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Estimulação de Bebês

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Estimulação de Bebês e o Cuidar e Educar Crianças Pequenas
Estimulando bebês
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
•	 compreender os aspectos que interferem no desenvolvimento global do bebê;
•	 identificar as habilidades e destrezas do bebê de 0 a 2 anos;
•	 entender os enfoques da estimulação de bebês;
•	 ententer sobre os campos de experiências e objetivos de aprendizagem descritos pela BNCC.
FIGURA 34 - BEBÊ SOBRE AS MÃOS
Disponível em:http://www.imotion.com.br/imagens/details.php?image_id=16784. Acesso em: 07 
jun.2013.
O toque estimula o cérebro a liberar hormônios importantes que 
permitem que a criança cresça.
O amor é a chave de ligação e afeta a forma como o cérebro estabelece 
conexões (Silberg, 2011, p. 17).
Nesta aula, estudaremos a importância das fases do bebê, suas habilidades 
e destrezas para o desenvolvimento de um programa de estimulação, assim 
como os enfoques estabelecidos para tal.
Bons estudos!
4º Aula
33
Seções de estudo
 
1- Habilidades e destrezas do bebê de 0 a 2 anos
2- Enfoques da estimulação de bebês
1- Habilidades e destrezas do bebê 
de 0 a 2 anos
Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/-NLBEcKvfIUY/TihKqXdQp3I/AAAAA 
AAAAJA/8o_HyVSqAJ0/s400/shantala_bb6.jpg. Acesso em: 07 jul. 2013.
Observe que o desenvolvimento da criança obedece à mesma sequência 
da formação do embrião: cabeça, tronco, e membros (TISI, 2010).
Não se pode falar em estimulação sem antes falar sobre o 
desenvolvimento infantil. E considerando que vocês já tiveram 
um conhecimento prévio de psicologia do desenvolvimento 
e, também, por já termos revisados alguns conceitos, vamos, 
agora, apenas trazer alguns aspectos das habilidades das 
crianças de 0 a 2 anos.
Na estimulação precoce, é importante respeitarmos as 
etapas da evolução motora. Assim, é importante conhecer 
alguns princípios básicos:
QUADRO 5 - EVOLUÇÃO MOTORA
Direção céfalo/ 
caudal
O desenvolvimento 
se processa no 
sentido da cabeça 
para os pés (olhos, 
mãos, braços, pernas 
e pés). Partindo 
do geral para o 
específico, ou seja, 
dos grandes para os 
pequenos músculos.
O bebê vê um objeto 
antes de poder 
alcançá-lo com as 
mãos; controla a 
cabeça antes de 
controlar o tronco; 
aprende a fazer 
muitas coisas com as 
mãos, bem antes de 
andar.
Direção próximo/ 
distal
O desenvolvimento 
se dá, da área central 
do corpo para as 
periféricas, ou seja,
a maturação 
processa-se da 
região escapular para
as mãos, isto é, a 
abertura da coluna 
vertebral para as 
mãos, e da região 
pelviana para os pés. 
Primeiramente, há o 
controle dos grandes
músculos 
fundamentais e, 
posteriormente, dos
pequenos músculos, 
que se prestam aos 
movimentos finos. 
Ou seja, prossegue 
do simples para o 
complexo.
O bebê, primeiro, 
tem a capacidade 
para usar o braço e a 
coxa, depois, mãos e 
pés, e por fim, seus
dedos.
Fonte: Tisi (2010, p. 43). 
A estimulação favorecerá o desenvolvimento global do 
bebê, visando o ritmo de seu desenvolvimento individual, pois 
nenhuma criança é igual a outra. “Começa então, um período 
cheio de emoções e descoberta, tudo é novo, motivo pelo 
qual os bebês serão encorajados a confiarem em si mesmos” 
(Pulkkinen, 2006, p. 5).
No quadro, a seguir, é possível observar o desenvolvimento 
do bebê em suas várias posições: posição da barriga, sentar, 
posição de cabeça, o ficar em pé e o relacionamento social de 
0 a 12 meses.
