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Ginecologia

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1 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
 
 
2 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
SÍNDROMES DE TRANSMISSÃO SEXUAL ......................................................................................................................... 3 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA ........................................................................................................................................... 11 
PROLAPSO GENITAL ...................................................................................................................................................... 13 
ONCOLOGIA .................................................................................................................................................................. 14 
CICLO MENSTRUAL ....................................................................................................................................................... 26 
ANTICONCEPÇÃO .......................................................................................................................................................... 27 
AMENORREIA................................................................................................................................................................ 29 
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL ........................................................................................................................... 32 
CLIMATÉRIO .................................................................................................................................................................. 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
SÍNDROMES DE TRANSMISSÃO SEXUAL 
CORRIMENTO VAGINAL 
 
ALTO 
dor abdominal, dor anexial, alteração do 
estado geral, alteração laboratorial, febre.. 
 DIP 
BAIXO 
 Vulvovaginite 
 Cervicite 
*Exame especular diferencia! 
 
FISIOLÓGICO: 
consistência flocular, transparente/branco, pH 4-4.5, bacilos gram positivos (Lactobacilos – bacilos de Doderlein), 
alguns leucócitos 
 
VAGINOSE BACTERIANA – mais comum, NÃO é DST! 
a. Etiologia 
 Gardnerella vaginalis (ou outros anaeróbios) 
*Só ter Gardnerella não significa ter vaginose, pois pode fazer parte da microbiota vaginal! 
 
b. Fisiopatologia 
Perda da microbiota vaginal normal (diminui Lactobacilos > diminui ácido lático > pH mais alto) > aumenta 
proliferação de outras bactérias 
 
c. Diagnóstico 
Critérios de Amsel (3 de 4): 
 Corrimento branco acinzentado, fino, homogêneo – pode ter microbolhas 
 pH > 4.5 
 Teste das aminas/KOH/whiff positivo – odor piora com coito e menstruação 
 Clue cells (células alvo) – bactérias aderidas na membrana celular 
 
 
Vaginose bacteriana (clue cells) 
 
Critérios de Nugent (gram): padrão-ouro (MS)! 
 
d. Tratamento 
 Metronidazol 500mg VO 12/12h por 7 dias 
 Clindamicina 300mg VO 12/12h por 7 dias 
*Efeito antabuze! 
*Pode usar em gestante 
*NÃO trata parceiro! 
*Vitamina C 
 
 
4 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
CANDIDÍASE – 2ª mais comum 
a. Etiologia 
 Candida 
*Faz parte da microbiota vaginal! 
 
b. Fisiopatologia 
Aumento do calor e umidade local > aumenta proliferação fúngica 
 
c. Diagnóstico 
 Corrimento branco aderido tipo “nata de leite”, grumoso, inodoro 
 Prurido intenso 
 Hiperemia 
 pH < 4.5 
 Pseudo-hifas 
 
 
Candidíase 
Tratamento 
 Miconazol creme por 7 dias 
 Nistatina creme por 14 noites 
 Fluconazol 150mg VO – se recorrente 
*NÃO trata parceiro! 
 
TRICOMONÍASE – é uma DST! 
a. Etiologia 
 Trichomonas vaginalis 
*Sempre patológica, por isso sempre trata! É sinal de contato sexual! 
*Pode alterar o PCCU: tratar e repetir após 3m 
 
b. Diagnóstico 
 Corrimento amarelo-esverdeado, bolhoso, odor fétido 
 Teste das aminas/KOH/whiff positivo 
 Colo em framboesa/morango – colpite focal 
 pH > 5 
 Schiller de aspecto tigroide 
 Protozoário móvel flagelado 
 
 
Tricomoníase 
Recorrente 
 ≥ 4/ano 
 Fluconazol VO 150mg 1cp dias 1/4/7 > 
1cp/semana por 6 meses 
 
5 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Tratamento 
 Metronidazol 500mg VO 12/12h por 7 dias 
 Convocar e tratar parceiro: Metronidazol 2g VO dose única 
*Efeito antabuze! 
*Rastrear outras DST! 
 
VAGINOSE CITOLÍTICA 
Aumento da proliferação de Lactobacilos 
*Fase lútea, gestação, DM 
 Corrimento branco grumoso, 
inodoro 
 Prurido 
 pH < 4.5 
 Poucos sinais inflamatórios 
 Ausência de patógenos + 
Lactobacilos abundantes + 
núcleos nus (citólise) 
Bicarbonato de sódio 
vaginal 
 
 
Vaginose citolítica 
 
VAGINITE ATRÓFICA 
Pós menopausa > hipoestrogenismo > 
parede vaginal fina 
 Corrimento amarelado 
 Prurido 
 pH > 5 
 Ausência de patógenos + aumento 
de PMN + aumento de células basais 
e parabasais 
Estrogênio vaginal 
 
VAGINITE INESPECÍFICA 
Má higiene > germes saprófitas 
multiplicam-se e tornam-se agressivos 
 
*Ausência de agente etiológico 
específico! 
Crianças! 
 Leucorreia 
 Prurido 
 Ardência 
 Hiperemia 
Pesquisar corpo 
estranho + EPF para 
oxiuríase + higiene 
 
CERVICITES 
a. Etiologia 
 Neisseria gonorrhoeae – gonococo 
 Chlamydia trachomatis – clamídia 
 
b. Fatores de risco 
 Transmissão sexual 
 
c. Diagnóstico 
 Corrimento cervical 
 Colo hiperemiado e friável 
 
6 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Sinusorragia – sangramento pós coito 
 Dispareunia 
 
Gonococo = diplococo gram negativo 
Clamídia = bacilo gram negativo 
 
d. Tratamento 
 Ceftriaxona 500mg IM + Azitromicina 1g VO 
*Tratar parceiro! 
*Rastrear outras DST 
 
Gram disponível? 
NÃO > trata gonococo + clamídia (Ceftriaxona + Azitromicina) 
 
SIM > Diplococo gram negativo (gonococo)? 
Sim: trata gonococo + clamídia (Ceftriaxona + Azitromicina) 
Não: trata clamídia (Azitromicina) 
 
BARTOLINITE 
a. Etiologia 
 Neisseria gonorrhoeae – gonococo 
 Chlamydia trachomatis – clamídia 
 
b. Tratamento 
 Marsupialização 
 Bartolinectomia 
 Drenagem – porém tem alta recorrência 
 
DIP 
a. Etiologia 
 Neisseria gonorrhoeae – gonococo 
 Chlamydia trachomatis – clamídia 
*Depois torna-se polimicrobiana 
 
b. Diagnóstico 
MAIORES/MÍNIMOS 
 Dor hipogástrica 
 Dor anexial 
 Dor à mobilização do colo 
MENORES/ADICIONAIS 
 Febre 
 Leucocitose 
 Aumento de VHS/PCR 
 Cervicite – cultura para gonococo + PCR para clamídia 
DEFINITIVOS/ELABORADOS 
 Endometrite na biópsia 
 Abscesso tubo-ovarino (massa anexial palpável) ou no fundo de saco 
 DIP na laparoscopia: aderência em corda de violino, edema tubário, 
exsudato purulento nas tubas 
 
3 maiores + 1 menor 
OU 
1 definitivo/elaborado 
Ceftriaxona = gonococo 
Azitromicina = clamídia 
 
7 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
 
 
c. Tratamento 
CLASSIFICAÇÃO DE MONIF 
1- DIP não complicada 
2- DIP com peritonite 
3- DIP com oclusão da trompa/abscesso 
4- DIP com abscesso > 10cm ou roto 
DIP 1 Ambulatorial 
 Ceftriaxona 500mg IM dose única + 
 Metronidazol 500mg VO 12/12h 14 dias + 
 Doxiciclina 100mg VO 12/12h 14 dias 
+ Reavaliar em 48-72h! 
DIP 2, 3, 4 
gestante, sem melhora > 48-72h 
Hospitalar 
 Ceftriaxona 1g IV 14 dias + 
 Metronidazol 400mg IV 12/12h 14 dias + 
 Doxiciclina 100mg VO 12/12h 14 dias 
*DIP 4: + cirurgia! 
*Opção: Clindamicina + Gentamicina IV 
*Não precisa tirar DIU – mas se tirar, iniciar ATB antes! 
 
d. Complicações 
 Infertilidade – oclusão tubária 
 Gravidez ectópica 
 Dor pélvica crônica 
 Hidrossalpinge 
 Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis: aderência peri-hepática em cordas de violino > peri-hepatite > dor pleurítica 
+ dor em HD 
 
 
Hidrossalpinge Sd. Fitz-Hugh-Curtis 
 
8 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
CORRIMENTAL URETRAL 
URETRITE 
= CERVICITE! 
 
