Buscar

6 1 Zoneamento e conforto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Zoneamento e conforto
Apresentação
O conforto ambiental pode ser considerado um dos principais objetivos a se alcançar nas 
edificações e projetos urbanos da atualidade. Esse conceito pode ser influenciado diretamente pelo 
zoneamento das cidades, o qual trata da delimitação de áreas por meio de padrões que servem de 
base para a proposição de estratégias adequadas, a fim de possibilitar conforto ambiental aos 
usuários.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender melhor os conceitos de zoneamento e 
conforto ambiental, bem como seus respectivos tipos. Além disso, compreenderá a relação entre 
esses dois termos e de que modo o zoneamento pode interferir na configuração das cidades e 
conforto ambiental.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Relacionar zoneamento a conforto ambiental.•
Reconhecer as formas de interferência da Lei de Zoneamento na configuração espacial das 
cidades.
•
Identificar as consequências do zoneamento no conforto ambiental.•
Desafio
O setor de planejamento urbano de determinada prefeitura elaborou o mapa da cidade, dividindo-a 
em zonas residenciais, comerciais e industriais, a fim de limitar e privilegiar usos determinados para 
específicas porções da cidade.
No momento de desenhar tal mapa com as zonas corretas, houve um equívoco. Assim, foram 
colocadas as áreas residencial e industrial uma ao lado da outra.
Imagine que essa fosse a proposta correta de zoneamento permitida pelo município ao invés de um 
engano e responda as seguintes questões:
a) Considerando a área residencial ao lado da industrial, a alternativa de zoneamento apresentada 
seria uma boa ideia? Por quê?
b) Como esse zoneamento poderia afetar as residências em relação ao conforto ambiental (térmico, 
acústico e lumínico)?
Infográfico
Na arquitetura e urbanismo, surgiram diversos tipos de zoneamentos voltados a áreas e situações 
específicas ao longo dos anos. Eles foram formulados e vêm sendo usados com o intuito de limitar 
usos e garantir parâmetros adequados, servindo de base aos projetos.
No Infográfico, observe as principais categorias de zoneamento.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Conteúdo do livro
Pode-se dizer que zoneamento e conforto ambiental são dois conceitos relacionados entre si. O 
zoneamento é instrumento de base para a proposição de estratégias de conforto ambiental que 
alcancem a satisfação das pessoas. Além disso, estabelece parâmetros de construção que garantem 
o bem-estar de seus futuros usuários, permitindo a ventilação e iluminação natural, dentre outros 
aspectos.
Leia mais no capítulo Zoneamento e conforto, da obra Conforto ambiental, base teórica desta 
Unidade de Aprendizagem, sobre o que é o zoneamento e sua relação com o conforto ambiental, a 
lei de zoneamento e as suas consequências em relação ao conforto ambiental.
CONFORTO 
AMBIENTAL
Vanessa Guerini Scopell
 
Zoneamento e conforto
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Relacionar zoneamento a conforto ambiental.
  Reconhecer as formas de interferência das leis de zoneamento na 
configuração espacial das cidades.
  Identificar as consequências do zoneamento no conforto ambiental.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar sobre os conceitos de zoneamento e 
conforto ambiental, entendendo o seu significado e a sua importância 
para a Arquitetura e Urbanismo. Além disso, você vai compreender a 
relação entre zoneamento e conforto, verificando como um colabora 
para a obtenção do outro e identificando as suas contribuições para a 
organização das cidades.
Definições de zoneamento e conforto ambiental
Zoneamento e conforto ambiental são dois conceitos bastante complexos e 
abrangentes que requerem um estudo aprofundado para que, juntos, possam 
contribuir para melhorar a vida dos usuários das edifi cações e dos espaços 
externos. Conforme Silva (1981), o conceito de zoneamento se originou nas 
cidades industrializadas a partir da necessidade de se estabelecer áreas com 
destinações para usos especiais. Assim, para o autor, o zoneamento pode ser 
compreendido como “[...] um procedimento urbanístico, que tem por objetivo 
regular o uso da propriedade do solo e dos edifícios em áreas homogêneas no 
interesse do bem-estar da população” (SILVA, 1981, p. 291).
U N I D A D E 3
Segundo Giehl (2007), existem vários tipos de zoneamento, como o zone-
amento ambiental urbano, o zoneamento costeiro e o zoneamento agrícola, 
além das zonas de uso industrial, de uso especial, de uso diversificado, entre 
outras. Além disso, se relacionado ao conforto ambiental, pode-se citar também 
o zoneamento bioclimático. Para Antunes (1999, p. 125):
[...] existe zoneamento quando são estabelecidos critérios legais e regulamentos 
para que determinadas parcelas do solo, ou mesmo de cursos d’água doce ou 
do mar, sejam utilizadas ou não utilizadas, segundo critérios preestabelecidos. 
Tais critérios, uma vez firmados tornam-se obrigatórios, seja para o particular, 
seja para a Administração Pública, e assim constituindo-se em limitação 
administrativa incidente sobre o direito de propriedade.