34Estimulação de Bebês e o Cuidar e Educar Crianças Pequenas
QUADRO 6 - DESTREZAS E HABILIDADE DO BEBÊ ATÉ 1 ANO
Disponível em: http://www.anapediatra.com.br/img/desenvolvimento.jpg. Acesso em jul.2013.
Segundo Tisi (2010, p. 44), alguns aspectos podem ser 
observados nesta fase: Nos primeiros 3 meses, a criança 
adquire o controle sobre os 12 pequenos músculos que regem 
o movimento dos olhos. Dos três aos seis meses, adquire 
domínio sobre músculos que sustentam a cabeça e que dão 
movimentos aos braços, e estende a mão em busca de objetos. 
Dos seis aos 9 meses, adquire o controle sobre as mãos e 
tronco, é capaz de sentar-se, pega e passa objetos de uma para 
outra. Aos dois anos, caminha e corre, articula palavras, tem 
pouco controle sobre esfíncteres, anal e urinário, adquire um 
sentido rudimentar de identidade e posições pessoais.
Segundo Piaget, do útero até 1 ano, os movimentos do 
bebê são reflexos, e este estágio é chamado de codificação 
da informação. Nesta etapa o bebê também pode apresentar 
movimentos rudimentares, só que neste momento o estágio 
passa a ser chamado de inibição dos reflexos. O bebê se 
arrasta, engatinha até se colocar em pé e dar os primeiros 
passos, conseguindo ao final do primeiro ano, andar. Mas nem 
todos os bebês já estarão andando e isso não é preocupante, 
pois cada bebê terá seu tempo. Nesta idade, o bebê terá certa 
autonomia com os movimentos das mãos (Tisi, 2010).
FIGURA 36 - BEBÊS CAMINHANDO
Disponível em: http://www.paisefilhos.pt/images/stories/MANCHETE2/ 
desenvolvimento%20media.jpg. Acesso em: 07 jul. 2013.
Quando a criança atinge 2 anos, os movimentos 
continuam rudimentares, mas, agora, o estágio avança para 
o estágio de pré-controle e já começa a pular no mesmo 
lugar, com os pés juntos. Consegue correr com segurança, 
mas não controla ainda a velocidade, não conseguindo parar 
bruscamente (Tisi, 2010).
35
FIGURA 37 - BEBÊ DE PONTA CABEÇA
Disponível em: http://www.blogdavita.com.br/wpcontent/uploads/2013/02/
Fotolia_40613763_XS.jpg. Acesso em: 07 jul. 2013.
De 2 a 3 anos, começam a atingir os movimentos 
fundamentais, trata-se do estágio inicial, com as primeiras 
tentativas da criança em executar uma habilidade proposta. Já 
demonstra um avanço na percepção do espaço e na localização 
do seu corpo, desta forma, consegue caminhar para trás, sem 
ajuda, e já conquistou uma autoconfi ança e autossufi ciência 
(Tisi, 2010).
FIGURA 38 - CRIANÇA AUTÔNOMA
Disponível em: http://mdemulher.abril.com.br/imagem/familia/galeria/menina-
brincando-15957.jpg. Acesso em: 07 jul. 2013.
Recordaremos as etapas de desenvolvimento de Piaget 
até 3 anos.
QUADRO 7 - ESCALA DE DESENVOLVIMENTO
Período Características Principal mudança
Do útero até
4 meses.
Atividades reflexas;
Coordenação mão/ 
boca; diferenciação do 
reflexo de sucção.
Sensório-motor
(0 à 2 anos).
Coordenação de
mão/olhos; repete
acontecimentos pouco 
comuns. Coordenação 
de
dois esquemas; atinge 
a permanência dos 
objetos.
Apresenta novos meios 
de experimentação; 
segue deslocamentos 
sequencias. 
Representação
interna; novos meios
através de 
combinações mentais.
O desenvolvimento 
ocorre a partir da 
atividade reflexa 
e evolui para a 
representação e 
soluções sensório- 
motoras dos 
problemas.
Pré-operatório
(2 à 7 anos).
Desenvolvimento
da linguagem. Tanto
pensamentos e 
linguagem são ainda 
egocêntricos,
O desenvolvimento 
ocorre a partir da 
representação
sensório-motora 
para as soluções de 
problemas e para o 
pensamento pré logico.