ÚLCERA GENITAL 
1) MÚLTIPLAS? 
Sim Não 
 Herpes Cancro mole 
 Donovanose 
 Sífilis 
 Linfogranuloma 
 
2) DOLOROSAS? 
Sim Não 
 Herpes – limpa 
 Cancro mole – suja 
 Sífilis 
 Linfogranuloma 
 Donovanose 
*CHora de dor 
 
3) FISTULIZAÇÃO DE LINFONODOS? 
Sim Não 
 Cancro mole – único 
 Linfogranuloma – múltiplos 
 Sífilis 
 Herpes 
 Donovanose 
 
HERPES 
a. Etiologia 
 Herpes simplex 
 
b. Diagnóstico 
 Vesículas e úlceras dolorosas, fundo limpo 
 Adenopatia dolorosa que não fistuliza 
 Sintomas prodrômicos (mal estar, mialgia, febre) 
*Teste de Tzanck: células multinucleadas (gigantes), balonização celular – 
não é específico 
 
c. Tratamento 
 Aciclovir 400mg 3x/dia por 7 dias (primo-infecção) ou 5 dias (recorrência) 
 Se ≥ 6/ano: tratamento supressivo por 6m 
 
 
 
 
 
CANCRO MOLE 
a. Etiologia 
 Haemophilus ducreyi – coco gram negativo 
 
b. Diagnóstico 
 Múltiplas úlceras, dolorosas, fundo sujo 
 Adenopatia que fistuliza por 1 orifício 
 
Gestante: 
 Mesmo tratamento, mas para evitar recidiva, considerar Aciclovir > 36 semanas 
 Herpes ativo no parto = cesárea! 
 
9 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Tratamento 
 Azitromicina 1g dose única VO 
 Ceftriaxona 500mg IM 
*Trata parceiro! 
*Rastrear outras DST 
 
SÍFILIS 
a. Etiologia 
 Treponema pallidum – espiroqueta 
 
b. Clínica 
Primária 
 Úlcera única, indolor, fundo limpo que some sozinha (mesmo sem tratamento) – cancro duro 
 
Secundária – após 6 semanas a 6m do cancro 
 Condiloma plano 
 Lesão cutaneomucosa não ulcerada 
 
Terciária – após 2 a 40 anos do cancro 
 Goma sifilítica: tumoração com liquefação 
 Tabes dorsalis 
 Aneurisma aórtico 
 Artropatia de Charcot 
 
 
 
c. Laboratório 
Campo escuro Padrão ouro na sífilis primária 
Treponêmico – FTA-abs, TR Positiva primeiro, mas fica positivo pra sempre 
Não treponêmico – VDRL Positiva após 1-3 semanas 
*Solicitar os 2 para diagnóstico! 
 
 Ideal iniciar com TR (treponêmico) 
 Se discordância: pedir outro teste treponêmico 
 Gestante: com 1 teste positivo > inicia tratamento + 
pede outro exame diferente 
 
d. Tratamento 
 Penicilina benzatina 
Primária / Secundária / Latente recente (< 1ano) / Parceiro 1 dose de 2.4 milhões IM 
Terciária / Latente tardia (> 1 ano) / Indeterminada 3 doses/semana de 2.4 milhões IM 
*Se alergia: dessensibilização 
*Tratar parceiro! 
*Rastrear outras DST 
Fenômeno de Jarisch-Herxheimer: exacerbação das 
lesões cutâneas, febre, cefaleia, artralgia após 24h do 
inicio do tratamento e tem regressão espontânea 
 
10 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Controle de cura: 
 VDRL trimestral (gestante: mensal!): tem que cair > 2 diluições em 3 meses e 4 diluições até 6 meses 
 
 
 
 
 
 
 
*Cicatriz sorológica: VDRL positivo com queda > 2 diluições após tratamento adequado tendo descartado nova 
exposição de risco 
 
LINFOGRANULOMA 
a. Etiologia 
 Chlamydia trachomatis L1, L2, L3 
 
b. Diagnóstico 
 Pápula/úlcera indolor que some sozinha 
 Adenopatia dolorosa que fistuliza por múltiplos orifícios (em “bico 
de regador”) 
 
c. Tratamento 
 Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 14-21 dias 
 
C Cervicite 
L Linfogranuloma 
A Adenite que fistuliza 
M Múltiplos orifícios 
I Imunofluorescência 
Di Doxiciclina – linfogranuloma 
A Azitromicina – cervicite 
 
DONOVANOSE 
a. Etiologia 
 Klebsiella (Calymmatobacterium) granulomatis 
 
b. Diagnóstico 
 Úlcera profunda, crônica, indolor – dd com CA! 
 Biópsia: corpúsculos de Donovan 
 
c. Tratamento 
 Azitromicina 1g VO 1x/semana por 21 dias 
 Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 21 dias 
 
 
 
ÚLCERA SEM LABORATÓRIO 
Úlcera > 4 semanas? 
SIM: tratar tudo 
Tratamento inadequado na gestação: 
 Incompleto 
 Outra medicação 
 Iniciado < 30 dias do parto 
 
11 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
NÃO: tem vesícula? 
- Sim: tratar herpes 
- Não: tratar sífilis + cancro mole 
 
VIOLÊNCIA SEXUAL 
 Notificação compulsória imediata (até 24h) 
 Se for adolescente, acionar Conselho Tutelar 
 Comunicar autoridade policial (nota do MS??) 
 Não é obrigatório fazer BO 
 Para aborto: apenas termo de consentimento e mais nada! – só pode ser feito até 20-22 semanas ou peso < 
500g 
 
Conduta: 
1) Pedir exames para rastrear DST 
2) Contracepção de emergência, SN (se uso irregular de ACO, apenas camisinha etc): 
 Levonorgestrel 1.5mg VO (até 5 dias) 
3) Profilaxia de DST 
 
VIRAIS 
HIV Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) até 72h 
Hepatite B 
Imunoglobulina (se abusador com HB ou de grupo de risco) até 14 
dias + Vacina (SN) 
NÃO VIRAIS 
Sífilis Penicilina benzatina 2.4 milhões IM dose única 
Gonorreia Ceftriaxona 500mg IM dose única 
Clamídia, Cancro mole Azitromicina 1g VO dose única 
Tricomoníase Metronidazol 2g VO dose única 
 
HIV NA GESTAÇÃO 
 
AVALIAR CV > 34 SEMANAS: 
CV indetectável: parto vaginal (sem AZT) 
CV < 1.000: AZT por 3h + parto vaginal 
CV > 1.000: AZT por 3h + cesárea eletiva 
 
*Contraindicação absoluta à amamentação – cabergolina! 
 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
1) URINA ROTINA + UROCULTURA 
*Hematúria sem ITU + > 50 anos + tabagista = cistoscopia 
 
2) MOBILIDADE DO COLO VESICAL 
 Teste do cotonete 
 USG 
 
3) URODINÂMICA – padrão-ouro 
Indicações: 
 De esforço sem perda no exame físico 
 Falha no tratamento clínico 
 Antes do tratamento cirúrgico 
 Associado a prolapso grande – o prolapso pode mascarar a 
incontinência urinária por obstrução > após cirurgia, a incontinência se manifesta 
Fístula vesico/ureterovaginal 
FR: cirurgia pélvica, radioterapia 
*Ureterovaginal: perda de urina pela vagina com 
micção normal 
 
Transbordamento – bexiga não contrai (bexigoma) 
FR: lesões neurológicas, DM 
Atrofia vaginal (hipoestrogenismo) pode 
causar incontinência urinária de esforço 
pelo encurtamento da uretra atrófica! 
*Controverso 
 
12 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Urofluxometria 
 Esvaziamento inicial: volume, fluxo máximo e 
volume residual 
Cistometria – 
fase de enchimento 
Não pode ter: 
 Atividade do detrusor 
 Perda de urina 
 Dor 
*Compara pressão vesical com abdominal (retal) 
Estudo miccional – 
estudo de fluxo-pressão 
Obstrução x hipocontratilidade 
 
 BEXIGA HIPERATIVA INCONTINÊNCIA DE ESFORÇO 
CLÍNICA 
Urgência miccional, polaciúria, noctúria 
 
Contração não inibida do detrusor 
*O diagnóstico é clínico! 
Tosse, espirro 
 
Hipermobilidade vesical: PPE > 90 cmH2O 
Defeito esfincteriano: PPE < 60 cmH2O 
 
*PPE = pressão de perda ao esforço 
TTO 
Clínico 
 Perda de peso, diminuir consumo de cafeína e 
fumo, treinamento vesical 
 Fisioterapia – exercícios perineais, 
eletroestimulação 
 Anticolinérgicos (M2, M3): Oxibutinina / 
Tolterodina / Darifenacina / Solifenacina – 
muito efeito colateral 
 Imipramina – 2ª linha 
 B3-agonista: Mirabegrona – relaxa detrusor + 
diminui acetilcolina 
Clínico 
 Perda de peso 
 Fisioterapia – Kegel, biofeedback 
 Duloxetina – aumenta suicídio 
 Agonistas alfa-adrenérgicos – aumenta AVE 
 
Cirúrgico 
 Sling – TVT (preferir!), TOT 
*Se TVT: cistoscopia intraoperatório! 
*CI dos anticolinérgicos: arritmias, glaucoma de ângulo fechado, gestação / lactação 
 
 
 
Bexiga hiperativa 
Síndrome da bexiga dolorosa 
 Urgência miccional e polaciúria + dor à 
distensão vesical que alivia ao esvaziar 
 Cistoscopia: úlcera de Hunner 
 Diagnóstico: de exclusão 
 
13 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
Incontinência de esforço 
 
 
 