Segundo Barbosa e Carvalho (2010, documento on-line), o zoneamento 
“[...] é uma forma de planejamento físico territorial, é o dispositivo legal que 
o planejamento urbano tem para a implantação de planos de uso do solo, 
assegurando a distribuição adequada dos usos do solo em uma área urbana”. 
Já Montaño et al. (2007, p. 53) resumem o conceito, afirmando que o zonea-
mento “[...] consiste em dividir o território em parcelas nas quais se autorizam 
determinadas atividades”. Nery Júnior (2005, p. 65), por sua vez, afirma que o 
zoneamento urbano “[...] melhora as condições de habitação [...] e o uso mais 
adequado da terra. Por isso é preciso acentuar que o seu papel não é somente 
restritivo, mas também construtivo”. 
Já o termo conforto ambiental, segundo Siqueira (2018), diz respeito ao 
índice de satisfação das pessoas com relação ao local em que vivem, traba-
lham e se divertem. Assim, o conforto ambiental tem como objetivo tornar 
as edificações e os espaços urbanos adequados para a satisfação dos seus 
usuários. Esse conceito está diretamente ligado ao intuito básico e primordial 
de proporcionar as condições necessárias de habitabilidade, tendo em vista o 
uso racional dos recursos disponíveis.
Pode-se dizer que o conforto é uma condição mental que expressa satisfação 
em relação ao ambiente, podendo ser térmico, acústico ou lumínico. É muito 
difícil alcançar condições que sejam satisfatórias para todos os ocupantes dos 
espaços; por isso, existem algumas normas técnicas como a norma ANSI/
ASHRAE Standard 55: Thermal Environmental Conditions for Human Oc-
cupancy, que fornece critérios para o conforto e aborda aspectos que possi-
bilitam que pelo menos 80% dos usuários estejam em condições satisfatórias 
de conforto ambiental. O Quadro 1 traz alguns exemplos de exigências de 
conforto ambiental estabelecidas por diferentes normas técnicas.
Zoneamento e conforto2
Fonte: Adaptado de Sustentabilidade... (2010).
Requisito 
Critério para bom desempenho ou 
atendimento de exigência mandatória 
Documento 
de referência 
Conforto 
térmico 
Porcentagem máxima de pessoas 
insatisfeitas com a movimentação de ar: 10%
ISO 7730
Assimetria máxima de temperatura 
radiante na horizontal: < 10 ºC 
Temperatura operativa interna máxima como 
uma função da temperatura média mensal 
externa, para ambientes não climatizados
ASHRAE 
55/2005 
Conforto 
acústico 
Nível de ruído máximo no interior 
de dormitórios: 45 dB (A) 
ABNT NBR 
10152:2017
Tempo de reverberação máximo 
em salas de aula: entre 0,6 s e 0,7 s, 
dependendo do volume do recinto 
ANSI/ASA 
S12.60
Nível de pressão sonora total, ponderado em 
A, maior que o nível de interferência na fala
ISO 9921:2003
Conforto 
visual 
Nível de iluminância mínima de 500 
lux no entorno imediato e maiorou igual a 750 lux na tarefa
ABNT NBR ISO/
CIE 8995-1:2013
Possibilidade de ter contato 
visual com o exterior 
DIN 5034-1
Índice de ofuscamento máximo de 19, 
causado pelo sistema de iluminação 
artificial, em salas de espera 
AS/NZS 1680.2
Qualidade 
do ar
Concentração máxima de CO2 no ar: 1.000 
PPM em ambientes de escritório climatizados 
Resolução 
da Agência 
Nacional de 
Vigilância 
Sanitária
Valor máximo recomendável para 
contaminação microbiológica deve 
ser < 750 ufc/m3 de ar ambiente em 
ambientes de escritório climatizado
Quantidade máxima de aerodispersoides 
deve ser < 80 µg/m3 de ar em 
ambientes de escritório climatizados 
Quadro 1. Exemplos de exigências de conforto ambiental
3Zoneamento e conforto
O conforto ambiental térmico abrange condições e alternativas para tornar 
os espaços equilibrados com relação às temperaturas. A insatisfação com o 
ambiente térmico pode ser causada pela sensação de desconforto por calor ou 
frio quando o balanço térmico não é estável, ou seja, quando há diferenças 
entre o calor produzido pelo corpo e o calor perdido para o ambiente. Conforme 
Conforto... (2018, documento on-line):
É muito comum as pessoas relacionarem o conforto térmico apenas à tempera-
tura do ar, porém o número de variáveis que influenciam no conforto térmico 
é muito maior do que apenas a temperatura. Temos as variáveis ambientais, 
como a própria temperatura e umidade relativa do ar, a temperatura radiante 
e a velocidade dos ventos. Também influenciam as variáveis humanas, em 
que se destacam a vestimenta e o metabolismo. Fatores como idade, sexo, 
hábitos alimentares, entre outros, também interferem na sensação de conforto.
