretam, ou tem como consequência, outra proposição. Prof. Ricardo Mesquita 17/26 A Lógica Silogismo categórico de forma típica argumento formado por duas premissas e uma conclusão. Exemplo: ◦ Todas as mulheres são bonitas ◦ Todas as princesas são mulheres ◦ Logo, todas as princesas são bonitas Prof. Ricardo Mesquita 18/26 A Lógica Conceitos: ◦ Silogismo é um raciocínio que, a partir de proposições dadas como condições de partida (premissas), estabelece uma conclusão necessária, recorrendo apenas aos dados iniciais. ◦ Exemplo: se todo A é B, e todo B é C, então todo A é C Prof. Ricardo Mesquita 19/26 A Lógica Conceitos: ◦ Axioma é uma sentença ou proposição que não é provada ou demonstrada e é considerada como óbvia ou como um consenso inicial necessário para a construção ou aceitaçãode uma teoria. ◦ Exemplo: entre dois pontos existe apenas uma reta. Prof. Ricardo Mesquita 20/26 A Lógica Conceitos: ◦ Teorema é proposição científica que pode ser demonstrada. ◦ Exemplo: o Teorema de Pitágoras estabelece uma relação simples entre os comprimentos dos lados de um triângulo retângulo: “o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”. Prof. Ricardo Mesquita 21/26 A Lógica Prof. Ricardo Mesquita 22/26 Conceitos: ◦ Postulado é o que se considera como fato reconhecido e ponto de partida, implícito ou explícito, de uma argumentação; premissa. É uma afirmação ou fato admitido sem necessidade de demonstração. ◦ Exemplo: existem infinitos pontos no universo. A Lógica Conceitos: ◦ Corolário é uma proposição que deriva, em um encadeamento dedutivo, de uma asserção precedente, produzindo um acréscimo de conhecimento por meio da explicitação de aspectos que, no enunciado anterior, se mantinham latentes ou obscuros. ◦ Exemplo: Teorema: A soma dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus. Corolário: Cada ângulo de um triângulo equilátero tem 60 graus. Prof. Ricardo Mesquita 23/26 A Lógica Conceitos: ◦ Conjectura é o ato ou efeito de inferir ou deduzir que algo é provável, com base em presunções, evidências incompletas, pressentimentos. ◦ Exemplo: Conjectura de Goldbach: Todo número par maior que 2 pode ser representado pela soma de dois números primos. Prof. Ricardo Mesquita 24/26 A Lógica Conceitos: ◦ Inferência é uma operação lógica pela qual se tira conclusão de uma ou várias proposições admitidas como verdadeiras. ◦ Exemplo: todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal Prof. Ricardo Mesquita 25/26 Dúvidas? Prof. Ricardo Mesquita 26/26
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