PROLAPSO GENITAL 
PROLAPSO UTERINO 
 
*Alongamento hipertrófico do colo: 
cervicometria alterada (diferença > 2 entre 
o ponto C e D) 
Sintomáticas: 
 Histerectomia vaginal total 
 Manchester – se alongamento hipertrófico do colo / caso leve com 
desejo reprodutivo 
 
Sintomáticas de alto risco: 
 Colpocleise (LeFort) – contraindicar se vida sexual ativa 
 Pessários – + incontinência de esforço 
PROLAPSODE CÚPULA 
– pós histerectomia 
 Fixar cúpula ao promontório/sacroespinhoso/uterossacro 
 Colpocleise (LeFort) 
PROLAPSO DE PAREDE ANTERIOR 
– cistocele 
*Defeito paravaginal (80%) 
 Colporrafia/colpoperineoplastia anterior com correção da fáscia 
pubovesicocervical 
 Tela – se recidiva 
PROLAPSO DE PAREDE POSTERIOR 
– retocele 
 Colporrafia posterior com correção da fáscia retovaginal 
*Enterocele: exérese do saco herniário com obliteração do fundo de saco 
 
CLASSIFICAÇÃO POP-Q 
Aa, Ba Parede anterior 
Ap, Bp Parede posterior 
C 
Colo ou cúpula 
D+: colo 
D-: cúpula 
D 
só tem quem tem útero 
Fundo de saco de Douglas 
 
14 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
CVT Comprimento vaginal total 
CP 
Corpo perineal – distância entre o ânus e 
a vagina (< 3 na rotura perineal) 
 
Negativo: antes do hímen 
Positivo: além do hímen 
*Carúncula himenal: ponto 0 
 
I < -1 
II -1 e +1 
III ≥ +2, mas não total 
IV Total (> CVT – 2cm) 
 
ANATOMIA 
SUSTENTAÇÃO 
1) DIAFRAGMA PÉLVICO 
 M. levantador do ânus – pubococcígeo + puborretal + iliococcígeo 
 M. coccígeo 
 
2) DIAFRAGMA UROGENITAL 
 M. transverso profundo 
 Esfíncter uretral externo 
 
3) FÁSCIA ENDOPÉLVICA 
SUSPENSÃO 
1) ANTERIORES 
 Lig. pubovesicouterinos 
 
2) LATERAIS 
 Lig. cardinais 
 
3) POSTERIORES 
 Lig. uterossacros 
 
ONCOLOGIA 
MAMA 
DERRAME PAPILAR 
Lácteo 
Hiperprolactinemia 
 Gestação 
 Medicamentosa – psicotrópicos 
 Prolactinoma (> 100) 
 Hipotireoidismo 
Multicolor 
(verde/amarelo/marrom) 
 Alteração funcional benigna da mama – + adensamento + mastalgia cíclica 
 Ectasia ductal – múltiplos ductos, bilateral, à expressão 
Sanguíneo 
 Papiloma intraductal – principal causa 
 CA 
 
Investigar – Ressecção ductal 
 Espontâneo 
 Uniductal 
 Unilateral 
 “Água de rocha” 
 Sanguinolento 
*Mesmo com exame de imagem normal!!!!!! 
 
 
 
15 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
MASTALGIA 
Cíclica Acíclica 
Fase lútea 
Bilateral em QSE 
 
Ex: alteração funcional da mama 
 
*Orientar e melhorar sustentação! 
Mamária ou não 
Unilateral 
 
Ex: mastite, abscesso, neuralgia, angina 
 
NÓDULO PALPÁVEL 
1) EXAME CLÍNICO 
Suspeito: 
 Aderido 
 Irregular 
 Pétreo 
 
2) PAAF – diferencia sólido x cístico 
Amarelo esverdeado 
Sem lesão residual 
> 2 recidivas 
Sanguinolento 
Lesão residual 
Sólido 
USG / MMG USG / MMG + Biópsia 
*Pode ser terapêutica no esvaziamento de macrocisto sintomático! 
*Se negativo, NÃO EXCLUI CA! 
3) USG/MMG 
▪ USG 
Indicações: 
 Diferenciar sólido x cístico 
 MMG inconclusiva 
 Jovem e gestante – mama densa 
 
Benigno Maligno 
 Anecoico 
 Homogêneo 
 Bem delimitado 
 Reforço acústico posterior 
 Ovo deitado 
 Misto 
 Heterogêneo 
 Mal delimitado 
 Sombra acústica posterior 
 Ovo em pé 
 
 
US: benigno US: maligno 
 
 
Provavelmente benignos 
 
MMG é o método de rastreio SEMPRE! 
Inclusive em próteses mamárias 
 
16 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
Suspeitos 
▪ RM 
Indicações: 
 Prótese mamária 
 Múltiplas cirurgias 
 BI-RADS 0 
*Não mostra microcalcificações e lesões < 2mm 
 
▪ MMG – único que vê microcalcificações!! 
 
Mediolateral – superior (perto do peitoral), inferior 
Craniocaudal – externo (superior), interno (inferior) 
 
 
 
Calcificações suspeitas 
 
 
 
Achados suspeitos 
 
17 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
BI-RADS 
0 Inconclusivo Mama densa 
USG / RM / Compressão 
localizada 
1 Nenhuma alteração Só mama Repetir de acordo com idade 
2 Alteração benigna 
Regular, homogênea, calcificação 
grosseira/em pipoca/vascular 
Repetir de acordo com idade 
3 Provavelmente benigna - 
Repetir em 6 meses 
(acompanha por 3 anos) 
4/5 Provavelmente maligna 
Espiculado, microcalcificações 
pleomórficas agrupadas 
Biópsia 
6 CA confirmado Avaliar resposta ao tratamento - 
 
▪ BIÓPSIA 
 Core biopsy / PAG: vários disparos 
 Mamotomia: disparo único, de escolha em microcalcificações 
 Biópsia cirúrgica: padrão-ouro, PAG / mamotomia 
inconclusiva 
*Se impalpável/microcalcificações: estereotaxia 
 
MALIGNAS – CA DE MAMA 
a. Fatores de risco – hormônio dependente 
 Sexo feminino 
 Idade 
 HF 1º grau (mãe, irmã, filha) 
 Mutação BRCA 1 e 2 
 Nuliparidade 
 Menacme prolongado 
 Dieta rica em gordura 
 Obesidade pós-menopausa 
 Álcool 
 CA in situ (ductal ou lobular) 
 Hiperplasia atípica – ressecção! 
*Não tem relação: tabagismo, ACO 
 
b. Rastreamento 
MS 
50-69 anos: MMG 2/2 anos 
Alto risco: > 35 anos MMG anual 
FEBRASGO 40-69 anos: MMG anual 
*Alto risco: mutação BRCA, hiperplasia atípica, 1º grau < 50 anos, bilateral ou ovário, HF de CA de mama masculino 
 
c. Tipos histológicos 
Ductal infiltrante / Não especial 
 Invasor mais comum 
 Bom prognóstico 
Lobular infiltrante  Bilateral e multicêntrico 
CA inflamatório 
 Localmente avançado – T4d 
 Aspecto em “casca de laranja” 
Paget 
 Descamação unilateral com destruição do complexo 
areolopapilar 
 Biópsia: incluir pele na ressecção 
*Diferenciar de eczema – pruriginoso, não destrói complexo, melhora 
com corticoide 
Incisional Excisional 
Lesões grandes Lesões pequenas, cistos 
Principal FR para recidiva: 
acometimento linfonodal 
BRCA 
Gene supressor tumoral 
Autossômica dominante 
1: c17, pré-menopausa 
2: c13, pós-menopausa 
METÁSTASE – disseminação linfática 
1) Ossos 
2) Pulmão 
3) Fígado 
4) Cérebro 
 
18 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
d. Imuno-histoquímica 
Luminal A – 
melhor prognóstico, 
mais velhas 
RH + 
HER – 
Ki67 baixo (< 14%) 
Luminal B 
RH + 
HER – / + 
Ki67 alto (> 14%) 
Triplo negativo – 
jovens 
RH – 
HER – 
Superexpressão HER 
RH – 
HER + 
e. Estadiamento 
1 < 2cm sem invasão 
2 2-5cm com invasão dos linfonodos axilares 
3 > 5cm com invasão dos linfonodos torácicos ou da pele 
4 Invade linfonodo contralateral ou metástase 
 
f. Tratamento 
▪ CIRURGIA 
CONSERVADORA – 
Segmentectomia/Quadrantectomia 
+ RT pós operatória 
 < 3.5cm 
 < 20% da mama 
RADICAL – 
Madden, Patey 
 Localmente avançado 
 Multicêntrico 
 Relação mama/tumor ruim 
 Gestação 
 Impossibilidade de realizar RT pós conservadora 
*Não faz cirurgia se tiver metástase! 
Linfonodo sentinela 
 Negativo: evita esvaziamento axilar completo 
 Positivo ou clínica positiva: esvaziamento axilar completo 
*< T1/T2 + axila livre + sentinela até 2 linfonodos positivos: não precisa do esvaziamento 
 
▪ QUIMIOTERAPIA 
ADJUVANTE 
 > 1cm (palpável) 
 Linfonodo positivo 
 Metástase 
 RE/RP – 
 Expressão de HER2 
NEOADJUVANTE – 
antes da cirurgia 
 Localmente avançado (CA inflamatório) 
 