Já o conforto ambiental acústico, segundo a Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT) Norma Brasileira (NBR) 10152:2017, diz respeito 
aos níveis de ruídos dos ambientes e do meio urbano (ASSOCIAÇÃO BRA-
SILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2017). As normas apresentam índices 
aceitáveis para cada ambiente, de maneira a preservar o conforto acústico 
dos espaços e impedir que o nível de ruído atrapalhe a produtividade e a 
saúde dos usuários.
O conforto lumínico, ou visual, segundo Lamberts, Dutra e Pereira (2004), 
corresponde à existência de um conjunto de condições, em determinado 
ambiente, nas quais o ser humano pode desenvolver suas tarefas visuais com 
o máximo de acuidade (medida da habilidade do olho humano em discernir 
detalhes) e precisão visual.
O conforto ambiental dos usuários nas edificações e nos espaços da cidade 
está diretamente ligado ao zoneamento. Isso porque cada área, com as suas 
especificidades, influencia em como será tratado o conforto para que os 
espaços se tornem adequados. Por exemplo, em zonas residenciais, os ruídos 
serão mais controlados, as áreas de ajardinamento serão maiores, em virtude 
dos recuos dos lotes, e a altura das edificações e os espaçamentos entre as 
mesmas facilitarão a entrada de sol e ventilação natural, contribuindo para o 
bem-estar das pessoas. Assim, no que tange ao conforto ambiental, existem 
Zoneamento e conforto4
três tipos de zoneamento que estão mais relacionados com esse conceito e 
que merecem destaque: 
  o zoneamento ambiental;
  o zoneamento urbano;
  o zoneamento bioclimático.
Andrade (2018, documento on-line), com base na Política Nacional do 
Meio Ambiente (PNMA), que tem o zoneamento ambiental como um forte 
instrumento para a proteção do ambiente natural, define o termo como “[...] 
o conjunto de áreas legalmente estabelecidas pelo poder público as quais são 
protegidas obtendo-se a preservação do meio e de suas condições naturais em 
certos espaços territoriais do país”.
O Ministério do Meio Ambiente define o zoneamento urbano como um
[...] instrumento utilizado nos planos diretores, através do qual a cidade é 
dividida em áreas sobre as quais incidem diretrizes diferenciadas para o uso 
e a ocupação do solo, especialmente os índices urbanísticos. O zoneamento 
urbano atua, principalmente, por meio do controle de dois elementos princi-
pais: o uso e o porte (ou tamanho) dos lotes e das edificações. Através disso, 
supõe-se que o resultado final alcançado através das ações individuais esteja 
de acordo com os objetivos do município, que incluem a proporcionalidade 
entre a ocupação e a infraestrutura, a necessidade de proteção de áreas frágeis 
e/ou de interesse cultural, a harmonia do ponto de vista volumétrico, etc. 
(BRASIL, documento on-line).
O zoneamento bioclimático é outro instrumento que facilita a obtenção 
de diretrizes de conforto ambiental. Segundo a plataforma Projetee, esse 
zoneamento diz respeito a um estudo sobre o clima do território brasileiro, 
realizado entre os anos de 1931 e 1990. A partir desse estudo, foram elenca-
das oito zonas principais, que deram origem à carta bioclimática de Givoni, 
adaptada ao nosso País. 
Essa relação entre os zoneamentos e o conforto ambiental permite a pro-
posição de edificações e espaços adequados tanto no que diz respeito aos 
usos como em relação às estratégias adequadas de conforto ambiental para 
cada área e clima.
5Zoneamento e conforto
Além dos zoneamentos ambiental, urbano e bioclimático, existem outros tipos de 
zoneamento elencados pelo Ministério do Meio Ambiente. São eles (BRASIL, 2018, 
documento on-line):
Zoneamento agroecológico (ZAE) — a Política Agrícola, regida pela Lei federal 
nº. 8.171, de 17 de janeiro de 1991, prevê, no art. 19, III, a realização de zoneamentos 
agroecológicos, estabelecendo critérios para o disciplinamento e o ordenamento 
da ocupação espacial pelas diversas atividades produtivas. Até mesmo a aprovação 
do crédito rural está condicionada às disposições dos zoneamentos agroecológicos 
elaborados. Entre estes, destaca-se o ZAE da cana-de-açúcar, instituído por meio do 
Decreto federal nº. 6.961, de 17 de setembro de 2009.
Zoneamento agrícola de risco climático — outro instrumento da Política Agrícola, 
o zoneamento agrícola de risco climático é elaborado com o objetivo de minimizar 
os riscos relacionados aos fenômenos climáticos, permitindo a identificação da melhor 
época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares. O 
zoneamento agrícola de risco climático foi usado pela primeira vez na safra de 1996 
para a cultura do trigo. Ele recebe revisão anual e é publicado na forma de portarias no 
Diário Oficial da União e no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 
Atualmente, os estudos de zoneamentos agrícolas de risco climático já contemplam 40 
culturas, alcançando 24 unidades da federação.