Fonte: Tisi (2010, p. 43).
No desenvolvimento da linguagem, o bebê primeiro se 
comunica por meio do choro, depois pelo balbucio, depois 
palavras e finalmente por meio de frases. Veja no quadro 
abaixo essa evolução.
QUADRO 8 - DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
 
Disponível em: http://2.bp.blogspot.com/-VK2rD36J6ew/T0bJ4NdJPRI/AAAAA AAACDo/49yXq1SYhY4/s1600/desenvolvimento_da_linguagem.jpg. Acesso em: 08 jul.2013.
36Estimulação de Bebês e o Cuidar e Educar Crianças Pequenas
A fala desempenha um papel importante na formação e 
organização do pensamento complexo e abstrato individual. 
Ex.: a mãe diz que brincar na rua é perigoso. Isso resulta na 
percepção e no conhecimento da criança. Existe, ainda, o 
processo de internalização. Processo ativo, a criança apropria-
se do social de uma forma particular/crítico e transformador, 
por meio da sua interiorização. Ao internalizar instruções, 
as crianças modificam suas funções psicológicas: percepção, 
atenção, memória e resolução de problemas, assim como 
as formas historicamente determinadase socialmente 
organizadas de operar com informação. Influenciam o 
conhecimento individual, a consciência de si e do mundo.
Dessa maneira, a palavra dá forma ao pensamento, 
criando novas modalidades de atenção, memória e imaginação, 
e a linguagem sistematiza a experiência direta da criança e 
serve para orientar seu comportamento.
Outro papel importante no aparecimento da fala é sua 
influência no desenvolvimento do autoconceito da criança, 
segundo L’Ecuyer (1985), a partir do enfoque ontogênico ou 
evolutivo:
O eu começa a desenvolver desde o 
nascimento, porém a criança inicialmente não 
tem consciência de uma existência separada 
e diferenciada de sua mãe. Por meio do 
processo de diferenciação entre aquilo que 
é “si mesmo” e o que é “o outro” emerge 
o autoconceito. Por meio das sensações 
corporais que experimenta e os contatos com 
a mãe a criança aprende a distinguir seu corpo 
daquilo que não é seu corpo. Nesta etapa, são 
importantes no surgimento do autoconceito, 
as relações sociais e afetivas que se estabelecem 
com as pessoas do ambiente, como as trocas 
vocais e as mímicas que ocorrem entre adultos 
e a criança.
Podemos refletir que todos os conceitos até aqui 
estudados se inter-relacionam com o desenvolvimento 
infantil. O vínculo afetivo, a afetividade, a forma como se 
dá a maturação biológica e cerebral, o desenvolvimento 
motor, todos estão diretamente relacionados ao processo de 
aprendizagem e vice versa. Desta forma, é importante frisar 
que a qualidade do desenvolvimento de todos estes aspectos 
irão influenciar na formação da identidade da criança, por 
isso, a importância da estimulação precoce.
Notem o quão importante é para profissionais que atuam 
na educação infantil saberem desses conceitos uma vez que 
estão lidando com o que é de mais precioso no desenvolvimento 
infantil. Verifiquem no trecho abaixo extraído do documento 
“Avanços do Marco legal da Primeira Infância” o que diz a 
filosofia de Emmi Pikler pediatra húngara formada em Viena, 
responsável por um abrigo para crianças órfãs e abandonadas, 
após a Segunda Guerra Mundial, criou uma forma de ensinar 
e cuidar das crianças pequenas em sistemas coletivos.