▪ RADIOTERAPIA ADJUVANTE – controle local 
Indicações: 
 Cirurgia conservadora 
 > 4cm 
 ≥ 3 linfonodos acometidos 
 
▪ HORMONIOTERAPIA – Tamoxifeno (SERM) ou Inibidor da Aromatase por 5 anos 
Indicações: 
 RE/RP + 
 
NÃO PESQUISAR: tumor 
localmente avançado, axila 
clinicamente positiva 
Complicações do esvaziamento radical 
 Lesão do nervo torácico longo (m. 
serrátil anterior): escápula alada 
 Linfedema 
 
19 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Inibidores da aromatase 
– anastrozol 
Pós menopausa Aumenta desmineralização óssea 
Inibidores da recaptação do estrogênio 
– tamoxifeno 
Pré menopausa Aumenta CA de endométrio e trombose 
 
▪ TERAPIA ALVO DIRIGIDA – Transtuzumabe, menos efeito adverso 
Indicações: 
 Superexpressão HER2 (3+) 
 
BENIGNAS 
FIBROADENOMA 
 Mais comum 
 Jovens (20-35 anos) 
 Nódulo bem delimitado, móvel, regular, consistência fibroelástica 
 Retirar se: > 35 anos, crescimento rápido 
TUMOR FILOIDES 
 Parece fibroadenoma, mas cresce muito rápido (estroma hipercelular) 
 30-50 anos 
 Tratamento: exérese com margem – tendência à recidiva 
ESTEATONECROSE  Nódulo após trauma 
ALTERAÇÃO FUNCIONAL 
BENIGNA DA MAMA 
 Pode se manifestar como adensamento, cisto, mastalgia cíclica ou 
derrame papilar multicolorABSCESSO SUBAREOLAR 
RECIDIVANTE 
 Tabagista, 30-50 anos 
 Doença congênita da papila 
 Tratamento: ATB 
 
OVÁRIO 
a. Fatores de risco 
 HF – principal (3x) 
 Idade (> 60 anos) 
 Mutação BRCA 1 e 2 
 Dieta rica em gordura 
 Obesidade 
 Menacme longo 
 Nuliparidade 
 Indutor de ovulação 
 Tabagismo – mucinoso 
 
b. Fatores de proteção 
 Amamentação 
 Multiparidade 
 Uso de anovulatório 
 Laqueadura tubária / fimbriectomia 
 
c. Diagnóstico 
1) CLÍNICA + USG – suspeita 
S Sólida 
U USG Doppler com baixa resistência (< 0.4) – neovascularização 
S Septações espessas (> 3mm) 
P Papilas 
E Espessamento de parede 
I Irregular 
T Tamanho > 8cm 
A Antes ou após menacme / Ascite 
METÁSTASE – disseminação transcelômica 
Fígado 
*NUNCA faz punção! 
 
20 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Não existe rastreamento!!!! 
CA-125 
 Principal marcador 
 NÃO é específico! 
 
2) HISTOPATOLÓGICO – definitivo 
MALIGNAS 
Epiteliais 
Adenocarcinoma seroso 
 Mais comum 
 CA 125 
Adenocarcinoma mucinoso 
 Pseudomixoma peritoneal – 
também ocorre no tumor de 
apêndice 
 CA 19.9, CEA 
Células claras 
 Pior prognóstico dos epiteliais 
– “sombrio” 
 
Germinativo 
Disgerminoma 
 Germinativo maligno mais 
comum 
 Crianças 
 Disseminação linfática 
 Sensível à RT 
 LDH 
Embrionário 
 Puberdade precoce 
 AFP, HCG 
Teratoma imaturo 
 Contém tecidos fetais pouco 
diferenciados 
Seio endodérmico 
 Pior prognóstico dos 
germinativos 
 AFP 
*Na infância, 80% dos tumores ovarianos são malignos 
*Pedir cariótipo! 
 
Cordão sexual 
Androblastoma 
 Androgênios 
 Virilização 
*SDHEA normal – dd com tumor 
adrenal 
 
Metastáticos 
Krukenberg 
 Tumor primário do TGI 
(maioria gástrico) 
 Presença de células em anel 
de sinete 
 
d. Estadiamento 
I – Limitado ao ovário 
IA 1 ovário 
IB 2 ovários 
IC 
1/2 ovários + superfície externa do ovário/ruptura da cápsula/lavado 
peritoneal ou ascítico 
II – Invade cavidade 
pélvica 
IIA Invade tubas/útero 
IIB Invade outros órgãos pélvicos 
IIC Invade lavado peritoneal ou ascítico 
Ruim: CA ovário inicial pode dar normal, 
inespecífico (aumenta em DIP, mioma, gravidez..) 
Bom: complementa avaliação tumoral, seguimento 
pós tratamento 
 
21 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
III – Acometimento 
peritoneal ou 
linfonodal 
IIIA Invade peritoneo microscopicamente 
IIIB Invade peritoneo < 2cm 
IIIC Invade peritoneo > 2cm ou linfonodo retroperitoneal/inguinal 
IV – Metástase IV Invade órgãos a distancia – fígado, pleura.. 
*A ruptura da cápsula durante a cirurgia altera o estadiamento de IA para IC1 
 
e. Tratamento 
▪ CIRURGIA FUNDAMENTAL – Laparotomia 
 Lavado peritoneal + biópsias peritoneais + histerectomia 
total + anexectomia bilateral + omentectomia infracólica + 
ressecção de implantes, linfonodos pélvicos e para-aórticos 
*Se mucinoso: + apendicectomia 
 
Se desejo de engravidar: 
 Epitelial + estádio IA (Apenas 1 ovário) G1/G2 ou borderline: avaliar salpingooforectomia unilateral 
 
▪ CIRURGIA DE CITORREDUÇÃO – melhora resposta à QT 
 Visa retirar o máximo possível de tumor – ótima se restar < 1cm 
 
Se doença avançada: QT neoadjuvante (3 ciclos) > cirurgia de citorredução > QT adjuvante 
 
▪ QT ADJUVANTE 
 Todos, exceto IA e IB (Bilateral) G1/G2 
 
BENIGNAS 
NÃO NEOPLÁSICOS 
Cistos funcionais – 
mais comum 
Folicular 
 Cisto funcional mais comum 
 Cisto simples > 3cm 
 
Corpo lúteo hemorrágico 
 2º cisto funcional mais comum 
 Dor pélvica – dd com gravidez ectópica 
 USG: aspecto heterogêneo/reticular, doppler com anel de fogo com baixa 
resistência 
 Conduta: expectante (ACO evita novos cistos) / cirurgia se dor intensa ou 
instabilidade 
Endometrioma 
 Líquido achocolatado 
 Conduta: excisão se sintomático – não responde à medicamento! 
Abscesso  Debris ecogênicos + septações + febre 
 
NEOPLÁSICOS 
Teratoma benigno 
/ maduro / 
dermoide – 
mais comum 
 Formação heterogênea, com calcificações e sombra acústica 
 Risco de torção anexial 
 Conduta: cirurgia 
Cistoadenoma 
 Seroso: multiloculado, corpos de Psammoma 
 Mucinoso: atinge grandes dimensões 
Struma ovarii  Contém tecido tireoidiano – crises tireotóxicas! 
Fibromas 
 Síndrome de Meigs: tumor de ovário benigno (fibroma ou Brenner) + ascite + 
derrame pleural 
Tumor de Brenner 
 Epitélio semelhante ao urotélio (de transição) 
 Síndrome de Meigs 
Cirurgia: 
diagnóstico + estadiamento (biópsia de 
congelação) + tratamento 
 
22 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Cisto persistente / Cisto na pós menopausa: 
CA-125 
 
Tratamento 
 Expectante 
 Ooforoplastia 
 
COLO DE ÚTERO 
a. Conceitos 
Endocérvice Epitélio colunar/cilíndrico/glandular 
Ectocérvice Epitélio escamoso 
JEC Onde os 2 epitélios se encontram – é dinâmica, varia com estímulo hormonal! 
Ectopia/Eversão JEC exteriorizada – mácula rubra 
Metaplasia escamosa 
Ectopia > acidez vaginal > transformação do epitélio cilíndrico da endocérvice em 
epitélio escamoso da ectocérvice 
*É fisiológico!!!!!! 
Zona de transformação – 
onde surge o CA 
Área onde a metaplasia escamosa ocorre – área entre a JEC original e a nova JEC 
Tipo 1: totalmente na ectocérvice 
Tipo 2: parte na endocérvice, porém visível 
Tipo 3: parte na endocérvice, não visível 
Cistos de Naboth Metaplasia escamosa > oclusão de glândulas do epitélio colunar 
 
b. Características 
 Mais comum: epidermoide / escamoso / espinocelular (HPV 16) 
 2º mais comum: adenocarcinoma (HPV 18) 
 Evolução lenta (10-15 anos) 
 
c. Fatores de risco 
 HPV + fatores de risco para IST 
 Idade > 30 anos 
 Tabagismo 
 Imunodepressão 
 
HPV – 16, 18 
 
VACINAÇÃO: 
Geral: quadrivalente (6, 11, 16, 18) em 2 doses (0, 6m) – meninas 9-14 anos, meninos 11-14 anos 
HIV, transplante, CA: 3 doses (0, 2, 6m) – meninas 9-45 anos, meninos 9-26 anos 
 
d. Clínica 
 Dor, corrimento, sinusorragia – estágios avançados 
 
e. Rastreamento 
Colpocitologia 
 
1) QUANDO COLHER? – 123 
 1x/ano > após 2 negativos > a cada 3 anos 
 25-64 anos, após sexarca 
 
HPV é um fator necessário, mas não suficiente, para o CA! 
 