Zoneamento industrial — disciplinado pela Lei federal nº. 6.803, de 2 de julho de 
1980, trata-se do tipo de zoneamento realizado nas áreas críticas de poluição a que se 
refere o art. 4º do Decreto-Lei nº. 1.413, de 31 de julho de 1975. Envolve a identificação 
das zonas destinadas à instalação de indústrias a partir do esquema de zoneamento 
urbano aprovado por lei, compatibilizando as atividades industriais com a proteção 
ambiental.
As leis de zoneamento e a configuração 
espacial das cidades
A ideia de zoneamento, mais especifi camente, de zoneamento urbano, veio 
junto com a ideia de urbanismo. Logo após a Revolução Industrial, quando 
as cidades sofreram forte impacto com a criação das indústrias e a chegada 
dos trabalhadores vindos do campo para trabalharem nelas, percebeu-se a 
necessidade de se começar a pensar os centros urbanos de uma maneira mais 
organizada. O objetivo era melhorar as condições urbanas e evitar problemas, 
voltando-se, em um primeiro momento, principalmente para a salubridade dos 
centros urbanos. Segundo Costa (2009, p. 36):
Zoneamento e conforto6
Como propulsor ao desenvolvimento da área urbana, a criação de fábricas nas 
cidades, no período da Revolução Industrial, iniciou um rápido aumento da sua 
população que deixavam a agricultura para se alojarem nas áreas onde estavam 
instaladas as fábricas, gerando vários problemas sociais, prejudicando toda a 
cidade. Iniciou-se,a partir desse desajuste, as reivindicações por reformas sociais, 
para melhorar as condições precárias de vida das pessoas, sugerindo assim planos 
voltados ao zoneamento, com casas, jardins e áreas verdes. Em seguida, surgiu 
a ideia de separação de zonas industriais e residenciais. O rápido crescimento 
urbano, juntamente com os problemas sociais do final do século XIX, compe-
liram os governos de muitos países, como dos Estados Unidos, a participarem 
com efetividade no planejamento urbano, introduzindo normas ao zoneamento. 
Nesse momento, surgiram diversas propostas de urbanistas, que elabo-
raram ideias e planos com o intuito de resolver os problemas que estavam 
prejudicando a vida nas cidades. Dentre os planos, os principais propunham 
a divisão das cidades em zonas industriais, comerciais, industriais e de lazer. 
Alguns desses planos foram implantados em algumas cidades, como Paris, 
com o Plano Voisin, e Brasília, que foi construída tendo como base o Plano 
Piloto de Brasília, o que resultou em seu projeto urbanístico modernista. Assim, 
pode-se constatar que o zoneamento surgiu junto com o desenvolvimento das 
cidades, a partir da determinação de espaços e áreas para fins específicos.
Segundo Silva (2004), a partir da necessidade de se planejar cidades levando-
-se em conta a preservação ambiental, foi promovida no ano de 1972, na cidade 
de Estocolmo, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 
Humano, com o objetivo de conscientizar a população global sobre a importância 
da relação saudável entre homem e meio ambiente. Já no ano de 1981, no Brasil, 
a partir de pressões de ambientalistas, foi instituída a PNMA, que apresentou 
o primeiro conceito de zoneamento ambiental e estabeleceu padrões para o 
desenvolvimento sustentável. Para Silva (2004, p. 72):
[...] o desenvolvimento sustentável, possui como o principal objetivo a ser 
conseguida pela Política Nacional do meio ambiente, a junção ao mesmo 
tempo do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade 
do meio ambiente e do equilíbrio ecológico. Necessitando assim, de meios e 
instrumentos que proporcionasse maior proteção ao meio ambiente, entre elas 
a exigência de licenciamento ambiental, do Cadastro de empreendimentos e 
atividades poluidoras e do Zoneamento Ecológico Econômico.
Do surgimento da noção de zoneamento até o momento em que este passou 
a ser diretamente aplicado no Brasil, passou-se um longo tempo. Foi somente 
a partir da Constituição Federal de 1988 que se consagrou a importância do 
tema. Por meio da formalização do Estatuto da Cidade (Lei nº. 10.257, de 10 
7Zoneamento e conforto
de julho de 2001), as leis de zoneamento ambiental, juntamente aos requisitos 
de uso e ocupação do solo, começaram a ser efetivamente implantadas nas 
cidades, por meio do instrumento denominado plano diretor. 
O plano diretor é um instrumento básico que tem por intuito orientar a política de 
desenvolvimento e de ordenamento da expansão urbana dos municípios. Segundo 
Oliveira, Taveira e Camarotto (2015, documento on-line), trata-se de “[...] uma lei mu-
nicipal elaborada com a participação da Câmara Municipal e da sociedade civil que 
visa sintetizar um conjunto de ações destinadas ao desenvolvimento do espaço físico, 
atendendo a todas as expectativas destinadas à cidade e a sua população”.
Assim, as leis de zoneamento, voltadas para o zoneamento urbano, são 
normas de caráter municipal que têm por objetivo principal restringir ou permitir 
os usos apropriados para as diferentes áreas das cidades, levando em conta as 
funções e o número de ocupantes dos empreendimentos e das edificações, bem 
como a taxa de ocupação e o coeficiente de aproveitamento de cada construção. 