Filosofia Emmi Pikler
A pediatra acreditava na necessidade de buscar soluções 
originais, levando em conta os mínimos detalhes da vida 
cotidiana como uma fórmula de vida em longo prazo. Eram 
necessárias soluções que permitissem que a personalidade 
da criança pudesse se construir com riqueza de relações de 
profundo interesse do adulto, para que ela pudesse ter um 
desenvolvimento afetivo e mental sadio, para que fosse capaz 
de estabelecer vínculos profundos, duradouros e signifi cativos, 
e que mais tarde fosse capaz trabalhar e levar uma vida em 
família. A fi losofi a da Emmi Pikler é baseada em um ambiente 
previsível por meio dos cuidados básicos no momento da 
troca, do banho e da alimentação. O profundo respeito pela 
criança no seu ritmo e interagindo com o adulto em todos os 
momentos do cotidiano, por meio do olhar atento, do toque 
cuidadoso no manuseio do corpo do bebê e prestando atenção 
na interação, tanto do cuidador, como do bebê. Este processo 
de cooperação mútua permite ao bebê conhecer o educador, 
e vice-versa, possibilita o desenvolvimento da capacidade 
de se comunicar e aumentar a confi ança com o adulto. Por 
parte do cuidador, é preciso prestar atenção no próprio corpo, 
uma vez que este é o instrumento de trabalho principal na 
relação com o bebê. Por exemplo, cuidar da temperatura das 
mãos, cuidar com acessórios como pulseiras, anéis e demais 
adornos, unhas longas, movimentos rápidos e invasivos sem 
serem nomeados, ou seja, sem colocar em palavras gestos do 
cotidiano. Pois é disso que se trata, um corpo de linguagem.
É toda uma formação detalhada dos cuidados de como 
olhar, como tocar e como falar com o bebê, baseada na 
observação (Brasil, 2016, p. 119).
Posteriormente trabalharemos com um artigo da autora 
em nossas atividades.
2- Enfoques da estimulação de bebês
FIGURA 39 - MASSAGEANDO O BEBÊ
Disponível em: http-//www.bebedobras.com.br/blog/shantala-massagem-nos-
bebes/.jpg. Acesso em: 08 jul. 2013.
As experiências sensoriais e interações sociais com adultos receptivos 
desenvolvem a habilidade mental (Silberg, 2011, p. 28).
Já estudamos que ser estimulada precocemente é 
fundamental para o desenvolvimento futuro da criança, tenha 
ela ou não defi ciência. Vimos, ainda, que a migração neuronal 
é de suma importância para o processo de estimulação.
Tendo em vista todo o conhecimento adquirido 
até o momento, de como se dá o estabelecimento dos 
comportamentos de apego, da influência da afetividade na 
aprendizagem e até mesmo como se dá a aprendizagem e 
todo o processo de ensino e aprendizado em crianças, será 
37
mais fácil a aplicação destas bases para o entendimento e 
formulação de programas de estimulação.
FIGURA 40 - ESTIMULAÇÃO PRECOCE
Disponível em: http://www.maededeus.edu.br/images/ed_infantil.jpg. 
Acesso em: 08 jul.2013.
É importante saber que um programa de estimulação 
precoce deve ter objetivos claros e bem traçados para que 
possa cumprir com sua função. Veremos a seguir o que diz 
Regen (1984, p.66) em relação a este objetivos. Quais são eles?
Maximizar o potencial de cada criança inserida 
no programa através de estudo da criança em 
seu	ambiente	natural,	estabelecendo	um	perfi	
l	de	reações	e	designando	especifi	camente	o	
passo e a velocidade dos estímulos de acordo 
com cada criança.
Maximizar o potencial de cada pai ou 
responsável, de modo que eles interajam com 
a criança de forma a estabelecer mutualidade 
precoce na comunicação e afeto e prevenir 
o advento de patologias. Prover uma base 
para um conjunto de serviços, baseados na 
comunidade,	 na	 prevenção	 da	 deficiência	
mental e na detecção precoce dos casos.
Promover uma base para treinamento de 
profissionais	 e	 para	 profi	 ssionais	 no	 campo	
da estimulação precoce em todo pais. Prover 
uma base de pesquisa na área do crescimento e 
desenvolvimento infantil como, por exemplo, 
sobre os efeitos da privação ambiental 
e sensorial no desenvolvimento da área 
cognitiva.
Prover informações a pais e outros quanto a 
recursos na comunidade, disponíveis desde o 
período pré-natal até a idade pré escolar.
Disseminar	 informações	 (filmes,	 slides,	
material audiovisual, folhetos) auxiliando na 
criação de novos programas de estimulação 
precoce.
