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Livro Geografia I para Ensino Fundamental -píginas-53


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CARVALHO, L. V.; MOURA, M. L.70
a organização e a reorganização do espaço realizada pelo homem na sua re-
lação com o mundo natural que resultou na formação da sociedade humana.
Nesse sentido, a escolha de situações pedagógicas para a introdução 
da linguagem cartográfica deve ser antecedida da compreensão do aluno so-
bre elementos fundamentais da paisagem, dentre os quais:
1) O reconhecimento a partir do lugar no qual está inserido das semelhanças 
e diferenças entre os modos de vida na cidade e no campo, relativas ao 
trabalho, à construções e moradias, aos hábitos cotidianos, enfim, dos di-
ferentes espaços;
2) A utilização dos procedimentos de observação, descrição, comparação e 
de coleta de informações e elaboração de análises; 
3) A compreensão da localização na sua extensão, dimensão, altura que po-
dem ser ampliadas a partir do diálogo interdisciplinar com outros discipli-
nas, dentre as quais a Matemática. 
No entanto, de acordo com os PCNs para o ensino fundamental (o iní-
cio do processo de construção da linguagem cartográfica, pressupõe a mobili-
zação de algumas situações pedagógicas através: 1) da produção e da leitura 
de mapas simples, visando a obtenção de informações e sua interpretação; 
2) o trabalho com diferentes tipos de mapas, atlas, globo terrestre, plantas e 
maquetes que permitam aos alunos interagir com eles e usá-los adequada-
mente e com precisão. 
Faz-se necessário ressaltar que o uso adequado e preciso dessa lin-
guagem específica (o uso dos mapas) deve ter como pressuposto a apreen-
são do espaço em suas dimensões territoriais, regionais, de lugares, dentre 
outros, que, por sua vez, dependem “... em grande parte, das concepções de 
geografia e do ensino dessa disciplina” (KATUTA, 2004, p. 133). 
Quer dizer, se a concepção do professor e do aluno acerca do conhecimen-
to geográfico limitar-se à localização e à descrição dos lugares, a linguagem car-
tográfica deverá limitar-se a utilização de mapas, gráficos, plantas, visando a loca-
lização e descrição de fenômenos, porém, se adotar como objetivo da Geografia 
a apreensão dos diferentes espaços, territórios, regiões e lugares, o foco será a 
utilização da linguagem cartográfica para compreender os fenômenos
Vê-se aqui que não basta garantirmos uma metodologia que assegure 
ao aluno o domínio formal do conceito nem tampouco a ênfase na valorização 
da apreensão empírica dos fenômenos históricos e geográficos. Também não 
é suficiente inserirmos em sala de aula materiais de uso social frequente como 
jornais, revistas, folhetos, propagandas, computadores, calculadoras, filmes, 
mapas, informática, obras literárias, alegando-se que farão o aluno sentir-se 
inserido no mundo à sua volta. Nossos alunos, não são “extraterrestres”. Não