Pode-se considerar o zoneamento municipal como um instrumento sociojurídico 
destinado a condicionar o uso do solo urbano às regras do bom e adequado 
aproveitamento dos espaços urbanísticos em prol da coletividade, de maneira a 
expressar a melhoria e a harmonização dos vários recursos naturais e artificiais, 
sempre voltados ao desenvolvimento local e regional sustentável e em conivência 
com os interesses socioeconômicos e ambientais de toda a coletividade, conforme 
lecionam Oliveira, Taveira e Camarotto (2015).
As leis de zoneamento, portanto, interferem diretamente na concepção 
das novas cidades e na expansão dos centros urbanos existentes. Por meio da 
divisão da área do município conforme o uso do solo permitido, o zoneamento 
se torna um instrumento de definição da urbanização. Além disso, é a partir 
de áreas apropriadas zoneadas para determinados fins que se pode garantir 
aos centros urbanos aspectos como:
  a convivência harmoniosa entre os setores;
  a conformação dos fluxos;
  a implantação de áreas verdes e zonas de preservação ambiental;
  a determinação do local correto para a implantação de empreendimentos 
que causem significativo impacto ambiental.
Zoneamento e conforto8
Nesse sentido, passamos a tratar o zoneamento como um importante ins-
trumento para os planos diretores das cidades, onde a sua implantação garante 
um controle por parte dos gestores municipais. 
Além das áreas urbanas delimitadas para usos admitidos ou conformes, os 
índices de ocupação dos terrenos e os coeficientes de aproveitamento, como 
integrantes do plano diretor e das leis de zoneamento, possibilitam a implan-
tação mais harmoniosa das edificações, garantindo aos espaços das cidades 
iluminação, ventilação e permeabilidade do solo adequadas, contribuindo 
não só para a organização espacial das cidades, mas também para o conforto 
ambiental da população.
Ville Radieuse (Cidade Radiante) foi um plano urbano não construído criado pelo 
arquiteto e urbanista francês Le Corbusier, apresentado pela primeira vez em 1924 
e publicado em livro homônimo em 1933. Projetado para conter meios eficientes 
de transporte, bem como uma abundância de espaços verdes e luz solar, a cidade 
do futuro almejava não só oferecer uma vida melhor aos residentes, mas também 
contribuir para criar uma sociedade melhor. Embora radicais, rigorosos e quase 
totalitários em sua ordem, simetria e padronização, os princípios propostos por Le 
Corbusier tiveram extensa influência sobre o planejamento urbano moderno, levando 
ao desenvolvimento de novas tipologias de habitação de alta densidade.
De acordo com os ideais modernistas de progresso, a nova cidade conteria 
arranha-céus pré-fabricados de alta densidade e idênticos, distribuídos por vastas 
áreas verdes e organizados em uma grade cartesiana, permitindo que a cidade 
funcionasse como uma “máquina viva”. No cerne do plano de Le Corbusier estava a 
noção de zoneamento: a divisão estrita da cidade em áreas segregadas comerciais, 
de negócios, de lazer e residenciais. A área de negócios se localizaria no centro e 
apresentaria mega-arranha-céus monolíticos, cada um atingindo uma altura de 
200 metros e com capacidade para entre cinco e oito mil pessoas. Localizada no 
centro desse distrito cívico estaria a principal plataforma de transporte, a partir da 
qual um vasto sistema subterrâneo de trens transportaria cidadãos para os distritos 
de habitação do entorno.
Os bairros habitacionais contariam com edifícios de apartamentos pré-fabricados 
conhecidos como unités. Atingindo uma altura de cinquenta metros, uma única unité 
poderia acomodar 2.700 habitantes e funcionar como uma vila vertical. Instalações 
de restaurantes e lavanderias ficariam no piso térreo; jardim de infância e piscina 
ficariam na cobertura. Entre os blocos existiriam parques, proporcionando aos 
residentes um máximo de luz natural, um mínimo de ruído e instalações de lazer 
logo à porta (MERIN, 2016).
9Zoneamento e conforto
Consequências do zoneamento 
no conforto ambiental
Tendo como base as defi nições de zoneamento e seus tipos, pode-se dizer que 
tanto os zoneamentos ambiental e urbano como o zoneamento bioclimático 
têm papel fundamental na proposição de estratégias de conforto ambiental, 
infl uenciando diretamenteo mesmo. Segundo Oliveira (2012, documento on-line),
[...] a delimitação de áreas estabelecidas para uso e ocupação do solo tem como 
propósito evitar possíveis problemas urbanos tais como: construção de edifica-
ções acima do gabarito permitido pelo terreno, ocupações em áreas de riscos 
ambientais, realização de atividades industriais, comerciais e turísticas em luga-
res inapropriados que influenciam para a qualidade do ar, do solo, dos recursos 
hídricos, da fauna e flora afetando consequentemente a saúde do ser humano.