Prover um modelo de atuação cruzada e 
multidisciplinar de trabalho com crianças e 
suas famílias ou responsáveis.
De qualquer maneira, os enfoques de um programa de 
estimulação precoce podem apresentar diferenças. Isso não 
impede que você utilize mais de um enfoque para elaborar 
um programa. Vamos apresentar algumas perspectivas que 
darão sustentação a um programa de estimulação, descritas 
por Legarda e Miketta (2008, p. 8).
Estimulação centrada em atividades e ou experiências
FIGURA 41- BRINCANDO NA AREIA
Disponível em: http-//www.horadopasseio.com.br/media/1c8c0e232d5 
f417cb928c 7c169123e82/0F/crianca-brincan do-com-areia-no-parquinho-da-
praca-000000000000000F.jpg. Acesso em: 09 jul. 2013.
Esta perspectiva apresenta rotinas por áreas de 
desenvolvimento e objetivos, de acordo com a idade da 
criança. Desta forma, é necessário estabelecer algumas regras 
a serem seguidas:
Definir	 a	 experiência	 de	 aprendizagem,	 se	
será a visita a um parque, por exemplo. Criar 
um ambiente que tenha estímulos variados 
e que considere os diferentes campos do 
conhecimento e áreas do desenvolvimento, 
sempre considerando o interesse e idade da 
criança.
Potencializar a interação social, a linguagem 
verbal e corporal, assim como o contato das 
crianças com o meio apresentado. Permitir que 
as crianças disponham do tempo necessário 
para familiarizar-se com o ambiente e poder 
explora-lo.
Permitir que elas iniciem suas próprias 
atividades ou jogos, dando-as autonomia.
É importante, neste momento, que a criança experencie 
e vivencie suas emoções, podendo senti- las,percebendo-as e 
interiorizando-as.
38Estimulação de Bebês e o Cuidar e Educar Crianças Pequenas
Estimulação centrada em experiências pontuais e ou projetos
FIGURA 42 - CIRCO
Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/_kTO3OQUbn04/TKm-ipNQ9qI/
AAAAAAAABRo/6O_D6XEki9E/s1600/Z.jpg. Acesso em: 09 jun. 2013.
Esta abordagem procura que as experiências pontuais 
sejam vivenciadas de forma momentânea, por exemplo, em 
um espetáculo de teatro.
Já a centrada em projetos, implica em objetivos mais 
elaborados, e coloca a criança na participação e elaboração 
dos mesmos. Esta abordagem exige um tema concreto que 
será trabalhado de forma exaustiva considerando a maior 
quantidade de perspectivas. Este se presta para que a criança 
amplie sua vivência em relação ao tema determinado.
Estimulação unissensorial e ou multissensorial
FIGURA 43 - BEBÊ NA COZINHA
Disponível em: http://alimentese.net/wp-content/uploads/crianca-na-cozinha-
300x261.jpg. Acesso em: 09 jun.2013.
Unissensorial foca a vivência em um dos sentidos por 
vez. Já o enfoque multissensorial, pretende trabalhar os vários 
sentidos de uma só vez, estimulando paladar, olfato, tato, 
visão, audição, todos juntos!
Por exemplo: possibilitar uma experiência com música, 
mas que também trabalhe visão e ou tato, como a caixinha de 
música. Ou ainda uma oficina de culinária, na qual a criança 
pode experimentar sabores, sentir os mais diversos aromas, 
colocando literalmente a mão na massa!
Estimulação puramente intelectual ou orientada para aspectos 
variados do desenvolvimento
FIGURA 44 - BEBÊ JOGANDO
Disponível em: http://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2009/04/bebe-
combrinquedos-pedagogicos.gif. Acesso em: 09 jun. 2013.
Nesse aspecto, é importante considerar, sempre, 
a interrelação do desenvolvimento sensorial, motor, da 
linguagem e ou da personalidade, pois todos dependem um 
do outro para a sua maturação. 
Existem programas de estimulação focados somente nas 
inteligências múltiplas, orientados para o cognoscitivo, mas 
isso não destaca os aspectos da personalidade envolvida no 
processo.