23 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Situações especiais 
Gestante Tudo igual 
HIV / imunodepressão 
Após sexarca 6/6m no 1º ano > anual 
*CD4 < 200: manter 6/6m 
Virgem / Histerectomia 
total por doença benigna 
Não faz 
 
2) COMO COLHER? 
 Coleta ectocervical – espátula de Ayre 360 graus 
 Coleta endocervical – escova dentro do OEC 
 
3) COMO CONDUZIR? – Bethesda 
LIE-BG (LSIL) – 
manifestação citológica do 
HPV 
Repetir 
 < 25 anos: 3 anos 
 ≥ 25 anos: 6m 
2 alterados > colposcopia 
ASC-US 
Repetir 
 < 25 anos: 3 anos 
 25-29 anos: 1 ano 
 ≥ 30: 6m 
ASC-H Colposcopia 
AGC (AGUS) 
Colposcopia + avaliar canal endocervical (escovado, curetagem, histeroscopia) + 
avaliar endométrio (≥ 35 anos) 
LIE-AG (HSIL) Colposcopia 
AOI (origem indefinida) Colposcopia 
Parece CA Colposcopia 
HIV / imunodepressão Colposcopia 
*Coilocitose, discariose e disceratose: efeito citopático do HPV 
 
f. Diagnóstico 
Colposcopia + Biópsia 
 
 Ácido acético – marca proteínas do epitélio alterado: área acetobranca 
 Teste de Schiller (lugol) – marca glicogênio das células normais: iodo negativo 
(Schiller positivo) 
 Vasos atípicos – achado mais suspeito de invasão 
 
Se não visualizou JEC (colposcopia insatisfatória): 
abrir mais o espéculo / espéculo endocervical / estrogênio 
 
Resultados da biópsia – Richart 
NIC I – 
não vira CA (80% regride) 
 Acompanhar 
 
Permanecer por 2 anos: 
acompanhar / destrutivo (crioterapia, cauterização) 
NIC II 
NIC III 
 Exérese 
 
EZT I (CAF) / EZT II: resto 
EZT III (Cone): suspeita de invasão, não vê limite da lesão, JEC não visível 
*< 20 anos: colposcopia 6/6m por 2 anos 
CA Estadiamento 
*Ver e tratar: LIE-AG > 25 anos com lesão visível (limite, JEC) na colposcopia pode já fazer EZT antesda biópsia 
*NIC II/III com margens comprometidas: colposcopia 6/6m por 2 anos 
GESTANTE: 
suspeita de invasão: biópsia 
sem suspeita de invasão: 
citologia 90 dias após parto 
 
24 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
g. Estadiamento – é CLÍNICO!!!! 
0 – carcinoma in situ - *Se já fez EZT III (Cone), já está tratado! 
1 – restrito ao colo uterino 
IA1 < 3mm 
IA2 3-5mm 
IB1 5mm-2cm 
IB2 2-4cm 
IB3 ≥ 4cm 
2 – invasão perto 
IIA1 Parte superior da vagina < 4cm 
IIA2 Parte superior da vagina ≥ 4cm 
IIB Paramétrio 
3 – invasão mais longe 
IIIA Terço inferior da vagina 
IIIB Parede pélvica/ureter (hidronefrose) 
IIIC1 Linfonodo pélvco 
IIIC2 Linfonodo paraórtico 
4 – invasão distante 
IVA Bexiga e reto 
IVB À distância 
 
h. Tratamento 
0 EZT III (cone) 
IA1 Histerectomia tipo 1 – quer engravidar: EZT III 
IA2 Histerectomia tipo 2 + linfadenectomia pélvica 
IB1 / IB2 Histerectomia tipo 3 (Wertheim-Meigs) 
IB3 / IIA1 Histerectomia tipo 3 (Wertheim-Meigs) ou QT + RT 
≥ IIA2 QT + RT 
*Pode fazer RT primária em qualquer estágio – exceto IVB 
 
Do condiloma acuminado – HPV 6, 11 
 Cautério/laser: lesão extensa 
 Ácido tricloroacético: lesão pequena, gestante 
 Imunomodulador: uso domiciliar, pior resposta 
 
VULVA 
a. Características 
 Idosas (70-80 anos) 
 Mais comum: escamoso / epidermoide / espinocelular 
 Local mais comum: grandes lábios 
 Disseminação linfática 
 
b. Fatores de risco 
 HPV 
 Tabagismo 
 Linfogranuloma venéreo 
 Líquen 
 
c. Clínica 
 Prurido – mais comum (70%) 
 
d. Diagnóstico 
Teste de Collins + Biópsia 
 
e. Tratamento 
*Wertheim-Meigs: histerectomia total + retirada de 
paramétrios, uterossacros e terço superior da 
vagina + linfadenectomia pélvica 
Anexectomia não é obrigatória! 
 
25 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 > 2cm (> IB): vulvectomia 
 
f. Diagnóstico diferencial 
Líquen escleroso 
 Prurido, dispareunia 
 Placas hipocrômicas, brilhantes, com fusão de pequenos/grandes lábios 
 Lesão “em 8” / “em fechadura”, simétrica, envolve região perianal 
 Poupa mucosa – dd com líquen plano 
 Tratamento: corticoide tópico 
 
ENDOMÉTRIO 
Suspeita de CA 
USG na menopausa > 4mm sem TRH / > 8mm com TRH 
Colpocitologia na menopausa Presença de células endometriais 
 
a. Características 
Tipo I 
 Mais comum – endometrioide 
 Origina-se a partir da hiperplasia endometrial 
 Relação com estrogênio 
Tipo II 
 Pior prognóstico 
 Origina-se a partir do endométrio atrófico 
 Mulheres mais velhas e magras 
 
b. Fatores de risco – ação do estrogênio sem proteção da progesterona 
 Obesidade – principal 
 > 60 anos 
 Nuliparidade 
 Tamoxifeno 
 Nível socioeconômico elevado 
 Branca 
 Anovulação crônica 
 Menacme longo 
 DM 
 Hiperplasia 
 Síndrome de Lynch II – colorretal + endométrio/ovário 
 
c. Fatores de proteção 
 Contracepção com progesterona 
 Multiparidade 
 Tabagismo 
 
d. Diagnóstico 
Sangramento anormal + endométrio espesso > biópsia 
 
 Cureta de Novak – ambulatorial, às cegas 
 Curetagem fracionada / semiótica – cirúrgico, às cegas 
 Histeroscopia com biópsia – padrão-ouro 
 
Resultado da biópsia 
Hiperplasia – 
precede 80% dos 
casos 
Sem atipia / Benigna 
 Progesterona + biópsia após 3-6m 
*Falha: Histerectomia 
A principal causa de sangramento na 
menopausa é a atrofia endometrial! 
 
26 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Com atipia / NIE 
 Histerectomia 
*Deseja engravidar: Progesterona + biópsia após 3-6m 
CA de endométrio Cirurgia 
 
e. Tratamento 
▪ CIRURGIA – estadiamento + tratamento 
 Laparotomia: lavado peritoneal + histerectomia total + anexectomia + linfadenectomia 
 
▪ RT 
 ≥ 50% invasão miometrial (≥ IB) 
 
▪ QT 
 Associar se passou do útero 
 
CICLO MENSTRUAL 
Normal 
Duração 21-35 dias 
Fluxo 2-6 dias 
Perda sanguínea 20-60 ml 
 
FASE FOLICULAR (variável) – 1ª fase 
Hipotálamo > GnRH pulsátil (baixa amplitude, alta frequência) > aumenta LH 
 
FASE LÚTEA (14 dias, fixa) – 2ª fase 
Hipotálamo > GnRH pulsátil (alta amplitude, baixa frequência) > aumenta FSH 
 
▪ CICLO OVARIANO 
 FSH alto – aumenta no fim do ciclo anterior 
 FSH estimula vários folículos que secretam estrogênio + inibina B (inibe FSH) 
 1 folículo se destaca – folículo dominante (mais aromatase, mais receptores para FSH e receptores de LH na 
granulosa) 
 Pico de estrogênio (> 200 + 50h) gera pico de LH 
 Pico de LH (aumento de prostaglandinas, aumento de receptores de LH na granulosa) gera ovulação – 
discreto aumento de progesterona/FSH 12-24h antes da ovulação 
 Formação do corpo lúteo que secreta progesterona (inibe LH) + inibina A (inibe FSH) 
 Regressão do corpo lúteo (não tem HCG para sustentar): queda de estrogênio, progesterona e inibina A + 
aumento do FSH 
 
Ovulação ocorre 32-36h após início do aumento e 10-12h após pico máximo do LH 
 
▪ CICLO UTERINO 
1) Proliferativa: glândulas curtas e pequenas – estrogênio 
2) Secretora: glândulas longas, tortuosas e dilatadas – progesterona 
3) Menstrual 
Disseminação linfática! 
 