Os parâmetros urbanísticos, juntamente com o zoneamento, são impor-
tantes ferramentas para regular a densidade urbana e sua volumetria, tendo, 
assim, efeitos na paisagem urbana e no conforto ambiental, dependendo do uso 
que se faz deles. Como instrumentos para regular a densidade e a volumetria, 
podemos citar o índice de aproveitamento e a taxa de ocupação dos terrenos, 
que dizem respeito à área máxima a ser construída total e por pavimento 
(Figura 1). Esses parâmetros garantem os afastamentos do lote e condicionam 
a construção de novas edificações para que respeitem esses limites.
Figura 1. Parâmetros urbanísticos.
Fonte: Setor... (2011).
Zoneamento e conforto10
O zoneamento ambiental, que delimita áreas verdes e de preservação, 
garantindo espaços abertos e saudáveis para os centros urbanos, colabora 
diretamente para a sensação de conforto térmico nas cidades. Isso se dá pelo 
fato de que a presença de áreas verdes e vegetações melhora as variações de 
temperatura, amenizando ilhas de calor e contribuindo para a conversão da 
poluição em ar limpo, melhorando também a saúde da população.
Já o zoneamento urbano permite que, por meio da delimitação de usos 
e funções nas diferentes áreas das cidades, seja possível elaborar estratégias 
adequadas de conforto térmico, acústico e lumínico para cada situação, evi-
tando-se, por exemplo, que residências fiquem próximas a indústrias de grande 
porte, que geralmente geram mais barulho e poluição. Além disso, as taxas de 
ocupação e aproveitamento do solo urbano garantem recuos nas edificações, 
que facilitam a iluminação e a ventilação natural, influenciando diretamente 
no conforto ambiental dos usuários. Ainda, nesse tipo de zoneamento, existem 
as áreas de proteção permanente de córregos, matas e florestas que, apesar de 
estarem relacionadas ao zoneamento ambiental, vinculam-se ao zoneamento 
urbano se fizerem parte da área urbana e rural do município.
O zoneamento bioclimático, que diz respeito às zonas e climas do território 
brasileiro, também se comporta como uma referência importante na busca pelo 
conforto ambiental das pessoas. É por meio desse zoneamento que se pode 
constatar com mais clareza quais são as estratégias bioclimáticas necessárias 
para atingir a satisfação dos usuários nas diferentes zonas. Conforme destaca 
a arquiteta Monica Dolce (CONFORTO..., 2018, documento on-line):
A especificação de soluções de projeto para obtenção de conforto térmico 
depende do contexto climático, materiais aplicados na construção e ocupa-
ção do local, sistemas e equipamentos utilizados. A análise de diagnósticos 
climáticos permite afirmar que a ventilação natural é uma boa estratégia para 
grande parte das cidades brasileiras. Esse recurso tem capacidade de retirar 
muito da carga térmica absorvida e/ou gerada dentro de um ambiente. Para 
sua aplicação, é necessário que o projeto tenha fluidez nos espaços permitindo 
que os ventos circulem por diferenças de pressão ou efeito chaminé.
Assim, com base nessas explanações, pode-se perceber que a relação entre 
os conceitos de zoneamento e conforto ambiental é de grande importância para 
a vida nas cidades. Como vimos, o zoneamento é um estudo de limitações de 
áreas, vegetações, climas, entre outros aspectos, que serve como referência e 
base para novos projetos urbanos. Os parâmetros urbanísticos empregados no 
desenvolvimento desses estudos contribuem para a adoção de melhores estraté-
gias de conforto ambiental (sendo este um requisito imposto por lei), resultando 
em espaços mais confortáveis do ponto de vista térmico, lumínico e acústico.
11Zoneamento e conforto
A divisão do território brasileiro em oito zonas foi resultado da análise de dados 
climáticos obtidos entre 1931 e 1990. Esses dados foram classificados por meio da 
carta bioclimática de Givoni adaptada ao Brasil. O zoneamento brasileiro apresenta 
uma relação de 330 cidades cujos climas foram classificados segundo os parâmetros 
e as condições de conforto para tamanho e proteção de aberturas (janelas), vedações 
externas (paredes e coberturas) e estratégias de condicionamento térmico passivo.
Para saber mais, acesse o link abaixo.
https://goo.gl/erVsMa
ANDRADE, L. L. Zoneamento ambiental. InfoEscola, 2018. Disponível em: <https://
www.infoescola.com/ecologia/zoneamento-ambiental/>. Acesso em: 29 ago. 2018.
ANTUNES, P. B. Direito Ambiental. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 1999.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10152: níveis de pressão sonora 
em ambientes internos e edificações. Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: <http://www.
abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=382777>. Acesso em: 31 ago. 2018.
BARBOSA, C.; CARVALHO, P. F. Zoneamento urbano-ambiental: possibilidades de com-
patibilização entre análise geomorfológica e padrões de ocupação urbanos para a 
construção de cidades sustentáveis. In: Seminário Latino Americano de Geografia Física, 
7., 2010, Coimbra. Anais... Universidade de Coimbra, 2010. Disponível em: <http://www.
uc.pt/fluc/cegot/VISLAGF/actas/tema3/camila_barbosa>. Acesso em: 28 ago. 2018.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Outros tipos de zoneamento. 2018. Disponível 
em <http://www.mma.gov.br/gestao-territorial/zoneamento-territorial/item/8188-
-outros-tipos-de-zoneamento>. Acesso em: 29 ago. 2018.