Estimulação centrada em áreas de desenvolvimento e ou em 
espaços ou campos de aprendizagem
FIGURA 45 - CRIANÇA E A MATEMÁTICA
Disponível em: http://www.clinicasercrianca.com.br/como-as-criancascomecam-
a-desenvolver-o-raciociniomatematico/. Acesso em: 09 jun. 2013.
Entre as áreas de desenvolvimento estão: a sensação e a 
percepção, a coordenação motora, a inteligência, a linguagem 
e a área sócio emocional. Todas elas ligadas ao crescimento e 
maturidade da criança.
Desta forma, a estimulação centrada no desenvolvimento 
será mais específica, focando uma determinada área, por 
exemplo, na área motora.
39
Já a abordagem centrada nos campos de aprendizagem 
irá trabalhar diferentes áreas do conhecimento da criança, 
podendo a criança decidir por quais áreas irá explorar. 
Podendo ser ciências naturais, matemática, música, mecânica, 
linguagem entre outras.
Estimulação baseada no construtivismo ou em uma transmissão 
- aquisição de conhecimento
FIGURA 46 - MENINA E A OVELHA
Disponível em: http://viajandocompimpolhos.files.wordpress.com/2010/11/
fazendinha16.jpg. Acesso em: 09 jul.2013.
Na abordagem construtivista, pretende-se que a 
criança modifique sua estrutura mental, ou seja, a ela terá a 
possibilidade de construir e viver suas próprias experiências 
de aprendizagem, por si e com o tempo ela saberá a diferença 
entre uma galinha e um peru, por meio da sua própria 
experiência.
Já a abordagem inatista investe em uma maior quantidade 
de estímulos, pois acredita que é possível que a criança 
incorpore de uma só vez vários conhecimentos, assim, a 
criança será exposta à maior quantidade de informações 
possíveis: músicas, desenhos, cores, animais etc.
Então, pessoal! Acima, foram expostos os tipos de 
estimulações, ou melhor, os diferentes enfoques que poderão 
ser dados em um programa de estimulação precoce. A seguir, 
listarei os fundamentos para um programa ser bem sucedido.
•	 orientação para o desenvolvimento integral;
•	 criação de um clima de afeto;
•	 ênfase no descobrimento e exploração do jogo e na arte;
•	 utilização de experiências signitfi cativas;
•	 trabalho nas áreas de desenvolvimento e campos de 
aprendizagem;
•	 utilização de ambientes variados.
Nas práticas pedagógicas da educação infantil, 
principalmente na educação inclusiva, é possível e necessário 
que se trabalhe e aplique os princípios de uma estimulação 
precoce, contudo:
Nem	 todas	 as	 crianças	 com	 deficiência	
terão, na realidade necessidades educacionais 
especiais. Os professores devem adotar 
ações	 especifi	 cas	 para	 tornar	 possível	 a	
participação efetiva de alunos portadores de 
necessidades educacionais especiais por meio 
de:	 -	 planejamento	 de	 tempo	 suficiente	 para	
permitir a conclusão satisfatória de tarefas; - 
planejamento de oportunidades que sejam 
necessárias ao desenvolvimento de habilidades 
em	 aspectos	 práticos	 do	 currículo;	 -	 identifi	
cação dos aspectos do programa de estudo 
e de metas de aquisição escolar que possam 
apresentar	 difi	 culdades	 especificas	 para	 os	
indivíduos (Mittler, 2003, p.147).
Fica evidente que os benefícios destes programas de 
estimulação atendem não somente crianças com deficiências, 
para quais é de suma importância sua aplicação, porém, 
contempla a população infantil, vulneráveis, de alguma forma, 
às deficiências.
Participar e colocar em prática uma estimulação precoce 
é uma decisão íntima dos pais e, se optarem por este caminho 
de estímulos, isso deve ser feito o mais rápido possível, pois, 
como já explicitado anteriormente, especialistas afi rmam 
que a flexibilidade do cérebro vai diminuindo com a idade, 
atingindo seu nível máximo até 3 anos e, a partir daí, começa a 
decrescer até ao seis anos de idade, quando já estão formados 
as interconexões neuronais, fazendo que os mecanismos de 
aprendizagem sejam parecidos ao de uma pessoa adulta.