27 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
*Fase proliferativa: útero trilaminar 
 
NO OVÁRIO – esteroidogênese (teoria das 2 células e 2 gonadotrofinas) 
Células da teca LH 
Colesterol > 
Androgênios (Androstenediona, Testosterona) 
Células da granulosa FSH 
Androgênios (Androstenediona, Testosterona) > 
Estrogênio (Estrona, Estradiol) 
*Aromatase 
 
 
 
Menacme Estradiol – ovários 
Menopausa Estrona – aromatização periférica 
Gravidez Estriol – placenta 
 
ANTICONCEPÇÃO 
COMPORTAMENTAIS 
Tabelinha 
 Registrar ciclo menstrual por 6m, se a diferença entre o ciclo mais longo e o mais curto 
for < 10: pode usar – subtrair 18 do mais curto e 11 do mais longo (período de 
abstinência) 
 
Curva térmica 
 Ovulação aumenta 0.3 na temperatura – progesterona 
 
Muco cervical (Billings) 
 Muco elástico, com filância e cristalização (estrogênio) > ovulação > muco espesso, 
sem filância (progesterona) 
DIU 
Cobre – dura 10 anos 
 Ação espermicida, irritativa e 
inflamatória 
 Aumenta dismenorreia e fluxo 
 
Progesterona – dura 5 anos 
 Atrofia endometrial + muco hostil 
 Gera amenorreia 
 
 Alterações intrauterinas – suspeita de 
gravidez, distorção da cavidade, SUA 
inexplicado, CA de colo/endométrio, 
infecção uterina 
 Entre 48h e 4 semanas pós-parto 
 CA de mama – Progesterona 
 
28 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Cobre + Prata – dura 5 anos 
 Forma em “Y” que facilita a inserção e 
remoção 
 
NÃO É ANOVULATÓRIO! 
MINIPÍLULA – 
progesterona 
 Altera muco cervical + atrofia 
endometrial 
 Ideal: amamentando ou peri-
menopausa 
 
NÃO É ANOVULATÓRIO! 
*Pílula de Desogestrel (não é minipílula): é anovulatório 
3: 
 Gravidez 
 Tumor hepático 
 HAS grave 
 AVE / TVP / TEP aguda 
 Amamentação < 6 semanas pós-parto 
– Injetável 
 
4: 
 CA de mama atual 
INJETÁVEL 
TRIMESTRAL / 
IMPLANTE 
SUBDÉRMICO – 
progesterona 
 Altera muco + atrofia endometrial + 
anovulação 
 
< 6 semanas após parto amamentando: 
minipílula ou implante 
ACO / ANEL 
VAGINAL / ADESIVO 
/ INJETÁVEL MENSAL 
– 
progesterona + 
estrogênio 
 Altera muco cervical + atrofia 
endometrial + altera motilidade 
tubária + anovulação 
 
*Estrogênio: inibe FSH 
*Progesterona: inibe LH 
4: 
 Amamentação < 6 meses pós-parto 
 CA de mama atual 
 Tabagismo > 35 anos – ≥ 15 cigarros é 
4, qualquer cigarro é 3 
 IAM / TVP / TEP / AVE atual ou prévio 
 LES + SAF 
 Hepatopatia grave 
 Enxaqueca com aura 
 
*Anticonvulsivantes (exceto ácido valproico) 
e Rifampicina diminuem eficácia do ACO VO! 
*LARC: DIU + implante subdérmico 
*Pearl ideal < 4 
 
AMAMENTAÇÃO E ACO 
NÃO 
< 21 dias + sem risco de TVP: 3 
< 21 dias + com risco de TVP: 4 
 
21-42 dias + sem risco de TVP: 2 
21-42 dias + com risco de TVP: 3 
SIM 
< 6 semanas: 4 
6 semanas a 6 meses: 3 
 
DEFINITIVA 
> 25 anosOU 2 filhos vivos + 60 dias entre a vontade e a cirurgia + 42 dias após parto/aborto 
*Só pode fazer na cesárea se: cesárea de repetição ou doença de base muito grave 
 
DE EMERGÊNCIA 
Altera ovulação + atrofia endométrio 
Levonorgestrel 1.5mg VO dose única 
72h a 5 dias 
 
 
 
 
 
1 Pode usar 
2 Pode usar com cautela 
3 Contraindicação relativa 
4 Contraindicação absoluta 
 
29 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
AMENORREIA 
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA 
Sem caracteres sexuais: 13-14 anos 
Com caracteres sexuais: 15-16 anos 
3 ciclos ou > 3-6m 
 
GENITÁLIA INTERNA – células de Sertoli: anti-Mulleriano 
Mulher XX 
Ausência do hormônio anti-Mulleriano > ducto de Muller 
(paramesonéfrico) > útero, tubas e 2/3 superiores da vagina 
Homem XY 
Presença do hormônio anti-Mulleriano > ducto de Wolff > epidídimo, 
ducto deferente, ducto ejaculatório e vesícula seminal 
 
GENITÁLIA EXTERNA – células de Leydig: testosterona 
Mulher XX Ausência de testículos > ausência de testosterona > 1/3 distal da vagina 
Homem XY Presença de testículos > presença de testosterona > pênis 
 
 MULHER HOMEM 
Seio urogenital Uretra e 1/3 distal da vagina Uretra prostática e próstata 
Tubérculo genital Clitóris Glande 
Eminência urogenital Grandes lábios Bolsa escrotal 
Prega urogenital Pequenos lábios Corpo peniano 
 
Compartimentos 
IV Hipotálamo 
III Hipófise 
II Ovário 
I Útero, vagina 
 
AMENORREIA SECUNDÁRIA 
1) EXCLUIR GRAVIDEZ 
 B-HCG quantitativo 
 
2) TSH + PROLACTINA 
 Hipotireoidismo + Hiperprolactinemia: tratar hipotireoidismo 
 Hiperprolactinemia: 
- Prolactinoma (> 200): RM > cabergolina, bromocriptina 
- Medicamentosa (mais comum): metoclopramida, neurolépticos, tricíclicos, ranitidina, ACO.. 
- Outras: gestação/lactação, estimulação, lesão torácica, insuficiência renal 
 
3) TESTE DA PROGESTERONA (Medroxiprogesterona 10mg 5-10d) – avalia estrogênio e trato de saída 
 Sangrou: anovulação – ex: SOP 
 Não sangrou: deficiência de estrogênio / lesão do endométrio / obstrução ao fluxo? 
 
4) TESTE DO ESTROGÊNIO + PROGESTERONA (ACO 21d) – avalia 
endométrio e trato de saída 
 Não sangrou: causa anatômica 
- Síndrome de Asherman: sinéquias após curetagem 
- Hiperplasia adrenal congênita: pseudo-hermafroditismo feminino – principal causa de genitália ambígua 
 Sangrou: não é causa anatômica > ovário / central? 
 
5) FSH – diferencia causa ovariana e central 
 FSH > 20: causa ovariana > hipogonadismo hipergonadotrófico 
- Insuficiência ovariana prematura (< 40 anos): idiopática, irradiação, QT, doença autoimune, infecção 
- Síndrome de Savage: resistência dos ovários ao LH e FSH > biópsia > terapia hormonal 
 FSH < 5 ou normal: causa central > hipogonadismo hipogonadotrófico > TC/RM + teste do GnRh 
Dopamina inibe prolactina 
Hiperplasia adrenal congênita forma 
não clássica (tardia): 
diagnóstico diferencial com SOP! 
Síndrome de Savage: 
pode ser amenorreia 1ª ou 2ª!! 
 
30 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
6) TESTE DO GNRH 
 Sem aumento de LH/FSH: causa hipofisária 
- Síndrome de Sheehan: hipotireoidismo + hipocortisolismo + hipogonadismo + agalactorreia pós parto 
 Aumento de LH/FSH: causa hipotalâmica 
- Craniofaringioma 
- Anorexia, exercício, estresse 
 
AMENORREIA PRIMÁRIA 
▪ COM CARACTERES SEXUAIS – tem ovário funcionante > causa anatômica! 
 Hímen imperfurado: cólica menstrual intensa (sangue menstrual acumulado – criptomenorreia) 
 Septo vaginal transverso: não dá pra ver no exame clínico (diagnóstico: US) 
 Síndrome de Rokitansky/agenesia dos ductos de Muller (46XX): US com ausência de útero, tubas e terço 
superior da vagina 
 
Rokitansky – 46XX Morris – 46XY 
 46XX > tem ovário 
 Agenesia dos ductos de Muller 
 Amenorreia primária com caracteres sexuais + 
ausência de útero, tubas e 2/3 superiores da 
vagina + dispareunia (vagina curta) + pelos 
normais + ovários normais 
*Sempre investigar alteração renal (US!), pois os ductos 
de Muller tem a mesma origem dos paramétrios 
 46XY > tem testículo 
 Insensibilidade androgênica (completa ou 
incompleta) 
 Amenorreia primária com mama pequena + 
ausência de útero, tubas e 2/3 superiores da 
vagina + dispareunia (vagina curta) + ausência 
de pelos + presença de testículos 
*Genótipo masculino, fenótipo feminino 
*O dd é feito pelo cariótipo e é importante pois, caso haja presença de testículos, estes devem ser retirados pelo risco de virar CA! 
 