CONFORTO ambiental: veja soluções arquitetônicas que oferecem bem-estar. AECweb, 
2018. Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/conforto-ambiental-veja-
-solucoes-arquitetonicas-que-oferecem-bemestar_10668_10_0>. Acesso em: 29 ago. 2018.
COSTA, C. M. M. Direito urbanístico comparado: planejamento urbano — das constitui-
ções aos tribunais luso-brasileiros. Curitiba: Juruá. 2009.
GIEHL, G. O zoneamento ambiental. Âmbito Jurídico, jan. 2007. Disponível em: <http://
www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_
id=3203>. Acesso em: 29 ago. 2018.
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência energética na arquitetura. 3. 
ed. São Paulo: Procel, 2004. Disponível em: <http://www.mme.gov.br/docu-
Zoneamento e conforto12
ments/10584/1985241/Livro%20-%20Efici%C3%AAncia%20Energ%C3%A9tica%20
na%20Arquitetura.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2018.
MERIN, G. Clássicos da arquitetura: Ville Radieuse/Le Corbusier. ArchDaily, 9 mai. 2016. 
Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/787030/classicos-da-arquitetura-ville-
-radieuse-le-corbusier>. Acesso em: 29 ago. 2018.
MONTAÑO, M. et al. O zoneamento ambiental e a sua importância para a localização de 
atividades. Revista Pesquisa e Desenvolvimento Engenharia de Produção, n. 6, p. 49–64, 2007.
NERY JÚNIOR, J. M. O zoneamento como instrumento de segregação em São Paulo. 
Cadernos Metrópole, n. 13, p. 171-198, 2005.
OLIVEIRA, A. A.; TAVEIRA, A. V. A.; CAMAROTTO, M. R. Zoneamento municipal: implanta-
ção dos parques como fator de desenvolvimento em Francisco Beltrão. In: ADM 2015, 
2015, Ponta Grossa. Anais... Paraná, 2015. Disponível em: <www.admpg.com.br/2015/
down.php?id=1509&q=1>. Acesso em: 29 ago. 2018.
OLIVEIRA, E. B. S. Algumas considerações sobre o zoneamento urbano: o exemplo do 
município de Gandu-BA. Revista Caminhos de Geografia, v. 13, n. 42, p. 130-137, 2012. 
Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/
view/16759>. Acesso em: 29 ago. 2018.
O QUE é zoneamento ambiental. Cultura Mix, 2013. Disponível em: <http://meioambiente.cul-
turamix.com/recursos-naturais/o-que-e-zoneamento-ambiental>. Acesso em: 29 ago. 2018.SETOR habitacional de terra. TERRACAP, 23 jul. 2011. Disponível em: <https://pt.slideshare.
net/shpontedeterra/apresentao-oficina-diagnstico-urbanismo>. Acesso em: 29 ago. 2018.
SILVA, J. A. Direito Ambiental Constitucional. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2004.
SILVA, J. A. Direito urbanístico brasileiro. São Paulo: RT, 1981.
SIQUEIRA, C. Conforto ambiental, desafio para arquitetos. Instituto Brasileiro de De-
senvolvimento da Arquitetura, Belo Horizonte, 2018. Disponível em: <http://www.fo-
rumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=4&Cod=800>. Acesso em: 29 ago. 2018.
SUSTENTABILIDADE e conforto ambiental em edificações. Téchne, n. 162, set. 2010. 
Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/162/artigo-sustentabi-
lidade-e-conforto-ambiental-em-edificacoes-286741-1.aspx>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Leituras recomendadas
DORNELES, A. C. B. O direito urbanístico como instrumento de equilíbrio entre a função socio-
ambiental da propriedade e o direito à propriedade privada. 2011. Dissertação (Mestrado em 
Direito) – Programa de Pós-graduação em Direito, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do 
Sul, 2011. Disponível em: <https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/handle/11338/592/Dis-
sertacao%20Ana%20Claudia%20B%20Dorneles.pdf?sequence=1>. Acesso em: 29 ago. 2018.
ZONEAMENTO bioclimático brasileiro. Bioclimatismo: Blog de Arquitetura Bioclimá-
tica, 2018. Disponível em: <http://bioclimatismo.com.br/bioclimatismo/zoneamento-
-bioclimatico-brasileiro/>. Acesso em: 29 ago. 2018.
13Zoneamento e conforto
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
Dica do professor
A política do zoneamento, tendo em vista suas definições de áreas específicas e apropriadas para 
determinados usos, colabora com foco na obtenção do conforto ambiental, facilitando a adoção de 
estratégias adequadas voltadas às porções das cidades.