Hoje, é indiscutível o benefício que traz, para 
qualquer criança, independentemente de sua 
condição física, intelectual ou emocional, 
um bom programa de educação infantil do 
nascimento até os seis anos de idade. 
Efetivamente, esses programas têm por 
objetivos o cuidar, o desenvolvimento das 
possibilidades humanas, de habilidades, da 
promoção da aprendizagem, da autonomia 
moral, intelectual e, principalmente, valorizar 
as diferentes formas de comunicação e de 
expressão artística. O mesmo Referencial 
Curricular Nacional para educação infantil 
(Brasil, 1998) recomendado para outras 
crianças é essencial para estas com alterações 
signifi	cativas	no	processo	de	desenvolvimento	
e aprendizagem, pois, valoriza: o brincar 
como forma particular de expressão, 
pensamento, interação e comunicação infantil, 
e a socialização das crianças por meio de sua 
participação	e	inserção	nas	mais	diversificadas	
práticas sociais, sem discriminação de espécie 
alguma (Brasil, 2003, p. 9).
Para a aplicação de um programa de estimulação, 
é necessário planejamento prévio das atividades, que 
responda aos conceitos claros e a objetivos definidos, 
levando-se em conta a etapa do desenvolvimento em que 
a criança se encontra, a idade, habilidades e destrezas. A 
metodologia deve permitir à criança participar ativamente 
na criação de experiências significativas, lúdicas e 
prazerosas, pedagogicamente construídas, adequadas para o 
desenvolvimento evolutivo e apropriadas para a maturidade 
do cérebro e do sistema nervoso. A partir da metodologia 
e estratégias pedagogicamente construídas, devem-se criar 
espaços afetivos e condições necessárias para que as crianças 
40Estimulação de Bebês e o Cuidar e Educar Crianças Pequenas
cresçam ágeis e seguras de si mesmas, demonstrando suas 
potencialidades. Essas estratégias devem aproveitar o ápice 
das conexões sinápticas que ocorrem nos primeiros anos de 
vida da criança, desta forma, quanto mais precoce introduzir 
o programa de estimulação (sensorial, motora, afetiva e 
cognitiva), oudetectado qualquer défi cit, maior o impacto 
positivo no desenvolvimento global da criança (Pulkkinen, 
2006).
Sendo assim, os programas de estimulação salvaguardam 
a integridade do potencial de aprendizagem e a não 
intervenção em períodos sensíveis pode acumular efeitos 
mais tarde irrecuperáveis. Formular e promover estratégias 
que vise favorecer o desenvolvimento cognitivo, levando 
em consideração todos os outros aspectos que interferem 
no desenvolvimento global da criança é papel do pedagogo, 
eles usam como estímulo uma série de exercícios para 
desenvolver as capacidades da criança, respeitando a fase 
de desenvolvimento que ela se encontra, enfatizando a área 
cognitiva e sócio perceptiva (Fonseca, 1995 apud Perin, 2010, 
p.8).
Após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em nossa 
aula, na Sala Virtual estão disponíveis os arquivos com as atividades 
(exercícios) que deverão ser respondidas e enviadas.
Terminando nossa disciplina, é possível visualizar 
todos os conceitos aqui trabalhados e aplicálos em 
sua prática pedagógica, de forma que os programas 
de estimulação precoce passem a ser mais divulgados 
e trabalhados no dia a dia das escolas, creches e centros especializados. 
É importante que vocês, futuros pedagogos, tenham em mente a 
importância da aplicabilidade destes conceitos para o desenvolvimento 
e crescimento saudável de nossas crianças. É importante ter em vista 
a destrezas da criança, sua etapa no desenvolvimento, assim como os 
objetivos bem defi nidos, para que o programa de estimulação seja 
bem sucedido.