▪ SEM CARACTERES SEXUAIS – ovário não funcionante (hipogonadismo) > primário ou secundário? 
1) FSH 
 FSH alto: causa ovariana > hipogonadismo hipergonadotrófico (disgenesia gonadal) > cariótipo 
- Disgenesia gonadal – ex: Síndrome de Turner (45X0, pescoço alado + tórax em escudo + baixa estatura) 
- Síndrome de Savage 
 
 FSH baixo: causa central (hipotalâmica ou hipofisária) > hipogonadismo hipogonadotrófico > teste do GnRH 
- Síndrome de Kallman: deficiência do GnRH – anosmia + cegueira para cores + amenorreia primária 
 
SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS 
a. Fisiopatologia 
Resistência à insulina > diminuição da SHBG (proteína carreadora de hormônios) > excesso de estrogênio e 
androgênio > inibição do FSH e estímulo ao LH > maior produção de androgênios nas células da teca > ciclo vicioso > 
hiperandrogenismo + anovulação 
 
Resistência à insulina + Hiperandrogenismo + Anovulação 
 
 Afeta 5-10% das mulheres 
 Anovulação crônica hiperandrogênica 
 Associação com resistência à insulina 
 
b. Clínica 
 Acantose nigricans 
 Acne, alopecia, hirsutismo (pelo grosso em regiões masculinas) – Ferriman ≥ 8 
 Irregularidade menstrual, infertilidade 
 
31 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Laboratório – excluir outras doenças 
 TSH 
 Prolactina 
 17-OH-progesterona 
 Cortisol 
 SDHEA – > 700: pedir TC/RM (tumor adrenal?) 
 
c. Diagnóstico 
CRITÉRIOS DE ROTTERDAM – pelo menos 2 
Ovários policísticos à USG ≥ 12 folículos com 2-9mm ou ovário > 10cm³ 
Oligo ou anovulação - 
Hiperandrogenismo Clínico ou laboratorial 
 
d. Tratamento 
 Mudança do estilo de vida (dieta, exercício, perda de peso) 
 ACO (Etinilestradiol + Ciproterona/Drospirenona/Dienogeste) ou 
progesterona – se não quer engravidar 
 Clomifeno / Letrozol (inibidor da aromatase) +/- Metformina – se quer 
engravidar (diminui estrogênio > aumenta FSH) 
 
e. Complicações 
 Obesidade 
 Infertilidade 
 Abortamento 
 DM 
 Doença cardiovascular 
 CA de endométrio 
 
INFERTILIDADE 
Sem gravidez após 1 ano de atividade sexual regular 
 
a. Causas 
 Fator masculino 
 Fator tuboperitoneal – DIP: mais comum 
 Anovulação 
*Avaliar idade da mulher e frequência das relações (2-4x/semana) 
 
b. Investigação 
 Hormônios: FSH, progesterona, TSH, prolactina 
 USG-TV – documenta ovulação, acompanha 
 Histerossalpingografia 
 Espermograma 
*Avançada: videolaparoscopia / histeroscopia 
 
INFERTILIDADE MASCULINA 
Normal Alterado 
Não repetir 
*> 15 milhões/ml, > 1/3 normal, > 1/3 móvel 
Repetir após 3m (12 semanas) 
 
Azoospermia: 
 Biópsia + cariótipo + FSH + tamanho do testículo 
*Diferenciar obstrutiva x não obstrutiva (mais comum) 
Tudo aumenta, exceto: 
FSH 
SHBG 
Progesterona 
Ciproterona: progesterona mais 
antiandrogênica e mais 
trombogênica 
*Não usar Levonorgestrel! 
< 35 anos: aguardar 1 ano 
> 35 anos: imediato ou após 6m 
ACO: 
 Regulariza ciclo 
 Aumenta SHBG – diminui estrogênio e 
androgênio > aumenta FSH 
 Diminui risco de CA de endométrio 
 
32 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
INFERTILIDADE FEMININA 
FATOR OVARIANO 
1) Progesterona – avaliar se há ovulação 
 Fase lútea: 21-24 dia – normal: > 3-5 
 
2) FSH – avaliar reserva ovariana (quantidade e qualidade) 
 Fase folicular: 2-5 dia – normal: < 10 
 Opção: hormônio antimulleriano (em qualquer fase) – normal: > 2.5 
 A idade é o melhor preditor de reserva ovariana! 
 
3) US-TV – documenta ovulação 
 Programar coito ou intervenções Contagem de folículos: prognóstico na reprodução assistida 
FATOR 
TUBOPERITONEAL 
1) Histerossalpingografia – exame inicial 
 Prova de Cotte: positiva (tubas pérvias) x negativa (tubas não pérvias) 
 
2) Videolaparoscopia – padrão-ouro 
 Diagnóstico e terapêutico 
FATOR UTERINO 
1) US-TV 
2) Histerossalpingografia 
3) Histeroscopia – padrão-ouro 
 
c. Tratamento 
 Fator masculino: FIV 
 Fator ovariano: indução (clomifeno) ou FIV 
 Fator tuboperitoneal: laparoscopia – retirar aderência, endometriose, salpingoplastia 
 Fator uterino: histeroscopia – retirada de pólipos, septos 
*Inseminação intrauterina: infertilidade sem causa aparente, fator masculino leve (> 5 milhões de SPTZ normais) 
 
ATUALIZAÇÃO – 2021 
Limite de doação de gametas 
 Mulher: 37 anos 
 Homem: 45 anos 
Número de embriões a serem 
transferidos 
 Mulher < 37 anos: 2 
 Mulher > 37 anos: 3 
 Embriões euploides ao diagnóstico genético: 2 
 
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL 
ESTRUTURAIS NÃO ESTRUTURAIS 
P – Pólipo 
A – Adenomiose 
L – Leiomioma 
M – Maligna 
C – Coagulopatia 
O – Ovulatória 
E – Endometriais 
I – Iatrogênica 
N – Não classificada 
 
1) AVALIAR ORIGEM 
 1º exame: exame especular 
 
2) AVALIAR IDADE 
Neonatal  Privação do estrogênio materno 
Infância 
 Corpo estranho 
 Infecção – vulvovaginite inespecífica 
 Trauma 
*Excluir: abuso sexual, neoplasia (sarcoma botroide) 
Adolescência  Anovulação – imaturidade do eixo HHO (primeiros 2 anos da menarca) 
 
33 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Sangramento da gestação 
*Excluir: DST, SOP, coagulopatia (ex: PTI, deficiência de VWB) 
Adultos 
 Anovulação 
 Sangramento da gestação 
*Excluir: neoplasias benignas e malignas, DST 
Pós-menopausa 
 Atrofia endometrial 
 TRH 
*Excluir: CA de endométrio 
 
3) AVALIAR MOMENTO DO SANGRAMENTO 
Pós-coito 
 Cervicite 
 CA de colo 
 Laceração vaginal 
Menacme  Sexualmente ativa: B-HCG 
Medicamento 
 Escape do ACO 
 TRH na pós-menopausa 
 
4) EXAMES COMPLEMENTARES 
▪ USG-TV 
Sem TRH < 4mm 
Com TRH < 8mm 
Se alterado: histeroscopia + biópsia 
 
CONDUTA NO SUA AGUDO DISFUNCIONAL 
1) Estabilização hemodinâmica 
2) Excluir gravidez 
3) Tratamento medicamentoso 
 Estrogênio equino conjugado (EEC): Estrogênio 1.25mg VO 6/6h por 21 dias > Progesterona por 10 dias 
 ACO: Estrogênio 30-35mcg 1cp 8/8h até para sangramento (min 48h) > 1cp/dia por 21 dias 
 + Ácido tranexâmico 
 AINE 
*Instável: curetagem uterina 
 
MIOMA ADENOMIOSE ENDOMETRIOSE 
Sangramento Sangramento + dismenorreia 2ª Dismenorreia 2ª + dor pélvica + infertilidade 
 
PÓLIPOS 
CERVICAL ENDOMETRIAL 
Sinusorragia Maioria assintomático – USG > histeroscopia 
Polipectomia histeroscópica 
 
 
 
MIOMA 
Tumor benigno (monoclonal) da musculatura lisa uterina hormônio-dependente 
Maioria assintomático! 
 