Assista ao vídeo da Dica do Professor e compreenda mais sobre o que é zoneamento e conforto 
ambiental e suas principais características.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/b1254cf4d2bad4a001a7230fc84f49ea
Exercícios
1) Zoneamento é conceito bastante complexo e tornou-se medida que contribui diretamente 
para o controle, organização e preservação de variados aspectos. Sobre ele, é correto 
afirmar que:
A) tem como um dos objetivos principais regular o uso do solo e delimitar áreas das cidades.
B) são normatizados critérios que devem ser obedecidos exclusivamente por particulares.
C) consiste em estudo de pouca aplicação do âmbito do urbanismo, apesar de ser instrumento 
urbano.
D) tem como um de seus intuitos depreciar os critérios para uso e ocupação do solo nas cidades.
E) garante o uso adequado da terra e das propriedades, tendo papel inteiramente restritivo.
2) Conforto ambiental é conceito usado para alcançar níveis satisfatórios dos usuários das 
edificações ou cidades. Nesse sentido, é correto afirmar que:
A) todos os usuários do espaço ou edifício devem estar satisfeitos em relação à temperatura, 
ruídos e iluminação, a fim de que o conforto ambiental seja alcançado.
B) o conforto ambiental tem por objetivo melhorar as condições de habitabilidade, 
desconsiderando o uso racional dos recursos.
C) o conforto ambiental abrange a satisfação do usuário acerca da térmica, acústica e 
iluminação.
D) a garantia do conforto térmico está relacionada à necessidade de conter os níveis de ruídos 
dos ambientes e meio urbano.
E) fatores como hábitos alimentares, sexo, idade, metabolismo e vestimenta não influenciam no 
conforto ambiental.
3) O zoneamento é instrumento que abrange diferentes áreas e aspectos, sendo especificado 
por meio de variadas nomenclaturas. Sobre os tipos de zoneamento, assinale a alternativa 
correta.
A) O zoneamento agrícola é instrumento voltado à proteção do ambiente natural.
B) O zoneamento agroecológico é voltado à identificação de zonas de caráter industrial 
principalmente.
C) O zoneamento bioclimático tem como função minimizar os ricos relacionados aos fenômenos 
climáticos.
D) O zoneamento urbano atua, especialmente, no controle de uso e porte das edificações e 
terrenos.
E) O zoneamento ambiental é voltado ao ordenamento da ocupação espacial por várias 
atividades produtivas.
4) A ideia de zoneamento está vinculada à do urbanismo e organização das cidades pelo fato de 
ser dispositivo legal que regula o uso do solo urbano. Sobre a evolução dessa prática, é 
correto afirmar que:
A) as normas de zoneamento começaram a surgir após a Revolução Industrial por meio de 
planos elaborados por urbanistas.
B) A Conferência de Estocolmo apresentou um dos primeiros conceitos relacionados ao 
zoneamento ambiental.
C) O Estatuto da Cidade trouxe o conceito de zoneamento ecológico e econômico e a exigência 
de proteção ao meio ambiente.
D) O plano diretor orienta a expansão urbana estadual, surgindo por meio da política nacional do 
meio ambiente.
E) O Estatuto da Cidade institui o licenciamento ambiental e o cadastro de atividades poluidoras, 
entre outros parâmetros.
5) As leis de zoneamento foram se desenvolvendo ao longo dos anos e influenciando os 
espaços das cidades, além de definir densidades e delimitar volumetrias. Sobre as leis de 
zoneamento, é correto afirmar que:
A) são regulamentos de caráter estadual que restringem usos para determinadas porções das 
cidades.
B) consistem em leis elaboradas e aprovadas exclusivamente pelas câmaras municipais, que 
devem fiscalizar sua aplicação.
C) podem ser consideradas instrumento jurídico e social que visa a condicionar o uso do solo da 
maneira mais adequada e em prol da coletividade.
D) devem ser pensadas, tendo em vista a utilização dos recursos artificiais e o desenvolvimento 
federal.
E) influenciam indiretamente na organização das cidades, servindo de incentivo e não obrigação.
Na prática
As leis de zoneamento são importantes influenciadoras na formação espacial dos centros urbanos, 
pois é por meio dessas normas que se limita o quanto cada proprietário pode construir em seu 
terreno, garantindo índices mínimos de permeabilidade do solo, recuos e densidade.
O zoneamento é instrumento amplamente utilizado nos planos diretores. Estes indicam que a 
cidade é dividida em áreas sobre as quais incidem diretrizes diferenciadas voltadas ao uso 
e ocupação do solo, especialmente os índices urbanísticos.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Você sabe o que é lei de zoneamento?
Neste vídeo, entenda melhor o que são as leis de zoneamento e como elas influenciam na formação 
das cidades.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Conforto ambiental na arquitetura
Nesta matéria, saiba mais sobre a importância do conforto ambiental para o dia a dia das pessoas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Como calcular taxa de ocupação e coeficiente de 
aproveitamento: realize seus projetos dentro das normas
Neste link, saiba mais como calcular a taxa de ocupação e o coeficiente de aproveitamento das 
edificações.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/74zo18JDuBY
https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/conforto-ambiental-na-arquitetura/
https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/taxa-de-ocupacao/

Continue navegando