Retomando a aula
1 - Habilidades e Destrezas do Bebê de 0 a 2 Anos
A estimulação favorecerá o desenvolvimento global do 
bebê, visando o ritmo de seu desenvolvimento individual, pois 
nenhuma criança é igual à outra. “Começa então, um período 
cheio de emoções e descoberta, tudo é novo, motivo pelo 
qual os bebês serão encorajados a confi arem em si mesmos” 
(Pulkkien, 2006, p. 5).
2 - Enfoques da estimulação de bebês
Os enfoques de um programa de estimulação precoce 
podem apresentar diferenças. Isso não impede que você utilize 
mais de um enfoque para elaborar um programa. Foram 
apresentadas algumas perspectivas que darão sustentação a 
um programa de estimulação, descritas por Legarda e Miketta 
(2008, p. 8).
MARSON, N.L.; PEREIRA, A. M. S. Revisão da 
literatura sobre a utilização do lúdico na estimulação precoce 
em crianças de 0 a 5 anos. Cadernos da FUCAMP, v. 10, n. 
13, p. 81-90, 2011. Disponível em: http:// fucamp.edu.
br/editora/index.php/cader nos/ article/view/129/183. 
Acesso em jul.2013.
KAMILA, A. P. F.; MACIEL, R. A.; MELLO, L. 
de A.; SOUZA, R. A. A. A estimulação psicomotora 
na aprendizagem infantil. Revista Científica da Faculdade de 
Educação e Meio Ambiente, v. 1, n. 1, p. 30-40, maio/out. 2010. 
Disponível em: http://www.faema.edu.br/revistas/index.
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A Estimulação Psicomotora na Aprendizagem Infantil. 
Disponível em: http://www.faema.edu.br/revistas/index.
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SILVA, Bartira; LUZ, Thamires; MOUSINHO, 
Renata. A eficácia das oficinas de estimulação em um 
modelo de resposta à intervenção. Rev. psicopedag. São 
Paulo, v. 29, n. 88, 2012. Disponível em: http://pepsic.
bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
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OLIVEIRA, T. R. de. A intervenção precoce no autismo e 
trissomia 21: orientações para boas práticas de intervenção. 
2010. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/
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precoce%20no%20Autismo%20e%20Trissomia%2021.
pdf. Acesso em: 10 jul.2013.
MARSON, N.L.; PEREIRA, A.M.S. Revisão da 
Literatura Sobre a Utilização do Lúdico na Estimulação Precoce em 
Crianças de 0 A 5 Anos. Disponível em: http://www.fucamp.
edu.br/editora/index.php/cadernos/article/view/129. 
Acesso em: 10 jul.2013.
SANTOS, A. P. A. dos. Análise qualitativa de propostas de 
programas de estimulação precoce. Monografia (Especialização 
em Psicologia do Desenvolvimento Humano: Prevenção, 
Intervenção e Processo de Ensino–Aprendizagem) - 
Faculdade de Ciências, UNESP. Disponível em: http://
br.monografias.com/trabalhos3/analise-propostas-
programas-estimulacao-precoce/analisepropostas-
programas-estimulacao-precoce.shtml. Acesso em: 10 
jul.2013.
Vale a pena ler
Vale a pena
41
Desenvolvimento e Estimulação Precoce. Disponível 
em: http://www.asin.org.br/sindrome-de-down/14-desen 
volvimento-e-estimulacao-precoce. Acesso em: 11 jul. 2013.
Dra. R. Glashan - Brincadeiras e estimulação de bebês - 
primeira parte 1, 2 e 3 (TV GAZETA). Disponível em: http://
www.youtube.com/watch?v=I916uoA3M3w>. Acesso em: 11 
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WUF-Vg. Acesso em: 11 jul. 2013.
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br/2011/12/exercicios-de-estimulacao-precoce-em.html. 
Acesso em: 11 jul.2013.
Amy – uma vida pelas crianças. Conta a história de uma 
mulher que deixa tudo para se tornar professora em escola para 
crianças deficientes. Ela entra para um mundo sem som e se 
dedica a ensinar crianças a falar. Elas por sua vez, a ensinam 
a amar. Disponível em: http://filmessurdez.blogspot.com.
br/2009/06/amy-uma-vida-pelas-criancas.html Acesso em: 11 
jul. 2013. 
Vale a pena acessar
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