Sangramento anovulatório do 
climatério: Progesterona na 2ª fase 
Ovulatório (SUD): ciclos anovulatórios > 
estrogênio sem oposição da 
progesterona > período de amenorreia 
seguido de hemorragia 
 
34 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
a. Classificação 
Subseroso 5, 6, 7 (pediculado) Compressão, dor 
Intramural 3, 4 (só intramural) 
Sangramento, infertilidade 
Submucoso 0 (pediculado), 1, 2 
*8: cervical / subseroso parasita 
 
 
 
b. Diagnóstico 
 USG: nódulo hipoecoico com vascularização periférica 
 RM: antes de cirurgia de múltiplos miomas, antes de embolização (avalia distância da serosa – risco de 
perfuração) 
 
c. Tratamento 
Assintomática Expectante 
Sintomática 
 Sangramento leve/moderado: clínico (ACO) 
 Sangramento intenso + nulípara: miomectomia 
 Sangramento intenso + multípara: histerectomia 
*Miomectomia histeroscópica: só submucoso 
*Embolização: multípara + múltiplos, mas não pediculados 
 
Análogo do GnRH: diminui mioma e anemia no pré-operatório 
*Muito efeito adverso – usar no max 6m 
*ACO não diminui mioma, só diminui sangramento! 
Degeneração 
 Hialina: mais comum 
 Rubra/necrose asséptica: dor na gravidez 
 Sarcomatosa: rara, mioma que cresce após a menopausa 
 
ADENOMIOSE 
Tecido endometrial no miométrio hormônio-dependente 
 
a. Clínica 
 SUA 
 Dismenorreia 2ª 
 Útero aumentado difusamente 
 
b. Diagnóstico 
 USG: normal / miométrio heterogêneo 
 RM: zona juncional mioendometrial > 12mm 
 Biópsia: diagnóstico definitivo 
 
c. Tratamento 
 Histerectomia – definitivo 
Outros: SIU progesterona (melhor!), ACO, ablação endometrial 
 
 
35 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
ENDOMETRIOSE 
Endométrio (glândulas e estroma) fora do útero – maior expressão de aromatase e resistência a progesterona 
Local mais comum: ovário > ligamento uterossacro 
Infiltrativa profunda: penetra espaço retroperitoneal / órgãos pélvicos > 5mm de profundidade 
 
a. Fisiopatologia – teorias 
 Menstruação retrógrada 
 Imunológica 
 Metaplásica 
 
b. Fatores de risco 
 Menacme longo 
 Primiparidade tardia 
 Nuliparidade 
 HF 
 Raça branca 
 Malformação uterina 
 Excesso de álcool e café 
 
c. Clínica 
 Dismenorreia 2ª 
 Infertilidade – aderências, distorções anatômicas, fluido peritoneal com prostaglandinas e citocinas 
 Dispareunia de profundidade 
*Melhora na gestação! 
 
Exame físico: 
 Nódulo ao toque vaginal / retal 
 Útero fixo, doloroso 
 Massa anexial – endometrioma 
 
d. Diagnóstico 
 USG-TV: endometrioma (aspecto em vidro fosco/moído) 
 USG-TV com preparo intestinal: visualiza lesões intestinais, incluindo as camadas acometidas 
 RM: ótimo, mas não vê implantes pequenos – se normal, NÃO exclui 
 Laparoscopia: se falha no tratamento clínico – padrão-ouro 
(controverso!) 
 
*Atividade das lesões: vermelha > preta > branca 
 
e. Tratamento 
Dor 
 Clínico: ACO / progesterona / análogo de GnRH / inibidores da aromatase 
Se refratário: laparoscopia 
*Não age na infertilidade e endometrioma! 
Endometrioma (> 4-6cm)  Cistectomia – melhora infertilidade e dor 
Infertilidade 
 Leve: laparoscopia – retira implantes 
 Grave: FIV 
*CA-125: útil no controle do tratamento 
 
 
 
 
 
Não há relação entre a intensidade da dor e o 
tamanho da lesão! 
Atualmente exame clínico + imagem são 
suficientes para o diagnóstico! 
 
36 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
DISMENORREIA 
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA 
 Surge com ciclos ovulatórios 
 Dor inicia com fluxo e perdura por 2-3 dias 
 Pode ter náuseas/vômitos, cefaleia, diarreia 
 Responde à analgésicos comuns 
 Não tem doença pélvica detectável – é de 
exclusão! 
 Pode diminuir após 20 anos ou 1ª gestação 
*Aumento da produção endometrial de leucotrienos e 
prostaglandinas > contração uterina > diminui fluxo 
sanguíneo > hipoxia > dor 
 Surge ao longo da menacme 
 Pode ser progressiva 
 Pode não responder à analgésicos comuns 
 Presença de doença detectável – adenomiose, 
endometriose, DIP, aderência.. / SII, doença de 
Chron.. / síndrome da bexiga dolorosa, cistite.. 
/ escoliose, dor miofascial.. 
Tratamento 
 AINE 1-2 dias antes do fluxo 
 ACO 
 SIU de Levonorgestrel 
 MEV: atividade física + redução da ingesta de 
gordura 
Tratamento 
 Depende da causa 
 
CLIMATÉRIO 
a. Conceito 
 Vai dos primeiros indícios de falência ovariana até os 65 anos (senilidade) 
 Engloba a perimenopausa (ciclos irregulares) e a pós-menopausa 
 Menopausa: 46-52 anos – diagnóstico retrospectivo (12m sem menstruação) 
 
Diminuição da quantidade e qualidade dos folículos > diminui inibina (produzida pelas células da granulosa) > 
aumenta FSH > esgotamento folicular (menopausa) > cessa produção de estradiol e progesterona pelo ovário (mas 
mantém produção de androgênios) > androgênio é convertido em estrona através da aromatização periférica no 
tecido adiposo, mas não é suficiente 
b. Diagnóstico 
 Clínico!!!! 
 FSH (> 40) / estradiol (< 20) – se insuficiência ovariana prematura (< 40 anos) 
 
c. Clínica – hipoestrogenismo 
 Irregularidademenstrual – mais precoce e mais comum 
 Sintomas vasomotores (fogachos) 
 Distúrbio do sono 
 Diminuição da libido 
 Alterações do humor 
 Alterações atróficas 
 Doenças CV 
 Osteoporose 
 
d. Tratamento 
TERAPIA HORMONAL 
1) Avaliação 
Antes de iniciar Durante o uso 
 Anamnese + exame físico 
 Glicemia de jejum + lipidograma 
 Mamografia 
 Avaliar FR para DCV 
 Lipidograma – anual se TH VO 
 Glicemia de jejum – 3/3 anos 
 Mamografia anual 
 USG-TV – se SUA, TH estrogênica, alto risco 
para CA de endométrio 
Obesas: tem menos sintomas, mais risco 
de CA de endométrio – maior conversão 
periférica sem oposição da progesterona 
 
37 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
*Outros: USG-TV anual para todos, PSO, PCCU, 
densitometria óssea 
 
2) Indicações – primeiros 10 anos (janela de oportunidade) – após isso, aumenta risco CV 
FOGACHOS 
Com útero / Endometriose: E + P 
Sem útero: E 
Patologias: Parenteral 
Colesterol: Comprimido 
*Progesterona: VO ou SIU de Levonorgestrel 
SÍNDROME 
GENITURINÁRIA 
Estrogênio local 
DISFUNÇÃO SEXUAL + 
OUTROS SINTOMAS 
Tibolona (estrogênico + progestagênico + androgênico) 
Diminui atrofia, melhora fogachos, diminui fraturas – estrogênicos 
Melhora na função sexual, aumento da libido – androgênicos 
 
3) Contraindicações 
 CA de mama / lesões precursoras 
 CA de endométrio 
 SUA de causa desconhecida 
 IAM / AVC / TVP / TEP 
 Hepatopatia descompensada 
 Porfiria 
 LES 
 Meningioma – para progesterona! 
 
4) Riscos x Benefícios 
Riscos Benefícios 
 Aumenta DCV – fora da janela de oportunidade 
(> 10 anos) 
 Aumenta CA de mama – após 5º ano de TH 
 Aumenta CA de endométrio 
 Diminui DCV – dentro da janela de 
oportunidade (< 10 anos) 
 Diminui CA colorretal 
 
TERAPIA NÃO HORMONAL 
FOGACHOS 
 Venlafaxina (ISRSN) 
 Paroxetina (ISRS) 
*Menos fluoxetina! 
SÍNDROME GENITURINÁRIA  Lubrificantes vaginais 
LIBIDO  Bupropiona 
 
OSTEOPOROSE 
Fraturas mais comuns: vertebrais, antebraço (Colles) e quadril (fêmur proximal) 
 
a. Classificação 
 Primária: ausência de doenças 
 Secundária: decorrente de doenças ou medicamentos (corticoide!) 
 
b. Fatores de risco 
 Idade – principal! 
 HF 
 Raça branca 
 Magras 
 Hipoestrogenismo 
 
c. Diagnóstico 
▪ DENSITOMETRIA ÓSSEA 
 
38 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Indicações: 
 Mulheres ≥ 65 anos / Homens ≥ 70 anos 
 Após menopausa 
 Fratura por fragilidade 
 
T-SCORE (compara com jovens) – 
pós-menopausa 
-1 a -2.5: osteopenia 
≤ -2.5: osteoporose 
FRATURA DE FRAGILIDADE 
Queda de baixa impacto + fratura de 
rádio / coluna / fêmur 
*Z-SCORE (compara com a mesma idade) – crianças, menacme 
d. Tratamento 
CÁLCIO 
*Ingesta diária 1.200mg/dia 
 Carbonato de cálcio 
 Citrato de cálcio – se nefrolitíase, gastrite 
atrófica, CA gástrico, acloridria, bariátrica 
BIFOSFONATOS 
 Alendronato 70mg/semana VO 
 Risendronato 35mg/semana VO 
 Zolendronato 5mg/ano IV 
*CI: TFG < 30 
DENOSUMABE Indicações: TFG < 30, refratário 
TERIPARATIDA 
Indicações: osteoporose grave (T-score < -3.5) 
*Máximo 2 anos, tem efeito anabólico 
*Raloxifeno 
 
 
 
 
FRAX: avalia a probabilidade de fratura

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