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O que habitualmente ocorre com o paciente epiléptico após um quadro convulsivo

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João Marcos B. Trévia
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O que habitualmente ocorre com o paciente epiléptico após um quadro convulsivo, de acordo com cada tipo de convulsão?
Epilepsia é uma doença neurológica crônica e em muitos casos progressiva com relação aos distúrbios cognitivos, frequência e gravidade dos eventos críticos, caracterizada por crises epilépticas recorrentes, afetando aproximadamente 1% da população mundial.
A doença é caracterizada por um estado de hiperatividade dos neurônios e circuitos cerebrais, capaz de gerar descargas elétricas sincrônicas anormais, podendo se manifestar de formas diversas, podendo se originar em apenas uma parte de um hemisfério cerebral (crises focais) ou de uma área mais extensa envolvendo os dois hemisférios cerebrais (crises generalizadas).
Crises Focais
É dividida em perceptivas ou disperceptivas, início motor ou início não motor, podendo ter evolução de focal para tônico-clônica bilateral.
São ataques que envolvem, pelo menos inicialmente, uma porção limitada do cérebro. Logo, os sintomas dessas crises refletem a função da área cerebral que lhes dá origem. Dessa maneira, uma ampla variedade de sintomas pode ser observada como atributos de ataques parciais, também chamados focais.
Crises parciais estão divididas em duas categorias principais. Serão chamadas de parciais simples quando não há alteração da consciência, isto é, pacientes são capazes de descrever a fenomenologia epiléptica que lhes acomete; e de parciais complexas quando uma diminuição qualitativa importante da consciência é notada.
Crises Generalizadas
São ataques que apresentam comprometimento inicial de todo o córtex cerebral. Acredita-se que a consciência é, invariavelmente, afetada nesta modalidade de crise, mesmo que por tempo exageradamente fugaz, em algumas vezes.
Crises tônico-clônicas
Pode se iniciar com um grito e com perda imediata da consciência com queda do acometido ao solo. Logo em seguida, o paciente exibe rigidez muscular difusa, que é a fase tônica, podendo estar acompanhada de intensa cianose secundária ao espasmo muscular. Esse estágio dura poucos segundos, seguido pelos abalos clônicos dos quatro membros e respiração ofegante. A consciência é recuperada lentamente e a imensa maioria dos acometidos irão referir cefaleia e mialgias após a crise.
Crises tônicas
Apenas apresentará o estágio tônico, súbito enrijecimento muscular, com membros numa posição de hiperextensão, com queda ao solo na maioria das vezes. A condição pós crise é semelhante à da crise tônico-clônica.
Crises atônicas
Súbita perda do tônus muscular, podendo haver queda do paciente e ferimentos muitas vezes sérios. A recuperação costuma ser imediata.
Crises clônicas
Repetidos ataques clônicos, visto na típica crise tônico-clônica. Geralmente os sintomas pós ataque são de menor intensidade e menor duração da tônico-clônica, podendo, também, haver confusão mental.
Crises de ausência
Os pacientes geralmente são incapazes de perceber a ocorrência. Há uma súbita interrupção da consciência que dura poucos segundos, com manutenção da postura, mas a pessoa permanece estática e irreponsível. O restabelecimento imediato e pleno da consciência surge logo após a crise, podendo a pessoa retornar às atividades que estava fazendo antes da crise sem perceber que esta acabou de lhe acometer.
Crises mioclônicas
Curtos abalos de um ou vários grupos musculares, com o paciente referindo como tremeliques ou choques. A recuperação costuma ser imediata, não havendo comprometimento da consciência.
Referências bibliográficas
1. BITTENCOURT, P. C. T. Reconhecendo crises de epilepsia. Clínica de Epilepsia do Hospital Regional de São José/SC. Florianópolis, dezembro de 2001;
2. Fisher, R.S., Cross, J.H., French, J.A., Higurashi, N., Hirsch, E., Jansen, F.E., Lagae, L., Moshé, S.L., Peltola, J., Roulet Perez, E., Scheffer, I.E. and Zuberi, S.M. (2017), Operational classification of seizure types by the International League Against Epilepsy: Position Paper of the ILAE Commission for Classification and Terminology. Epilepsia, 58: 522-530. https://doi.org/10.1111/epi.13670;
3. NITRINI, R. BACHESCHI, L. A. A Neurologia que todo Médico deve saber. 2ª Ed. Editora Atheneu. São Paulo, 2003.

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